‘Odeio Segundas’, mas adoro as séries da Fernanda Young e do Alexandre Machado

Data/Hora 27/10/2015, 10:23. Autor
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Alguém apostaria há cinco ou seis anos atrás que poderíamos ter séries brasileiras tão boas quanto as americanas? Da padrão internacional da HBO, passando pela experimentação constante da TV Globo, dos altos e baixos dos canais de TV por assinatura que tiveram que embarcar na teledramaturgia empurrados pela Lei da TV paga, passando pelas competentes produções do GNT, o Brasil aos poucos vai consolidando seu mercado. Já temos até algumas marcas de qualidade em produção e roteiro. E duas destas marcas estão em Odeio Segundas, nova série que a GNT estreou na semana passada (vai ao ar nas noites de quarta-feira, às 23h, com outras seis reprises na programação do canal).

As marcas aqui são o padrão de qualidade de Arthur Fontes, da Conspiração Filmes, que já emplacou séries como Mandrake e Amor Veríssimo, e em especial o texto assinado pelo casal Fernanda Young e Alexandre Machado, que tem no currículo sucessos de público como Os Normais (e alguns fracassos como O Dentista Mascarado). Aqui, diretor e roteiristas se reúnem para uma segunda parceria para a GNT – a primeira foi Surtadas na Yoga. Odeio Segundas, se apresenta como uma sitcom (gravada com uma câmera) ambientada em um escritório.

Odeio Segundas

Algum cri-cri de plantão vai achar que Odeio Segundas plagia The Office. De fato, as duas séries vão beber na mesma fonte, o mundo corporativo, e tem sua quota de personagens incompetentes, inseguros e competitivos. Mas não há nenhuma semelhança descarada entre os personagens. E em especial, o estilo narrativo é outro. O mockumentary de The Office aqui é trocado por uma narrativa mais tradicional, costurada por uma narradora incomum – quem narra a história é a odiada “segunda-feira”. O humor também é diferente: ainda que Fernanda Young e do Alexandre Machado estejam dominando como nunca o padrão das sitcoms norte-americanos, seu humor bem brasileiro, no estilo besteirol, ainda está lá.

A ideia da série ser ambientada na segunda-feira é curiosa. Ela nos aponta para uma série com episódios bem fechadinhos, já que em cada episódios teremos um novo início de semana. É uma boa premissa pra uma série brasileira. Por outro lado, talvez com o tempo este tipo de recurso narrativo acabe cansando. Mas aí está a competência de Fernanda Young e Alexandre Machado: eles conseguiram escrever três temporadas de uma série sobre três mulheres que não paravam de tagarelar durante as aulas de ioga. A dupla parece que consegue se virar bem com premissas limitadas, e o fato é que aqui eles parecem ter um bom universo de personagens estranhos para trabalhar dentro do ambiente corporativo.

Odeio Segundas

O elenco de Odeio Segundas é pouco óbvio e por isto admirável. A protagonista é a veterana Marisa Orth, felizmente em um papel que em nada lembra a Magda de Sai de Baixo. Carol Machado, Anderson Müller, Fernanda Paes Leme, Flavio Pardal, Thiago Rodrigues e Lyv Ziese formam o restante do grande e heterogêneo elenco, todos com boa presença no primeiro episódio da série.

Odeio Segundas começou muito bem e parece promissora. Graças à Fernanda Young e Alexandre Machado, o texto parece estar acima da média das séries de humor da GNT e felizmente é mais ágil e moderno que os teleteatros que o Multishow insiste em colocar no ar.

‘Dr. Ken’: a série é ruim, mas o ator é genial

Data/Hora 18/10/2015, 17:21. Autor
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Em primeiro lugar, preciso afirmar que sou suspeito para resenhar Dr. Ken. Motivo: despeito. Foi a boa recepção do episódio piloto desta sitcom pelos executivos da rede ABC que acabou decretando o cancelamento de Cristela. Dr. Ken estreou no dia 2 de outubro nos Estados Unidos, numa sexta-feira, às 20h30, ou seja, no exato lugar da grade do canal que na temporada passada era exibida a sitcom latina de Cristela Alonzo.

Mas é difícil também não compreender a decisão da rede ABC. Cristela Alonzo era uma new face, uma roteirista e comediante pouco conhecida. Já Dr. Ken é a plataforma de lançamento de Ken Jeong como roteirista e protagonista de uma série de TV. E Ken Jeong absolutamente todo mundo conhece: é o insano professor Ben Chang da série cult Community e o Mr. Chow da franquia cinematográfica Se Beber não Case, possivelmente a trilogia de humor mais popular da última década.

Outra coisa que aprendi nestes anos no papel de crítico de séries de TV é que episódios pilotos de comédias de TV geralmente enganam: é raro você assistir um piloto de sitcom ruim. Dramas podem decepcionar na estreia, comédias dificilmente. Imagine que este primeiro episódio de Dr. Ken, escrito a oito mãos por John Fox, Jared Stern, Ken Jeong e Mike O’Connell possivelmente foi escrito e reescrito muitas vezes e ter recebido diversas sugestões dos executivos da ABC Studios e da Sony Pictures Television antes mesmo de ser gravado. Depois o roteiro foi ensaiado muitas vezes pelo elenco, tempo que não existirá nos episódios seguintes, quando a série entrar no seu ritmo de produção industrial e semanal. E até pode ter tido suas cenas gravadas múltiplas vezes até ficar ao gosto do diretor Scott Ellis.

