TeleSéries

24/12/2006, 19:00. Paulo Serpa Antunes
Especiais

Quem sintonizou os canais AXN, FX e Fox em 2006 teve grande chance de topar com algum ator brasileiro na tela. Sim, mais do que nunca, em 2006, atores brasileiros viraram notícia e ganharam espaço em produções americanas.

A quarta temporada de Alias, de 2005, chegou ao Brasil apenas em fevereiro deste ano, com o ex-Casa dos Artistas Marco Mastronelli fazendo uma pequena mas caliente ponta beijando Mia Maestro. Mais espaço na série teve a recém-repatriada Sonia Braga, que voltou ao Brasil se queixando dos papéis que lhe ofereciam em Hollywood. De fato, Braga teve que se contentar com o papel de uma sofrida mãe latina em Ghost Whisperer, mas não deveria se queixa do seu papel em Alias. Afinal, a vilã Elena Derevko a colocou no mesmo nível de Lena Olin e Isabella Rossellini. Foi também em 2006 que o desconhecido Bernardo de Paula apareceu nos sonhos de Tommy Gavin (Denis Leary) no papel de Jesus Cristo em Rescue Me e que a top model Cinthia Moura se tornou a Deer Woman em Masters of Horror.

Mas claro, tudo isto foi apenas um aquecimento para a volta por cima de Bruno Campos em Nip/Tuck e para a comentadíssima estréia de Rodrigo Santoro em Lost.

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23/12/2006, 22:59. Paulo Fiaes
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Quando a Warner e a UPN anunciaram que iriam unir forças para formar um novo canal jovem, The CW, houve reboliço entre os fãs de várias séries, todos com a mesma preocupação. Sera o fim da nossa serie favorita?

Entre os seriados que estavam correndo risco de ser cancelada, Everwood era a que menos preocupava os fãs. A verdade é que os fãs acreditavam que pela qualidade da série, elogiada por crítica e público e pela audiencia sólida, maior do que as das outras series que corriam risco, os fãs acreditavam que ainda existiriam mais temporadas para a saga das familias Brown e Abott. Porém, dentro do projeto de rejuvenescimento do novo canal, Everwood acabou sendo a principal séries a ser canceladas. E o pior, o motivo alegado pelos executivos não fazia sentido.

Esse cancelamento acabou gerando uma incrivel revolta entre todos os envolvidos com a série – publico, atores, produtores e parte da imprensa não entendia, porque a serie havia sido cancelada. Era comum ler no TVGuide.com e até na imprensa escrita notícias falando do erro que a CW cometeu. A revolta dos fãs da serie revelava a verdade sobre o canal: a CW nasceu sem direção alguma.

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22/12/2006, 23:59. Paulo Fiaes
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Nenhum prêmio Emmy foi tão significativo na noite do dia 27 de agosto de 2006 como o de Melhor Atriz em Comédia. Afinal, na noite em que 24 Horas, The Office, Mariska Hargitay, Kiefer Sutherland e Tony Shalhoub saíram consagrados, foi apenas Julia Louis-Dreyfus quem exorcizou uma maldição.

Quando se despediu, em 1998, Seinfeld herdou em definitivo o título de maior série cômica já produzida. O que não se esperava era a pressão que isto acarretaria sobre suas estrelas (excluindo Jerry, que espertamente pendurou as chuteiras, certo de que não conseguiria fazer nada melhor em televisão). Desde então Jason Alexander, Michael Richards e Julia Louis-Dreyfus tentaram sem sucesso dar o passo seguinte em suas carreiras, se tornando as estrelas maiores de suas próprias sitcoms. Uma após uma, suas tentativas acabaram fracassando, gerando o estigma que a imprensa acabaria popularizando como “A Maldição de Seinfeld”.

Até que The New Adventures of Old Christine finalmente veio para romper com este padrão.

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21/12/2006, 23:39. Anderson Vidoni
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Todos nós desde criança aprendemos: dois contra um é covardia. Inclusive os 86 jornalistas que fazem parte da Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood. Mas como nós, meros mortais, não seguimos a regra, porque eles também deveriam, não é mesmo? Agora me diga se sua professora do primário não ia corar se você dissesse para ela sobre uma briga com QUATRO contra UM. Dá até pena do coitado, vai se estrepar todo.

