TeleSéries
Hora do último post coletivo: nossos series finales inesquecíveis – parte 2
06/12/2015, 20:00. Redação TeleSéries
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É o fim. Você está lendo a segunda parte do nosso texto especial final de encerramento do TeleSéries. Sim, estamos encerrando nossas atividades, depois de 13 anos de luta. Os motivos são muitos, mas agora importam menos. O que fica é orgulho de ter feito um site que resistiu tanto tempo – produzindo conteúdo pra uma internet em constante mutação em um mercado de televisão também passando por profundas transformações –, informando as pessoas, debatendo ideias e fazendo amigos.
Para a despedida, 15 dos nossos mais de 100 colaboradores foram convidados a relembrar seus episódios finais de séries marcantes (a primeira parte você lê aqui, com textos sobre ER, Friday Night Lights, Hart of Dixie, How I Met Your Mother, Smash, Six Feet Under, Studio 60 e The Newsroom). Claro, as lembranças deste tempos vendo mas também escrevendo sobre séries, em equipe, geraram estes textos bem pessoais, bem confessionais, que você lê a seguir.
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Hora do último post coletivo: nossos series finales inesquecíveis – parte 1
06/12/2015, 00:11. Redação TeleSéries
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Se existe algo que foi uma marca destes 13 anos de TeleSéries foram os nossos textos coletivos. Os leitores mais antigos vão lembrar da nossa coluna Lá Fora, onde fazíamos mini reviews dos episódios que foram ao ar na semana nos Estados Unidos e Inglaterra (as reviews, naquela época acompanhavam exclusivamente a programação dos canais de TV por assinatura do Brasil). Depois partimos para textos especiais feitos a muitas mãos, que lembravam desde datas como o Halloween ou o Dia do Rock, até temas improváveis, como uma lista de cidades que só existem na ficção ou das piores ressacas das séries de TV.
Para o fechamento do TeleSéries organizamos mais um especial feito em grupo. E o tema não poderia ser outro: series finales, como são chamados os episódios que marcam o fim das séries. Veja bem, esta não é uma lista dos melhores finais de temporada de todos os tempos. É uma lista emocional, de finais que marcaram os 15 colaboradores que participam deste especial. E, claro, se nossos textos ficaram muito emocionais, nos desculpe, é a emoção. Segue abaixo os primeiros oito textos do nosso últimos especial. Clique aqui para continuar a leitura »
Péssimos dos péssimos: os 5 piores episódios da temporada 2014-2015
04/08/2015, 11:43. Redação TeleSéries
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Anualmente nos lançamentos aqui no TeleSéries ao desafio de montar uma lista com os 30 melhores episódios da temporada. É uma dificuldade e também uma diversão. Foi então que pensamos, porque não fazer o oposto? Doa a quem doer, segue abaixo a nossa lista dos péssimos dos péssimos, os 5 piores episódios que assistimos na temporada da TV que encerrou em maio (e que gostaríamos de esquecer).
Confira a lista e deixe suas críticas e sugestões!
5. Faking It – Lust in Translation (s02e03), por Maísa França
Faking It está longe de ser a melhor série da MTV. Na verdade, é apenas uma série para se passar o tempo. Os roteiristas até que tentar tratar temas polêmicos mas, às vezes, a interpretação dos atores não agrada muito. E, em Lust in Translation a série agradou menos ainda. Dessa vez, o erro foi de todos os envolvidos na produção da série. O plano de fundo para as histórias foi representado por “brasileiros” que, na verdade, não tinham nada de Brasil. A combinação da visão deturpada da nossa cultura somada aos plots repetitivos da série coloca o episódio em quinto lugar na lista dos já exibidos da série até aqui. Bem dispensável e com gostinho de vergonha alheia.
4. Glee – The Hurt Locker, Part Two (s06e05), por Paulo Serpa Antunes
A temporada final de Glee até que deu aos fãs mais radicais algumas alegrias (vários retornos, desfechos para os personagens). Mas até para estes, assistir Glee em 2015 foi uma experiência, no mínimo, desconfortável. E o ponto alto (ops, baixo) foi a segunda parte de The Hurt Locker. Aqui há uma tentativa da série de voltar a fazer humor, mas tudo é over the top, exagerado e imbecil demais. Sue, totalmente fora da personagem, volta a ser a bitch das primeiras temporadas, motivada em unir novamente Kurt e Blaine (?). Com artimanhas que incluem hipnotizar Sam (??) e trancar Kurt e Blaine num elevador falso (???), a série entrega um episódio absurdo e insatisfatório. A trilha do episódio, com My Sharona (The Knack), You Spin Me Round (Like a Record) (Dead or Alive) e o trio de love songs It Must Have Been Love (Roxette), Father Figure (George Michael) e All Out of Love (Air Supply) também não ajuda. Em algum momento do episódio, Sue quebra a quarta parede e diz: “Vê aqui? Bem na programação. Semana cinco, Klaine são amigos de novo. Ainda temos mais seis semanas de planejamento, talvez sete, se o canal deixar”. A Fox até deixou, mas milhares de fãs pularam fora do barco antes do fim, tamanha a queda da qualidade dos episódios desta última temporada.
3. Scandal – Where is The Black Lady? (s04e11), por Simone Miletic
Minha relação com Scandal nunca foi fácil – se é que alguém consegue ter uma relação fácil com as séries da Shonda Rhimess. Só que aqui o problema poderia ser considerado grave: horror à protagonista. Só que as tramas dos bastidores da presidência dos EUA me mantinham firmemente sobreviver a isso semana a semana. Até a quarta temporada. Por que se qualquer pessoa me dizer que acha plausível que o presidente dos EUA entre em guerra com outro país porque sua amante foi sequestrada a mando do vice-presidente, essa pessoa não sou eu. Em um momento eu até pensei que o problema eram as tramas todas girando em volta da Olivia Papo, ops, Pope, e o fato de eu não suportá-la. Isso e o fato de eu achar que ela não é essa Coca-cola toda. Mas é mais que isso, é quando a criadora perde a noção e todo mundo abaixo dela se perde também. A ponto de eu lembrar de uma entrevista em que Gloria Perez, aquela das novelas malucas, disse que as pessoas precisavam “aprender a viajar” para conseguir entender sua obra. E Where Is The Black Lady é o apanhado de tudo isso: Olivia dando uma de maioral sem mostrar medo algum, mesmo sob o domínio de um monte de bandidos mal encarados e armados, sendo vendida a quem pagar mais por “conta do seu valor”, enquanto todo mundo na Casa Branca está pisando miudinho na tentativa de salvá-la. A ponto da primeira-dama dormir com o vice-presidente para isso. Um show de caras e bocas e situações de vergonha alheia. Sei que muitos não desistiram da série por conta disso, mas esse episódio foi o prego no caixão de Scandal pra mim.
Two and a Half Men – Of Course He’s Dead (s12e15 e s12e16), por Paulo Serpa Antunes
O plot do series finale de Two and a Half Men não era necessariamente ruim – apesar de Charlie Harper estar fora de cena há quatro temporadas, não seria divertido se ele estivesse vivo, trancafiado em um poço no porão da casa da maluquinha da Rose? E não seria bacana se os produtores conseguissem trazer para o episódio final a grande maioria dos personagens que marcaram a série? Rose, Evelyn, Jenny, Mia, Zoey, Jake e muitos mais estão lá. Até Arnold Schwarzenegger e Christian Slater deram as caras! Mas o problema é que impossível executar um roteiro destes sem o principal astro da série: Charlie Sheen. Mas Chuck Lorre tentou e o resultado é uma trama previsível, com um segmento em desenho animado tenebroso e um final nonsense. E a verdade é que se este episódio tivesse ido ao ar no final de 2012, encerrando a primeira temporada da série com o Walden no lugar de Charlie não teria sido ruim. Ruim é perder o tempo da piada. Ah, a última frase do episódio é de Chuck Lorre, dizendo “winning!” – o meme que Charlie Sheen criou no auge de sua loucura. Só que ninguém ganhou. Todos perderdam, inclusive os telespectadores.
1. Grey’s Anatomy – How to Save a Life (s11e21), por Paulo Serpa Antunes
Não, isto não é #mimimi de fã. É doloroso e triste ver Derek morrer. E também pouco justificável – Grey’s Anatomy não tem como durar muito mais, seria tão mais simples apenas reduzir a carga de participação de Patrick Dempsey e acioná-lo apenas em momentos especiais, como fizeram os produtores de ER com Noah Wyle. Mas como eu disse, não é só #mimimi. How to Save a Life é um desrespeito com os fãs da série e os fãs de Derek Sheppard. Todo o arco da temporada, do cirurgião tendo que escolher entre carreira e família, resistir a tentações e enfim, quando encontra sua paz, morrer, é infeliz demais. E toda a ação do episódio, Derek salvando múltiplas vidas para logo depois sofrer um acidente no mesmo lugar, morrendo só e desassistido, é estúpida demais. Por fim, vê-lo ter que narrar a própria morte (um recurso narrativo que sequer é original) é cruel demais, mesmo para os padrões das séries da produtora Shonda Rhimes. Infeliz, estúpido e cruel, How to Save a Life é um episódio todo errado e é o ponto mais baixo de uma série que perdeu a linha e agora vive de chocar o telespectador para ganhar alguma mídia.
E você, concorda com a nossa lista?
Férias? Folga da Fall Season? Aproveite o tempo ocioso para redescobrir séries
01/08/2015, 17:07. Redação TeleSéries
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Esta época de férias escolares e hiato da fall season é um momento perfeito para redescobrir séries antigas que merecem ser assistidas (ou reassistidas). Pensando nisso os colaboradores do TeleSéries fizeram uma lista de seus shows preferidos e que deixaram saudade nos corações de muitas pessoas pelo mundo afora. Tem pra todos os gostos: drama, sci-fi e comédia. Apronte seu estoque de comida, arrume uma posição confortável e prepare-se para as maratonas! As séries indicadas valem a pena! 🙂
E.R., por Aline Ben
E.R. é um seriado médico de emocionar do início ao fim, muito capitaneado pela riqueza dos roteiros. O enredo apresenta o cotidiano da equipe médica que trabalha no atendimento de emergência do County General Hospital, fictício hospital em Chicago, Illinois. A inspiração para as telas veio de um hospital real, o Cook County General, localizado em West Harrison Street, em Chicago. Além de lindas histórias, a série foi ousada em diversos momentos, trabalhando formas de enredos que dificilmente são vistas. Como em alguns episódios de destaque, onde a história foi contada de trás para frente.
No total, foram 15 temporadas durante os anos de 1994 e 2009. O seriado ficou gabaritado, foi indicado 123 vezes ao Emmy Awards, sendo a série com mais indicações ao prêmio até hoje. Venceu 22 estatuetas do Emmy e ganhou o People’s Choice Awards por “Série de Televisão Dramática Favorita” durante todos os anos entre 1995 até 2002. Durante os atendimentos médicos, é possível acompanhar o trabalho de atores que na época não eram tão conhecidos, mas acabaram se consagrando, como Anthony Edwards, George Clooney, Goran Visnjic e Noah Wyle, entre outros. Sem contar as memoráveis – e inúmeras – participações especiais, como Stana Katic (Castle), Danny Glover (Máquina Mortífera), Daniel Dae Kim (Hawaii Five-0) e Joe Manganiello (True Blood). Difícil é não achar quem deu uma palhinha como doente ou socorrista no County General Hospital.
Atualmente, em comemoração aos vinte anos da Warner Channel brasileira, a emissora retomou a exibição da série, que vai ao ar de segunda-feira a domingo, às 13h, com reprise de segunda a sexta-feira, às 20h50. Alguma dúvida de que vale acompanhar… ou matar a saudade?
The O.C, por Arthur Barbosa
Há exatamente 12 anos atrás, estreava na emissora Fox, The O.C., série teen que marcou a geração dos anos 2000 com sua música de abertura marcante – Californiaaaaaaaa. Sabe quando as pessoas comentam sobre amor à primeira vista? Então, me apaixonei por aquele “Quarteto Fantástico” inesquecível. Foram inúmeras as confusões em que Ryan (Benjamin McKenzie), Seth (Adam Brody), Marissa (Mischa Barton) e Summer (Rachel Bilson) se meteram, desde um final de semana na cidade de Tijuana no México, até mesmo em encontros e desencontros nas Ceias de Natal, ou melhor, no Chrismukkah, “sethcamente” falando, rs. Outro personagem que merece destaque é a belíssima trilha sonora, que lançou e divulgou bandas como The Killers.
The O.C. foi inesquecível e todo mundo deveria assistir algum dia na vida esse grande drama. Que tal passear por Orange County e ver um pouco dos cenários do seriado, através de uma viagem feita pela minha colega de site como um empurrãozinho para você, caro leitor, começar a assistir? Tenho certeza de que não haverá arrependimento, nem que seja viajando pela internet!
Fringe, por Mariela Assmann
Em 18 de janeiro de 2013 – como tudo que é bom não passa de 100 episódios – Fringe se despediu da telinha. O cancelamento deixou um rombo em nossos corações. Nos tirou a chance de shippar, de chorar, de vibrar e de tentar acompanhar teorias intrincadas, malucas e geniais. Não nos tirou, porém, a chance de rever.
E não achem vocês que essa chance foi – ou será – desperdiçada. Porque a série de ficção científica da Fox é daquelas produções que você precisa assistir várias vezes, seja pela quantidade de informação importante que não conseguimos assimilar da primeira vez que nos aventuramos em universos paralelos, seja por que sentimos faltas de personagens geniais e carismáticos ou por que queremos acompanhar uma história de amor turbulenta e dolorosa – daquelas que nos faz torcer mais e mais. Ou, ainda, simplesmente porque dizer tchau para Walter Bishop é dolorido demais. O fato é que PRECISAMOS rever.
