Orange is the New Black – Balanço de Temporada

Data/Hora 11/06/2014, 22:55. Autor
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A espera foi longa. Mas cada segundo valeu a pena quando o dia 6 de junho chegou. Os envolvidos na produção da série haviam nos prometido uma temporada mais pesada, mais reflexiva e até mesmo mais violenta. E nos entregaram isso.

Logo no primeiro episódio nós já percebemos que as coisas seriam diferentes. Como eu já havia comentado no texto que fiz falando sobre o que esperar da segunda temporada de Orange, foi um grande acerto da equipe de roteiristas nos deixar no escuro, fazendo com que experimentássemos, junto com Piper, toda a ansiedade que a situação proporcionava. E por alguns minutos tememos que a ousadia dos produtores fosse enorme e fizesse com que todas as presas que aprendemos a adorar na primeira temporada não aparecessem mais.

Piper e Nicky

Felizmente foi um blefe, e dos bons. E se o primeiro episódio da temporada focou em Piper (e não poderia ser diferente), o 2° deu mostras de que as coisas não seriam bem assim: em mais uma decisão bastante ousada da equipe criativa da série, Chapman não participou da trama. Nada convencional, eis que até então a loira era tida como A protagonista do seriado. A partir daí, a tendência de vermos menos de Piper se confirmou. E foi um dos maiores acertos dessa temporada.

E  muito embora eu tenha sentido falta de uma maior interação da Piper com as outras detentas (ela e a Nicky funcionam muito bem juntas, poderiam ser melhores aproveitadas como dupla), reconheço que o foco em Chapman, da qual sabemos muito mais em razão da primeira temporada, seria incoerente, uma vez que não haveria como aprofundarmos ou avançarmos muito na história dela (os dois flashbacks cumpriram bem esse papel e foram suficientes para isso). Isso sem contar que a diminuição do destaque de Piper pode se creditar, também, à ausência de Alex Vause.

E com a relativização do papel de Chapman na trama, relativizou-se também o papel da Pennsatucky, uma vez que boa parte das rixas da primeira temporada as tiveram como protagonistas. Com o papel de antagonista vago, surge a figura de Vee, que ocupou o lugar com maestria, trazendo tons mais pesados para a segunda temporada da série. Ficou com mais cara de prisão, se é que vocês me entendem.

Ou seja: a dinâmica do show foi outra, bem diferente – embora os elementos que nos fizeram amar OITNB continuassem ali. E quando digo “elementos que nos fizeram amar OITNB”, falo de um roteiro competente e profundo, personagens bem construídas, atrizes (e atores também) magníficas e afiadas e um humor diferente, que apesar de muitas vezes absurdo, sempre cabe no contexto. E as tiradas e referências dessa temporada não ficaram devendo nada à temporada de estreia da série.

E como falar de 13 episódios sem deixar algo importante de fora é difícil, eu dividi o texto em tópicos, na esperança de escrever algo que faça jus à maravilha que a série é.

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OS FLASHBACKS

Orange is the New Black é uma série de desconstrução de estereótipos. Já na primeira temporada nós aprendemos que nem tudo que aparenta é. E quanto mais fundo íamos na jornada de conhecimento das detentas, mais nos livrávamos de pré-conceitos e preconceitos.

Nessa segunda temporada não foi diferente.

Os flashbacks reafirmaram aquilo que já sabíamos: não devemos julgar pela aparência, e muito menos em razão de um conhecimento superficial. As coisas têm uma razão de ser, e geralmente ela não é aquela que esperamos.

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O flashback de Poussey é um grande exemplo disso. Vê-la na Alemanha, vivendo em uma vila militar e feliz ao lado da namorada foi uma grande surpresa. Eu nunca havia parado para pensar sobre o passado de Poussey e sobre as razões para que ela estivesse na prisão. Sua história fugiu do lugar comum, e abordou também o preconceito que as pessoas com uma opção sexual considerada “fora do normal” sofrem. Vibrei com a defesa do pai da Poussey, e quis encher de porradas a cara do oficial alemão. Mas acompanhar essa história foi especialmente interessante em razão da luta da Poussey para entender a natureza de seus sentimentos por Taystee e sua tentativa de equilibrar os seus princípios e o relacionamento com a melhor amiga. Foi uma trama bonita de se acompanhar.

Os flashbacks de Gloria e da Taystee mostraram, por outro lado, que por questões sociais, muitas vezes a criminalidade acaba sendo uma das poucas saídas para a sobrevivência. Gloria fraudou o sistema de vale alimentação para fazer uma poupança para os filhos e fugir de um companheiro abusivo, e Taystee acabou envolvida no tráfico de drogas para sentir-se amada e querida por uma “mãe”, para possuir uma família. Uma busca justa por um caminho equivocado, e a punição vem daquele que deveria ofertar tais coisas, mas falha nessa tarefa. Só não falha em penalizar – ou até nisso falha, já que o faz de forma equivocada.

Já os flashbacks da Morello (assim como havia ocorrido com o da Pennsatucky, na primeira temporada) e da Crazy Eyes trazem à baila a questão da pouca eficiência do sistema carcerário em atender sua população de forma adequada e individualizada, e falo disso mais adiante.

O fato é que se já adorávamos a Crazy Eyes e queríamos coloca-la em um potinho, através de seu flashback pudemos compreender melhor sua vida de “deslocamento” e o porquê de sua associação com a ardilosa Vee. E o flashback da Morello, um dos mais surpreendentes da temporada, só fez com que meu amor por ela – e a minha torcida para que ela conseguisse escapar sem ser vista da casa do Christopher – aumentasse muito. É fenomenal como Jenji e sua equipe brincam com os nossos conhecimentos sobre as personagens e, sutilmente, conseguem nos surpreender repetidas vezes.

Mas Orange is the New Black também não cai no erro de afirmar que todas as detentas estão ali porque queriam dar uma vida bacana e digna à família, se sentirem protegidas, amadas ou algo do tipo. E a história da Dona Rosa mostra isso. Ela assaltava bancos pela adrenalina, pela sede de dinheiro. Se havia algo “nobre” por trás disso, não nos foi apresentado. Mas ainda assim a série é cuidadosa ao nos alertar que assim como o bem não é absoluto, o mal também não o é. E o carisma da Rosa, especialmente, sua relação com a Morello e com o garoto da quimioterapia, fazem com que nos apaixonemos por ela e vibremos com o final da temporada. Em se tratando de Orange is the New Black, nada é unidimensional.

O flashback da Irmã Jane também mostrou que as vezes, por mais bonita que seja a causa, o que motiva o ser humano é o ego, a vontade de ser visto e reconhecido, de ser amado. A vaidade da freira acabou colocando-a na prisão, e apenas o idealismo de Soso – e o apoio de Red – começam a mudar isso. Uma prova de que a prisão pode, sim, devido ao seu material humano, melhorar uma pessoa.

Foi bacana também, através dessas espiadelas no passado, descobrir o porquê do relacionamento “8 ou 80” de Red e Vee. Ver como as coisas funcionaram no passado, como algumas relações (como a de Red e de Norma) começaram a se construir, como os esquemas de contrabando se formaram, fez com que entendêssemos muito melhor o papel de Red dentro da trama, bem como a personalidade de Vee (e aqui os flashbacks da própria e da Taystee também auxiliaram) e o seu conflito com a primeira.

Por isso, no meio de tantas histórias pesadas, é impossível não achar o drama de Piper um pouco “first world problems”. Não que isso diminua a importância de Chapman, ou mesmo torne sua trajetória pessoal descartável ou menos interessante. Pelo contrário: a luta dela é outra, como bem mostra o flashback do 1° episódio.

Piper passa, na prisão, por um processo de autoconhecimento. E a imagem que ela passa a ter de si mesma é diferente da que os outros, aqueles que estão fora dos domínios de Litchfield, tem dela. É um processo incômodo, potencializado por estar ocorrendo em um ambiente tão hostil. E Chapman encontra, de certa forma, eco em Soso, que também luta com a questão da falta de compreensão dos demais em relação à sua essência e ao seu novo eu, o pós-prisão. E talvez ser o eco de piper seja a principal função de Soso na trama.

O fato é que os flashbacks de Orange is the New Black são uma das melhores partes da série. E é impossível não querer mais e mais deles. Mal posso esperar pela 3ª temporada e seus insights, suas surpresas e histórias.

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AS NOVAS PERSONAGENS

Duas novas personagens se destacaram nessa temporada. E eu tiro meu chapéu para a construção de Yvonne “Vee” Parker.

Poucas vezes eu vi uma personagem tão bem construída. E falo sério. A trama dessa temporada não só passou por Vee. Dependeu dela. E seu poder de percepção, aliado ao de manipular as pessoas, fez inclusive com que outras personagens se modificassem. Red, Taystee (e, consequentemente, Poussey) e Crazy Eyes foram as mais afetadas pela onipresença de Vee. A ardilosa vilã trouxe um esquema de venda de cigarros para dentro da prisão para, logo na sequência, reinstaurar o tráfico de drogas em Litchfield. Com isso, Red, que achou uma forma de reativar seu “contrabando do bem”, se meteu na contenda e acabou reabilitando uma inimizade de muitos e muitos anos.

E Vee formou seu pequeno exército de negras, certa de que o domínio branco ou hispânico em Litchfield era um sinal do fim dos tempos. E, com isso, mexeu muito com duas das personagens mais legais da série.

Crazy Eyes, que era um pouco aterrorizante, mas muito divertida na primeira temporada, acabou sofrendo uma inversão. A construção que a magnífica Uzo Aduba fez para a segunda temporada consistiu em tons mais pesados, já que Crazy Eyes fez parte do esquadrão da supremacia de Vee. E foi sua mais fiel seguidora, já que Vee a manipulou muito bem, oferecendo o que Crazy sempre buscou: carinho e proteção. Em suma: um lugar para chamar de seu. Vê-la completamente devastada no episódio final da temporada, após quase ir para a segurança máxima para proteger sua “melhor amiga”, foi de cortar o coração.

Taystee foi outra que mudou consideravelmente com a presença de Vee. A esperta e inteligente detenta, que fez na primeira temporada uma dupla fenomenal com Poussey, acabou se afastando da melhor amiga por causa dos conselhos venenosos de Vee, e de sua “dívida de gratidão” com a “mãe”. Ou seja: também Taystee, sempre tão irreverente e alegre, se adequou ao “tom” da temporada, inserido por Vee: ficou mais sombria, mais perigosa.

E mesmo que Vee tenha tido um desfecho fenomenal e merecido, suas heranças permanecem em Litchfield, seja através da segregação racial que incentivou, da heroína em poder de Nicky e de Boo ou das cicatrizes no rosto de Red. E sua ousadia final – a fuga – deve deixar para as outras detentas também a herança da fiscalização mais rigorosa. Em resumo: não seria equivocado dizer que essa segunda temporada de Orange is the New Black foi de Vee, ainda que não exclusivamente.

Brook Soso, a outra personagem nova, nem de longe teve o poder de Vee. E acho que ela não caiu no gosto da audiência, seja por ser chatinha, reclamona ou monotemática demais. Contudo, como já falei anteriormente, o papel de Soso na trama se justifica. Em primeiro lugar, por servir como uma espécie de eco ou de voz da consciência para Piper. Apesar de muito diferente de Chapman, Soso se encontra em uma situação parecida com a que Piper passou na primeira temporada (a “filhinha de papai” bonita que vai passar férias na prisão). E essa proximidade de histórias rendeu alguns bons diálogos entre as duas, servindo para mostrar, principalmente, que Piper não é mais a mesma.

E Soso, assim como Vee, também funcionou como agente de modificação para as outras detentas (e embora em escala bem menor). Ela teve reflexo direto no núcleo religioso (agora não tão religioso, já que a nova líder Leanne não é, nem de longe, uma Pennsatucky da vida) e na Irmã Jane. Creio que na 3ª temporada, Brook deve funcionar melhor. Afinal de contas, como Piper bem disse, depois de um tempo você passa a “pertencer” ao lugar. E isso faz toda a diferença.

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O STAFF DA PRISÃO

Nessa temporada nós acompanhamos um pouco mais da vida dos guardas. O destaque, assim como na temporada de estreia, ficou com Healy, mas ficamos sabendo um pouco mais de Caputo e de Figueroa também, o que foi bem bacana.

Nenhum guarda teve flashback até agora (e acho que pela importância de Bennet na trama ele mereceria um, talvez), mas os roteiristas utilizaram o artifício de deixar que conhecêssemos eles fora dos muros da prisão para que pudéssemos compreendê-los melhor. Funcionou bem, especialmente com Healy e suas sessões de terapia, que acabaram tendo um reflexo direto dentro da história.

Foi bacana e bastante surpreendente a dobradinha entre Healy e Pennsatucky. O grupo de apoio “Lugar Seguro” que o guarda tentou criar dentro de Litchfield mostrou que ele está tentando ser uma pessoa melhor para as detentas. O apoio que ele deu para o jornal da prisão também. Tá certo que muito da mudança dele foi motivada pela vontade de voltar a ser amado pelas “suas garotas”, mas isso não altera o fato de que ele teve uma temporada de mais amor no coração. E isso refletiu em Pennsatucky, que deixou de ser a “vilã-líder” para ser mais uma excluída, e passou de personagem odiado para um personagem quase que querido.

Foi interessante, também, ver o quão frustrada Figueroa é. A todo-poderosa de Litchfield desviou verbas para que o marido se eleger Senador, e além de lidar com a falta de afetividade dele, ainda por cima descobriu que ele estava tendo um apaixonado caso com um assessor. E como quem sobe muito, quando cai despenca, assistimos a derrocada de Figueroa, com direito à desespero e prestação de serviços sexuais ao Caputo, na tentativa de não ser exposta para a direção do presídio. Não adiantou, e por melhor que ela tenha saído da situação, deu para perceber que ela foi embora devastada.

Caminho inverso fez o “garoto da banda” Joe Caputo. De pau-mandado de Figueroa, ele passou a encarregado por Litchfield no final da temporada. E se ele conseguir permanecer no cargo depois das duas fugas do episódio final, creio que a sistemática na prisão se modificará bastante na próxima temporada. Espero um sistema mais rígido, mas com menos injustiças. Caputo provou ser um homem mais preocupado com as detentas do que com dinheiro, o que deve tornar a vida das presas mais confortável e os guardas menos abusivos. Contudo, a rédea na condução da coisa toda deve ser mais curta, já que essa foi uma temporada de fugas e de violência. Só resta saber se ele será, como Figueroa alertou, mais um a ser corrompido pelo poder. Será uma jornada interessante de acompanhar.

George “Pornstache” Mendez voltou à série, ainda que brevemente, para ser o idiota que conhecemos lá na primeira temporada. E eu acho que apesar dele ter sido preso, essa não foi a última vez que veremos ele. Mendez parece apaixonado por Daya e disposto a assumir o filho “deles”, o que pode trazê-lo de volta na próxima temporada. Mas isso é apenas um palpite.

Por fim, só me resta lamentar a partida de Susan Fischer, que acabou dispensada por ser “boazinha” demais para Litchfield. Desde a primeira temporada a guarda mostrou qualidades que, aparentemente, não combinam com a prisão. E sua vontade de agir de acordo com as regras e tratar as detentas com dignidade acabou fazendo com que um Caputo (magoado romanticamente, diga-se de passagem) desproporcional à dispensasse.

