Conheça ‘GCB’, a nova série da Sony

Data/Hora 29/05/2012, 01:13. Autor
Categorias Especiais, Opinião


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GCB, ou Good Christian Belles, como era conhecida anteriormente, ou até mesmo Good Christian Bitches, seu primeiro nome, é a nova atração da grade do canal Sony. A série estreia no Brasil nesta terça-feira (29/5), às 22h. GCB já teve toda a sua primeira e única (já que foi cancelada) temporada, com 10 episódios, exibida nos EUA pela emissora ABC.

GCB é baseada em uma série de livros chamados Good Christian Bitches de autoria de Kim Gatlin e conta a história de Amanda Vaughn (Leslie Bibb), ex-menina má do colégio, que acaba de se tornar viúva em uma situação escandalosa e volta para os subúrbios de Dallas, no Texas, onde cresceu, para reconstruir sua vida com seus filhos e morar com sua mãe, com quem não tem muito contato. Agora ela terá que lidar com as cristãs bitches dos título original que eram suas vítimas no colégio e que vão fazer de tudo para tornar sua vida um inferno. A líder das “boas samaritanas” é Carlene (Kristin Chenoweth), uma das principais vítimas de Amanda na escola e que está dispota a fazer o possível para que Amanda sofra, mesmo que para isso ela tenha que desrespeitar seus tão cultuados mandamentos da bíblia.

Se você é fã de séries como Desperate Housewives, não irá se decepcionar com GCB. Com aquele clima novelesco que mistura gêneros como humor, drama e suspense, a série tem ritmo e sabe fazer rir com um humor físico e rápido, além de boas sacadas para piadas envolvendo religião, crença e hipocrisia. Outro destaque é o elenco incrível, liderado por Leslie Bibb e  Kristin Chenoweth. Bibb, que já fez Popular lá atrás, fica sempre bem no papel da mocinha da história. Já Chenoweth, nasceu para ser Carlene. Com um timing incrível para comédia, como já tinhamos presenciado em Pushing Daisies, uma voz incrível de Broadway – que se encaixou perfeitamente no papel – e um visual de Barbie, sua Carlene é a própria personificação das socialites texanas e isto gera momentos impagáveis.

O que também agrada em GCB é o desenvolvimento dos personagens que, apesar de tudo, se provam nada mais nada menos que humanos, sempre lutando sobre aquela linha do bem e do mal, mesmo com o exagero, proposital, diga-se de passagem, da contrução e das atitudes de cada um. É o tipo de humor mais antigo que existe, o humor baseado em estereótipos, mas que neste ambiente funciona perfeitamente.

Os coadjuvantes também são primorosos. Não tem como deixar de citar o trabalho maravilhoso feito por Annie Potts (Law & Order: SVU) como a mãe de Amanda, Gigi. Ela constrói uma mulher de força que mesmo vivendo sob os costumes daquele lugar, consegue se livrar dos problemas morais que os acompanham. As outras cristãs do título, que juntas com Carlene formam o grupo decidido a acabar com Amanda, são Sharon (Jennifer Aspen, de Rodney), que era linda na época da escola, mas que acabou engordando com o tempo; e Cricket (Miriam Shor, Big Day), que teve o namorado roubado por Amanda; e Heather (Marisol Nichols), a única que não tem nada contra Amanda, mas segue o caminho das outras.

Se GCB tem um grande problema é a sua temática. Fazer piada com um grupo religioso tão grande e influente resultou em perseguições à série desde seu início (por isso as várias mudanças de título) e em audiência baixa. Hipocrisia impede que as pessoas riam de seus próprios estereótipos e com isso a esperança da ABC de ter uma nova série no estilo de Desperate Housewives nos seus domingos foi para o ralo. Mas um conselho, vejam e divirtam-se com os dez episódios desta única temporada.

As primeiras impressões do ‘Saturday Night Live’ Brasil


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Saturday Night Live - Rafinha Bastos/Marina Lima

Muitos achando bacana e muitos odiando. Da hora. Assim q é bom.

A frase, postada por Rafinha Bastos no Twitter na noite deste domingo, resume bem o que se falou e o que pode se concluir do primeiro episódio da versão brasileira do Saturday Night Live, que acaba de estrear na Rede TV!

Cercada de expectativas e incertezas, o programa não poderia vir mesmo sem causar polêmica – do lado do tuiteiros, na expectativa de ver a volta de Rafinha Bastos à TV, depois de ser afastado da Band por conta de uma piada ruim; do meu lado, pelo temor com o que fariam com o nome de uma das marcas mais relevantes da TV mundial, o programa que revelou John Belushi, Eddie Murphy, Chris Rock, Mike Myers, Will Ferrell e só mais uns 20 ou 30 outros comediantes de peso. Clique aqui para continuar a leitura »

As primeiras impressões de ‘Men at Work’

Data/Hora 28/05/2012, 11:17. Autor
Categorias Especiais, Opinião


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Quando a TBS anunciou a produção de Men at Work eu me interessei a assistir. O canal, que ganhou um reforço com a transferência da veterana Cougar Town para sua grade, tem investido bastante em comédias. E a premissa “séries sobre amigos, feitas para homens”,  me chamou atenção confesso. Mas na prática, a série passa longe … muito longe… de prender a atenção dos telespectadores e os divertir. Isso porque Men at Work tenta usar as melhores táticas das séries de comédia de grande sucesso, mas de um jeito nada atraente. E aí, ela cai no esterótipo “mais do mesmo”, e o que poderia ser engraçado, fica totalmente entediante. Clique aqui para continuar a leitura »

Especial ‘Os Simpsons’: conheça os dubladores da série

Data/Hora 27/05/2012, 12:24. Autor
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Elenco e produtores de Os Simpsons na celebração dos 500 episódios da série

Elenco e produtores de Os Simpsons na celebração dos 500 episódios da série


Chega ao Brasil neste domingo, dia 27 de maio, o inédito e histórico episódio número 500 de Os Simpsons. O seriado de TV mais longevo da história da TV irá ao ar no canal Fox às 21h30 (antes o canal faz uma maratona exibindo os episódios números 100, 200, 300 e 400, começando às 20h). Pra celebrar o marco histórico, o TeleSéries produziu o especial abaixo, que apresenta os atores que empresta suas vozes para a série – veja bem, este são os dubladores nos EUA, que lá, diferente daqui, são valorizados e ganham muito bem para emprestar suas vozes para o desenho ao longo de 23 temporadas! Clique aqui para continuar a leitura »

[REVIEW] House – Everybody Dies


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Terminou. Parecia que esse momento não ia chegar nunca. Eu não queria que chegasse. Sabe aquela primeira série da sua vida? A primeira que você realmente acompanha semanalmente, aquela que faz você começar a se tornar um fã de seriados? Muitos tiveram essa experiência com Friends, Lost, Arquivo X, entre outras. A minha foi com House. A série estava na segunda temporada, assisti um episódio na TV e foi amor à primeira vista. Desde então seis anos se passaram, mais de 100 episódios; vi a série no seu auge, vi todo mundo ser fã de House. Vi também muita gente começar a abandoná-la, entendia a mudança, mas não entendia por que aquelas pessoas não gostavam mais daquela maravilha. Infelizmente vi a série ser considerada por muitos irrelevante, afinal, depois de oito anos, ainda eram poucos os que realmente amavam o seriado. Nesses seis anos vi séries melhores, vi séries que me emocionaram mais, vi séries que me divertiram mais, mas não vi nenhuma série que criou em mim o carinho que tenho por House. E essa série foi capaz de me emocionar sempre que quis, lembro de passar o resto do dia com um aperto no coração depois de episódios como Wilson’s Heart ou Help Me, do jeito que nenhuma outra série conseguia me deixar.

