TeleSéries
Primeiras Impressões – Hannibal
05/04/2013, 14:04.
Mônica Castilho
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O personagem Hannibal já é conhecido, mas a nova série que estreou nesta quinta-feira nos EUA apresenta a vida do personagem sob um ponto de vista diferente. Baseada no livro Dragão Vermelho, de Thomas Harris, a série mostrará Hannibal Lecter como psiquiatra e mentor de Will Graham, um agente do FBI.
Tudo começa quando um serial killer passa a driblar a polícia, e na luta contra o tempo antes de haver novas vítimas, o FBI escala Will para ser a peça chave na solução do caso, devido à sua incrível capacidade de se colocar no lugar das pessoas e adivinhar o que elas pensam e como agem, e por isso interpretar o assassino. Entretanto, o que faz com que ele seja um agente extremamente útil, também o prejudica, e para evitar que esse dom afete sua saúde mental, Hannibal é o psiquiatra contratado para vigiá-lo.
De fato Will consegue solucionar o caso analisando os padrões das vítimas: jovens garotas, todas com a mesma faixa etária e mesma cor de pele, cabelo e olhos. Analisar os casos, ter contato com os corpos e com as famílias das vítimas faz com que ele fique à beira de seu limite e precise mais ainda da ajuda de Hannibal, que logo neste primeiro episódio já mostra seu “lado negro” e sua natureza traiçoeira ao ligar para o assassino e avisá-lo que havia sido descoberto, colocando a vida de uma jovem em perigo.
Hannibal é bem feita, com muitos (porém singelos) efeitos especiais e uma excelente escolha de atores, além de saber colocar o público na mente de Will, fazendo quem assiste compreender exatamente o que se passa na mente do agente. Entretanto, falta ainda uma melhor exploração do personagem título da série, que até então se focou mais em Will do que no próprio psiquiatra. Seria interessante ver Hannibal em ação ao mesmo tempo em que dribla os dons de Will, para deixar a história ainda mais com aquela pegada de serial killer.
A série tem potencial, primeiramente por se tratar de um personagem tão instigante para os fãs do gênero, e também por mostra-lo exercendo sua profissão, mesmo quando nem ele consegue controlar sua natureza. Mads Mikkensen se saiu muito bem no papel de Lecter e conseguiu passar toda a frieza e inteligência do personagem para as telas, o que dá mais vontade de vê-lo em ação como assassino e fora de sua “máscara” de psiquiatra. Bem, o banquete está servido!
Composta por treze episódios em sua primeira temporada, Hannibal começará a ser exibida no Brasil dia 16 de abril, às 22h, no canal AXN.
Primeiras Impressões – Bates Motel
19/03/2013, 09:42.
Gabriela Pagano
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Bates Motel é dessas séries super antecipadas, que fazem a gente olhar no calendário, religiosamente, pra ver quantas semanas faltam para a estreia. Mas ontem, 18 de março, as portas do hotel se abriram oficialmente para a multidão – ainda não há números exatos sobre a audiência, mas é fato que a série, por se tratar de um produto da TV a cabo americana, chamou mais a atenção da mídia e dos espectadores do que se poderia imaginar.
O canal A&E se aproveitou da situação, é claro, e tratou logo de usar a criatividade para divulgar ainda mais seu novo filho, digo, empreendimento. Quer dizer… série. Há um mês da estreia do programa, a emissora colocou no ar um site interativo, que permitia ao usuário fazer check-in em cada um dos 12 quartos do hotel usando o aplicativo Get-Glue – e ainda tinha outras ferramentas que funcionavam com Twitter e Facebook. Divulgação gerando divulgação.
Eu, que estava ansiosa por adentrar pelos corredores macabros uma vez retratados no filme Psicose – Bates Motel se passa antes do longa metragem clássico e explora a vida do assassino do filme, Norman, ainda na adolescência, tentando convencer de que o amor materno em demasia transformou o garoto em um assassino à sangre frio – já havia feito minha reserva com antecedência. Por isso, quando dei o “play” para ver o primeiro episódio da série, precisei dizer em voz alta “Com licença, que eu estou entrando!”, como se a Norma e o Norman Bates, da história, pudessem me ouvir e vir me receber para mostrar o meu quarto. Não vieram.
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A série é protagonizada pela experiente Vera Farmiga, que viveu a mãe de uma psicopata antes no filme A Órfã. Na nova atração da A&E, ela é a matriarca Norma – que, na obra cinematográfica, já estava morta. Norma é uma mulher meiga, mas manipuladora. Já Freddie Highmore, o ex-prodígio de A Fantástica Fábrica de Chocolate, vive a versão jovem de Norman Bates, um menino doce, porém influenciável, sem personalidade. Mas é quase impossível acreditar que esse Norman vá se transformar no personagem do filme, um assassino frio – como os produtores da série, inclusive, anteciparam. Assistindo ao piloto, foi possível perceber que, em nenhuma entrevista, eles fizeram propaganda enganosa.
O relacionamento de mãe e filho é bastante intenso, transborda cumplicidade (às vezes, parece até que Norman deseja a mãe), mas não está livre de crises. Logo na primeira discussão entre os dois, foi possível notar que o semblante dos personagens ficou sombrio, distante de uma briga de família corriqueira… Havia quase uma psicose naquela discussão.
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Durante a divulgação de Bates Motel, achei que a série fosse se tratar de um suspense psicológico, uma história densa, tentando mostrar, de um lado, o amor materno doentio e, de outro, um menino meigo se transformando em um monstro. Mas é muito mais do que isso. Bates Motel tem cenas de sangue, de violência, feitas para dar sustos no espectador. E, para isso, se utiliza das maiores fragilidades da sociedade: desde uma cena de estupro à personagem que carrega um balão de oxigênio pela escola por sofrer de uma doença respiratória. Dizendo assim, pode parecer grotesco, mas a série não é, nem de longe, uma história de mau gosto. Tudo carrega uma melancolia cheia de inspiração e propósito.
A tensão também é uma sensação que deverá ser experimentada pelos frequentadores do lugar. Em determinada cena, enquanto Norman e Norma estavam em dos quartos do hotel em que eles haviam escondido um cadáver, a polícia chegou. Norma conversou rapidamente com eles e tentou encerrar o encontro. Não adiantou, eles quiseram “dar uma olhada” no lugar. Tensão aumentada. Não bastasse isso, o xerife pediu para usar o banheiro justamente em que o corpo havia sido colocado e, em certo ponto, morto e vivo estavam separados apenas por uma cortina de retângulos. Coração acelerado. Do lado de fora, Norma, Norman e um policial mais novo (interpretado pelo bonitão Mike Vogel) ouviam o oficial fazer xixi (tive que colocar isso na review, porque dado o som do xixi nessa cena, eles queriam mesmo enfatizar o que estava acontecendo… Aquilo não era xixi, era uma cachoeira. Então, deve ter sido um acontecimento importante).
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Pois bem, mesmo diante de todo o conflito colocado naquela cena – e Bates Motel cria conflitos muitíssimo bem – Norma ainda teve tempo para paquerar. Enquanto os três aguardavam ansiosos a saída do xerife do sanitário, a moça fez questão de dizer ao bonitão que ela estava disponível.
– [Sobre o design do carpete] Nada entendiava mais o meu falecido marido, que Deus o tenha – diz ela balançando as perninhas e fazendo charme.
– Oh, você é viúva… Sinto muito. – respondeu o policial imediatamente, quase sem deixar Norma terminar a frase, mas disfarçando o olhar para o canto.
Aham, sente nada! E Norma tem muito a nos ensinar sobre as técnicas de sedução, amiguinhas. Só que não.
Não vou contar como a cena em questão, uma das mais eletrizantes desse primeiro episódio, terminou, já que muita gente lê as “Primeiras Impressões” sem ter visto o episódio e eu não quero ser a estraga-prazeres. Mas foi uma noite de altas emoções para a Norma e o filho!
A construção das personagens…
Além de Norman e Norma, fomos apresentados a alguns outros habitantes da cidade de White Pine Bay. Num primeiro momento, Nicola Peltz que interpreta ela mesma se apresenta ao personagem de Highmore. Na série, ela será Bradley, a filha de um homem rico da cidade (na vida real, ela é filha de um bilionário americano). Ela é bem moderninha para uma menina de município litorâneo pequeno, dessas que usam delineador preto nos olhos, shorts desfiados e meia calça escura.