E o piloto de Dr. Ken é realmente funcional: muitas e boas piadas criadas para apresentar o doutor Ken, um médico competente mas arrogante, impaciente e cabeça dura, que lida com pacientes excêntricos no hospital e uma família ligeiramente disfuncional em casa. Tudo foi pensado para fazer Jeong brilhar e entregar o que sabe fazer de melhor, muito humor físico, com mímicas e imitações. O resto do elenco é bom, formado por atores veteranos em comédias como Tisha Campbell-Martin (My Wife and Kids) e Dave Foley (Newsradio), além do garoto prodígio Albert Tsai (Trophy Wife). Mas não se engane: todos estão em cena com apenas uma função, servir de escada para Jeong.

Dr. Ken - Piloto

O problema do piloto de Dr. Ken, que se confirma no segundo episódio, The Seminar, é que a série não tem nenhum elemento novo, nenhuma novidade que a diferencia entre tantas outras comédias de situação familiares que temos por aí. Sequer podemos dizer que é uma grata novidade termos uma comédia com protagonistas asiáticos – a família coreana do doutor Ken já é bem ocidentalizada (se você quer ver um pouco mais de diferenças culturais, assista aos chineses de Fresh off the Boat).

Se nenhuma novidade, Dr. Ken acaba fixando esta impressão de ser mais do menos, mediana, insossa. Mas, claro, temos Ken Jeong na tela, o que é uma garantia de performance e boas risadas.

Dá até pra fazer um paralelo com as célebre declaração de Paulo Francis criada para comentar todos os filmes do Cinema Novo: “o filme é uma merda, mas o diretor é genial”. Eis que aqui a série é ruim, mas o ator é genial.

Novos heróis não cativam e ‘Heroes Reborn’ patina em seu retorno à televisão

Data/Hora 07/10/2015, 09:30. Autor
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O episódio duplo que abriu Heroes Reborn, foi um tanto morno e recheado de explicações e amarrações para garantir a continuidade da história – mesmo com uma websérie sendo exibida antes para antecipar o retorno a nova etapa de Heroes. Já o terceiro episódio, Under The Mask, conseguiu dar um andamento melhor à temporada, mesmo sem ainda reapresentar grandes personagens de quem os fãs devem estar com saudades, como Hiro Nakamura.

Com três episódios apresentados, Heroes Reborn já mostra qual será sua trama. O grande lance é a busca das pessoas com o fator EVO por uma vida digna. Como já estão expostos ao mundo, sua luta agora é pela fuga das pessoas que os consideram diferentes e perigosos e não dignos de uma vida normal. Essa questão lembra um pouco a luta contra o racismo e a homofobia. Com outras proporções, é claro, mas o desejo das pessoas que sofrem desses preconceitos é o mesmo: viver uma vida normal como todas as outras pessoas, sendo quem são, e sem serem perseguidos.

Heroes Reborn 1x03 Noah e Quentin

Em seu retorno, a série se escora no já conhecido personagem Noah Bennet, que se une em uma dupla um tanto imprevisível com o personagem de Heroes Reborn: Dark Matters, Quentin Frady, o nerd gordinho que tenta descobrir o que aconteceu com sua irmã que tem poderes de manipular luz e sombra. Os dois se unem em busca de respostas, mas a cada passo surgem mais perguntas. Noah perdeu a memória depois dos acontecimentos de 13 de junho e ainda não descobriu o porquê, só sabe que foi ele mesmo quem desejou apagar suas lembranças. Os dois acabam encontrando diversos inimigos e pessoas com medo de Noah, que ainda não entende o que está acontecendo. Até Molly Walker preferiu acabar nas mãos da Renautas e ser usada como experimento científico do que fugir com ele. Até agora, só o gordinho nerd Quentin está ao seu lado.

Enquanto isso, diversos outros personagens aparecem em histórias paralelas, mas pouco motivadoras. Um casal decide partir sem rumo matando todos os EVOs que encontra em busca de vingança pelo filho morto em Odessa, mas o homem começa a perceber que pode ter poderes. Um menino luta para ser um adolescente normal, enquanto lida com seus dons de teletransporte. Já uma menina parece ter a capacidade de entrar dentro de um jogo de videogame, enquanto um militar que retornou do Afeganistão como herói tenta entender os mistérios de seu irmão que se vestia de vingador, mas acabou morto e deixou seus segredos e também o seu filho, com fator EVO, aos seus cuidados.

Heroes Reborn 1x01x02 Katana

A verdade é que nenhum dos nossos novos “heróis” conseguiu cativar o público até agora e se a série demorar demais para construir essa ligação, talvez o retorno de Heroes tenha sido desnecessário. O fato de Noah estar carregando toda ligação do novo seriado com o original também não ajuda, já que ele nunca foi um personagem muito carismático. O que promete impulsionar a nova série é a chegada de Hiro Nakamura na trama, o que deve acontecer já no próximo episódio.

A culpa talvez não seja dos personagens, que podem se tornar cativantes ao longo da série, mas principalmente ao fato de que pouco tempo foi dedicado a cada um deles. Com tantas histórias para apresentar e cruzar, Heroes Reborn está tendo dificuldades de construir o potencial de cada novo personagem. O fantasma dos antigos heróis também assombra nossos novos amigos, pois as expectativas são grandes devido ao sucesso anterior deles na série original.

Heroes Reborn 1x01x02 Tommy

Apesar de ainda não ter emplacado seu retorno, Heroes Reborn tem chances de construir ainda uma boa temporada. O misterioso homem que persegue o menino teletransportador Tommy, e parece tentar ajudá-lo, ainda não teve sua identidade revelada, apesar da mãe do garoto o conhecer e, por isso, temer a sua aproximação.

