Primeiras Impressões – Bad Judge

Data/Hora 06/10/2014, 21:00. Autor
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Estreou nessa última quinta, 2, na emissora do pavão – leia-se NBC -, Bad Judge, série protagonizada por Kate Walsh, que também faz parte da produção da comédia. Para quem acompanhou Walsh em Private Practice e Grey’s Anatomy, no papel da doutora Addison, a mudança de personagem é tão marcante que eu, como vi ambas as séries, demorei uns 5 minutos para me acostumar, e a nova comédia tem apenas 22. No entanto, ao mesmo tempo que existe um abismo de diferença entre Addison e Rebecca Wright, ter a oportunidade de ver Walsh em ação mais uma vez me deixou com as expectativas lá em cima. Então, aqui vai um aviso: se você também ficou super esperançoso, é hora de suspirar e aceitar que TALVEZ a série não seja tudo o que a gente pensou que iria ser.

bad judge

Essa é a primeira imagem que recebemos – e que define muito bem, por sinal – de Rebecca Wright, uma juíza que sabe se divertir como ninguém, desconhece prazos, fala o que vem a sua cabeça, mesmo em horas inoportunas, mas que não há como negar sua competência. Achei Walsh bem confortável nesse novo plot, a personagem foi muito bem construída, e se o piloto não foi de todo engraçado (o que eu acho que era a intenção), pelo menos no que diz respeito a introduzir a história e a protagonista ele cumpriu o seu papel direitinho. Seria mega bacana se não fosse aí a fonte do problema.

Como o piloto desenhou de maneira impecável a vida, rotina e características de Wright, nós percebemos exatamente no que se moldará o restante da temporada e qual o plot principal de Bad Judge. Ok, você deve estar se perguntando onde está o problema nisso, né? Está, infelizmente, na minha dúvida se a série irá se sustentar com o roteiro planejado, e conhecedora de estreantes da NBC (RIP Go On), séries novas com plots rasos não vingam, nem com oração e reza.

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Dona de uma vida super agitada, repleta de bebedeiras e festas, Rebecca Wright já mostrou ser desencanada e feliz com a condição de não ser dependente de alguém, ou não ter alguém que dependa dela. Dá pra perceber isso quando Gary (Ryan Hansen, Veronica Mars), psiquiatra que participa dos casos da corte e que mantém um relacionamento (dá pra chamar assim?) casual com Wright, se espanta ao perceber que ela poderia estar grávida e não era dele. Rebecca, por mais que o piloto não tenha me permitido tirar essa conclusão, parece ter medo de relacionamentos, e gosta da sua vida do jeito que está: saindo de casa sozinha e voltando da mesma forma.

No meio dessa vida agitada e despreocupada de Rebecca, encontra-se Robby Shoemaker, um menino de 8 anos cujos pais foram presos pela própria juíza. E como ter uma vida louca não impede que Rebecca tenha um coração piedoso, ela se sente no direito de dar atenção a Robby enquanto os pais dele estão na cadeia. Conforme vimos no piloto, o menino usa e abusa dessa condição protetora de Wright, e ela está (e provavelmente sempre estará) lá para ele, mesmo que isso signifique ir à escola defendê-lo de um desenho no qual há a caricatura maldosa de seu professor.

Parece que Robby, aos poucos, irá mudar a rotina de Rebecca e a fará, possivelmente, descobrir que relacionamentos e dependência sentimental (no melhor sentido possível) não são tão ruins assim. No entanto, se a esse não forem adicionados outros plots, creio eu que a série terá o prazo de validade vencido rapidamente. Além desse receio, achei o tom de comédia um pouco fraco, mas talvez melhore nos próximos episódios. De qualquer maneira estarei aqui, semanalmente, comentando nas reviews as novas aventuras de Rebecca Wright e o seu dom de se enfiar em encrencas. Até lá 😉

Bad Judge vai ao ar todas as quintas-feiras, na NBC, às 21h do horário americano. Aqui no Brasil a série não tem previsão de estreia.

Primeiras Impressões – Gracepoint

Data/Hora 06/10/2014, 09:56. Autor
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Para quem está caindo de paraquedas aqui nesse texto, Gracepoint é um remake da série britânica Broadchurch, que foi ao ar em 2013 na ITV e já garantiu uma 2ª temporada. A trama se passa numa cidadezinha praieira, que vê a calma ir embora quando um pré-adolescente é encontrado morto. Todos os personagens são suspeitos. O primeiro episódio de Gracepoint foi 99.9% igual ao original. Os produtores da versão americana, no entanto, garantiram, antes mesmo da série ir ao ar, que o final da temporada será diferente.

David Tennant, conhecido por muitos como o 10º Doctor (Doctor Who), repete o papel que interpretou na versão inglesa, e assim temos mais um britânico colocando a prova o sotaque americano que aprendeu no curso no teatro. Achei que Tennant se saiu bem. Seu personagem na versão americana tem a aparência ainda mais acabada e sofrida. Os motivos para isso serão mostrados nos próximos episódios. Para sua parceira a escolhida foi Anna Gunn, de Breaking Bad. Não assistia a série, minha referência sobre ela é toda de amigos que não cansam de dizer o quanto ela é maravilhosa. O fato é que, pelo menos no piloto, ela foi muito bem em interpretar a detetive que precisa investigar seu primeiro assassinato após a frustração de ter perdido a sua promoção, mais o fato da vítima ser alguém próximo a ela (e isso nem é spoiler, é uma cidade pequena, é claro que ela conhece a vítima).