Mas concordo com a Nicky. A demissão foi a melhor coisa que aconteceu à Fischer. Apesar disso, torço para que a vontade de Caputo de fazer o “bem” acabe trazendo a guarda de volta à Litchfield. A personagem é ótima e engraçada, e acrescenta muito à série.

De qualquer forma, em relação ao staff da prisão, acho que podemos esperar caras novas na 3ª temporada.

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A CRÍTICA SOCIAL

Orange is the New Black SEMPRE insere temas importantes nos episódios. Algumas vezes, de forma mais velada. Outras, de forma mais escrachada. As vezes, o humor é utilizado para fazer graça de certas lendas urbanas que existem por aí (como a dominação gay). E em outras oportunidades, o papo é sério.

Nessa segunda temporada, a questão do descaso do sistema carcerário com a sua população ganhou evidência. E se na primeira temporada a questão dos trangêneros ganhou destaque, dessa vez foram outros dois grupos os mais focados: a idosas e as detentas com problemas mentais.

A inserção da soltura por compaixão foi, dessa forma, feita com perfeição na trama, já que uniu esses dois pontos, e escancarou a impossibilidade de um sistema que costuma tratar a todos de forma “igual”, desconsiderando as particularidades humanas, em lidar com o diferente.

Outro tema que veio à tona, com força, foi sobre a corrupção existente no meio, que se manifesta através do desvio de verbas. Essa questão também está ligada com o descaso, uma vez que vários projetos que serviriam para melhorar a qualidade de vida das detentas acabam não saindo do papel em razão da má utilização de verbas.

É absurdo pensar em um banheiro no qual o banho não possa durar mais que alguns segundos, sob pena de dejetos saírem pelos ralos. É absurdo pensar em geradores sem motor, uma rede elétrica que não funciona, presas sem atendimento médico adequado (como a Dona Rosa, que ficou sem a cirurgia que tanto precisava). E é mais absurdo pensar em tudo isso acontecendo para que alguns agentes do sistema encham seus bolsos.

Por fim, é preciso falar do abuso dos guardas, que costumeiramente confundem rigidez com excessividade, e acabam compensando sua ineficiência com cobranças e atitudes absurdas. E a crítica passa também por mostrar que os guardas que tentam ser mais humanos acabam sendo massacrados pelo sistema. Um problema sério, e que possivelmente será novamente abordado na próxima temporada, através da luta de Caputo para transformar Litchfield em uma prisão melhor e não se deixar corromper absolutamente pelo sistema.

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OS SHIPS

Uma boa série precisa de bons casais para os quais possamos torcer, certo? E Orange is the New Black não foge dessa “regra”.

O casal Bennet e Daya é quase que uma unanimidade entre os fãs. O romance do guarda com a hispânica conquistou os telespectadores na estreia da série, e nessa temporada nós acompanhamos os desdobramentos do envolvimento sexual e afetivo de ambos: a gravidez da Daya.

Eu gostei bastante da forma como a trama deles se desenrolou. A situação passa longe de ser simples, em razão de todos os complicadores que a cercam. E talvez por isso tenha demorado tanto para que a gravidez da garota tenha sido revelada, o que cansou um pouquinho, assim como a personalidade “fraca” de Bennet. O guarda é extremamente inseguro. E não que a insegurança dele não seja justificada, afinal de contas não é fácil ele revelar que se envolveu com Daya e acabar preso, como ela sugere. Mas acho que a decisão dele de se abrir para o Caputo poderia ter sido antecipada.

De qualquer forma, foi interessante acompanhar os dois nessa temporada, e vai ser interessante ver como o novo diretor lidará com a questão no futuro, bem como qual será o destino de Bennet e de Daya, e, especialmente, do bebê que ela carrega, já que o apaixonado Pornstache deu mostras de querer ser um pai de família. É esperar um ano para ver.

Outro “casal” que tem alguma torcida (tem, né? Mesmo que seja tipo caviar e a gente só tenha ouvido falar) é Larry e Piper. Pois bem, ex-casal. Definitivamente. O navio afundou.

Achei que toda a trama de Larry e Polly gastou um tempo considerável da série que, sim, poderia ter sido utilizado com outras tramas. Mas não achei que o tempo foi mal gasto. Era necessário encerrar esse capítulo, e a Jenji foi nada menos do que genial ao unir o ex-noivo de Piper à ex-melhor amiga da loira. Foi um tanto quanto clichê, foi previsível (pela forma como a trama se conduziu). Mas nada mata um ship como isso, Blair, Serena e Nate mandaram avisar.

Não sei se Larry e Polly aparecerão na próxima temporada. Mas se aparecerem, creio que será bem brevemente. Sinto que um capítulo se encerrou em relação à eles, e se eles não voltarem mais, a história fechou satisfatoriamente. Ponto positivo, então.

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E chegamos, então, ao ship da série. Sim, eu sei que Vauseman não é unanimidade entre os fãs, mas mesmo que não shippa precisa reconhecer que Vanilla and Vanilla são o casal principal do show. E a agenda de Laura Prepon impediu que o casal tivesse um bom tempo de tela na segunda temporada.

Contudo, é inegável que o tempo escasso de Prepon foi bem utilizado pelos roteiristas. A saída da delação premiada, introduzida no primeiro episódio (e que seguiu com a saga de Piper e Alex de ferrar com a vida uma da outra, alternadamente) foi genial, e explicou a ausência de Vause por pelo menos 9 episódios. Mas nem por isso Alex deixou de ser mencionada ou de participar da trama de outra forma, seja pelas cartas, pelas lembranças de Piper ou pelas conversas entre Nicky e a loira. E o retorno de Alex, lá no 10° episódio, pelo desenvolvimento da trama, foi natural e bastante crível.

Tudo para nosso atormentado e querido casal seguir sua sina de “vou ferrar com a sua vida” mais uma vez na season finale, o que explica o possível retorno de Alex à prisão na 3ª temporada. E nunca uma decisão tão errada me fez tão feliz, confesso.

Apesar de ferrarem com a vida uma da outra repetidas vezes, é impossível não torcer para que as duas fiquem juntas. Porque há muito, muito amor ali. Há inevitabilidade. Química. E quando elas estão juntas, transparecem que nada mais importa. Por isso eu espero que Jenji faça com que Piper abra o jogo com a Alex sobre sua jogada para trazê-la de volta à prisão logo no início da 3ª temporada. Impossível que o coração de Alex não se derreta todo se Chapman confessar que fez isso porque queria ela perto e segura. Se a temporada iniciar assim, o navio navegará por águas calmas e deliciosas. E já que série consegue se sustentar bem sem o drama entre as duas, seria legal vê-las felizes – embora encarceradas -, para variar. Ainda que tenhamos, eventualmente, lidar com a questão do tempo de pena das duas ser muito diferentes. Mas como muita água ainda pode passar sob essa ponte, não vamos sofrer por antecipação. Afinal, a liberdade é uma coisa boa, certo?

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O QUE ESPERAR DA 3ª TEMPORADA

Um longo tempo nos separa da 3ª temporada de Orange is the New Black. E ainda não temos certeza sobre as atrizes e atores que retornarão para ela, fazendo com que qualquer previsão seja um exercício de futurologia. Mas vou me arriscar.

Pela forma que a 2ª temporada da série foi conduzida, creio que assistiremos, na sequência, a tentativa de Caputo de reerguer Litchfield. E esse processo deve passar pela ajuda do (regenerado) Healy e de Bennet.

Nicky, possivelmente, ganhará mais destaque na próxima temporada. E o motivo pode partir nossos corações: talvez a garota não resista ao apelo da heroína. Prato cheio para a “família Red” ganhar uma trama para chamar de sua. E Poussey, pelo destaque que obteve nessa temporada e pelo amor que gerou na audiência, também deve ganhar destaque. E talvez um amor. Quem sabe…

Vauseman (nossa, Mariela, como você é previsível) será o ship da temporada, já que Laura Prepon falou em entrevista que estará disponível para a 3ª temporada inteira. E talvez Jenji dê uma chance para as duas e a gente possa ver o relacionamento delas em tempo real, e não mais através de flashbacks. Acho que podemos aguardar cenas fofinhas nas camas do presídio para a próxima temporada.

Ah, e é claro, podemos esperar piadas engraçadas, tiradas inteligentes, bordões grudentos, histórias muito bem contadas, surpresas, novos e bons personagens. Resumindo: vou esperar que esse ano que nos separa da 3ª temporada de Orange is the New Black passe rápido. Muito rápido.

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P.S.1: obrigada, Senhor, pelos novos dentes da Pennsatucky.

P.S.2: Nicky Nichols precisa de mais tempo de tela. De mais flashbacks. Natasha Lyonne dominou a cena, quando o roteiro lhe permitiu aparecer.

P.S.3: jamais na história da televisão existiu seriado com um elenco feminino tão forte e maravilhoso. E com personagens tão magnificamente construídas. Não há uma personagem sequer que não traga por trás de um manto de simplicidade uma complexidade que encanta.

P.S.4: Alex sendo libertada, Crazy Eyes revelada como a pessoa que quebrou a cara da Piper (e a impediu de matar Pennsatucky), Crazy Eyes (sempre ela) dando uma surra em Poussey,Taslitz matando “a Vee” errada e Dona Rosa atropelando Vee foram os momentos mais “OMG” da temporada.

P.S.5: alguém aí não está completamente apaixonado pela Poussey (e por seu alemão charmoso)?

P.S.6: Morello e a melhor descrição de um filme. Ever!

P.S.7: já é 2015?

Spoiler: [Polêmica Alert]

Data/Hora 08/06/2014, 17:25. Autor
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Desde abril desse ano – mais precisamente sete de abril, dia seguinte à estreia nos Estados Unidos e na HBO Brasil da quarta temporada de Game of Thrones -, um assunto entrou em evidência como nunca antes nas redes sociais: o spoiler.

A palavra da língua inglesa, derivada do verbo spoil, que significa estragar, causar dano, já tem até uma entrada específica no dicionário relacionado a séries televisivas:  spoiler, segundo o dictionary.com, são comentários que revelam elementos importantes da trama de livros, filmes ou séries, negando ao telespectador ou leitor o suspense próprio que a obra deveria proporcionar. Mas contar o final ou revelar partes importantes de histórias publicamente não é novidade, e acontece antes mesmo do surgimento do Facebook. No caso das novelas brasileiras, há uma tradição de periódicos especializados em revelar o destino dos personagens e em qualquer prateleira de supermercado podemos ficar sabendo sobre casamentos e paternidades futuros nos folhetins. Mas porque agora o assunto está em foco? O que há em Game of Thrones que estimula tanto os spoilers?

É inegável o sucesso da série baseada nos livros de George R. R. Martin. Game of Thrones é a série mais assistida, mais pirateada e com mais repercussão midiática da HBO. E todo esse buzz inclui, claro, os comentários de quem assiste. A particularidade de GoT é que se trata de um show baseado em livros, o que faz multiplicar por dois as fontes de spoilers: há quem assiste os episódios “ao vivo” com a exibição da HBO e conta pros retardatários, e há quem já leu as Crônicas de Gelo e Fogo e salpica informações pra quem é apenas telespectador da série. E mesmo Game of Thrones sendo um produto diferente dos livro da saga, é uma adaptação que segue bem de perto os destinos dos personagens escritos por Martin, não divergindo muito da história original, como é o caso de outros seriados baseados em livros como Dexter, True Blood ou no HQ The Walking Dead, em que a história muita vezes é apenas uma inspiração e há plots completamente diferentes. Soma-se às dupla fonte de spoilers o fato de Thrones ser uma série repleta de twists, que constrói suas tramas para logo depois destruí-las na nossa cara, o que causa entre os telespectadores sentimentos de tristeza, revolta e êxtase, que têm muitas das vezes sua catarse no comentário de spoiler.

A equação maior série da HBO + leitores e telespectadores apaixonados + twists irresistíveis explica o grande fluxo de spoiler sobre a trama. Pensamos que a internet destruiu a ideia de programação fixa, mas segunda-feira é religiosamente o dia de comentários sobre a série na internet, uma mesa redonda de críticos revoltados e surpresos, o que em si é maravilhoso porque mostra o quanto a obra é instigante e inspiradora, senão fosse pelas pessoas que não conseguem se segurar e estragam a surpresa dos que não estão em dia, ou muitas das vezes não estão “em hora” com o episódio (eu já recebei spoiler no Twitter de quem tinha minutos de vantagem de exibição!).

Mas o spoiler é realmente tão negativo assim? Há quem diga que com a internet o fluxo de informação é tão rápido que ficar sabendo de spoiler é a coisa mais natural a se esperar. Há quem diga também que com os serviços de streaming, como o Netflix e o próprio HBO GO, onde a exibição é controlada pelo usuário, é impossível estabelecer uma temporariedade dos comentários. Eu não penso dessa forma. Primeiramente, falar que a internet mudou tudo é um dos clichês mais comuns de quem não sabe analisar muito bem os fenômenos. A questão da compressão de tempo é uma consequência do capitalismo e é muito mais antiga do que a internet. A própria internet não é nova: grande parte dos fãs de Game of Thrones é de uma geração que cresceu com internet, então não é algo com o que lidamos agora. Outro ponto a se considerar é que esse contexto não pode ser justificativa direta para o comportamento das pessoas. Não saímos por aí contando quem morre nos seriados por conta do fluxo acelerado da internet; quem conta é porque quer contar, da mesma maneira que ter uma vida acelerada em que temos que conjugar trabalho, estudo e vida pessoal não nos dá o direito de sair por aí empurrando as pessoas nas ruas ou furando filas. Tem muito mais a ver com o respeito ao próximo do que com questões de modernidade. Ora, respeito é um conceito tão antigo quanto um mandamento católico.

Há quem diga que se preocupar com spoiler é besteira, que a obra é mais importante do que o seu desfecho, e aproveitar o episódio como um todo torna insignificante o conhecimento de informações prévias específicas. Bom, há dois pontos a se pensar aí. O primeiro é que ditar como se deve consumir produtos culturais é só mais uma maneira de ser pedante, o que leva ao segundo ponto: quem decide o aspecto mais importante na obra é o próprio consumidor! É inegável que Game of Thrones tem um roteiro construído para quebrar expectativas constantemente. Há arranjos enormes na trama só para serem desconstruídos depois, como se moldassem enormes castelos de neve somente para pisoteá-los. Adiantar a desconstrução é negar que o próximo percorra por si próprio esse caminho.

A surpresa é um elemento vital em Thrones. Estar em uma guerra aberta ou velada, como é o caso de todos os personagens da série, é estar vulnerável a qualquer destino. Não há ninguém seguro, e Martin parece ser claro nesse ponto, e assim como acontecia em Breaking Bad, toda ação tem consequências, boas ou ruins. Bom, em Westeros a maioria é ruim.

O caso dos programas em streaming também não parece ter algum aspecto diferente a se considerar. O fato de escolher quando assistir o programa não muda a lógica dos comentários, já que a surpresa é sempre relativa ao expectador. Tudo depende do respeito. No Brasil os canais abertos sempre passaram as séries com um atraso bem grande em relação aos canais pagos, e mais ainda em relação à TV americana. Cada grupo de telespectador precisa ter seus próprios debates, como muitas comunidades virtuais fazem, ou dividir tópicos de discussão para quem assiste pela TV, quem baixa, e por quem já leu os livros. O bom senso é sempre simples.

