TeleSéries
Primeiras Impressões – Forever
18/09/2014, 10:32.
Simone Miletic
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Coração calejado de fã vai buscando formas de se proteger. Tenta não se apegar aquela série da qual parece ser o único fã. Evita começar séries que tenham em seu elenco alguém considerado pé frio, cujas séries nunca passam da primeira temporada.
Eu evito começar a assistir qualquer série logo que começa, só o faço quando algum canal por aqui já embala e começa a passar a série juntinho com a agenda externa – e isso significa dores de perda como com Three Rivers, cujo cancelamento veio com apenas quatro episódios.
Então fico eu aqui escondidinha quando começam as notícias das estreias de outono nos EUA, tentando não ver se tem uma nova série do Sorkin ou da Paladino ou com Matthew Perry no elenco e não resistir e acabar sofrendo de novo.
Claro que todo super plano tem falhas e que toda mania tem exceção e então estou aqui já apaixonada antes mesmo que Forever tenha estreado oficialmente. Por quê? Por quê? Por quê?
Eu sei os porquês: procedural de investigação, meu favorito; pegada sobrenatural, já que o personagem principal não morre, outra coisa que eu adoro; protagonista bonitão e com sotaque inglês, autoexplicativo; Alana De La Garza e Judd Hirsh no elenco, dois atores queridos.
E os 40 minutos do episódio piloto não pretendem nada além de nos apresentar tudo isso com narração de Henry (Ioan Gruffudd), um médico legista de Nova Iorque que escolheu sua profissão nem tanto por vocação, mas para buscar uma forma de acabar com a própria vida.
Não, você não leu errado: Henry, em determinado momento de sua vida que ocorreu há 200 anos, passou a ser imortal. Mas não o tipo de imortal ao qual estamos acostumados, que não morre mesmo. Um tipo que morre, sente todas as dores e aflições deste momento e, em seguida, reaparece na água. Nu e vivo. E nesse momento a ajuda de um melhor amigo (vivido por Judd Hirsh) que sabe toda a verdade sobre você faz toda a diferença.
O fato de ter passado por diversas mortes ajuda bastante na profissão escolhida pelo moço – como seu assistente diz, ele quase não precisa abrir os cadáveres -, mas é claro que também pode colocá-lo em situações complicadas como ser o único “sobrevivente” de um acidente de metrô suspeito.
E por suspeito entenda-se Henry descobrindo que o motorista foi envenenado e, em seguida, a detetive responsável pelo caso, Jo Martinez (Alana de la Garza), descobrir que ele estava no vagão e não disse nada. E a coisa ainda piora um pouquinho antes de melhorar, afinal Henry parece realmente suspeito e tem um fã de dar arrepios na nuca.
O roteiro mescla fatos do passado de Henry e as investigações no tempo presente muito bem e dosa humor e ação com charme. Sim, eu sei, lembra um pouco Elementary ou Castle, mas como sou fã das duas não consigo ver isso como defeito. E você?
O elenco ainda conta com Joel David Moore (Bones) como Lucas, um dos técnicos que trabalham no necrotério, e Donnie Keshawarz (Damages) como o detetive Hanson, que trabalha ao lado de Jo.
Tá, confesso: tô apaixonada e morrendo de medo de não durar!
Forever estreia dia 23 de setembro nos EUA e no dia 30 de setembro no Warner Channel.
O que esperar da 2ª temporada de ‘Hemlock Grove’
02/07/2014, 15:40.
Gabriela Pagano
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“Há mais ação. E, definitivamente, mais sangue.” É assim que o ator Bill Skarsgård define os novos episódios de Hemlock Grove, deixando escapar uma risadinha maliciosa. A frase é parte de um vídeo promocional da série liberado pela Netflix (no final desta página). “A segunda temporada possui um tom diferente. É um mix de assassinato, mistério, terror e sobrenatural”, completa ele. “O clima ficou muito mais sinistro. O sangue jorra para cima do espectador”, concorda seu colega Landon Liboiron, com o mesmo riso de canto cínico, típico de menino que vai fazer arte – e eles fazem.
Eu assisti ao vídeo descrito acima logo depois de ver os seis episódios iniciais da segunda temporada do seriado. Não, você não perdeu a noção do tempo. A reestreia da atração é mesmo no dia 11 de julho. É que a Netflix liberou esses episódios um pouco mais cedo para alguns sites especializados, entre eles o TeleSéries. E, ao ver o vídeo promocional, fiquei intrigada, pois os adjetivos utilizados pelos atores da trama foram exatamente aqueles que passaram pela minha cabeça enquanto assistia à nova temporada do programa. Hemlock Grove está mesmo mais sinistra. Tem, indiscutivelmente, muito mais sangue do que no primeiro ano. E, de fato, a série mistura alguns gêneros, que envolvem a gente do começo ao fim. Comparada ao primeiro ano, essa nova temporada também está mais fácil de entender (a complexidade em demasia do enredo era a reclamação de grande parte dos espectadores). Com todas as cartas colocadas na mesa no final da temporada passada, agora a gente compreende muito melhor todas as situações que as personagens centrais precisam vivenciar.
Se você não se recorda muito bem do que aconteceu na finale da temporada passada – precisei revê-la para lembrar de tudo -, vou ajudar: o cigano Peter (Landon), o “riquinho” Roman (Bill) e a prima dele, Letha (Penelope Mitchell), passaram a temporada inteira tentando descobrir quem era o vargulf da cidade (o lobisomem “mau” que estava matando moradores do vilarejo, crimes pelos quais Peter e Roman eram acusados). No capítulo final, o trio encarou o vargulf em uma propriedade abandonada dos Godfrey. Quando o lobo estava prestes a matar Roman, Shelley (a desengonçada irmã dele) apareceu e matou o animal, expondo sua identidade: o vargulf era Christina (Freya Tingley), uma colegial problemática. Em seguida, Shelley desapareceu e deixou o irmão desolado. Letha – que havia engravidado de um anjo – entrou em trabalho de parto, mas morreu após uma hemorragia bizarra no Instituto da família. Secretamente, Olivia (Famke Janssen) recuperou a criança e Roman, então revelado como pai do bebê, virou um upir – o termo “vampiro” não é citado. A palavra “vampiro” se originou, provavelmente, da palavra “upir”, que foi usada na Rússia pela primeira vez. Segundo a lenda, é preciso que a pessoa acabe com a própria vida para que ela se transforme em um upir, uma espécie de dragão que se alimenta de sangue humano e tem o dom da hipnose. Para finalizar a temporada, Roman matou a mãe e arrancou-lhe a língua.