Outro ponto, é a arma da Renautas que é lançada e agora poderá achar cada EVO em qualquer parte do mundo, e caçá-los. Por outro lado, há uma corrente que trabalha acreditando que logo o mundo precisará dos heróis, como da menina Melina, que aparece controlando tempestades climáticas. Mesmo patinando em seu retorno, Heroes Reborn já preparou uma guerra entre o preconceito e a necessidade de salvar o mundo.

‘Minority Report’: série não empolga tanto como o filme

Data/Hora 29/09/2015, 09:00. Autor
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Na escassez de idéias para novas séries, vemos entre o mar de remakes, retornos de séries de forma inesperada (24 Horas, The X-Files), americanização de séries européias (Shameless, Gracepoint, entre outras) e expansão de séries de super heróis, uma nova tendência é o aproveitamento de produções do cinema.

E assim Minority Report chega para sua primeira temporada.

Minority Report é baseada no filme de 2002 de mesmo título, que tinha uma premissa realmente inteligente – a divisão Pré-Crime, uma unidade da polícia que utiliza os poderes de três crianças paranormais, chamadas de “precogs”, que podiam prever crimes e possibilitavam identificar e prender assassinos antes que eles cometessem os delitos.

O interessante era que eram três irmãos e cada um complementava o poder do outro, narrando um quadro exato do assassinado.

Porém, ficava sempre o dilema, será que as visões realmente se concretizariam ou as premonições eram passíveis de erro? Será que é impossível desconstruir seu futuro? E por fim, será que era possível dobrar o sistema?

Temas que por mais absurdos que possam parecer, permeiam nosso dia a dia, como a posição atual da prefeitura do Rio de fazer ‘revistas’ prévias de determinado perfil de pessoas que se dirigem a locais turísticos (ocorreu no Rock In Rio e fatalmente ocorrerá nas Olimpiadas).

O filme responde todas essas perguntas quando coloca o chefe da unidade, interpretado por Tom Cruise, em fuga ao ser acusado de um assassinato que cometerá no futuro. No fim, verifica-se que havia uma trama muito mais complexa por trás, envolvendo inclusive o surgimento do pré-crime e seu criador, e com o protagonista lutando para não ir preso, acaba chegando ao fim da meada que ocasiona o desmoronamento do sistema.

Óbvio, o filme é todo focado na ação, como se pode esperar de um filme que tenha o Tom Cruise, porém não deixa de ter várias discussões éticas, ainda que de forma rasa, das previsões dos crimes, do uso dos precogs (que ficam presos em um tanque!) e até mesmo da individualidade dos cidadãos, pois todos têm um chip que os monitoram e inclusive elenca propaganda direcionada para os mesmos.

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A série retoma esse gancho maravilhoso, mas infelizmente no seu primeiro episódio se foca apenas na ação.

A série se coloca 11 anos após o filme. Sem os precogs, os policiais voltam a caçar criminosos e não mais a antecipar crimes; São policiais a moda antiga, ainda que com toda tecnologia do filme transportada para as telinhas. Porém um dos precogs, Dash, resolve voltar à ativa.

Depois de diversos fracassos em conseguir evitar um crime, ele encontra amparo em sua luta junto à detetive Vega. Essa é a premissa inicial da série que, apesar de ter um bom universo para explorar, ao que tudo indica não se aprofundará nisso e provavelmente será apenas mais uma série policial, com um toque sobrenatural por trás (quase uma Medium do futuro, mas sem a simpatia da família Dubois).

Esperava pelo menos um pouco mais de química entre os protagonistas e um pouco de humor, como víamos na antiga Starsky & Hutch, na recente Almost Human ou até mesmo em X-Files. A proposta é de uma típica série procedural, com uma dupla buscando solucionar mistérios e/ou crimes – só que aqui eu realmente não me convenci pela personagem da detetive Vega.

Minority Report - Piloto

Minority Report perdeu o charme do filme, pelas evidentes restrições orçamentárias, bem como por adotar uma linguagem diferente e, talvez, por se focar em um dos gêmeos e não na maravilhosa personagem de Agatha. Até mesmo a participação de Wally, um dos personagens mais simpáticos do filme, o ‘cuidador’ dos precogs, acaba se perdendo no ritmo do primeiro episódio e me pareceu forçada e mal aproveitada, não passando de uma alegria saudosista que logo se esvai.

Para quem gosta da temática de premonições ou gostou do filme, parece ser um bom passatempo. Eu pretendo assistir pelo menos mais alguns episódios. Para quem gostaria de algo um pouco mais profundo ou já cansou de séries policiais, melhor manter distância.

Do cinema para a televisão: ‘Limitless’ estreia com elenco de peso

Data/Hora 27/09/2015, 11:46. Autor
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Baseado no filme de mesmo nome lançado em 2011 e estrelado por Bradley Cooper, Limitless (CBS) conta a história de um homem sem perspectivas na vida. Brian Finch (Jake McDorman, de Greek e Manhattan Love Story) começa a usar uma droga chamada NZT e expande o funcionamento de seu cérebro, ganhando uma vida sem limites. Brian fica capaz de fazer coisas impossíveis para um ser humano, como lembrar de tudo que já leu na vida, fazer cálculos difíceis e resolver diversos problemas diferentes, como também antecipar situações.