Não há tempo específico para que obras “caduquem” e façam com o que spoiler seja liberado. É diferente na literatura, em que há os casos de domínio público, de histórias como Romeu e Julieta, em que a morte dos protagonistas não é novidade pra ninguém. Bom, não podemos falar em spoiler nesses casos, já que crescemos em uma cultura em que esse plot é inesgotavelmente explorado em vários produtos. E nessas obras a surpresa realmente não é elemento vital, diferente de enredos como o de Harry Potter, em que o final é algo valorizado e sobre o qual criam-se expectativas para o consumidor. Da mesma maneira como acontece com a pergunta sobre quem sentará no trono de ferro (se é que haverá um no final da história).

A resposta para essa nova polêmica, não tem nada de nova: é o sempre necessário bom senso. Clichês modernos não vão mudar o fato de spoiler ser desagradável. Ele até é usado como castigo, como no caso do professor francês, leitor das obras de Martin,  que punia os aluno bagunceiros de sua classe passando os nomes dos personagens que ainda iriam morrer em Game of Thrones. Participar de fóruns específicos e avisar quando for publicar algo que contenha spoiler é simples, eficiente e não impede ninguém de curtir a obra em seu tempo e na totalidade de aspectos que os roteiristas planejavam. Respeito é bom e necessário, até nos Sete Reinos.

Balanço de Temporada – Glee

Data/Hora 26/05/2014, 09:01. Autor
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Essa temporada não foi fácil pra Glee e eu (ainda) nem estou falando dos bastidores. É só observar o grande aumento do fator “encheção de linguiça” durante esses 20 episódios. Eu sei, não é fácil preencher o espaço que um personagem principal deixa, mas talvez insistir no erro seja um dos piores defeitos da série. Por exemplo: todo mundo já sabe que essa história de Sam e Mercedes não funciona, mas eles insistem em querer botar lenha nessa fogueira que não aquece nenhum fã da série (metáfora ruim, porém verdadeira).

Tudo bem que Sam voltou pra Ohio e vai tentar criar um novo Glee Club por lá, mas isso a gente também já viu acontecer. A sexta temporada do seriado só estreia em 2015, então o sentimento é de esperança. Espera-se que os produtores tenham tempo o bastante pra reconstruir plots e os fazer agradáveis aos olhos do telespectador, mas quando a quinta temporada estreou, tudo o que queríamos era um tributo a Cory. Uma temporada que respeitosamente pudesse celebrar os momentos que não só Finn, mas os outros viveram juntos. A série cumpriu bem esse papel por 2 ou 3 episódios, mas foram só 2 ou 3. O resto todo da temporada foi como se estivéssemos assistindo a uma paródia ruim.

Mesmo com um preconceito já formado antes de assistir a qualquer episódio (isso desde a quarta temporada), eu ainda conseguia relevar muita coisa e até me divertir assistindo aos episódios. A coisa ficou realmente difícil de aturar, pra mim, no episódio 5×14. Bash foi um dos piores episódios que eu já assisti, não só de Glee, mas de todas as séries que já vi e não estou com medo de ser radical quando digo isso.

É lógico que não posso ser injusta. Houve momentos maravilhosos durante a temporada, assim como o episódio que dizia adeus ao New Directions. Souberam dar um fim ao que já não cabia mais ali. Lembro que escrevi que aquele episódio seria o fim perfeito para a série e vou continuar afirmando o mesmo. Glee é um grande sucesso, mas alongar ainda mais as temporadas é um erro que a Fox comete. Os boatos são que a sexta temporada tenha só 13 episódios, e a minha torcida é para que eles sejam verdade.

Apesar da evidente chateação com a qual escrevo esse balanço, sobra dentro de mim também um sentimento de comoção. Eu espero que os tão esperados só 13 episódios da nova temporada consigam trazer algo bom de volta para o seriado. Que consigam dar um fim que uma saga de 5 anos merece. Porque já dizia nosso querido Finn Hudson “The show must go all over the place, or something” e Glee deve ir até o infinito e além de um jeito a ser lembrado carinhosamente como algo que mudou a vida de muita gente, inclusive a minha. Nos vemos ano que vem!

Os melhores jargões de How I Met Your Mother

Data/Hora 31/03/2014, 20:03. Autor
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É muito difícil dizer adeus à uma série, especialmente quando essa série está no ar há 9 anos: ela se torna parte essencial do nosso cotidiano. Mas, infelizmente, um dia ela acaba e temos que estar preparados para dizer adeus.  A série da vez é How I Met Your Mother, essa sitcom maravilhosa e tão querida por tantos, e que desde 2005 nos encanta com seu humor inconfundível, sus lições de vida épicas, seus personagens geniais e claro, sua mensagem inesquecível de que todos temos nosso “The One”, basta esperar que ele(a) aparece (inclusive demos umas dicas bacanas no Manual do relacionamento de How I Met Your Mother).

Uma das marcas registradas de How I Met Your Mother, sem dúvida nenhuma, são os seus incrivelmente cativantes jargões. Todo fã que se preze sabe pelo menos algum e usa o seu cotidiano, em especial os ditos pelo Mestre Barney Stinson. Pensando nisso, separamos uma lista com os jargões mais marcantes dessa série LEGEN… wait for it… DARY! (Tá vendo? Acabamos de usar um, é inevitável).

 

“Legen… Wait for it… Dary! Legendary!”

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Sem duvida a frase mais famosa de todas as nove temporadas de How I Met Your Mother, esse jargão utilizado por Barney é o suficiente para nos deixar como rindo feito bobos. Para tudo de bom e incrível que acontece na série, cabe a frase. No penúltimo episódio da última temporada temos Robin dizendo que Legendary significa lendário, de lenda, uma mentira como quase tudo na vida de Barney. Isso faz pensar, mas não deixa menos engraçado.

 

“You son of a bitch!”

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A marca registrada de Lily Aldrin, “You son of a bitch” sempre é dito pela ruivinha nervosa quando alguém apronta uma para ela. Mas não é um simples “You son of a bicth”, pois assim nem seria muito marcante, mas um verdadeiro “You son of a bitch”, exalando toda a fúria que cabe naquele corpo minúsculo. Detalhe: 90% das vezes o o tal son of a bitch é o Barney.

 

“Suit up!”

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Uma das primeiras frases clássicas a aparecer na série, o clássico convite para botar um terno e pegar todas as garotas é um dos jargões menos utilizados de Barney, considerando a relutância de Ted e Marshall de, de fato, colocar um terno awesome e aproveitar a vida.

 

“Hello!”

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Ranjit pode ser considerado o fiel escudeiro dos personagens de How I Met Your Mother. Sempre que algum deles está em apuros e precisa de uma carona, não importa para onde, o bom e velho Ranjit aparece para salvar o dia. E sua marca registrada é seu inconfundível “Hello”.

 

“Challenge accepted!”

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Assim como “True Story”, virou meme na internet graças a Barney. Dada alguma situação impossível/de difícil realização, Barney tomava para si como um desafio pessoal e (quase) sempre a cumpria, entrando para o rol de pessoas mais épicas das séries de TV.

 

 “Nobody asked you Patrice!”

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A pobre Patrice se considera a melhor amiga de Robin e venera a colega de trabalho, tentando fazer de tudo para agradá-la. Mas o sentimento não é nem um pouco recíproco, e Robin fica furiosa com a coitada e grita com ela constantemente o jargão “Nobody asked you Patrice” e suas variações. Calma Robin, ela só quer ser sua amiga.

 

“Aww maaaan!”

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A Maldição do Blitz. O terror de toda pessoa que gosta de se divertir. Se você a pega, você perde o melhor momento da noite. Sem exceção. E sua frase-tema vira a clássica e depressiva “Oww Maaaaan!”. Foi essa a introdução do personagem de Jorge Garcia, um ótimo ator mais conhecido como o Hurley, de Lost.

 

“Haaaave you met Ted?”

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Uma das técnicas de Barney como wingman de Ted é o famoso “Haaaaave you met Ted?” em que ele escolhe uma garota no lugar (geralmente o McLaren’s), começa a conversar com ela e então pergunta: “Haaaave you met Ted?” e deixa o pobre Ted sozinho com a garota, sem saber o que dizer. Pode não ser infalível, mas funcionou algumas vezes.

 

“Lawyered!”

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Essa frase, dita por Marshall, mostra seu amor pelo Direito e sempre é usada depois que ele apresenta um argumento irrefutável em uma discussão, usando suas habilidades de advogado. Recentemente foi substituída por “Judged!”, quando julgado alguma discussão com Marshall sendo o juiz imparcial.

 

“Thank you, Linus.”

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Durante a nona temporada Lily está em um momento bastante delicado de sua vida e anda extremamente estressada. Então, para tentar acalmar seus nervos, ao chegar ao Farhampton Inn (hotel em que a turma se hospeda pro casamento de Barney e Robin) ela pede a Linus, um dos bartenders o pacote Kennedy, em que ele deve oferecê-la um drink toda vez que a ver com as mãos vazias. E isso resultou em um dos jargões mais engraçados e marcantes da série, mesmo sendo introduzido apenas na última temporada, graças à eficiência de Linus, o bartender. Thank you, Linus.

 

“True Story.”

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Está contando uma mentira? Daquelas bem cabeludas e impossíveis? Nada que uma “True Story” no final não resolva. Pelo menos é assim que parece pensar o Barney… É um dos memes mais conhecidos da internet, hoje em dia.

 

“Classic Schmosby.”

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Ted tem uma personalidade um tanto “peculiar”, o que gera zoação de todos os seus amigos, mas em especial de seu amigo de infância Punchy, que classifica as atitudes dele como “Classic Schmosby” (nos Estados Unidos é comum adicionar o prefixo “sch” no início de uma palavra para dar tirar a seriedade da palavra ou gozar da situação). Um exemplo é a mania de Ted de chorar em todos os brindes de casamento, ou como ele diz “Eu te amo” muito cedo (Robin mandou lembranças).

 

“Awesome!”

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Não necessariamente um jargão iniciado com How I Met Your Mother, o adjetivo “Awesome!” serve para qualquer coisa que seja incrível, divertida ou épica. Uma das frases preferidas do Sr. Awesome, Barney Stinson. Curiosidade: a série foi responsável por popularizar a expressão a nível mundial.

 

“As a kid I was a BIT of a detective…”

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Ted Mosby é conhecido pela sua falsa modéstia. Essa frase mostra este seu lado claramente. Quando há um mistério no ar, os “Mosby Boys” entram em ação, com suas deduções (quase sempre erradas) que nos matam de rir. Recentemente a Mãe e futura esposa de Ted disse a frase clássica, que sempre iniciava uma busca pela resolução de um mistério.

 

“High Five!”

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Barney é um dos caras mais convencidos que existe (ele tem motivos mas isso não vem ao caso) e ele se gaba intensamente de suas piadas geniais. E toda fez que ele faz uma ele requisita um “high-five” de quem estiver mais próximo. Mas não são simples “high-fives” mas todo tipo de “high-fives”, cada um mais maroto que o outro. Awseome five, Barney!

 

“But, um…”

btmscQuando Robin apresentava o programa “matinal” Come on, Get Up New York e ela ia entrevistar alguém, ela tinha a mania inconsciente de dizer excessivamente a expressão “But um…”, o que virou uma das brincadeiras mais legais mostradas na série. Toda vez que ela disser “But um…’ você toma uma dose. A brincadeira foi inventada pelos alunos de Ted, que disseram à Robin serem fãs dela pra depois ela descobrir o verdadeiro motivo deles assistirem o programa. Claro que ela se vingou deles, Scherbatsky style!

E é isso. Com certeza faltaram alguns jargões e expressões marcantes da série, mas acreditarmos ter feito justiça à apenas uma das característica dessa série fantástica que está se despedindo. Esperamos que tenham gostado da lista e desejamos à vocês força para assistir ao último episódio da série mais LEGEN… wait for it… DARY de todas. Legendary Five!

*Feito em parceria com o colaborador Vinícius de Freitas Santos.

O Manual do Relacionamento de ‘How I Met Your Mother’

Data/Hora 30/03/2014, 21:02. Autor
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Durante nove anos, How I Met Your Mother trouxe histórias engraçadas, cheias de momentos memoráveis e com toques especiais de emoção. A história que trazia um homem atrás do sonho de encontrar a mãe dos seus filhos deu mais pano para manga do que muita gente previa e, com o passar dos anos, o hábito dos amigos de ir juntos ao bar também se tornou o nosso.

Seja na busca de Ted pela mãe de seus filhos, ou na trajetória que Barney fez, usando de sua experiência com as mulheres para teorizar relacionamentos, a série sempre nos apresentou as mais diversas regras, tanto para a hora da conquista quanto para um relacionamento formado. Por isso, celebrando tudo o que a série nos ensinou até hoje, o TeleSéries resolveu criar para vocês um Manual do Relacionamento de How I Met Your Mother, no qual mostraremos as várias fases da busca, da conquista e da consagração do amor a partir das teorias mais inusitadas apresentadas na sitcom. Afinal, assim como Ted achou seu tão procurado guarda-chuva amarelo, você também pode achar o seu – e nós queremos fazer parte disso!

Mas antes de você começar a procurar um namoro, aqui vai uma dica: nunca, nunca mesmo, procure-o depois das 2h da manhã, porque…

 

6

Teoria: Nada de bom acontece depois das 2h da manhã

Episódio: Nothing Good Happens After 2 A.M (S01E18 )

Essa teoria é mais um conselho do que uma regra, e vem à tona quando Ted decide tentar um namoro à distância com fuso-horário. Mesmo gostando de sua namorada, as coisas acabam dando errado quando ele decide não seguir o velho ditado de sua avó. Ele vai até a casa de Robin – depois das 2h da manhã – e acaba “esquecendo-se” de seu namoro por um instante. O resultado dessa pequena mentira é que ele acaba perdendo tanto as chances de ficar com Robin quanto o seu namoro.

Por isso, nós avisamos: procure no domingo, no sábado, de noite, de manhã. Mas nunca, de verdade, vá à rua, encontros ou festas procurar o seu amor se o relógio já tiver passado das 2h da manhã.

Agora você já sabe o horário proibido, mas ainda não está  totalmente pronto para ir à busca do seu par. Antes da busca, vem a restrição do local em que você vai procurar a sua alma gêmea.

 

3

Teoria: Regra da platina

Episódio: The Platinum Rule (S03E11)

A regra da platina tomou todo um episódio e provou em oito passos porque sair com quem você trabalha – ou divide responsabilidades chatas do seu dia-a-dia – sempre é uma má ideia. Quando Ted decide convidar a doutora com quem marcou 10 consultas para sair, usando os exemplos de todos os amigos, Barney explica a teoria. Segundo ele, os oito passos são: atração, barganha (o momento em que você tenta se convencer que o que aconteceu com os outros não vai acontecer com você); submissão (quando você cede à atração); benefícios (pequeno momento em que você acha que sua decisão foi uma boa ideia); ponto de virada (quando você percebe que fez uma bobagem); purgatório (quando você fica evitando a pessoa); confronto (quando chega a hora de dar um fim na história) e, por último, a ruína (quando a relação não consegue voltar ao que era).

Dessa vez, quem adverte é o Barney: quando for escolher um local para depositar todo o seu charme e presença, evite locais de trabalho, consultório do seu dentista, salas de aula. Sério mesmo.

Pronto! Agora que você já sabe as restrições, a sua busca está pronta para ser iniciada. Porém, um certo cuidado deve ser tomado na hora de direcionar o olhar para o seu (sua) pretendente.