Torne suas férias/feriado/final de semana/noite/qualquer horinha vaga mais legal. Embarque em viagens de ácido que te farão ver duplo – e isso é OKAY! Se delicie – e confunda – alternando universos. Fique P da vida porque um certo alguém dormiu com a versão ERRADA de outro certo alguém. Reveja Fringe. Porque obras primas merecem visitas constantes: nossos corações sabem seus endereços de cor e salteado 😉
Gilmore Girls, por Gabi Guimarães
Era uma vez uma mãe e uma filha que eram mais amigas do que… mãe e filha. Assim, meio que sem querer, nasceu Gilmore Girls, série criada por Amy Sherman-Palladino e exibida pela WB nos Estados Unidos entre 2000 e 2007. Foram 153 episódios distribuídos em 7 deliciosas temporadas que contaram a história de Lorelai Gilmore (Lauren Graham), uma jovem mãe de trinta e poucos anos, e Rory (Alexis Bledel), sua filha adolescente, vivendo suas vidas em uma cidadezinha do interior de Connecticut chamada Stars Hollow.
Filha de uma rica e conservadora família de Hartford, Lorelai se vê grávida aos 16 anos, e decide sair da casa de seus pais, Emily (Kelly Bishop) e Richard (Edward Herrmann), logo após o nascimento de Rory para viver longe de sua vida cheia de privilégios e regras, e, assim, ter a liberdade para criar a sua filha com a simplicidade e o amor que nunca teve. Um verdadeiro e autêntico híbrido entre drama e comédia, a série não demorou a encantar milhares de fãs mundo afora com seus diálogos rápidos, cheios de humor, ironia e referências à cultura pop – nem mesmo a Xuxa escapou! – que se transformaram em sua marca registrada. Ao abordar com inteligência e delicadeza o relacionamento entre aquelas mães e filhas – Lorelai, Rory e Emily – Gilmore Girls foi um sucesso retumbante de público e crítica e nos deixou com muita saudade. Saudade que se estendeu, diga-se de passagem, à Stars Hollow – que de tão linda praticamente se transformou em uma importante personagem da série com seus eventos bizarros e town meetings (sdd, Taylor Doose!) – e à todos os seus habitantes deliciosamente excêntricos (Kirk, querido, estou olhando para você!).
Gilmore Girls é garantia de diversão, emoção, e foi responsável pelo vício em séries da pessoa que vos fala. Pois é, tudo começou com as garotas Gilmore…
Firefly, por Carol Cadinelli
Firefly é uma série de ficção científica western espacial de 2002, ambientalizada num futuro em que a Terra não existe mais e formou-se um governo ditatorial intergalático, a Aliança, oriundo de uma união entre os pré existentes Estados Unidos e China. Num contexto de pós guerra entre o governo e os rebeldes, chamados Browncoats, a história gira em torno da tripulação da nave Serenity, comandada pelo Capitão Malcolm Reynolds, um sobrevivente do lado perdedor da guerra. A equipe da Serenity vive de contrabando e transporte interplanetário, o que gera as mais diversas situações problemáticas, desde o receio de que a Aliança capture a nave até a necessidade de proteger e controlar uma jovem transformada em um arma letal.
Firefly é uma série incrível. Criada por Joss Whedon – nem preciso comentar – , o contexto criado dá abertura para as mais diversas situações nos mais diversos cenários, que são montadas de forma a prender a atenção do início ao fim. O elenco é sensacional, trazendo como nomes de peso Nathan Fillion (Castle) e Morena Baccarin (V, Gotham). O começo, admito, é um pouco morno, mas em pouco tempo dá pra se apaixonar perdidamente por todo o universo do seriado. Injustiçada pela Fox, Firefly só teve 14 episódios – o que é um grande incentivo para começar a ver, mas uma grande tristeza ao se chegar ao final -, além de um filme póstumo, entitulado Serenity, que reuniu todo o elenco e equipe (vê-se, aí, o quanto era boa a série, não só pra nós, espectadores, mas também para eles), e das histórias em quadrinho (ainda não publicadas no Brasil, mas disponíveis na internet). As repercussões do show foram tão grandiosas que, até hoje, os fãs ainda se agrupam pedindo o retorno de Firefly, através de vídeos na internet, memorandos e-mails para a Fox (sim!) e, inclusive, um documentário, entitulado Browncoats United, com a participação de todo o elenco principal e do criador, Whedon. Acreditem, é apaixonante. Totalmente válido ver.
Friday Night Lights, por Gabriela Assmann
O melhor drama que a televisão americana já produziu. Sim, eu só tenho 25 anos e nem assisti tantas séries assim. Provavelmente essa minha expressão está exagerada e é fruto do olhar de uma fã, mas Friday Night Lights deveria obrigatoriamente estar na lista de séries assistidas de qualquer pessoa que se considere um seriador e que goste do gênero dramático. FNL é um drama familiar que conta a história de uma cidade apaixonada por futebol americano e a maneira como o esporte os ajudou a prosperar ou fracassar na vida. Enquanto isso, temas dos mais espinhosos são tratados de maneira brilhante: gravidez na adolescência, alcoolismo, drogadição, pobreza, realidade educacional… e com atuações primorosas de um elenco que mescla da melhor maneira possível experiência e juventude.
Apesar de só ter tido 76 episódios, cinco temporadas e ter enfrentado um quase cancelamento após a segunda temporada, FNL sempre foi sucesso de crítica – tendo recebido indicações ao Emmy (sendo premiada em algumas categorias) – por explorar com maestria e profundidade as personalidades dos personagens e retratar com bastante realismo a classe média norte americana.
Separe seu tempo ocioso para ver esta série primorosa e se apaixonar pela fictícia cidade de Dillon, no Texas, pelos Dillon Panthers e por personagens inesquecíveis, como o coach Taylor (Kyle Chandler) e sua esposa Tami (Connie Britton), o quarterback Matt Saracen (Zach Gilford) e a apaixonante Tyra Colette (Adrianne Palicki), uma das personagens que mais cresce no decorrer da série. E se quiser você ainda pode acompanhar as reviews de FNL aqui mesmo no TeleSéries, já que nossos colaboradores da época resenhavam a série. Clear eyes, full hearts, can’t lose!
The X-Files, por Lucas Leal
“A verdade está lá fora”; “Eu quero acreditar”; Mulder, Scully. 9 temporadas, dois filmes, uma série derivada e uma série que influenciou uma geração e foi inspiração para dezenas de outras.
Focado em uma temática sobrenatural, envolvendo monstros da semana, mitologia com monstros, poderes paranormais e principalmente conspiração governamental, superhumanos e extraterrestres, The X-Files (ou Arquivo X) conseguiu ir além do “monstro da semana” e criou uma mitologia própria, riquíssima, e que tinha como alicerce a relação Ciência x Fé, dualidade explorada no casal de agentes Mulder e Scully. Não e pra menos que a série influenciou Lost, Supernatural, Fringe e tantas outras que talvez não existissem sem o sucesso de X-Files.
Como se não bastasse, a série retorna agora em 2016, depois de 14 anos de encerrada! X-Files marcou época nas décadas de 90 e 2000. Pra você que nunca viu aproveite as férias e de uma chance. Pra você que já viu, com a proximidade do retorno, vale rever!
The West Wing, por Aline Ben
Nos últimos anos a série original da Netflix, House of Cards, tem conquistado fãs ao redor do mundo contando a história do político Frank Underwood. No entanto, entre os anos de 1999 e 2006, outra série de cunho político arrecadou admiradores. The West Wing teve um total de sete temporadas e apresentou os bastidores do trabalho na Casa Branca durante os dois mandatos do presidente Josiah ‘Jed’ Bartlet (interpretado fantasticamente por Martin Sheen). Ao contrário de House of Cards, que foca nas artimanhas políticas em busca do poder, em The West Wing o foco principal é o trabalho árduo da equipe que apoia o presidente, que muitas vezes precisa fazer o jogo político, mas que também se consideram uma família enfrentando desafios diários.
Os principais personagens envolvidos no dia a dia do presidente são o chefe de gabinete Leo McGarry (John Spencer), o assessor de gabinete Josh Lyman (Bradley Whitford), o diretor de comunicação Toby Ziegler (Richard Schiff), o vice-diretor de comunicação Sam Seaborn (Rob Lowe), o secretário pessoal do presidente Charlie Young (Dulé Hill) e a assessora de imprensa C.J. Cregg (Allison Janney). Vale a pena acompanhar a vida desses personagens que trabalham de domingo a domingo, sem horário, e que fazem o possível para melhorar o país a que servem e ainda conseguem nos divertir. O dia-a-dia da equipe do presidente Jed Bartlet é cheio de imprevistos, desde atentados, negociações com senadores, ameaças de guerra em diversos pontos do mundo, até o caso de um assessor bêbado que esqueceu o endereço de casa e precisou pedir para o taxista deixá-lo na Casa Branca. The West Wing apresenta um círculo de pessoas normais, que muitas vezes, entre extensas horas de trabalho, esquecem que são responsáveis por decisões que influenciam o mundo todo.
A vida imita as séries: a neurocirurgia nas séries de TV
16/06/2015, 23:24. Redação TeleSéries
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A arte muitas vezes imita a vida. Poderia também a vida imitar a arte? Aparentemente sim.
Recentemente um procedimento médico realizado em Tubarão, Santa Catarina, causou espanto, estranheza e admiração em muita gente. E virou assunto nas redes sociais – como todo acontecimento atual que se preze: tudo porque uma neurocirugia foi realizada com o paciente acordado e… tocando Beatles ao violão!
O assunto rendeu tanto que o Diário de Santa Catarina procurou a equipe médica que realizou o procedimento para explicar o mesmo. Segundo os médicos, o tumor que seria retirado estava próximo à área do cérebro que controla a fala e coordenação motora e a extração sem sequelas poderia ser facilitada se o paciente estivesse desperto e utilizando tais áreas do cérebro, assim os possíveis danos poderia ser observado em tempo real e o procedimento seria evitado. Todo mundo sairia ganhando.
É compreensível que o grande público tenha achado tudo isso incrível e bastante inovador. Mas os seriadores fãs de séries médicas franziram a testa pra tanto espanto e entusiasmo. Afinal de contas, eles já conhecem esse tipo de cirurgiã de outros carnavais seriados.
Em ER, os fãs acompanharam e sofreram junto com o doutor Mark Greene sua luta contra o glioblastoma multiforme, um tipo agressivo de tumor no cérebro que acabou por matá-lo. O episódio Piece of Mind (7×10), mostra uma das fases desta longa guerra: Greene passa por uma cirurgia experimental. Acordado, em um momento de grande tensão para os telespectadores, ele começa a sentir efeitos colaterais do procedimento – afetando sua mão e sua fala. No fim, Greene sai da cirurgia sem sequelas. Infelizmente, ele, que era um dos personagens mais populares da série, só ganhou mais algum tempo com a cirurgia.
Série de casos médicos excêntricos, House também explorou vários casos de problemas neurológicos em suas oito temporadas. No episódio Cane and Able (3×02), o tratamento de um garoto com alucinações leva a um diagnóstico raro e a uma solução mais extrema ainda – induzir novas alucinações durante a cirurgia no cérebro, para assim poder remover as células mortas que provocam as crises. Assistimos o drama do menino que, em plena sala de cirurgia, vê a equipe médica se transformar em alienígenas.
Na mesma temporada, no episódio Half-wit (3×15), não temos uma cirurgia com o paciente acordado, mas o procedimento é tão arriscado quanto. O paciente vivido pelo músico Dave Matthews tem seu crânio perfurado para que seja feito um eletrocardiograma dentro do cérebro (a foto que abre esta matéria é desta cena). O procedimento revela que metade do cérebro do paciente, um autista que é um prodígio no piano, está morto.
Grey’s Anatomy também já abordou a técnica. E não foi uma vez só.
Lá em 2005, na primeira temporada do drama médico da ABC, episódio If Tomorrow Never Comes (1×06), um paciente com Parkinson foi operado através de uma cirurgia DBS (Deep Brain Stimulation). Com o paciente acordado e muito atento, Derek Shepherd vasculhou o seu cérebro usando um raio-x em tempo real, e os eletrodos inseridos no cérebro do simpático senhorzinho deram conta do recado: em apenas algumas horas de cirurgia os tremores pararam. BAM: mais um “milagre” médico estava feito.
No finalzinho da segunda temporada Grey’s Anatomy (The Name of the Game, 2×22) exibiu outro caso semelhante. Mais uma vez McDreamy mostrou o porquê dele ter aquele famoso complexo de Deus, realizando uma cirurgiã neurológica em Andrew, um garotinho que precisava da remoção de um grande tumor cerebral.
Como Andrew era campeão de soletração a cirurgia foi realizada com ele acordado, conversando, assim Derek e Bailey seriam capazes de evitar lesões às áreas do cérebro que controlam a fala e o raciocínio. E mais uma vez a genialidade dos médicos do então Seattle Grace ficou comprovada, e Andrew acabou a cirugia acordado e com o cérebro tinindo.
Ou seja: esse procedimento que causou tanto espanto não é novo, e muito menos desconhecido. Mas isso não o torna chato. Ele continua sendo muito eficaz e pra lá de legal.
Texto de autoria de Mariela Assmann e Paulo Serpa Antunes. Com a colaboração de Thiago Sampaio e informações do Diário Catarinense e do G1.
Dia Interplanetário do Orgulho Nerd – E a sua toalha, por onde anda?
25/05/2015, 19:31. Carol Cadinelli
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Bom dia/tarde/noite, leitores! É com muito orgulho que venho, nesta data dupal, perguntar a vocês: E a sua toalha, por onde anda?
Não entendeu? Não se preocupe, nunca é tarde para se tornar um padawan nas sendas nerds (essa própria que vos fala, inclusive, é uma padawan tardia, então… acreditem: se eu posso, vocês também podem).