Atmosfera diferente
O que é legal é que essa segunda temporada de Hemlock Grove não se trata majoritariamente de lidar com as consequências desastrosas das novas descobertas. Muito pelo contrário. Agora, os personagens apenas tentam viver com elas, dia após dia, da maneira mais simples possível. Não temos mais situações extremistas e, por incrível que pareça, a série está ainda mais envolvente. O seriado é sobre tentar viver a vida normalmente em uma cidade completamente anormal. Vou dar um exemplo: depois de se transformar em um upir, o Roman não saiu por aí como quem diz “descobri meus superpoderes e agora vou salvar o mundo (ou destruí-lo de vez).” Não, como a gente bem sabe, “com grandes poderes vêm grandes responsabilidades”. E ele tenta, genuinamente, lidar com a sede por sangue, com os seus demônios interiores. A situação toda pode parecer bem clichê – e Hemlock Grove apresenta clichês aos montes -, mas é tratada sob uma abordagem diferente. Ao se descobrir uma criatura sedenta por sangue e pela vida humana, Roman não virou o “mocinho” chato e moralista que luta contra isso com todas as forças. E muito menos se transformou no anti-herói cheio de fraquezas, que sucumbe em algum momento decisivo. Roman mantém o auto-controle o tempo todo (ou quase, não vou entregar a enorme complexidade do caso, né?) e o personagem não chega nem perto de se tornar cansativo. Ele é sedutor.
Como já havia sido nos mostrado ao final da primeira temporada, Bill faz jus a sua família de atores famosos (ele é filho de Stellan Skarsgård, do filme Piratas do Caribe, e irmão de Gustaf e Alexander, das séries Vikings e True Blood, respectivamente). O jovem ator domina muito bem seu personagem e nos presenteia com uma atuação cheia de nuances, que vão desde a fúria incontrolável até trejeitos psicóticos, em alucinação pura, sem ser caricato. Algo espantoso em um ator de apenas 23 anos – mas que acaba por fazer todo sentido quando a gente olha a longa filmografia dele.
O retorno nunca é fácil
A temporada, no entanto, está mais focada em Peter, papel do ainda mais jovem Landon Liboiron. O cigano havia deixado Hemlock Grove ao final da primeira temporada, tentando fugir de toda a tristeza que o vilarejo lhe proporcionou – ele teve o trailer que morava com a mãe vandalizado e ainda perdeu seu grande amor, Letha. Mas ele é obrigado a retornar à cidade quando a matriarca é acusada de vários crimes e é levada de volta para lá. Como o vídeo promocional da nova temporada já adiantava, ele ainda se transforma em lobisomem na lua errada. Ao que tudo indicada, isso lhe trará consequências bastantes graves. Os problemas não acabam aí. Se existe uma coisa que pode ser afirmada sobre esse novo ano do seriado, é que nenhuma relação é como antes. Peter e Roman já não são mais muito próximos e é a chegada de um nova personagem que poderá uni-los ou separá-los de vez. Miranda, interpretada por Madeline Brewer (de Orange is the New Black), apareceu na cidade sob circunstâncias misteriosas. O carro dela quebrou na estrada, depois de um acidente, e ela foi até o guincho em que Peter trabalha para buscar assistência. Antes, ela parou na casa de Roman e pediu o telefone emprestado. Embora Miranda tenha sofrido um acidente de fato, a gente desconfia de que a moça saiba (e deseje) muito mais do que demonstra – afinal, até mesmo a “prima-cigana-vidente” do Peter acusa-a de estar mal intencionada. Só o dia 11 de julho nos dirá…
Sonhos e máscaras
Outra coisa que une Peter e Roman é um sonho em comum, uma espécie de premonição noturna que lhes revela assassinatos prestes a ocorrer. O autor do crime, dessa vez, não é um lobisomem malvado, mas sim um homem mascarado, típico de filmes de terror. Se no primeiro ano os personagens tiveram que driblar as investigações de Clementine Chasseur, agora é o irmão dela, o detetive Michael Chasseur (Demore Barners), quem chega a Hemlock Grove para descobrir o que aconteceu à irmã e, ainda, tentar parar seja lá o que há de tão macabro na cidade. A Ordem do Dragão, organização para a qual ele trabalha e Olivia tem alguma ligação, está bem presente nesses novos episódios também.
Já ouvi esse nome antes…
Por falar em Ordem do Dragão, uma coisa deliciosa na série é como a mitologia de terror, os diversos clássicos da literatura e cinema sobrenatural, se cruzam na trama. A Ordem do Dragão é conhecida nas histórias do Drácula, já que o vampiro é inspirado em um imperador de verdade, Vlad Tepes, que era integrante da Ordem. Além disso, na história, a organização secreta parece estar ligada à Igreja Católica, que está de olho em Roman. Roman, em inglês, quer dizer romano, e Roma é a sede do catolicismo. Além disso, Roman nos lembra a palavra “Romênia” (“Romania”, em inglês), pais em que se situa a Transilvânia… lar dos vampiros (e de onde Olivia provavelmente veio). Já Norman, o “tio” Godfrey, nos remete ao lendário Norman Bates, o psicopata do filme Psicose (e retratado na série Bates Motel). Por fim, Shelley é uma clara referência à criatura descrita pela escritora Mary Shelley no livro do Dr. Victor Frankenstein (também retratada na série estreante do Showtime, Penny Dreadful).
Nessas horas, me pergunto como ainda existem pessoas com tanto preconceito com séries de terror/sobrenaturais, que acham que são histórias forçadas, sensacionalistas e superficiais… quando, na verdade, existe uma complexidade nesses enredos, uma mitologia que une todos eles e nos faz, enquanto consumidores, querer conhecer mais e mais, pois uma coisa nos leva à outra. É repertório que não acaba mais!
Ares (e cores) de Hannibal
Além disso, a segunda temporada de Hemlock Grove está muto mais visual, é nítida a preocupação estética dos produtores. Em alguns momentos, ou melhor, em vários momentos, a série se parece bastante com Hannibal, da NBC, cultuada pelos padrões estéticos. Em uma das cenas, por exemplo, sangue em abundância jorra na tela; um mar de sangue. Uma imagem verdadeiramente caótica, para, depois, sermos avisados de que foi tudo ilusão de um personagem desequilibrado (Will Graham o entenderia).
Resumindo: sangue!
Em suma, essa segunda temporada da série da Netflix só vem confirmar a tendência e o alto nível das séries de terror na indústria americana atualmente. Nos dois episódios iniciais da nova temporada, os roteiristas nos mostram como os personagens lidam com os acontecimentos da season finale do primeiro ano. A partir do terceiro capítulo, a série começa, então, a surpreender de verdade! Aí, prepare-se para ver mais sangue esguichando na tela, mais nudez, cenas de tortura.. e até um certo humor macabro, meio noir. A julgar pelos seis episódios iniciais, essa segunda temporada é MUITO melhor que a primeira. E terá dez episódios (três a menos que a temporada anterior). Não vou te julgar caso você esteja com “sangue-no-olho” morrendo para que o dia 11 de julho chegue logo e as novas histórias sejam, finalmente, disponibilizadas no catálogo da Netflix. Sinceramente… eu estou! 😉
Conheça ‘Mystery Girls’, a série que reúne novamente Jennie Garth e Tori Spelling
29/06/2014, 21:03.