 

1

Teoria: Efeito animadora de torcida

Episódio: Not a Father’s Day (S04E07)

A teoria lançada por Barney surge quando todos estão no bar observando um grupo de garotas. A princípio, todos as julgam bonitas, pois as veem como um grupo. Barney explica então como funciona este efeito: ao analisarmos todas em conjunto, deixamos de perceber seus defeitos. Porém, individualmente, elas acabam tendo suas características mais destacadas, mostrando sua real “beleza”. De fato, essa é uma das teorias mais pertinentes do personagem, que acabou sendo, mais tarde, comprovada por pesquisa (acredite se quiser).

Portanto, analise bem – principalmente quando sozinhas – as pessoas a quem seu olhar irá ser direcionado. Você não quer levar um susto, certo?

Pois bem, você  já sabe analisar a pessoa a ser conquistada, então passaremos para a escolha. Na escolha é fundamental que um certo tipo de pessoa fique longe de ser o seu alvo. De quem estamos falando?

 

9

Teoria: Efeito wooo!

Episódio: Woooo! (S04E08)

Essa célebre teoria é aplicada na balada ou em barzinhos. Na série ela não é criada, apenas citada como uma daquelas teorias que existem há tempo muito. Segundo a teoria, garotas que fazem “wooo” com frequência normalmente são sozinhas e/ou infelizes, e acabam disfarçando esse problema com uma aparente felicidade. Essa teoria não se aplica somente às mulheres, pois até mesmo na série Ted sofre do efeito “wooo”.

Então já sabe, né? Pessoas que fazem “wooo” têm grandes chances de estarem tentando mostrar felicidade quando, na verdade, são infelizes por dentro. Nosso recado é: corra daqueles (as) que fingem ser o que não é.

Finalmente passamos de nível! Você já conheceu a pessoa e aí entra o primeiro passo importante: marcar um encontro. Quando marcá-lo?

 

2

Teoria: Regra dos três dias

Episódio: The Three Days Rule (S04E21)

Essa é uma das mais clássicas. Quando Ted decide ligar logo depois de conseguir o número de uma garota, Barney tenta impedi-lo explicando não só a regra dos três dias, mas onde ela nasceu. A origem? Ninguém menos que Jesus. Segundo Barney, Jesus esperou o número exato de três dias para ressuscitar, pois este seria o tempo certo para todos notarem sua falta, em uma interpretação hilária do que aconteceria se o mesmo não tivesse esperado o tempo certo.

Então, fica a dica: não se antecipe! Deixe que o gatinho, ou a gatinha, pense no quão bom foi te conhecer e dê à pessoa o tempo de três dias para ligar e marcar o encontro.

O encontro pode ir muito bem, mas também pode ser um fracasso! Caso você perceba que uma das partes envolvidas NÃO está afim da outra, saiba que essa pessoa pode desistir logo no início, afinal…

 

5

Teoria: Lei do limão

Episódio: The Duel (S01E08)

Com base na lei para carros, Barney criou uma nova forma de tentar evitar constrangimentos ou perda de tempo em um primeiro encontro. A lei do limão diz que não havendo interesse de uma das partes nos primeiros minutos de uma conversa, o termo pode ser utilizado para acabar com o encontro sem ressentimentos…

… afinal, você sempre pode usar a lei do limão para encerrar o fiasco que foi o encontro, voltar para casa e tentar achar outra pessoa. Ou você pode ser a pessoa que será o alvo, no encontro, dessa lei – nesse caso, voltar para casa e encher a cara também vale!

Mas digamos que você deu sorte e o primeiro encontro foi perfeito. Depois de um tempo, vocês começam a se ver com frequência e é nessa hora que você precisa começar a observar certas peculiaridades da pessoa.

 

4

Teoria: Escala de loucura x beleza

Episódio: How I Met Everyone Else (S03E05)

A teoria mais didática já apresentada na série, até gráfico teve! Mais uma vez, Barney mostra todo o seu conhecimento quando Ted apresenta uma de suas namoradas ao seu grupo de amigos. Segundo ele, a loucura de uma garota somente é permitida quando sua beleza é diretamente proporcional ou maior, compensando assim o seu “defeito”.

Ou seja, se você notar que a loucura está presente nessa pessoa mais do que o normal (afinal, loucos todos somos), tente ver se a beleza compensa toda essa loucura. Se não compensar? Com certeza Barney diria: pernas para que te quero!

Contudo, o primeiro encontro deu certo, a pessoa não é totalmente louca e você já está até pensando em algo mais sério. Para saber se o namoro vai dar certo, aqui vai um teste:

 

7

Teoria: Teoria das azeitonas

Episódio: Pilot (S01E01)

A teoria das azeitonas apareceu logo no Piloto da série. Segundo Ted, o que fazia seus amigos Marshall e Lily um casal tão perfeito era seu equilíbrio. Ele odiava azeitonas, ela amava. Apesar de ser uma das teorias mais conhecidas, ela foi desmascarada por Barney no próprio episódio. No entanto, a magia do casal continuou e a teoria se manteve entre os fãs.

Eba! Ela (ele) não curte azeitona, e você ama, ou vice-versa: quase feitos um para o outro. É claro que nenhuma teoria é 100% válida, mas caso a combinação dê certo, já é uma dica a mais de que o namoro de vocês tem tudo para dar certo. Yay!

Porém, nem tudo são flores e, além da teoria das azeitonas não ter funcionado, com o tempo você também percebeu que o namoro não daria certo de modo algum. Calma, não se desespere. Você ainda pode fugir da enrascada de um namoro ruim.

 

how i met your mother - estrada

Teoria: A estrada do relacionamento

Episódio: First Time in New York (S02E12)

Quando é a hora certa de terminar uma relação já sem futuro? Até para isso Barney tem resposta! “Relacionamentos são como estradas”, e como todas as estradas possuem saídas certas, os relacionamentos também têm. Segundo ele, existem 7 saídas: seis horas após conhecer a pessoa, quatro dias, três semanas, sete meses, um ano e meio, 18 anos e por fim a morte. Faz sentido? Talvez nessa o personagem tenha exagerado.

Viu? Ninguém merece ficar infeliz ao lado de quem não gosta, ou empurrar com a barriga uma relação que você já sabe que tem seu “prazo de validade”. Quando achar que é o fim, saia da estrada e vá procurar um novo caminho.

Bem, depois de todos esses passos – independente de terem dado certo logo na primeira vez, ou não terem seguido-os nessa ordem – o relacionamento chegou e, com ele, a bagagem.

 

10

Teoria: Teoria da bagagem

Episódio: The Wedding Bride (S05E23)

Com base na experiência em sua busca pela mãe, Ted desenvolveu a teoria da bagagem. Segundo ele, cada pessoa possui a sua bagagem e por mais que se tente esconder, ela acaba se revelando. A solução para esse impasse? Compreensão. Se alguém está mesmo disposto a ficar com você, sua bagagem não vai fazê-lo desistir.

Portanto, a dica que fica aqui é: se há amor, se há amizade, o tamanho – ou peso – da bagagem do outro não importa. Afinal, uma bagagem é sempre mais leve quando carregada por duas pessoas.

Se How I Met Your Mother disse algo ao longo dos anos, é que não há relacionamentos perfeitos e você não encontra a felicidade sem correr riscos. As regras acima tentam determinar a variável de um relacionamento, e por mais sentido que façam, as coisas não são tão fáceis como parecem. Você vai quebrar seu coração muitas vezes, será surpreendido em outras e não há como prever isso. Muitas das teorias aqui citadas foram quebradas e, mesmo assim, casais deram certo, porque o grande segredo para qualquer relacionamento dar certo é apenas um: a vontade dos dois.

*Especial produzido com a ajuda de Ana Botelho.

Dia Mundial do Transtorno Bipolar: conscientizando e quebrando preconceitos

Data/Hora 30/03/2014, 11:01. Autor
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Bipolar. Palavra que tem sido banalizada ultimamente, mas que esconde por trás dela uma doença muito séria, que afeta não só a vida de quem sofre dela como das pessoas mais próximas. Na realidade, este transtorno vai muito além do que uma mera alteração do humor, algo a que toda pessoa está sujeita pelos mais diversos motivos. No caso da bipolaridade, as mudanças acontecem sem que haja um motivo aparente e o fato de as pessoas não saberem exatamente do que se trata faz com que acabem tendo uma ideia equivocada a seu respeito.

Quer ter uma noção do que é esta doença? Imagine por um instante a sensação de estar no topo do mundo: sua mente ferve, cheia de ideias e planos, você ri ou acha tudo muito engraçado, se arrisca, faz coisas que jamais faria em seu juízo normal – como gastar seu salário inteiro ou suas economias de uma vez só -, exagerar na bebida ou até mesmo usar substâncias mais pesadas, passar a noite em claro e não se sentir cansado; enfim, achar que nada parece impossível.  Guardada as devidas proporções, não parece tão ruim estar sempre “para cima”, mas há o outro lado da moeda: passada essa fase, de um momento para o outro o cenário muda e de repente você se sente muito triste, chora sem motivo, não tem ânimo para nada e fica tão sem esperança que pensamentos suicidas tomam conta de sua mente. Do topo do mundo você vai direto para o fundo do poço.

Estas fases de altos (mania) e baixos (depressão) podem se alternar com maior ou menor frequência e intensidade – daí o nome “bipolar” pelo qual a doença passou a ser conhecida (antes disso era denominada transtorno maníaco-depressivo). O quadro se agrava cada vez mais se não houver tratamento, sem falar nos problemas que estas oscilações acabam causando, tanto na saúde como na vida da pessoa e daqueles com quem ela convive diariamente.

Felizmente tem surgido um grau maior de conscientização em relação às doenças psiquiátricas e o fato de alguns artistas revelarem que sofrem de problemas desta natureza ou participarem de campanhas de esclarecimento como a da Associação Brasileira de Psiquiatria e iniciativas como a da International Bipolar Foundation, que promoverá o World Bipolar Day todo dia 30 de março a partir deste ano, também têm ajudado a tirar um pouco do estigma que existe em torno delas e levar as pessoas a conversarem a respeito e procurarem ajuda.

Entre os famosos, um dos casos bastante conhecidos é o do ator e comediante britânico Stephen Fry (Bones), diagnosticado de forma definitiva aos 37 anos – ele sofre de ciclotimia, que é uma das formas do transtorno, com sintomas mais sutis – embora já sofresse desde a adolescência com as variações de humor.  Ele narra um pouco de sua trajetória no documentário da BBC The Secret Life of the Manic Depressive, em que se consulta com especialistas e conversa com o cantor Robbie Williams e os atores Richard Dreyfuss e Carrie Fisher, que também sofrem do problema.

 

 

O documentário Up/Down, de 2011, também ajuda a esclarecer fatos sobre a doença, pois além de ouvir as pessoas que vivem com ela, também mostra o que pensam e como se sentem aqueles que também são profundamente afetados por conviver com quem tem o transtorno bipolar, como familiares e amigos mais próximos. E retrata bem a falta de informação do público em geral, que acaba se atendo aos estereótipos negativos associados à doença ao tentar descrever o que eles acreditam que ela seja.

 

“É como pegar o melhor e o pior dia de sua vida e multiplicar por mil”. É assim que um dos portadores do transtorno define a sensação dos altos e baixos na produção mais recente sobre o tema, Of Two Minds, de 2012, que adota uma abordagem que foge do didatismo e procura mostrar como diversas pessoas levam suas vidas da melhor forma possível, dentro de suas limitações, enfrentando um dia de cada vez.

 

 

Além do cinema, que já retratou personagens bipolares, sendo o caso mais recente O Lado Bom da Vida (2012), com Bradley Cooper e Jennifer Lawrence, na televisão vários personagens com o transtorno passaram por diversas séries ao longo dos anos. Entretanto, na maioria das vezes, o que mais se via eram personagens descritos como bipolares sendo retratados como incontroláveis, indo de pessoas amáveis e agradáveis a raivosas ou suicidas em questão de segundos, em um retrato simplista que não mostra de forma alguma a complexidade da doença. E, ainda, na maioria das vezes o personagem em questão acabava sendo o “esquisitão” digno de pena, cuja vida é um caos total, ou o suspeito de um crime em alguma série policial, que só servia para reforçar os piores estereótipos possíveis (“é bipolar e, portanto, perigoso”).

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Claire Danes e sua personagem Carrie Mathison, protagonista em Homeland , colocaram o transtorno bipolar em evidência no horário nobre da TV. A crítica elogiou a atuação da atriz e a forma realista como – considerando as devidas licenças artísticas –  a doença foi retratada na tela (as crises, as opções de tratamento, bem como a decisão de ela deixar de tomar medicamentos e suas consequências).  Mas, o mais importante de tudo é que Homeland retratou uma pessoa que consegue lidar com seu problema, vai trabalhar e tenta tocar sua vida. Sua doença é parte do que ela é, mas não define quem ela é. Há também a preocupação de retratar também o estigma que existe em torno das doenças mentais, daí o fato de Carrie tentar de toda forma esconder sua condição, que, obviamente lhe custaria não só a credibilidade como também o emprego.

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Se de um lado Danes leva o público para dentro de sua “mente inquieta”, a interpretação de Chloe Webb em Shameless serve para mostrar não só o dia a dia de quem sofre da doença como também o impacto nas pessoas que convivem com ela. Na série vemos como sua personagem Monica Gallagher vai de um surto maníaco no qual leva seus filhos para torrar suas economias em compras até uma tentativa de suicídio no auge de uma crise depressiva, em numa cena chocante.

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A série canadense Rookie Blue  trouxe uma nova personagem para sua quarta temporada, a “esquentada” policial Marlo Cruz (Rachael Ancheril), que a princípio já despertou antipatia dos fãs por ter se tornado o novo par romântico de Sam Swarek (Ben Bass). Quando ela revela a Andy McNally (Missy Peregrym) sobre sua condição a surpresa não é só de sua colega como do público pois até então a trama daquele episódio dava a entender que outra personagem teria a doença. A exemplo de Carrie em Homeland, Cruz mantém segredo, pois teme que isso acabe afastando-a de seu trabalho. Ao mesmo tempo surge a questão, levantada pelos demais personagens quando se dão conta de que um deles é bipolar: alguém com essa doença poderia ter se tornado policial? A introdução de Cruz na série talvez tenha sido com este propósito e a doença infelizmente acabou interferindo em seu trabalho, levando-a a cometer um erro que teve consequências bastante sérias para seus colegas.

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Além delas, vários personagens marcantes passaram pelas telas, com tramas e backgrounds diversos. Quem não se lembra de Maggie Wyczinski, a mãe de Abby (Maura Tierney) em ER, interpretada por Sally Field em um desempenho que lhe rendeu um Emmy em 2001? Ou de Billy Chenowith (Jeremy Sisto), o irmão que tinha um relacionamento quase simbiótico com Brenda (Rachel Griffiths) em Six Feet Under? E da irmã de Kelly Taylor (Jennie Garth), Erin Silver (Jessica Stroup, indicada para dois PRISM Awards pelo seu papel) de 90210? E de Waverly Grady (Aasha Davis), que deu aos roteiristas e produtores de Friday Night Lights o Voice Award? Ou, ainda, de Kathleen Stabler (Allison Siko), filha do detetive Elliot Stabler em Law & Order: SVU, que, depois de envolver em uma série de problemas com a lei, foi diagnosticada com a doença? E, por fim, ainda acompanhamos Sean Tolke (John Benjamin Hickey), irmão de Catherine “Cathy” Jamison (Laura Linney) de The Big C, que embora diagnosticado recusou tratamento durante muito tempo, levando uma vida conturbada.

