TeleSéries
Continuum – Wasting Time e Matter of Time
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Série: Continuum
Episodio: Wasting Time e Matter of Time
Temporada: 1ª
Nº dos episódios: 1×03 e 1×04
Data de Exibição no Canadá: 10/06/2012 e 17/06/2012
Antes de qualquer coisa eu preciso avisar que escrevi as resenhas após cada episódio, e não tudo de uma vez depois do quarto. Como eu estou postando as duas juntas, pode parecer estranho algumas dúvidas que eu tive no terceiro episódio e que foram respondidas no próximo, por isso é bom ter em mente que eu escrevi os textos individualmente, cada qual a seu tempo. A boa notícia é que eu acho que agora consegui colocar as resenhas em dia…
Terminei o terceiro episódio sem saber muito bem o que falar sobre ele. Não porque tenha sido ruim ou algo do gênero, apenas me faltam subsídios para uma boa discussão.
Wasting Time lida com algumas situações interessantes. Primeiro é a adaptação de Kiera ao nosso tempo. Acho que ela está se virando muito bem, apesar de um ou outro deslize. Eu sei que eu no lugar dela já teria sido descoberta há tempos (ou pelo menos seria taxada de louca). Mas foi uma boa ideia de Alec recomendar que ela usasse o dispositivo de bluetooth. Não tem como ver alguém falando sozinho por aí e não pensar que a pessoa é maluca. Inclusive, a cena da lanchonete com todo mundo olhando para Kiera foi uma das que eu mais gostei do episódio.
Será que Kiera nunca teve vontade de conhecer Alec? Eu teria no lugar dela. Tudo bem que ela já o conhece no futuro, mas eu acho que é um motivo a mais para instigar esta curiosidade de como é o garoto que fala com ela diretamente na sua cabeça.
Certo, certo, ela deve estar mais do que acostumada com gente falando dentro dela lá no futuro, mas aqui é diferente, Alec é único e é o seu backup. Acho estranho ela nem se interessar um pouquinho por ele e sua vida.
Aliás, a vida de Alec chama a minha atenção. Como sua família o deixa o tempo todo no celeiro sem reclamarem? Ele não estuda ou trabalha? Está de férias? Como funciona o negócio?
As reuniões do padrasto do garoto também começam a ser desenvolvidas. Pelo que entendi, ele é contrário às corporações e tem algumas ideias bastante extremas. Esse antagonismo dele é algo que, parece, vai movimentar as coisas no futuro.
Essas não parecem ser os mesmos ideais de Alec, mas não dá para esquecer que, no futuro, ele é a pessoa responsável por enviar o Liber8 (e Kiera) ao passado. Ou pelo menos é o que eles nos deram a entender no episódio piloto.
O meio-irmão de Alec (Richard Harmon precisa de mais tempo em tela!) é outro que desperta uma certa suspeita, com seus olhares furtivos e desconfiança sobre as atividades de Alec no celeiro. Há caroço neste angu.
As coisas para os membros do Liber8 também não estão às mil maravilhas aqui em 2012. Travis está quase morrendo e Curtis é o provável substituto na liderança do grupo – embora Sonya seja o membro mais antigo e provavelmente mais racional. Não sei se entendi muito bem a condição física de Travis. Não foi nada feito deliberadamente a ele, mas sim a falta daquela substância que faz dele um ‘supersoldado’, é isso? Por isso estavam matando pessoas atrás da glândula pituitária de modo que pudessem fazer um composto que o salvaria e o manteria sob controle durante um bom tempo. É isso ou estou enganada? Assisti ao episódio apenas uma vez e não tenho plena certeza de que entendi a quase morte de Travis muito bem.
O que eu sei é que no futuro outros membros do Liber8 passaram pela mesma situação, inclusive foi por isso que Sonya foi presa – já que é a médica do grupo e é necessária nessas crises que ocorrem.
Mas Travis é o único geneticamente melhorado, ou os outros membros (na maioria ex-militares) também têm a mesma necessidade do tal composto?
Seja como for, Travis sobreviveu e Curtis morreu. É o terceiro membro do Liber8 que morre, se minha memória não me falha. O grupo tem encolhido rapidamente. E Kellog, bom, ninguém sabe de que lado Kellog está além do dele mesmo. Às vezes me pergunto se Kellog não é muito mais mortal e danoso do que o restante dos terroristas.