E assim chegamos a 21 de maio de 2012, o dia em que a série mais importante da minha vida acabou. Espero conseguir compartilhar com vocês um pouco do que foi a experiência de assistir à Everybody Dies, um episódio simples e genial, feito para quem é fã da série. Digo isso, pois provavelmente quem abandonou a série em algum momento vai achar o final meio decepcionante, mas quem seguiu com House durante as oito temporadas com certeza se apaixonou pelas sensações que esse episódio trouxe.

Sendo mais racional, foi um episódio simples. Nada muito marcante para o fim da série. Não foi um House de drama pesado como o que nos acostumamos a ver quando a série encerrava suas tramas, ou até como vimos na temporada passada, em episódios como After Hours. Foi um episódio que encerrou a série de uma maneira simples, bonita e eficaz.

Everybody Dies é primeiramente um grande estudo da mente de Gregory House, com o nosso amado protagonista preso num prédio em chamas, alucinando com todas as pessoas que já passaram por sua vida. Kutner, o seu funcionário que se suicidou; Amber, a namorada de Wilson que morre no acidente de ônibus ao qual House sobrevive e depois aparece na mente do médico por uma temporada inteira; Cameron, a médica apaixonada por House, que foi tão importante em seus anos de série; Stacy, a sua esposa lá das duas primeiras temporadas (fazendo um papel que provavelmente seria de Cuddy caso Lisa Edelstein tivesse aceitado participar do episódio). Todos passam pela mente de House para conversar com o doutor à beira da morte. Cada um com a sua particularidade, estudando as atitudes de House ao longo dos anos. É uma reafirmação da vida que o médico levou por tanto tempo, coisas que já lhe foram ditas em outras situações, mas que dessa vez contam com uma diferença: a condição da única pessoa com quem House se importa de verdade, seu amigo Wilson.

House está sendo egoísta mais uma vez, afinal, qual o seu motivo para continuar vivendo? Ele está indo para a cadeia, abandonando seu amigo em seus últimos meses de vida, perdendo seu emprego e sua equipe, não restaria mais nada. Na conversa com Stacy, House deixa claro como sabe que está sozinho no mundo, falando que a vida que ela está tentando lhe mostrar (com uma esposa, filhos e etc) é impossível, pois não existe mais ninguém em sua vida. O que muda tudo é Wilson.

House pode ter criado uma relação com Cuddy durante a série, mas de verdade, a única pessoa que realmente sempre esteve lá para ele foi Wilson. Seu melhor amigo em todas as situações, para tudo que House precisou Wilson estava lá, durante oito anos. Uma relação de amizade única e especial, a melhor trama que David Shore podia ter escolhido para terminar a série. House não se importa nem com ele mesmo às vezes, e já mostrou isso várias vezes, mas Wilson é a pessoa que pode mudar House. Descobrir que o amigo está morrendo é o maior baque que ele pode sentir. Sem Wilson ele não tem ninguém. E é exatamente pela única pessoa que importa em sua vida que House resolve não realizar um último ato de egoísmo. É na verdade um imenso ato de solidariedade. House finge a sua morte para ficar livre de tudo e assim poder passar os últimos cinco meses de vida com seu amigo. “Eu estou morto, como você quer passar os seus últimos meses de vida?”. Ele dá a sua vida para poder ter um final feliz com Wilson.

House fingir a sua morte ainda é uma última grande homenagem de David Shore às histórias de Sherlock Holmes, que tanto inspiraram o seriado. A famosa história onde Sherlock finge sua morte só deixando uma pista para Watson é agora reencenada por House e Wilson.

Depois de tanto tempo no ar, House não era mais uma série que precisava de um episódio final para fechar muitas tramas ou responder perguntas. E é exatamente a simplicidade do fim que deixa Everybody Dies tão bonito. Nós não sabemos o que House vai fazer depois que Wilson morrer, mas também não precisamos saber. Sabemos que House continua vivo por aí, fazendo sabe-se lá o que, mas de qualquer jeito a série encerra deixando seu protagonista vivo para sempre. A imagem da morte de House não vai existir em nossas mentes, estamos livres para imaginar como foi o restante da vida do melhor médico que a televisão já viu.

O clima do episódio é construído por uma sequência de emoções diversas. Ao começarmos a assisti-lo já temos a tensão de House alucinando em um prédio pegando fogo, e disso segue a nostalgia de ver tantos personagens que fizeram parte dessa história. Depois o drama aumenta com House chegando perto do suicídio, seguida da cena da suposta morte após encontrar o olhar desesperado de  Wilson pela janela. Esse é o momento da explosão de lágrimas no episódio, quando você pensa “Eles realmente tiveram a coragem de matar o House”, e entra em desespero na mistura desse drama com mais uma dose de nostalgia ao ver o restante dos personagens falando em seu funeral. Taub, Thirteen, Masters, Foreman, Adams, Park, todos em frases curtas descrevendo como House mudou a sua vida. Como aquele chefe ranzinza e odioso mudou a sua vida para melhor. Mas aí o celular toca. Quando o celular começa a tocar as lágrimas começam dar lugar a um sorriso. Uma última e maior pegadinha para o médico mais brincalhão que já vimos. Num episódio chamado Everybody Dies, na verdade tivemos um grande Everybody Lies.

Ao contrário do que imaginávamos, o fim da série não vem com uma morte, mas sim com uma brincadeira. Os dois opostos que sempre estiveram presentes em House, o drama e a comédia. Se as lágrimas voltam a aparecer no fim, elas são de alegria. Para quem já viu House passar perto da morte, sofrer com alucinações, ir para o hospício, ir para a cadeia, quase morrer ao realizar uma operação em si mesmo, entre tantas outras situações onde o drama e as dificuldades predominavam, o fim se torna uma libertação, um último suspiro de alegria. Depois de tudo que passamos nesses oito anos, a amizade predominou. A música final (indicada por Hugh Laurie para os produtores) é perfeita. “Aproveite a vida enquanto você pode”, ou como diz House no início do episódio, “Você nunca viu A Sociedade dos Poetas Mortos? Carpe diem!”. Ao longo da série House vai abandonando várias coisas em busca de libertação; além dos vícios e dos relacionamentos, é marcante como House abandona Cuddy no fim da sétima temporada, tirando o peso daquele romance que trouxe mais tristezas do que alegrias. E agora, após abandonar quase tudo, House abandona literalmente a sua vida, mas em busca da felicidade.

E ainda não é só a felicidade de House que marca um episódio que traz a morte no nome. Todos mereceram seu final feliz. Taub, que batalhou tanto contra a tristeza em seu tempo na série, finalmente feliz com suas filhas e em paz com as mulheres; Cameron, que sofreu tanto até não aguentar mais a equipe, agora feliz com um marido e filho, e ainda trazendo um último golpe de nostalgia com aquela foto da primeira equipe de House em seu computador, lá onde tudo começou; e enfim Chase, que se tornou tão importante para a série, o único que foi da equipe de House desde o início, que teve a sua vida marcada em tantos momentos, que aos poucos se tornou um “jovem House”, que nessa temporada cresceu tanto se tornando um dos melhores coadjuvantes da série, conseguindo carregar tramas sozinho, sendo decisivo em uma grande virada nesta última temporada ao ser esfaqueado e causar um dos melhores momentos do ano discutindo com House. Chase se tornou o principal médico e melhor personagem da equipe, e nada mais digno do que encerrar a série assumindo o posto de House. “Robert Chase M.D.” marcado na porta da sala do setor de diagnósticos, ele com certeza aprendeu com o melhor.

Enfim, esses foram os últimos 43 minutos de House. Vai ser estranho não ter mais essa série para acompanhar daqui pra frente. Mas é com um sorriso no rosto que House nos deixa após fazer parte de nossas vidas por tanto tempo, provavelmente a depressão por ter perdido essa série vai bater em alguns dias, ou até mesmo na próxima fall season, quando todas as suas séries favoritas estiverem voltando, mas House não. E isso faz parte, mas posso dizer que fui feliz pelo tempo em que acompanhei a série, e o final digno que era tão merecido aconteceu. Todo mundo morre, mas House vai viver pra sempre no coração de quem teve a sua vida tocada pela série.