A cultura nerd/geek é algo que está bastante em voga nos últimos anos. De discriminados, excluídos, zoados, os nerds passaram a ser considerados modelo na sociedade. Muito disso se deve ao sucesso estrondoso de super gênios da informática, como Bill Gates e Steve Jobs, mas não desmereçamos o papel da TV nisso. E o grande destaque é, com certeza, a série The Big Bang Theory, produzida e exibida pela CBS desde 2007. A série conta a história de quatro amigos (que se enquadram em todos os tipos de nerd que já se pode designar) que trabalham como pesquisadores em uma universidade, e gira em torno, principalmente, do cenário (totalmente recheado de referências) do apartamento de dois deles: Sheldon e Leonard. Atualmente, TBBT já não é mais tão apreciada no meio nerd devido a diversos fatores (apesar da melhora significativa do enredo na última temporada), mas é inegável a sua importância para a popularização da cultura dos quadrinhos, dos super heróis, da ficção científica, entre muitas outras coisas.
A série não só funcionou como uma grande exposição de como é a vida de um nerd aficcionado, mas também como um poço de referências à cultura, sejam filmes, quadrinhos, livros, jogos, tecnologias, pesquisas científicas ou, claro, séries. As séries têm papel fundamental na vida de um nerd – vide todas as reações exageradas e lindas de Sheldon Cooper – e devem ser tratadas com muito esmero.
“Começar a ver uma série que pode durar anos não é algo que se decide levianamente!” – e eu sou obrigada a concordar. Por isso, trago pra vocês cinco das séries adoradas por Leonard, Sheldon, Howard, Raj e eu, que são super indicadas para você, que quer iniciar-se nesse caminho, ou para você, que já começou nele por outras rotas.
1) Doctor Who
Doctor Who tem cinquenta e dois anos. Sim, a cultura nerd é algo bem antigo, como se vê, e isso é porque só estamos falando de séries. É uma das séries favoritas do grupo (inclusive, Howard tem uma TARDIS <3) que rendeu várias referências nessas oito temporadas
Iniciada em 1963 e retomada em 2005, a atração mais querida da BBC conta as aventuras do Doctor, um alienígena gallifreyiano, o último de sua raça, que viaja no tempo e no espaço com a sua TARDIS, uma máquina do tempo roubada que tem a aparência de uma cabine de polícia britânica dos anos 60. Quase sempre acompanhado (seus acompanhantes mudam de tempos em tempos), o Doctor viaja, na maior parte das vezes, para onde a TARDIS (que tem muita vontade própria) quer levá-lo, ou seja, para onde precisam de sua ajuda, de seus conhecimentos e habilidades. É realmente genial, pessoas, apesar de eu ser obrigada a concordar com a Amy, ali em cima. Doctor Who é realmente envolvente, misturando aspectos científicos com viagens malucas sobre as possibilidades de vida extraterrestre/dominação do mundo e, claro, muitas emoções. Ah! E uma vantagem: Se não estiver gostando muito do Doctor, é só esperar um pouquinho, que ele muda 😀
2) Star Trek
Star Trek tem quarenta e nove anos. É clássico, que não poderia deixar de ser citada. É tão adorada por nossos quatro nerds que eles chegam a fazer cosplay dos personagens, e já tivemos Leonard Nimoy em uma super participação. Além disso, temos o discurso em Klingon no casamento de Howard, o presente de Penny para Sheldon em um dos primeiros natais (um guardanapo usado por Nimoy), as participações regulares de Wil Wheaton e LeVar Burton, do elenco de The Next Generation, entre tantas outras referências.
Star Trek, com suas várias versões, conta a história do comandante e dos vários tripulantes da nave U.S.S. Enterprise, que viaja pelo espaço. A tripulação é composta por várias raças de diversos planetas, e todas essas servem à Frota Estelar. Pois bem, a Enterprise viaja entre planetas ajudando a resolver conflitos e descobrindo coisas novas, e quase invariavelmente seus tripulantes ficam em apuros, seja por ameaça interna ou externa à nave. É uma série magnífica e inovadora, que aborda várias questões de cunho moral e social (muitas das quais ainda são discutidas hoje) dentro de enredos muito bem construídos. É realmente genial.
3) Firefly
Essa fala é de cortar o coração. Pois é, Sheldon estava errado. Firefly não durou anos, mas apenas QUATORZE EPISÓDIOS. COMO VOCÊ PODE, FOX? COMO? Pois bem, é um absurdo, e os nosso amigos de The Big Bang Theory concordam. É um assunto sobre o qual piadas e protestos já foram feitos e lágrimas já caíram (minhas, inclusive), mas que nunca se cansa de ser retomado. A série significa tanto para nós que dois protagonistas da série já fizeram participações especiais na série: Nathan Fillion e Summer Glau.
Firefly, a melhor série da vida na minha humilde opinião, conta a história de um contrabandista interplanetário (aka Capt. Mal Reynolds) e seus companheiros de viagem: Zoe, a imediata do capitão (Diva <3); Wash, o piloto (I’m a leaf on the wind… Ai.); Kaylee, a mecânica da nave (coisa mais fofa :3); Jayne, um mercenário (e o heroi de Canton também); Book, um pastor (que a gente não sabe muito bem porque ele está lá, de início); Simon, um médico (que traz uma carga um tanto, hm… suspeita); e Inara (uma companion de relações intensas com Mal). O cenário da série, que tem um tom de western espacial, é uma galáxia dominada por um governo derivado de uma fusão entre os governos Norte Americano e Chinês, e o Capitão Reynolds é procurado pela justiça por ter tomado parte (assim como Zoe, companheira de guerra) no lado perdedor da última guerra entre governo e rebeldes (o lado perdedor nem sempre é o lado errado u.u). A cada episódio da série temos uma trama diferente, um cliente diferente, uma luta diferente. Em apenas quatorze episódios e um filme, temos diversas histórias mega criativas e intensas apresentadas, em um universo extremamente singular, e, e, e, AI, FOX, SUA MALDITA. Tsc. Vão ver só, a Netflix ainda vai retormar a série u.u Can’t stop the signal!
4) Game of Thrones
Precisa de referência maior do que essa? Pois então, Game of Thrones, a série mais pop da atualidade, também é bastante queria pelos cientistas de TBBT. Afinal, não é por nada que se compra uma réplica da Longclaw (nada barata, presumo), espada de Jon Snow, um dos grandes ícones da trama de George Martin.
Ambientada em um contexto medievalizado, Game of Thrones relata a luta das grandes casas nobres pela conquista do Trono de Ferro, o grande poder sobre o continente de Westeros, mostrando toda a corrupção e todos os esquemas desonestos por trás desse processo. Além dessa batalha interna, os atuais reinantes ainda devem lidar com ameaças externas, como a Rainha dos Dragões, que clama por seu trono de volta (uma vez que foi ‘usurpado’ de seu pai), e as raças vindas no Norte, não necessariamente humanos, que buscam a conquista do território. É uma série muito bem trabalhada, com questões políticas e morais muito atuais, que apenas se mascaram na ideia de uma época medieval. Além disso, os efeitos visuais, os cenários, os figurinos, é de dar gosto. É uma série super indicada para qualquer pessoa com um estômago bom e maior de 16 anos. Ah, e que não esteja esperando uma adaptação fiel aos livros.
5) Buffy, The Vampire Slayer
Então, dica de Leonard. You ALL need. Buffy, uma série que, olhando assim, meio de lado, parece coisa de menininha – especialmente depois dos preconceitos criados por Crepúsculo e The Vampire Diaries -, na verdade é coisa de nerd sim. E é uma das favoritas do bonitos de TBBT.
Buffy, de Joss Whedon (rá!), conta a história de uma garota que, em sua adolescência, descobre que é uma das escolhidas para lutar contra o mal, ou seja, ela é uma caça-vampiros. A jovem, então, deve conciliar sua vida acadêmica e social com sua missão e proteger seus amigos em Sunnydale, a cidade onde vive e que, coincidência ou não, abriga a Boca do Inferno, porta de entrada dos piores monstros imagináveis para o nosso mundo. Confesso que, pra mim, Buffy é definitivamente uma super heroína. Ela é demais <3 E fora isso, tem a Willow, melhor amiga da protagonista, que é perfeita. Os episódios são ótimos e bem bolados (alguns caem um pouquinho no clichê, mas, convenhamos. Whedon pode), e a atmosfera dark da série é bem bacana. Outro lance sobre Buffy é que é um dos grandes exemplos de que não precisa ser ficção científica ou medieval pra ser nerd. Fantasia e coisas sobrenaturais também entram no jogo.
6) The Flash
Todos sabemos que Sheldon, mais que os outros, é um fã inesgotável do Flash. Em vários momentos, o personagem se fantasiou ou usou a camisa do super herói mais rápido do mundo (sim, é o Flash, não o Superman, superem isso u.u). Na season finale desta oitava temporada, Sheldon pergunta para Amy se deve ou não acompanhar a nova série de TV baseada no herói. A única coisa que digo é: SIM! Você não vai se arrepender, Shelly.
E chegamos ao fim. Mas é possível que alguns de vocês estejam se perguntando: Carol, o que a toalha tem a ver com isso tudo? Então, a toalha!
A toalha não é uma referência a nenhuma das séries citadas – apesar de sabermos que os nerds de TBBT também são fãs dela. A toalha é uma referência ao Guia do Mochileiro das Galáxias, série de livros (derivada de um programa de rádio) escrita por Douglas Adams nos anos 80. O Guia é um grande símbolo da cultura nerd, por misturar elementos de ficção científica, viagem espacial/alienígenas, fantasia e um humor nada menos que fabuloso. Ah, e os livros, além de terem virado filme (o qual eu não recomendo), também viraram série! Sim, a série, produzida nos anos 80, tem uns efeitos terríveis, mas é uma adaptação meticulosamente fiel da obra (eu garanto, gente; reli o livro vendo a série, eles não deixaram passar nada). E a toalha, no Guia, tem um papel fundamental: de acordo com ele, é o item mais importante que um mochileiro deve carregar, pois tem diversas utilidades.
Para finalizar, uma mensagem: Nunca se envergonhem de sua nerdice. Imaginar, inventar, criar, isso é parte do ser humano. Gostar de coisas que fazem isso, que trespassam o limite do óbvio e claramente possível, é gostar do que move o mundo, e é assim que surgem as coisas mais interessantes da vida. Quebrem paradigmas, assumam a nerdice que mora dentro de vocês. No mais, não se esqueçam de suas toalhas!
Mad Men, o ocaso de um fenômeno
17/05/2015, 21:06. Juliano Cavalcante
Especiais, Opinião
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Nos idos de 2007, sempre que eu conversava com alguém e o assunto resvalava para cultura pop, eu perguntava ao meu interlocutor: “Você sabe qual é o evento audiovisual mais aguardado do ano?”. Os candidatos mais óbvios eram Homem-Aranha 3 (ei, ninguém tinha assistido o filme ainda!) ou Ratatouille (sim, acho o Brad Bird um gênio). Mas eu tinha uma resposta guardada na cartola:
“Os episódios finais de Família Soprano.”
The Sopranos, como vocês devem saber, deu início ao que convencionamos chamar de “a nova era de oura da televisão”. Foi quando a opinião pública de fato começou a ver as nossas amadas séries como expressões artísticas válidas. E cada review de The West Wing, ER ou Gilmore Girls (vocês lembram quando a Warner não era só reprises de Friends e The Big Bang Theory?) que o TeleSéries publicava tinha um objetivo secundário: mostrar que os seriados não estavam mais restritos a um gueto (e não se esquecem, eram tempos pré-banda larga, pré-Netflix e pré-TV por Assinatura por menos de três dígitos).
Era o fim de uma era. E todos se perguntaram quanto tempo demoraria para aparecer a sua sucessora criativa.
O que ninguém contava é que só levou 39 dias.
* * *
Mad Men teve uma origem interessante. Foi um projeto idealizado por Matthew Weiner em 1999, quando ele ainda era roteirista de sitcoms (!). Ao ler o roteiro do piloto, David Chase ficou convencido que ele merecia fazer parte do restrito staff de roteiristas das temporadas finais de Sopranos (os últimos oito episódios da série tem apenas dois roteiristas creditados fora Chase – um deles é Weiner). Clique aqui para continuar a leitura »
Veja tudo o que aconteceu no especial de 40 anos do Saturday Night Live
25/02/2015, 10:57. Paulo Serpa Antunes
Especiais
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O Saturday Night Live entrou na minha vida nos anos 90, com o advento da TV paga no Brasil. Mas eu sabia que o programa já existia muito antes: nas reportagens em revistas e jornais que diziam que Chevy Chase ou Eddie Murphy vinham da TV americana antes de estourarem na tela do cinema, nas referências aos Blues Brothers e por aí vai. Assistia ao programa via Sony, na época que a Sony era legal (e exibia diariamente reprises dos melhores episódios). Entrei naquela que para muitos foi a melhor fase do programa humorístico-musical (e pra mim certamente foi), a geração 90 de Kevin Nealon, Phil Hartman, Mike Myers, Chris Farley… Hoje sou um telespectador bisexto do programa – até porque, a Sony demora quase um ano para exibir os episódios no Brasil por conta de complicadas negociações de direitos autorais – mas é sempre bom saber que ele está ali e saber que é dele que virão os roteiristas e astros das próximas sitcoms que irei assistir.
No domingo, dia 15 de fevereiro, a NBC reuniu o elenco do programa, comediantes que passaram pela atração, atores renomados e músicos consagrados para uma homenagem ao Saturday Night Live, que está completando 40 anos de exibição ininterrupta. Ao longo de 3 horas e 30 minutos, gravadas ao vivo, o telespectador pode percorrer a história do programa e rir e se emocionar com o trabalho de muitos dos principais gênios da comédia mundial. O tributo foi especialmente rico pra quem, como eu, acompanha regularmente o programa. Mas mesmo para quem não é um grande fã vale a viagem. Especialmente para estes, fiz esta resenha crítica do programa, que contextualiza alguns quadros e alguns comediantes na história da atração. Espero que curtam a minha descrição. Afinal… Live from New York, it’s Saturday Night!