Um problema que senti foi na escolha no elenco, a trama de Broadchurch, além de bem escrita, tinha atores que seguravam muito bem a trama, onde é importantíssimo que a audiência desconfie de tudo e de todos. Em Gracepoint isso não acontece. Parte do elenco é bem fraco, e não sei se conseguirão segurar o que a trama tem a desenvolver. Quando eu assisto um remake, vou de peito aberto tentando evitar comparações, mas além de Broadchurch estar bem recente na minha memória, Gracepoint ter sido tão igual ao original tornou praticamente impossível não notar a dificuldade de certos atores, a jornalista interpretada por Jessica Lucas, tem importância na trama e eu não senti a menor segurança na sua atuação, e ela é só um dos exemplos.

Caso Gracepoint siga os passos da série original preparassem pata bastante sofrimento. A trama é densa e o passado dos personagens com o tempo vão mostrando que há muita coisa escondida e o assassino(a) não é o único mistério a ser revelado.

Ainda não há informações sobre a exibição de Gracepoint no Brasil. Nos EUA a série vai ao ar nas quintas-feiras.

Primeiras Impressões – Manhattan Love Story

Data/Hora 04/10/2014, 13:00. Autor
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Jack & Jill nunca teve um final. Acho que muita gente não se lembra dessa série, que passou entre 1999 e 2001, e era estrala pelas jovens Amanda Peet, Sarah Paulson e Jaime Pressly. Fiquei muito decepcionado pelo fato de nunca saber o que aconteceu com os dois protagonistas, já que a série foi cancelada somente depois de duas temporadas e terminou com um cliffhanger daqueles, que ficou sem solução.

Mas o que isso tem a ver com Manhattan Love Story? Além de ambas se passarem em Nova York, contarem a história de amor entre dois jovens adultos, terem um elenco coadjuvante muito bom e mostrarem os altos e baixos da vida adulta? Ok, não estou dizendo que uma é a cópia da outra, mas com certeza MLS veio tentar cobrir o “buraco”, ou seria cratera depois de tanto tempo, deixado por J&J.

Cada um começa a assistir uma série por alguns motivos. Eu tenho dois para estar aqui falando de Manhattan Love Story. O primeiro, eu citei acima e o segundo é que quando eu vi o trailer fiquei muito animado em saber que ela seria protagonizada pela belíssima atriz Analeigh Tipton. Para quem não conhece, ela participou de filmes como Amor a Toda Prova (um dos melhores filmes que eu já vi) e mais recentemente de Lucy (que ainda está em cartaz em alguns cinemas).

Só que muita gente não sabe, mas ela foi uma das finalistas do ciclo 11 do reality show America’s Next Top Model. Você deve estar se perguntando como eu sei isso? IMDB? Wikipedia? Google? Que nada, ANTM era meu guilty pleasure e sempre que estava passando no Canal Sony, eu assistia e inclusive torci por Tipton que acabou em terceiro lugar. Depois disso acabei acompanhando sua carreira e fiquei muito feliz em saber que ela protagonizaria uma série do horário nobre da ABC.

Apesar de estar bem qualificada (com dois pontos muito positivos) na minha “escala de qualidade”, eu ainda sim estava receoso quanto à série. E quando eu fico com essa pulga atrás da orelha, é difícil estar errado. Logo, todos os meus “medos”…  Acabaram se confirmando! Foi tudo muito clichê, com uma história batida e sinceramente não consigo ver um futuro. Afinal de contas, a lista de Dana uma hora vai acabar e não vou (vamos) ter muita paciência para aguentar as idas e vindas do casal protagonista (porque isso de FATO vai acontecer). Só mesmo a Malhação que consegue ficar 19 anos no ar com a mesma história entra ano e sai ano.

Tecnicamente falando, o piloto foi muito bem construído. Com uma edição rápida, consequência de um roteiro bem estruturado, uma fotografia incrível (eles deixaram Nova Iorque mais colorida), um elenco recheado de caras novas e principalmente com muita química. O ponto alto foram as narrações dos pensamentos de Dana e Peter, o que trouxe um ar mais “maduro” pra série, uma vez que esse tipo de recurso é mais utilizado em filmes.

Entretanto, eu ri. Algumas vezes. E fiquei com um gostinho de quero mais. Espero que os roteiristas não sejam muito gananciosos, criem reviravoltas mirabolantes ou queiram manter Manhattan Love Story muitos anos no ar. O escopo central da série tem um prazo de validade muito curto. É melhor acabar no topo e deixar uma lembrança boa do que como Jack & Jill e outras tantas séries sem fim que deixaram saudades.

Dana

Dana:

– Fui recompensada pela minha mediocridade.

Peter:

– Hoje você é uma americana!

P.S.: Não sei quanto a vocês, mas as cenas no escritório que Dana foi trabalhar me fizeram lembrar de Ugly Betty. Só que nesse caso ela é linda!

* * *

Manhattan Love Story estreou na última terça-feira, 30/09, nos EUA com uma tímida audiência de 1.5 ponto na amostra qualificada (18-49 anos) e um total de 4,7 milhões de telespectadores. A série ainda não tem previsão de exibição no Brasil.

