As primeiras impressões de ‘Dallas’

Data/Hora 17/06/2012, 23:49. Autor
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Não é porque você não viu a Dallas original que iria querer ficar de fora dessa maravilhosa rede de intrigas. Um ‘remake’ que traz para a história da televisão um novo significado para o que seria refazer um show que há muito tempo se foi. Essa foi a impressão que tive dos dois primeiros episódios de Dallas, e vou lhes dizer o porquê.

Logo na abertura, com o tema antigo da série, já se pode reconhecer que a linhagem texana da história original está garantida. Aos que realmente não conhecem a história dos irmãos Ewing, a nova série da TNT fez um belo trabalho colocando a rixa de volta ao centro da trama. Agora, os primos Christopher e John Ross terão que brigar pela supremacia da fazenda Southfork.

Para os que viram JR e Bobby duelarem pelas terras da família  por duas décadas, devem ter ficado encantados com os pequenos detalhes como frases, olhares e truques de câmera. Colocar o novo e o velho juntos rendeu à série a força de virar o novo sucesso da televisão. Foi como acordar 20 anos depois, de um sonho movido pelas lembranças. Fico imaginando se pudessem fazer isso com algumas de minhas séries preferidas, mas nem todos têm esse privilégio.

Se me perguntassem o motivo pelo o qual eu verei Dallas até o dia que ela for cancelada, eu responderia que é porque eu adoro surpresas. Cansada de séries-forma-de-bolo onde os roteiristas precisam apenas se preocuparem em preencher as lacunas, eu diria que este retorno é um prato cheio para quem se interessa por reviravoltas.

O começo de Dallas me deixou tonta. Não consegui decidir de fato quem é o mocinho, quem é o vilão, ou se em pouco tempo irá surgir um gêmeo malvado primo dos dois protagonistas que irá tomar a terra deles e vender para a Disney. Ah, as possibilidade de uma montanha-russa a cada capitulo me deixa muito feliz. Afinal, isso que é uma novela no melhor estilo folhetim. Espero que a curta temporada costumeira do ‘verão’ não seja ruim para desenvolver tramas bem explicadas.

A história teve um bom início. O gancho com a Dallas de JR e Bobby não foi forçado, e está recheada de novos mistérios. Logo de cara as perguntas são muitas. Quem seria a mãe de Chris? Quem mandou o e-mail para Elena? Quem é a mexicana que está tentando comprar a fazenda e qual a ligação dela com John Ross? Foram tantas perguntas, tantas situações que a gente acha que vai para um caminho e aí, sem menos, vai para outro, que eu não sabia se ficava confusa ou feliz. Mas confesso que me peguei em alguns momentos desejando o tal gêmeo ou meio-irmão aparecendo!

Não é coisa fútil. Novelinhas como essa tratam da mais pura natureza humana. Em vários momentos podemos jogar um ‘quem nunca’. Apenas não citarei detalhes dos meus planos malignos, mas quem nunca pensou em tramar uma vingancinha ou outra.

Acho que estou apaixonada pelo roteirinho sem-vergonhas de Dallas.

Mas fora o que tem de mais importante, também é necessário falar do elenco. Jesse Metcalfe, Jordana Brewster? Olá, amigos. A nova geração de Dallas promete ser inesquecível. Eles estão super bem em seus papéis, apenas senti falta de um bom trabalho de fono, pois vamos combinar, o que é Dallas sem um belo sotaque texano? Apesar do esforço de alguns dos atores, ninguém ali estava com a malemolência de um cowboy. Mas fora esse pequeno detalhe, acredito que o elenco foi feito sob medida. O Metcalfe tem o jeito doce, forte e turrão do Bobby Ewing, a Jordana tem o ar inocente e decidido que toda heroína deve ter e o Josh Henderson é o cafajestão que todo mundo se apaixona. Está criada a tríade da melhor opereta do verão americano.

Mas de tudo, não posso deixar de falar da presença da antiga dinastia. Patrick Duffy, Larry Hangman, Linda Gray, todos eles estão melhores do que nunca, dentro da tristeza e malvadeza que faz um belo drama. E o que é bom? Eles agora estão em alta definição!