Adeus, House. Obrigado por tudo.

Enjoy yourself, it’s later than you think

Colaboração especial de Lucas Paraizo

Confira nossos especiais sobre os coadjuvantes inesquecíveis, os casos bizarros e os episódios memoráveis da série.

‘Grimm’ – um balanço da temporada

Data/Hora 24/05/2012, 23:46. Autor
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Quando Grimm estreou, na fall season passada, a série definitivamente não havia mostrado a que veio, sendo daquele tipo de séries “mais do mesmo”. Ouvi muitos comentários do tipo “isso é muito Buffy” ou “que cópia barata de Supernatural”. De fato, os efeitos mal produzidos e o jeito de conduzir a história acabavam inferiorizando a série, principalmente frente a fãs que já estavam acostumados a assistir as aventuras dos irmãos Winchester. Mas eu continuei dando uma chance à Grimm e não me arrependi.

A série começou com o Detetive Nick Bukhardt vendo sua tia morrer e logo depois começando a ter uma série de visões que o levaram a descobrir que seus ancestrais faziam parte da linhagem dos Grimm – uma espécie de caçadores que tentavam manter a ordem entre os humanos e as criaturas mitológicas que andam disfarçadas entre nós. Em meio a episódios desconexos e criaturas para lá de esquisitas, produzidas por péssimos efeitos especiais, a série começou a crescer e apresentar um roteiro mais construído, embora eu ainda achasse as historinhas meio bobas.

Quando Grimm de fato começou a centrar em seus personagens, a história começou a ficar mais envolvente. Nick tinha um dilema a enfrentar – além de caçar os monstros que sempre caiam em seus casos policiais, ele tinha de decidir se contava ou não para Juliet (sua namorada) sobre seu passado e suas visões. A moça ficou em perigo devido a suas batalhas, foi salva e tudo mais. O rapaz resolveu pedi-la em casamento e levou um não na cara. A verdade é que Nick tinha um segredo obscuro que Juliet desconfiava. Ninguém é boba o suficientepara ser enganada assim. Mas a gente passou a torcer para que Nick encontrasse o seu caminho e pudesse conciliar o seu legado com o seu namoro (que vamos combinar, não apresenta quase química nenhuma, mas mesmo assim, chama uma torcida). Mas o que ainda falta em Grimm é um pouco mais de expressão do protagonista David Giuntoli. Ele tenta, mas realmente não convence.

Haviam episódios soltos, desconexos e – confesso – às vezes entediantes. Às vezes Grimm me dava até sono. Mas sabe quando você assiste uma série em que nada dá certo, mas mesmo assim você pensa “Poxa, ela tem potencial! Quem sabe melhora?”. E não é que melhorou? Eu não sei o que houve, mas de algum jeito as histórias passaram a ser mais cativantes. As criaturas que Nick enfrentava não eram à toa, sempre tinham uma ligação. E na verdade, era o que os espectadores da série queriam. Afinal, estávamos vendo uma série de um criador de criaturas que não fazia nada além de ser um policial. E é exatamente esta evolução que foi uma das coisas que valeu a pena na segunda metade desta temporada. Grimm estava realmente apresentando agora o que era ser um ‘Grimm’. Nick não estava mais nos casos por engano, e suas pesquisas no velho trailer não eram mais aleatórias. O seu passado começou a ser explorado de um nível bem mais interessante. E o Detetive Bukhardt começava a ser agora um verdadeiro caçador de criaturas – com direito a usar armas históricas e tudo. Claro que ele não conseguiria fazer nada disso sem a ajuda de seu parceiro Monroe.

Monroe foi outro personagem cativante na história de Grimm, e eu não dava nada por ele. Foi um personagem que de inicio achei sem graça, e nada cativante. Mas a sua amizade com Nick evoluiu de tamanha forma que o nosso Grimm praticamente já não caça mais monstros sem ele. O que me irritava era que Nick só lembrava-se dele na hora do aperto, colocando-o como um quebra galho. Mas o próprio detetive viu que estava além disso. Foi preciso o pontapé de Juliet para levá-lo até a sua casa. O episódio em que Monroe vai jantar com Juliet e Nick é bem engraçado. A conversa de como se conheceram não coincidindo as informações foi hilário. Hoje, para mim, o personagem já é indispensável, e todas as suas cenas são bem legais. Ponto para a série, afinal tudo que ela precisa é ter um personagem cativante. E ao contrário de Monroe, o parceiro de Nick consegue ser o mais sem graça de todos. Hank não é carismático, tem cenas chatas e sinceramente não faz falta nenhuma na série. Até neste arco- final. em que ele teve um destaque maior, para mim ele foi totalmente dispensável. Mas nem tudo funciona em uma série, não é verdade?

A reta final de Grimm apresentou uma história bem consistente. Os últimos episódios foram recheados de ação e histórias conectadas. Nick estava assumindo de fato o posto de um Grimm. Como disse, começou a usar armadilhas, armas mitológicas e o principal – parou de pensar como um policial e começou a pensar como Grimm. E ainda fomos introduzidos a um pouco de seu passado, que agora parava de funcionar em torno de Tia Mary. Nick se preocupava ainda pelo caso da morte de seus pais ser mal resolvido. E quando ele percebe que toda história de seus ancestrais está envolvida, a coisa começa a ficar boa. E o final da temporada de fato, foi um dos melhores episódios. Tivemos o retorno de Adalind – que havia perdido seus poderes graças a Nick. E ela estava ali por vingança e nada melhor que realizar isso prejudicando Juliet. A bruxa, que ainda pode fazer umas coisinhas sem seus poderes, preparou uma porção e que através de seu gato a arranhou e passou o feitiço. Quando Nick descobre que a loira esteve no consultório da amada, ele entrou em pânico e o resultado não foi outro – ele acabou contando para ela toda a verdade. Mas as coisas saíram de controle, e ela pareceu não acreditar em uma palavra dele. Afinal, quem iria acreditar? Mas o Grimm ainda tinha uma carta na manga – seu amigo Monroe. Levá-la para ver o Wolf se transformar era a única maneira de fazê-la acreditar. A moça desmaia antes de ver o feito, e é levada para o hospital. E depois de ser deixada pelo namorado por lá, acorda com os olhos todos pretos. O feitiço de Adalind a transformou em uma Wensen também? Este é um dos ganchos que, confesso, estou curioso para saber!

Além disso, Akira Kimura o homem por trás da morte dos pais de Grimm está em Portland. Atrás das famosas moedas que moveu um arco da temporada de Grimm, o personagem foi atrás de praticamente todos os principais. E depois de andar, andar e andar, acabou se deparando com Nick. Tiveram uma luta bem bacana, que confesso, curti! O Grimm não teve medo da briga e meteu uns bons socos no inimigo, além disso, se vingando pela morte de seus pais. Mas o que todos não esperavam era o gancho maior – a misteriosa mulher de preto que vinha rondando a história (e que surgiu do nada), apareceu lá, apunhalou Akira e se revelou – sim, a mulher era a mãe de Nick. E agora? Grimm descobriu que sua mãe está viva, como fica? E Juliet, em que se transformou? E como fica Hank, que agora desconfia destes seres mitológicos?

Apesar de alguns episódios fracos, Grimm se firmou como uma boa série, teve uma temporada legal, e, creio eu, que já criou uma base de fãs que aguardam ansiosos a segunda temporada. E se me perguntarem, recomendo como um bom passatempo, ainda mais para aqueles que gostam dos contos literários que sempre estavam referenciados em algum caso da semana. E que venha a próxima temporada!