E como ficarão as coisas agora que Kellog foi banido do grupo? Qual a serventia dele para Kiera? Tantas perguntas.
Outra coisa que gostei neste episódio foi a proximidade que nos deram dos membros do Liber8. Estava mais do que na hora de sabermos quem era quem e o que cada um fazia. A explicação de Kiera para a força policial foi muito bem vinda, principalmente porque é mais fácil ter empatia com quem se conhece e, como espectadora, sou fã de vilões com boas histórias e motivações.
E só recentemente descobri que esta primeira temporada de Continuum terá apenas 10 episódios. Estamos quase na metade da temporada!
A cada novo episódio de Continuum novas facetas da série vão sendo reveladas. O maior medo do público é que se torne um procedural como outro qualquer, deixando o sci-fi de lado. É um risco, claro, principalmente porque Kiera é uma policial e é impossível que 100% dos seus casos sejam sobre o Liber8. Mesmo assim eu tenho a sensação de que não é esta a intenção da série. Posso estar enganada, mas acredito que muitas surpresas ainda virão.
É claro que minha opinião pode ter recebido influências da entrevista do ator Richard Harmon que falava sobre o desenvolvimento do seu personagem (Julian Randol, meio-irmão de Alec) e como as coisas tomaram um rumo inesperado neste núcleo, mas ainda assim eu creio que os próprios acontecimentos implicam em um algo mais. Não consigo acreditar que uma equipe iria basear um seriado voltado para o público ávido por sci-fi somente no feijão com arroz. Simplesmente não faria sentido, principalmente porque se eles não partirem para o não-convencional a série estará fadada a no máximo duas temporadas de vida, ou a virar um policial e, neste caso, há procedurais melhores por aí.
Bom, no quarto episódio vimos o primeiro caso no qual Kiera se envolveu que não foi provocado pelos seus colegas terroristas. Mas não foi um caso aleatório e desnecessário, muito pelo contrário. Tudo o que acontece nos episódios tem uma razão de ser e está intimamente interligado. E a mensagem foi bem clara: assim como o Liber8 tem a intenção de modificar o passado a qualquer custo, Kiera tem a intenção de manter o futuro intacto. A grande pergunta é: a que preço?
Ao decidir não punir Melissa pela morte do cientista ao descobrir a importância que Melissa teria no setor energético no futuro (é dela a empresa com a qual o marido de Kiera viria a trabalhar, inclusive), Kiera cruzou uma linha importante: ela também está disposta a tudo, até mesmo fechar os olhos para um crime, desde que isso signifique que o futuro permanecerá incólume.
A pergunta de Alec à Kiera se ela ao tomar esta decisão não estaria fazendo o papel de Deus (exatamente como o Liber8) não é leviana. Porém é preciso analisar a situação da Protetora por um ângulo diferente. Ela não pertence à nossa era, supostamente não deveria estar aqui. Quão correto é tomar uma atitude sabendo que modificaria o futuro? Não uma mudança hipotética, esperada, como a que esperamos alcançar todos os dias com cada ato nosso, mas uma mudança real, que poderia destruir o local de onde ela veio?
A vida é feita de decisões, algumas mais importantes e globais que outras. Uma coisa é Kiera fazer coisas que julga corretas sem saber qual o dano que trará para a sua linha temporal, outra é ela tomar conscientemente uma decisão que mudará o seu futuro. E, sinceramente, do que adianta fazer o certo no passado se isso significa que jamais poderá voltar para a sua vida e sua família?
Por outro lado, temos o Liber8 fazendo exatamente isso. A guerra que pretendem travar contra as Corporações – a despeito de seus métodos – só pode ser considerada criminosa quando analisada sob a ótica do futuro. Sim, eles são terroristas e as mortes que vão deixando pelo caminho atestam contra eles, mas se analisarmos o grupo aqui e agora, o que temos é um grupo pequeno, formado na sua maioria por ex-militares, que combate em favor da Democracia e contra o totalitarismo das Corporações (ou deveria ser, porque até agora eu não vi nada do suposto plano em ação, só atos isolados e traumáticos).