Tati Leite
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Sabe quando você decide assistir algo mesmo sabendo que a chance de ser ruim é enorme? Pois é. Eu assisti Barrados no Baile (Beverly Hills, 90210) a vida toda e nunca desisti da série porque eu sempre gostei demais da Jennie Garth, mesmo a Kelly Taylor com o tempo ficando cada vez mais insuportável. Porque se em 2014 a TV ainda encontra dificuldades em não fazer da mocinha uma chata, imaginem na década de 1990. Mistery Girls também tem Tori Spelling, o que aguçou minha curiosidade de ver lado a lado duas atrizes que durante 10 anos fizeram uma parceria de sucesso na TV. E a série justamente vai beber nessa ideia. Charlie (Garth) e Holly (Spelling) são duas ex-atrizes que depois de anos fazendo uma dupla de detetives na TV abrem a sua própria agência de detetives. No primeiro episódio elas lidam com o fato do TMZ ter noticiado a morte de Holly, uma boa tirada de sarro. Mas foi só. Clique aqui para continuar a leitura »
Primeiras Impressões – Crossbones
31/05/2014, 21:46.
Gabriela Pagano
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Antes de embarcar na série pirata Crossbones – que, em português, quer dizer “Ossos cruzados” -, temi que a nova atração da NBC se tratasse de um barco furado. Já tinha lido algumas resenhas sobre o seriado em sites estrangeiros e em nenhuma delas o crítico havia sido favorável à atração. Não sou fascinada por piratas – embora eles despertem, sim, minha simpatia – e sei muito pouco sobre o lendário Barba Negra, personagem central da trama. Na verdade, como a grande maioria das pessoas, imagino, conheço a figura mais pelos filmes da franquia Piratas do Caribe, em que o temível pirata é interpretado pelo ator Ian McShane. E aí vai um aviso: se você está pensando em tentar a série por causa dos filmes da Disney, repense a viagem. O tom utilizado no programa em nada se parece com aquele das histórias do (Capitão) Jack Sparrow.
Na série da NBC, é John Malkovich (aplausos, aplausos!!!!) quem dá vida ao Barba Negra. O pirata interpretado por ele é muito distante da figura desgrenhada e encardida a que fomos acostumados no cinema e na TV. Malkovich tem dentes brancos e bonitos (mas fala cuspindo), é careca, usa roupas tropicais e ostenta uma modesta barba… branca. Por vezes, é até difícil lembrar que se trata de um pirata em nossa tela. No entanto, se o personagem se distancia fisicamente do pirata tradicional – e isso não é uma reclamação -, Barba Negra ganha força com a brilhante atuação de Malkovich. Barba Negra existiu de verdade e, segundo os livros de História, ele ameaçava e amedrontava muito mais por sua figura imponente do que por atos violentos, de fato. Assim é na série: em nenhum momento Malkovich levanta seu (delicioso) tom de voz suave para ameaçar o prisioneiro Tom Lowe (Richard Coyle). É através da utilização perfeita de pausas, de “vírgulas” bem pronunciadas, que o ator cumpre seu papel, mostrando toda a técnica que o consagrou, merecidamente, um dos maiores de todos os tempos.
Richard Coyle, cujos trabalhos mais recentes na TV são em Covert Affairs e na minissérie da ITV Life of Crime, também exerce bem a missão de interpretar Tom Lowe. Lowe é um médico que trabalha para a Marinha britânica e deve proteger uma nova invenção que ajudará os ingleses a navegar pelos mares desconhecidos. Trata-se de um dispositivo que permite ao navegador saber sua localização exata (latitudes e longitudes) no oceano. O problema é que os piratas – liderados por Barba Negra – também estão de olho no dispositivo e invadem o navio que transportava o localizador e seu inventor. Nessas condições, Lowe tem uma só missão: destruir o dispositivo e seu inventor, a fim de proteger o “segredo”, bem como matar Barba Negra.
O médico é levado para a ilha comandada pelo lendário pirata – que faz questão de dizer que apenas a lidera enquanto assim seu povo desejar -, onde deve curar o homem que inventou o cobiçado dispositivo – quem Lowe deixou à beira da morte antes que o inventor pudesse ser capturado e torturado pelos piratas. Caso contrário, ele morre junto. Mas Lowe é um homem astuto, destemido, que consegue enganar a todos com certa facilidade. Sabendo que salvar a vida do inventor não era mais uma possibilidade, ele decorou todas as anotações feitas pelo homem acerca da invenção e depois incendiou o arquivo. Dessa forma, Barba Negra se veria obrigado a mantê-lo vivo.
Uma coisa interessante é que Lowe aparece mais em cena do que o próprio Barba Negra e, por vezes, a gente chega a achar que ele é o verdadeiro protagonista da história. Daí, você pode me dizer: o Barba Negra é o vilão e Lowe é o mocinho, simples assim. Mas não acho que seja o caso. O que temos são dois anti-heróis igualmente importantes para o enrendo, cada um lutando de um lado – por enquanto… A química entre os dois personagens é evidente e sugere um bromance entre eles. Isso porque é difícil determinar de que lado está cada personagem da série. Barba Negra, por exemplo, pode estar sendo traído por parte de sua tripulação.
Dente eles, se destaca Selima (Yasmine Al Massri), que deve desvendar o dispositivo com a ajuda de Lowe. Ela é uma mulher muito bela, mas Barba Negra lhe adverte que é a inteligência dela que a mantém viva – se ela falhar em recriar o localizador, ela morre. Já Nenna é uma pirata forte e eficiente e é interpretada por Tracy Ifeachor (Doctor Who), que lembra bastante a Lupita Nyong’o, seja pela aparência física, seja pela força de sua presença.
A ilha ainda é habitada pela doce – e, ao mesmo tempo, enérgica – Katherine Balfour (Claire Foy), que chefia o comércio no vilarejo. Ela e Lowe se encantam um pelo outro à primeira vista, mas Kate é comprometida. O marido dela é um homem preso à cadeira de rodas, mas ele a observa constantemente do alto de sua janela. Perigo iminente. Pelo menos, Lowe conta com a ajuda do assistente Fletch (Chris Perfetti), um jovem que jamais o trairia, mas também não iria muito longe para salvá-lo, de tanto medo que sente.
Personagens apresentados, é hora de falar mais sobre o enredo. Por enquanto, é difícil determinar muita coisa. A série ainda tem vários fios soltos, histórias que não se completam e deixam muitas perguntas no ar. No começo do episódio, por exemplo, Lowe diz que é médico, “mas isso não é tudo” o que ele é. Mais tarde, Barba Negra revela que enxerga no inglês um potencial pirata (por isso eu disse que os dois lutam em lados distintos “por enquanto”). Barba Negra, aparentemente, está doente. Ele tem alucinações, fortes dores de cabeça e sangramento no nariz (sintomas de um tumor no cérebro? Não sei…). Apesar das dúvidas, o roteiro da série apresenta situações bastantes previsíveis. Quando Lowe entra no quarto de Kate para roubar uma chave, a gente sente que ela irá o descobrir. Assim acontece. Em seguida, Lowe diz que apenas queria recuperar a foto da esposa falecida, que lhe foi roubada no momento de sua captura pelos piratas. Kate acredita, mas a gente sabe que aquilo não é verdade, que deve haver algo nessa foto de que Lowe precisava. De fato.