‘Person of Interest’ – um balanço da temporada

Data/Hora 23/05/2012, 22:29. Autor
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23 episódios muito bons. Uma trama bem desenvolvida. Uma baita média de audiência. Esse é Person of Interest, suspense de produção executiva de J.J Abrams e roteiro de Jonathan Nolan. A produção é aquele tipo de série que fisga o telespectador e não solta mais. Uma mistura quase que perfeita de Identidade Bourne com Minority Report (claro, bem menos Sci-fi), Person of Interest é tudo aquilo parece ser: eletrizante, por suas cenas de ação bem feitas; e envolvente, pela inteligência de suas tramas. Mantêm seus telespectadores felizes, afinal, ela promete e cumpre, em grande estilo. E, além disso, somos brindados com os twists, que nos fazem quase pular do sofá, de tanta surpresa e excitação.

O grande trunfo dessa primeira temporada com certeza foram as tramas bem elaboradas, que apesar disso são de fácil entendimento (alguém ousaria pedir mais? É simples de entender, e ainda assim é complexo. Quase um paradoxo). A boa qualidade e o desenvolvimento do seriado não foram comprometidos pela estratégia “um caso diferente por episódio”. Isso, em uma época no qual os “procedurals” se perdem na estrada da vida, é uma grande coisa. E pasmem: são raras as pontas soltas após os cerca de 43 minutos de cada episódio.

Outro ponto alto de Person of Interest são seus personagens, deliciosamente misteriosos, o que aguça a curiosidade do telespectador. A começar por Harold Finch, interpretado por Michael Emerson (eternamente Ben Linus), que é um bilionário genial, inventor da Máquina que aponta quais serão as pessoas envolvidas em atos violentos – é de tirar o fôlego não saber se a pessoa apontada é “do bem” ou “do mal”. O maniqueísmo da coisa toda cai muito bem no seriado. Depois de um acontecimento dramático que levou à morte seu melhor amigo, Finch decidiu fazer justiça “com as próprias mãos”. E é aí que entra na história John Reese.

Reese, interpretado por Jim Caviezel (ou, se preferir, JC ou Jesus), é um ex-agente das Forças Especiais do Exército Americano, e também ex-agente da CIA, que era dado como morto. Só que enquanto pensavam que ele tinha partido dessa para uma melhor (?), ele na verdade vivia como mendigo pelas ruas de Nova York. Assim como Finch, a reviravolta em sua vida também se deu pela morte de alguém importante para ele – Jéssica.

Mas quem acha que essa similaridade bastou para aproximá-los está bem enganado. A princípio eles foram demasiadamente estranhos um com outro, mas com o passar dos episódios começaram a criar uma confiança mútua, uma espécie meio sui generis de amizade. Pode-se, inclusive, dizer também que eles dividem um belo “bromance”, que atinge seu ápice nos episódios Super e Baby Blue (eles ficaram lindos cuidando da bebê, não?).

Outro personagem de destaque é o do detetive Lionel Fusco, um policial corrupto que é chantageado por Reese e acaba virando a primeira conexão da dupla dentro da NYPD. Ele tem como missão atrapalhar a investigação de Detetive Carter, muito determinada em descobrir quem está por trás dos acontecimentos que rodeiam Nova York. Carter, também ex-militar, foi provavelmente a única pessoa que chegou perto de “capturar” Reese, mas em outro excelente twist da série – mesmo que um pouco previsível – ela se torna mais uma importante aliada dos dois, quando é apontada pela máquina no episódio Get Carter. Primeiro, ela finge ajudá-los, mas arma para Reese, que quase é morto (ambiguidades, suas lindas). E sua redenção acontece justamente quando ela o ajuda a fugir, salvando sua vida, no episódio Number Crunch.

Como se não bastassem os excelentes episódios de tramas únicas, o seriado também trabalha com a “trama da temporada”. Em uma jogada um tanto quanto corajosa, a trama principal não é mostrada logo no início da temporada, mas sim no episódio de número 7, Witness. Nesse episódio é apresentado Charlie Burton, um professor que teve seu número apontado pela Máquina. Mais tarde descobre-se que ele é, na verdade, Carl Elias, o vilão, líder da máfia da cidade de Nova York. Com uma inteligência comparável a de Finch (esses embates de mocinho e bandido à la Walter Bishop e David Robert Jones são sempre ótimos) e um “pequeno” exército de contatos, as vezes parece que ele poderia estar relacionado a vários casos dentro do seriado. Elias é citado em alguns episódios antes de fazer sua aparição em carne e osso, como no episódio Mission Creep. Mas, depois do episódio Witness sua trama foi deixada meio de lado.

E quando acreditávamos estar prontos para, finalmente, fazer algumas críticas ao seriado -em relação ao plot esquecido – surpresa! Lá estava Elias novamente, só que desta vez, ele aparece só no finalzinho do episódio Risk, em uma cena pequena, mas de um impacto sem igual, onde se mostra responsável pelos acontecimentos do episódio. Depois disso, é inevitável imaginar quantos outros casos tiveram relação com Elias, direta ou indiretamente. E como vilão bom é vilão preso (mas depois de aprontar muito), Elias seguiu seu destino, sendo subtituído por outras pessoas a fim de fazer vilanias pela big apple (quem sabe alguém do alto escalão do Governo, pra deixar as coisas mais tensas?).

Além doa vilões, e das tramas pessoais de cada episódio, ainda é trabalhada a questão do interesse de Reese em saber de toda história sobre o passado de seu “empregador” – curiosidade ou ainda a relutância em confiar completamente em Finch? E Finch gosta de manter seu passado no passado, e em segredo. Person of Interest tem esse elemento de pequenos plots recorrentes.

E depois de uma temporada impecável, um episódio final daqueles. Mesmo. Ação, telespectadores sem fôlego. Com direito à twist e gancho, como todo seriado que se preza – e voltará para mais uma temporada – deveria fazer. Agora, só nos resta indagar qual o destino de Finch, e quais as manobras de Reese para trazer o parceiro de volta. Pena que setembro está tão longe.

No meio de tantos aspectos positivos fica difícil falar do seriado sem parecer tietagem. Se você ainda não viu (e está se afogando em spoilers), deve estar achando que tudo isso é bom demais pra ser verdade, mas o fato é que a alta audiência do seriado está aí pra provar a qualidade do mesmo. Afinal, são poucos os seriados que tem a PIOR audiência na casa dos 11milhões e encerram a temporada com mais espectadores do que começaram. Então, quem vem? Se você ainda não assistiu, achou o que fazer até a próxima Fall Season retornar. Você não vai se arrepender.

*Texto produzido por Mayra Gonçalves e Mariela Assmann

‘Private Practice’ – um balanço da temporada

Data/Hora 22/05/2012, 23:48. Autor
Categorias Especiais, Reviews


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Addison Montgomery está em terapia. E nós somos o terapeuta. E deveríamos? Bem, quando Private Practice finalizou sua quarta temporada eu estava com a ideia de que abandonaria a série. Não porque o show apresentava histórias ruins, pelo contrário. Ela já vinha apresentando um crescimento considerável. Mas eu simplesmente não suportava ver a protagonista namorar Sam. Isso porque eles formam o casal mais sem graça da TV. Não apresentam absolutamente química nenhuma. E aí veio a surpresa: o ator Benjamin Bratt, nomeado ao Emmy e protagonista de vários longas metragens, havia sido confirmado como fixo para a quinta temporada. Foi quando meu interesse em continuar vendo o show se despertou.

Neste momento havia ainda uma esperança de que nesta quinta temporada Addison pudesse se separar de Sam e viver um novo amor com Jake Reilly (Bratt). Mas logo um balde de água fria foi jogado. Por que o médico estava ali para fazer Addison conseguir ter seu filho. E o relacionamento deles não passou daquilo nos primeiros episódios. Enquanto isso, Sam assumia o papel de personagem mais chato da atualidade, sendo contra o procedimento de fertilização em Addison, e não a apoiando em momento algum. Até o casal se separar, foi esta ladainha. Eu não sei o que acontece com Shonda Rhimes, ela tem o dom de unir casais sem sal. O que ela sabe escrever de drama, sabe juntar casais sem graça. E convenhamos, ela parece ter tirado este casal do nada. Tudo bem que na história Sam tinha uma queda por Addie na faculdade e tal. Mas não consigo entender de onde Shonda achou que este casal daria certo. Quanto a Jake, conhecemos um pouco de seu passado conturbado com a esposa morta por overdose de drogas, a enteada que ele cuida, entre outras coisas. Mas o principal, vimos ele se tornar parte da família Oceanside e era como ele já estivesse lá desde o início. Talvez ele tenha entrado para suprir a vaga de Naome, deixada na temporada passada. Mas convenhamos, ela não fez falta nenhuma.