Primeiras Impressões – Black-ish

Data/Hora 28/09/2014, 23:00. Autor
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Antes de escrever sobre o episódio de estreia de Black-ish, é importante uma pequena contextualização sobre a série. Ela surge como a proposta da ABC de ser “a nova Modern Family”. O que isso quer dizer? Uma nova série familiar tradicional. Mas Modern Family não é tradicional, dirão alguns. É sim. Ela foge do tradicional do passado, mas é tradicional e por isso é tão bem aceita. E ABC sabe que mais cedo ou mais tarde a sua principal série de comédia vai perder o fôlego e/ou sair da grade de programação. Além disso, Black-ish também aparece como resposta às críticas a falta de uma família negra na TV aberta americana. Bom lembrar que My Wife and Kids, sucesso na própria ABC, terminou em 2005, quase 10 anos atrás.

Black-ish apresenta os Johnson, um casal de classe média alta, pais de 4 filhos. E ainda tem Laurence Fishburne como o pai do patriarca. Isso mesmo: Morpheus avô. Muita dificuldade de lidar (se você é novo demais para entender a referência, a dica é Matrix). O grande problema do protagonista é o medo da família está se tornando “menos negra”. Esse assunto é uma questão bem atual, principalmente nos EUA. Todo episódio vem desse conflito. A cena que abre o episódio foi muito boa.

Andre, o pai, recebe uma promoção mas fica insatisfeito por achar que a escolha deve-se ao fato dele ser negro. A esposa, que é médica, o questiona dizendo que se ele não fosse escolhido estaria reclamando que perdeu a vaga por SER negro. A discussão é pertinente porque o argumento de ambos tem validade. E parece que o caminho a ser seguido pelos roteiristas será esse: como uma família negra que chega a posição antes negada a eles consegue seguir seu caminho sem deixar de lado suas raízes. E como lidar com os filhos que não conhecem um mundo sem privilégios.

Não quero contar aqui muito sobre o episódio. Para quem gosta de série familiar tradicional, acredito que Black-ish deve agradar em cheio. O elenco é bom, o texto correto. Algumas piadas podem exigir certo conhecimento de cultura pop e da cultura afro-americana, mas nada que deixe ninguém perdido. Ainda é cedo para dizer se a série terá o mesmo sucesso que Modern Family. E, claro, My Wife and Kids e The Cosby Show, séries que com certeza devem ter sido referência para Kenya Barris, sua criadora, mesmo que de maneira inconsciente. Recomendo a série, mesmo que seja para ver o Morpheus sendo avô.

Não, não superei. Laurence rouba as cenas em que aparece, mesmo o papel sendo pequeninho. Outra informação: Tracee Ellis Ross, que faz Rainbow (por sinal o nome do marido da criadora da série), a mãe, é filha de Diana Ross. E se você não sabe quem é Diana Ross, por favor, vai para o Youtube agora.

Black-ish, que estreou nos EUA no dia 24/09, ainda não tem data de estreia no Brasil.

As primeiras impressões de ‘Lili, a Ex’, a nova comédia do GNT

Data/Hora 28/09/2014, 22:00. Autor
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Em 1990, a Fox consolidou sua imagem de canal jovem da TV americana com a estreia da série Parker Lewis Can’t Lose. A comédia teen se sustentou por três anos no ar com uma audiência pequena, mas que agradava a Fox justamente por ter bons índices de audiência entre um público de 18 a 34 anos.

Parker Lewis tinha como mérito dialogar muito bem com os jovens americanos – parecia uma versão televisiva de Curtindo a Vida Adoidado (Ferris Bueller’s Day Off) mas ia ainda além, mostrando as aventuras grupo de garotos na escola com muita criatividade. Parker Lewis abusava dos efeitos sonoros, das trucagens de câmeras, de enquadramentos inesperados, da edição de videoclipe e da metalinguagem pra atrair a atenção e também fazer rir. Nos EUA, ganhou status cult e virou influência estética para muitos shows – como Ally Mcbeal e Scrubs.

Lili, a Ex, nova série do canal GNT, esteticamente tem muito em comum com Parker Lewis Can’t Lose. Ela vai ainda além – fazendo uso de câmeras modernas portáteis, Lili enche os olhos do telespectador com movimentos de câmera perfeitos. A comédia da O2 Filmes, com direção geral de Luis Pinheiro, é até aqui o mais sofisticado piloto já exibido pelo GNT e também o mais jovem e moderno.

Esta boa qualidade de imagens acaba caindo como uma luva no texto baseado nas histórias em quadrinhos do Caco Galhardo. Tirinhas de jornal são difíceis de adaptar para TV. O humor é o da gag: um ou dois diálogos, uma conclusão. Às vezes nem graça tem, a tirinha apenas te faz esboçar um sorriso. Adaptar para o audiovisual não é mole: a Globo tentou sem sucesso há alguns anos emplacar uma versão televisiva de Aline, da Adão Iturrusgarai; no Rio Grande do Sul, a RBS TV também não se deu lá muito bem com As Aventuras da Família Brasil, de Luis Fernando Verissimo; o problema vem la do início dos anos 90, quando a TV Pirata arriscou uma versão do Casal Neuras, de Glauco Mattoso.

Lili, a Ex supera este problemas com um texto que se apropria das gags dos quadrinhos, mas se esforça para ir além delas. E pra fazer isto não se prende às câmeras e recursos de edição. Ainda há mais um trunfo: a atuação incrível de Maria Casadevall, linda e louca na medida certa no papel da protagonista da série, uma garota obcecada pelo ex-marido – a ponto de se mudar para o apartamento ao lado do dele.