Já Olivia Cooke dá vida à Emma, uma menina que sofre de fibrose cística e, por isso, anda com um balão de oxigênio. Nada que ofusque a menina, ela faz piada das próprias tragédias. É isso, de um lado, a típica garota moderninha, que a cidade inteira conhece e, de outro, a pobrezinha que tem uma doença rara, mas sabe se divertir com a própria desgraça. É clichê, mas os clichês são uma ótima alternativa quando bem utilizados.
Norma também recebeu a ligação do filho Dylan, que sequer sabia que ela havia mudado de cidade, já que a relação dos dois é uma catástrofe. O personagem é inédito no enredo, pois, no filme, Norman era filho único. Max Thieriot (de A Última Casa da Rua) ficou com o papel em questão, mas ele não apareceu nesse piloto – o que me deixou chateada, gosto muito do trabalho dele e estava ansiosa para ver os conflitos intensos entre ele e a Vera Farmiga.
Trilha sonora
Para começar, queria dizer que escrevi esse texto sobre Bates Motel ouvindo Tiago Iorc. Quão paradoxal isso pode ser? Segundo que, logo no começo do episódio, tocou a música Sweet Dreams, da banda Eurythmics (anos 1980), que foi a música que embalou também o episódio piloto de Grimm ( <3 ).
Mas, de maneira geral, a trilha sonora da série é bem imponente, cria a atmosfera perfeita para cada uma das cenas – já que o programa tem momentos sombrios, de tensão, mas também tem poesia, melancolia e afeto. Na cena em que Norma ouve um barulho no exterior da casa, a música de fundo foi essencial para criar o suspense que o momento pedia. Já em um dos últimos takes do episódio, enquanto mãe e filho estavam em um barquinho fazendo um balanço da vida, uma música de melancolia bem bonita tomou conta do momento. Na ocasião, Norman citou até Jane Eyres (filme inspirado em um romance da escritora inglesa Charlotte Brontë).
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Fotografia
A fotografia dessa série é propositalmente linda. Já nos primeiros minutos, enquanto os protagonistas pegavam estrada para a nova cidade, uma paisagem de tirar o fôlego foi apresentada ao espectador: o carro velho de Norma tinha o oceano, encoberto por nuvens, à sua frente. Bem vintage.
Outra hora, do lado de fora do hotel, as folhas amarelas de outono, caídas das árvores, forravam o chão e davam um charme ao lugar macabro (e dava vontade de pisar ali, fazendo barulho com as folhas secas).
Figurino
Existe um romance, uma poesia nos figurinos dos personagens, sobretudo nas vestimentas da Norma. Estampas florais, de cores suaves e tecidos fluidos reforçam a ideia de que Norma tem sonhos, idealiza o tipo de vida que quer levar com o filho – ao mesmo tempo em que escondem seu lado obscuro, os meios que está disposta a utilizar para conseguir chegar às suas metas. Já Norman tem um visual certinho, bem filhinho da mamãe. Segundo a figurinista da série, o visual de Norma foi inspirado na década de 50, 60 e 70 – tomando por base o filme -, e as roupas do garoto deviam dar a impressão de que foram escolhidas pela mãe invasiva, por isso, eram tão “conservadoras”. (O vídeo com entrevista da figurinista, diretor e elenco, contando como toda a história foi construída, está no final da página, é muito interessante).
As semelhanças com o filme
Os produtores de Bates Motel sempre disseram que, embora a história se baseie em Psicose, ela tem méritos próprios – e, apesar de ser um prelúdio, até se passa nos dias modernos. A construção do hotel, no entanto, foi bem fiel ao cenário do filme. Tanto a casa da família quanto os quartos dos hóspedes são parecidíssimos com aqueles do longa metragem de 1960. E acho que isso era mesmo necessário, para que a gente conseguisse fazer a ligação entre os dois projetos.
O Norman do Highmore e o Norman do Anthony Perkins (ator que interpretou o assassino no filme do Hitchcock) são até parecidos fisicamente (analisem a imagem acima).
Já no enredo mesmo, deu para notar algumas referências ao filme, alguns acontecimentos em comum:
– O cadáver na banheira de um dos quartos (apesar de, na série, o assassinato não ter ocorrido ali);
– A chegada do policial em um momento importuno;
– Na série, Norma diz que estão para construir um novo viaduto no vilarejo, que servirá como principal acesso à cidade, o que vai desviar a rota de carros do hotel. No filme, Norman diz que ninguém se hospeda ali desde que o viaduto foi construído;
– Assim como no filme, o cadáver foi retirado do hotel debaixo de chuva;
– Nas duas histórias, os corpos foram jogados no rio;
– Em um dos pôsteres do Bates Motel há a inscrição “O melhor amigo de um garoto é a sua mãe”. Essa é uma das frases mais célebres de Norman Bates no filme de 1960.
Então é isso. Bates Motel não fez propaganda enganosa para se promover: a série é mesmo tudo aquilo que seus produtores anunciavam. Um enredo que mistura diversos gêneros e tem atores interessantes. A história não se apoia exageradamente em Psicose – ainda bem, já que estamos falando de um filme de mais de 50 anos -, mas a alma do enredo, a essência do clássico, está lá, e pode ser sentida a todo momento.
Entrei e, agora, não quero mais sair do Bates Motel. O lado ruim é que o pacote máximo é de dez noites (total de episódios encomendados). Você pode desistir da sua estadia antes, mas não aconselho… Será que vai sobreviver até o final? Eu peguei o melhor quarto, não planejo sair tão cedo! Aceito visitas nas minhas reviews semanais, a partir de agora. Sinta-se em casa.
#
p.s.¹: adorei como tudo nessa série tem uma cor neon. Desde a abertura – e os créditos de abertura, já que os nomes dos atores e equipe técnica são fluorecentes e p-i-s-c-a-m -, até a festa em que Norman apareceu e as pessoas tinham roupas que brilhavam no escuro. Hitchcock iria pirar no psicodélico!
p.s.²: para quem já assistiu Psicose e quer continuar a mergulhar na história, coincidentemente, o longa Hitchcock foi lançado há pouco tempo e narra a vida do diretor nos bastidores do filme clássico; Anthony Hopkins estrela.
Primeiras Impressões – Cult
16/02/2013, 18:16.
Arthur Barbosa
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“Essas coisas fogem de controle…”
Caríssimos leitores, vocês não leram o título dessa postagem errado. Eu venho escrever sobre as minhas primeiras impressões sobre a série Cult. Acontece que a CW liberou nesta semana, dia 13 de fevereiro, o piloto da série – via internet. Muitas emissoras fazem isso para, geralmente, saber a reação do público antes da data de estreia. Como todos já sabem, Cult vai estrear dia 19 de fevereiro, próxima terça-feira. Se você ainda não viu, corre lá e volta rapidinho para ler o meu texto.
AVISO: Abaixo, o texto pode conter alguns spoilers. Se continuar a leitura, você poderá correr esse risco!
Como eu não deixo de ser esperto, assisti ao piloto. A ansiedade falou mais alto. Afinal, parece que este ano está virando “modinha” as emissoras americanas de televisão lançarem seriados sobre serial killers, com mistérios, assassinatos e, principalmente, pessoas obcecadas com a morte. Depois de The Following, eu esperava muito em relação a Cult, porque foram divulgados muitíssimos vídeos e pôsteres promocionais. Acho que todos nós esperávamos bastante e só tem uma palavra para descrever tudo o que eu vi… CONFUSÃO!
Sim, confusão. Eu até pensei em separar e fazer duas reviews. Uma da série normal e a outra sobre o TV Show que é apresentado dentro da série. Mas infelizmente, as duas estão muito intercaladas e separar não daria certo, rs. Quando fui convidado a fazer as reviews de Cult, fiquei com certo medo, pois como iria escrever sobre uma série dentro de outra? Afinal, me corrijam nos comentários se eu estiver errado: nenhuma emissora na história dos seriados nunca teve, até agora, a ideia de escrever uma série dentro de outra série. É muita loucura e as chances de dar tudo errado é bem grande, não é mesmo?
Acabando essa enrolação, vamos comentar logo sobre o piloto – You’re Next. Primeiramente vamos ao início: as primeiras cenas foram bem cabulosas, com aquela entrevista do Billy Grimm (Robert Knepper) no documentário e suas falas, que pra mim, não tinham pé e nem cabeça; com a personagem Kelly Collins (Alona Tal, a Jo Harvelle de Supernatural), achando um cara morto dentro da parede de uma casa muito misteriosa; e, por fim, a abertura apesar de ser bem curta. Poderia ser um pouco maior né? Pelo menos uns 20 segundos e para mostrar todos os atores principais.