Como eu disse. Dallas tem tudo para fazer história novamente. A decisão de fazer uma continuação e não recontar a história foi a mais certa. E o que mais me surpreende é que a série, mesmo sendo uma espécie de “parte 2”, cheia de enredos de novela, ainda assim, me surpreendeu.

E que venham mais duas décadas.

Ps. O que foi aquela cena no estádio do Dallas Cowboy?

Quem ficou curioso e quiser conferir a continuação do grande sucesso dos anos 80, a Warner Brasil vai começar a exibir a série nesta segunda, dia 18, às 22h.

As primeiras impressões de ‘A Vida de Rafinha Bastos’

Data/Hora 17/06/2012, 20:01. Autor
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Se teve gente torcendo o nariz pro Saturday Night Live Brasil (e como teve!), este pessoal vai ter que dar o braço a torcer para o piloto de A Vida de Rafinha Bastos, que teve pré-estreia no último sábado, 16 de julho, pelo canal FX. Quem não achou no mínimo bem feito, sinto muito, ou não entendeu a proposta ou realmente não vai com a cara do comediante gaúcho.

Assim como o SNL importa uma fórmula consagrada, A Vida de Rafinha Bastos se apropria de um formato já clássico da TV americana – colocar um comediante vivendo uma versão fictícia de si mesmo. A primeira imagem da série brasileira, Rafinha fazendo seu stand up com o microfone na mão, já remonta a Seinfeld, a sitcom mais popular da TV mundial. Mas a influência, na verdade, é outra: a nova onda de séries gravada com uma câmera dos canais de TV paga americana, que iniciou em 2000 (lá se vão 12 anos) com Curb Your Enthusiasm, de Larry David, e passa por Fat Actress, The Sarah Silverman Program, Louie e Episodes, entre outras. Rafinha aqui é Rafinha, mas um Rafinha de ficção, e o charme aqui é que o formato é inédito no Brasil – pro telespectador leigo não há nenhum objeto direto de comparação, diferente do Saturday Night Live que apanha pra encontrar seu espaço diante de um público acostumado a programas de esquetes tão distintos como o Comédia MTV e o Zorra Total e as inevitáveis comparações com o seu antecedor no canal, o Pânico na TV. Clique aqui para continuar a leitura »

‘Preamar’, as primeiras impressões da nova série da HBO

Data/Hora 07/05/2012, 19:30. Autor
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Preamar - O Mergulho
Uma reportagem de Elisangela Roxo na edição deste domingo da Folha de São Paulo me deu a chave que faltava pra entender Preamar, a nova série brasileira da HBO, que estreou neste domingo na televisão. O texto diz que a série nasceu de um convite da HBO ao diretor Estêvão Ciavatta para apresentar a proposta de um show que tivesse as praias cariocas como cenário. E a minha impressão após a exibição do primeiro episódio de Preamar foi justamente esta: primeiro pensaram nas imagens, só depois pensaram na história.

A série da Pindorama Filmes é a mais visual e mais bonita produção que a HBO já produziu com a grana da Ancine por aqui. Com a praia de Ipanema como cenário – seja da areia, ou do alto de uma cobertura na Vieira Souto, Preamar transborda brasilidade em cada take. Deus criou o Rio pra ser filmado em Full HD. Mas a beleza do cenário precisa estar a serviço de uma história – e é aqui que Preamar falha. E falha profundamente. Clique aqui para continuar a leitura »

As Primeiras Impressões de ‘Alcatraz’

Data/Hora 18/01/2012, 23:38. Autor
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Bem-vindos à Alcatraz!

Como todos sabem, Alcatraz é aquela prisão americana superfamosa, localizada na Baía de São Francisco (EUA), para onde eram enviados os criminosos mais perigosos do país. Desde o seu fechamento, em maio de 1963, Hollywood se rendeu à qualidade mística da ilha e produziu alguns filmes com a penitenciária como tema central (quem nunca assistiu a A Rocha que atire a primeira pedra!). A mais recente produção, porém, foi feita para as telinhas e assinada por JJ Abrams (de Alias, Lost e Fringe), que sabe melhor do que ninguém misturar mistério, fantasia e conspiração em suas séries.