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O único problema de Lili, a Ex é que a série, como todas as produções nacionais do GNT, parece imaginada para um horizonte curto. Falta nos projetos do canal aquela malícia da TV norte-americana de construir personagens e storylines que gostaríamos de acompanhar por toda a vida. Lili é bacana o suficiente para decidirmos acompanhá-la atormentando Reginaldo pelas 13 semanas da primeira temporada. Com sorte, até seguiremos ela em uma eventual segunda temporada. Mas, e depois? Esta proposta renderá muitas histórias mais?

Lili, a Ex é a melhor comédia já produzida pelo GNT. Mas ainda não será por esta pela qual você irá se apaixonar.

* * *

Lili, a Ex estreou no Brasil no dia 24 de setembro, no GNT. Os episódios inéditos vão ao ar nas noites de quarta-feira, às 22h30. Para assinantes dos canais Globosat, o primeiro episódio pode ser assistido no site Globosat Play.

Primeiras Impressões – NCIS: New Orleans

Data/Hora 28/09/2014, 16:31. Autor
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Ao seguir um padrão muito bem aceito na TV americana, NCIS: New Orleans estreia com boas promessas no elenco e também em sua produção. Com uma abertura bem simpática, o seriado já mostra que New Orleans trará um ambiente agitado, boêmio e muito interessante para o grupo de agentes do NCIS.

A história acompanha a equipe liderada pelo agente especial Pride (Scott Bakula, de Contratempos e Men of a Certain Age), que soluciona casos que ocorrem nas regiões do Mississippi, Louisiana e Texas.

A equipe conta com a agente Brody (Zoe McLellan, de Dirty Sexy Money), uma mulher de aproximadamente 30 anos que se muda para New Orleans para conseguir recomeçar sua vida; o agente LaSalle (Lucas Black, de American Gothic e Velozes e Furiosos: Desafio em Tóquio), ex-assistente de xerife que trabalha intensamente e que acredita que deve fazer o bem, não importando as circunstâncias; a Dra. Wade (CCH Pounder, de The Shield), médica legista, que está profundamente ligada à cultura de Louisiana; e Sebastian Lund (Rob Kerkovich) assistente da Dra. Wade.

Apresentações a parte, comecemos, então, a falar sobre o primeiro episódio da temporada.

Em Musician Heal Thyself, as primeiras imagens já mostram dois rapazes brigando por uma moça. E a introdução ao caso não demora muito, já que, depois de ser empurrado, um dos rapazes esbarra num tipo de tanque de camarões e uma perna aparece no meio dos bichinhos. A cena lembra um pouco dos casos de Bones e CSI, em que pedaços dos corpos das vítimas aparecem nos lugares mais inusitados possíveis.

O caso envolve a morte do filho do músico Papa Parks (James McDaniel), que também é amigo de longa data do agente Pride, e, o que parece apenas como um assassinato devido a brigas entre gangues, acaba se revelando como uma história cheia de nuances. Tráfico de drogas, política e suas influências acabam servindo como pano de fundo para o primeiro episódio da temporada. O piloto revela aos poucos que a equipe de investigadores ainda terá muito trabalho pela frente para descobrir o que realmente aconteceu com a vítima e qual a ligação entre esse caso e um político muito suspeito.

Além de trazer uma história interessante, o episódio também apresenta de uma maneira divertida os seus personagens. Acredito que, de uma certa forma, Pride se parece um pouco com Gibbs (Mark Harmon) – pelo charme e também pela forma em que ele se empenha para fazer justiça. LaSalle e Brody também são engraçados e profissionais. As tiradas durante o episódio já fazem com que você crie um certo carinho pelo relacionamento dos dois. A Dra. Loretta aparece como uma personagem tão experiente quanto Pride. Por fim, Sebastian consegue complementar a parte de humor dos personagens (ele aparece como o clássico nerd que quer sair um pouco do laboratório para tentar resolver o caso com os outros agentes).

Quanto às partipações de personagens das outras franquias da série, o Dr. Mallard (David McCallum) já fez sua parte. Outros personagens também aparecerão nos próximos episódios e essas participações podem ajudar na audiência do seriado. (Tanto os produtores, quanto a CBS estão sendo inteligentes, já que isso tudo auxilia na promoção e divulgação da série).

NCIS: New Orleans aparece como uma aposta segura para a CBS. Com histórias interessantes, personagens carismáticos e um tom mais divertido, a série segue um padrão do procedural e pode garantir uma renovação. Ao que tudo indica, Pride terá que trabalhar muito para conseguir provas contra o sistema, e, nada melhor para acompanhar os casos do que muito jazz, bebidas e conversas divertidas ao lado de bons agentes/amigos em New Orleans.

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NCIS: New Orleans estreou em 23 de setembro na CBS e ainda não há previsão de exibição no Brasil.

Primeiras Impressões – Scorpion

Data/Hora 27/09/2014, 15:18. Autor
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O novo drama da CBS, Scorpion tenta, de um jeito surreal, apresentar quatro super gênios nerds que são capazes de resolver problemas dos mais impossíveis que se possa imaginar. Cada um possui uma característica marcante que, quando combinadas, formam uma ”equipe imbatível”. Logo de cara, a série introduz aos seus personagens principais em um ritmo frenético constante, e, é dessa maneira, que o episódio piloto é conduzido por todo os seus quarenta minutos.