Eu não sei vocês, mas me arrepiei do último dedo do pé ao último fio de cabelo. Não sentia isso desde a falecida Supernatural, que nas suas primeiras – as melhores – temporadas, nos mostravam lugares misteriosos, com aquelas músicas de fundo sinistras, fazendo qualquer um ficar com o pé atrás para o que iria acontecer. Até aí, nos cinco primeiros minutos, tudo bem. Mas depois a trama começou a desandar, mostrando cenas meio que sem ligação e com acontecimentos rápidos demais.
Tudo começa mostrando cenas do TV Show, com a investigação de Kelly Collins indo à procura de sua irmã e do seu sobrinho, que de alguma forma foram raptados pelo culto misterioso. Esse mesmo culto tem como líder o Billy, que tem os seus seguidores para fazerem o serviço sujo. Kelly desconfia dele, mas ele rebate e parece que a loirinha tem um passado sujo, já que procurou ajuda dele, mas nada além disso foi revelado.
Depois vão sendo mostrados aos poucos os bastidores do programa, as gravações e os fãs fanáticos. Um desses é Nate Sefton (James Pizzinato), que é muito louco e obcecado pelo programa. Ele até tem tipo um diário com tudo anotado sobre as cenas, personagens, fotos e fatos. Parece que é o karma da CW apresentar em todas as séries o querido diário dos personagens! É épico e não pode faltar nunca!
Em uma dessas procuras aos segredos do TV Show, ele descobre uma – estranha – coisa e corre para o seu irmão Jeff Sefton (Matthew Davis, o Alaric de The Vampire Diaries), um jornalista bastante ocupado e que quase não tem tempo para o caçula. A sua reação com as falas de Nate foi achar graça, pois era tudo confuso e sem sentido. Mas Jeff se preocupa com ele, afinal é seu irmão, sua família. Nate afirmou que se algo acontecer com ele, é para Jeff procurar uma mulher chamada Merriam, e, antes de sair da lanchonete, Nate lhe entrega um óculos 3D, tudo parecendo normal, mas se engane quem pense assim…
Nesse meio tempo, é mostrado nos bastidores a – chata – jovem, Skye Yarrow (Jessica Lucas), assistente de pesquisa do TV Show que ajuda o diretor nos bastidores. Não fui muito com a cara dela, pois é um atriz sem sal e eu achei muito sem noção essa cisma dela com os fãs fanáticos. Mas essa cisma leva ela e Jeff a uma busca de respostas sobre tudo em relação a Cult, pois o pobre Nate desaparece sem sentido deixando mensagens misteriosas. Os dois chegam a uma casa onde estavam Merriam e outros fãs. Ela acaba se suicidando e a polícia é acionada mais uma vez, mas o caso não é resolvido.
Eu desconfiei desde o princípio da Detetive Sakeli (Aisha Hinds), com aquele jeito sério dela e sendo bastante desconfiada de tudo. Com certeza ela faz parte do lado do mal. Eu percebi um olhar estranho da garçonete chamada Kristie (Marie Avgeropoulo) e com o rapto de um fã da série no final, descobrimos que ela faz parte do culto misterioso. Parece que, além de funcionar dentro do TV Show, o culto age também na vida real dos fãs e guarda muitos segredos.
Quase no final, Jeff está na casa de seu irmão e acha um CD no diário de Nate, bastante misterioso, onde Kelly, também possui um igualzinho. Ele coloca esse CD no notebook e aparece o rosto de Billy dizendo a seguinte frase: “Você é o próximo! Você é o próximo!” Com uma – má – sorte Jeff recebe a ligação de Nate dizendo que não era pra ele ter feito aquilo e que nem era para procurá-lo. Nada foi muito aprofundado; foram muito superficiais as coisas, sendo um dos problemas das duas séries. Parece que eles forçam a gente a acreditar nas ações do culto e foram um pouco cansativos os 42 minutos de episódio.
Bem, para finalizar, comento que a série é boa e tem muito potencial, basta apenas os roteiristas de ambos os seriados saberem desenvolver os fatos. Muitos colegas me disseram que a relação com The Following é bastante apresentável, mas cada série é de um jeito (apesar do mesmo tema), não acho que seria uma cópia. Não vou ser hipócrita e falar que não tem problemas, afinal ninguém nasce perfeito, até mesmo as nossas séries queridas.
Ficou bastante dividido entre os fãs que gostaram e os que não gostaram e se decepcionaram. Não acho que a primeira impressão é a que fica, vale a pena continuar, porque a premissa é boa galera. O risco de cancelamento é grande, mas não custa tentar.
Se você assistiu ao piloto e gostou ou não gostou, mas quer dar uma chance, venha embarcar nessa aventura de sangue e morte ao meu lado, pois farei as reviews semanais de Cult aqui no TeleSéries!
Não se esqueça de deixar o seu comentário, pois pessoas diferentes, opiniões diferentes. Compartilhem!
PS 1: Gente eu quero aqui no Brasil um cantinho daquele, dedicado só aos fãs! Rs! Muito bacana! Menos a sala dos mais obcecados né?;
PS 2: Quem não gostaria de saber como é os bastidores de uma série? Só em Cult você pode ter essa exclusividade! Fala que não é super massa isso?;
PS 3: O elenco é maravilhoso, só tem gente fina e bonita! Vai agradar todos os meninos e as meninas!;
PS 4: A trilha sonora também é boa junto ao cenário impecável e;
PS 5: Alguém notou que pode rolar um romance entre Skye e Jeff? As vezes a personagem amadurece ao longo da temporada.
Cult chega ao Brasil no no dia 12 de março e será transmitida pela HBO Plus.
Até o próximo episódio! Abraços! =]
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Primeiras Impressões – Do No Harm
30/01/2013, 09:57.
Mônica Castilho
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![image title thumb image](https://teleseries.com.br/wp-content/uploads/2013/01/DoNoHarm3.jpg)
Jason Cole é um neurocirurgião talentoso, rico e com uma carreira brilhante. Tudo parecia perfeito em sua vida, e realmente seria, caso ele não guardasse um segredo que pode arruinar tudo o que ele tem. O segredo é Ian Price, o alterego psicopata do doutor, que até tenta controlar sua segunda personalidade, mas acaba irritando o já revoltado Ian.
Logo a princípio é mostrada a rotina de Jason, que somente trabalha durante o dia porque todas as noites é tomado por Ian. Entretanto, as drogas experimentais que o médico testa em si mesmo para controlar essa sua doença, acabam perdendo o efeito e Ian fica a solta, nervoso por ter sido suprimido e disposto a causar estragos. A loucura e essa relação do protagonista com o seu “eu” maldoso servem como pano de fundo para Do No Harm, que é uma versão moderna do clássico da literatura O Médico e o Monstro, já adaptado para o cinema e teatro.
Ian e Jason possuem personalidades completamente diferentes, e já no episódio piloto Jason decide deixar Ian assumir o controle para poder matar esse seu alterego. Bem, o fato dessa segunda personalidade ser tão fria e disposta a atormentar, já causa tensão por ele poder facilmente se infiltrar nos assuntos médicos, como também ficou evidente neste primeiro episódio. A questão é como Jason pretende matar algo que está dentro de sua mente, já que todos os tratamentos a que ele se submeteu falharam.
Apesar de ser uma série médica, não é o ambiente hospitalar que confere a dramaticidade a trama, e sim Jason, que é tomado pela culpa, pelo medo e por tantos outros conflitos pois não consegue controlar a si mesmo e ter uma vida normal. Os momentos de descontração ficam a cargo de Ian com suas confusões. O interessante é que uma personalidade não lembra o que a outra fez durante o tempo me que ficaram adormecidas, então Jason geralmente não se recorda o que Ian fez, e vice-versa.
O piloto fez bem em deixar interrogações acerca do que vai acontecer, mas ainda não estabeleceu ao certo quais serão as tramas paralelas além das vidas de Jason e Ian, e como um afeta o outro. A série não possui nomes conhecidos, mas Steven Pasquale mostrou-se uma boa escolha para o protagonista, fazendo com que o público perceba somente pelas suas expressões qual a personalidade em comando no momento, e isso é exatamente o que o seriado quer que o público saiba, para logo causar tensão nas aparições do imprevisível Ian.
Do No Harm estreia dia 31 de janeiro no canal americano NBC e contará com doze episódios em sua primeira temporada.