Definir o gênero do programa também não é tarefa fácil. Crossbones se trata, majoritariamente, de uma drama. Mas nem por isso deixa de apresentar doses de humor ácido – que soam como música na boca de Malkovich – e cenas de embrulhar o estômago (prepare-se para ver muitas gargantas serem rasgadas). As excelentes atuações são outros pontos a serem mencionados. Posso dizer que me surpreendi positivamente com a série. Comecei a assistir ao seriado esperando muito pouco da história e assumo que, durante todos os cinquenta minutos de episódio, não foi difícil permanecer atenta ao enredo. Bons conflitos foram colocados e muitas das situações, embora sejam um tanto estranhas, têm potencial de desenvolvimento. Além disso, estou louca para saber como o romance entre Lowe e Kate irá se desenrolar e, mais ainda, para saber se ele e Barba Negra irão virar “melhores amiguinhos” de infância.
Para ser sincera, eu soube que o episódio seria bom (não ótimo, não entendam errado) logo nos primeiros segundos em que comecei a assisti-lo, quando Malkovich, então na função de narrador, dizia com um tom de voz vibrante: o Império Britânico, a força mais poderosa que a humanidade já conheceu, temia não apenas os deuses e monstros que afundavam navios ingleses nos mares, mas, acima de tudo, um monstro muito mais real e brutal – Barba Negra, é claro. Não era apenas o tom de voz dele que era vibrante; as cores das paisagens, de uma fotografia estonteante, quase saltavam da tela. Eu também estava vibrante. Nesse momento, tive a certeza: melhor do que ser John Malkovich, é poder assisti-lo! Aplausos!
Primeiras Impressões – Rosemary`s Baby
19/05/2014, 18:57.
João Freitas
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Adaptando o romance de Iran Levin transformado em filme por Roman Polanski na década de 60, a NBC nos trouxe, no último dia 11 de maio, Rosemary`s Baby. Uma minissérie que embora seja muito comentada como terror, é muito mais um suspense do que qualquer outra coisa. Não que isso seja um fator negativo, é exatamente no suspense que a série mais acerta em seu piloto.
A série é estrelada por Zoe Saldana (Star Trek e Avatar) e Patrick J. Adams (Suits e Pretty Little Liars), eles interpretam, respectivamente, Rosemary e Guy Woodhouse, um casal recém chegado a Paris com muitos sonhos – assim como poréns – em suas vidas. Ela ainda luta para esquecer o trauma da perda de seu filho ainda em gestação, enquanto seu marido tenta superar o bloqueio mental e a pressão de sustentar a família finalizando seu livro.
Logo na chegada a Paris, somos apresentados ao rejuvenescido e misterioso casal Castevet. Roman, interpretado por Jason Isaacs (o Lúcio Malfoy da Saga Harry Potter) e Margaux, interpretada pela atriz francesa Carole Bouquet (Sex and the City), aproximam-se do casal recém-chegado de uma maneira não menos do que peculiar. Cedendo roupas, jóias, conselhos e o tão famoso apartamento (que dessa vez fica em um condomínio de luxo e não em um edifício enorme como no filme).
Aos poucos Guy se rende aos conselhos de Roman, e segue cada um dos ensinamentos do seu agora benfeitor. Sobe rapidamente de posto em seu trabalho e a antes empacada escrita de seu livro flui como nunca antes. A vida deles melhora e Guy realmente parece acreditar que tudo aquilo é natural, embora sinais estranhos aparecessem a todo o instante à sua volta.
Rosemary é mais sensível, desconfiada e curiosa. Quando suas visões e pesadelos começam a atormentá-la, não demora a agir e procurar pelo passado de seus mais novos amigos íntimos e do local onde vive. Mortes, casos de polícia e mistérios. Nenhuma das respostas que ela encontra parecem dar algum tipo de segurança que ela buscava, chegou a lembrar-me o filme Paranóia. Mas ao mesmo tempo, não havia porque pensar que aquele casal tão generoso e solidário tivesse algum tipo de segundas intenções.
Talvez o principal motivo de eu ter gostado desse primeiro episódio foi ele ter se assumido pelo que é: uma adaptação. Ele não esconde o lado macabro do casal Castevet e mostra algo somente no fim, tentando surpreender. Ele mostra os rituais, as referências ao demônio desde o princípio e isso é um mérito, pois torna a história muito mais interessante desde o início.
Os easter eggs estão lá para quem gosta, é gato preto pra cá, closet atrás de armário pra lá. Com direção de Agnieszka Holland (O Jardim Secreto e Filhos da Guerra) e roteiro escrito por James Wong (American Horror Story) e Scoot Abbott (A Rainha dos Condenados), a série pareceu mais uma grande homenagem à obra prima de Polanski dos anos 60 do que uma reinvenção da obra original.
Várzea F.C. – Primeiras Impressões
19/05/2014, 17:35.
Simone Miletic
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O Brasil é o país do futebol. Bebês recém nascidos são vestidos com camisetas de time algumas vezes antes de ter colocado a primeira fralda, no sul os supermercados praticamente poderiam ser divididos em dois em função das cores dos produtos lançados com os brasões dos times estampados.
Em ano de Copa todo mundo fica um pouco mais “patriota”, imagine com a Copa acontecendo por aqui.
Então não é estranho que a telinha da televisão seja invadida por dezenas de programas temáticos: o melhor jogador de todos os tempos, a construção dos estádios, os maiores campeões, as lendas, a tecnologia, a saúde e alimentação dos jogadores, escolha um tema e você provavelmente encontrará um programa com ele.
Então o History Channel encontrou um programa para chamar de seu, mas eu não diria que é exatamente um programa sobre futebol.
Várzea F.C. é a aposta do canal para esse ano de Copa e eu posso lhe garantir que ele não é voltado só para quem gosta de futebol: centrado em quatro “personagens” dos mais irreverentes, quatro jogadores do Caju, time cuja sede fica no bairro do Jaguaré em São Paulo, a série mostra a luta para manter o time, sem ganhar nada por isso, só por conta da paixão, dos amigos, das risadas.
E, é claro, mostra os churrascos, as brincadeiras, as piadas, os palavrões. Eu garanto: a coisa é bem real. Imagine que o primeiro episódio chama-se Na Várzea é tosco e que você nunca verá uma linha branca de campo da mesma forma depois de assisti-lo.
Vamos dizer que, como o próprio diretor Leo Longo citou na coletiva de lançamento, que Várzea F.C. é praticamente um “estudo sociológico” sobre essa “tribo” apaixonada – e todo mundo tem uma história de “peladas” para contar, nem que seja como a minha, de lembrar de meu pai, quando eu era criança, colocando seu uniforme do Samba F.C. para encontrar os amigos e fazer uns gols, isso até a segunda operação de joelho ter deixado esses tempos para trás.
A coletiva de imprensa, realizada no Museu do Futebol e com a presença das estrelas do programa Amauri, Paraíba, João Funeca e Viola teve muito do clima informal que você verá na tela e é fácil reconhecer neles alguém que já vimos antes.