Alcatraz começa em 1963, quando dois guardas vão fazer uma ronda de rotina e descobrem que nenhum dos presos está em suas celas e que todos os guardas desapareceram. O voice over nos conta a história oficial do presídio: “ele foi fechado em 21 de março de 1963 e todos os detentos, transferidos” e adiciona “Mas não foi bem assim que aconteceu.”. Enquanto os guardas vasculham as celas, a trilha sonora e os relâmpagos e trovões, apesar de clichês, são muito efetivos para dar o tom de suspense à cena.

Ao voltarmos ao presente somos apresentados à detetive Rebecca Madsen (Sarah Jones, em seu primeiro papel principal na TV) que, ao investigar o assassinato de um antigo diretor de Alcatraz, encontra digitais de um ex-presidiário da “Rocha” que supostamente está morto. Apesar de ter se interessado pelo caso, ela é obrigada a abandoná-lo oficialmente quando o agente do FBI Emerson Hauser (Sam Neil, de Jurassic Park) assume as investigações. Inconformada, a jovem procura a ajuda do especialista em Alcatraz, Diego ‘Doc’ Soto (Jorge Garcia, de Lost), para desvendar o que realmente aconteceu. No meio de uma de suas buscas clandestinas no presídio, os dois são descobertos pelo agente, que acaba por permitindo que participem da investigação.

Ao longo do episódio, a detetive Madsen e o Doc descobrem o q o agente Hauser já sabia: que o assassino é Jack Sylvane, um dos presidiários que estavam em Alcatraz na época de seu fechamento, e que teria sido transferido para outro local com os seus colegas. A questão é que ele não é o velhinho de oitenta e poucos anos que todos esperavam, ele tem a mesma idade que tinha em 1963. Descobrem também a verdade sobre a “transferência” dos presos e do fechamento de Alcatraz.

No segundo episódio, somos apresentados a Ernest Cobb, um assassino com TOC que foi abandonado pela mãe quando criança e que tinha como principais vítimas meninas de 16 anos, idade da irmã que a mãe não abandonou. Pouco é falado da conspiração nesse episódio e tenho certeza que todos ficaram surpresos quando nos foi mostrado que a assistente do agente Hauser, Lucy Banerjee (Parminder Negra, de ER), era uma médica em Alcatraz na década de 60. No primeiro episódio ela é pouco explorada, o que torna difícil entender sua motivação. Será que ela está infiltrada no FBI? Jack Sylvane não sabia como ele fez para voltar, será que ela sabe? Hauser sabe muito mais do que ele conta para a Madsen e para o Doc, mas qual será o papel de Lucy nisso tudo?

Os dois primeiros episódios, exibidos nos Estados Unidos na última segunda-feira, deixaram muitas perguntas a serem respondidas, o que deve garantir que boa parte de seus 10 milhões de espectadores volte para conferir o que acontecerá. A história, contada por meio de flashbacks, dá um ritmo interessante à série e mostra um pouco mais da vida do “presidiário da semana”, que reaparece no futuro por dois motivos: vingança e cumprir a tarefa designada pela “conspiração”. Eu havia lido que Alcatraz é uma série episódica, mas depois de assistir, sou obrigada a discordar. Tudo bem que eles têm um caso específico por semana, mas o maior mistério de todos só será desvendado (e entendido) por aqueles que assistirem a todos os episódios. O telespectador eventual se sentirá perdido.

Apesar de ter feito um bom trabalho em apresentar os personagens, tenho certeza de ainda vamos descobrir muitas coisas, principalmente sobre Doc e Hauser. Como Hauser descobriu que os criminosos do passado estavam voltando? Como ele e Lucy se conheceram? Se todos os guardas de Alcatraz também sumiram, como o tio de Madsen está vivendo normalmente? Qual a história do avô dela? Será que teremos alguma dessas respostas ainda na primeira temporada? Eu pretendo assistir para descobrir, e vocês?

* * *

Alcatraz estreia no Brasil na próxima segunda-feira, dia 23 de fevereiro, às 22h, na Warner Channel.