Logo à primeira vista, não há como deixar de lado a comparação com The Big Bang Theory. É claro que as visões são totalmente distintas; porém, mesmo assim, devido aos personagens bem estereotipados, a comparação surge por um instante. Os protagonistas entregam uma boa atuação, exceto pela personagem de Katharine McPhee. Esta parece ter uma atuação um tanto quanto forçada, nada natural, e destoa um pouco dos demais. Além disso, sua aparição se deve, basicamente, pela presença de seu filho, que estabelece uma conexão rápida com o personagem principal de Elyes Gabel; que, por sua vez, está confortável no papel e é o destaque – os melhores momentos da trama são voltados para ele.

O roteiro corrido interfere, principalmente, nos diálogos destes personagens. Eles são curtos e poucos desenvolvidos e não trazem nada de muito criativo. Algo até compreensível, haja vista a série ter como prioridade a situação de resolução do problema apresentado e a ação ser frenética por todo o tempo, quase que não há brechas para respirar. Estas situações são bem forçadas, para não dizer surreais e, praticamente difíceis de ocorrer. Não é uma falha, é a maneira como Scorpion é proposta, e isso vai de acordo com a preferência de quem assiste. Sim, todos sabem que ao final tudo vai dar certo e que os quatro salvarão o dia. Mas, é mais importante notar como a história é conduzida até este final. A premiere entrega uma estreia irregular, existem seus altos e baixos em um plot com acontecimentos difíceis de engolir.

Quem gostar de uma série com menos drama e um enredo voltado para ação e pura adrenalina – ao melhor estilo “desligue o seu cérebro e assista” (mesmo que eu não concorde com essa frase) – curtirá e não terá muitas queixas. Porém, para os outros, em determinados momentos, Scorpion ficará maçante e irritará. Agora, resta saber se com mais dois ou três episódios a série crescerá de produção ou continuará nesse ritmo, que, provavelmente, culminará no cancelamento.

Scorpion estreou no dia 22 de setembro nos Estados Unidos. Ainda não há informações sobre a estreia da série aqui no Brasil.

Primeiras Impressões – How to Get Away with Murder

Data/Hora 27/09/2014, 11:33. Autor
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Os textos de Primeiras Impressões são sempre muito difíceis de se escrever, pelo menos para mim, pois por mais que você tenha estudado e pesquisado sobre a série, é muito complicado dizer se você gostou ou não do que viu baseado somente na primeira experiência (apesar desse ser o objetivo desse texto), ainda mais com a responsabilidade de influenciar, positiva ou negativamente, a opinião de outras pessoas.

Algumas histórias demoram um pouco mais para cativar o público e geralmente os produtores acabam seguindo a mesma “receita de bolo”, ou seja, optando por um episódio piloto que vai introduzir os personagens e um pouco da história. Só que isso acaba tornando o que vemos na telinha um pouco arrastado e desinteressante, porém esse “arrastamento” tem como finalidade render a história ao longo de aproximadamente vinte e poucos episódios (sim pessoal, por mais que doa escrever isso, sou contra essa quantidade de episódios, prefiro uma quantidade menor e uma qualidade maior).

Dito isso, vamos ao que interessa! How to Get Away with Murder, nova série da toda poderosa da ABC, Shonda Rhimes, passa por cima de todos esses problemas – como era de se esperar – e apresenta um episódio piloto de tirar o chapéu. Já comentei isso em algum outro texto meu, mais eu mensuro a qualidade do episódio pela quantidade de vezes que mexo no celular e paro para saber quantos minutos ainda falta para acabar. E posso dizer que mesmo cansado de uma semana intensa de trabalho e estudo, HTGAWM conseguiu me prender por 43 minutos de uma tal forma que já embarquei totalmente na história e não olhei nem o celular nem o relógio uma única vez.

Logo de cara já sabemos que algo ruim aconteceu, pois acompanhamos quatro jovens – Connor Walsh, Michaela Pratt, Rebecca Sutter e Wes Gibbins -, depois de uma discussão acalorada sem um consenso comum, decidindo o que fazer com um corpo através de um cara e coroa. As séries de Rhimes usam magistralmente o efeito de flashback e nessa não seria diferente. Ao longo do episódio podemos conhecer superficialmente alguns personagens, como aqueles quatro jovens se conheceram, a dificuldade de se desfazer do corpo e, principalmente, nos minutos finais, quem era o defunto. E você achando que ia ter que esperar o season finale para descobrir! O que provavelmente vai ficar para o final é mostrar a motivação do crime ou o que vai acontecer com eles, mas que pelo nome da série, já podemos imaginar o que talvez acontecerá.

Outra característica marcante nas séries da ShondaLand é a escalação do elenco, sempre impecável! Alguns nomes conhecidos como Liza Weil (a Paris de Gilmore Girls) e Matt McGorry (o Bennett de Orange is the New Black) brilharam no pouco que apareceram e alguns ainda desconhecidos do grande público, com destaque para Aja Naomi King (Michaela) e Jack Falahee (Connor), essa dupla ainda vai dar muito o que falar.

É claro que eu ia reservar um parágrafo especialmente para a estrela da série, Viola Davis. O que dizer dessa mulher? Sua Annalise Keating é simplesmente sensacional. Não só pela riqueza do personagem, mas pela forma que Davis a construiu. Fria, calculista e direta, ela consegue tudo que quer, mas ao mesmo tempo não parece ser uma pessoa do mal, daquelas que sente prazer em humilhar. Só mesmo uma grande atriz para andar nessa linha tênue, brilhar e ainda fazer escada para o elenco de apoio. Já estou abrindo a bolsa de apostas para o Globo de Ouro e SAG que acontecem no início do ano que vem! Viola na cabeça!