Falando em casal chato, outro que continua dando as caras na série é Violet e Pete. E nesta altura do texto, eu me pergunto, como assistir uma série com dois casais chatos? Como faz? Acho que o que pesou menos é que ambos os casais passaram grande parte da quinta temporada separados. Pete e Violet entraram em crise novamente. Aliás, é o que os dois mais sabem fazer. E os dois separados começaram a ter aventuras sexuais. Sinceramente, foram diversas cenas entediantes protagonizadas por estes dois. E a amizade “forçada” dela com Addison (para suprir as faltas de confidencia com Naome) eram mais chatas ainda. Até as histórias finais com Pete sendo preso por causa da eutanásia que ele realizou achei extremamente chatas.

Mas então, porque a continuar assistindo uma série com casais e histórias chatas? Bom, porque pelo menos há personagens e histórias que salvam a série. E concordem comigo,salvaram muito bem. A começar por Cooper e Charlotte, que tiveram suas vidas totalmente modificadas a se depararem com Mason, o filho de Cooper. Filho de um caso de Cooper há anos atrás, o garoto entrou na vida deles e modificou completamente o rumo dos dois. Charlotte não gostou de início, mas acabou se apegando ao garoto. Principalmente quando descobriram que a mãe do garoto, Erica, tinha câncer no cérebro. O caso rendeu até um interessante cross-over com Grey’s Anatomy e me emocionou muito. A cena do garoto se despedindo da mãe foi de arrepiar. Claro que ele não aceitou facilmente e uma das interessantes histórias abordadas na temporada foi como eles tiveram de lidar com esta situação. E imagino o quanto seja difícil para Charlotte ter de se assumir “mãe” de uma hora para outra. Mas ela demonstrou muito amor pela criança e só me fez confirmar ainda mais o porquê acho ela e Cooper o melhor casal de Private Practice.

Mas esta temporada não teve para ninguém. Amelia Shepherd roubou a série e deu um show. Primeiramente com seus problemas com as drogas. Ela acabou se tornando uma viciada e levou a sua vida ao extremo. Conheceu outro viciado – Ryan, com quem teve um caso até o rapaz morrer de overdose. E é aí que ela resolve se tratar. O episódio, que foi um especial de duas horas, voltado para a intervenção da personagem foi extremamente emocionante! Um dos melhores da série. Amelia se mostrou uma das melhores personagens atuais aí. Mas seus problemas estavam apenas começando. Depois de se tratar e voltar a exercer a medicina, ela descobre que estava grávida de Ryan. E o pior, seu filho era anencéfalo. A médica teve de lidar com a situação e, claro, não foi nada fácil. Ela acabou se afastando de todos – incluindo Addison. E o final da temporada foi outro episódio emocionante com o parto da personagem e a tomada de decisão do transplante de órgãos do bebê. Inclusive achei muito bom a série abordar casos delicados como este, mostrando os médicos em diversas posições muitas vezes contrárias entre eles mesmos. Foi ótima esta abordagem.

E quem recebeu o devido destaque na temporada foi a própria dona do show, Addison Montgomery. A personagem, que andava bem apagadinha, cresceu novamente ao passar pelo processo de fertilização, a frustração de não conseguir engravidar, até conseguir adotar um bebê rejeitado pela mãe. Tudo isso intercalado com as sessões de terapia que a personagem realizava, sendo praticamente uma narrativa em todo inicio e final dos episódios desta temporada. Shonda talvez tenha feito isso para confirmar que o show se trata, sim, de Addison, e ele deve girar ao seu redor. Addison conseguiu ter seu filho, o que a fez se afastar de Sam – que não queria assumir o compromisso da paternidade – e se aproximar de Jake- que foi todo carinhoso com ela, do inicio ao fim. No fim da temporada, Sam resolveu voltar atrás e pedir a mão da médica em casamento, enquanto que Addison iniciava um romance com Jake. Sério Shonda? Insistir no erro?

Mesmo apresentando alguns personagens fora do eixo, Private Practice amadureceu suas histórias, e apresentou os melhores casos da série, ironicamente no ano em que o show caiu na audiência – fazendo-o até mudar de dia de exibição. A série foi renovada para a sexta temporada, mas o que se fala é que serão apenas treze episódios finais. Bom, apesar dos pesares, por mim, Private poderia continuar até o fim de Grey’s Anatomy. Mas sério, não reclamaria se a série da nossa Addison terminasse mais cedo, e ela fizesse uma visitinha permanente pelos arredores do Seattle Grace Mercy West. É praticamente impossível, afinal Kate Walsh diz que já não quer continuar fazendo a personagem, mas quem sabe acontece? Não custa nada torcer!

[ESPECIAL] Os coadjuvantes inesquecíveis de House

Data/Hora 22/05/2012, 11:31. Autor
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Sim, a estrela maior do drama médico House é o doutor Gregory House. Mas House certamente não seria a mesma se, ao redor do médico brilhante, não gravitasse um grupo de amigos, pupilos, chefes, de personalidade marcante e fascinante. Ao longo dos oito anos de série, nos acostumamos a ouvir fãs comentarem gostar mais deste ou daquele personagem da série. No terceiro especial do TeleSéries em tributo a House, relembramos alguns destes coadjuvantes, também responsáveis pelo sucesso da série.

Wilson

Você pode ter um melhor amigo, mas ele nunca será tão empenhado, paciente e perfeito quanto o James Wilson! O oncologista sempre está ao lado de House, mesmo que seja discordando, brigando ou falando para as paredes. Muitos fãs de House nem consideram a relação dos dois como “amizade” e sim como um bromance (um romance de irmãos, literalmente). Assistimos incontáveis episódios em que Wilson segurou as pontas e apoiou o amigo rabugento! Quem não se lembra na primeira temporada quando Wilson abandona o jantar com a esposa na véspera de natal para comer comida chinesa com House? Dos dois discutindo a relação na sala de tomografia? Ou dos diálogos no funeral do pai de House? Mesmo com uma dúzia de personagens no elenco, apenas Wilson consegue entender e aceitar o House do jeito que ele é. (Juliana Baptista)

Cuddy

A diretora do hospital sempre teve um bom destaque nas histórias da série. Ela tinha que tentar controlar House, negar seus pedidos e ainda ouvir, episódio a episódio, que ele estava certo. Apesar de ceder às pressões de House, considero a personagem muito forte. Enfrentou todo o processo de adoção e conseguiu realizar o sonho de ser mãe. Durante muito tempo os shippers sonhavam com a união do casal, que vivia naquele clima de romance e tensão sexual. Mas o relacionamento não deu certo e o final não resolvido  resultou em uma atitude inconsequente de House.  Cuddy superou várias insanidades de House, mas ter sua casa invadida por um carro foi a gota d’água. A saída da personagem foi uma triste perda para a série e para os fãs , principalmente os que ainda sonhavam com uma reconciliação dela com House. (Dierli Santos)

Thirteen

Remi Hadley é clínica geral e entra na equipe de House na quarta temporada. É conhecida como Thirteen, pois nos jogos que House fez para escolher sua nova equipe ela era a concorrente número 13. É uma personagem que tem função social, visto que é portadora da Doença de Huntington e através dela a série busca esclarecer sobre essa doença rara. Sua mãe morreu dessa mesma doença e, na 5ª temporada, ela aceita participar de um tratamento experimental. No final do sexto ano da série, a personagem vai embora alegando “razões pessoais”. No oitavo episódio da sétima temporada, nos surpreendemos com House indo buscar a médica na cadeia.  Ela havia ajudado seu irmão, também portador da doença, a cometer eutanásia. Um dos momentos emocionantes da série foi quando ela desabafa dizendo que ninguém iria fazer isso por ela. Ali percebemos que House realmente se importa com ela, já que ele afirma que ajudaria ela a terminar seu sofrimento quando a hora chegasse. Depois de alguns vai e vem dentro da equipe, ela retorna no penúltimo episódio da série para ajudar o Wilson. (Gabriela Assmann)