A história da série é parecidíssima com a do filme (que ganhou o título Sem Limites no Brasil) e por isso o seriado não traz nada de novo em sua premissa, o que não empolga o público que já viu o filme. No entanto, o que chama a atenção em Limitless é o elenco. Além de Jake no papel principal, Bradley Cooper é peça central, interpretando (o agora senador) Eddie Morra. Na história do filme, Morra é o personagem principal que começa a crescer de vida por causa do consumo da droga. Na série, ele aparece como um político que venceu na vida e já é experiente em utilizar a NZT de forma segura.

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Outras figuras que chamam a atenção no episódio piloto são a agente do FBI Rebecca Harris (Jennifer Carpenter, a eterna irmã do Dexter), o agente Spellman Boyle (Hill Harper, de CSI:NY), Nasreen Awad (Mary Elizabeth Mastrantonio, a mãe do Nick de Grimm) e Dennis Finch (Ron Rifkin, o Saul de Brothers and Sisters). O grupo de elenco é de peso, mas todos já têm histórico forte na televisão. O destaque mesmo vai para Cooper, que é um ator consagrado no cinema e, além de fazer a ligação da série com o filme, vem de uma fase ótima após os longas Sniper Americano (onde foi indicado ao Oscar de Melhor Ator), Sob o Mesmo Céu, O Lado Bom da Vida e a trilogia Se Beber, Não Case!.

E Limitless parece que vai precisar mesmo da força de seu elenco. Além da premissa não ser nova, a sequência da história é conhecida, pela menos a ideia central. Brian se mete em confusões pelo uso da droga logo no início do episódio e é pego pelo FBI. Ele não é preso, e faz um acordo de que vai ajudar o FBI a resolver casos difíceis, utilizando para isso as habilidades adquiridas quando consome a droga. Por motivos que o FBI não tem conhecimento, Brian pode usar NZT sem sofrer com os efeitos colaterais e por isso o FBI também pretende mantê-lo próximo e investigá-lo em um segundo plano.

Limitless 1x01 A

A jogada de colocar o personagem principal (um ser humano com algum diferencial) a trabalhar com a polícia não é nada nova. Em um primeiro momento, já é possível citar as recentes Forever, Castle, Sleepy Hollow e iZombie como exemplos de situações parecidas. A partir do segundo episódio, Brian começa a trabalhar com Rebecca e então será possível acompanhar se a série vai conseguir apresentar algo de original, ou o que é ainda mais importante, se vai conquistar fãs dispostos a torcer por Brian ao longo do restante da temporada. Um padrinho de peso ele já tem, Cooper promete estar bem presente ao longo da série.

Confira abaixo o trailer original:

 

‘Scream Queens’ é um show de horrores em horário nobre

Data/Hora 26/09/2015, 15:00. Autor
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Estreou na última terça-feira (22) na Fox (com transmissão simultânea nos EUA e Brasil) Scream Queens, a mais nova produção de Ryan Murphy – conhecido por seus trabalhos em séries de sucesso como Popular, Glee e American Horror Story – em parceria com Brad Falchuk e Ian Brennan. Chegando cercade de expectativa – pelo sucesso de Ryan com séries de terror e pelo elenco com nomes de sucesso como Lea Michele, Jamie Lee Curtis, Nick Jonas e Ariana Grande – a premiere contou com um episódio duplo, totalizando 2 horas de exibição (com intervalos).

Prometendo uma mistura de comédia e horror a série se passa na Universidade Wallace, que é abalada por uma série de assassinatos envolvendo principalmente as integrantes da fraternidade Kappa House e um passado sombrio que ainda precisa ser investigado.

Confesso que eu não fui fisgada pelo enredo, mas pela oportunidade de ver Lea Michele novamente em ação e de acompanhar o trabalho de Murphy em um segmento diferente, já que Scream Queens se propõe a ser uma comédia trash. Depois destes dois episódios a sensação que eu tenho é: coitada da Lea. Sim, eu sabia que seria trash (e eu sei o significado disso), eu sabia que teria humor negro, eu sabia que teriam piadas de mal gosto… Mas, eu não sabia que seria tanto. E eu queria rir. Ainda estou esperando pelos momentos de “humor genial” que algumas pessoas conseguiram enxergar.

Scream Queens - Piloto

Alguns personagens até conseguem ser um pouco mais profundos e engraçados como é o caso da Zayday, da Hester e da detetive Denise, enquanto outros são péssimos, como a Reitora Dean, que não passa de uma cópia mal feita de Sue Silvester. A sensação que eu tive é que ele tentou fazer uma paródia da sociedade americana – mais especificamente desse mundo das universidades – e dos próprios filmes de terror acentuando algumas características marcantes, como é justamente o método característico da comédia, mas, para mim, simplesmente não funcionou e tudo pareceu fora de lugar.

Tirando alguns bons momentos como a cena de Hester (Lea Michele) ensinando ‘as Chanels’ a esconder um corpo o show foi um festival de vergonha alheia, piadas sem graça e, pior, muita ridicularização desnecessária a minorias marginalizadas. The Rocky Horror Picture Show, de quem Ryan é fã, inclusive, é um clássico trash e ao invés de ridicularizar as minorias as empodera. Aliás, talvez grande parte do meu estranhamento tenha origem aí, visto que sou acostumada com Ryan sarcástico, mas sempre defensor dos marginalizados. Piadas são permitidas, mas em muitos momentos em Scream Queens ele pesou a mão demais.