A televisão americana vem se transformado e se aproximado cada vez mais da linguagem do cinema. Isso pode ser visto na alta qualidade dos episódios que veem sendo apresentados e o piloto de How to Get Away with Murder é, sem sobra de dúvidas, um excelente exemplo dessa nova era da televisão.

E com muita alegria anuncio que estarei aqui no TeleSéries semanalmente comentando HTGAWM com vocês. Não esqueçam de deixar seus comentários e que venha It’s All Her Fault.

A estreia de How to Get Away with Muder aconteceu na última quinta, 25/09, e aqui no Brasil a séria será transmitida pelo Canal Sony no início de 2015, em dada ainda a ser divulgada.

Primeiras Impressões – Gotham

Data/Hora 24/09/2014, 13:29. Autor
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E quem precisa de Batman?

Foram meses e mais meses de espera e ansiedade pela premiere de Gotham. A expectativa era enorme, não apenas dos fãs, mas de todos que gostam da tão conhecida história do super-herói. E tudo que gira a respeito do assunto sempre deixará o público com um pé atrás, especialmente depois dos filmes – que foram tão bem recebidos -, e, ainda mais, quando saem informações de que uma visão totalmente diferente será mostrada. Inúmeras perguntas eram feitas ao longo desse período. Como os produtores recriariam um novo universo para o homem morcego? Série do Batman sem o Batman? E, após essa estreia, algumas foram esclarecidas; apesar disso, houve detalhes que incomodaram e foram mal trabalhados. Claro que foi apenas um começo e que ainda há a necessidade de mais episódios para situar um universo com tantos personagens, porém o piloto não deixou de ter seus altos e baixos.

Ao longo do episódio, fica um sentimento misto de pontos positivos e negativos e deixa a impressão de que os criadores deram atenção a certos pontos e outros deixaram de lado. As atuações, no geral, foram satisfatórias. Ben McKenzie, na pele de Jim Gordon, convence e se mostra seguro na condução do personagem principal. Da mesma maneira que Robin Taylor como o Pinguim, que logo em sua primeira aparição já traz todo o lado característico e consegue estabelecer uma conexão com o público. Já a atriz que interpreta Fish Mooney, Jada Smith, soa por diversas vezes forçada na atuação. A quantidade enorme de personagens pode atrapalhar um pouco o andamento, haja vista o tempo que terá que ser destinado a cada um e a maneira que as histórias irão se conflitar. Mesmo assim, foi plausível o jeito que conseguiram inserir (ou ao menos dar um ”oi”) Charada (Cory Smith), Falcone (John Doman), Poison Ivy (Clare Foley) e Selina (Camren Bicondova). Esta última, ao que tudo indica, terá uma relação interessante com Bruce (David Mazouz).

O ator que vive o pequeno Bruce Wayne, infelizmente, foi pouco utilizado nesses quase cinquenta minutos. Sempre que este aparecia em cena havia uma tentativa de estabelecer uma ligação do mesmo com o público – através dos diálogos entre o garoto e Gordon, como, por exemplo,  “I promise you, however dark and scary the world might be right now…there will be light. There will be light, Bruce.” – de que sim, é uma série sobre o Batman (mesmo que por uma outra visão) e que o pequeno milionário ainda crescerá e se desenvolverá na trama.

E um ponto que não foi bem trabalhado foi a clássica dupla de detetives que se está acostumado a ver em diversos filmes e séries. McKenzie é o policial bonzinho, enquanto Donal Logue (Hervey Bullock) é o policial malvado. Talvez, este fato tenha surgido para ressaltar as características de Gordon em prol do que é correto – bem observado na cena que o mesmo não consegue matar um dos vilões.

Além disso, a grande parte dos diálogos também não são dos mais desenvolvidos e incomodam por alguns momentos, talvez por ser uma série com mais ação, alguns não liguem tanto para tal fator, todavia é essencial para o aprofundamento dos dramas inseridos. O mesmo ocorre com a possível diferença de idade entre os personagens, se é uma série a respeito das origens dos personagens, esse fator tem total relação e influência com os eventos que acontecem no futuro.

Ao que tudo indica teremos uma história centrada em Gordon e na grande gama de vilões e suas atrocidades por Gotham City. Ainda que sejam muitos, como mencionado, estes, se bem aproveitados e trabalhados, podem render bons plots por vários episódios. Verdade que em alguns momentos parece que a série se utiliza destes para criar um seriado dramático e com toques policiais, já feitos anteriormente. Quem queria ver o personagem que dá origem a série terá que esperar mais um tempo para observar como encaixarão o garoto. A notar que Gotham encontrará algumas dificuldades para com os fãs mais assíduos de Batman – há divergências citadas que incomodam e serão difíceis para convencê-los. Mas, mesmo assim, o produtor Bruno Heller (The Mentalist) tem totais capacidades para mostrar as origens de Batman por uma perspectiva diferente das já produzidas e, logo em sua premiere, já se mostrou ter uma ambição para tal feito.

* * *

Gotham estreou no dia 22 de setembro nos EUA, no canal Fox. No Brasil, a série estreia no dia 29 de setembro, às 22h30, na Warner Channel.