O especial abre com divertidíssimo número musical com Jimmy Fallon e Justin Timberlake cantando, dançando e fazendo algumas dezenas de referências aos muitos esquetes que marcaram o programa. É curiosa a escolha dos dois para abrir o show: mostra que Fallon realmente se tornou o grande astro cômico da NBC e Timberlake o melhor mestre de cerimônias da história recente do programa (já são 5 participações como host e uma como convidado musical). O quadro teve ainda interrupções de Rachel Dratch (avisando que aberturas musicais costumam derrubar a audiência do SNL), e de Molly Shannon, reprisando o papel da personagem Mary Katherine Gallagher.
Na sequência, temos uma linda abertura que cita o nome de todos os participantes do especial – que para ser perfeita só mesmo se fosse narrada pelo falecido Don Pardo, o locutor que fez história no do programa.
Entra em cena então Steve Martin para o primeiro monólogo da noite. O ator e comediante é um dos mais lembrados mestres de cerimônia do programa – já apresentou a atração 15 vezes – portanto nada mais justo que esteja ali. A primeira piada vem com força: ele compara esta celebração a uma reunião de colégio, onde quase todos os estudantes são brancos. Martin homenageia o produtor executivo Lorne Michaels (o que acontecerá diversas outras vezes ao longo da noite) e faz referências aos membros do elenco do programa que já morreram (incluindo Jon Lovitz, que estava bem vivo na plateia!). O monólogo é brilhante e divertido. E cheio de interrupções, com mais ex-hosts exigindo espaço na atração: começando por Tom Hanks (que apresentou 8 vezes o programa) e Alec Baldwin (16 vezes, o atual recordista) e passando por Melissa McCarthy, Chris Rock, Peyton Manning, Miley Cyrus, Billy Cristal e por fim Paul McCartney e Paul Simon, com direito a uma pequena canja de I’ve Just Seen A Face. É uma constelação de estrelas no palco! Se alguém tinha alguma dúvida que este especial seria imperdível ela terminou aqui.
Na sequência temos um videoclipe que reúne imagens dos 40 anos do programa. Ao longo do episódio teremos outros clipes nesta linha, todo com edição irretocável e sempre abrangendo o máximo de atores, convidados e fases da atração.
O primeiro esquete do programa é na verdade um remake. Dan Aykroyd repete o infomercial nonsense do Super Bass-O-Matic, da mesma forma que fez em um episódio da primeira temporada do programa, em 1976. Laraine Newman, que também esteve no quadro original, aparece na cena também, para beber a nojenta batida de peixe.
Antes de ir pro intervalo, aparecerá na tela a foto de Buck Henry, numa homenagem ao ator e roteirista que apresentou o programa 10 vezes. Nos outros blocos aparecerão imagens de Dick Ebersol, co-criador do programa, e Edie Baskin, ex-diretora de arte do programa. Todos eles estão bem vivos.
O primeiro grande esquete do programa é o Celebrity Jeopardy, que é uma sátira ao game show Jeopardy que foi ao ar nos anos em que Will Ferrell participou do elenco do programa. Ferrell volta a imitar o apresentador Alex Trebek num quadro em que ele fica fazendo escada para que outros membros do elenco ou atores convidados imitem celebridades. E acontece o mesmo aqui, em uma escala planetária! Darrell Hammond e Norm McDonald retornam com suas imitações precisas de Sean Connery e Burt Reynolds. Mas tem mais: Alec Baldwin aparece como Tony Bennett, Kate McKinnon como Justin Bieber, Taran Killam como Christoph Waltz e Jim Carrey como Matthew McConaughey. Fechando o quadro, aparece Kenan Thompson imitando Bill Cosby.
Os dois mais novos contratados do SNL, Pete Davidson e Leslie Jones, introduzem o próximo segmento, pra mim um dos mais legais da noite: imagens de arquivo mostram os testes feitos pelos comediantes para entrar no programa. É maravilhoso ver tantos ídolos, como Amy Poehler e Jimmy Fallon, tão jovens e tão intimidados. É legal ver ainda como os comediantes agregaram seu próprio material ao show: Dana Carvey já imitava a Church Lady e já cantava “Choppin’ broccoli” antes de entrar no programa, bem como Chris Kattan já imitava o excêntrico Mango. Curiosamente, o clipe também mostra vídeos de alguns comediantes que foram rejeitados pelo programa, como Jim Carrey, Zach Galifianakis e Stephen Colbert. Um tímido Andy Kaufman também aparece nas imagens – foi um colaborador importante nos primeiros anos do programa, mas nunca fez parte do elenco.
Robert De Niro aparece ao palco para um monólogo meio atrapalhado – com direito a se confundir com o texto mais de uma vez. Mas quem se importa? Ele é o Robert De Niro! E está ali para lembrar que o SNL não e só uma instituição da TV, mas de sua cidade, Nova York. A fala introduz o próximo clipe, que mostra quadros inspirados na cidade, cenas externas nas ruas de Manhattan e fotos do elenco. Destaque para as imagens do primeiro programa pós-9/11 (com o prefeito Rudolph Giuliani e bombeiros no palco) e para a trilha com Empire State of Mind, de Alicia Keys.
Na volta dos comerciais eis que surge Keith Richards ao palco, só pra anunciar o número musical de Sir Paul McCartney! A performance de Maybe I’m Amazed, do Wings, é arrasadora.
Jack Nicholson é o próximo no palco, e chega para comentar como era o mundo em 1975 e introduzir um clipe sobre humor político. Paródias de presidentes, candidatos a presidência, pré-candidatos, governadores invadem a tela. Mas ao longo das décadas vários políticos mostram ter senso de humor e toparam participar do programa – no vídeo vemos George Bush, Bob Dole, John McCain, Sarah Palin, Hillary Clinton e até Barack Obama no palco do SNL.
O próximo esquete é The Californians. Apresentado entre 2012 e 2013, o quadro é uma sátira de uma telenovela, com personagens loiros, ricos e de sotaque carregado (com exceção, claro, da empregada latina). Kristen Wiig, Bill Hader, Fred Armisen, Vanessa Bayer e Kenan Thompson reprisam seus papeis no quadro, agora com a adição dos convidados especiais Laraine Newman, Bradley Cooper, Kerry Washington, Taylor Swift e Betty White. Definitivamente não foi o meu momento favorito do especial, mas certamente uma boa parcela da audiência se divertiu com os cabelos loiros e cacheados de Kerry Washington, o sotaque incompreensível da Taylor Swift ou com o beijo de Bradley Cooper na Betty White. Pra mim foi mais legal foi o esquete pós-esquete, relembrando a Total Bastard Airlines: David Spade e Cecily Strong fazem o papel de dois comissários de bordo que tem a missão de colocar todos os atores para fora do set. Buh-Bye!
É chegada a hora do Weekend Update, o mais longo esquete da história da televisão – ao longo dos 40 anos de SNL, o telejornal só não foi ao ar entre 1981 e 1985 (ainda assim havia sempre no programa um quadro neste estilo). E para ocupar o lugar na bancada do telejornal fake nada mais justo do que deixar ela a cargo das três apresentadoras que fizeram história da atração: Jane Curtin (1976-1980), Tina Fey (200-2006) e Amy Poehler (2004-2008) – ficou faltando apenas um mulher na bancada, Cecily Strong, certamente por ter sido a que ficou menos tempo no ar. O segmento das notícias acaba sendo bem curto – com as melhores piadas ficando com Jane Curtin, lembrando que os 11 filmes baseados nos esquetes do SNL foram todos fracassos de críticas e ainda debochando da Fox News. O espaço fica aberto para atores famosos imitarem seus personagens/comentaristas favoritos do programa: Emma Stone encarna Roseanne Roseannadanna, a personagem da falecida Gilda Radner; Edward Norton assume o papel de Stefon – mas acaba precisando de uma ajudinha do próprio Bill Hader e de Seth Meyers. Melissa McCarthy imita Matthew Foley, o palestrante motivacional do também saudoso Chris Farley. Temos ainda a participação do “Land Shark”, encerrando o Weekend Update em pleno caos.
O clipe a seguir relembra os ex-apresentadores do Weekend Update e alguns momentos marcantes do quadro. Na volta, quatro ex-apresentadores estão no palco – Kevin Nealon, Norm McDonald, Seth Myers e Colin Quinn – todos para homenagear e chamar ao palco o primeiro âncora do telejornal, Chevy Chase. No discurso de agradecimento, Chase repete um segmento de seus anos no Weekend Update, o “News for the Hard of Hearing”. Basicamente, Chase lia as notícias e seu colega de elenco Garrett Morris (atuamente em 2 Broke Girls) gritava elas para aqueles que tem dificuldade de audição. O quadro é tão bobo e politicamente incorreto para os dias atuais, que é impossível não rir dele!
O programa reprisaráa ainda duas paródias de comerciais que fizeram sucesso: o cereal Colon Blow e a calça Mom Jeans. Os dois quadros são ótimos, claro, mas porque foram ao ar estes e não outros, eu realmente não sei.
E chegamos ao segmento mais engenhoso do programa. Uma homenagem aos números musicais, conduzida por Martin Short e Maya Rudolph imitando Beyoncé. O quadro é especial porque ele é realmente amplo, homenageando muitos personagens e fazendo o telespectador puxar pela memória cenas realmente antológicas. Primeiro entram em cena os improvisadores Garth & Kat (Fred Armisen e Kristen Wiig), que eu particularmente sempre achei bem chatinhos. Na sequência temos o duo The Culps (Ana Gasteyer e Will Ferrell). Joe Piscopo imita Frank Sinatra. E eis Dana Carvey no palco, no papel de Derek Stevens e tocando a hilária The Lady I Know (aquela do Choppin’ broccoli que já falei antes). Adam Sandler reencarna o Opera Man e Kenan Thompson faz sua terceira aparição na noite, aqui no papel DeAndre Cole (com sua trilha-chiclé What Up With That?), com Jason Sudeikis, dançando ao fundo. O segmento fica ainda melhor quando Steve Martin reprisa a canção King Tut – interpretada por ele num episódio de 1978, o single chegou a entrar no Top 100 da Billboard e vender mais de um milhão de cópias. E o auge vem a seguir, quando Bill Murray reprisa o papel de Nick Ocean, o cantor de boate. Acompanhado de Paul Shaffer no piano, ele nos brinda a melhor paródia de todo o programa: um love-theme do filme Tubarão! E, claro, não podemos falar em números musicais no SNL sem recordar dos The Blues Brothers. E são eles que fecham com chave de outro a atração – com Jim Belushi honrando o papel do irmão falecido, John Belushi, ao lado de Dan Aykroyd.
Entra em cena Chris Rock, com mais um monólogo matador. Ele fala da importância que teve para ele ver Eddie Murphy no Saturday Night Live. Murphy mostrava que comédia poderia ser trabalho e, mais do que isto, uma opção de carreira. “Eu queria ser Eddie Murphy”, diz Rock. Ele fala ainda algo que eu não sabia: que, no início dos anos 1980, após uma grande mudança no elenco, foi a chegada de Eddie Murphy que salvou o show do cancelamento. Tudo isto serve para introduzir ao palco o próprio Eddie Murphy que, convenhamos, é realmente uma grande lenda da comédia norte-americana (nos anos 80 era um dos grandes campeões de bilheteria de Hollywood) mas meio que caiu no ostracismo (para toda uma geração ele é apenas o Donkey de Shrek). Foi uma bela homenagem. E Murphy a recebeu realmente emocionado. Fiquei esperando que ele renasceria das cinzas ali, fazendo um matador número de stand up, mas ficamos apenas nos agradecimentos.
O ex-jogador de beisebol Derek Jeter e o jogador de futebol americano Peyton Manning são os próximos no palco, introduzindo o segmento de esportes. Verdade seja dita, pra um atleta se tornar host do SNL ele precisa ser realmente um esportista fenomenal ou ter grande personalidade. O clipe que segue lembra que este seleto grupo contou com as presenças de astros do calibre de Joe Montana, Michael Jordan e Michael Phelps. Outros tiveram que se contentar com participações especiais menores, como Shaquille O’Neal, Mike Tyson e Dennis Rodman, que também aparecem no vídeo. Ao final do clipe chegamos a mais um curtíssimo esquete em que Jason Sudeikis reprisa o papel de Pete Twinkle e Will Forte o de Greg Stink, os apresentadores da ESPN Classic. O quadro é tão curto e chega ao fim tão rápido, que não dá nem tempo de formar uma impressão.
Na volta do intervalo, Winn Butler e Candice Bergen fazem uma aparição relâmpago para apresentar o número musical da Miley Cyrus. Para quem sempre espera o pior de Miley, foi uma grande surpresa: uma versão charmosa e intimista de 50 Ways To Leave Your Lover, de Paul Simon, com a banda tocando em torno dela (e Fred Armisen no pandeiro).
Jerry Seinfeld é a atração na volta do intervalo (curiosamente, apesar de ser nova-iorquino e por uma década ter sido o grande astro da NBC, só foi duas vezes host do show). Após abrir com uma piada esperta (dizendo que ouviu falar que Brian Williams, o âncora da NBC que caiu em desgraça recentemente, foi membro do elenco original do SNL), Seinfeld explora um recurso clássico usado pelo hosts do show: dar espaço para uma falsa sessão de Q&A. Do palco, temos intervenções de Michael Douglas (detalhe: repare no olhar de Catherine Zeta-Jones quando ele diz que é um ícone sexual!), John Goodman, James Franco, Larry David, Ellen Cleghorne, Dakota Johnson (com uma piada bonitinha sobre 50 Tons de Cinza, mas que ela meio que perde o timing), Tim Meadows (que debocha do fato de que Robert Downey Jr. ter sido considerado o pior integrante da história do elenco do SNL pela Rolling Stone), Bob Odenkirk (que lembra que foi roteirista do SNL anos antes de se tornar o famoso Saul Goodman) e Sarah Palin, mais uma vez confundida com Tina Fey. Para mim este foi um dos segmentos mais fraquinhos do especial mas, pôxa, era preciso mesmo abrir alguns espaço para esta gente bacana!