Desperate Housewives é uma das séries mais populares no mundo inteiro atualmente e alavancou suas protagonistas a condição de estrelas mais rápido do que elas poderiam dizer “Wisteria Lane”. Weeds é uma série de TV paga com audiência inferior a 700 mil telespectadores, que só se tornou reconhecida na base do boca a boca. Mas o que essas duas séries tem em comum? Um olhar cômico sobre a vida nos subúrbios americanos. Sim, aquele subúrbio onde tudo é perfeito e nada é fora do lugar. Tanto Weeds como Desperate Housewives mostram o que acontece por dentro dessas pequenas caixas feitas de ticky-tacky que têm a grama aparada por jardineiros tem affairs com suas patroas e o que é preciso ser feito por essas mulheres para manter essa aparência de perfeição.

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20/12/2006, 22:58. Ale Rocha
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A terceira temporada de Lost não começou bem. Não falo aqui sobre os apuros de Jack, Kate e Sawyer nas mãos dos Outros. O desafio dos sobreviventes do vôo 805 da Oceanic é outro: encarar a turma de investigadores de Criminal Minds.

Seriado policial sem grandes reviravoltas ou mistérios, Criminal Minds comeu pelas beiradas e hoje é uma ameaça real à audiência de Lost. Longe de ser algo inovador, conta com um elenco competente e um roteiro bem amarrado que resolve seus mistérios a cada semana. Com isso, levou a melhor justamente quando ninguém esperava: nos dois episódios finais da primeira parte da terceira temporada de Lost.

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19/12/2006, 20:43. Paulo Serpa Antunes
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Qual seria o grande hit de 2006-2007? Tivemos muitas promessas na atual temporada, com superproduções, grandes atores, produtores renomados. A maioria fracassou. Ray Liotta e seu Smith, JJ Abrams e seu Six Degrees, The Nine, entre outras. Mas sim, tivemos um grande hit, Heroes passou de promessa a realidade e hoje já é o drama mais fortes da NBC, aliás a série nova mais bem sucedida da emissora em cinco anos e a primeira série a ter a temporada completa garantida desta nova safra.

Além disso, seus números na audiência se mostram igualmente fortes. Heroes vem crescendo em audiência com o passar das semanas. Em sua primeira semana de exibição ela atingiu a 22° colocação, com 14,10 milhões de telespectadores. Em novembro já estava no Top 10, em 6° lugar, com aproximadamente 15 milhões de telespectadores, garantindo a posição de série nova mais assistida da temporada.

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18/12/2006, 23:25. Thiago Sampaio
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Michael Richards, o eterno e icônico Kramer de Seinfeld, fazia uma perfomance na casa de espetáculos Laugh Factory, em Hollywood, quando alguém da platéia o interrompeu dizendo que ele não era engraçado. Começava assim o maior barraco do ano (ainda pior que a homofobia de Isaiah Washington nos bastidores de Grey´s Anatomy ou que as declarações anti-semitas de Mel Gibson). O crítico de Richards era negro e o comediante atacou justamente neste ponto, soltando as maiores ofensas raciais possíveis e se transformando, para o choque da platéia, em alguém que parecia um membro do KKK. A apresentação foi filmada por um celular, rodou o mundo pela Internet, levando o ator ao pior momento de sua carreira.

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17/12/2006, 23:30. Paulo Serpa Antunes
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Já tem algum tempo que as series teens tem enfrentado problemas para se manterem e a crise de audiência de The O.C. e o fraco desempenho da emissora CW são provas disso. One Tree Hill não fugiu a regra: a série desde seu nascimento tem dificuldades para sedimentar seu público. Da crítica nem se fala: a verdade é que faltava a série algum elemento novo, que a diferenciasse no universo de clássicos teen, onde series como Barrados no Baile e Dawson´s Creek já fizeram de tudo.

Após uma boa primeira temporada, com reviravoltas atrás de reviravoltas, e uma segunda temporada desigual, o seriado entrou em sua terceira temporada em crise e com um inicio de temporada fraco, de episódios arrastados que não agradaram os fãs. Com a noticia do fim da WB e da criação da CW, a série passou a ser uma forte candidata ao cancelameno e o final parecia inevitável.