Cameron

Integrante da equipe original de House, a médica sempre foi considerada a mais boazinha dos três. Cameron sempre prezou pela ética médica, o que faz com que o motivo do fim do seu relacionamento com Chase seja plausível. A personagem amadureceu durante os anos, mas ainda era difícil aceitar que seu marido havia cometido um assassinato – e  não se arrependia disso. O último episódio que a personagem participou (antes da series finale) foi Lockdown, onde se despede definitivamente de Chase. Fazendo essa retrospectiva, é difícil acreditar que essa mesma Cameron já foi apaixonada por House no começo da série.  Vocês lembravam disso? (Dierli Santos)

Chase

 O australiano da equipe ganhou muitas características diferentes durante a série. No começo, era considerado um mauricinho que fazia tudo para proteger seu trabalho. Também era aquele que aceitava as ordens do House sem questionar. Com o passar do tempo, foi ganhando diferentes funções e cresceu na série. O médico, que ainda faz parte da equipe de House, possui uma boa capacidade de dedução. Depois de matar um ditador na sexta temporada da série, mostra como realmente mudou sua personalidade. (Dierli Santos)

Foreman

 Foreman era o médico da equipe que mais parecia com o protagonista da série. Até que, sem querer, matou uma paciente e resolveu se demitir. O médico percebeu que estava ficando parecido demais com House e não queria isso. De volta à equipe, ele é responsável por cuidar para que House não extrapole e avisar a Cuddy sobre suas atitudes. O relacionamento com a Thirteen até deixa o médico com um pouco mais de carisma mas, na minha opinião, ele ainda é o mais antipático dos coadjuvantes – apesar de ser importante para o equilíbrio da série. Com a saída da Cuddy, na última temporada ele assume a direção do hospital. (Dierli Santos)

Kutner 


Kutner é um personagem que teve curta duração duração na série, mas deixou sua marca. Principalmente pela forma de sua saída, até hoje nebulosa. Um médico carismático, que conseguiu passar por aquele reality maluco da quarta temporada, merecia ficar mais. Mas escolha não foi dos roteiristas, já que o ator havia pedido para sair da série. Em um episódio surpreendente (para quem conseguiu fugir dos spoilers), Kutner comete suicídio – levantando o tema da depressão entre os profissionais da área médica. (Dierli Santos)

Taub e Rachel

House - The Greater Good

Da fase pós-Cameron/Chase/Foreman, eu tenho um carinho especial pelos episódios que se focaram em baixinho e esquisito Taub e sua relação com a esposa Rachel. Taub é o mais tridimensional dos personagens de House. Ponto. Não sei se existe no mundo algum médico que trata os pacientes como lixo e é viciado em comprimidos, ou médico que se casa com um doente terminal, médico que já foi preso quando jovem. Mas como Taub eu tenho certeza que existe. A crise no casamento de Taub é a crise no casamento de todos e os motivos da infidelidade de Taub são o retrato da infidelidade de todos os homens. Na atual última temporada, as tramas envolvendo a vida pessoal de Taub também, como a série, perderam a força. Ainda assim, me surpreendi com um momento de brilho: o episódio Runaways (8×10) em que ele admite não possuir nenhum laço, nenhuma conexão com os dois filhos nenê. Algo horrível de se admitir, claro, mas mais uma prova que Taub foi um personagem único na TV americana. (Paulo Serpa Antunes)

Confira também os nossos especiais sobre os casos bizarros e episódios memoráveis de House.

[ESPECIAL] Episódios memoráveis de House

Data/Hora 20/05/2012, 22:04. Autor
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O TeleSéries está se esquecendo para o final de House, que vai ao ar nesta segunda-feira, 21 de maio, nos Estados Unidos. Depois de oito anos seguindo a mesma fórmula de casos do dia, é natural que alguns episódios se tornem esquecíveis. Não que sejam ruins, apenas acabam não se destacando. Enquanto isso, alguns são lembrados por terem doenças ou diagnósticos bizarros. Mas os roteiristas também souberam sair da rotina de alguma forma e produziram episódios memoráveis. Confira alguns abaixo:

Three Stories – 1×21

House é obrigado a dar uma palestra sobre diagnósticos e conta três histórias. E assim surpreende todo mundo ao revelar que na verdade está falando sobre si. House conta como ficou com a perna daquela forma, com a dor que até hoje o atormenta. Esse é o primeiro episódio com Stacy, a ex-esposa do médico, que tem grande importância na segunda temporada da série.

Euphoria: Part I & II – 2×20 e 2×21

Dividido em duas partes, Euphoria até segue um pouco da fórmula, mas ao colocar um dos membros da equipe em perigo, cria uma tensão ainda não vista na série. Foreman é contaminado com a mesma doença do paciente da semana e, ao ver a piora progressiva dele, acaba se desesperando. Em determinado momento, Foreman até surpreende Cameron com uma seringa, tentando contaminá-la. São dois episódios repletos de emoção e tensão. Um dos pontos altos é quando o paciente morre e somente Foreman está junto com ele para tentar salvá-lo.

No Reason – 2×24

Quando o episódio inicia, parece que teremos mais um episódio bom e normal da série. A equipe está na sala tentando diagnosticar um caso, como de costume. Até que um homem entra e atira em House. Depois de passar dois dias em coma, o médico descobre que o atirador se chama Moriarty e era marido de uma ex-paciente. House contou uma informação que não tinha nenhuma relevância para o tratamento, um segredo do marido. Isso fez com que ela se matasse e  Moriarty fosse um busca de vingança. O médico também percebe que a dor de sua perna diminuiu, descobrindo depois que durante a cirurgia, Cuddy e Wilson realizaram um procedimento sem sua autorização.

Airborne – 3×18

Esse é um episódio que sai somente em partes de sua fórmula. Na verdade, há dois casos para descobrir. Um no hospital, com Wilson e o resto da equipe. O outro é com House e Cuddy, dentro de um avião voltando de um congresso. Claro que o segundo caso é mais interessante e inovador: sem equipamentos e sem poder realizar exames, somente usando os talentos de House. A sua equipe ele até consegue substituir, chamando outros passageiros e dando instruções sobre como reagir às suas sugestões. Mesmo com a história do hospital sendo igual, ainda assim sempre lembro desse episódio.

Frozen – 4×11

Nesse episódio, que conta com a participação de Mira Sorvino, temos novamente House tentando diagnosticar alguém. O diferencial aqui é que a paciente está na Antártica. Assim, House precisa realizar todo o diagnóstico através da webcam e sem dispor de muitos recursos. Além disso, considero esse episódio memorável por que o médico acaba criando um vínculo com a psiquiatra. Lembrando que Frozen foi exibido após o Super Bowl nos Estados Unidos, em 2008.

 House’s Head & Wilson’s Heart – 4x 16 e 4×16

Apesar de serem dois episódios, exibidos inclusive em noites diferentes, é impossível falar apenas de um.  Para mim, foi o final de temporada mais emocionante da série. House, que se envolveu em um acidente de ônibus, sabe que alguém vai morrer, mas não lembra quem. Os episódios giram em torno dessa busca, com algumas reviravoltas . No fim, depois de muitas tentativas (incluindo até hipnose), ele lembra. A namorada de Wilson respondeu ao chamado de House, que estava bêbado em um bar. Ao tentar resgatá-lo, a  Cutthroat Bitch acaba morrendo. Wilson’s Heart ainda termina com uma despedida emocionante entre o casal.