Mas entre todos estes retratos da doença, um dos que mais se destacou foi, curiosamente, a história de uma pessoa real, introduzida na série Doctor Who, no episódio da quinta temporada, “Vincent and the Doctor”.  A trama, que mescla fantasia e realidade emocionou os fãs da série ao mostrar o drama vivido pelo pintor holandês Vincent Van Gogh (1853-1890), interpretado por Tony Curran.  Embora jamais tenha sido diagnosticado em vida, Van Gogh manifestava sintomas claros do transtorno, que o levaria a cometer suicídio aos 37 anos, enquanto estava internado em um hospital psiquiátrico na França. Suas obras de certa forma refletiam seu tormento interior, mas ao mesmo tempo possuíam uma beleza ímpar.

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O QUE É

O transtorno bipolar é uma doença mental caracterizada por variações acentuadas do humor, com crises repetidas de depressão e euforia (mania). As oscilações do humor repercutem nas sensações, nas emoções, nas ideias e no comportamento da pessoa e acabam interferindo e muito em sua saúde e autonomia (vida pessoal e profissional).  Seu diagnóstico é difícil e em alguns casos pode levar anos. Não raramente os pacientes acabam recebendo outros diagnósticos como distimia ou depressão, o que retarda o início de um tratamento adequado, agravando ainda mais a situação.

Em comparação às demais doenças psiquiátricas, a mortalidade dos portadores de transtorno bipolar é elevada, e o suicídio é a causa mais frequente de morte, principalmente entre os mais jovens.  Estima-se que até 50% dos portadores tentem o suicídio ao menos uma vez em suas vidas.   Além disso, a incidência de doenças clínicas como obesidade, diabetes, e problemas cardiovasculares é mais alta entre os portadores do que na população geral.  A associação com a dependência de álcool e drogas não apenas é comum como agrava o quadro, interfere na adesão ao tratamento e aumenta em duas vezes o risco de suicídio.

A causa exata é desconhecida, pois há uma série de fatores que interagem e acabam produzindo os sintomas, mas os cientistas acreditam que uma delas esteja ligada à genética: segundo a Associação Brasileira de Transtorno Bipolar, 50% dos portadores da doença apresentam pelo menos um familiar afetado e filhos de portadores apresentam risco aumentado de apresentar a doença, quando comparados com a população geral.  Embora a genética tenha um peso maior, os fatores ambientais, denominados “gatilhos” (níveis elevados de stress, perturbações constantes do padrão de sono e o consumo de álcool e drogas pesadas), também contribuem para que a doença acabe se manifestando em pessoas que já possuam algum tipo de predisposição.

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Embora não haja consenso na comunidade médica, o mais comum é classificar o transtorno bipolar em dois tipos principais (o I e o II), ainda que alguns estudiosos prefiram citar quatro tipos, listados abaixo:

– Tipo I: é o mais característico, com crises de mania e depressão. Sem tratamento as crises de mania duram de 3 a 6 meses. Os episódios de depressão podem durar mais sem tratamento: de seis meses a um ano. O tipo I atinge cerca de 1% da população geral.

– Tipo II: os episódios de depressão e hipomania (versão mais leve da mania, como é chamada a fase de euforia) são mais curtos e mais espaçados entre si.  O tipo II afeta cerca de 8% da população geral.

– Ciclagem Rápida: caracteriza-se pela superposição ou alternância de sintomas depressivos e eufóricos importantes em um período curto de tempo. Costuma afetar uma em cada 10 pessoas com transtorno bipolar, com incidência maior em mulheres e em portadores do tipo II.

– Ciclotimia: traz os sintomas da doença mais brandos. As oscilações de humor não são tão severas como naqueles que sofrem de transtorno bipolar, mas duram mais. E em alguns casos quem tem ciclotimia pode vir a ter o transtorno bipolar.  Afeta de 0,4 a 1% da população geral.

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SINTOMAS

Os sintomas dizem respeito a cada fase da doença.

Mania

O principal sintoma desta fase é um estado de humor elevado e expansivo, eufórico ou irritável. Nas fases iniciais da crise a pessoa pode sentir-se mais alegre, sociável, ativa, autoconfiante, inteligente e criativa. Com a elevação progressiva do humor e a aceleração psíquica podem surgir outros sintomas como uma irritabilidade extrema, alterações emocionais súbitas e imprevisíveis (a fala torna-se muito rápida, com mudanças frequentes de assunto), reação excessiva a estímulos, hiperatividade ininterrupta; diminuição da necessidade de dormir; aumento da libido, tendência a recusar o tratamento e a se envolver em situações de risco; perda da noção da realidade, delírios, abuso de álcool e de substâncias.

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Depressão

O principal sintoma é um estado de humor de tristeza e desespero. Em função da gravidade da depressão, a pessoa pode sentir também uma acentuada baixa da autoestima; ficar obcecada com pensamentos negativos, sem conseguir afastá-los; sentimentos de inutilidade e culpa excessiva; pensamento lento, esquecimentos, dificuldade de concentração e em tomar decisões; perda de interesse pelo trabalho, pelos hobbies e pelas pessoas, incluindo os familiares e amigos; alterações do apetite e do peso; alterações do sono: insônia ou sono a mais; diminuição do desejo sexual; ideias de morte e de suicídio; uso excessivo de bebidas alcoólicas ou de outras substâncias.

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Em alguns casos a pessoa pode apresentar durante a mesma crise sintomas de depressão e de mania, o que corresponde às crises mistas.

A incidência da doença costuma ser igual entre homens e mulheres — no entanto a do tipo II, com oscilações menos espaçadas e constantes, costuma ser mais comum entre os pacientes do sexo feminino (na proporção de 70/40).

TRATAMENTO

O tratamento mais convencional consiste em uma combinação de medicamentos, em geral antipsicóticos, antidepressivos e estabilizadores de humor, receitados por um psiquiatra em conjunto com acompanhamento de um psicólogo.  Em alguns casos, a critério do profissional e do paciente, pode-se aplicar a ECT (eletroconvulsoterapia), usada principalmente para os quadros depressivos graves, com ou sem sintomas psicóticos, nos episódios de mania aguda.  Ainda há certo receio do público leigo em relação a este tratamento, que envolve uma pequena descarga elétrica no cérebro (a técnica felizmente está bem longe daquela imagem assustadora tão alardeada pela ficção), mas seus defensores afirmam que o início de seu efeito, especialmente nestes casos mais graves, é mais rápido que o de antidepressivos e/ou antipsicóticos (conforme revelado em vários estudos).

Apesar da gravidade e do fato de não ter cura, a pessoa poderá levar uma vida plena e produtiva desde que siga à risca o tratamento (a combinação correta de medicamentos e psicoterapia) e busque apoio junto a amigos e familiares para lidar com situações que podem representar risco de desencadear crises como o stress e a alteração nos padrões de sono (os chamados “gatilhos”).

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Hoje, dia 30 de março, é celebrado pela primeira vez o World Bipolar Day (WBD). A data escolhida é o aniversário do pintor holandês Vincent Van Gogh, postumamente diagnosticado com o transtorno bipolar. O objetivo é conscientizar o mundo sobre a doença e lutar contra o estigma que ainda existe em relação aos portadores de doenças psiquiátricas. 

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Com informações da Associação Brasileira de Transtorno Bipolar. Para maiores informações acesse também AbrataAssociação Brasileira de Psiquiatria.

The Voice USA – Balanço das ‘Blind Auditions’

Data/Hora 24/03/2014, 10:11. Autor
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Finalmente consegui colocar em dia a sexta temporada do The Voice e confesso que não gostei muito o que vi – quer dizer, ouvi – durante as blinds. Sem dúvidas a quinta temporada foi uma das melhores, mesmo tendo sido a primeira e única que tinha assistido do programa. Nessa mesma fase, comparando as duas, você já conseguia enxergar possíveis vencedores, coisa que ainda não aconteceu na atual temporada. Peço desculpas de antemão, mas durante o texto farei diversas comparações entre elas.

Acho que nunca tinha ouvido a palavra gig (apresentação) ser repedida tantas vezes em tão curto espaço de tempo. Consegui reparar um padrão que se repetia em quase todos os candidatos: uma história triste, que geralmente envolvia uma doença do participante ou na família, acompanhado de filhos, um emprego regular e dificuldade de balancear tudo isso com a música e seus gigs por aí.

Não quero criar polêmica, mas a forma como isso foi abordado durante os episódios foi me cansando. Houve uma demasiada exploração dramática da vida pessoal dos participantes, antes mesmo deles mostrarem seu talento. mas é CLARO que isso não influenciou a decisão dos técnicos, já que isso não era mostrado para eles, só para os telespectadores. Apenas achei cansativo demais.

Os Técnicos

Shakira e Usher voltaram para mais uma temporada, substituindo Christina Aguilera e Cee-Lo Green (que não vai mais voltar para o programa). Eu particularmente gostei muito de Aguilera e Green e não conseguia ver o programa sem eles, mas paguei pela língua e confesso que a dinâmica mudou muito. E para melhor.

Adam: Ouça o garoto que nunca ganhou dizer pra ir com a garota que nunca ganhou!

Durante a quinta temporada, Blake e Adam eram as estrelas, Aguilera estava tentando se reerguer musicalmente e como figura pública e Cee-Lo era mais lembrado por suas roupas do que por seus comentários e artistas. Pode parecer óbvio, mas Shakira trouxe um tempero latino interessante, e a maior surpresa foi Usher, que com seu carisma lutou muito por diversos candidatos e no final acabava levando a melhor. A dupla Shakira e Usher conseguiu esvaziar um pouco o duo Blake e Adam e os quatro juntos protagonizaram momentos muito bons. Blake continua como o grande “vilão”, já que ganhou três vezes a disputa. E os momentos mais engraçados eram quando os outros se juntavam para tentar derrubar esse gigante.

Além de engraçados eles possuem uma química musical muito boa. Logo no começo da temporada eles se apresentaram com um medley de seus sucessos: Whenever, Wherever, Boys ‘Round Here, Love Somebody e Without You.

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O Retorno

Dois artista que tentaram a sorte na temporada passada e não obtiveram sucesso retornaram e mostraram para os técnicos que eles ouviram seus conselhos. Delvin Choice, o carismático e estiloso atendente da Starbucks, e o tímido e boa gente Jake Worthington.

Eu me lembrava do Choice, pois é uma figura difícil de se esquecer. Na temporada passada ele se apresentou cantando a fraca Closer, do Ne-Yo e dessa vez ele chegou mostrando que não estava para brincadeiras e cantou uma das minhas músicas favoritas: A Song for You. Não conheço a versão original, mas a do Michael Bublé, que inclusive foi citado pelos jurados, é simplesmente sensacional. Nem preciso dizer que ele arrebentou e conseguiu que os quatro jurados virassem suas cadeiras. Ele acabou escolhendo o Adam.

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Já de Worthington eu não me lembrava, só consegui recordar do cara depois que Carlson mostrou o vídeo da sua performance anterior. Realmente ele melhorou muito a questão da respiração e mandou muito bem cantando Don’t Close Your Eyes de Keith Whitley. Com seu jeitão caipira e voz potente, ele foi disputado somente pelos meninos e acabou ficando, como não poderia ser diferente, com o Team Blake.

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Quatro Cadeiras

Acredito que para a maioria das pessoas que tentam o The Voice o objetivo é que pelo menos um daqueles quatro técnicos apertem o botão vermelho e sua cadeira vire. Dois, é ainda melhor. Três, então, nem se fala. Mas a sensação de ter as quatro cadeiras viradas deve ser indescritível. Nessa temporada tivemos um recorde de 11 artistas podendo escolher entre os quatro técnicos. Adam e Blake levaram a melhor em quatro cada, Usher em duas e Shakira em somente uma.

Confesso que na maioria dos casos eu particularmente não achei necessária tanta opção de escolha, mas como já disse, foi interessante ver a batalha, alguma das vezes pesada, entre os jurados.

Uma das artistas que mais me chamou a atenção foi Sisaundra Lewis. Linda, no auge dos seus 44 anos, ela chegou com uma humildade sincera e de principiante, mesmo já tendo trabalhado nesse ramo e obtido sucesso. Tendo em seu currículo trabalhos com Celine Dion – que inclusive mandou vídeo de apoio – ela parou tudo para ser mãe e cuidar dos filhos. Ainda bem que eles cresceram e ela voltou. Ain’t No Way, de Aretha Franklin, foi sua escolha e ela simplesmente arrebentou. O vencedor da batalha por Sisaundra foi Blake e espero ver e ouvir muito sobre ela.

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Os Rejeitados

A quantidade de artistas que mereciam uma chance e não passaram foi grande. Porém a maioria deles ouviu feedback positivos e provavelmente terá uma segunda chance, assim como aconteceu com Worthington e Choice. Realmente espero que algum, ou todos eles, voltem algum dia.

Tanner Linford, de 16 anos com cara de 12, cantou Stay da Rihanna. A babá Karina Mia, arrasou com Beneath Your Beautiful do Labrinth, mas não o suficiente. O mesmo aconteceu com Luke Cooper, um ex-viciado e pai solteiro: cantou muito bem Radioactive do Imagine Dragons. Tyler Montgomery surpreendeu a todos, pois os técnicos achavam que quem cantava I Wish do Stevie Wonder fosse uma mulher. E por fim, o descolado Keith Shuskie cantou Somewhere Only We Know, do Keane. Ele não impressionou com sua voz, mas deixou todo mundo de boca aberta com seu estilo único.

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Eu particularmente não teria aprovado a Brittnee Camelle (Team Usher), que cantou Skyscraper da Demi Lovato; Jake Barker (Team Usher), que assassinou When I Was Your Man do Bruno Mars; e Lindsay Bruce (Team Shakira), que não consegui entender uma palavra de Even If It Breaks Your Heart do Eli Young Band. Facilmente substituiria esses artistas por alguns do que citei a pouco.

Duplas

Teremos uma dupla vencedora da sexta temporada? Será um efeito pós-vitória de Alex & Sierra no The X Factor?

Todas as duplas que se apresentaram no palco do The Voice foram aprovadas! Brothers Walker, um duo country, foi escolhido pelo Usher no último segundo. A também dupla country de amigas, Alaska & Madi, acabou ficando com Blake. Já Dawn e Hawkes (Alex & Sierra feelings) escolheram um muito entusiasmado Adam – eles conseguiram virar as quatro cadeiras.

Fique de Olho!

E para finalizar, vou apontar os (poucos) artistas que me chamaram atenção ao longo dessa etapa do programa: Emily B (Team Shakira), que cantou o sucesso de Chris Isaak do final dos anos 80, Wicked Game; Stevie Jo, que arrebentou com uma versão There Goes My Baby do próprio Usher e acabou em seu time (mas quem roubou a atenção da audição de Jo foi sua mãe, super animada e entusiasta de seu filho).

06

T.J. Wilkins (Team Usher), cantou Bennie and the Jets do Elton John. A também babá Kat Perkins (Team Adam) arrasou com seu estilo rock’n roll, cantando o sucesso de Fleetwood Mac, Gold Dust Woman. Cierra Mickens (Team Shakira), mandou muito com sua versão bem original de Crazy do Gnarls Barkley;e por fim o roqueiro Jeremy Briggs (Team Shakira), que mostrou toda sua atitude cantando a música Bad Company da banda de mesmo nome.

Times

Adam: Christina Grimmie, Dawn e Hawkes, Delvin Choice, Cary Laine, Sam Behymer, Joshua Howard, Patrick Thomson, Kat Perkins, Josh Murley, Austin Ellis, Josh Kaufman (lembrou-me muito o Will Champlin), Caleb Elder (estilo James Wopert).