Alec Baldwin e Tina Fey, da já saudosa 30 Rock, prestam uma homenagem ao colega de 30 Rock e ex-SNL Tracy Morgan. Lembrando que Tracy está vivo: mas passa por uma longa, delicada e difícil recuperação de um acidente de carro ocorrido em junho do ano passado. O pequeno clipe em homenagem a ele é bem estranho e de longe não mostra o seu melhor momento no programa. Mas a homenagem era fundamental.
Na volta, temos Christopher Walken introduzindo o número musical de Kanye West. Kanye vem com um apresentação performática, com um pout-pourri de Jesus Walks, Only One e Wolves – esta última ao lado de Sia e Vic Mensa. É uma apresentação que ficaria incrível num MTV Awards, mas não sei se combinou com o espírito da festa. Sempre achei legal no SNL que a banda, não importa o seu tamanho, se adaptava ao cenário. Kanye fez uma performance que, se vista isolada no Youtube, parece ter sido feita em qualquer lugar e não no estúdio 8H.
Louis C.K. sobe ao palco com uma constatação que muita gente já fez: os esquetes ao vivo são legais, mas os quadros gravados, os feature films do SNL, são muito melhores!
Zach Galifianakis é o proxímo no palco, usando a mesma peruca de Sia. E introduz um novo digital short assinado por Andy Samberg e Adam Sandler (com participações de Chris Parnell e Bill Hader). O clipe se chama That’s When You Break e fala daqueles não raros momentos do programa em que os comediantes não conseguem controlar a risada – e que a gente adora ver! Sei que tem muuuuita gente que torce o nariz para o Andy Samberg e para Adam Sandler, mas os dois são grandes compositores de canções de humor, os dois melhores que já passaram pelo SNL. Ver eles juntos, fazendo um bom quadro gravado, foi realmente legal.
Na sequência, Bill Murray anuncia um segmento in memorian, um tributo aos colegas do elenco e dos bastidores que já faleceram. A lista grande, claro, abre com Jan Hooks, que faleceu em outubro do ano passado, e fecha com mais uma piada, mais uma vez noticiando a falsa morte de Jon Lovitz.
Hora dos meus favoritos: Wayne’s World! Mike Myers e Dana Carvey, preciso admitir, estão meio velhinhos pro papel dos jovens roqueiros Wayne Campbell e Garth Algar. Mas o quadro, que pra mim é a síntese da cultura pop dos anos 90, segue adorável e fresco. Da piada com Kanye West à homenagem a equipe do programa, foi tudo muito bom e muito alegre e informal e pra mim um dos melhores momentos do especial.
O fim do especial se aproxima e Jack White, com as mãos no bolso, chama a última atração musical da noite: Paul Simon. Acompanhado da Saturday Night Live Band, devidamente homenageada por ele, Simon canta Still Crazy After All These Years. A escolha tem sua razão também: Simon a tocou no segundo episódio do Saturday Night Live, em 1975 (o primeiro episódio teve números musicais de Janis Ian e Bill Preston, que não tenho a mínima ideia de quem tenham sido!)
Na volta, é a hora da despedida, e agora sim, é a hora de Lorne Michaels tomar o centro do palco, emocionado, para ser ovacionado. Adoro esta parte do programa, ver os convidados sendo abraçados, os integrantes do elenco conversando no fundo. Só que desta vez era tanta gente naquele palco que era difícil prestar a atenção em algo!
E foi isto. Eu assisti as cenas deste episódio especial múltiplas e múltiplas vezes e parece que cada vez que eu vejo um pedaço eu descubro um detalhe novo. É um programa para se guardado e lembrado. E, mais do que tudo, foi uma homenagem digna a esta que é a maior escola de comédia da TV mundial.
Espero estar por perto para ver os Saturday Night Live pelos próximos 40 anos.
Eles podem surpreender no Golden Globe Awards
11/01/2015, 15:27. Redação TeleSéries
Especiais
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Chegou o dia! Neste domingo veremos quais são as melhores séries e atores do ano (de acordo com o gosto do jornalistas estrangeiros que cobrem Hollywood). É noite de Golden Globe Awards, que terá transmissão ao vivo, a partir das 22h, pela TNT. A esta altura você já deve ter seus favoritos (veja a lista completa aqui), e os favoritos da crítica especializada vocês sabem quem são. Mas entre os cinco indicados em cada categoria, existem algumas séries e atores que, correndo por fora, podem ser premiados – especialmente porque os eleitores do Golden Globe adoram uma novidade.
Longe de serem azarões, apontamos seis concorrentes que podem surpreender esta noite. Confira a nossa lista:
Melhor Série Drama: The Affair
Apesar de estar concorrendo com séries premiadíssimas, reconhecidas por público e crítica – como Game of Thrones e The Good Wife – The Affair pode surpreender. O drama da Showtime vem sendo apontado por alguns críticos como a melhor estreia da televisão americana nesta fall season. A trama desenvolvida por Sarah Treem e Hagai Levi tem seu maior trunfo ao contar a mesma história pelo ponto de vista dos dois protagonistas, criando no telespectador uma dúvida sobre o que é real e o que é imaginação. A rede de mistérios envolvendo o “affair” prende a atenção da audiência e as boas atuações dos protagonistas conquistam a crítica, fazendo com que a série faça sua estreia no Globo de Ouro concorrendo em três categorias. Se os troféus ainda não estão garantidos, os fãs da série já tem motivos para comemorar: The Affair foi renovada para uma segunda temporada. (Gabriela Assmann)
Melhor Série Comédia: Jane The Virgin
Quando a CW anunciou que sua Fall Season contaria com uma versão da telenovela venezuelana Juana la Virgen, a notícia foi recebida com um misto de incredulidade e ceticismo tanto pela crítica especializada quanto pelo público. Ainda na ocasião de sua estreia, em outubro de 2014, Jane The Virgin já era tida como um fracasso retumbante e aposta certa de cancelamento precoce. Mas a série, criada por Jennie Snyder Urman, e que conta a história de Jane Gloriana Villanueva, “a grávida virgem” – inseminada artificialmente por acidente (!) –, não demorou para amolecer até mesmo o mais duro dos corações. Sua premissa nada ortodoxa conta com um roteiro autêntico, atuações pontuais e humor inteligente – combinação rara –, e satiriza deliciosamente temas controversos como o aborto e a imigração ilegal – além da própria telenovela, sem, no entanto, jamais perder a doçura. Reconhecidamente azarã nesta batalha de gente grande, Jane The Virgin pode surpreender a concorrência e levar, merecidamente, o troféu para casa. De qualquer maneira, a série estreante já fez história para a CW. (Gabi Guimarães)
Melhor Ator em Série de Comédia: Jeffrey Tambor
Jeffrey Tambor dispensa apresentações. O ator de 70 anos é um novato no Golden Globe (esta é a sua primeira indicação individual), mas um veterano em comédias, com dois hits no currículo, The Larry Sanders Show e Arrested Development (uma é uma das comédias mais influentes dos anos 90, a outra é basicamente a comédia mais cultuada dos anos 00). Com Arrested Development, em especial, Tambor se tornou um ator requisitado mas, infelizmente, sem muita sorte nos projetos que lhe foram confiados (série de via curtar como Welcome to the Captain, Twenty Good Years, Bent e Next Caller). Transparent é a série da virada, e simplesmente o papel da sua vida. Com muita sensibilidade, Tambor interpreta Morton, ou melhor, Maura, um professor de ciências sociais e pais de três filhos adultos que se assume como transsexual. O trabalho de Don Cheadle, William H. Macyl, Ricky Gervais e Louie C.K. nós já conhecemos. A performance de Jeffrey Tambor é a novidade. Resta saber se a Amazon Studios, uma novata em produção de série, teve bala na agulha pra cativar a imprensa estrangeira de Hollywood. Porque Jeffrey Tambor tem talento de sobra. (Paulo Serpa Antunes)
Melhor Atriz em Minissérie ou Telefilme: Allison Tolman
Sem menosprezo aos jornalistas estrangeiros do Golden Globe, mas algumas de suas escolhas levam muito mais em conta o peso do indicado, se formos comparar com outras premiações do mesmo calibre. Especialmente as categoria televisão. Tendo dito isso, dentre as melhores atrizes em minissérie que por algum motivo são misturadas com as de telefilmes, vou desejar toda a sorte do mundo para Allison Tolman. Na adaptação para TV de Fargo, a policial Molly Solverson (Tolman) me soou como o coração da série. Vá lá, ela era quase que a única mulher num (excelente) elenco predominantemente masculino, mas chamou atenção muito mais do que isso. Longe de ter a beleza que os padrões modernos exigem, Allison e sua atuação (com Colin Hanks, diga-se de passagem) humanizou uma minissérie repleta de sociopatas, ignorantes esterotipados e gente que servia apenas pra ser coadjuvante. O Golden Globe vai muito pelo nome e concorrendo com ela temos atrizes com folha corrida muito maior: Frances O’Connor (The Missing), Maggie Gyllenhaal (The Honourable Woman), a papa-títulos Jessica Lange (American Horror Story) e especialmente Frances McDormand (Olive Kitteridge), atriz que protagonizou Fargo em 1996, no papel que hoje é de Tolman. Os jornalistas vão pelo nome? Ora, que suas escolhas anulem as mais gabaritadas e que ganhe aquela que merece de verdade vencer nesse ano. A policial Solverson precisa finalmente ser condecorada. (Thiago Sampaio)
Melhor Atriz em Drama: Ruth Wilson
Oito anos depois da primeira indicação ao Golden Globe a britânica Ruth Wilson retorna à premiação concorrendo pelo seu papel em The Affair. No drama da Showtime ela dá vida a Alison Lockhart, uma mulher amargurada pela morte do filho e presa em um casamento infeliz, que acaba se envolvendo com um homem casado e pai de quatro filhos. Se em 2006 sua atuação em Jane Eyre não foi o suficiente para lhe render a estatueta, desta vez é possível que Ruth tenha mais sorte, ainda que esteja concorrendo com grandes nomes da televisão como Viola Davis, Julianna Margulies e a favorita Claire Danes. Uma coisa é fato: a atuação de Ruth Wilson em The Affair faz com que os telespectadores consigam partilhar da dor de Alison e se envolver com a personagem que busca na traição uma forma de recomeçar. (Gabriela Assmann)
Melhor Atriz em Comédia: Gina Rodriguez
Jane The Virgin não seria o sucesso estrondoso que é sem a sua linda protagonista. Nascida em Chicago, descendente de porto-riquenhos, Gina Rodriguez era uma atriz virtualmente desconhecida antes de Jane Gloriana Villanueva aparecer em sua vida. Sorte a nossa: a “grávida virgem” mais querida do planeta parece ter sido escrita sob medida para ela, que a interpreta com a leveza e a doçura que a personagem exige, sem, com isso, estereotipá-la ou torná-la caricata. E isso, claro, requer uma generosa dose de talento e bom senso. Além disso, sempre que tem uma oportunidade, Gina faz questão de falar sobre a representação das mulheres latinas na mídia americana – nem sempre lisonjeira ou mesmo genuína – e sobre sua nova responsabilidade enquanto protagonista de uma série que aborda o tema de uma maneira mais positiva, e que não tem medo de tirar sarro de si mesma. Novata e underdog, fato é que Gina tem talento de sobra e pode, sem dúvidas, sair vitoriosa neste domingo. Sua vitória surpreenderia a muitos, mas o Golden Globe estaria em boas mãos. Só nos resta torcer! (Gabi Guimarães)
Especial: Os 30 melhores episódios da temporada 2013-2014
31/12/2014, 19:35. Redação TeleSéries
Especiais
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Demorou, mas saiu! Anualmente, o TeleSéries reúne seu time de colaboradores para uma série de discussões online para eleger os 30 melhores episódios de séries de TV da temporada. Depois de muita discussão e edição segue a seguir a nossa lista dos melhores da temporada 2013-2014.
Pra você que curte listas é importante observar as nossas regras: o top 30 é formado por 30 diferentes séries (ou seja, entra apenas um episódio por série), as séries selecionadas foram ao ar em seus países de origem entre junho de 2013 e junho de 2014 e, claro, as séries e episódios aqui listados são aqueles assistidos e preferidos da maioria dos colaboradores do TeleSéries – infelizmente não acompanhamos todas as séries, por isto eventualmente algum show fica de fora. E, claro, muita coisa bacana acaba ficando de fora do Top 30. O importante é lembrar e discutir! Confira nosso especial e deixe seu comentário:
#30
Série: Marvel´s Agents of S.H.I.E.L.D.