Apesar de todo alvoroço causado, Scream Queens terá que mostrar mais do que isso para garantir a permanência no ar e justificar as expectativas. A estreia da série registrou audiência abaixo do esperado, fisgando apenas 4 milhões de telespectadores e 1,6 ponto de audiência na demo de 18-49 anos. Pelo menos a premiere terminou com um bom cliffhanger… Pra quem não odiou a série vale acompanhar as cenas dos próximos capítulos para descobrir o assassino da Wallace Univesity.

Policial ou sci-fi? Confira nossa opinião sobre o piloto de ‘Blindspot’

Data/Hora 25/08/2015, 17:13. Autor
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Blindspot é a aposta da NBC para as noites de segunda-feira. Do Diretor de Cold Case e do criador de Stargate: Atlantis, a série tem uma premissa interessante. O mistério começa quando uma “Jane Doe” é encontrada dentro de uma mala em plena Times Square. Ela não se lembra de nada que havia acontecido até aquele momento. Em uma comparação grosseira, a garota é como um computador que foi formatado.

Tudo que se sabe neste primeiro episódio é que nada é por acaso. Jane é uma agente da marinha americana com inúmeras habilidades que parece ter sido escolhida a dedo para participar de uma grande conspiração envolvendo Kurt Weller, agente do FBI. Tão legal quanto acompanhar a investigação é ver uma adulta se comportando como um bebê. Com a memória resetada ela precisa redescobrir a vida, os gostos, os hábitos… E essas redescobertas acontecem quando se vê exposta à determinadas situações, o que força o FBI a levar a agente à campo, mesmo que esse não seja o melhor procedimento.

Em um primeiro momento, a dificuldade é saber se estamos assistindo uma série policial ou sci-fi, visto que algumas coisas parecem vindas diretamente de Fringe (como o apagamento da memória de Jane). Fato é que o piloto deixa algumas coisas no ar e pessoas curiosas como eu já tem a vontade de acompanhar o desenvolvimento das tramas. Ponto positivo pra algumas pequenas revelações que já acontecem no episódio piloto, o que me dá a sensação de que Blindspot não ficará sempre andando em círculos sem dar explicação pra nada. Espero que seja assim!

Eu darei chance pra mais alguns episódios de Blindspot, embora o que mais tenha me chamado atenção na série sejam os lindos olhos verdes de Jaimie Alexander (Jane Doe) e os músculos de Sullivan Stapleton (Kurt Weller). Acho que pode ser um bom entretenimento pra quem, como eu, gosta de séries policiais e que não necessariamente sigam o molde de “caso da semana”. Certamente Blindspot não vai ser a melhor estreia desta fall season, mas aposto também que não será a pior. A continuidade ou não da série dependerá da maneira como os roteiristas desenvolverão o enredo e os mistérios que cercam o aparecimento de Jane. Na minha opinião está valendo a tentativa!

Você irá ficar hipnotizado: conheça ‘O Hipnotizador’, a nova série latina da HBO

Data/Hora 23/08/2015, 15:54. Autor
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O título dessa crítica é ruim e previsível, eu sei. Mas foi inevitável utilizá-lo.

O hipnotizador centra sua história na jornada de Arenas – interpretado pelo competentíssimo Leonardo Sbaraglia -, um hipnotizador com passado misterioso que sai de lugar nenhum (deixando pra trás um suicídio bastante suspeito) e chega a lugar algum (é isso mesmo, não sabemos de onde ele vem ou para onde ele vai), onde ele encontrará o igualmente enigmático Darek – interpretado pelo não menos brilhante Chico Diaz. E já de cara aprendemos que Arenas briga com mais do que uma insônia perpétua, alimentada pelos demônios que habitam seus sonhos – ainda que não tenhamos certeza, ainda, contra o que seria, exatamente, essa briga.

Por que toda a produção da série de oito episódios foi pensada para manter esse clima de mistério no ar. O local no qual a trama se passa, conforme mencionado acima, é incerto e não sabido. Temos como pista apenas o fato de que se trata de um lugar fronteiriço, perdido nos limites entre o Brasil e algum país de colonização hispânica, e não é difícil de acreditar que tal lugar está perdido, igualmente, nos limites entre o real e o imaginário, entre o concreto e o abstrato, entre o normal e o especial.

A rápida – e muito bem executada – transição entre espanhol e o português falados pelos personagens também ajuda a compor o tom da série, que brinca com diferentes estilos de direção e produção, e torna harmoniosos os acordes do samba e do tango, tarefa auxiliada por um elenco bilíngue (que conta com brasileiros, mexicanos uruguaios, argentinos e portugueses) competentíssimo, que deixa o portunhol mais charmoso do que nunca.

E logo nem percebemos mais a transição de idiomas. Foi com cada vez mais naturalidade que assistimos o bom primeiro episódio da produção, que além de apresentar a trama e personagens complexos e intrigantes, ainda apresentou um quê de “proceduralesco”.

Mas os diretores da Alex Gabassi e José Eduardo Belmonte prometem: a fórmula de “o hipnotizado da semana” não dura mais do que o necessário, e logo a trama da série se aprofunda na batalha entre estilos diferentes de hipnose e propósitos diferentes de vida, que é travada desde o primeiro momento de O Hipnotizador pelos antagonistas Arenas e Darek. E a decisão é acertada, por que embora a hipnose tenha seu poder e seduza a plateia – tanto a do Teatro da série quanto a de casa – o que nos deixa com um gostinho de quero mais é a trama envolvendo os antagonistas e Lívia, a ainda mais misteriosa personagem de Juliana Didone.