Por aqui, se o Caju estiver precisando de mascote, bem, acho que temos candidata…
A série estreia no dia 20 de maio, às 23 horas.
*O texto foi publicado originalmente no Só Seriados de TV.
Primeiras impressões – 24: Live Another Day
07/05/2014, 10:20.
Lucas Leal
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Jack Bauer is back!!!
Um dos maiores ícones televisivos de todos os tempos retornou com uma nova roupagem.
Dessa vez a Fox do Brasil acertou em cheio: houve apenas um dia de lapso entre a transmissão americana e a brasileira. O segundo episódio foi ao ar poucos minutos depois da legenda ser divulgada no maior site de legendas da internet. Portanto creio que boa parte dos leitores tenham visto o episódio. Esse texto contém alguns spoilers, pequenos, para que não viu os episódios.
Enfim, 24 volta com um subtítulo quase copiado de 007. Depois de tentar emplacar um filme, 24 volta e deixa de mostrar 24h e ter 24 episódios, passando para uma série de 13 episódios. Apesar disso, mantém os acontecimentos em tempo real. E além dessa mudança, também tivemos uma mudança de cenário. Bauer deixa os EUA para iniciar sua jornada na terra da rainha.
Confesso que recebi os boatos que 24 ia voltar com ceticismo. Após a confirmação do retorno, senti uma mistura de medo com euforia. Explico: o sentimento foi semelhante ao anúncio do retorno de Tony Almeida. Ao mesmo tempo que tinha a esperança de algo bacana, tinha um enorme medo de que uma bomba viesse pela frente. E pelo ocorrido nas últimas temporadas de 24, em especial pelo fiasco que foi o retorno de Tony Almeida, minha perspectiva era negativa. Em suma, o meu medo era maior.
A última temporada que tenho na memória como uma grande temporada da série foi a 5ª temporada, com o memorável presidente Charles Logan. A série conseguiu uma temporada tão empolgante e interessante quanto a sua primeira temporada. Mas após isso tivemos outra três temporadas, todas com o nível bem abaixo das anteriores e da média normal da série.
Me arrisco a dizer que o maior trunfo de 24, que foi matar impiedosamente seus principais funcionários, acabou sendo seu maior fiasco. No fim, não restavam mais personagens carismáticos ou importantes, nem mesmo personagens com um histórico dentro do seriado. Apenas Chloe. Mas 24 voltou, e voltou em um bom nível.
Tivemos o retorno dos poucos personagens que ainda estavam vivos. James Heller (William Devane) – agora presidente dos Estados Unidos, Audrey Raines (Kim Raver) – agora Audrey Boudreau – e Chloe O’Brian (Mary Lynn Rajskub). E felizmente Kim Bauer não apareceu (apesar de ter sido mencionada).
A série soube ter um bom início, com Bauer ressurgindo após 4 anos de inatividade. A justificativa fornecida para sua aparição foi crível, bem como todos os acontecimentos ocorridos. Típicos de Bauer. Estava tudo lá, como se não houvesse passado 4 anos. Invasões de bases governamentais, bode expiatório, tecnologia de ponta, funcionários de gabinete agindo em nome do presidente, ataques terrorista em escala global, tentativas de assassinatos aos funcionários de alto escalão, pessoas que não escutam os outros, intuições certeiras, chantagens, ameaças, tiroteios, explosões, resgates fantásticos. E as falas com as quais já estamos acostumadíssimos.
Tivemos uma invasão da base da CIA em Londres para o resgate de Chloe; Audrey casada com o chefe de gabinete de Heller, Mark Boudreau, que promete perseguir Bauer até no inferno; tivemos os americanos atacando os próprios americanos; drones; Bauer baleado; vilão peixe pequeno assassinado e traído pelo vilão maior; piloto de drone americano acusado injustamente de trair seu país e assassinar soldados americanos; dentre outras situações. Enfim, 24 em sua mais pura essência.
Apesar disso, confesso que ainda não me empolguei tanto com os primeiros episódios. Apesar disso, a cena final do primeiro episódio, com o que promete ser o plot da temporada, me agradou demais. E a cena final do segundo episódio, com a deixa pro resto da temporada, de que alguém realmente grande, como sempre, está planejando um ataque os EUA e ao presidente, nos coloca no ritmo de 24 de sempre.
E se não me empolguei tanto, tampouco pouco me decepcionei. Acredito que a série vá agradar os fãs antigos. E mais, ainda pode trazer novos fãs.
A minha impressão foi positiva e ressurgiu a esperança que com o que parece ser um bom roteiro, com um plot baseado numa premissa atual, interessante, polêmica e com menos episódios para termos menos enrolação, a série pode voltar o que sempre foi: uma das séries mais importantes e influentes da atualidade, quiçá de todos os tempos.
Primeiras Impressões – Penny Dreadful
30/04/2014, 10:32.
Gabriela Pagano
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Antes de apertar o “play” para assistir Penny Dreadful, hesitei. Respirei fundo, uma, duas vezes, e temi pelo que estava por vir. Não que as séries de terror me assustem de maneira tão execrável, tão insuportável, não me entenda errado. Um dos maiores prazeres da minha vida é justamente contemplar uma boa – e temível – história de horror. Meu medo era de não gostar daquilo que assistiria nos próximos cinquenta minutos, diante de toda a expectativa que cultivei, por meses, em relação àquilo. Uma decepção me parecia insustentável. E aposto que não estava sozinha nisso.
Penny Dreadful é criada e escrita por John Logan, que foi indicado ao Oscar de melhor roteiro três vezes – pelos filmes A Invenção de Hugo Cabret, O Aviador e Gladiador. Ele produz a série em parceria com Sam Mendez, premiado pela Academia como melhor diretor em Beleza Americana. Títulos de deixar a gente impressionado. Na frente das câmeras, o elenco não é mais modesto: Josh Hartnett, conhecido pelo trabalho no cinema, como no clássico de guerra Pearl Harbor, é o grande protagonista masculino, enquanto a lindíssima Eva Green (de Sombras da Noite) é a heroína.
Já na cena inicial do primeiro episódio, a gente leva um grande susto – que não vou narrar aqui por um só motivo: não quero que aqueles que ainda não assistiram ao capítulo sejam privados de deliciosa experiência. Em seguida, somos apresentados a uma abertura provocativa. Cobras, aranhas, crucifixos e insetos que devoram um cadáver povoam a tela… a mão ensanguentada segura uma tesoura; um corpo é aberto com o bisturi…. uma xícara cheia de sangue se estilhaça no chão enquanto o morcego, vejam a ironia, levanta voo. Essa abertura só deixa claro que a atração não vai se intimidar em mostrar nada (ou tudo), não poupará esforços para causar calafrios no espectador. Aos corajosos, é hora de, finalmente, mergulhar nesse mundo sombrio.
“Penny Dreadful”, para quem não sabe, era o nome dado a publicações baratas e sensacionalistas que circularam na Era Vitoriana. Os pequenos jornais, de poucas páginas, continham histórias de terror seriadas, publicadas semanalmente, e que, com bastante violência, serviam para entreter os jovens operários da época. É desse universo literário que a série do Showtime tira suas inspirações e apresenta alguns dos célebres personagens de terror criados no século 19.