As primeiras impressões de ‘Smash’

Data/Hora 18/01/2012, 10:33. Autor
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A primeira coisa que muita gente deve ter pensado ao ler sobre Smash, série que estreia em fevereiro na NBC, mas acabou vazando esta semana na Internet, foi: lá vem mais um Glee. Para muitos motivos de alegrias, para outros, motivo para sair correndo. De cara então gostaria de dizer que sim, Smash, muito provavelmente ganhou a chance de ir para o ar por conta do sucesso de Glee. Isso acontece desde sempre. E não há mal nenhum nisso, a questão  é deixar bem claro que essa não é uma série para adolescentes. E muito provavelmente não tem como foco o mercado fonográfico, como acabou acontecendo com Glee. Seria como comparar ER com Grey’s Anatomy que são duas séries que se passam no hospital mas com qualidades e público-alvo completamente diferentes.


O tema central é a montagem para Broadway de uma peça sobre a vida de Marilyn Monroe. No centro da história está Julia Houston (Debra Messing, Will & Grace), que decide escrever a peça em parceria com o amigo Tom Levitt (Christian Borle), que fica a cargo de compor as músicas. Os dois não são iniciantes na Broadway, isso fica claro desde o início. Julia inclusive estava decidida a dar um tempo na vida profissional e adotar uma criança mas decide que conseguirá fazer as duas coisas. Provavelmente esse será o conflito principal da personagem. A produtora do espetáculo será Eileen Rand (Anjelica Huston, acredito que dispense maiores apresentações) que está no meio de um processo de divórcio. Ela decide convidar Derek Wills (Jack Davenport, Coupling) para dirigir o espetáculo contrariando a vontade de Tom que o odeia.


No meio disso tudo temos as duas candidatas ao papel principal: Karen Cartwright (a finalista do American Idol Katharine McPhee) e Ivy Lynn (Megan Hilty). Uma das grandes sacadas é acompanharmos quem vai ser a escolhida. Durante todo piloto, me vi envolvida e sem conseguir decidir por quem torcer. O legal, pelo menos até aqui, é que nenhuma das personagens se mostrou odiosa. As duas têm talento e uma vida que gera a simpatia do público.

Karen é a menina doce, que ainda está bem no início da sua carreira, possui uma certa inocência mas não é burra e sabe onde está pisando (como fica claro na cena dela sozinha com Derek). Ivy é um pouco mais velha, tem experiência na Broadway mas nunca teve um papel de destaque, e conta com o apoio de Tom.

Nas cenas dos próximos episódios mostram um pouco do que teremos pela frente, fica claro que haverá bastante conflitos dentro e fora da produção e que a decisão por quem estrelará a peça não será tão simples. É interessante quando Tom diz que Ivy é perfeita para o papel porque além do talento, ela tem a semelhança física com a Marylin. Enquanto vemos cenas de outros personagens defendendo a escolha de Karen por ela “ser” uma estrela.

Não entendo muito de musical. Meu conhecimento da Broadway vem de produções como All Tha Jazz, Cabaret, enfim, vem de filmes. E algumas coisas que li sobre assunto. Mesmo assim o episódio prendeu minha atenção e despertou minha curiosidade. Acredito que vale a pena acompanhar.

As Primeiras Impressões de ‘Are You There, Chelsea?’

Data/Hora 17/01/2012, 16:24. Autor
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Quem conhece a comediante e apresentadora Chelsea Handler sabe que uma série baseada em suas aventuras juvenis não poderia deixar de fora muito sarcasmo, situações estranhas e piadas politicamente incorretas, além e claro, muita bebida. E foi justamente pela soma de todos esses ingredientes que resolvi assistir ao piloto de Are You There, Chelsea?

Ter a Laura Prepon fazendo o papel principal da série realmente foi um acerto sem tamanho, principalmente com a própria Chelsea interpretando a sua antagonista e irmã Sloan. Não via a Laura desde a época do That 70’s Show, ainda sinto uma vibração da Donna no ar, mas mesmo assim posso me acostumar bem rápido com seu tipo de humor, no mínimo corajoso. Mas ainda não é a Chelsea…

Inspirado no livro escrito por Handler Are You There, Vodka? It’s Me, Chelsea, não traz nada de muito extraordinário para a televisão, mas temos que tirar ao chapéu quando se conseguem fazer piadas desse tipo sem se tornar (extremamente ofensivo). Ao menos, a NBC conseguiu reunir um elenco competente, sem grandes estrelas mas cheio de promessas de boas risadas. Destaque para a Lauren Lapkus que interpreta a Dee Dee e a participação da Dot-Marie Jones, o ponto alto do episódio de estreia.