Primeiras Impressões – The Following
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Edgar Allan Poe foi autor, poeta, editor e crítico literário. Não era do tipo que gostava de seguir regras e morreu aos 40 anos em uma situação misteriosa. O trabalho de Poe envolveu morte, romantismo, ficção científica, mistério policial e terror psicológico. Tudo isso parece ter feito parte dos últimos momentos do autor, que morreu quatro dias após ter sido encontrado delirando na rua e usando roupas de outra pessoa. Poe nunca conseguiu explicar como ficou naquela situação, os boatos sobre a causa da sua morte vão de embriaguez a diabetes, sífilis, raiva, e doenças cerebrais raras.
Entender um pouco de quem foi Edgar Allan Poe ajuda o telespectador de The Following a entrar na mente do novo serial killer da televisão: Joe Carroll, muito bem interpretado por James Purefoy. O ator participou de séries como Episodes, Revenge, Camelot e Rome, e de filmes como John Carter – Entre Dois Mundos e Coração de Cavaleiro.
The Following marca também a presença de um ator consagrado no cinema. Kevin Bacon ganhou o Globo de Ouro em 2010 pelo filme para televisão O Retorno de Um Herói (Taking Chance), mas entre seus principais trabalhos estão os filmes para o cinema Sobre Meninos e Lobos, X-Men: Primeira Classe, Frost/Nixon, O Lenhador, Sleepers – A Vingança Adormecida, Apollo 13 – Do Desastre ao Triunfo, Footloose, O Clube dos Cafajestes e o clássico da Sessão da Tarde O Rio Selvagem.
A lista de filmes é grande, muitos marcaram minha infância e adolescência e mesmo assim nunca simpatizei com Kevin. Sim, vou chamá-lo pelo primeiro nome, depois de assistir tantos filmes do ator enquanto eu virava adulta me achei íntima. Agora acabei esbarrando com ele em The Following, eu como reviewer e Kevin como Ryan Hardy, um ex-agente do FBI aposentado. Pela primeira vez depois de tantos filmes um personagem de Kevin ganhou minha simpatia e já não tenho mais medo do malvado Wade, de O Rio Selvagem.
Ryan tem a tarefa árdua de capturar pela segunda vez o serial killer Joe Carroll, que foi responsável por 14 assassinatos de universitárias, todos inspirados em histórias de Edgar Allan Poe. Ryan foi responsável pela prisão de Joe e salvou a vida de uma de suas vítimas nove anos antes dos fatos relatados no início da série, mas o agente do FBI ficou com sequelas e acabou se aposentando. Agora seu coração não é mais o mesmo, Ryan usa um marcapasso, e o caso deixou o agente com problemas psicológicos e o levou ao alcoolismo. O que realmente aconteceu durante a primeira captura de Joe e os anos seguintes estão sendo mostrados com propriedade pela série, em flashbacks intercalados com o que acontece na atualidade.
Ao contrário de séries como Revolution e Lost que apelam pelo mistério em vários pontos da narrativa, The Following se esforça em explicar ao espectador o que acontece e o que já aconteceu nas vidas de Ryan e Joe. Detalhes na edição das imagens, enquadramentos, roteiro e montagem do episódio fazem com que em poucos minutos o espectador já esteja mergulhado no mundo de The Following. A ressaca e a vodka de Ryan indicam o alcoolismo, a câmera mostra o livro que ele escreveu sobre Joe, Sarah aparece com roupa de profissional médico, mostrando que já não é mais uma estudante. A direção de arte tem uma importância crucial no enredo da história. Essa parece ser a ideia do criador e produtor executivo da série Kevin Williamson (The Vampire Diaries, Dawson’s Creek e da série de filmes Pânico) e do diretor e também produtor executivo Marcos Siega (Veronica Mars e True Blood).
A história de The Following começa com a fuga de Joe do corredor da prisão depois de matar cinco guardas. Ele vai atrás da única vítima que sobreviveu a seus ataques, a ex-estudante e atual médica Sarah Fuller (Maggie Grace, de Lost), coloca o FBI em alerta e faz com que Ryan seja convocado para consultor do caso. A equipe responsável pela re-captura de Joe não fica muito feliz com a participação do agente, a não ser por Mike Weston (Shawn Ashmore, o Iceman da saga X-Men), que é fã do trabalho de Ryan. O objetivo de Joe não é só finalizar seu trabalho, mas também assegurar um “herói falho” para a sua nova história. Ryan é um homem falho e quebrado procurando redenção. O protagonista ideal para o novo clássico de Joe. De certa forma The Following é uma criação da sua própria criatura, Joe Carroll já no primeiro episódio tomou as rédeas da história da série.
O mais intrigante em Joe é que ele não é uma pessoa introvertida e com problemas sociais, como normalmente é o estereótipo de um serial killer. Joe foi professor de literatura, é sedutor, inteligente e tem a habilidade de formar seguidores ao seu redor. No entanto, uma habilidade que começou atingindo seus alunos agora se estende a um culto de serial killers, seus “amigos”, como ele gosta de chamá-los. The Following apresenta dados de que existem mais de 300 assassinos em série nos Estados Unidos, e Joe pode estar aumentando esse número. Como se isso não bastasse, agora eles não atuam mais sozinhos.
Outra curiosidade no relacionamento de mocinho e vilão é que Ryan é um cara introvertido e sem amigos. Já Joe é extremamente carismático e é essa habilidade que faz com que ele forme o culto de seguidores. Seu olhar profundo justifica sua obsessão por Edgar Allan Poe e a famosa frase do autor “os olhos são a janela da alma” parece ter sido feita para Joe. Ao contrário de Hannibal Lecter, famoso serial killer do cinema, Carroll tem pinta de galã e o charme do sotaque inglês do ator que o interpreta faz do assassino uma pessoa encantadora. Até mesmo Ryan se sente afetado pela presença de Joe. Em entrevistas para divulgar a série, Kevin Bacon disse que se não fosse um assassino em série, Joe seria o tipo de amigo que Ryan gostaria de ter.
The Following gerou polêmica na mídia antes mesmo de sua estreia, isso porque a temática lembra tragédias que se repetem nos Estados Unidos, como o tiroteio em um cinema no Colorado e a chacina na escola primária de Newtown, em Connecticut. A própria inspiração do projeto foi de um fato ocorrido há quase 15 anos: o Massacre de Columbine. No dia 20 de abril de 1999, dois adolescentes americanos de classe média alta do Condado de Jefferson, também no Colorado, entraram atirando em uma das melhores escolas de ensino médio dos Estados Unidos e se mataram em seguida. Na ocasião, 13 estudantes morreram e mais de vinte ficaram feridos. No entanto, a história da série fica muito mais próxima de filmes como O Silêncio dos Inocentes, principalmente pela afinidade e proximidade entre vilão e mocinho.
Como nem tudo poderia ser uma matança, The Following também tem amor e, mais do que isso, um triângulo amoroso. Como aprendemos com o próprio Joe: “toda a boa história precisa de um romance”. Ryan e Joe são herói e vilão, beiram um bromance do avesso e ainda possuem uma mulher entre eles. Claire Matthews (Natalie Zea) é ex-esposa de Joe e foi através dela que Ryan começou a descobrir o serial killer por trás do professor de literatura. Claire acaba se envolvendo com Ryan e esse caso ainda deve ser melhor explicado através dos flashbacks. Por enquanto já é engraçado ver Claire aceitando falar somente com Ryan e ignorar os outros agentes que não gostam dele.
O elenco da série ainda conta com a agente Jennifer Mason (Jeananne Goossen), Debra Parker (Annie Parisse) e Will Wilson (Nico Tortorella). The Following ainda promete as participações dos atores Marin Ireland (Homeland e Boss) e David Zayas (o sargento Angel Batista, de Dexter).
The Following representa uma grande esperança para a Fox de alavancar a audiência do canal, que sofreu com baixos índices no segundo semestre de 2012. A temática dos serial killers é uma grande tendência da temporada 2013. Além de The Following, três assassinos famosos chegam aos televisores esse ano: a NBC prepara Hannibal, que estreia na metade do ano, Bates Motel – que narra a vida do serial killer de Psicose ainda na adolescência – chega em março ao canal A&E, e Ripper Street, sobre Jack, o Estripador, estreou há duas semanas na BBC do Reino Unido. A Fox também anunciou recentemente mais um piloto com tema macabro, a série chama-se Boomerang e envolve a história de uma família de assassinos.
A primeira temporada de The Following tem 15 episódios encomendados e o contrato dos atores já garante a intenção de seguir com a série por pelo menos sete anos. Se a continuidade do seriado depender da audiência do episódio piloto, The Following tem um futuro promissor. Mais de dez milhões de espectadores acompanharam a estreia da série na Fox dos Estados Unidos. A classificação demográfica, que leva em consideração o público preferencial de adultos entre 18 e 49 anos, ficou em 3.2 pontos percentuais, o que colocou a série na posição de segunda maior estreia da temporada. O drama apocalíptico Revolution, da NBC, continua na liderança, já que teve demo de 5.9 em sua estreia, em setembro de 2012.