Quem é o criminoso? O grupo que luta pela Democracia e a manutenção do Estado tal qual ele é, ou a Protetora que tenta derrubá-los de forma a permitir que um golpe de Estado aconteça e o povo passe a viver sobre a opressão de um governo totalitarista representado pelas Corporações e que não permite que sua própria gente tenha poder de decisão?
Os flasbacks de Kagame – o líder dos Liber8, que finalmente foi ‘cuspido’ no ano de 2012 – não deixam dúvida de que ele não era uma pessoa agressiva, muito pelo contrário. Acreditava no poder da oratória e da negociação. Seus métodos atuais são consequências da opressão das Corporações.
É neste ponto que eu entendo que a série deveria focar. Precisamos ver o que levará a nação a se dobrar a um governo que tira dela o poder de decisão. E posso estar enganada, mas tenho a mais firme impressão de que é neste aspecto da série que a família de Alec terá importância. Em algum momento os Randol interagirão com o Liber8 e com a própria Kiera, resta saber quando.
E já que toquei no assunto ‘família do Alec’, ele menciona o pai ao falar sobre as formas de restaurar o traje de Kiera. Assumo que ele falava do seu pai biológico e não de seu padrasto, a menos que tenhamos novas surpresas por aqui e Roland Randol não seja o tradicional homem do campo.
A propósito, foi perfeito o encontro entre Kiera e Alec. Totalmente anticlimático (e por isso ideal). Como será para ela conhecer a versão adolescente do homem que conhece no futuro? E o quanto desse relacionamento entre os dois é pré-existente no futuro? Estará tudo realmente acontecendo como deveria acontecer? Cada atitude de Kiera e do Liber8 já estava escrita nas linhas do tempo e pertencem ao passado do empresário Alec Sadler? Ou ele assumiu um risco ao mandá-los para 2012?
Agora os dados estão lançados. O Liber8 quer guerra, Kiera quer o seu futuro intacto, Carlos quer apenas cumprir o seu dever como policial e Alec….o que Alec realmente quer?
Eu espero, do fundo do coração, que a audiência se estabilize (ou cresça) e a série não seja cancelada, pois ela é sem dúvida a menina dos meus olhos atualmente.
***
PS: Sim, eu sei que não falei do encontro de Kagame com o grupo, nem mencionei o embate com Kiera que levou a Protetora a escolher a vida do bebê, e tampouco comentei o quanto essas lutas em slow motion me irritam (muito!!)…aliás, falei bem pouco sobre os acontecimentos do episódio em si, que vergonha! Mas é que me empolguei na divagação filosófica de quem veio primeiro, o ovo ou a galinha e perdi o foco. A culpa, no entanto, não é minha, e sim da estrutura do episódio que ficou colocando caraminholas na minha cabeça).
PS2: Carlos vai ficando cada vez menos canastrão e mais solto. E continuo sem ver qualquer indício romântico entre ele e Kiera, o que é um bom sinal. Talvez haja esperança para esses dois como parceiros, afinal de contas, e a série não caia no clichê total.
PS3: Interessante vermos que Kiera esperou anos para ingressar na CPS, mas o desejo sempre esteve ali. O Liber8 pode ser o seu foco atual, mas o terrorismo na forma deste grupo em particular não é o seu foco principal. É todo um estilo de vida que ela tenta defender e, de certa forma, nós somos tudo contra o que ela lutou. Será que ela pensa nisso de vez em quando?
PS4: Espero que Alec consiga resolver o problema com o traje de Kiera. Há alguma coisa de especial em vê-la usando da tecnologia do futuro. Sim, ela precisa aprender a seguir os seus instintos, mas é todo o lance high-tech que faz dela uma personagem legal.
PS5: Eu não mencionei o Kellog, mas é que tinha esquecido completamente dele enquanto escrevia e só lembrei do rapaz quando vi o promo do próximo episódio. De certa forma eu gosto do fato dele estar ajudando a sua própria família. É possível que sempre tenha sido ele mesmo o responsável pela casa ter permanecido na família, ele só não sabe disso. Aliás, eu seria uma péssima viajante do tempo. Se parasse de repente 50 anos atrás iria morrer de fome, pois não tenho a menor idéia de onde investir o dinheiro, quem ganha o que, quais os times de qualquer tipo de esporte são vencedores e por aí afora. Acho que preciso ler mais jornal, ou fazer uma listinha de possíveis investimentos para épocas diferentes da vida. Ninguém sabe quando pode ser lançado subitamente para o passado…
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No 1×03 achei estranho a Lexa Doig não se prontificar a comandar o grupo enquanto o namorado estava incapacitado. Que raios de “sucessora natural” ou “segunda em comando” é ela? E no 1×04 a briga dela e da loura contra os nazis foi muito, muito mal feita.