Shakira: Kristen Merlin, Jeremy Briggs, Deja Hall, DeShawn Washington, Clarissa Serna, Lindsay Pagano, Dani Moz, Music Box (que nome é esse?!), Emily B, Cierra Mickens, Ddendyl, Lindsay Bruce.

Usher: T.J. Wilkins, Biff Gore, Bria Kelly, Madilyn Paige, Brothers Walker, Tanner James, Melissa Jiménez, Morgan Wallen, Stevie Jo, Jake Barker, Tess Boyer, Brittnee Camelle.

Blake: Jake Worthington, Noah Lis, Ryan Whyte Maloney, Sisaundra Lewis, Megan Rüger, Lexi Luca, Audra McLaughlin, Paula DeAnda, Cali Tucker, Ria Eaton, Alaska & Madi, Kaleigh Glanton.

Os times estão bem equilibrados e nesse exato momento não consigo apontar um possível vencedor, apesar de ter gostado muito de Sisaundra. Vamos ver o que vai acontecer. Agora, com os times montados, vamos para a fase de batalhas e os times serão reduzidos à metade. Espero que muita gente ruim vá embora e não seja roubado.

Até o próximo balanço!

Ps: Como falei do Bublé no texto, queria compartilhar uma coisa com vocês. Quando ele esteve aqui no Brasil em 2012, tive a oportunidade de ir ao seu show, que foi INCRÍVEL. Ao final, quando ele voltou para o bis, fomos surpreendidos com um pedido de silêncio. Achamos estranho mas obedecemos. Ele então começou a cantar o trecho final de A Song for You. Até aí tudo bem né? Porém que ele fez isso sem o acompanhamento da banda e sem o microfone. Sua voz encheu a arena de uma forma que deixou a todos com o queixo caído. Foi SENSACIONAL! Acho que têm alguns vídeos no Youtube, vale a pena conferir.

Ps2: Celine Dion está com tudo no The Voice. Depois de se apresentar duas vezes na final a temporada passada, já arrumou um jeito de aparecer nos blinds.

Impressões sobre ‘Veronica Mars – O Filme’

Data/Hora 19/03/2014, 10:48. Autor
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Algumas séries marcam os fãs para a vida. Veronica Mars é uma dessas. Durou apenas três temporadas e terminou bruscamente, forçando os fãs a preencherem por si só as lacunas do futuro das personagens. Mas Rob Thomas, o criador, nunca desistiu da menina dos seus olhos. Tampouco Kristen Bell, a mais fervorosa fã de Veronica Mars. E é por isso que após sete (longos) anos fomos presenteados com um filme em um feito até então inédito: os fãs doaram mais de 5 milhões por meio do kickstarter (em um tempo recorde), possibilitando assim que o filme finalmente se tornasse realidade.

Menos de um ano após o sucesso do kickstarter o filme chegou aos cinemas e à mídia digital. E não há a menor dúvida em cada cena que víamos de que todos se empenharam em fazer uma declaração de amor à Veronica Mars e aos seus fãs.

Eu, particularmente, resolvi fazer maratona da série para poder me preparar. Tudo bem, comecei meio tarde (na semana que o filme seria lançado) e tive que fazer ‘das tripas coração’ para conseguir reassistir a todos os episódios. Foram oito dias puxados, mas finalizei os 64 episódios com a mesma emoção de quando assisti pela primeira vez. Que série deliciosa!

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“Eu saí quando tinha 19 anos deixando um rastro de destruição. Mas eu cresci. Aquela era a ‘antiga eu’. Brava, vingativa. A nova eu? As pessoas dizem que eu sou um marshmallow”.

Veronica Mars, a série, termina deixando os fãs com aquela sensação de vazio. Nada foi concluído e os fãs precisaram preencher as lacunas das personagens por si só. Logan e Veronica separados, sabe-se lá se com alguma chance de recomeço. A vida sexual de Veronica exposta a qualquer um que tivesse acesso à internet e Keith Mars vendo a sua chance de voltar a ser delegado ruindo como um castelo de cartas (nunca irei me acostumar com esse sistema de eleição para cargos públicos que não o legislativo e executivo).

O filme começa situando aos novos fãs sobre quem foi Veronica Mars no passado e deixa claro quem é ela no presente. Após o fiasco do 1° ano em Hearst, Veronica finalmente deixa Neptune para trás e vai para Stanford estudar psicologia e depois Direito. Uma guinada total nas suas pretensões, em um tentativa clara de deixar para trás tudo o que ela foi um dia.

Uma coisa interessante sobre Veronica é que ela sempre foi viciada na emoção que a profissão de detetive lhe proporcionava. Quando adolescente poucas vezes titubeou diante de uma decisão que fosse moralmente duvidosa se isso a levasse a alcançar o objetivo que pretendia. Não havia local que Veronica não arrombasse, segredo que não descobrisse e intimidade que estivesse segura quando ela estava envolvida. Não é a toa que tenha se apaixonado de forma tão intensa por Logan, já que ele tinha uma personalidade tão vibrante e adepta ao perigo quanto ela. E por mais que se amassem e fossem o pilar um do outro, os dois se auto destruíam sempre que estavam juntos.

É compreensível que Keith quisesse ver a filha o mais longe de Neptune possível. Aquele lugar instigava em Veronica um estilo de vida que o pai não conseguia aceitar de verdade para ela. Talvez porque ele visse em Veronica um reflexo dele mesmo. Um homem inteligente e inquieto, que não suportava ficar parado enquanto as coisas aconteciam, mesmo que isso significasse a destruição de tudo o que ele tinha como certo em sua vida: a profissão, o casamento, o bom nome.

Keith enxergava em Veronica exatamente os mesmos traços da sua personalidade. A garota mentia e enganava quase como uma segunda natureza, e não tinha o menor escrúpulo em fazer cair quem quer que fosse em nome da justiça (ou da vingança, algumas vezes). E isso a levou a perder muita coisa ao longo do caminho e quase a si mesma. Por isso Keith se esforçou tanto para levar a filha para longe, proporcionar um outro futuro que não a mesma vida que ele levava e na qual ela se espelhava.

Stanford, o Direito, e o conceituado escritório de advocacia em Nova Iorque eram claramente a expressão do que Keith considerava o melhor futuro para a filha. E ela tentou com todas as suas forças fazer funcionar, principalmente porque já tinha visto ruir tudo à sua volta em Neptune. Mas o que realmente importa aqui, é que o papel de advogada bem sucedida nunca foi talhado para Veronica. Um relacionamento tranquilo com Piz – a quem eu adoro, só para constar – jamais seria capaz de satisfazê-la de verdade. Claro que ela o amava (e quem não amaria Piz!?), mas pouco mais do que alguém ama um grande amigo. Ele simplesmente era a melhor escolha para aquela vida que ela tinha decidido levar: um cara legal, um relacionamento sem altos e baixos, um emprego de classe e que usaria a sua mente afiada.

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Mas todos os sinais de que ela não era feliz estavam estampados para quem quisesse ver, tanto que bastou um único telefonema de Logan para que Veronica abandonasse tudo e voltasse para Neptune. Tudo bem, ele estava sendo acusado de assassinato (de novo!), mas ela não precisava realmente voltar, precisava? Claro que não! Veronica voltou porque no fundo ela ansiava a sua antiga vida de volta, tanto quanto ansiava rever Logan.

Rob Thomas disse que sua intenção era fazer um filme voltado para a investigação do crime – assim como eram os episódios da série – mas que não havia como fazer isso neste filme em particular, pois este é um presente para os fãs e ele queria que todo mundo pudesse reconhecer as pessoas, as situações, deixar ‘o povo em casa’.

E realmente quase todo mundo está ali: Veronica (claro!), Keith Mars, Logan, Dick, Mac, Wallace (de quem eu senti bastante falta na última temporada da série. Ele apareceu bem pouco), Weevil, Piz (que poderia ter aparecido um pouquinho mais, eu não me importaria), Leo (ótima surpresa! Cena muito legal dos dois juntos), Sacks (que não mereceu o destino que lhe deram), Vinnie Van Lowe (ele não ganhou como Delegado na eleição que concorreu com Mars? Ou durou tão pouco assim no cargo?), Cliff, Gia, Madison, Celeste Kane e até mesmo Mr. Clemmons.

Pode parecer um pouco estranho que Veronica tenha lutado tanto para sair de Neptune, fugir de si mesma e da vida que levava para terminar exatamente como começou. A primeira vista parece apenas que ela andou, andou, andou e não saiu do lugar. Eu mesma fiquei um pouco incomodada por ela ter chegado tão longe e voltado como se nada tivesse acontecido. Quero dizer, ele já era uma detetive licenciada aos 19 anos e voltar ao mesmo ponto após fazer Psicologia e Direito foi quase como jogar no lixo 9 anos de sua vida. Claro que ela acabará por usar as duas graduações na sua profissão, mas não era realmente necessário para o seu futuro profissional. Por que não continuar em Nova Iorque? Por que abandonou a ideia de ir ao FBI? Tudo faria muito mais sentido se outros fossem os rumos de sua vida.

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Terminei o filme um pouco irritada por conta disso. Preferia que ela nunca tivesse abandonado a investigação, senti-me traída. Mas a minha indignação se abrandou um pouco quando percebi (e li um milhão de comentários aqui e ali sobre o assunto, o que me ajudou a compreender melhor as decisões de Veronica) que tudo o que Veronica fez ao longo desses 9 anos longe foi justamente para tentar enterrar a pessoa que ela um dia foi, porque no fundo envergonhava-se por sentir tanto prazer no que fazia (mentir, enganar, passar por cima dos sentimentos dos outros). Sim, ela sempre sonhou em largar Neptune, mas no fundo queria continuar com a mesma vida que levava ali, só que em outro lugar. O problema é que ver o resultado do que ela fazia refletindo nas pessoas que ela amava (culminando na destruição da última oportunidade que o pai tinha de voltar ao cargo de Delegado), acabou por ser fundamental em sua decisão de enterrar o que ela realmente ansiava. E por isso o que para muitos seria considerado um avanço (Psicologia, Direito, escritório de advocacia de renome), para ela era na verdade uma fuga do que realmente a fazia feliz, quase uma punição. E isso fica bem claro quando ela diz ao final que precisa de coragem para mudar o que pode, mesmo que isso signifique desapontar a única pessoa que ela não suporta desapontar.

Para Keith não foi fácil aceitar que ela tenha escolhido voltar e ficar em Neptune. Como todo pai, ele queria o melhor para a filha e seguir os seus passos, inclusive caindo nos mesmos erros não era o melhor na visão dele. Mas quando ele vê as reportagens na tv falando do crime que ela elucidou (mais uma vez), não há como não perceber que ele acatou a decisão da filha e, mais importante, entendeu. Veronica estivera fugindo, e, assim como acontecia com ele, Neptune, a investigação, a adrenalina, a vida tortuosa de uma detetive particular eram o que a faziam feliz e completa. Eu creio que naquele momento Keith não apenas entendeu e aceitou a decisão da filha, como entendeu e aceitou a si mesmo e à sua personalidade, afinal, Keith sempre foi o modelo de Veronica e não por acaso. Os dois são iguais.

De resto, o caso.

Logan foi acusado do assassinato da namorada e ligou para Veronica pedindo ajuda. Curioso que, após 9 anos de silêncio, ela ainda o mantivesse registrado no seu celular e com a mesma foto de quando era adolescente.

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Claro que Veronica, sendo quem ela é, não conseguiu resistir e correu para Neptune. E lá, entre reencontro com os antigos amigos – ótimo rever Mac e Wallace – e experiências nada agradáveis na festa de 10 anos de graduados de Neptune Hight – entre tantos, tinha que ser Madison a anfitriã – ela cavocou até descobrir quem realmente matou Carrie (gostei dela ter escolhido inadvertidamente a frequência de uma nova emissora de rádio. No final das contas, a sorte trabalhou a seu favor).

E por falar em Carrie, eu teria preferido que Rob tivesse escolhido outra personagem para ser a namorada assassinada de Logan. Carrie Bishop foi colega de classe de Veronica e era interpretada na série por Leighton Meester. Como não conseguiram trazer Meester de volta (algo a ver com conflito de agenda e tal), escalaram a cantora Andrea Estella para o papel. Para mim isso não funcionou por dois motivos: 1) usaram o mínimo possível da personagem (creio que tinham maiores planos para ela se Meester tivesse participado); 2) não houve identificação imeditada com quem era Carrie na série. Eu mesma tive que pesquisar a personagem e só ao ver o nome de Leighton Meester é que lembrei quem era Carrie Bishop. Para mim teria funcionado melhor se tivessem usado alguma outra personagem, mesmo que desconhecida para nós.

O crime em si foi apenas pano de fundo no filme. O que importava eram os reencontros e a reflexão do que estava acontecendo na vida de todos eles, e, mais do que tudo, vermos como o relacionamento especial entre Veronica e Keith continua o mesmo. Acho fantástica a cumplicidade entre esses dois e foi ótimo ver o quanto ela amadureceu e aprendeu a se abrir para o pai, apesar de todos os pesares.

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Também achei muito legal que mesmo após tanto tempo Logan e Dick continuavam grandes amigos. Não é interessante que Dick, mesmo sendo aquele ser totalmente sem noção, sempre tenha sido um amigo leal? Foi particularmente especial ver Wallace como professor e Veronica continuar ‘abusando’ de seus privilégios de amiga. E quem não se encantou com Mac toda envergonhada por ter aceitado um cargo – que paga muito, muito bem – na Kane Software?

Outro que gostei demais de rever foi Leo. Sempre tive uma paixão por Leo e nunca me conformei muito bem com o término da relação dele com Veronica. Fiquei muito feliz na série quando Keith o traz de volta à polícia no final da 3ª temporada. E foi com muito carinho que eu o vi ainda na força policial depois de todos aqueles anos. Assim como Sacks. Se teve um policial que sempre esteve presente foi Sacks e, mesmo sendo um personagem bem secundário eu sempre gostei muitíssimo dele. Fiquei de coração partido com a sua morte no filme.

Mas a maior dor foi o destino de Weevil. Enquanto Veronica fugiu de quem era por 9 anos e voltou às suas raízes por perceber que ali estava a sua felicidade, Weevil sempre foi um cara legal que fora obrigado a experimentar coisas que no fundo não o faziam feliz. Ele finalmente encontrou o seu espaço, casou com uma mulher linda, tinha uma filha adorável, um negócio próprio, uma vida respeitável e foi obrigado a voltar ao exato ponto do qual tanto lutou para sair, não por ser ali a sua felicidade, mas porque as circunstâncias o obrigaram. Como doeu em mim vê-lo montando naquela moto ao final, sabendo que foram as artimanhas de uma polícia corrupta que o empurrou de volta a uma vida que ele batalhou com unhas e dentes para abandonar. Trágico e não merecido.