Os números não foram de graça, a Fox investiu forte na divulgação da série com a produção de inúmeros vídeos virais, trailers, entrevistas com os atores e fotos promocionais. Não por acaso The Following chamou a atenção da mídia e até a polêmica por causa da violência da série ajudou a promovê-la. O que será da continuidade de The Following todos estão curiosos para saber. Como diria Joe Carroll: vamos acompanhar isso juntos? Será um clássico.
O segundo episódio de The Following se chama Chapter Two e vai ao ar na próxima segunda-feira, dia 28 de janeiro, às 21h. No Brasil, a série chega no dia 21 de fevereiro, às 22h50, pelo Warner Channel. Para não esquecerem do clima da série até lá fiquem com a ótima trilha sonora que embalou a última cena do episódio, em que Ryan quebra os dedos de Joe, Marilyn Manson com Sweet Dreams (Are Made Of This). Até semana que vem, The Following segue com reviews semanais aqui no TeleSéries, conto com vocês, meus “amigos”.
PS: Para fazer esse texto me guiei em várias matérias do TeleSéries, a maioria escrita pela colega Gabriela Pagano, vale a pena clicar nos links e conferir o trabalho dela e várias curiosidades sobre The Following.
Primeiras impressões – House of Cards
19/01/2013, 23:52.
Maria Clara Lima
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No dia primeiro 1° de fevereiro, quando Kevin Spacey falar com você, não ouse ignorá-lo. Você será convidado a fazer parte de uma das séries mais aguardadas dos últimos meses. House of Cards, baseada na minissérie de mesmo nome da BBC que foi exibida nos anos de 1990, é um drama político envolvente e que já se tornou preferido, mesmo antes de estrear.
O TeleSéries compareceu na sessão de exibição exclusiva, promovida pelo Netflix no último dia 16, e conferiu os dois primeiros episódios da trama. E o que podemos dizer? Eles são nota dez.
House of Cards não é bem um suspense. Ficam claras desde o início as intenções de cada um dos personagens do drama. House of Cards é um jogo, que se passa em Washington D.C., capital dos Estados Unidos. A série descreve os movimentos de congressista Frank Underwood (Kevin Spacey) e sua corrida estratégica para derrubar o presidente eleito Garrett Walker (Michael Gill).
O que está por trás dessa tentativa é possível descobrir logo no piloto da série. A verdade é que Underwood recebeu uma promessa: ser promovido Secretário de Estado dos Estados Unidos. Quando Walker ganha a presidência e resolve mantê-lo no Congresso, ele planeja uma vingança política contra seus traidores. Um por um, eles devem sucumbir.
Mas Underwood não é um patife, um vilão mexicano cheio de más intensões. Ele é um jogador. Por trás do seu jogo há regras, há leis, mas antes de tudo, há ambição. Talvez por isso, ou pela maestria com a qual Kevin Spacey interpreta seu personagem, dá vontade de torcer realmente para que todos caiam e que Frank consiga o que ele quer.
Logo no começo, o personagem busca fortalecer seu time de aliados. Liderado pela a esposa, Claire Underwood (Robin Wright), ele ainda conta com o congressista desajustado Peter Russo (Corey Stoll) e a jornalista Zoe Barnes (Kate Mara). Juntos, e cada um com seus motivos, eles serão peças-chaves nesta reviravolta política de encher os olhos.
Os dois primeiros episódios apresentam a série e deixam o telespectador curioso. A introdução dos personagens é tão bem feita que há uma sensação de que os acompanhamos há anos. Com essa intimidade, é fácil prever os movimentos de alguns deles. É o caso de Russo, o político festeiro e sem limites. Além de trair a esposa e ter um caso com a secretária, ele é conhecido entre os colegas por seus excessos. Para cair na rede de Underwood foi preciso apenas um passo em falso. Resta saber até onde irá a lealdade de Russo, que se vê obrigado a obedecer Frank para não ser exposto.
Já a jornalista Zoe Barnes, além de talento, tem uma vontade enorme de mostrar que é boa em sua profissão. Geralmente, pessoas assim são descuidadas e facilmente atraídas pelo poder. Ela é o coringa de Underwood, e se fosse uma peça de xadrez, seria tanto um Cavalo com um Peão, aqueles que dão passos largos e são capazes de ficar na linha de frente. Zoe acredita ter feito um bom acordo com o político, mas a relação não é simbiótica, já que Frank é quem dá as cartas. Aliás, na Casa Branca, quem dá as cartas nem sempre são os mais poderosos, e sim os mais espertos.
NOTÍCIAS | Netflix libera trailer de sua primeira produção original: ‘House of Cards’
Claire Underwood é a única capaz de mandar em Frank. Ela faz jus ao ditado de que todo homem de poder tem por trás uma mulher poderosa. Ela também é precisa, calculista e um pouco impiedosa. Sem dúvida, ao mesmo tempo o ponto mais fraco e mais forte do político.
Como todos eles conseguem o que querem? Essa sim é a beleza da série. Frank fica transtornado após receber a notícia de que o presidente eleito havia mudado de ideia quanto a sua nomeação. A notícia logo corre entre os políticos, mas o homem se recusa baixar a cabeça. Finge que aceitou graciosamente a decisão do presidente e monta uma rede de intrigas para difamar o novo Secretário de Estado e nomear a senadora Catherine Durant (Jayne Atkison) para o cargo. E esse é só início de tudo.
Para conseguir o feito, ele regasta russo de uma de suas bebedeiras e impede um escândalo. Em troca, ele pede para que o representante político ceda às suas vontades. Nesse meio tempo, ele se encontra com Zoe Barnes, uma repórter do jornal Washington Herald, que batalha para ganhar destaque na cobertura política de seu país. Ela escolhe Frank como seu informante interno do Congresso, ao menos é o que ela acha, pois é ele que vê nela a oportunidade de manipular a opinião pública.
A técnica usada por David Fincher, Kevin Spacey e Beau Willimon para contar a história é outro ponto positivo. O personagem de Spacey interage com o telespectador, técnica usada na recente House of Lies e na comédia Malcon in the Middle. Só que dessa vez, a narrativa se eleva a cada diálogo com a câmara. Não é uma simples questão de estilo, é uma escolha consciente de que assim flui melhor. Afinal, o que seria de um jogo se não houvesse uma plateia?
A série tem também uma bela fotografia. Um cuidado com a produção que se assemelha com as série da TV a cabo americana. O que nos saber agora é como ficarão as categorias de seriados nos mais importantes prêmios desta categoria. Deixar House of Cards fora do páreo por não ser exibida em um canal convencional será no mínimo um sacrilégio.
A temporada estará disponível no Netflix a partir do dia 1° de fevereiro. O conteúdo é exclusivo para os assinantes do serviço.
Primeiras Impressões – Banshee
19/01/2013, 12:38.
Marco C. Pontes
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Banshee: A série mais hétero de Alan Ball.
Banshee é a nova série que traz Alan Ball (o criador e showrunner de True Blood e Six Feet Under) como produtor executivo, e mesmo que ele não tenha participado de forma direta no episódio (ele não escreveu e não dirigiu o episódio), dá para ver claramente características de uma produção do Titio Bolão.
Cheia de sexo, violência gratuita e explosão de hormônio, Banshee é uma das únicas produções da Cinemax que é realmente original e seriada. Pode não ter sido um dos melhores pilotos, que muitas vezes parecia um episódio arrastado, preenchendo o tempo com alguns personagens superficiais e construção de segmentos de mistérios previsíveis, mas conta a sua história com certa energia que inflama a cada momento violento, e estabelece a base para uma história que pode ser algo bem divertido.
Banshee conta a história de um ex-presidiário que ficou na cadeia por 15 anos depois de ser pego em fragrante em um roubo (provavelmente algo sobre os diamantes que a ex dele não tem mais) e agora quer vingança, descobrir onde está a ex e conseguir o dinheiro. Por isso, ele descobre que sua amada, que agora se chama Carrie, está vivendo em uma cidade chamada Banshee e por motivos do destino, nosso presidiário assume a identidade de Lucas Hood, um xerife recém-chegado na cidade que acabou sendo morto em uma cena brutal. Ele irá continuar na cidade para proteger sua ex-amada e ao mesmo tendo tentar reconquistá-la.