Primeiras Impressões – Selfie

Data/Hora 22/09/2014, 23:09. Autor
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As redes sociais mudaram nosso modo de viver de forma significativa, e não demorou muito para essa mudança ser retratada na ficção. Selfie, nova comédia da ABC, é a primeira série a focar nesse assunto e com um grande potencial para satirizar e criticar esse novo estilo de vida.

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A série é uma releitura do musical My Fair Lady e conta a história de Eliza Doolie (Karen Gillan, a eterna Amy Pond de Doctor Who), uma representante de vendas de uma multinacional que é obcecada por redes sociais ao ponto de não conseguir manter relacionamentos na vida real, sejam amorosos ou de amizade, até que em um voo de negócios ela descobre que seu “ficante” é casado e num acesso de histeria faz uma cena no mínimo embaraçosa (envolvendo sacos de vômito) e todos tiram fotos suas, fazendo com que sua reputação tanto on quanto offline despenquem. Percebendo que precisa não só consertar sua imagem como também reaprender a conviver com as pessoas no mundo real, ela pede a ajuda de Henry Higgs (John Cho, franquia Star Trek), um especialista em marketing e imagem própria para que ele a ajuda a se “relançar” no mercado.

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Um dos pontos positivos da série são as referências à My Fair Lady e o modo como tentaram atualizar o tema para o século XXI, pois a história original do Professor Henry Higgins e sua tentativa de transformar Eliza Doolittle em uma dama da alta sociedade não funcionaria num contexto atual, além de terem meio que invertido os dilemas, pois a Eliza de Selfie quer tentar se livrar do superficialismo e voltar a ser uma pessoa normal.

As atuações também não deixam a desejar. Karen Gillan está excepcional como uma garota fútil, superficial e levemente desequilibrada, provando mais uma vez ser uma atriz versátil e talentosa, e com seu papel como a vilã Nebula em Guardiões da Galáxia, com certeza ela irá conseguir se sobressair à imagem de Amy Pond (apesar de nós fãs não conseguirmos mais separar as duas). John Cho também não decepciona, já tendo provado seu talento para a comédia na cancelada Go On. Um fato interessante: tanto Karen quanto John tiveram seus papéis de maior destaque em franquias de ficção científica, fato que, se aproveitado pelos roteiristas de forma correta pode render ótimas cenas.

O único grande problema de Selfie é o tom exageradamente clichê . As comédias mais recentes da TV aberta americana estão numa péssima fase; pouquíssimas conseguem se manter na programação e as poucas que conseguem tem tão pouco a oferecer que acabam ficando dispensáveis. E pelo piloto é bem possível que Selfie tome o mesmo rumo. Vamos torcer para que os roteiristas percebam o potencial do material que tem nas mãos e não deixe que ela se junte ao limbo das séries de comédias medianas atuais, o que seria uma grande ironia pois é exatamente essa falta de personalidade que a série tenta ironizar e criticar.

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De forma geral, Selfie tem potencial para ser uma ótima série de comédia e uma igualmente ótima sátira ao uso excessivo das redes sociais. Talvez não veremos cenas tão épicas quanto Henry Higgins tentando ensinar Eliza a dizer “The rain in Spain stays mainly in tha plain”, mas com certeza podemos esperar momentos inspirados, isso se a série não se deixar cair no lugar comum. #FingersCrossed

* * *

Selfie estreia no dia 30 de setembro nos EUA, pela rede ABC. No Brasil a série estreia no dia 8 de outubro, na Warner Channel.

Uma opinião sobre ‘Politicamente Incorreto’, a série de Danilo Gentili

Data/Hora 21/09/2014, 20:16. Autor
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Manchete da semana: Danilo Gentili ofende a classe política brasileira e faz a população rir muito nas redes sociais.

Os executivos da Fox International Channels teriam adorado se esta fosse a repercussão de Politicamente Incorreto, nova série brasileira que estreou na última segunda-feira no canal FX, cercada de boa mídia – especialmente por ser um projeto de Gentili, comediante polêmico e apresentador de uns dos talk shows mais assistidos da TV.

Infelizmente, a coisa não aconteceu bem assim. No mesmo dia que Politicamente Incorreto estreava na TV, Gentili entrevistou a candidata a Presidência Luciana Genro no seu programa no SBT, o The Noite. Na entrevista, exagerou na dose em suas críticas a regimes de governo socialistas e acabou ouvindo da candidata o conselho de que “estude um pouco mais”. O comediante acabou virando piada nas redes sociais.

A ironia é que Politicamente Incorreto, que acabou eclipsada pelo acontecimento, é uma comédia pensada por Gentili (em parceria com Fabrício Bittar) justamente pra extravasar sua repulsa pela política nacional – que Gentili conhece de perto, desde os dias em que circulava pelos corredores do Congresso Nacional como repórter do CQC.

O feitiço virou contra o feiticeiro.

Mas e Politicamente Incorreto? A série vale a viagem?

Como ator, Danilo Gentili está razoavelmente bem em cena. Que dizer, tão bem como um não-ator poderia estar. Ele reconhece suas limitações e as usa em seu favor. O resultado não fica muito atrás das primeiras gravações de outros comediantes americanos e ingleses que trocaram o stand up pelas sitcoms. Falta uma naturalidade ali, um jogo de cintura acolá. Mas até um Jerry Seinfeld ou um Ray Romano tiveram suas dificuldades no início. Rafinha Bastos, que em 2013 estrelou também para a FX a série A Vida de Rafinha Bastos, também teve.