Episódio: Turn, Turn, Turn (1×17)
Data de Exibição nos EUA: 8/4/2014
Os estúdios Marvel redefiniram o conceito de sagas cinematográficas, deram nova amplitude para a palavra transmídia e iniciaram a fall season com uma proposta ousada de expandir a experiência da franquia The Avengers para a televisão. Tudo muito bom, não? Não. Por pouco, esta a incursão dos heróis para a TV não resultando no primeiro fracasso da Marvel. Mas tudo mudou em Turn, Turn, Turn. Com um episódio repleto de reviravoltas, Agents of S.H.I.E.L.D. é literalmente resetada, se transformando em outra série, mas densa e mais sofisticada. O cliffhanger que encerra o episódio, com uma traição surpreendente, colocou a série em outro patamar, premiando o telespectador que chegou até aqui. Pra mim, particularmente, o episódio me remeteu as boas e velhas séries sobrenaturais de Joss Whedon – onde tudo pode acontecer e ninguém está seguro. Pra termos um boa série de ação é preciso correr riscos. (Paulo Serpa Antunes)
#29
Série: Revenge
Episódio: Execution (3×22)
Data de Exibição nos EUA: 11/5/2014
“Back to basics”, é desta forma que podemos descrever a terceira temporada de Revenge. Depois de um segundo ano um pouco confuso e desinteressante, a série voltou aos trilhos e resolveu focar novamente no que interessa: o embate Emily Thorne/Amanda Clarke e os Graysons. Infelizmente não tivemos uma temporada excelente por completo – com 22 episódios, a história acabou se arrastando um pouco. Mas o bloco final foi de tirar o fôlego: grandes reviravoltas, muita gente bonita e elegante, chantagens sem fim, a morte de alguns personagens que vão deixar saudades e a retorno de uma pessoa que nunca poderíamos imaginar. E a cereja do bolo foi Execution, que com certeza deixou os fãs da série com muitas pulgas atrás da orelha, garantido mais uma vez Revenge na lista dos melhores do ano. (Felipe Ameno)
#28
Série: How I Met Your Mother
Episódio: Last Forever (9×23 e 9×24)
Data de Exibição nos EUA: 31/3/2014
Quando assisti pela primeira vez o series finale de How I Met Your Mother e percebi que estava vendo o fim de uma era, uma lágrima escorreu. Foi felicidade, foi tristeza, uma mistura dos dois. Foi como rever todas as temporadas passando diante dos meus olhos enquanto assistia. Não foi apenas uma despedida, foi ao mesmo tempo um grande flashback. Grande parte daquilo que foi criado ao longo dos nove anos está presente naqueles 43 minutos, que não se limitou apenas em nos mostrar o “fim” da história, de como Ted Mosby conheceu sua esposa. Quem é grande fã sabe do que estou falando, de todas as piadas, falas e referências a momentos marcantes da vida de Ted, Marshall, Lily, Robin e Barney. Foi, de fato, uma grande jornada e totalmente valeu a pena. Realmente gostei do último episódio em muitos aspectos e não fiquei decepcionado, como muitos, com o desfecho da história. E digo: “It was a major pleasure, Major Pleasure!”. Ou, se preferirem: “Legen – wait for it – Dary!” (Du Oliveira)
#27
Série: 24: Live Another Day
Episódio: 11:00 A.M.-12:00 P.M. (9×01)
Data de Exibição nos EUA: 5/5/2014
É raríssimo vermos uma série cancelada voltar ao ar e, principalmente, voltar com uma qualidade superior a do encerramento. E a volta dos mortos de 24 foi muito boa pois conseguiu fazer exatamente isso, voltar melhor do que se encerrou. E se as últimas temporadas foram claudicantes e nos fizeram esquecer o brilho dos primeiros anos da criação do mito Jack Bauer, logo no piloto da nona temporada, a série conseguiu trazer todos os elementos do universo “Bauer”, incluindo o retorno dos poucos personagens vivos da “Bauer crew”: James Heller, Audrey Raines e Chloe O’Brian. E a boa sensação que fica ao longo do episódio piloto (e até ao longo da temporada) é que se não conseguiu inovar ou se reinventar, 24 pelo menos conseguiu retornar ao bom e velho ‘mais do mesmo’, ser fiel as suas origens e trazer um entretenimento de altíssima qualidade. (Lucas Leal)
#26
Série: Continuum
Episódio: Last Minute (3×13)
Data de Exibição no Canadá: 22/6/2014
Que temporada fantástica que foi essa 3ª de Continuum. A série se desenvolveu de uma forma inesperada, culminando em um último episódio de tirar o fôlego. Quando esperaríamos ver Kiera trabalhando ao lado do Liber8? E mais importante, parecendo correto? Foi preciso passar muita água embaixo desta ponte para chegarmos até aqui. E o episódio amarrou muito bem a história de Kiera, o Liber8 e Alec Sadler, deixando ainda o mistério do primeiro Viajante. A luta entre os dois Alecs foi memorável e chorei junto com Kiera quando ela abraça o garoto. Impossível não ficar de coração na mão quando Brad aciona o transmissor e temos a sensação de vitória, para então vermos o golpe aplicado por Kellog (que virada!!) e sermos bombardeados pela certeza de que tudo deu muito errado. Foi um episódio grandioso, com ação e sentimento suficientes para se destacar mesmo dentro de uma temporada de episódios impecáveis. (Mica)
#25
Série: Community
Episódio: App Development and Condiments (5×08)
Data de Exibição nos EUA: 6/3/2014
A quinta temporada de Community, de volta ao comando de Dan Harmon (após uma ano de afastamento em razão de conflitos com os executivos da Sony), foi aguardada com expectativa pelos poucos mas ruidosos fãs da série. O resultado, no entanto, foi desigual, especialmente por conta da ausência de Chevy Chase e Donald Glover. Por outro lado, a anarquia voltou à sala de roteiristas, com novos episódios hilários, com plots absurdos e extremamente originais. O melhor deles foi App Development and Condiments, em que o teste de uma nova rede social transforma totalmente a rotina de Glendale, criando toda uma nova divisão social de classes na Universidade. Parodiando o poder do Facebook, Twitter e Instagram de criar novas celebridades, o episódio tem a força de tratado de sociologia. E ainda tem uma participação especial do cultuado produtor Mitch Hurwitz, numa sátira a um tipinho clichê de Hollywood: o cara que frequenta a Universidade só para fazer festas. Se você não viu App Development and Condiments, assista. Mas antes não deixe de checar seu MeowMeowBeenz! (Paulo Serpa Antunes)
#24
Série: Castle
Episódio: Veritas (6×22)
Data de Exibição nos EUA: 5/5/2014
Escolher o melhor episódio desta temporada de Castle que foi, para mim, a melhor de todas é uma luta. Mas avaliando a história completa da série, desde o seu piloto até hoje, inevitavelmente Veritas é aquele tipo de episódio que fecha um ciclo e que marca, nos seus poucos minutos, a imagem da série. Foi no penúltimo episódio da temporada que Beckett teve, finalmente, a chance de encerrar o caso da morte de Johanna e prender Bracken como o mandante. Além de eletrizante, Veritas foi totalmente simbólico: Beckett carregando Bracken algemado pelas escadarias honrava sua mãe e saciava a sede da detetive, que nunca foi de vingança, mas de justiça. É claro que um bom episódio não se faz apenas com um bom script. Stana e Nathan deram um show de interpretação, com um louvor maior para Stana que soube me enganar, assim como enganou os capangas de Bracken, na cena em que ela finge estar fora de si. Depois de assistirmos a esses 40 e poucos minutos de episódio fica difícil pensar em outro pra representar Castle nessa lista, né? (Ana Botelho)
#23
Série: Silicon Valley
Episódio: Optimal Tip-to-Tip Efficiency (1×08)
Data de Exibição nos EUA: 1/6/2014
Silicon Valley chegou de mansinho na HBO, com seu elenco esquisito e assinada por um showrunner que andava sumido da mídia, Mike Judge (o criador de Beavis and Butt-Head e O Rei do Pedaço, que não emplacava nenhum projeto novo em TV desde o fracasso de The Goode Family). Passadas oito semanas, a série cresceu, ganhou corpo e passou até a ser chamada pela crítica especializada como a Entourage dos geeks (aqui, claro, é preciso ter um pé atrás; Girls também foi chamada de a nova Sex and the City e deu no que deu). O ápice da série, que conseguiu captar e debochar das idiossincrasias do universo das empresas pontocom do Vale do Silício como nenhuma outra, foi a season finale, que coloca os garotos da Pied Piper apresentando seu produto no TechCrunch Disrupt. A piada de quantos paus eles conseguiriam masturbar simultaneamente pode ser bem tolinha, mas o desenvolvimento do episódio consegue prender o telespectador na cadeira, empola e controi um belo gancho para a segunda temporada, sedimentando Silicon Valley como uma das surpresas da temporada e um dos shows a serem seguidos em 2015. (Paulo Serpa Antunes)
#22
Série: The Americans
Episódio: New Car (2×08)
Data de Exibição nos EUA: 16/4/2014
Na primeira temporada de The Americans, o casal russo Phil e Elizabeth realizava ações de espionagem em episódios meio que independentes um do outro. Já em seu segundo ano, a produção tomou o feliz rumo de criar um grande arco. O ponta pé foi a execução de outro casal russo (mais a filha, deixando um garoto órfão) e uma season finale repleta de reviravoltas e um militar rebelde como grande ameaça aos protagonistas. O auge do arco foi o episódio New Car. Nele, Phil é “contaminado” pelo american way of life e compra um Camaro, fruto de inveja até do agente do FBI Stan. Elizabeth, que não gostou disso, inicia com ele um debate sobre o consumismo americano, algo que afetou até o filho deles, que invadia a casa dos vizinhos para jogar o videogame que não ganhou dos pais. E no meio disso tudo temos Larrick, o militar rebelde, matando uma aliada de Elizabeth, meio que com o consentimento dela; Phil se negando a matar uma testemunha, algo que ele parece cansado de fazer; e o choque ao descobrir que um submarino, construído com um plano roubado por eles, afundou com 160 camaradas russos. Conflitos familiares, ideologia socialista versus capitalista, e uma ação legal de ver. E olha que falei só do núcleo dos russos! (Thiago Sampaio)
#21
Série: Penny Dreadful
Episódio: Closer Than Sisters (1×05)
Data de Exibição nos EUA: 8/6/2014
Confesso que recebi a chegada de Penny Dreadful com um pé atrás. Já temos séries de terror sobrenaturais demais no ar, não? Especialmente uma série que parece uma apropriação indevida da ótima HQ The League of Extraordinary Gentlemen, de Alan Moore. Mas, semana a semana, Penny Dreadful foi chamando mais e mais atenção, até conquistar de vez o telespectador na quinta semana, com Closer Than Sisters. Com um episódio flashback totalmente voltado à relação de Vanessa Ives (Eva Green) e Mina (Olivia Llewellyn), a série atinge todo um novo nível de perturbação mesclando amor e traição e loucura e possessão demoníaca em altas doses. A trama de Penny Dreadful avança e o roteiro de Jon Logan mostra que ainda é possível surpreender o telespectador e criar momentos de tensão genuína reciclando velhas fórmulas. (Paulo Serpa Antunes)
#20
Série: Grey’s Anatomy
Episódio: We Are Never Ever Getting Back Together (10×22)
Data de Exibição nos EUA: 1/5/2014
Muita gente já disse que o prazo de validade de Grey’s Anatomy expirou há tempos. Outros reclamavam que a despedida de Cristina Yang não estava apropriada. E We Are Never Ever Getting Back Together foi o episódio que provou que ambos os grupos estavam errados. Nele, Preston Burke voltou para assombrar o presente de Cristina, mas acabou oportunizando o seu futuro. E foi impossível não torcer para que tudo desse certo para Yang quando nos demos conta do que esse retorno representava. Ainda que longe dos nossos olhos. Fear (of the Unknown) foi um episódio nota 10, mas foi em We Are Never Ever Getting Back Together que a fé em Grey’s Anatomy e em Shonda Rhimes foi restaurada. E é por esse motivo que esse emblemático episódio é um dos destaques do ano. (Mariela Assmann)
#19
Série: Nashville
Episódio: Crazy (2×19)
Data de Exibição nos EUA: 2/4/2014
Após uma temporada de estreia bastante irregular, Nashville retornou para seu segundo ano disposta a corrigir os erros do passado e a investir em sua essência: os bastidores da indústria da música country. Entram em cena Rayna, Deacon, Juliette, Scarlett; saem Lamar, Peggy e (quase) todo o arco político (e chato) da série. Decisão acertada (ainda que incapaz de aumentar a audiência). Crazy, incontestável ápice da temporada, representa com perfeição a enorme evolução da série desde a sua estreia. Conhecemos a mãe de Scarlett, e fomos presenteados com uma cena belíssima, ao ver a menina dedicar Black Roses à sua mãe, numa performance comovente de Clare Bowen. Mas, acima de tudo, vimos o confronto entre Rayna e Deacon. A hora da verdade, enfim. O momento em que eles conversam honestamente sobre Maddie, sobre a decisão de Rayna de não deixá-lo criar sua própria filha, sobre o passado, sobre tudo aquilo que sempre incomodou a ambos, mas que eles nunca tiveram a coragem – ou a vontade, talvez – de falar a respeito. Inesquecível. (Gabriela Guimarães)
#18
Série: Orphan Black
Episódio: Governed as It Were by Chance (2×04)
Data de Exibição no Canadá e nos EUA: 1/5/2014
Todos os episódios da segunda temporada de Orphan Black foram primorosos, mas Governed as It Were by Chance teve uma vantagem que o distinguiu dos demais: sua cena final, uma das mais bonitas da última temporada, entre séries de qualquer gênero. O reencontro entre Helena e Sarah mostrou, mais uma vez, que nada é o que parece, e que Orphan Black veio para derrubar, uma a uma, ideias pré-concebidas. O costumeiro show de Tatiana Maslany ganhou tons mais vermelhos e o ritmo da temporada – já insano – se intensificou a partir desse episódio em mais uma prova de que os roteiristas da série sci-fi tem ideias em abundância e não temem gastar plot. Governed as It Were by Chance é uma das razões pelas quais 2015 precisa chegar bem rápido: tempo, dá pra colaborar? (Mariela Assmann)
#17
Série: The Blacklist
Episódio: Anslo Garrick (1×09 e 1×10)
Data de Exibição nos EUA: 25/11 e 2/12/2013