Uma série que mostra em seus cinco primeiros minutos, uma ótima trilha sonora, com sexo nos dois primeiros minutos, drag queens e uma sequência de ação de tirar o fôlego com certeza merece ser vista. O principal, que possui o tipo macho alfa, com uma veia no meio da testa que é muito chamativa quando ele está muito nervoso ou fazendo alguma cena de ação, é um bom personagem principal, com uma boa atuação e um bom timing.
Por outro lado, a protagonista feminina, Carrie, é um problema. Por mais que tenha sido apresentada como uma mulher responsável, ela passou o episódio inteiro negando o fato de que o ex-amor está de volta, sendo completamente irritante e ainda foi falsa, falando que ama muito o marido, mas logo na primeira oportunidade se imagina fazendo sexo com o ex-detento. Uma personagem completamente superficial.
Ela estava envolvida na hora da prisão de ‘Lucas’, mas ele, como todo homem apaixonado, resolveu levar toda a culpa. Sem duvidas, 15 anos atrás, ela provavelmente estava envolvida com Rabbitt (o grande vilão da série e a vítima do roubo) e foi por causa disso que ela também estava envolvida em um relacionamento com Lucas que acabou se tornando um plano de roubo. Sem contar que, previsivelmente, a filha mais velha de Carrie possivelmente é a filha de Lucas.
Ainda em New York, temos Job, o drag Queen que sabe tudo de tecnologia e que possui um colar bomba instantânea, que passou o episódio inteiro sendo intimidado, também precisa ser melhor apresentado, mesmo que tenha sido extremamente louvável a cena em que ele explode o lugar todo.
Por mais que a cidade de New York é basicamente uma personagem em si, Banshee já se mostrou bem atrativa. Logo de cara, quando Lucas apareceu no bar, já esperava que ele fizesse sexo com o bartender, mas como era um homem, não rolou. Ele e o dono do bar viram amigos pelo fato de serem detentos, mas mais do que isso: Sugar é seu único amigo.
Em um clima de faroeste nas épocas atuais, Lucas também deverá lidar com Kai Proctor, que era um amish, mas que agora é o grande chefão dos crimes da cidade. Mais do que isso, Kai deixa claro que é uma pessoa violenta e que não mediará esforços para fazer o que quer e conseguir o que quer. E é ainda o vilão de Banshee, com todo mundo, incluindo o prefeito bebê, querendo colocar um fim nos seus contatos ilegais.
O piloto é um turbilhão, e realmente há muito para introduzir nesse primeiro episódio, sendo algo que é feito muito bem – graças ao uso inteligente de ação sobre as palavras, deixando a maior parte das motivações dos personagens serem preenchidas com um diálogo mínimo (por exemplo, a série não nos traz o diálogo de que Lucas precisa “proteger a mulher que ele ama”, sendo que é algo que já está bem claro). Porém, outros personagens ainda precisam ser polidos de forma mais concreta. Se a série continuar com a boa qualidade de cenas de ação, violência e aprofundar seus personagens, Banshee com certeza estará na minha watchlist por um bom tempo.
Primeiras Impressões – The Carrie Diaries
17/01/2013, 09:23.
Gabriela Assmann
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Olá, pessoal!
Eu como boa admiradora de séries teens serei a responsável pelas reviews de The Carrie Diaries, um prequel (antecessor) de Sex and the City. Já aviso à vocês que na época que começou o seriado eu tinha apenas 8 anos, então não acompanhei toda ela, apenas alguns episódios. Sei que isso é um pecado, mas meu box tá ali na estante, guardadinho, esperando eu ter um pouquinho mais de tempo. Mas ok, vamos ao que interessa.
A premissa da série é contar a vida de Carrie Bradshaw em 1984, no auge da sua adolescência. Na época ela ainda estava conhecendo aquele que diz ser o homem de sua vida: Manhattan – local no qual mais tarde ela aprontaria todas junto com as amigas Samantha, Charlotte e Miranda.
Já no piloto somos apresentados à vida de Carrie e aos personagens do seriado, tendo destaque seu núcleo familiar composto pelo pai e pela irmã rebelde; os melhores amigos Mouse, Maggie e Walt; o novato e ao que parece par romântico de Carrie, Sebastian; e Larissa, a editora de estilo da Interview Magazine.
O pontapé inicial da história se dá por um fato já ocorrido que é a morte da mãe de Carrie, fazendo com que o pai tenha que cuidar sozinho das duas filhas. Ele fica preocupado com Carrie resolve colocá-la fazer um estágio em Nova Iorque. E é a partir daí que tudo se desenvolve.
Logo de cara somos apresentados à diferença entre os dois mundos: o subúrbio de Connecticut e a Manhattan, o local onde tudo acontece. E como pudemos ver ao longo do episódio Carrie está dividida entre estes dois mundos. Ela ama os amigos e a família, mas fica encantada por Manhattan e pela possibilidade de adentrar um mundo novo e cheio de gente interessante.
É muito interessante que ao mesmo tempo em que podemos ver Connecticut x Manhattan, podemos ver dois lados totalmente opostos de uma mesma Carrie. A mesma garota que ajuda Larissa a praticar um furto fica escandalizada ao ver dois gays se beijando. A Carrie que dá conselhos pra irmã mais nova é a mesma Carrie que desobedece à todas as ordens que recebe logo no primeiro dia de estágio. São estes paradoxos que tendem a fazer com que a história se movimente e com que nos apeguemos a personagem, podendo ver quem era Carrie e como ela se transformou naquela personagem tão bem interpretada pela brilhante Sarah Jessica Parker em Sex and the City.
Além disso acho que tem alguns plots que podem ser interessantes se bem explorados: Walt descobrindo-se gay; a rebeldia de Dorrit e a cleptomania. E no mais é uma típica série teen que aborda todas as temáticas que invariavelmente perpassam essa época de nossas vidas: o primeiro beijo; a perda da virgindade; descobertas; paixões (super fofos Carrie e Sebastian) e muito mais…
Achei muito bonitas as cenas em que Carrie, Dorrit e o pai parecem finalmente aceitar a perda da mãe delas e que resolvem se desfazer das coisas, especialmente o momento em que Carrie dá o vestido verde para a irmã. Muita sutileza. Cena bonita. Nem parecia que eu tava vendo a CW.
Antes de finalizar preciso dizer que eu gostei muito do piloto. Sem dúvida nenhuma é essa série que vai fazer com que eu substitua Gossip Girl no meu coração. Já tava super querendo ter uma melhor amiga como a Carrie. Fiquei empolgada não porque The Carrie Diaries seja uma obra-prima, mas porque é uma série teen – que eu amo – que se passa nos anos 80 – época na qual eu amaria ter vivido – cheia de referências à cultura pop – que eu amo (de novo) – e à Madonna – que é minha ídola. Como bônus temos uma excelente trilha sonora com o melhor do pop – meu estilo musical preferido – , que vai desde Madonna à Cyndi Lauper. Eu, sinceramente, não preciso de mais nada.
Primeiras Impressões – Deception
08/01/2013, 09:36.
Mario Madureira
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Deception não é uma história sobre vingança. Está longe disso, na verdade. Vemos aqui uma mulher chamada Vivian que morreu de overdose. Mas a verdade é que foi um assassinato e sua amiga de infância, Joanna, tentará descobrir quem fez isso. Joanna não é uma Emily Thorne. Ela está em busca de saber a verdade sobre o ocorrido, mas no fundo, a missão também se torna uma forma de pedido de perdão que Joanna deve a Vivian por se ausentar por tantos anos de sua vida.
A personagem principal: Joanna
Para variar, temos mais uma família problemática na televisão americana. É a família Bowers. Eles têm uma grande empresa que está desenvolvendo uma cura para o câncer. Quem administra a empresa é Robert, o pai de Vivian, e seus filhos, Julian, ex de Joanna; e Edward. Quem criou o antídoto foi Julian e ele é apontado com um dos suspeitos de ter causado a morte de Vivian, já que sua solução foi testada na Tailândia e matado diversas pessoas em um teste. O problema é que aparentemente todos da família têm um motivo para matar Vivian. Edward, apesar de não ter nenhum envolvimento significante na empresa e na vida passada de Joanna, é um homem misterioso que guarda um terrível segredo junto com sua esposa, Samantha. Ainda temos Sofia, a mãe de Vivian, que não gostava da filha, pois limpava todas as “sujeiras” que Vivian aprontava e por fim, Mia, a irmã de Vivian, que não sabe que na verdade é sua filha.
Fora a família Bowers, ainda tem o ex-colega de trabalha de Joanna, Will, que informa a Joanna a terrível notícia da morte de Vivian e que ainda tem uma queda por Joanna.