O show tem uma vibração de 2 Broke Girls e It’s Always Sunny in Philadelphia, mas não alcança o patamar de qualidade dos críticos mais refinados. Se o público irá assisti-lo semanalmente? Ainda não sei, mas se você tiver em casa, sem nada para fazer e quiser de situações que talvez até você duvide. Gosto da Chelsea, mas ainda não encontrei ela na série.

Last Man Standing, a nova comédia de Tim Allen

Data/Hora 08/11/2011, 09:11. Autor
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Last Man Standing - Piloto
Cresci assistindo os seriados que cobriam os buracos da programação da Globo, SBT e Manchete, mas a minha formação televisiva (e como crítico) está diretamente ligada ao advento da TV paga no Brasil, nos anos 90. Foi um salto. Mas ainda assim é uma formação incompleta. Meu primeiro pacote de TV paga era via operadora MMDS, que por impossibilidade técnica só transmitia 16 canais – mas a verdade é que não existiam mesmo muito mais do que 16 canais no Brasil. E mesmo que tívessemos mais canais, naquela época não eram todas as séries que estreavam na América Latina.

Por conta disto, acompanhei a evolução das séries policiais com Law & Order e NYPD Blue, mas nunca vi a respeitada Homicide: Life on the Street. Acompanhei a evolução da séries de tribunais de Ally McBeal e O Desafio, mas nunca assisti L.A. Law, que a antecedeu. E das comédias posso citar episódios inteiros de Seinfeld e Frasier, mas não tanto assim de Roseanne. E Home Improvement.

Eu só fui conhecer Home Improvement no final de 2002, anos depois de ter acabado, quando a série ganhou reprises diárias no canal Sony (good times, good times). A esta altura já tínhamos uma boa fundação do que eram as sitcoms e, um década depois, deu pra ver que Home Improvement era realmente especial.

Mas você não precisa saber que existiu uma série chamada Home Improvement pra assistir Last Man Standing, tema desta resenha e show que estreia esta semana no Brasil.

Mas precisa saber que este senhor que estrela esta comédia, sobre um pai de meia idade que precisa se envolver mais com a vida das três filhas adolescentes e do neto bebê é o Tim Allen. E ele foi um gigante – sua antiga série foi o show número 1 dos Estados Unidos entre 1993 e 1994, ficou entre os 20 shows mais vistos dos EUA ao longo de oito anos, o sucesso na TV lhe abriu as portas pra ganhar uma fortuna com comédias no cinema e ele decidiu parar na hora que quis, abrindo mão do salário mais alto da TV na época (US$ 1,25 milhão por semana, na época em que o Seinfeld ganhava só US$ 1 mi). Ah, e ele é o Buzz Lightyear!

Last Man Standing - Piloto

É por isto que Last Man Standing começa assim: as três filhas e o neto na cozinha, e a esposa, ao ouvir a buzina do carro, diz que o pai está chegando após mais uma de suas longas viagens a trabalho. Mike (Tim Allen) entra e cena. E diz:

I´m back!

Entendeu? Não é um simples retorno de viagem. Tim Allen está voltando após 12 anos longe da TV! A Sarah Michelle Gellar, que falamos tanto nesta temporada, ficou apenas oito ano longe.

A questão, portanto, é de perspectiva. Last Man Standing funciona bem como sitcom. Tem um plot interessante, que dá pra dizer que é mais ou menos original: um pai de meia idade, que faz aquela linha provedor e conservador, cercado por mulheres, vendo a carreira da esposa disparar e a dele perder espaço, ainda com um neto em casa (com o pai fora da imagem). E tem o elenco bom: a Nancy Travis (eu era apaixonado por ela numa série chamada Almost Perfect, que passou no Multishow), uns jovens atores com bom timing de comédia (um deles é o Christoph Sanders, que fazia Ghost Whisperer) e o Hector Helizondo, que não entendi muito o que vai fazer na série.