Mas o produtor Mark Schwahn tinha uma carta na manga, e ela era o episodio With Tired Eyes, Tired Minds, Tired Souls, We Slept. Foi como um tapa na cara do telespectador. Com este episódio One Tree Hill chegou ao clímax (de todas as temporadas). Nunca um episódio foi unânime como este, apresentando uma abordagem nova para um problema sério, a discriminação e exclusão social pelas quais passam alguns adolescentes nesta fase conturbada.

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16/12/2006, 22:23. Thiago Sampaio
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O canal Fox sempre foi feliz nas escolhas de seus seriados diante do público brasileiro e com shows como Arquivo X, Buffy, Angel, 24 Horas e Dark Angel sempre figurou entre as maiores audiências do país. Seus programas podem não ser necessariamente um grande sucesso de audiência nos EUA mas aqui no Brasil eles ganharam uma imensa pupularidade. E a safra parecia não terminar nunca, pois em alguns momentos eram tantas as produções que não cabiam em um só canal. Mas eis que em 2005 nascia o FX.

A proposta da Fox era ousada: criar um novo canal voltado para o público masculino. Para alavancá-lo, trouxeram sucessos de crítica como The Office e My Name is Earl, duas das melhores comédias da atualidade. Masters of Horror é sempre uma boa pedida nas noites de domingo. Deadwood, Brotherhood, Rescue Me e a ainda por vir Dexter são nomes fortes no canal. Há também espaço pra nostalgia com clássicos como Batman, M*A*S*H, Perdidos no Espaço e filmes da 20th Century Fox.

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15/12/2006, 21:48. Gustavo Cruz
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Quem acompanhou as colunas TeleRatings publicadas ao longo do ano, aqui no TeleSéries, já deve ter sacado: pelo menos em audiência, American Idol (da Fox norte-americana; por aqui, transmitido pelo Sony) foi o programa do ano. A versão americana (e a mais bem-sucedida do mundo) do formato inglês Pop Idol está maior do que nunca – e não poderia estar ausente dessa retrospectiva.

É preciso deixar claro que 2006 não foi apenas o ano da quinta temporada do programa. Foi, também, o ano em que três participantes de temporadas passadas cresceram bastante: Kelly Clarkson, da primeira edição, fixou sua explosiva carreira; Carrie Underwood, da quarta edição, ganhou diversos prêmios pelo seu primeiro álbum e dominou, por diversas vezes, as paradas das principais estações de rádio dos Estados Unidos; e, por fim, Jennifer Hudson, da terceira temporada, acertou em cheio ao participar do filme Dreamgirls, um musical hollywoodiano que já lhe rendeu alguns prêmios como Atriz Coadjuvante e que a coloca como indicada quase certa ao Oscar. É mole?

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14/12/2006, 20:07. Thiago Sampaio
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Abortado com filme depois que Steven Spielberg e Michael Crichton preferiram fazer Jurassic Park, o roteiro de ER foi vendido à NBC em 1994 e instantaneamente se tornou no maior sucesso de todos os tempos. A audiência tinha 40% de share (aparelhos de TV ligado, quando hoje CSI e Grey’s têm na média apenas uns 20% cada) e choveram premiações nos primeiros anos. Mas com a saída de todos os seus personages originais, o público e a mídia foi perdendo interesse no grande hit da déca de 90. Até agora.

Cambaleando na audiência e eclipsado pelos novos dramas médicos Grey’s Anatomy e House, ER voltou a ser comentado depois da entrada de John Stamos, o tio Jesse de Três é Demais, aquela velha comédia que revelou as gêmeas Olsen.

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13/12/2006, 20:11. Paulo Serpa Antunes
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O fenômeno do desaparecimento das comédias nas grades de programação dos canais tem sido assunto de análise ao longo das últimas temporadas e inclusive já foi citado em nossa retrospectiva (leia aqui). Mas no Brasil houve um momento em especial em que a ficha caiu e o final de uma era foi percebido por todos os fãs de sitcoms. Em um período de duas semanas, do final de junho ao início de julho, a Sony exibiu os episódios finais de três importantes comédias: Frasier, Will & Grace e That ´70s Show.

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