Josh Hartnett é Ethan Chandler, um americano que trabalha em um circo recém-chegado a Londres. Ostentando uma peruca que chega a causar vergonha alheia, o personagem exibe a mira invejável, ao usar o revólver, diante do (estupefato) público presente. Ethan tem olhos estreitos, um cavanhaque perfeitamente delineado e cabelos esvoaçantes. Ares de Don Juan. Sensação causada, especialmente, pela fala cheia de marra, que nos dá a impressão de que ele está constantemente flertando com quem conversa. É, também, logo no início do episódio, que vemos Ethan amar a primeira mulher na história, cujo nome ele nem se dá o trabalho de perguntar. Ele jura a ela que conhecê-la tornou sua viagem especial, mas que “infelizmente, teria que partir para Paris em seguida”. Talvez fosse até verdade, mas os planos do rapaz seriam interrompidos por Vanessa Ives.
Vanessa é interpretada pela francesa Eva Green. Ela é uma mulher forte e misteriosa, lê o tarô e possui algum talento para com as forças sobrenaturais. Sem revelar exatamente suas verdadeiras intenções, ela contrata Ethan para um trabalho na mesma noite – algo que ele sabe somente que pode envolver um ato ilegal. Não que ele se importe. A partir daí, a gente consegue entender melhor do que Penny Dreadful se trata. Uma sinopse que, até então, era abstrata na cabeça dos espectadores. No fim das contas, Penny Dreadful é sobre algo bem simples: somos convidados a conhecer uma Londres do século 19 dominada pelas forças ocultas, onde ninguém está seguro. E é isso.
Timothy Dalton – conhecido por interpretar James Bond nos filmes da década de 80 de 007 – é Sir Malcolm Murray, um homem influente que está atrás da filha. Ela desapareceu já faz algum tempo e foi levada por criaturas que habitam o submundo de Londres. Ele conta com a ajuda de Vanessa e, de início, a gente não entende qual é exatamente a ligação dos dois personagens. Quando decidem entrar um um beco cheio de sangue e cadáveres, eles precisam de Ethan – e das armas dele – para dar cobertura diante de todo o perigo iminente. E, aí, conhecemos algumas figuras horrendas, dessas com uma grossa camada de pele, nenhum cabelo no corpo e quase invertebradas. Em determinado momento, ao constatar o ambiente macabro em que se encontrava, Ethan dispara um desesperado “Jesus Cristo!”, que, no contexto, chegou a ser cômico, mostrando que a série tem, sim, uma pitada de humor.
As emoções não são apenas instigadas por elementos visuais. Como eu disse anteriormente, a série traz alguns personagens famosos da literatura de horror (Drácula e Dorian Gray não apareceram nesse primeiro episódio, mas a presença deles está garantida na história). Por isso, quando Sir Malcolm vai atrás de um médico para analisar um cadáver e o dono do lugar diz “Veja se meu assistente pode atendê-lo”, a gente fica arrepiado – e empolgado! – ao reconhecer, ainda de costas, a célebre figura do Dr. Victor Frankenstein (interpretado por Harry Treadaway). Ele é um jovem arrogante, cheio de si, mas cuja ânsia pelo conhecimento não o permitirá ficar de fora dessa aventura de vida ou morte. Sir Malcolm o convida para integrar o time que irá lutar contra as forças malignas e recuperar a filha dele. Victor faz charme no começo, mas acaba por se render à proposta irrecusável.
O Victor Frankenstein da série também trabalha na experiência em dar vida a um corpo que já estava morto. Mas as coincidências com o livro acabam aí. No seriado, a criatura criada por ele não é tão horrenda e desprezível – nem tem tantos metros de altura ou se afasta da aparência humana – como aquela descrita por Mary Shelley. Victor também não abomina sua criação, como na literatura. Pelo contrário. Ao perceber que, quase por acidente, sua experiência ganhou vida, o personagem parece muito mais emocionado com o acontecimento do que assustado. Ele não consegue conter as lágrimas diante da conquista e, numa cena linda e sensível, a criatura chega a roubar-lhe uma lágrima do rosto e colocá-la no seu, como quem ainda está descobrindo o mundo. Aí, eu percebi que Penny Dreadful não é uma série feita apenas para arrepiar até o último fio de cabelo, como pensei lá no início com aquela abertura provocante – o episódio tem até momentos bem “parados”. A série é, na verdade, uma montanha russa de emoções, como a própria vida…. e tudo finda com a morte (ou não).
Resumindo, Penny Dreadful é uma série elegante, provocativa e com qualidade. Os cenários são detalhistas, bem como os figurinos, e todos os atores são bonitos – mas não de uma beleza comum, óbvia. Praticamente todos os protagonistas são morenos de olhos claros, nesse contraste, e possuem uma imagem imponente. Eva Green domina todas as cenas em que aparece, é verdade, mas isso não diminui a força dos outros personagens. O Josh Hartnett sempre me deixa na dúvida e isso não é particular à série. Nunca sei se ele é excelente ator ou é ruim demais, porque ele é um tanto inexpressivo, beira à falta de carisma – e consegue ser, ainda assim, irresistível. Faz sentido? A narrativa da série é instigante, prende a gente durante o episódio inteiro, embora tenha, sim, momentos de pouca ação. Diálogos feitos para impressionar – como aquele que Sir Malcolm constata “o momento em que você percebe que não é mais o caçador, você é a caça” – aparecem aos montes e, por vezes, dificultam nosso entendimento do enredo. Nada muito grave. A série é toda poética, bem pensada, bem feita. Ah! Nem mesmo as cenas de nudez foram censuradas – foi tudo bem comedido, mas estava lá. E sabe a filha desaparecida do Sir Malcolm? Então, é uma velha conhecida nossa…
//
Bem… Quando eu digo “cabelos esvoaçantes”, I mean it:
Em tempo: O Showtime liberou a série mais cedo, no Youtube, mas a estreia oficial, na TV americana, acontece apenas no dia 11 de maio. No Brasil, a atração será exibida pela HBO a partir do dia 13 de junho, às 22h.
Primeiras Impressões – Salem
25/04/2014, 10:00.
Regina Monteiro
Notícias, Preview
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O ponto forte de Salem? A dubiedade da trama em definir-se. Uma história dos medos que levaram aos julgamentos de Salem, ou uma história de bruxas reais, ambientada no espaço que mais evoca, no imaginário popular, a existência deste personagem de contos de fada e fantasia? O que a história deve ser ficou claro somente a partir da metade do episódio.
21 de setembro de 1685. Sete anos antes dos acontecimentos que colocaram Salem no radar da história. As bruxas ainda não andavam soltas pelo povoado, mas já habitavam o imaginário popular há tempos. A luxúria era exemplarmente punida em praça pública, embora a hipocrisia não o fosse. Dessa forma ofereciam-se sacrifícios a Deus, imolando-se o pecado através da expiação coletiva, efetivamente praticada por aqueles que, em um momento de descuido ou de consciência culpada, tivessem se deixado apanhar. Esperava-se que o sangue derramado através da chibata fosse suficiente expiação para o mal praticado e colocasse a divina proteção do Criador entre as mazelas trazidas pelo demônio ou, no caso, pelos franceses e pelos índios, e as residências do povoado.