Não é a toa que The Blacklist foi a estreante queridinha da temporada passada. A série combina todos os elementos que uma produção de sucesso precisa: um bom elenco, personagens dúbios e carismáticos, ação, bom roteiro, uma trilha sonora de tirar o fôlego e uma direção competente. E Anslo Garrick, um episódio dividido em duas partes, foi a síntese do que a temporada de estreia da série representou. A história eletrizante e cheia de plots twist de Anslo foi emotiva sem ser piegas, foi atrativa sem ser inverossímil. E James Spader, como sempre, deu um show de atuação. Os episódios finalizaram a primeira metade da temporada de The Blacklist e abriram espaço pra uma trama ainda mais carregada nos episódios finais. Vida longa e próspera à The Blacklist, a melhor série nova da fall season de 2013. (Mariela Assmann)
#16
Série: Bates Motel
Episódio: The Box (2×09)
Data de Exibição nos EUA: 28/4/2013
Durante todo o episódio tivemos muita tensão nas cenas em que se encontrava o ator Freddie Highmore. Afinal, não é todo dia em que podemos ver o “inocente” Norman Bates preso em uma caixa injustamente. O little baby da Norma passou por uma situação desumana e bastante angustiante. Dividimos uma angustia quase sem fim ao lado dele e de sua família com muito frio, baratas, insetos e sujeira no local. Outro ponto forte do episódio foi a revelação do misterioso assassino da professora Miss Watson, que na minha opinião, quase todos nós sabíamos quem seria o anfitrião da festa. Esse foi o penúltimo episódio da temporada mas, com certeza, se fosse o último, não deixaria a desejar, sendo o melhor episódio da série nestes dois anos. Para finalizar não posso deixar de mencionar a excelente interpretação da atriz Vera Farmiga, que me leva a crises de risos a cada ataque de histeria de Norma, a mãe mais louca de todas do universo. (Arthur Barbosa)
#15
Série: Orange is the New Black
Episódio: Bora Bora Bora (1×10)
Data de Estreia: 11/7/2013
Quando definimos que Orange is the New Black estaria no nosso top 30 eu fiquei imensamente feliz, mas também bastante preocupada: é ingrata a tarefa de escolher UM dentre os 26 magníficos episódios exibidos no período de um ano. Bora Bora Bora foi o escolhido, mas não precisava ter sido: os seus outros 25 irmãos cumpririam bem o papel. Mas também não foi de graça que o episódio merece estar na lista. É nele que as tintas que colorem OITNB ficaram mais escuras, já que foi nele que vimos uma protagonista mais endurecida e nos despedimos de uma personagem de uma forma bastante trágica. Isso sem mencionar o fato de que os acontecimentos da série, depois de Bora Bora Bora, carregaram com eles essa herança. O episódio é ainda uma síntese do que a série é: um misto de comédia com drama e uma reflexão sobre a natureza humana. Da melhor qualidade. (Mariela Assmann)
#14
Série: Scandal
Episódio: Kiss Kiss Bang Bang (3×14)
Data de Exibição nos EUA: 20/3/2014
O melhor episódio de Scandal desta temporada não teve como protagonista Olivia Pope, os escândalos não foram tão importantes e o Presidente não passou de um mero coadjuvante. MAs foi ainda um dos mais tristes da série, fez muita gente chorar. As estrelas fora James e Cyrus. Logo no início descobrimos que o marido de Cyrus foi assassinado por Jake e com isso somos convidados a viajar no tempo, testemunhando como o relacionamento entre essas duas pessoas tão diferentes começou. O primeiro encontro e beijo e quando Cyrus decide sair do armário para todos e principalmente Fitz, convidando James para ser seu acompanhante no baile. Voltando a realidade, muito culpado, já que envolveu James nos seus planos mais obscuros, Cyrus evita a todo custo lidar com a morte de seu companheiro e decide mergulhar de cabeça no trabalho. Contudo ele acaba desmoronando em uma coletiva de impressa e é Fitz quem vai consolá-lo. Se o episódio em si já não tivesse sido triste o suficiente, a cena final veio para mostrar que essa tal de B613 realmente não está para brincadeira. Ela mostra Jake friamente ao lado de James, justificando seus atos, narrando o sofrimento e o acompanhando até o seu último suspiro. Shonda Rhymes e sua esquisita capacidade de matar os personagens da forma mais maquiavélica possível e com requintes de crueldade. Mas como negar que é isso que amamos odiar em suas séries! (Felipe Ameno)
#13
Série: Modern Family
Episódio: Las Vegas (5×18)
Data de Exibição nos EUA: 26/3/2014
Numa temporada marcada pelos preparativos do casamento de Cam e Mitchell, foi a viagem para Las Vegas que se destacou. O 18º episódio do quinto ano da série foi premiado com o Emmy de melhor direção e mostrou para todos que uma trama relativamente simples pode ser a receita do sucesso. O episódio causa estranheza em um primeiro momento, já que o núcleo infantil é excluído durante a viagem dos adultos, mas nem por isso ele deixa de ser genial. Aliás, talvez esse tenha sido um dos fatores primordiais para que a trama se tornasse inesquecível. Os acontecimentos isolados tomam forma durante a noite, quando os personagens se encontram e aí, bem, só vendo mesmo o episódio pra confirmar a genialidade dessa viagem inesquecível. (Maísa França)
#12
Série: House of Cards
Episódio: Chapter 14 (2×01)
Data de Estreia: 14/2/2014
Hoje temos alguns seriados que você deve assistir de uma maneira “nova”, com binge watching. Fazer mini-maratonas de uma série em particular, passar uma tarde inteira vendo mais de 5 episódios, já caracteriza o tal do binge, que em nosso bom português seria algo como “um atrás do outro”. Fãs de seriados já fazem isso há anos, mas o Netflix passou a popularizar esse estilo, que tem House of Cards como carro chefe. Em House of Cards acompanhamos a ascensão do sociopata (?) e então deputado Frank Underwood (Kevin Spacey) nos bastidores da politica americana. Vale dizer que a série é mais do que seu protagonista, possuindo um ótimo elenco e situações de conspiração e maniqueísmo puro, entre os que querem subir ao poder, com um roteiro bem amarrado. Daí, quando paramos para analisar um episódio em particular, sua enraizada característica binge (o Netflix libera toda a temporada no mesmo dia) dificulta a tarefa. Sendo assim, escolho a premiere do 2º ano, Chapter 14, por encerrar o que começou na temporada de estreia e preparar terreno para essa 2ª que demorou, mas engrenou. Agora como vice-presidente dos EUA, Frank escolhe Jackie Sharp como sua substituta na liderança do Congresso, suja as mãos de maneira literal ao eliminar um importante personagem da 1ª temporada (!) e ainda tem tempo para nós. Admita: depois de um episódio inteiro sem a narração sulista de Kevin Spacey, você sorriu de alegria quando F.U., fitando seus olhos, disse que não tinha te esquecido. House of Cards não é só o Frank Underwoord de Kevin Spacey, mas… depende muito dele sim. (Thiago Sampaio)
#11
Série: The Walking Dead
Episódio: The Grove (4×14)
Data de Exibição nos EUA: 16/3/2014
Carol chega ao ápice da sua transformação em The Grove, quando definitivamente deixa de ser uma dona de casa submissa, que apanhava do marido, para se transformar numa das maiores defensoras daquele grupo de sobreviventes. Lizzie por sua vez, veio mostrando um comportamento estranho ao longo da temporada e uma simpatia fora do comum com os walkers. Simpatia essa que culmina neste episódio, quando ela decide assassinar a própria irmã, Mika, para transformá-la. Com isso, Carol precisa tomar duas decisões muito importantes que poderiam mudar o rumo da história: matar a psicopata mirim Lizzie e contar a verdade sobre Karen para Tyreese. Definitivamente The Walking Dead deixou de ser uma série que trata única e exclusivamente de um apocalipse zumbi para ser um drama psicológico que mostra como as pessoas lidam quando se encontram em situações-limite. Demorei um pouco para embarcar nessa nova leitura da série, contudo The Grove resume de forma magistral essa mudança. (Felipe Ameno)
#10
Série: Parks and Recreation
Episódio: Moving Up (6×21 e 6×22)
Data de Exibição nos EUA: 24/4/2014
Se Parks and Recreation tivesse acabado no dia 24 de abril, com a exibição do episódio duplo Moving Up, poucos fãs da série teriam ficado chateados. Claro, é muito melhor aguardar por um merecido sétimo ano da série, mas a verdade é que o episódio foi tão perfeito e teve um desfeito tão redondinho, que parecia uma series finale, e uma series finale apaixonante! Tivemos externas gravadas em San Francisco, a inauguração do Bistrô do Tom, o Unity Concert selando a união de Pawnee e Eagleton, muitos retornos (entre eles os de Megan Mullally e Lucy Lawless), convidados musicais como Kay Hanley e Jeff Tweedy, a participação mais do que especial de Michelle Obama e ainda um salto no tempo na última cena. O melhor da temporada realmente ficou para o fim. E agora resta a curiosidade para saber como Amy Poehler e sua turma vão superar este episódio em 2015. (Paulo Serpa Antunes)
#9
Série: Fargo
Episódio: The Crocodile’s Dilemma (1×01)
Data de Exibição nos EUA: 15/4/2014
A ideia de adaptar Fargo, o mais premiado dos filmes dos irmãos Coen, para a televisão não é nova. Em 1997, a NBC chegou a constratar roteiristas para escrever uma adaptação. Em 2003, Edie Falco fez o papel de Marge Gunderson, a policial eternizada por Frances McDormand no filme, em um piloto para a CBS. Por sorte a série não foi ao ar: do contrário, talvez The Sopranos tivesse acabado mais cedo e talvez não tivessemos tido, agora em 2013, esta tão fresca adaptação. Numa época em que nove a cada dez projetos pra TV americana são adaptações, Fargo se destaca e se justifica. Tudo na série assinada por Noah Hawley remete ao filme original. E ainda assim tudo é tão fresco e tão original como se estivessemos vendo pela primeira. E o elenco formado por Martin Freeman, Billy Bob Thornton, Colin Hanks e a atriz revelação Allison Tolman é absolutamente incrível. Fargo funciona especialmente porque séries policiais temos aos montes por aí: mas não com este humor negro, este grau de violência tão chocante e este cenário tão gélido de Minnesota. Fargo foi a grande surpresa da temporada. (Paulo Serpa Antunes)
#8
Série: The Big Bang Theory
Episódio: The Romance Resonance (7×06)
Data de Exibição nos EUA: 24/10/2013
Em um episódio sobre romance, todos os tipos de amor aparecem para o grupo de amigos de The Big Bang Theory: Sheldon pela Física, Bernadette pelo trabalho, Raj pelos filmes românticos e, claro, o amor que une os casais Leonard/Penny e Howard/Bernadette. Dessa vez, Bernadette revela aos seus amigos que está trabalhando com um vírus de guaxinim que pode infectar pessoas. Enquanto isso, Sheldon acha que descobriu um elemento estável superpesado e se vangloria sobre esse acontecimento. Já Howard percebe a aproximação do aniversário do 1º encontro com sua esposa e pretende fazer uma homenagem com uma música especial. Mas, ao comentar sobre o aniversário, Leonard começa a questionar Penny sobre suas atitudes nada românticas. O que ninguém esperava é que a descoberta de Sheldon foi baseada em um erro de consulta. Além disso, depois de sete anos de história, Penny guardava uma caixa repleta de lembranças das situações vividas ao lado de Leonard. Para coroar o episódio, mesmo com a quarentena de Bernie devido a uma suspeita de contágio com o vírus, Howard e seus amigos conseguem fazer a homenagem à moça com uma música doce e, ao mesmo tempo, muito divertida. (Cinthia Quadrado)
#7
Série: Sherlock
Episódio: His Last Vow (3×03)
Data de Exibição no Reino Unido: 12/1/2014
A terceira temporada de Sherlock é sem dúvida uma das melhores coisas feitas para a televisão nos últimos tempos, e His Last Vow foi o fechamento perfeito para esse evento televisivo. Tudo que a série oferece de melhor desde sua estreia foi representado nesse episódio com honra ao mérito. O roteiro brilhantemente escrito e livre de furos de Steven Moffat, a direção suprema de Nick Hurran (menção especial à cena em que Mary atira em Sherlock, uma verdadeira aula de direção) que também dirigiu alguns dos melhores episódios de Doctor Who e as melhores performances possíveis dos atores (destaque para Lars Mikkelsen, que fez de Charles Magnussen um vilão puramente mal e repugnante, sem nenhum resquício de simpatia ou carisma). E se não bastasse tudo isso: Moriarty retorna. Moriarty! Quando você pensa que não pode mais se surpreender, Steven Moffat puxa sua cadeira e te “trolla” mais uma vez com esse cliffhanger de tirar o fôlego. E você? Sentiu falta dele? (Lucas Victor)
#6
Série: The Good Wife
Episódio: The Last Call (5×16)
Data de Exibição nos EUA: 30/3/2014
Impecável. Assim podemos descrever a quinta temporada de The Good Wife. Escolher o melhor episódio desta temporada foi uma missão quase impossível. Como o extraordinário Hitting the Fan já foi exaustiva e merecidamente celebrado, discutido e premiado, era a hora, talvez, de destacarmos The Last Call, a hora ao mesmo tempo mais bela e mais cruel de toda a série. Revivemos a trágica morte de Will, desta vez na companhia de Alicia, que teve a difícil missão de dizer adeus àquele que foi muito mais do que o seu amor. E ela estava em busca de respostas. Que diabos Will queria ter dito em sua derradeira mensagem? A dúvida corroeu Alicia por todo o episódio. E a nós todos também. A possibilidade de ele ter morrido decepcionado com ela não seria algo que Alicia conseguiria suportar. Tristeza, angústia, dor, luto. Um episódio escrito, dirigido e atuado com maestria. Adeus, Will. (Gabriela Guimarães)
#5
Série: The Newsroom
Episódio: News Night with Will McAvoy (2×5)
Data de Exibição nos EUA: 11/8/2013
News Night with Will McAvoy é um daqueles episódios que faz com que os espectadores se envolvam ainda mais com o jornalismo televisivo. Em meio à construção do jornal, as tumultuadas histórias dos personagens preenchem um ambiente que está a mil por hora. Sloan se envergonha devido ao vazamento de suas fotos íntimas, Maggie sofre de estresse pós-traumático, Charlie percebe que a Operação Genoa é uma realidade e Will tenta confrontar seus sentimentos quanto ao seu pai. A redação do News Night lida com pautas que surgem, outras que caem, além de tratar de fake news, dos erros em meio ao trabalho e tantos outros temas típicos da profissão. O episódio mostra como um ambiente agitado pode funcionar de pano de fundo para o trabalho. E, no final, um telejornal vai ao ar de maneira brilhante. Alguns consideram-no confuso, mas, no final das contas, o News Night with Will McAvoy é um episódio completo para aqueles que não apenas o assistem, mas o sentem. (Cinthia Quadrado)