Joanna e o pai de Vivian, Robert Bowers
Em uma série como essa, ninguém é confiável. Todos tem um motivo para ter matado Vivian. Deception está sendo considerado como o novo “novelão” da NBC e posso garantir que vai ser mesmo. Como a própria chamada informa, Joanna vai virar uma mentira para descobrir a verdade e nada melhor do que fazer isso se infiltrando na casa dos Bowers para descobrir os terríveis segredos que cada membro daquela família esconde. Mas cá entre nós, não pensem que o culpado está na família. Pelo que eu sei, Vivian teve contato com várias pessoas, então teremos uma grande jornada de suspeitos e culpados. Só acho que não será nada comparado a Pretty Little Liars, que há três temporadas ainda não revelou quem matou Alison.
A primeira temporada terá onze episódios e se todos os outros episódios forem como o piloto, é certeza de renovação! Apesar de ter todo esse mistério envolvido em seu contexto, a série não é eletrizante e cheia de ação. Os diálogos são bem suáveis e estamos diante de um show que pode ser assistido a qualquer hora devido a sua trama light.
Vivian Bowers na noite de sua morte
Fazendo uma analogia a Revenge, já que houve certas comparações, acredito que a principal semelhança seja caracterizada pelo fato da personagem principal ter duas vidas e uma mãe com problemas. Mas ambas tem rumos diferentes e contextos que ultrapassam a linha imaginária da semelhança. Revenge não é Deception e nem vice versa. E acredito que a série tem potencial para ficar por um bom tempo, já que história de mistério e cheios de drama são bem vindos atualmente.
Para aqueles que estão super curiosos para descobrir quem matou Vivian, junte-se a Joanna e se torne uma mentira para descobrir a verdade.
As primeiras (e últimas) impressões de ‘Mockingbird Lane’
13/11/2012, 00:51.
Paulo Serpa Antunes
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Existe uma frase engraçada, que às vezes é creditada a Jaguar, outras vezes ao Paulo Francis, mas sempre em referência ao Cinema Novo, que diz: “o filme é uma merda, mas o diretor é genial”. Lembrei dela imediatamente após assistir a Mockingbird Lane, especial de Halloween exibido pela rede NBC no último dia 26 de outubro. O programa é o episódio piloto de um remake de Os Monstros (The Munsters), que ficará só no piloto – já que a atração teve audiência medíocre e gerou pouquíssimo buzz.
Aqui não temos um diretor genial (mas ele é muito bom, é o Bryan Singer, que foi quem fez o piloto de House), mas temos um roteirista e produtor executivo genial: Bryan Fuller, a mente pro trás de séries cultuadas como Dead Like Me, Wonderfalls e Pushing Daisies e o cara que, por alguns meses, fez o mundo crer que Heroes poderia superar Lost. As séries assinadas por Fuller são visualmente ricas e com um texto que ao mesmo tempo aborda questões espinhosas (morte, morte, morte), o faz com sensibilidade e humor. Suas séries transitam naquela zona cinza entre o drama ou comédia, mas são mais fáceis de serem classificadas por outra característica: o fato de colocar o que é fantástico ao lado do que é trivial, como num romance de realismo mágico. Com Fuller nos acostumamos a ver humanos falando com objetos inanimados, ceifadores vivendo entre humanos, um homem ressuscitando pessoas com um toque, e a acreditar em tudo isto, por mais absurdo que possa parecer.
Nada mais natural que Fuller fosse escalado pra fazer um remake de Os Monstros. Quem mais poderia tornar crível uma família formada por um frankenstein, vampiros e lobisomens?
Fuller é o homem certo para um trabalho deste tipo. A questão é outra: este é o trabalho certo? Os Monstros podem estar no imaginário de diversas gerações, mas está no imaginário pelas razões certas? A série teve cerca de 70 episódios exibidos pela rede CBS entre 1964 e 1966. Historicamente é pouco relevante e, não raras vezes, nós vemos pessoas que a confundem com A Família Addams, que existiu exatamente na mesma época, teve praticamente o mesmo número de episódios, mas sobreviveu melhor a passagem do tempo – retornando ao longo das décadas em desenhos animados e numa bem-sucedida adaptação cinematográfica. A Família Addams e Os Monstros são também vítimas de um período de transformação da TV americana, mais ou menos como vemos hoje com a passagem da TV para a alta definição. São shows produzidos em preto e branco, que morreram porque não tinham como funcionar, ao menos não imediatamente, gravados em cores. Mas sobreviveram na nossa imaginação por conta de décadas de constantes reprises, seja nos EUA, seja no Brasil.
Fuller trouxe não só a cor a Os Monstros (ok, existiram dois ou três telefilmes coloridos de Os Monstros, mas pouca gente lembra) mas aquela atmosfera de filme de Tim Burton que Pushing Daisies já tinha. Ele trouxe vida e sensibilidade e possibilidades para uma série que tinha um plos bem repetitivo e previsível – Herman e sua família tentando se integrar entre os humanos, sem sucesso.
A releitura é delicada, mantendo a essência dos personagens mas mudando suas aparências. Em Mockingbird Lane, Herman é vivido por Jerry O’Connell (Crossing Jordan), sem pinos no pescoço, sem o tamanho de um monstro – mas com o corpo retalhado e um coração sensível (que está falhando e precisa ser substituído pra que possa viver). Grandpa, agora na pele de Eddie Izzard (The Riches), é o vampiro – bem mais malvado que o vovô original, ele luta para que a família não rejeite sua natureza. Lily, aqui interpretada por Portia de Rossi (Arrested Development), não parece ser uma vampira como na série original, parece mais uma bruxa ou feiticeira, e é a personagem menos desenvolvida do piloto (ainda que roube a atenção com os efeitos especiais que realçam sua beleza e seu ar de mistério). O garoto Eddie (Mason Cook, ator-mirim talentoso com passagens por Grey’s Anatomy e The Middle), ainda não sabe que é um lobisomem e é em torno disto que gira o episódio, da família contar a verdade para ele. A única personagem que mudou pouco de uma versão para outra é Marilyn, a filha normal da família, aqui interpretada pela inglesa Charity Wakefield (da versão para TV de Razão e Sensibilidade). A graça aqui é que Marilyn é renegada pelo avô, tratada como se fosse uma deficiente, abrindo um leque de possibilidades para se discutir a inserção social (tema tão em moda na TV americana).
Mas se Mockingbird Lane é tão visualmente rica e tão esteticamente sofisticada, afinal, qual é o problema? Eu realmente acho que o projeto não combina com o tempo. Não acho que esta seja a época ideal pra uma série assim nos EUA. Estamos em plena era de Modern Familiy, não precisamos de metáforas pra falar sobre preconceito, aceitação, inclusão e famílias anti-convencionais. Além do que, parece que remakes se tornaram uma bengala para a TV americana nos últimos anos. As séries de TV carecem de novas ideias, não da reciclagem de antigas. E Bryan Fuller, com carta branca de uma emissora corajosa, poderia trazer o sopro de genialidade para as telas que estamos procurando.
Apesar do silêncio da NBC, na semana passada Eddie Izzard confirmou que Mockingbird Lane não deve retornar. Bryan Fuller inclusive tocou a vida, e trabalha desde o ano passado em outro projeto arriscado da NBC, Hannibal, série inspirada no serial killer Hannibal Lecter, o inesquecível personagem do escritor Thomas Harris. E se Hannibal der errado, bom, vocês já sabem: a série é uma merda, mas o roteirista é genial.
Primeiras Impressões – Emily Owens, M.D
19/10/2012, 13:35.
Mariela Assmann
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É impossível falar de Emily Owens, M.D., sem compará-la com Grey’s Anatomy. A começar pelas narrações da protagonista, passando pelo médico bonitão, pelos dramas pessoais que envolvem os médicos (a mãe morrendo de câncer, um irmão com fibrose, uma lésbica que não enfrenta o pai, o diretor do hospital pegando a enfermeira, o amor não correspondido), por uma atendente claramente inspirada em Miranda Nazi Bailey e culminando na similitude o primeiro caso das protagonistas – uma jovenzinha que caiu/desmaiou na aula de ginástica.
Mas a situação é paradoxal. É impossível não compará-las, mas isso seria realmente uma má ideia. Porque os méritos da série da CW desapareceriam quase que instantaneamente se mantivermos Grey’s como parâmetro. Porque o que é incomparável é qualidade de trama, de roteiro, de atuações. Por isso eu tentei, durante o piloto inteiro, não lembrar da minha série favorita. Foi difícil, mas no final das contas a missão foi parcialmente exitosa, e só por isso eu consegui apreciar o drama médico estreante.