É assim que começamos a conhecer Salem. Quando Isaac Walton tem imprimido a ferro quente na pele, para a vida toda, a indicação de seu pecado. Seu sangue mancha a terra poeirenta da vila. O braço da autoridade, nas mãos de George Sibley, executa a lei e as vozes de John Alden e do juiz Hale destoam ao questionarem a trágica exibição de justiça.
Uma cena encontrada em muitas narrativas históricas.
Em meio ao burburinho geral, os olhares de Mary e John se cruzam e esta fração de segundos não escapa à atenta percepção de Sibley. O medo é instaurado, mais como uma percepção da impossibilidade de que haja um futuro para os dois amantes e sobre qual a forma que este castigo adquirirá, do que por uma ação efetivamente desenvolvida. Na sequência, do alto de sua sacada, Sibley vigia e os amantes se despedem. John por puro senso de dever une-se à milícia que luta contra os franceses; Mary, talvez por uma questão de honra, não lhe diz que espera um filho seu. A moeda partida, promessa de reencontro, transforma-se em símbolo de separação. E a história começa.
Qual história? Aquela que irá retratar as narrativas históricas sobre o julgamento de Salem, no qual a histeria, justificada pela culpa diante da quebra das convenções sociais, levou à morte dezenas de pessoas? Ou aquela que herdamos das narrativas fantásticas que habitam a imaginação e o inconsciente coletivo?
Tituba levou Mary para a floresta para que fizesse um aborto, ou para entregar uma alma imaculada ao demônio? Foi uma alucinação o que Mary viveu na floresta, ou o mal a cercava de forma concreta? Uma bruxa realmente habitava o quarto de Mercy Lewis ou, mais uma vez, o horrendo ser que a ataca era apenas um produto de suas culpas ou medos imaginários? Isaac sabe mais do que pode dizer ou o trauma do castigo sofrido lhe deturpou a mente de forma irrevogável?
Até a metade do episódio a opção não era clara.
Aguardamos em expectativa. Até que… um sapo é vomitado por Sibley e alimentado pelo sangue de Mary! Dito desta forma parece cômico, mas poderia ter sido pior. Bruxas poderiam chegar em vassouras e voar Salem adentro, aterrizando em praça pública! E este não foi o único defeito de Salem. Ainda temos o roteiro arrastado e a falta de suspense e tensão, que este tipo de história sempre promete.
Mas quando tudo parecia ser mais um pouco do mesmo contado e recontado dezenas de vezes, e desta vez de forma pouco hábil, Salem se redime. É nos instantes finais que, espero, esteja a essência do que a série deverá ser. São três os momentos que marcaram essa redenção.
Um momento de suspense e angústia, quando Giles Corey é levado ao cadafalso e torcemos para que John chegue a tempo de salvá-lo. Única pessoa ingenuamente honesta na trama, também era um personagem real e sua morte aconteceu como foi mostrado na tela.
Um momento de revelação, quando Mary decreta que irão jogar os puritanos uns contra os outros e irão afogar a todos em seu próprio sangue. Afinal, não foi isso que aconteceu em Salem?
Um momento de genialidade, quando, debruçados sobre um acontecimento real, temos a capacidade de fazer uma pergunta que faz todo sentido. E se? E se… este foi o momento de Brannon Braga (criador da série) por que, afinal, não foi isso o que aconteceu? Os puritanos não foram afogados em seu próprio sangue? E se bruxas realmente habitaram Salem e induziram os conflitos contados de forma racional pelo saber histórico?
O Julgamento de Salem, eternizado pela história, tratado na racionalidade do fazer do historiador, é descrito como um episódio de histeria coletiva, no qual o medo das punições tanto terrenas quanto divinas, levaram um grupo de garotas a acusar de bruxaria uma parcela das pessoas que habitavam a vila. Potenciais depositários do diabo, essa gente serviu aos delírios de uma crença religiosa equivocada que, desde o século anterior, levara muita gente a alimentar as fogueiras na Europa.
Mas “e se” não tivesse sido assim? E se Cotton Mather tivesse razão? E se o demônio tivesse escolhido Salem para disputar com Deus a posse das imperfeitas almas humanas e Mary (enquanto ser representativo de qualquer pessoa de então) fosse o veículo que ele escolhera utilizar para realizar os seus propósitos?
Por esta via, a história promete e nela cabem até o conflito entre a bruxa malvada (Mary Sibley) e a ingênua donzela (Anne Hale, não tão ingênua assim!) se o tratamento dado for menos Estúdios Disney e mais uma produção de Tim Burton.
Podemos, enfim, aguardar com expectativa o segundo episódio pois agora sabemos que, na Salem de 2014, bruxas existem e elas tramam porque querem vingança, uma parte da Terra, e porque o demônio deseja aprisionar almas das quais possa se alimentar e perpetuar sua existência, desafiando o Criador.
‘Tá no Ar: a TV na TV’ – as primeiras impressões do novo programa de humor da Globo
13/04/2014, 12:07.
Paulo Serpa Antunes
Opinião, Preview
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A esta altura todo mundo já tem uma opinião formada sobre Tá no Ar: a TV na TV, o novo programa humorístico da Rede Globo. E esta opinião certamente vem embasada no background cultural de cada. O telespectador com mais idade, na casa dos 40 anos, certamente fará as inevitáveis comparações com o clássico nacional TV Pirata ou mesmo com o britânico (e pai de todos os programas de esquetes de humor) Monty Python’s Flying Circus. Mas o que pensará também o telespectador da TV aberta, este sujeito que cresceu consumindo Zorra Total, A Praça é Nossa e afins?
Pra este último telespectador, Tá no Ar: a TV na TV, tem o efeito de um sopro de novidade e uma aura bacana de anarquia (algo que se dizia ver lá atrás no Pânico na TV, ou na MTV, ou mais recentemente no CQC, alguém mais esperto lembrará). “Olha que bacana, a Globo fazendo humor com os anunciantes, com os concorrentes, que radical”. De fato, este é o acontecimento novo: a Globo agora, por 30 minutos semanais, se permite olhar para além do seu umbigo.
Primeiras Impressões – Surviving Jack
31/03/2014, 17:12.
Cinthia Quadrado
Preview
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Anos 90, filhos adolescentes e um pai bem diferente. Como muitos já sabem, educar os filhos nunca foi algo fácil e Surviving Jack é uma das provas disso. A nova atração de comédia, que estreia na próxima segunda-feira, dia 7, às 20h na Warner, é baseada em I Suck at Girls – obra autobiográfica de Justin Halpern.