Sobre o grupo que se reune na fazenda do Alec, é um grupo anarquista. Talvez o lider do liber8 (Tony Amendola) tenha algo a ver com o Alec? E como Alec tem tanta tecnologia a sua disposição no celeiro de uma fazenda onde se reune um grupo anarquista?Sobre Kiera não se interessar por Alec, talvez tema “contaminar” o futuro, muito embora nós já saibamos que o próprio Alec (do futuro) foi o responsável por mandá-la de volta. Vendo por esse ângulo, Kellog está totalmente moldando o seu próprio futuro, já que localizou e está ajudando a própria avó (inclusive com recomendação de deixar “o neto” (ele mesmo!) comer doces e saltar na cama), investindo em ações etc.Outro tema que “não encaixou” sobre Kiera foi a informação dada pelo marido de que ela era militar. Se por um lado isso explica grande parte dela não questionar a ordem vigente (afinal são treinados apenas para seguir ordens), por outro coloca ela totalmente contra a “liberdade” (na falta de melhor termo) que ela acha que protege, tanto na vida como Protetora como agora.
Dez episódios? Espero que os índices de audiência no Canadá sejam menos matadores que os dos EEUU…
Quanto ao Kellog, tudo depende de como se encara esta viagem no tempo. Se tudo o que está acontecendo já aconteceu, já verdade o futuro do Kellog sempre foi manipulado por ele no passado, ele só não sabia disso. ou talvez soubesse….eu acho muito estranha esta quantidade de informaçao que ele tem sobre o ano 2012. Eu sei que eu so desligada do mundo, mas se voltasse de repente 65 anos no tempo, eu com certeza não saberia exatamente onde a minha família mora (eles nem eram da minha cidade!), quais as empresas investir naquele ano específico, etc e tal.
Acho que Kellog tem algumas informações privilegiadas e na verdade não está realmente alterando o seu futuro, mas apenas garantindo que ele aconteça.
Nunca achei que Kiera fosse uma defensora da liberdade …ela é uma protetora do sistema, do status atual (futuro). Ela está se encaixando no tempo presente, mas eu gostaria de vê-los discutindo um pouco como ela vê a situação governamental de 2012, porque, de fato, se ela é tão pró-Corporação no futuro, não tem como ela estar se sentindo totalmente confortável com o estilo de vida atual.
Uma coisa que esqueci de comentar é que a Kiera está esquecendo de por o bluetooth na orelha e continua falando sozinha…
Milico “cabeça de prego” contestando o sistema? Dificil hein!? 😉
Entre voltar para o filho e o marido ou fazer o certo pelo bem comum da humanidade, escolher a segunda opção, para mim, é a mais acertada para uma verdadeira heroina. Coisa de dona de casa fica para outro gênero de série.
De fato, Mica, as implicações filosóficas do roteiro são as coisas mais interessantes desta série, e mereceram ser privilegiadas na sua resenha.
Pois é, o Kagame é o primeiro personagem que entra em cena em Continuum. Ele, inicialmente, parece ser um mártir, quase um Gandhi ( e ,ironicamente, é o antípoda da não violência, rs), mas aí ficamos sabendo da explosão a la 11 de setembro, das ações de terrorismo do movimento do qual ele é líder, mas, ainda assim, ele continua a ter ares de santo.
Os fugitivos do futuro arrancam glândulas dos nossos contemporâneos (furinho cool aquele, né?) como se colhessem amoras maduras, porém eles têm um discurso que de algum modo nos atrai, enquanto a nossa heroina, como disse Mica, é a defensora de um status quo que nos repugna. Ficamos, assim, em um plano de cores cinza, bem distante daquela tranquilidade em que o preto é preto, e o banco é branco. Tô gostando.
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