Por outro lado, tivemos Logan, que foi a personagem que mais amadureceu, na minha opinião. Continuou sendo ele mesmo, sempre pronto a perder a calma quando o assunto era defender alguém com quem se importava – no caso, Veronica – mas ainda assim com uma outra atitude diante da vida. Foi uma surpresa vê-lo na Marinha, mas uma surpresa adorável e que faz muito sentido. Logan sofreu durante toda a sua infância e adolescência, tinha uma raiva muito grande dentro de si, perdeu a mãe, a namorada, o pai. Tudo o que tocava parecia apodrecer e fazê-lo sofrer, então a raiva que ele tinha dentro de si era muito grande, e a rebeldia era o maior traço da sua personalidade. Por isso foi tão legal vê-lo na Marinha, o que, com certeza, o ajudou a centrar, arrumar foco, descontar essa raiva interna em algo que fosse produtivo. E isso o mudou como pessoa, fez com que amadurecesse e se tornasse alguém muito mais confiável. Nunca deixará de ser a pessoa que é, mas agora ele encontrou o seu ponto de equilíbrio e talvez por isso o relacionamento com Veronica finalmente poderá dar certo. Os dois encontraram a si mesmos e aceitaram quem são. A paixão vibrante que ambos tem pelo perigo ainda existe, mas está mais focada, melhor canalizada e por isso mesmo agora os dois fucionarão juntos.

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Tudo bem, ele ficar fora por 180 dias de quando em quando também ajuda. Amor épico é muito bom, mas em doses homeopáticas é muito melhor. E foi deles a cena mais linda do filme ao se despedirem.

“Come back to me”
“Always”

Conheça as 15 escolas mais emblemáticas das séries de TV

Data/Hora 15/03/2014, 11:30. Autor
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O sinal toca, os alunos correm para as salas e mais um dia de aula se começa. Você encontra seu material, seus professores, amigos e começa sua rotina de estudo, diversão e aprendizado. Na escola, as memórias são as mais diversas: você se lembra do seu primeiro amor? Da primeira vez em que você resolveu uma conta maluca de matemática? E daquela excursão em que todos foram ao parque de diversão? São todos esses pequenos pedacinhos das lembranças, que fazem com que a escola seja um lugar que influencia boa parte da vida das pessoas.

A partir das aptidões que descobrimos no ensino médio, nós traçamos o rumo do nosso futuro. Além de ter uma grande relevância acadêmica, porque estudamos todas aquelas matérias consideradas “insuportáveis”, é na escola que nós aprendemos outras coisas importantes da vida, como a conviver com as outras pessoas, novos idiomas, novas culturas, ideias e também a lidar com brigas e desentendimentos escolares.

E hoje, data na qual é comemorado o Dia da Escola, o que seria melhor do que relembrar as escolas mais legais e os nossos personagens preferidos dos seriados durante seu período escolar? Eles usam mochilas descoladas, falam sobre assuntos diferenciados, vivem e revivem situações inusitadas e dão o que falar na escola e em casa. Foi por meio dessas e outras razões que o TeleSéries elegeu algumas das escolas mais legais das séries de TV!

Está desanimado? Com sono antes de ir para a aula? Então, deixe de lado a preguiça, levante da cama/cadeira e confira as escolas mais interessantes e divertidas dos seriados televisivos.

simpsons escola 2

Beverly Hills 90210 – West Beverly High School

Também conhecida como Barrados no Baile, a série mostrava a vida de um grupo que estava no ensino médio (por ter sido uma série mais longa, também foi possível ver a passagem deles até a universidade). A nova escola em que Brandon e Brenda vão estudar está situada em Beverly Hills. Lá, é possível encontrar os tradicionais grupos escolares: as patricinhas, como Kelly Taylor, os playboys, como Dylan McKay, o mimado Steve Sanders e a doce e meiga Donna Martin. Brandon trabalha no jornal do colégio, ao lado de Andrea Zuckerman, mas, o que as pessoas não sabem é que ela esconde coisas dos seus amigos, assim como outros tantos estudantes do West Beverly. Num ambiente repleto por adolescentes, é por meio da escola e das relações entre os alunos que estes refletem sobre temas polêmicos para a época, como sexualidade.

beverly hills 90210

Dawson’s Creek – Capeside High 

Os alunos da Capeside High não eram populares e, aparentemente, não faziam questão de ser dessa maneira. Na escola, eles procuraram errar e aprender e, nesse meio tempo, foi assim que Dawson foi atrás de seu sonho: o cinema. Mesmo tendo que lidar com a rejeição nas aulas de roteiro (e ele tendo que participar como ouvinte), Dawson teve que amadurecer e reconhecer que sua vida não seguiria o passo a passo de um filme.

Como em outras escolas de ensino médio, a adolescência e a vivência deles no colégio, faz com que eles vivam cada momento de acordo com regras (como a detenção na biblioteca), mas mesmo assim, é com a vivência entre amigos/colegas que a Capeside High mostra que os bons e maus momentos são importantes e memoráveis na vida de seus estudantes.

dawsons creek escola

Friday Night Lights – Dillon High School

No colégio Dillon High Scholl, os alunos aprendem e respeitam, com muito orgulho, o futebol americano. Sendo a principal essência da série, o esporte é apresentado com forte ênfase, mostrando como ele mudou a vida dos alunos da escola. Tudo começou quando o quarterback dos Panters, quarterback Jason Street (Scott Porter) sofre um acidente em campo e fica paraplégico. Afastado dos gramados, ele recebe o apoio de todos, e seus companheiros de time passam a se mostrar ainda mais dispostos a vencer os jogos, apesar das dificuldades que apareciam no meio do caminho. O drama era bem explícito, tendo a cara da vida real, mostrando o dia-a-dia dos alunos que em meio a preocupação com os estudos, tinham que lhe dar com vários problemas da juventude, como aborto, racismo e classe social.

Friday Night Lights

Gilmore Girls – Chilton Preparatory School

O Chilton Preparatory School traz novidades à vida de Rory Gilmore. Depois de ela conseguir entrar para a escola particular, Rory tenta se adaptar aos poucos ao novo ambiente. A escola é formal e conta com uniformes clássicos para rapazes e moças. Apesar de parecer um pouco monótono por causa das aulas mais puxadas – em uma delas Rory tira D em uma redação – é na escola que Rory conhece pessoas diferentes (como sua futura amiga de Paris Gellar) e se diverte com situações comuns do dia-a-dia adolescente (como no caso de chamar a atenção do bonitão Tristan Dugay).

Vale lembrar que é no Chilton que Rory se envolve com o jornal The Franklin, ao lado de Paris, e que também é na escola que ela começa a desenvolver seus interesses pelo debate e outros pontos que levariam-na para o curso de Jornalismo em Yale. Apesar de toda a dificuldade em se adaptar, em sua formatura Rory demonstra quão importante foi sua experiência em seu discurso.

 

Gossip Girl – Constance Billard – St.Judes 

Se você conheça uma garota que nasceu em berço de ouro e é uma legítima patricinha, provavelmente ela deve estudar em uma das melhores escolas do Upper East Side. A Constance Billard School – escola exclusivamente de mulheres – é localizada na parte nobre de Nova York, onde andar na moda é quase uma matéria obrigatória para uma aluna que deseja ser popular. A disputa entre as garotas era evidente, onde respeitar a lei da hierarquia dos degraus que subiam para a entrada do colégio, imposta pela inesquecível “Queen B.” (Leighton Meester) era obrigatório entre as novatas (quem não se lembra da pobre Jenny Humphrey (Taylor Momsen)?).

Não podemos nos esquecer que do lado, tinha a escola St. Judes – exlusiva para os homens – que tinha o ambiente parecido, onde brigas por garotas e bebidas alcoólicas aconteciam constantemente. Para finalizar, tinha um pequena “garota”, que sabia da vida de todos os alunos e postava TUDO em seu blog, causando muitas confusões e brigas.

gossip girl escola

Glee – William McKinley High School

Do drama à tragédia; da tragédia à alegria. No Mckinley High School os seus estudantes precisam enfrentar o bullying, aguentam as tragédias, mas, acima de tudo, eles conseguem ter a música como escape e fonte de inspiração para todos os dias. Mesmo que passem por problemas orçamentários, a escola consegue trazer uma “cadeia alimentar” (ou seria de sobrevivência?), na qual os professores excêntricos, os alunos divertidos e as situações mais diversas, permitem que o dia-a-dia não seja comum. Apesar das intrigas e raspadinhas, os alunos sempre se unem quando é preciso – e até os perdedores têm seu dia de glória no topo da cadeia.

glee escola mapa

Fonte: Vulture.

Manual de Sobrevivência Escolar do Ned – James K. Polk Middle School

Uma escola maluca, planos engraçados e alunos caricaturais. Na James K. Polk, Ned e sua turma sobrevivem em meio a valentões, aulas lentas, professores chatos e falta de popularidade. A escola, que tem armários coloridos e um ritmo um tanto acelerado, não foge dos padrões americanos: conta com os grupos tradicionais de nerds, patricinhas e valentões. Mas, além disso, são as dicas e os planos cômicos de Ned, Moze e Cookie que fazem com que o dia-a-dia escolar não seja o mesmo. Quer enfrentar aquela pessoa que te fez sofrer depois de destruir seu trabalho? Então, conte com Ned, seus amigos e o manual de sobrevivência escolar que irão de ajudar nesse quesito.

manual de sobrevivência escolar do ned

One Tree Hill – Tree Hill High

O Tree Hill High pode ser considerado um dos mais dramáticos colégios. Isso se deve ao fato de que ocorreram muitos conflitos entre os alunos e professores – com um elenco bastante bonito, por sinal -, tendo forte presença da família nesse contexto escolar. Peguemos como exemplo, o personagem Lucas Scott (Chad Michael Murray), que ao entrar no time de basquete do colégio (os eternos Ravens), sofreu muito preconceito e provocações dos colegas, principalmente vindas do seu meio-irmão Nathan Scott (James Lafferty).

Alguns anos após se formar, Lucas se torna o treinador do time de basquete, onde incentivava bastante os seus alunos e era um ótimo professor. Isso mostra como o esporte – aliado paralelamente com a escola – conseguem mudar a vida não só dos alunos, mas também dos professores, além de propiciar uma atividade física boa para a saúde. Em meio a isso tudo, não podemos esquecer das líderes de torcida, como Peyton Saweyr (Hilarie Burton) e Brooke Davis (Sophia Bush), que animavam não só o time, mas também ao público. Através de suas coreografias impecáveis, conseguiam arrancar sorrisos das pessoas, sem esquecer claro, dos inseparáveis pompons.

one tree hill escola

Smallville – Smallville High School

O nosso primeiro amor adolescente a gente nunca esquece, não é mesmo? E foi na pacata escola do interior, a Smallville High School, que o personagem Clark Kent (Tom Welling), pôde desfrutar um belo relacionamento com Lana Lang (Kristin Kreuk). Toda a adolescência do jovem super herói foi retratada nos corredores deste colégio, onde até mesmo circulava um jornal local, o The Torch, que foi criado por Chloe Sullivan (Allison Mack), com as maiores notícias e fofocas sobre tudo e todos. Paralelamente, o super homem fez novas amizades e enfrentou seus grandes vilões e, é claro, deu o seu primeiro beijo de amor.

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Todo Mundo Odeia o Chris – Corleone Junior High/Tattaglia High

Na Corleone Junior High, localizada na Brooklyn Beach, Chris encontra só alunos brancos e acaba tendo que lidar com o preconceito dos colegas e dos professores. Um exemplo disso, é o clássico valentão, Joey Caruso, que promete infernizar a vida de Chris. Apesar dos problemas, é na escola que o protagonista do seriado faz amizade com Greg e também com a professora Morello – que, apesar de se dizer a favor da comunidade negra, acaba repassando preconceitos e reforçando estereótipos raciais. Da mesma maneira que em outros seriados escolares, Chris aprende a conviver com os professores/colegas, tem aulas com o próprio Chris Rock (no episódio Todo Mundo Odeia o Orientador) e tenta ser popular como os outros estudantes (no episódio Todo Mundo Odeia Ser Descolado).

Depois de passar para o ensino médio, Chris e Greg acabam estudando no Tattaglia, escola no Queens, que também foi cenário de outras aventuras. Lá, Chris encontra outros alunos negros, consegue participar do time de futebol americano, conhece Angel (um andrógeno) e além disso tem que aguentar Caruso, que também mudou para a mesma escola que ele.

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Chris e Joey Caruso no Tattaglia.

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Greg e Chris na Corleone.

The Middle – Orson High School

Apesar de ser uma escola que não foge dos padrões (conta com uma cantina, biblioteca, várias salas, clubes, etc), uma escola para aguentar os três jovens Heck não poderia ser uma qualquer. Nela, Brick, Sue e Axl levam suas vidas de acordo com a lógica do “eu não te conheço, não me envergonhe na frente dos meus amigos”.

Brick, primeiramente, tem que lidar com seus colegas de classe (que muitas vezes não tem interesse em falar com ele) e até mesmo tem que tomar aulas de convivência para saber como conversar ou “jogar conversa fora”.

Já Sue tenta participar dos clubes do Orson High (como o de esgrima, o grupo das cheerleaders) e ela também cria as Wrestlerettes (Lutetes, na versão brasileira) para conseguir se encaixar na hierarquia dos inúmeros grupos e clubes da escola.

Axl é o mais velho e o mais popular, mas, mesmo que tenha seus benefícios com isso, ele aprende a sobreviver no Orson High durante as aulas (em uma delas ele teve que participar de um trabalho com Sue – foto abaixo), lidando com outras pessoas e tendo que se esforçar para conseguir uma bolsa para a faculdade.

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The O.C. – Harbor School

Pense em uma escola bastante exótica, que tenha vários fliperamas no meio da cantina, com sofás confortáveis, onde os alunos podem desfrutar de todo o conforto, jogando conversa fora…. o quão divertido seria estudar em um ambiente como esse, não é mesmo? Em Newport Harbor School, de The O.C. isso é apresentado, dando ênfase as situações bem engraçadas que o quarteto de amigos: Ryan Atwood (Benjamin McKenzie), Marisa Cooper (Misha Barton), Seth Cohen (Adam Brody) e Summer Roberts (Rachel Bilson), passaram em três longos anos do Ensino Médio.

Obrigatoriamente, todos os finais de semana, os alunos organizavam grandes festas temáticas na praia, que sempre acabavam com situações complicadas, gerando brigas e discussões. Em meio a isso tudo, belíssimas imagens das praias da Califórnia eram mostradas em vistas maravilhosas. Aliado a isso, os estudantes poderiam pegar uma onda ou tomar um banho de sol depois da aula.

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The Vampire Diaries – Mystic Falls High School

Apesar de não ser muito frequentada pelo seus alunos, o Mystic Falls High Scholl foi cenários de muitas cenas tensas na série The Vampire Diaries. Perseguição, mortes, ataques e muitos mais, ocorreram nos corredores desse estranho colégio da pequena cidade de Mystic Falls. Como exemplo, podemos citar o comecinho do seriado, quando víamos o vampiro Stefan correr atrás da jovem Elena quando ela ia para a aula, ou então a então a festa da Halloween que acabou com a morte da personagem Vick, trazendo muitas consequências para a vida de todos os personagens principais da série.

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Os Simpsons – Springfield Elementary School

Springfield Elementary School, escola primária da cidade de Springfield, mostra as travessuras e situações engraçadas que os irmãos Lisa e Bart Simpsons vivem todos os dias. A abertura da série é clássica, e mostra o filho mais velho de Homer escrevendo no quadro negro alguma frase, repetidas, vezes por ter ganhado uma detenção após fazer uma bagunça.

Já a pequena Lisa, tenta ser politicamente certa, mas acaba sendo incompreendida pelas pessoas a sua volta e, na maioria das vezes, é rejeitada. A série de animação mostra verdadeiramente uma escola “real”, que vai do diretor almofadinha ao valentão implicante com os colegas.