E se você está achando que esse texto falou muito e, ainda assim, não falou nada, sintonize na HBO neste domingo, às 21h. Você entenderá o propósito dessas parcas linhas.

Sbaraglia disse, em coletiva de apresentação da série da qual participamos, que seu personagem faz mais do que hipnotizar a quem está no palco com ele. E ele está certo. O que talvez ele não imagine é que seu poder hipnótico não se restringe ao público sentado nas cadeiras de um quase que decadente teatro.

P.S: o primeiro episódio estará disponível na página da série no Facebook (por tempo limitado), bem como no canal da HBO Latin America no Youtube. Vale lembrar, também, que o sinal da HBO estará aberto no horário de estreia do seriado.

Os problemas de ‘Lucifer’, a nova série da Fox baseada nos quadrinhos da DC Comics

Data/Hora 20/08/2015, 09:30. Autor
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Antes de virar porta-voz do antipetismo, o Lobão escreveu uma música bem bacana chamada “O diabo é Deus de folga”. Fiquei com a música na cabeça após ver o piloto de Lucifer. Não, Deus não tirou folga não. Quem tirou foi o Diabo, que cansou do inferno e decidiu virar pianista de boate na Terra.

Lucifer é uma das apostas da Fox para a próxima fall season, com estreia marcada para 2016 mas cujo piloto já está circulando na internet. A série é a 666ª adaptação de uma história em quadrinhos para a televisão nos últimos anos (tá, tá, exagerei!). Esta aqui não é nem Marvel, nem DC de raiz, é mais uma adaptação da Vertigo, o selo adulto da DC Comics. No ano passado duas séries da Vertigo viraram série: Constantine e iZombie.

Pois Lucifer vive no mesmo universo de Constantine (e ambos, curiosamente, são atormentados de tempos em tempos por um anjo afro-americano – o desta série aqui vivido por D. B. Woodside). Falando em Constantine, Lucifer possui alguns problemas em comum com a cancelada série da NBC: ainda que tenha um demônio charmosão e safadão como protagonista (o galês Tom Ellis, o Robin Hood de Once Upon a Time), a série se autocensura demais para caber na TV aberta. Lucifer é pra ser adulta, sexy e imoral, mas na verdade acaba sendo ingênua demais.

Lucifer - Piloto

Isto obviamente não é programa para muita gente, certo? Afinal tem muito marmanjo aí que assiste Supernatural há mais de dez anos. O problema é que Lucifer tem outros problemas. Os diálogos são fracos. E o plot é forçado: o demônio acaba presenciando uma amiga sendo assassinada e decide ir atrás de vingança. Na jornada, ele acaba fazendo dupla com uma detetive desacreditada. Lucifer parece uma série policial destas dos anos 80, que inventa uma premissa esquisita para colocar dois personagens antagonistas agindo lado a lado.

Só que Lucifer não é um personagem qualquer. Ele é Satanás, o anti-herói mais fodido do universo da DC. É meio complicado você colocar alguém imortal e com a habilidade de revelar os segredos de qualquer pessoa com um simples sugestão mental, entre outros poderes, a combater o crime. Não faz lá muito sentido. O crime seria resolvido em 5 minutos, não em 40 minutos de um episódio normal! Pra contornar isto, a série vai ampliando suas mão de alguns truques: um deles é o fato de que Lucifer, misteriosamente, não consegue “ler” a mente da detetive Chloe Dancer (que nome, hein?), a personagem da bela Lauren German (ex-Chicago Fire). Outro truque, este que vem dos quadrinhos, é que Lucifer é um fanfarrão e prefere resolver os desafios fazendo uso de jogo mentais do que usando outras habilidades. E assim a série se revela no piloto e promete se desenrolar ao longo dos próximos episódios, usando alguns recursos que funcionam bem, e outros que não funcionam.

Lucifer - Piloto

Lucifer, no fim das contas parece que terá menos de Constantine e mais de The Mysteries of Laura. Será mais policial do que sobrenatural, e muito mais cômica e leve do que dramática. É uma aposta arriscada. Mas como esta é a 666ª adaptação de uma história em quadrinhos para a televisão nos últimos anos, e quase tudo que é da Marvel e da DC está dando certo, vai que cola, não?

‘I am Cait’ é uma facada no coração do telespectador

Data/Hora 18/08/2015, 22:34. Autor
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Quando resolvi assistir I am Cait confesso que não sabia muito o que esperar. Nunca tinha visto Keeping Up with the Kardashians e tudo que eu sabia sobre a vida dos Kardashian-Jenner é o que acompanhava na mídia. Fui pega de surpresa com as notícias sobre a transição de Bruce (agora Caitlyn), mas tinha curiosidade sobre a maneira como o E! e a própria Caitlyn explorariam o assunto em um reality show, já que não é segredo pra ninguém que a família adora visibilidade e dinheiro, não importa a que custo.

Fui surpreendida positivamente. I am Cait é uma facada – necessária – no coração de quem assiste. É uma chamada pra reflexão. Ao contrário do que eu imaginava em um primeiro momento, a série não fica na superficialidade de mostrar somente o glamour da vida de Caitlyn. Nos dois episódios que assisti questões importantes foram problematizadas: desemprego e consequentemente prostituição no universo transexual, suicídios e homicídios de trans e a relação das transexuais com a família foram apenas alguns destes assuntos.