O problema é que, poxa, é a nova série do Tim Allen! O texto do episódio piloto é bom (o do segundo episódio já nem tanto), mas não está a altura de Tim Allen. Seu personagem não parece muito tridimensional – Mike é um pai preocupado e engraçado, como a grande maioria dos pais da TV e como era o seu personagem em Home Improvement. Mas Mike é também meio troll, no sentido de dizer o que pensa e ser um pai antiquado. Isto gera a cena mais engraçada do episódio, quando grava um videocast para a empresa em que trabalha, mas também remete um pouco a recém fracassada $#*! My Dad Says. E este é o problema da Last Man Standing – ele passa uma sensação de constante déjà vu, você está sempre lembrando algum outro show do gênero.

No fim é o excesso de expectativa que prejudica Last Man Standing. Quando se tem Tim Allen no elenco, se espera uma série extraordinária. No lugar o que temos é mais um show ordinário, mais uma sitcom na TV.

* * *

Last Man Standing estreia nesta terça-feira, dia 8/11, às 22h, no canal Liv.

Last Man Standing - Piloto

Primeiras Impressões – ‘Once Upon a Time’

Data/Hora 31/10/2011, 22:07. Autor
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“Era uma vez…” nos faz lembrar tanta coisa, não é verdade? Daquela época em que éramos levados a um universo encantado, onde víamos fadas e princesas em perigo, enquanto os príncipes corriam em seus cavalos, matavam o vilão e salvavam a mocinha. E por fim, se casavam e viviam felizes para sempre. Não era bacana não se preocupar com nada e simplesmente viajar naquela magia que era os contos de fada? Foi assim que eu me senti assistindo a Once Upon a Time.

A série relata a história de uma mulher solitária chamada Emma (Jennifer Morrison, ex-House), que é paga para encontrar pessoas e descobrir suas mentiras. Em seu aniversário, ela deseja não passar a data especial sozinha, e como o destino nos traz surpresas, aparece em sua porta uma criança que ela havia doado há 10 anos: seu filho, Henry. Ele afirma que ela era a mulher que salvaria os personagens de contos de fadas que estavam presos em nosso mundo.

O interessante do episódio piloto é que presenciamos dois acontecimentos ocorrendo. Enquanto Emma se depara com a situação complicada em lidar com um filho que ela nunca quis, vemos como toda a complicação com os personagens encantados se desenrola. Desde o casamento de Branca de Neve com o Príncipe, até a maldição da bruxa que fez com que todos os personagens fossem levados para o mundo humano e ficassem aprisionados lá. A lenda diz que quando a filha de Branca de Neve completasse 28 anos, a batalha final se iniciaria e ela salvaria todos os personagens.

Como era de se esperar, vemos como os personagens encantados estão fixados na história. Adorei a forma com que a personagem principal, Emma, se depara com a antagonista, a bruxa, em seu mundo humano: a mãe adotiva de Henry. Além disso, ela é prefeita da cidade onde todos os personagens estão aprisionados. Apesar da maldição, nenhum deles se lembra de nada, então vivem como se fossem humanos. Branca de Neve se torna a professora de Henry que também cuida de pessoas doentes, e por culpa do destino, um de seus pacientes é o príncipe que está em coma, devido à luta que teve contra os soldados da bruxa para salvar sua filha da maldição.

Não deixaria de comentar também que adorei como o um dos sete anões, precisamente o Zangado, ficou em nosso mundo como um ladrãozinho irônico. Acho que esse personagem nos trará muitas risadas e cenas hilárias. A Chapeuzinho também ficou bem moderna com aquele cabelo com mechas vermelhas e a Vovó virou dona de uma pensão na qual Emma resolve ficar hospedada para ficar perto de seu filho.

Apesar de não termos muitas informações sobre a vida de Emma, já que sua introdução foi realizada bem superficialmente, achei o piloto brilhante e considero que a série tem muito potencial para prosseguir em frente.

Em suma, Once Upon a Time é uma série que recomendo para aqueles que adoram histórias clássicas e que queiram relembrar como era bom viajar num mundo onde o mal sempre era vencido. A maldição da bruxa havia parado o tempo para que todos os personagens ficassem presos em nosso mundo, mas com Emma hospedada na pensão da Vovó, o relógio da cidade voltou a funcionar.

* * *

Once Upon A Time estreou no dia 23 de outubro nos EUA, pela rede ABC. Foi a série nova de maior audiência da temporada: 12,8 milhões de telespectadores.