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Veronica Mars – Neptune High School

“Esta é a minha escola. Se você estuda aqui, ou seus pais são milionários ou trabalham para milionários. Neptune, Califórnia. Uma cidade sem classe média”. É assim que Veronica Mars inicia o episódio piloto do seriado, introduzindo um pouco do que seria um ambiente cheio de segredos, crimes e injustiça.

Da popularidade à invisibilidade. Depois de ter enfrentado episodio da morte de sua melhor amiga e os conflitos derivados desse acontecimento, é no Neptune High que Veronica mantém sua rotina escolar como qualquer outra pessoa. Ela enfrenta as aulas e seus ex-amigos, bem como garotos problemáticos. Nesses grupos da escola, só a classe alta chamados 09ers, dos quais alguns de seus amigos de Veronica estavam incluídos e ela não. Todas as outras pessoas ficavam em outro grupo, incluindo o PCH Bike Club.

veronica mars escola

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Essa é a nossa pequena homenagem a essa instituição tão maravilhosa que é a Escola!

E você leitor? Em qual escola, se pudesse fazer a sua matrícula, você estudaria? Se esquecer é claro, aquela escola que você nem passaria na porta… Deixem seus comentários logo abaixo. Até a próxima! =)

*Texto de Arthur Barbosa e Cinthia Quadrado.

As piores ressacas das séries de TV

Data/Hora 28/02/2014, 15:00. Autor
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Visão embaçada, sensibilidade à luz, tontura, falha na memória, dores de cabeça, enjoo. Depois daquela noite de festa, álcool, dança, barulho, gritos e risadas, vem o dia seguinte: o Dia da Ressaca. Você pode acordar em casa, na casa dos amigos, descabelado, sem camisa… são tantas alternativas que até o impensável acontece. Os flashs de memória enchem sua cabeça com imagens do dia anterior, mas ainda assim as coisas não fazem tanto sentido. A única certeza é: você pode não se lembrar do que você fez, mas as pessoas vão lembrar daquela dancinha até o chão ou dos gritinhos durante a sua música favorita.

Então, aproveitando que hoje é, oficialmente, o dia da ressaca, que tal relembrar alguns destes momentos nas séries de TV? O TeleSéries preparou um especial com algumas cenas memoráveis dos seriados em que os seus personagens dão um show de ressaca (e das bebedeiras que conduziram à elas). Está cansado? Sem forças? De ressaca? Vem com a gente conferir e dar boas risadas!

sheldon bêbado

Brooke Davis (One Tree Hill) – 8×12 The Drinks We Drank Last Night

Despedidas de solteiro são sempre um prato cheio para bebedeiras em potencial. A de Brooke Davis, em One Tree Hill, não poderia ser diferente. Junto com os poás cor de rosa, o álcool não fez nem a chegada de Sylvia, a sogra de Brooke, ser desagradável. Pelo contrário. A festa teve bodyshots, cachorros perdidos e foi considerada por alguns fãs “o ponto alto da temporada”. Risadas não faltaram, com certeza.

 

Jake Harper (Two and a Half Men) – 6×03 Damn You, Eggs Benedict

Depois de várias cenas com Charlie Harper se embebedando e tendo ressacas absurdas, o seu sobrinho Jake acaba tendo uma dessas experiências. Nesse episódio, Charlie decide ocupar sua vida cozinhando, mas seu foco em fazer diferentes pratos envolvendo ovos acaba não tendo o resultado esperado. Enquanto isso, Jake acaba bêbado em um shopping com um amigo, depois de ter mentido que ficaria estudando na casa de um colega. Esse amigo vai embora quando Jake começa a passar mal. Resultado: Charlie teve que ir buscar e cuidar de seu sobrinho.

 

bebida alcoólica é um veneno

 

Cristina Yang, Callie Torres, Teddy Altman, Miranda Bailey (Grey’s Anatomy) – 7×09 Slow Night So Long

Quem disse que médico não bebe, produção? Yang, Callie, Teddy e Bailey recorreram ao amigo álcool para chorar mágoas. Yang virou bartender e quase tirou tudo sob o efeito do álcool. Callie estava sentido falta de Arizona e foi atrás de Sloan, o sex buddy mais desejado de Seattle Grace. Teddy estava desiludida com os encontros online e Bailey, morrendo de vontade de ganhar mais atenção de Ben. Foi loucura no bar de Joe.

 

Lois Lane (Smallville) – 8×5 Committed

Com uma ressaca pós-festa, Lois acorda no sofá da casa dos Kent com uma camisa de Clark. Ela vê seu vestido jogado longe e, repentinamente, Clark aparece. A clássica cena de constrangimento faz com que Lois diga: “Por favor, me diga que não fizemos o que eu acho que fizemos”. Meio devagar e ingênuo, Clark demora um tanto para perceber do que a moça esta falando, mas em seguida conta que não aconteceu nada.

 

Rory (Gilmore Girls) – 4×17 Girls in Bikinis, Boys Doin’ the Twist

Nada como Spring Break para fazer até as pessoas mais certinhas se renderem ao álcool! Rory Gilmore, a estudiosa, responsável, certinha e menina dos olhos de toda a cidade de Stars Hollow, em Gilmore Girls, exagerou na bebida durante uma viagem à Florida com Paris e, durante uma festa, elas acabaram bebendo demais e o presente de Rory foi ganhar um beijo da amiga.

 

Ross e Rachel (Friends) – 8×04 The One With the Videotape

Ross e Rachel não podiam passar longe dessa lista. Eles, basicamente, tomaram decisões muito importantes quando estavam bem bêbados. Para começar, se casaram em Vegas. Mas, como isso já virou clichê em Hollywood e se tornou mais um divórcio na vida de Ross, a bebedeira escolhida não foi essa. Em The One With the VideotapeRachel descobre que a noite que passou com Ross e a fez engravidar de Emma foi filmada e eles dois usaram o vídeo para descobrir uma questão muito importante: quem deu em cima de quem? No fim das contas, a descoberta do casal gerou várias gargalhadas a todos nós.

 

Sheldon Cooper (The Big Bang Theory) – 3×18 The Pants Alternative

Nesse episódio de The Big Bang Theory, Sheldon recebe a ajuda de seus amigos para conseguir fazer um discurso em público. Ele ganha um prêmio, mas morre de medo de ir a frente de todos para discursar. O episódio rende muitas risadas, por causa de seus desmaios repentinos e porque ele resolve beber para fugir de seus medos. Só que não para por aí. Quando ele resolve beber, as coisas saem do controle: ele faz um discurso engraçado e tem uma ressaca memorável. O dia seguinte também rende muitas risadas, já que ele tem uma tremenda ressaca e amanhece sem suas calças.

Discurso de Sheldon:

 

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Temperance Brennan (Bones) – 9×10 The Mistery in the Meat

Despedida de solteira, amigas e… bar de motoqueiros? O episódio The Mistery in the Meat traz boas risadas para os fãs de Bones. Angela, Bones, Cam, Daisy e Caroline se juntam para uma despedida de solteira para Brennan, em modelitos caipiras. Há brigas de bar, flertes, além de muita bebedeira. E qual o resultado disso? Brennan chegando bêbada em casa e Booth cuidando dela. Como todo bom marido, ele toma todo o cuidado para ver se ela está confortável. Os cuidados rendem também toalhinha molhada no rosto e um beijo na testa. Ah… se todos pós-festa fossem assim <3

brennan bêbada

the mistery in the meat ressaca

 

Ted Mosby (How I Met Your Mother) – 1×10 The Pineapple Incident

Todo mundo sabe que beber demais pode render uma grande ressaca, um intervalo em branco na sua mente e flashs no dia seguinte. No episódio The Pineapple Incident Ted bebe além da conta e tem uma noite incrível. Apesar disso, ele acorda no dia seguinte sem saber o que aconteceu e, ao seu lado, ele acha um abacaxi.

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Glee Club (Glee) -2×14 Blame it On the Alcohol

E, para terminar, Glee. Enquanto todos os personagens listados acima encararam a bebedeira como parte do episódio, em Glee, ele foi especial. Blame it on the Alcohol foi completamente dedicado à bebedeira dos integrantes do Glee Club da McKinley High. Teve de tudo! Festa com jogo da verdade na casa de Rachel, Brittany vomitando no final da performance de Tik Tok e ressaca. Muita ressaca.

 

 

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*Texto de Ariel Cristina Borges e Cinthia Quadrado

Dia do Repórter – Robin Scherbatsky: glamour e pagação de mico

Data/Hora 16/02/2014, 09:32. Autor
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Hoje é o Dia do Repórter. Sim, é o dia desse profissional que tem um trabalho glamuroso… e recheado de muita dor de cabeça e pagação de mico. Sim, nem tudo que reluz é ouro, e muitas pessoas que não estão profissionalmente ligadas ao Jornalismo não compreendem exatamente quais as funções de um repórter. Tem gente que acha que é só entrevistar, outros acham que é só escrever. Tem ainda os que acham que o repórter passa o dia todo sentado na sua mesa (no ar condicionado e a salva de chuvas e ventanias) sem ter que encarar o mundão lá fora atrás de pautas e matérias (e torrar no sol ou se afogar na chuva). Mas o pior de todos é aquele que acha que ser repórter é como ser um ator, que é só segurar o microfone na frente da câmera e o trabalho está pronto.

NÃO! Não é assim. Quer ter uma ideia do que é, realmente, o cotidiano profissional de um repórter? Então lhes apresentamos o personagem perfeito para isso. Ladies and gentlemen: Robin Scherbatsky!

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Há nove anos acompanhamos de perto as aventuras jornalísticas dessa repórter canadense que se mudou para Nova York só para nos fazer rir de suas peripécias – televisionadas ao vivo. O pessoal que assiste How I Met Your Mother desde o início sempre se divertiu com as trapalhadas da Robin. Mas os fãs da série que também são repórteres, além de se divertirem a valer com as cenas, sentem também aquele algo a mais: uma mistura de vergonha alheia com um sentimento de solidariedade. Afinal, todos já passados por tudo (ou quase tudo) aquilo, pelo menos uma vez na vida. Dureza.

Tá certo que dificilmente ouviremos falar de repórteres – e podemos considerar o mundão todo – que tenham feito um parto ao vivo no meio da madrugada (novamente, tudo devidamente televisionado). Também não sei se conseguiremos encontrar alguém que tenha ido para o Japão apresentar um telejornal em inglês, que, por algum motivo que nunca saberemos, tinha um tufão super potente soprando na cara da apresentadora. Ah, as belas surpresas da profissão.

Mas, por outro lado, é impossível não se identificar com Robin quando ela acha que os amigos assistem ao jornal que ela apresenta – sim, aquele mesmo que passa às 4 da madrugada! Poor thing. Também não podemos deixar de nos identificar quando ela consegue ser apresentadora de um jornal, só que ele passa às 4 da madrugada. Quem disse que seria fácil?

E a gente também se identifica quando ela finalmente consegue uma grande chance em uma história de relevância nacional, mas pra isso tem que deixar de ir na festa com aquele carinha que ela tava super afim. Aparentemente, a sorte na carreira e a sorte no amor não são parceiras de jornada.

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Entendemos também quando o mico fica pequeno demais e ela paga um king kong ao perder o equilíbrio e cair uma pilha de cocô de cavalo ao vivo. Também a compreendemos quando todo mundo acha que ela dormiu com aquele superior super chato e garanhão que por algum motivo a trata bem. Aaaah, e a gente tamém sente a dor na consciência da Robin quando ela se sujeita a certas situações que jurou que nunca se sujeitaria. mas emprego é emprego e a gente tem que fazer o que surge. Ou largar o glamour da reportagem pra lá. É até compreensível se jogar forte no álcool, depois dessas.

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E não é nem preciso dizer que TODO repórter se sentiu lado a lado com Robin quando ela passava pelos perrengues da profissão, sem contar que também entendeu o lado dela quando ela se viu sem emprego (afinal, aquele tufão na cara na TV japonesa não tava valendo a pena) – até uma certa sensaçãozinha de alma lavada e “fui vingada” rolou.

Outro momento “espelho”, que nos fez enxergar um pouco de nós mesmos na cara bonita da Robin, foi quando, para não perder o visto americano, ela teve que pegar qualquer trabalho, indo até trabalhar de favor na pré-escola. Sim, pessoas. Robin fez um bico. E qual de nós, repórteres, nunca complementou a renda sofrida dando aulas no cursinho de inglês mais próximo?

Por fim, a cereja no topo do bolo: todos nós, repórteres ou não, sabemos como é custoso ligar a TV e ver um ex apresentando um jornal e começar a brigar com a TV (ou a beijá-la?). É, Robin. A vida não é fácil.

A “Profissão Repórter” é desse jeito mesmo; todo mundo acha que é muito divertido e excitante, mas é difícil e estressante. Não podemos, entretanto, tirar o mérito desta belíssima carreira. Robin nos mostra também o lado bom de ser repórter, como… é… teve aquela vez que… Pois é. O lado bom foi correr atrás de uma pauta e esqueceu de voltar.

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Brincadeiras a parte, é realmente muito legal ser repórter. Isso sem contar é uma sensação deliciosa de dever cumprido quando acaba o dia de trabalho e a gente vai pra casa sabendo que algumas pessoas assistiram/leram/ouviram sua matéria e se informaram, mesmo que a matéria seja sobre um menino que ficou preso numa máquina de brinquedos e que não vá fazer diferença na vida de ninguém.

E é por causa dessas deliciosas desventuras em série (e também pela saudade que logo todos sentiremos delas) que ilustram tão bem a vida dos repórteres que Robin foi escolhida pelo TeleSéries como musa da profissão. E, falando de Robin e sua relação com a amada profissão, cumprimentamos à toda a categoria. Parabéns para nós, repórteres!

Beijos polêmicos: as relações homoafetivas nas séries de TV


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Não se falou em outra coisa na noite desta sexta-feira: o beijo entre os personagens Félix (Mateus Solano) e Niko (Thiago Fragoso) nos momentos finais do último capítulo da novela Amor à Vida. Como pode um beijo, um ato comum de amor e afeto, dominar tanto as redes sociais, a mídia e a sociedade? Porque, para o telespectador brasileiro, a demonstração de afeto entre pessoas do mesmo sexo na televisão, até então, era basicamente um tabu.

O beijo entre Félix e Niko foi o primeiro exibido em uma novela pela rede Globo – a maior emissora do país – e o mais significativo até então da teledramaturgia brasileira. Não foi o primeiro. A rede Manchete exibiu um beijo em contraluz entre dois personagens do sexo masculino na pouco lembrada minissérie Mãe de Santo, de 1993 (veja aqui). Já em 2011, foi a vez do SBT mostrar duas duas mulheres se beijando, na novela Amor e Revolução (veja aqui).  O que se sabe é, que até decidir exibir este beijo na novela, a rede Globo esperou e estudou muito – há quem diga que a transmissão de um beijo entre duas mulheres no reality show Big Brother Brasil 14 (veja aqui) tenha sido um teste.

É curioso que um povo que costuma se enxergar como liberal esteja tão pouco acostumado a abrir espaço para relações homoafetivas na TV. Já os fãs de séries norte-americanas se acostumaram a ver personagens gays, sexualmente ativos, em seus programas favoritos.

Se seguir relembramos alguns momentos marcantes desta luta da comunidade gay nos EUA por maior espaço na teledramaturgia. O levantamento considera apenas atrações exibidas nos canais de TV aberta – deixando de lado programas de TV paga como Queer as Folk, The L Word, True Blood e outros, alvos de menor pressão, justamente por serem de acesso restrito a assinantes. Clique aqui para continuar a leitura »

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