Eu gosto muito de Mamie Gummer, e acho que isso influenciou na aceitação de Emily. Porque sua personagem ela é um tanto batida, e seus dramas são um pouquinho bobos. É pouco crível que uma cirurgiã competente como ela (e o destaque recebido no primeiro dia de trabalho deixa claro que ela deve ser brilhante) fique observando o maxilar do amigo enquanto a atendente explique o caso médico, ou que fique permanentemente com a sensação de borboletas no estômago, só pela proximidade de Will. Eu sei que realmente deve ser difícil se concentrar com um Justin Hartley de óculos sensualizando pelos corredores do hospital, mas achei um tanto quanto bobinha a construção da personalidade de Emily. Adolescente demais. Equiparou-se à paciente de 12 anos de idade. Porém, é uma personagem interessante, que tende a crescer. Especialmente se levarmos em consideração a proximidade dela com Micah, que ficou bem delineada no piloto e deve se aprofundar, especialmente depois da rejeição de Will. E potencial para ser uma medica badass ela tem, basta ser explorado corretamente.
Confesso que gostei bastante de Micah. Simpatizei quase que instantaneamente com o personagem, achei suas falas boas e, apesar de ser clichê, acho que a situação toda com a mãe dele pode render um plot legal. Minha sensação com Gina já foi exatamente oposta. Não consegui gostar dela, talvez por achá-la uma versão muito piorada de Bailey (até a cena dos internos seguindo ela pelos corredores lembra o piloto de Grey’s Anatomy. Criatividade define).
De Will, vimos pouco. Eu espero que ele não seja explorado apenas pelo quesito beleza, mas temo que sua participação vá ficar focada no plot minha-melhor-amiga-me-ama-mas-vou-pegar-Cassandra. E por falar nela, é outro personagem bem clichê. Nos deram todas as informações necessárias para não simpatizarmos com ela pra depois revelar que toda a “ruindade” vem de problemas na família. Vai ser uma daquelas bitches que acabamos por adorar (ou nem ligaremos pra ela, o que é muito pior).
Tyra ganhou um certo destaque, e acho que a construção do personagem pode render boas histórias, embora tenho certeza que elas vão ser muito focadas na sua vida pessoal, e não na profissional.
Simpatizei muito com a paciente de Emily. A garotinha era muito amável, e fiquei feliz que ela tenha sobrevivido. Sou acostumada a assistir personagens queridos morrendo, então essa foi uma grata surpresa. Só que o caso médico não foi metade do que poderia ser, em termos de capturar a atenção. Foi meio bobinho como, aliás, o roteiro inteiro.
Apesar disso, Emily Owens, M.D. merece uma chance. Pretendo conferir os próximos episódios, porque apesar de superficial a série é gostosinha de se ver – ou seja, cumpre o seu propósito de entretenimento. Só não devemos nos apegar em excesso a ela, já que os números de audiência da estréia foram bem ruins. A boa notícia é que penso que não corremos esse risco.
Primeiras Impressões – Arrow
12/10/2012, 21:20.
Marco C. Pontes
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“Fiquei cinco anos na ilha. Meu único pensamento era sobreviver e para isso, precisei virar uma arma”. Well done, Arrow. Seja bem vindo.
E dessa forma começa o piloto de Arrow, a nova aposta da CW nas noites de quarta-feira, fazendo dobradinha com Supernatural (que obviamente precisa de qualquer ajuda nessa altura do campeonato), mas que obviamente veio para ocupar o lugar de outro blockbuster da emissora – Smallville.
Smallville durou dez anos e tenho total confiança no que vi. Não vou dizer que foi a melhor coisa do mundo e que não teve temporadas em que a coisa foi bem arrastada, mas a série tinha um propósito e conseguiram entregar isso no final.
Da mesma forma, boatos no começo de 2011 que iriam fazer um spin-off com o Arqueiro Verde me fizeram vibrar. Porém, a partir do momento que decidiram tirar Justin Hartley, que interpretou o personagem em Smallville, senti medo pela produção.
Preguei meus olhos em Stephen Amell logo quando ele apareceu em Hung, em posições constrangedoras, mas totalmente deliciosas. Logo em seguida, apareceu em Private Practice e aparentemente só apareceu na série para elevar o nível de sensualidade às alturas (todo episódio ele aparecia sem roupa e fornicando com a sem sal da Violet).
Porém, não estava confiante, mesmo depois de assistir as cenas que foram lançadas previamente e as fotos promocionais. Não sabia mesmo se ele era um bom ator, porque até agora nenhuma das produções que vi com ele deram muito espaço para Stephen brilhar.
Arrow me pegou desprevinido. Sabia que o Piloto seria bom, da mesma forma que o piloto de Smallville foi, mas não sabia que gostaria tanto do principal. Sua vontade de fazer justição contra aqueles que trouxeram a ruína em Starling City é palpável, sua mudança é visível e sua atuação no Piloto é além de aceitável.
Claro que ele não é o melhor ator do mundo e está muito longe de conseguir o que Justin Hartley conseguir em cinco anos, mas, como ele já conseguiu conquistar todo mundo em um único episódio, sinto que estamos diante de uma série que só vai melhorar.
Por que era isso que a CW precisava, desde o começo. Uma série que debuta com um propósito, uma storyline completamente planejada – mesmo que seja baseada nos quadrinhos. Saibam que o showrunner já tem até planejado a última cena da série, que vai passar daqui cinco anos. Ele já contou o final até mesmo antes da série estrear. Duas palavras: bom planejamento.
O Piloto é redondinho, cheio de ação e desenvolve bem seus personagens. Menção honrosa à Katie Cassidy, cuja personagem, Laurel Dinah, é a futura Canário Negro. Os produtores até fingem que não planejaram essa mudança, mas quem eles estão tentando enganar?
Perceba que ela já chega desejando que o ex noivo estivesse morto, mas logo depois de alguns minutos já quer que voltem a conversar. Na verdade, ficaria com raiva do ex-noivo para sempre, afinal, ele a traiu com a própria irmã. Sem contar que o que aconteceu entre Ollie e Sarah foi literalmente uma trepada assassina.
Laurel é uma promotora idealista que quer livrar a cidade das figurinhas malvadas. Não há dúvidas de que ela ficará com Oliver mais para frente (novamente) e que os dois juntos darão um show quando aparecerem lutando lado a lado, seja como canário ou como uma pessoa normal.
A família de Oliver também manda bem. Sua irmã obviamente trará o tom teen que a CW tanto divulga, já que Arrow é, do início ao fim, uma produção séria e completamente adulta. Ela começou a ficar drogada nos últimos cinco anos porque perdeu o irmão gostoso. Oliver chama ela de ‘Speedy’, que é o nome do parceiro e depois parceira do Green Arrow nos quadrinhos. Com certeza ela não será igual afinal, nos quadrinhos, a personagem tem poderes, mas a essência deve se tornar a mesma. Speedy também aparece em Smallville, com o nome de verdade dela, Mia, naquele episódio em que ela e Oliver Queen ficam treinando quase sem roupas.
Sua mãe claramente está envolvida no naufrágio. Comecei o episódio pensando que o marido chocolate dela estava por trás de alguma coisa. A mãe é louca e se brincar, até o novo marido é do bem (E provavelmente não é). Mama Queen também já chega provando que é uma ótima mãe, tentando sequestrar seu filho, sendo que ele acabou de voltar dos mortos.
Como é de praxe, nosso herói também possui um melhor amigo. Tommy é tão amigo que já está pegando a ex de Oliver faz mó tempo. Perceba, porém, que ele deve ser o primeiro a descobrir o segredo de Queen e sabe-se lá pra qual lado ele joga (ui).
O mais interessante é a necessidade de se inovarem dentro de um mundo televisivo totalmente saturado com produções procedurais. A ideia de colocarem flashbacks de Oliver na ilha, juntando com o desenvolvimento da série e do ‘malvado’ da semana com certeza dará um tom certo daqui em diante.
As comparações com Smallville provavelmente vão acabar por aqui, principalmente porque já deu para perceber que Arrow já definido bem seu caminho e já mostrou também que não é uma série leve, de adolescentes e sem safadeza. A safadeza obviamente estará presente a todo momento por motivos óbvios, mas Arrow obviamente vai além disso.
P.S: Perceba que até a mansão da família Queen é a mesma que foi usada em Smallville como a mansão do Lex Luthor.
P.S: Qualquer série que mostra um shirtless do principal em seus sete minutos iniciais e ainda só de toalha já é motivo o suficiente para conferir essa delícia.
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