As primeiras impressões de ‘Suburgatory’

Data/Hora 30/10/2011, 11:46. Autor
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Suburgatory - Piloto
Em um texto publicado aqui no TeleSéries em 2005, arrisquei uma previsão: disse que Desperate Housewives e Lost iriam influenciar tudo o que se produz em televisão ao longo da próxima década (texto aqui). Estamos na fall season de 2011 e, bom, até aqui minha opinião ainda não furou.

Lost gerou aquela penca de serial dramas de mistério, suspense e temática sobrenatural – que cada vez menos aparece na TV, por conta da dificuldade de agradar o público com este tipo de show. Desperate Housewives, ainda no ar e cada ano menos relevante, trouxe de volta ao primetime as comédias de uma hora de duração, reintroduziu este toque de serial/soap ao primetime (“Oh Mary Alice, What did you do?”), encontrou e glamurizou um nicho de público pouco explorado (é diretamente responsável por produtos de qualidade duvidosa do tipo a franquia Real Housewives) e, numa televisão onde a ação é basicamente ambientada em cenários urbanos, trouxe de volta o foco para a vida nos subúrbios – com suas cercas brancas e famílias (quase) perfeitas.

Se alguém me perguntasse qual a principal diferença entre o subúrbio e Manhattan, eu teria que dizer que são as mães. É como a marcha das mães. O lugar transborda delas. Estão nos shoppings, nos shows de rock, saindo de salões de bronzeamento, com chinelos de manicure, com as filhas sempre presentes, e enormes bebidas geladas com café.

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Primeiras Impressões – Enlightened

Data/Hora 17/10/2011, 21:49. Autor
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Sabe quando você assiste uma série e pensa que ela tem tudo para dar certo mas ao mesmo tempo tem tudo para dar errado? Essa foi a impressão que Enlightened deixou para mim. No elenco temos Laura Dern que protagoniza, escreve e produz a série, e Luke Wilson. Mais dois atores “migrando” dos cinemas para a televisão. A atuação para ser o forte da série já o tema eu não sei como será recebido. Clique aqui para continuar a leitura »

As primeiras impressões de A Gifted Man

Data/Hora 04/10/2011, 14:23. Autor
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A Gifted Man
Quando A Gifted Man foi anunciada, ela foi uma daquelas séries que me deixou na dúvida se eu deveria perder meu tempo conferindo ou não. O elenco era interessante, especialmente Patrick Wilson, o protagonista, e o diretor do piloto era ninguém menos que Jonathan Demme, de quem eu acho que nunca vi um filme ruim. Mas o tema de vida após a morte não estava me inspirando confiança. Liberados os promos, a situação só piorou. Eu não consigo lembrar deles claramente agora, mas tenho certeza que envolviam muita luz branca e diálogos expositivos, e foram o tipo de previews pavorosos que me fazem descartar uma série.

Porém, em parte porque as séries que realmente me interessam foram quase todas jogadas para 2012, e em parte porque os poucos pilotos que conferi eram decepcionantes, resolvi dar uma chance. E não me arrependo. Clique aqui para continuar a leitura »

As primeiras impressões de Person of Interest

Data/Hora 02/10/2011, 11:35. Autor
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Era 1949 e George Orwell imaginava um futuro aonde uma sociedade repressora é capaz de tudo para impedir que alguém se posicione contra ela, mesmo que para isso possam usar de falsas informações ou vigiar cada passo de cada cidadão. Esse futuro é retratado no livro 1984, que tornou comum o uso do termo Big Brother para essa vigilância, nome depois adotado pelo reality show.

Depois de 11/09 muitos imaginaram o quão longe o governo americano poderia ir para dar segurança aos seus cidadãos. Fãs de teorias de conspiração como são, muitos americanos acreditam que o big brother já está em ação, controlando os passos de todos.

Imagine que isso é verdade e que alguém muito inteligente teria criado uma máquina que, através de algum algoritmo complexo, processa as informações geradas por câmeras e microfones em todo o país de maneira a obter informações sobre futuros ataques terroristas e então impedi-los? E se essa inteligência também permitisse identificar crimes menores a serem realizados, algo como o que vimos em Minority Report?

Você, sabendo de tudo isso, seria capaz de desprezar essas informações menores? Mesmo sendo o criador desta inteligência? Clique aqui para continuar a leitura »

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