Seu personagem principal é Jack Dunlevy (Cristopher Meloni), um oncologista militar que não tem papas na língua e que sempre acompanhou a educação dos filhos à distância. Quando sua esposa, Joanne (Rachel Harris) decide se dedicar à faculdade de Direito, Jack se vê obrigado a assumir as rédeas da família, tendo que prestar mais atenção em Frankie (Connor Buckley) e em Rachel (Claudia Lee). Seus métodos não são os melhores e é isso que faz com que o primeiro episódio do seriado seja um mix de risadas e de uma ambientação bem centrada na década de 90.
Músicas, roupas, ambientação
Um dos primeiros pontos positivos do seriado é a trilha sonora. Além das roupas, que também relembram muito do que as pessoas vestiam naquele tempo, a música que envolve o piloto faz com que o espectador se divirta com músicas como Unbelievable da banda EMF.
Outro ponto são as questões abordadas. Num tempo em que os pais e filhos não navegavam na Internet como hoje, questionamentos sobre sexo, amizades e sobre a própria adolescência em si eram bem mais intensos (e o medo/vergonha para falar sobre eles também). Também é possível ver uma ambientação clássica, roupas engraçadas – como a que Frankie usa para ir a festa de uma garota da escola, uma camiseta que mudava de cor com o calor do toque -, fones de ouvido bem diferentes, dentre outras coisas.
A história
Depois que sua mãe volta a estudar na faculdade de Direito, Frankie se vê bem perdido ao lado de seu pai. Ele pensa em conversar com sua mãe, mas, com ausência dela, Frankie tem que aguentar seu pai sendo um tanto ríspido/engraçado, dizendo que ele tem apenas 16 anos e que “as chances das coisas darem errado são muitas”.
Quanto a Rachel, Jack também não se mostra nem um pouco interessado em conhecer o seu namorado, Doug. O primeiro diálogo sobre o relacionamento da moça com o rapaz é bem engraçado. Ele não liga para o relacionamento da filha, mas, mais adiante isso vira mais uma dor de cabeça para ele.
Jack: Quem é ele?
Rachel: É meu namorado, pai. É sério… já faz seis semanas.
Jack: Olha, a única coisa séria que eu sei que pode durar seis semanas é diarréia.
Voltando ao Frankie, ele seus amigos também passam por uns maus bocados. Depois de roubarem as revistas de dois mendigos, Frankie fica encarregado por algumas das magazines cheias de mulheres sem roupas. Quando chega em casa, Frankie quase dá de cara com sua mãe e, para não passar vergonha, ele enterra as revistas. O que ele não esperava é que sua mente não esqueceria delas tão cedo e que seu pai o encontraria às duas da manhã, enquanto o menino desenterrava as revistas do quintal.
Joanne aparece em algumas poucas cenas, mas, quando isso acontece, ela pede para que Jack leve em consideração a idade de Frankie. “Ele está se tornando um homem”, diz Joanne, só que Jack não entende muito bem o favor que sua esposa pede e acaba colocando um pacote cheio de camisinhas dentro da mochila do filho. Na escola, Frankie acaba descobrindo o pacote de camisinhas e acaba virando piada entre os outros alunos do colégio por causa do bilhete de seu pai.
Outras tantas cenas engraçadas cercam o restante do episódio de Surviving Jack, como na parte em que Jack tenta ensinar Frankie a dirigir seu carro. “Imagine que seu amigo está em perigo e que nós temos apenas cinco minutos para chegar lá”. Depois disso, Jack tenta ensinar uma lição para seu filho:
Frankie: Porque você está fazendo isso comigo?
Jack: Qualquer coisa que você possa fazer na sua vida pode ser assustadora. Entendeu o que eu quis dizer?
Frankie: Sim, sim… não. Não entendi.
Jack: Vá até aquela droga de festa e fale com a garota.
O final de Surviving Jack parece ser bem previsível, mas a atuação de Cristopher Meloni é muito divertida em boa parte das cenas e compensa a falta de química entre os outros atores. As inúmeras tentativas de conversar com Frankie/Rachel resultam em algo sensível/bem humorado. O tom descontraído também chama a atenção de quem tiver um pouco de paciência para compreender e se divertir com a família Dunlevy e seus problemas.
*Audiência: Vale lembrar que mesmo com a expectativa, a série conseguiu apenas 1.3 pontos junto ao público alvo e 5,15 milhões de espectadores totais. Apesar de ter sido exibida pela Fox depois de Hell’s Kitchen e American Idol, o projeto de Halpern e Patrick Schumacker não teve um bom desempenho. Caso isso se repita, a série corre o risco de ter vida curta, sendo exibidos apenas os oito episódios que já estão programados.
Primeiras Impressões – Assunto de Família
31/03/2014, 11:27.
Simone Miletic
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Depois de duas excelentes temporadas de Sessão de Terapia (acabo de devorar a segunda em ritmo de maratona) e da bem sucedida produção de Amor Veríssimo, chegou a vez do GNT produzir sua primeira série de tribunal.
Mas esqueça os crime mirabolantes e os assassinos intocados: o tema central da nova série do canal são os dramas do dia a dia nos relacionamentos familiares.
Eduardo Moscovis é o juiz Pedro Fernandes, da vara de família. Em seu tribunal ele decide o destino de família inteiras baseado no que elas lhe contam entre quatro paredes – e também pelo que ele vê nas ruas. Sim, Pedro, ele mesmo fruto de um casamento problemático, com um pai abusador e uma mãe que abandonou a ele e ao seu irmão, faz investigações pessoais antes de tomar a decisão final nos casos que chegam a sua mesa.
Pedro também tem uma vida pessoal bastante conturbada: um casamento desfeito com duas filhas, terminado após ele ter um caso com uma colega juíza, um irmão envolvido com drogas e um pai em estado vegetativo no hospital. Essa é a primeira visão que temos dele no episódio inicial da série.
E o episódio serve bem para termos uma ideia do tom geral: está é uma série que se passa no tribunal, mas está longe de ser um drama jurídico. Enquanto decide o caso apresentado no episódio, Pedro lida com suas próprias limitações e problemas, dessa vez não conseguindo investigar a verdade por conta própria antes de fazer suas escolhas.
Durante a coletiva de imprensa Moscovis pareceu bastante a vontade com o novo desafio, segunda série que ele protagoniza, a primeira na Rede Globo, e segunda parceria dele com o canal, depois que ele participou do programa Saia Justa.
Apesar da declaração do diretor que eles tentaram fugir ao máximo do “excesso de explicação”, que ele chamou de “tabitati”, eu confesso ter visto vários vícios de novela nos dois primeiros episódios exibidos pelo canal. Além disso, incomoda a inocência de Pedro após ter vivido o que viveu e ver os dramas que chegam ao seu tribunal ao longo da série. Resta torcer para que, com novos episódios, os dois defeitos da série sejam compensados.
A primeira temporada da série é composta de 13 episódios de 30 minutos, sem comerciais, que serão exibidos a partir do dia 09 de abril na faixa das 22h30. Além de Moscovis, o elenco conta com Malu Galli, Georgiana Góes e Pedro Brício. A direção é de Sérgio Rezende e a produção de Mariza Leão.
Você pode assistir aqui um vídeo do elenco falando sobre seus personagens.
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