Broken – 6×01 e 6×02

A premiere dupla da sexta temporada parece um filme. House foi internado em uma clínica para desintoxicação e, depois de passar pelo doloroso processo, pede para sair. Mas o médico responsável pelo local diz que se ele sair por conta própria, não irá assinar a carta de recomendação para o conselho, permitindo que ele volte a exercer a profissão. House permanece, participa da terapia de grupo, se relaciona com outros pacientes e faz coisas típicas do personagem. Broken é importante para o desenvolvimento do personagem, além de trazer diálogos e ótimas atuações.

Confira também nosso especial sobre os casos bizarros da série.

E para você, qual episódio memorável de House faltou na lista?

[ESPECIAL] Os casos bizarros de House

Data/Hora 20/05/2012, 17:08. Autor
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O último episódio de House, uma das séries mais populares do mundo, vai ao ar amanhã nos Estados Unidos. Depois de oito temporadas e 177 episódios, o drama médico colecionou inúmeros diagnósticos. Relembre alguns dos casos bizarros que apareceram na série:

 

Episódio: Safe – 2×16

Nesse episódio temos House tratando de uma adolescente que vivia sob uma rígida proteção dos pais. Sem poder entrar em contato com o mundo, a garota vivia em um quarto onde tudo era esterilizado. Ao receber a visita de seu namorado, ela tem uma reação alérgica e vai parar no hospital. Com problemas cardíacos, já que tinha um coração transplantado, assistimos seus sintomas piorarem até que ela começa a ter uma paralisia progressiva, da sua perna até seus pulmões. Depois de muitos diagnósticos errados, House descobre que todos os sintomas da garota são causados por um pequeno carrapato, fruto da visita noturna de seu parceiro. E para provar isso, acaba protagonizando uma cena suspeita…
Diagnóstico: Paralisia do carrapato

Episódio: Failure to Communicate – 2×10

Um famoso jornalista desmaia no escritório da empresa. Ao recobrar a consciência é que aparece o grande sintoma: ele fala várias palavras corretas em inglês, mas elas não fazem sentido. São palavras desconexas que não formam uma frase coerente. Enquanto os médicos procuram entender, o paciente acredita que está falando corretamente e não consegue escrever nem desenhar. Para piorar, House está preso em um aeroporto com sua ex-esposa, tendo que ajudar a equipe somente por telefone. Mesmo assim, o médico ranzinza descobre que o jornalista havia feito um tratamento  experimental (escondido da esposa, claro) para bipolaridade. Na cirurgia, realizada em outro país, ele contraiu malária.
Diagnóstico: Malária cerebral

 

Episódio: All In – 2×17

Um garoto chega ao hospital com os mesmos sintomas de uma paciente que House tratou há doze anos. A paciente era Esther, uma idosa que o médico não conseguiu salvar e acabou morrendo 24 horas depois de chegar ao hospital. Como ele não pode realizar a autópsia, nunca descobriu qual era o diagnóstico. Quando o menino chega com os mesmos sintomas, House tenta provar que é o mesmo caso, prevendo o curso da doença. No fim, o médico consegue descobrir o diagnóstico a tempo e resolver sua obsessão pelo caso de Esther, que tinha o mesmo problema que o garoto.
Diagnóstico: Doença de Erdheim-Chester

 

Episódio: House vs God – 2×19

Um dos episódios mais divertidos da série fala sobre religião. Um curandeiro religioso adolescente aparece no hospital com um problema originalmente de fácil diagnóstico. Mas enquanto está no hospital, acaba diminuindo o tumor de uma paciente da oncologia. Isso claramente deixa o médico mais interessado em descobrir o que o garoto tem. Depois de travar uma disputa com Deus, House acaba descobrindo que o garoto tinha duas doenças.
Diagnóstico: Esclerose tuberosa, herpes encefálica

 

Episódio: Fools for Love – 3×05

Uma mulher é assaltada com o marido e começa a sofrer problemas respiratórios e dor no estômago. Durante o diagnóstico, o marido também começa a desenvolver os mesmos sintomas que ela. Os dois eram vizinhos desde a infância e fugiram aos 16 anos por que o pai do garoto era contra o relacionamento. O casal é bem apaixonado e preocupado, o que torna a revelação da doença mais chocante: eles são irmãos por parte de pai e tem uma doença hereditária.
Diagnóstico: Angioedema hereditário

 

Episódio: Son of Coma Guy 3×07 

Para ajudar no diagnóstico de seu paciente, House decide acordar o pai do garoto que está em coma também no hospital. Ele ficaria acordado do coma apenas por um dia, mas House deseja apenas descobrir o histórico familiar do garoto, já que ele é o único parente dele. Mas ao acordar, o senhor não estava interessado no filho, decidindo passar seu último dia de vida com House e Wilson em outra cidade. Depois de resolvido o diagnostico, o homem decide ajudar seu filho de uma triste forma: comete suicídio para que seu coração seja doado a ele.
Diagnóstico: Síndrome MERRF

 

 

Episódio: Insensitive – 3×14

Uma garota chega ao hospital depois de ter um acidente de carro com sua mãe. Seria um caso normal se a menina não sofresse de uma doença rara que a torna incapaz de sentir dor (Insensibilidade congênita à dor e anidrose). Assim, o desafio torna-se maior ainda quando o paciente pode sentir os sintomas. No fim, a garota tinha deficiência de vitamina B12, mas não só isso: havia uma imensa solitária em seu estômago que absorvia os alimentos do seu corpo. A cena da descoberta é nojenta e excelente.
Diagnóstico: Deficiência de vitamina B12 causada por cestoda

P.S: Esse episódio tem diálogos geniais. Quem quiser relembrar, aqui alguns são transcritos

 

Episódio You Don’t Want to Know – 4×08

Um mágico é o paciente da vez e o caso nem seria tão memorável se não fosse o seu diagnóstico: lúpus. Sim, depois de quatro temporadas sugerindo a todo episódio essa doença, enfim ela realmente foi comprovada. Legal que o próprio House questiona, afinal, nunca é lúpus.
Diagnóstico: Anemia hemolítica autoimune causada por lúpus eritematoso sistêmico

 

The Social Contract – 5×17

O paciente desse episódio é um editor de livros que sofre desinibição no lobo frontal. A doença faz com que ele perdesse sua inibição, falando tudo o que viesse pela mente, sem filtro, insultando a todos. O paciente faz observações sobre a equipe e ele tem que lidar com as consequências de ser incapaz de mentir para a esposa e outras pessoas importantes na vida dele. No final, ainda corre o risco de, mesmo sendo diagnosticado, continuar com essa seqüela.
Diagnóstico: Síndrome de Doege-Potter causando Autoimunidade


E para você, qual caso bizarro que faltou na lista?

No Brasil, House é exibida no Universal Channel, todas as quintas-feiras, às 22h. Confira algumas especulações sobre o último episódio aqui.

Balanço da temporada – ‘Desperate Housewives’

Data/Hora 17/05/2012, 23:24. Autor
Categorias Especiais, Reviews


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Ontem chegou ao fim a saga das quatro donas de casa desesperadas de Wisteria Lane, mas antes de mais nada preciso esclarecer que nunca passei pelo que passei ontem vendo o final de Desperate Housewives. Isto porque, antes de ontem, eu nunca tive uma série que gostasse tanto e que fosse tão importante para mim com data marcada para terminar. Quando as séries são canceladas depois da exibição do último episódio, não há aquele sofrimento de acompanhar seus personagens favoritos sabendo que é a última vez. É como tirar o band-aid de uma vez entende? Agora, o final anunciado te faz ficar remoendo e sofrendo a cada segundo do episódio que leva ao encerramento com o pensamento constante de que esta será a última vez que você verá estes personagens. Claro que sempre teremos as reprises e boxes de DVDs e downloads, mas nunca será a mesma coisa.