Na série, Gentili está bem acompanhado, cercado por um elenco experiente – com destaque para as presenças de José Dumont, Paula Possani e Sérgio Menezes. O episódio piloto, no entanto, sugere que eles não tendem a ter storylines próprias – e se as tivessem, talvez não fossem histórias muito originais. Eles parecem replicar alguns personagens de séries americanas: a estagiária Juliana (Letícia Fagnani) remete a inocente Pam de The Office; já o servidor Mário (Kiko Vianello) parece uma versão nacional do atrapalhado Jerry de Parks and Recreation.

E o texto? Por um lado a série parece flertar com este humor mais moderno da TV paga norte-americana pós-Curb Your Enthusiasm, fazendo piadas a partir de temas polêmicos e com algum espaço para a improvisação. Por outro, ela flerta com a tradição do besteirol do humor brasileiro. O mix até poderia ser interessante, e de repente apontar um caminho narrativo pra comédias brasileiras (é que o Fernanda Young vem fazendo com razoável êxito em sua Surtadas na Yoga, do GNT), mas o resultado aqui é irregular. A série parece engenhosa em alguns momentos, como na storyline principal, que abre com o candidato Atílio Pereira sendo filmado recusando uma pilha de dinheiro e, por conta disto, se tornando forte candidato à Presidência por ser considerado “o único político honesto do Brasil”. Mas em outros, a série é simplesmente boba, às vezes até sexista.

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O grande problema de Politicamente Incorreto é que série nasce e se desenvolve de uma ideia quase primária: nenhum político presta. A questão é que parodiar uma grupo social que já conta com pouquíssimo respaldo junto a população é chover no molhado. Você está batendo em morto.

Mas o problema mesmo está para quem, como nós, leitores e críticos do TeleSéries, está acostumado a ver comédias mais sofisticadas – inclusives com temas políticos, como Veep ou The Thick Of It. Aí não tem comparação. Politicamente Incorreto fica na superfície e acaba desapontando.

Em, outras palavras, Luciana Genro tem razão. O Danilo Gentili precisa estudar um pouco mais.

* * *

Politicamente Incorreto vai ao ar nas noites de segunda-feira, às 20h30, no canal FX. O episódio piloto está disponível para ser assistido gratuitamente via streaming no site Fox Play.

Primeiras Impressões – Red Band Society

Data/Hora 21/09/2014, 17:47. Autor
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Baseada na série espanhola Polseres Vermelles, a série Red Band Society estreou na última quarta-feira, dia 17/9, trazendo alguns aspectos inovadores para a nova versão americana – produzida pelo Steven Spielberg (Falling Skies).

“Sorte não é ter o que você quer. É sobreviver ao que não quer.”

A história se passa em torno de um grupo de adolescentes que acabam se tornando amigos em um hospital. Primeiro somos apresentados ao garotinho Charlie (Griffin Gluck, de Private Practice), que está em coma, e que com o seu jeito todo acolhedor nos narra a história de cada um dos “moradores” do hospital. Depois, ao longo dos 44 minutos do piloto, fomos apresentados ao resto do grupo de seis amigos que formam a Sociedade dos Pulseiras Vermelhas (em tradução livre): os dois garotos que tem câncer que dividem o quarto, o próprio garoto que está em coma, o jovem que tem fibrose, a anoréxica e a jovem líder de torcida que tem problemas cardíacos e que precisa de um novo coração.

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Tentarei não comparar Red Band Society com a produção original, pois esse nova versão é totalmente independente e insere alguns aspectos americanizado na trama, como por exemplo a uso de iPhones, tanto para jogar Candy Crush como para fazer ligações de emergência, a referência ao livro Crepúsculo e a linguagem jovial, o que acaba tornando a série uma dramédia acaba divertindo a todos que a assiste, apesar de todos os clichês apresentados de uma forma bem descontraída.

“Sua alma é você e nunca poderão mexer nela.”

Outro aspecto interessante é que o seriado foca na vida dos pacientes e não nos grandes dramas dos médicos, que são o foco de grandes sucessos como Grey’s Anatomy e House. A partir de tal fato, o hospital pode ser um lugar transformador, apesar de toda a estereotipagem que se tem do mesmo, como um lugar frio e bastante triste. Com as vivências e as histórias de vida dos pacientes podemos ver que qualquer jovem ou pessoa doente pode sim ter uma vida boa e divertida no hospital, dentre de suas possibilidades. Para exemplificar: os quartos dos adolescentes tem uma decoração própria, com livros, CD’s, pufes pelo chão, e até o consumo de cigarros, bebidas alcoólicas e drogas (claro que tudo escondido).

Red Band Society

Para finalizar não posso deixar de mencionar a belíssima trilha sonora da trama, com músicas atuais e conhecidas por todos. As cenas finais do piloto foram ao som de Every Teardrop is a Waterfall da banda Coldplay, e que mostra que esses personagens que tem um grande potencial para se tornarem inesquecíveis.

P.S. 1: Se você deseja se tornar um Pulseira Vermelha igual a mim, venha me acompanhar semanalmente nas reviews da série aqui no TeleSéries;

P.S. 2: Menção honrosa a Polseres Vermelles que é uma excelente série espanhola e que será citada em breve na nossa coluna 15 Razões.

P.S. 3: Fiquem ao som do Colplay como o pontapé para vocês assistirem ao piloto.

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