Entretanto, acho que o maior mérito da produção é conseguir passar tudo isso de uma maneira tocante e delicada, não ficando apenas em uma linguagem técnica e incompreensível para quem assiste. É difícil não se emocionar com a visita de Caitlyn a casa de uma família cujo filho trans se suicidou ou com o depoimento de sua mãe quando relata que achava que era impossível sentir mais orgulho do filho (ela ainda se refere assim) do que quando ele foi campeão olímpico, mas que agora ela sente.

I am Cait

A série tem diversas camadas e transita bem do humor ao ‘drama’ mostrando o dia a dia de Caitlyn e a forma como ela tem lidado com sua transição. Ponto positivo também é que dá espaço para outras transexuais. Elas deixam bem claro que embora seja difícil para todas Caitlyn é uma privilegiada, pois a grande maioria das pessoas transexuais do mundo jamais receberão esse tratamento ou conquistarão o respeito que ela tem por ser de uma classe social privilegiada.

É preciso parabenizar Caitlyn Jenner e o canal E! pela produção. O processo é delicado e muitas vezes dolorido (não somente para a pessoa, mas também para a família), mas Caitlyn não liga de se expor se o objetivo for ajudar outras pessoas que passam pelo mesmo. Ao menos é a impressão que tive com os dois primeiros episódios, já que mesmo nos momentos em que foi questionada ela esteve aberta para ouvir, aprender e então aproveitar os privilégios que tem para dar espaço e ser porta voz de uma população tão massacrada e estigmatizada. Gol do E, gol de Cait!

* * *

I am Cait estreou nos Estados Unidos no dia 26 de julho. No Brasil, o programa estreou no dia 2 de agosto e vai ao ar aos domingos, às 23h.

E se os animais se dessem conta da força que têm e decidissem revidar? Conheça a série ‘Zoo’

Data/Hora 29/07/2015, 09:17. Autor
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O estranho comportamento de diversos animais ao redor do mundo é o tema principal de Zoo, nova série da CBS baseada no livro de mesmo nome estrito pelo autor norte-americano James Patterson. Na história, em diversos países ao redor do mundo, animais começam a atacar os humanos sem motivo aparente. Em pouco tempo, os casos começam a se tornar mais frequentes e parecem ser planejados. A grande questão trabalhada na premissa da série é: E se os animais tomassem consciência da força que têm e resolvessem revidar? A caça poderia virar o caçador?

“Por séculos, a raça humana tem sido a espécie dominante. Nós domesticamos animais, os prendemos, os matamos por esporte. Mas, uma série de eventos recentes, parecem sugerir, que pelo mundo todo, os animais decidiram: ‘não mais’. E se eles finalmente decidissem revidar?”

Zoo 1x03 Equipe

A abertura da série resume bem a premissa que segue o seriado. Para resolver a questão, que já chama a atenção das autoridades mundiais, um grupo é formado para pesquisar a causa da pandemia que ameaça a vida humana. A equipe, reunida pela Direction Générale de la Sécurité Extérieure (DGSE – o FBI da França), é formada pelo zoologista e especialista em comportamento animal Jackson Oz (James Wolk, de Mad Men e The Crazy Ones), seu amigo e guia de safáris com vasto conhecimento em vida selvagem, Abraham Kenyatta (Nonso Anozie, de Dracula e Game of Thrones), a jornalista Jamie Campbell (Kristen Connolly, de House of Cards e The Whispers), a agente de inteligência Chloe Tousignant (Nora Arnezeder) e o patologista veterinário Mitch Morgan (Billy Burke, de Revolution).

Zoo teve 13 episódios produzidos para a sua primeira temporada, que estreou no dia 30 de junho nos Estados Unidos pela CBS. A televisão americana já exibiu os episódios First Blood, Fight or Flight, The Silence of the Cicadas, Pack Mentality e Blame it on Leo. Ainda não há notícias sobre a exibição da série na televisão brasileira.

Zoo 1x04 Billy Burke

O seriado chegou sem muito alarde e divulgação, mas nos primeiros episódios demonstrou um desenrolar interessante. Apesar de algumas situações difíceis de engolir, como o grupo de pesquisadores carregando um lobo para dentro do hotel sem serem vistos e o personagem de Billy Burke improvisando um laboratório no quarto com uma cafeteira e água de coco, a série tem pontos positivos. Vale destacar o talentoso elenco com personagens de características fortes, o tema central da série (polêmico e impactante) e as situações criadas pelos animais.

Em Zoo, leões, gatos e lobos passaram a demonstrar sinais de organização de grupo. Uma das primeiras situações descobertas foi o sumiço de gatos em Los Angeles. Os animais estavam se agrupando em uma escola, um pouco antes da volta às aulas, como se estivessem à espreita do retorno dos alunos. Na África, um grupo de leões atacou Abraham e deixou seu corpo à vista para ser recuperado, como se enviasse um recado: “não somos mais a caça”.

Zoo 1x04 Morcego

Em Kamnik, na Eslovênia, um casal estava tentando adotar um filho e o pai foi atraído por um cão até um beco e morto por uma matilha de cachorros. Ele já era a sexta vítima dos caninos. Um grupo de lobos no Mississipi, Estados Unidos, foi responsável por incendiar um presídio e libertar apenas um preso escolhido por eles. No entanto, talvez o evento mais assustador tenha sido os morcegos que taparam a energia solar de uma base de pesquisas na Antártica e só saíram de lá quando as cientistas libertaram os pássaros que viviam presos em gaiolas dentro dos laboratórios.

Conhecer o Zoo da CBS não será como nenhum passeio que você já tenha feito em algum zoológico e certamente você não verá mais seu bichinho de estimação da mesma forma. Com cuidado, a série vale uma visita.