Agora, deixando meu sofrimento um pouco de lado, e depois de uma retrospectiva com alguns dos melhores momentos da série, vamos falar especificamente da oitava e última temporada da série. Depois do final da sétima temporada de fazer o público perder o fôlego, com Carlos matando o padrasto de Gaby e as outras três ajudando-os a escoder o corpo, a oitava temporada começa com eles fazendo a limpeza do ambiente e enterrando o corpo no meio da mata. Tudo sob mais uma narração impecável de Mary Alice que diz que apenas o verdadeiros amigos ficam, depois da festa, para ajudar a limpar. O grupo faz um pacto de mater segredo sobre o acontecido naquela noite. Só que, como tudo em Wisteria Lane, as coisas não são tão simples assim. Susan e Carlos começam a ter problemas em lidar com o que eles fizeram, o que desencadeia uma série de problemas para todos eles durante a temporada. Carlos acaba se tornando alcoólatra o que o obriga a se internar em uma clínica de reabilitação. Susan, em sua necessidade de se expressar para poder deixar a culpa de lado, acaba entrando para um curso de pitura e como resultado ela pinta as cenas do assassinato e do corpo sendo escondido.

Bree, por sua vez, enfrenta o sofrimento de ser a base que mantém sua ação e de seus amigos firme. Ela tenta, durante grande parte da temporada contornar todos os problemas sem incomodar os outros. Isto inclui lidar com bilhetes ameaçadores idênticos aos que Mary Alice recebia na primeira temporada – ela só compartilha estes bilhetes com Gaby, que concorda em deixar as outras amigas no escuro. Ela também precisa lidar com o namorado policial, que logo se torna o ex, e que faz de sua cruzada pessoal perseguir Bree e suas amigas. Toda a pressão pela qual ela passa acaba levando Bree a sair de sua sobriedade e voltar a beber. Aqui começa o caminho dela para o fundo do poço. Em um momento de desespero, Bree nos surpreende com um dos momentos mais tensos desta temporada. Ela pega uma arma e parte para um motel prota para cometer suicídio. Ainda bem Renee chega e a impede.

Para Lynette, a temporada foi focada no fim de seu casamento com Tom e nas suas tentativas  – frustradas – de recuperá-lo. Lynette teve que lidar com seus sentimentos, sua busca por ser uma nova mulher e com a nova namorada de Tom, Jane. Gabrielle é a que se mantém mais forte durante a temporada, afinal ela não tem escolhas já que se marido perece diante da circunstância. A evolução da personagem é considerável se compararmos com aquela Gaby fútil e adúltera da primeira temporada. Já Renee finalmente encontra seu grande amor: o novo vizinho Ben, que entra na série no começo da temporada. Os dois são as causas de um dos momentos mais tristes desta oitava temporada: a morte do Mike. Depois que Ben pega dinheiro emprestado de um agiota e não consegue pagá-lo, Renee assume a dívida. Quando o agiota invade a casa de Renee, Mike o coloca para fora. Ele então garante para Mike que ele deveria tê-lo matado. O agiota então retorna e mata Mike na frente da casa dele com Susan. Uma das cenas mais tristes da série que levou a um episódio emocionante com o velório de Mike e as recordações que cada um da vizinha tinha dele.

Com o passar da temporada as coisas foram só se complicando para o lado de Bree, que acabou se tornando a principal suspeita do assassinato de Alejandro depois que a polícia encontra o corpo e a digital de Bree está no botão da camisa do morto. Quando chegamos aos dois últimos episódios que encerraram a temporada ontem, Bree está sendo julgada pelo assassinato. Além disso, ela acabou se envolvendo com seu advogado. Lynette e Tom ainda estão separados. Susan está decidida a se mudar de Fairview para morar perto de sua filha Julie, que está prestes a dar a luz a seu primeiro filho. Gaby está trabalhando enquanto Carlos se tornou conselheiro para pessoas com vícios. E Renee está desconfiada de que alguma coisa grave aconteceu naquela noite do janter que Alejandro foi morto, já que Ben esá envolvido e não conta nada para ela.

Além de tudo isso, no primeiro episódio do finale de duas horas, Give Me the Blame, temos o retorno de Karen McCluskey, que andou sumida da série depois de ter tido um pouco de destaque no começo quando descobriu que seu câncer estava de volta e desta vez sem chances de cura. Bree, Gaby, Lynette e Susan descobrem que Karen está saindo de casa e se mudando para um hospital por seu câncer ter atingido um estágio crítico. Sensibilizadas pelo antigo desejo de Karen de poder morrer em casa, elas se oferecem para fazer turnos e cuidarem de Karen para que ela não precise ir para o hospital. Tirando este momento, o resto deste primeiro episódio do final é focado no julgamento de Bree, que tem ganhado cada vez mais destaque na imprensa.

A sitaução de Bree não é nada favorável. Quando Ben é colocado para depor e se recusa a falar, ele acaba preso, o que leva Renee a testemunhar depois de ser pressionada pela promotora que a ameaça mandar Ben de volta para a Austrália. Renee então conta que na noite da morte de Alejandro ela viu Bree chegando em casa de madrugada coberta de lama e folhas e levando uma pá. Diante da derrota, Trip, advogado de Bree, a beija e consegue tirar dela toda a história do assassinato. Com isso em mãos, mesmo com ela pedindo para que ele não faça, Trip chama Gaby para testemunhar novamente decidido a arrancar dela uma confissão. Bree o impede fingindo um desmaio. Quando Gaby chega em casa, ela conta o que aconteceu para Carlos e Karen ouve tudo. Neste ponto as coisas começam a tomar forma para a conclusão.

Karen assume o assassinato já que está quase morrendo como forma de agradecer àquelas mulheres por tudo que elas já fizeram por ela. Assim, todas as acusações contra Bree são retiradas e a promotoria decide não indiciar Karen diante de sua condição. Uma resolução simples e eficiente para a história sem precisar arrastá-la ainda mais. Finishing The Hat, a conclusão da série, mostra a vida das donas de casa entrando nos eixos. Renee finalmente se casa com Ben. Katherine retorna de Paris para fazer uma proposta para Lynette. Ela se tornou uma empresária de sucesso na França e agora está querendo trazer sua empresa para os EUA e quer Lynette para tomar conta de tudo. Tom e Lynette finalmente se acertam e, depois de ela aceitar a proposta de Katherine, eles se mudam para Nova York.

Gabrielle acaba se tornando uma empresária de sucesso com uma loja de roupas. Ela e Carlos se mudam para a Califórnia. Bree começa a namorar com Trip. Eles se mudam para o Kentucky, onde ela entra para a política e acaba se tornando senadora. Já Susan vai morar com a filha e a neta. Mesmo sendo a primeira a se mudar, a cena de Susan saindo de Wisteria Lane é a última e serve como despedida dela e dos espectadores daquela rua que nos fez companhia por oito anos. Neste momento temos um vislumbre de todos os que passaram por aquela rua e morreram ali enquanto Mary Alice faz sua narração final, sendo também a última a aparecer. Mas se você acha que Wisteria Lane acabaria com a saída das nossas amadas donas de casa, se engana. Antes de Susan partir ela recebe a nova moradora de sua casa e ela, como já devíamos esperar, tem um segredo. Não poderia ser diferente em Wisteria Lane.

Desperate Housewives encerrou sua caminhada por Wisteria Lane com a qualidade que a série sempre teve. Durante esta oitava temporada todos os elementos pelos quais a série é conhecida e que apaixonaram os fãs marcaram presença. Temos o humor habitual, o suspense que guia a temporada e o drama pessoal e coletivo. A temporada teve alguns problemas por tentar abordar muitos personagens e temas, às vezes resultando no esquecimento de um ou outro, mas nada que atrapalhasse no resultado final. E estes dois últimos episódios foram compostos por todos estes elementos que fazem parte da história da série. Fãs não devem ter se decepcionado e duvido que algum não tenha se emocionado com a cena do último jogo de pôquer entre as donas de casa. Eu, como sou um pouco exagerado, me emocionei desde a primeira cena e até agora estou um pouco anestesiado, sem acreditar que terminou.

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