Do cinema para a televisão: ‘Scream’ surpreende na MTV

Data/Hora 21/07/2015, 09:00. Autor
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“Um serial killer disfarçado de fantasma começa a assombrar os habitantes de uma pequena cidade.”

Quem lembra?

Que a saga Pânico fez sucesso nos cinemas não se discute. O primeiro filme estreou em 1996, seguido de mais três continuações e diversos outros longas que seguiram a mesma vibe e garantiram bom público e continuações para suas histórias. Entre elas, vale lembrar das franquias Eu Sei o Que Vocês Fizeram no Verão Passado e Lenda Urbana.

Scream 1x03 Emma

Apesar do sucesso de Pânico no cinema, vinte anos depois, o anúncio de que uma série seria realizada inspirada nos filmes do assassino mascarado (que fez sucesso nas festas à fantasia mundo afora) não gerou grandes expectativas. Talvez porque a história de adolescentes bobos fugindo de um assassino misterioso tenham perdido um pouco a graça e a originalidade ou pelo pouco alvoroço realizado pela MTV em sua divulgação, Scream estreou silenciosa.

Silenciosa e ousada, assim como o assassino mascarado que continua assediando suas vítimas por telefone, usando agora também de conversas via WhatsApp. As premissas do filme e da série são as mesmas, já o design da máscara mudou um pouco e o “Hello, Sidney” foi substituído por “Hello, Emma”. Os adolescentes continuam no elenco principal, com a escola de cenário regular e seus diálogos em frente aos tradicionais armários escolares, o atleta destaque do time da escola e o estudante fissurado em histórias de psicopatas.

Scream 1x01 Noah e Audrey

Além de manter características fortes que ligam o seriado a franquia de filmes, a série conseguiu inovar e brincar com seu próprio estereótipo. Logo no episódio piloto, um dos personagens explica o porquê das histórias com assassinos psicopatas darem certo no cinema, o que provavelmente não aconteceria na televisão, ao contrário das séries de temas góticos como American Horror Story, Hannibal e Bates Motel (citações realizadas pelos próprios personagens no episódio piloto).

“Não se faz um filme de psicopata como série de televisão. Filmes de psicopata passam muito rápido. Na televisão é preciso esticar as coisas. Quando o primeiro corpo é encontrado, é só uma questão de tempo até o banho de sangue começar.” Noah Foster

A própria série, através de seu personagem, brinca dizendo que a adaptação não tem nada para dar certo, e ainda explica por quê. O personagem fissurado em histórias de terror é Noah Foster (John Karna), e ele aponta que para um seriado deste gênero ter sucesso precisa matar muitas pessoas, o que é possível em um filme, mas ficaria complicado em um seriado com diversos episódios. De acordo com Noah, para um seriado deste gênero dar certo o roteiro precisa fazer com que os espectadores se importem com o personagem, para que daí ele seja morto e sua morte impacte de alguma forma.

Scream 1x01 Estudantes

Sendo assim, são diversas personalidades e histórias pessoais diferentes apresentadas na série. Os romances estudantis continuam, mas dessa vez o nerd se dá melhor que o craque do basquete. O bullying é abordado e o homossexualidade é tratado com naturalidade, apesar de ser o primeiro alvo da violência cibernética. Amizades passam por conflitos e o policial da cidade continua procurando o amor para a sua vida.

A história geral ainda tem um mistério que chama a atenção. A pequena cidade onde se passam os acontecimentos, Lakewood, é assombrada por um passado sombrio. Vinte anos atrás, o assassino psicopata Brandon James causou pânico na cidade assediando uma garota pela qual ele era obcecado. A negação da menina e o bullying dos colegas fizeram com que Brandon assassinasse cinco adolescentes antes de ser atingido pela polícia e cair em um lago, desaparecendo para sempre. Qualquer semelhança com Jason e a franquia Sexta-Feira 13 não é mera coincidência e sim uma boa referência, assim como a máscara e o fato de Brandon ter o rosto deformado.

Scream 1x03 Audrey

As novas mortes, que iniciam com a patricinha Nina e o sumiço do seu namorado, remetem para esse passado e assombram o prefeito que tentava sepultar o apelido da cidade de “Murderville”. Quem também se assusta com os crimes é Maggie Duvall (Tracy Middendorf). Agora responsável pelas autópsias nos corpos das vítimas, antes ela era a menina por quem Brandon ficou obcecado. Maggie até hoje tenta esconder o passado da filha, Emma (Willa Fitzgerald, de Royal Pains), protagonista e atual principal alvo.

Scream ainda conta com um elenco de figuras interessantes como Bex Taylor-Klaus (de The Killing, Arrow e iZombie) interpretando uma amiga de Emma que é gravada beijando outra menina e sofre bullying logo no primeiro episódio. Também fazem parte do elenco principal Jason Wiles (Persons Unknown e Zodíaco), Amadeus Serafini, Connor Weil, Carlson Young (True Blood), Bobby Campo (Premonição 4 e Being Human) e Tom Maden.

A franquia de filmes ganhou vida na televisão e é garantia de bons momentos de lazer com suspense e mistério. Se Scream vai desafiar seu próprio personagem e vingar por mais algumas temporadas ainda não é possível saber, mas o seriado vem se encarregando de matar alguns personagens para garantir uma vida longa para a série.

Scream estreou nos Estados Unidos no dia 30 de junho e já apresentou três episódios na televisão americana: Pilot, Hello, Emma e Wanna Play a Game?.

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