#4
Série: True Detective
Episódio: The Long Bright Dark (1×01)
Data de Exibição nos EUA: 12/1/2014
Se você é um fã de série exigente e chato a esta altura já deve ter percebido: a temporada 2013-2014 não foi boa em estreias. O oásis criativo no meio do período acabou sendo o lançamento, no dia 12 de janeiro, de True Detective. A estreia do ano foi era um thriller policial ousado, com um roteiro impecável assinado por um roteirista praticamente desconhecido (Nic Pizzolatto, em seu primeiro trabalho como produtor executivo), que recuperava um grande ator (Woody Harrelson, longe da TV desde uma série de participações em Will & Grace, em 2001) e tinha como protagonista outro ator vivendo seu grande momento profissional (Matthew McConaughey, poucos meses após arrebentar nos cinemas norte-americanos com Clube de Compras Dallas). Ao longo de oito semanas True Detective capturou a atentação de todos os telespectadores – uma série sem episódios ruins, sem deslizes. Justamente por isto, The Long Bright Dark merece o destaque: foi ela que nos marcou pela primeira vez com as imagens da ritualística morte de uma jovem prostituta, a excentricidade do detetive Rust Cohle (McConaughey), a vida-clichê do detetive Martin Hart (Woody Harrelson) e a reabertura, 17 anos depois, do caso que marco para sempre a vida dos dois. (Paulo Serpa Antunes)
#3
Série: Hannibal
Episódio: Mizumono (2×13)
Data de Exibição nos EUA: 23/5/2014
Nada é o que parece ser. Depois de passarmos duas temporadas em busca de pistas que nos permitissem enxergar através da pretensa loucura de Will, por aquele acontecimento que permitiria que o vilão, ainda que inteligente demais para que não gostássemos dele, fosse pego, qualquer coisa que tivéssemos conseguido foi jogada fora e uma nova história começou. Para os fãs dos livros e filmes originais a perseguição da dúvida do quanto os roteiristas arriscariam. Para os fãs da série a questão de quem eles deixariam de pé para uma terceira temporada. A luta incrível entre Jack e Hannibal, pela qual esperamos a temporada toda, estava lá, e os dilemas morais de Will também. Mas o que fica é o choque de ver Hannibal em fuga na companhia de sua psiquiatra, aquela com quem nos preocupamos e por quem torcemos. Cenas cruas, de beleza gráfica, mas carregadas de significado. Um relógio marcando segundo a segundo. Uma chuva torrencial do tipo que leva tudo que puder pelo caminho. Os produtores conseguiram, como Mizumono, encerrar a segunda temporada de Hannibal de forma exemplar: lhe dou um tanto de respostas, mas tem coisas que você só descobrirá quando a série voltar. (Simone Miletic)
#2
Série: Game of Thrones
Episódio: The Mountain and the Viper (4×08)
Data de Exibição nos EUA: 1/6/2014
O maior choque visual da temporada de Game of Thrones foi um dos momentos mais aguardados pelos leitores dos livros, e também uma das grandes surpresas do ano para os telespectadores que chegaram até aqui sem cruzar com spoilers. The Mountain and the Viper mostra o desfecho da vingança de Oberyn Martell contra os crimes sofridos por sua irmã Elia. No entanto, muito mais do que um simples combate de espada contra lança, a Montanha contra a Víbora decidia o futuro de um dos personagens mais populares e importantes da série, Tyrion Lannister. Muito lembrado por seu final sangrento, The Mountain and the Viper conseguiu construir os laços envolvidos para o seu clímax, dando o peso necessário para que a cena final fosse incrivelmente marcante e lembrada até hoje. (João Freitas)
#1
Série: Breaking Bad
Episódio: Ozymandias (5×14)
Data de Exibição nos EUA: 15/9/2013
Não teve pra mais ninguém na temporada 2013-2014. Breaking Bad, que um dia foi uma série apenas para iniciados, começou setembro dominando as rodas de conversa no mundo todo. Virou até mesmo fenômeno de massa no Brasil – com a exibição na TV aberta, piadinhas no Twitter que viralizaram na internet e gerando uma corrida por DVDs, assinaturas na Netflix e torrents de novos fãs buscando colocar a série em dia. A reta fina da série foi particularmente angustiante, tensa do início ao fim. Mas nada se compara a Ozymandias. Aqui, um a um os personagens da série caem de joelhos, em desespero. Alguns para sempre. Um episódio de deixar o estômago revirado, repleto de confrontos, atuações espetaculares e alta carga de violência. Não foi à toa que Ozymandias venceu o Emmy AWards de Melhor Roteiro em Drama e se tornou indispensável na lista dos melhores episódios não só da ano e não só da série, mas da história da TV mundial. (Paulo Serpa Antunes)
Até 2014-2015!
Veja também:
Os 30 melhores episódios da temporada 2012-2013: #30-21
Os 30 melhores episódios da temporada 2012-2013: #20-11
Os 30 melhores episódios da temporada 2012-2013: #10-1
Os 30 melhores episódios da temporada 2011-2012: #30-21
Os 30 melhores episódios da temporada 2011-2012: #20-11
Os 30 melhores episódios da temporada 2011-2012: #10-1
Esnobados pelo Emmy Awards
23/08/2014, 12:00. Redação TeleSéries
Especiais
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Está chegando o dia mais tenso do ano para os fanáticos por séries. Nesta segunda, 25 de agosto, teremos mais uma edição do Emmy Awards, o mais relevante e influente dos prêmios da televisão. Não, não sabemos quem irá ganhar, mas sabemos sim que não subirá ao palco. A Academia de Artes e Ciências da Televisão, responsável pela premiação, ao mesmo tempo que consagra tem o poder de desprezar algumas de nossas séries e atores favoritos. Para nós, do TeleSéries, estas foram as cinco maiores injustiças do ano da premiação.
Confira a nossa lista dos esnobados pelo Emmy:
Melhor série drama: The Good Wife
Desde 2011 (ou seja, lá se vão três temporadas), The Good Wife tem estado fora da lista de séries indicadas ao Emmy Awards. E sua ausência corresponde a um período em que a Academia virou as costas paras as séries dramáticas da TV aberta, focando sua atenção para os dramas adultos da HBO, AMC e Showtime, pra sofisticada PBS e mais recentemente pra Netflix. É uma pena, porque isto expõe uma crise criativa da TV aberta – mais dependente dos patrocinadores, vulnerável aos conservadores e, portanto, criativamente mais limitada. Só que The Good Wife, ao longo dos últimos cinco anos, superou, com folga, esta limitação. Foi disparado o melhor drama da TV paga e, quando recebeu um limão azedo (que foi o pedido de demissão do ator Josh Charles), transformou isto numa bela limonada. O quinto ano de The Good Wife foi chocante, triste, intenso, inovador e dividiu os fãs. E justamente por isto merecia uma indicação ao Emmy. (Paulo Serpa Antunes)
Melhor atriz em série drama: Tatiana Maslany
Tatiana Maslany. Todo mundo, certamente, já ouviu falar da atriz, e quem não é fã da moça é porque nunca assistiu Orphan Black. E todo mundo que assiste Orphan Black ficou P da vida no dia de uma das duas maiores injustiças “televisivas” dos últimos tempos: a ausência de Miss Maslany na lista das Melhores Atrizes em série dramática do Emmy de 2013 e de 2014. Tatiana interpreta de uma forma única e tocante as cinco personagens principais no seriado, e faz com tanta competência que esquecemos que é a mesma atriz que tem esse trabalho todo. Sabemos que o Emmy Awards nunca gostou de séries de sci fi, mas a cada ausência da Maslany na lista de indicados, o malfadado prêmio não perde um pouquinho mais de sua credibilidade? Mas quer saber? Pouco importa: Maslany é diva rainha multi-premiada no coração dos fãs – e no Tumblr, que é o que vale de verdade. (Mariela Assmann)
Melhor ator em série drama: James Spader
A categoria mais difícil do ano é a de Melhor Ator em Drama. E é difícil contestar uma lista de nomeados formada pelos pesos-pesados Bryan Cranston, Kevin Spacey, Jon Hamm, Jeff Daniels, Woody Harrelson e Matthew McConaughey. Mas, mais uma vez, os eleitores da Academia andam assistindo muita TV paga e desprezando algumas pérolas das grandes emissoras. E a maior novidade da temporada 2013-2014 foi a volta de James Spader como lead actor de um drama, cinco anos após o fim da saudosa Boston Legal. Ator genial – e com trânsito na Academia, tendo sido indicado quatro vezes e vencido três vezes o Emmy de Melhor Ator em Drama -, Spader dá brilho a The Blacklist (uma série que, sem ele, talvez fosse só mais um procedural drama). Seu Red Reddington é um personagem sofisticado, complexo e cheio de nuances. E é curioso que, numa época em que a mídia valoriza tanto os anti-heróis, este aqui, tão original, tenha sido ignorado. (Paulo Serpa Antunes)
Melhor atriz em série drama: Vera Farmiga
Ignorada pelo Emmy deste ano, Vera Farmiga consegue ir do drama ao humor em questão de milésimos de segundos, com sua atuação em Bates Motel. Além de desfrutar a sua incomparável atuação, podemos vê-la cantando, dançando e, além disso, ela tem um estilo único de ser, usando roupas no estilo vintage, ou seja, sendo talentosa e diva ao mesmo tempo. Sem ela o Motel Bates já teria ido à falência e a série não estaria renovada para uma terceira temporada. É impossível não amar essa mulher e não destacar também a sua grande histeria com o seu little baby Norman (Freddie Highmore), que é um ponto crucial na sua atuação. Ela berra, grita e acaba chorando de tanta raiva, ou melhor, de tanto amor incondicional que sente pelo seu filho. Vera merece ser vista no tapete vermelho do maior prêmio da televisão americana, pois é o maior desejo de todos os fãs. (Arthur Barbosa)
Melhor ator em série comédia: Adam Scott
Parks and Recreation está constantemente na shortlist das melhores comédias da TV, mas segue ainda sem ter o reconhecimento adequado. No Emmy já são 12 indicações, e até agora nenhuma estatueta. As nomeações geralmente recaem sobre a ótima Amy Poehler. O problema é que, ao focar em Amy, as premiações acabam ignorando que Parks and Rec tem um dos melhores elencos da TV, um grupo heterogêneo de grandes atores personificando maravilhosos personagens excêntricos. E, nas últimas quatro temporadas, um dos destaques tem sido Adam Scott, que vem aproveitando seu bom momento na série como trampolim para uma bela carreira em Hollywood (que inclui filmes como Solteiros Com Filhos, Quatro Amigas e um Casamento e A Vida Secreta de Walter Mitty). Galã e nerd na proporção exata, Scott deixou de ser coadjuvante e virou protagonista neste sexto ano de Parks and Recreation – ganhando ainda mais tempo de tela com a evolução da relação amorosa entre Ben e Leslie e saída de cena de atores importantes como Rashida Jones e Rob Lowe. (Paulo Serpa Antunes)
E pra você? Quais são os grandes injustiçados do Emmy em 2014?
Balanço de Temporada – The Killing
11/08/2014, 10:19. Redação TeleSéries
Especiais
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O que eu sabia sobre The Killing?
Lembro que há certo tempo atrás ouvi falar sobre uma série de suspense que tinha como plot a investigação do assassinato de uma garota, diversos suspeitos e muitos segredos. Li que não era algo do tipo “assassino/caso/monstro da semana”, o que despertou minha atenção, mas não me conquistou. Fiquei com receio de assistir e não gostar. Me perguntei: por quanto tempo eles conseguirão manter a qualidade dos episódios? Ignorando isso, depois de um tempo me arrisquei. Não quis pesquisar sobre The Killing, pois preferi manter um grande ponto de interrogação na minha mente. Queria descobrir por mim mesmo se a série era digna de minha atenção. (RS) Foi um salto de fé. Acabei gostando.
E depois:
Antes de começar a assistir a 4ª e última temporada de The Killing, precisei fazer uma maratona da temporada anterior. Confesso que, depois das duas primeiras temporadas, fiquei meio preocupado com o que estava por vir. Acreditei que um círculo estava fechado e que talvez fizesse sentido não haver mais temporadas. O assassinato de Rosie Larsen havia sido solucionado, mesmo após muitos equívocos e teorias duvidosas que direcionaram os detetives. Pelo menos a série mostrava que o trabalho da Homicídios não é tão simples assim e mesmo que uma pista seja muito boa, boa demais para ser verdade, não necessariamente significa que ela te levará a solução do caso.
A terceira temporada de The Killing foi sensacional. Rever Linden e Holder trabalhando juntos novamente foi interessante e a trama deu um fôlego novo para o show. Peter Sarsgaard, como Ray Seward, estava surpreendente. Conseguia sentir medo, raiva e pena dele ao mesmo tempo, a cada roubada de cena. Para mim, um dos pontos altos da temporada passada.
Ao final do último episódio, após descobrir a verdade, Linden acompanha Skinner para o local onde ele diz que escondeu Adrian, na casa do lago. A detetive ainda não acreditava que seu chefe, amigo e amante era o Flautista. Linden e Skinner chegam à casa do lago e ele diz que na verdade Adrian estava com eles o tempo todo, no porta-malas do carro. Entretanto, sabíamos que isso não era verdade, pois Reddick, enquanto auxiliava Holder na busca pelo garoto, resolveu seguir um palpite que teve e foi procurá-lo no cemitério, perto do túmulo de sua falecida mãe. Reddick encontra Adrian e comunica Holder, que já estava próximo ao local onde sua parceira estava com Skinner. Eis que ele ouve um tiro e corre em direção ao barulho. Lá encontra sua parceira com a arma apontada para o assassino. Skinner implora que Linden acabe com aquilo. (Mas a que preço?) No momento a detetive se deixou levar pelo sentimento de traição, de culpa pela morte de um homem inocente (no caso Seward) e não pensou racionalmente. Manter Skinner vivo solucionaria o caso por completo, eles encontrariam os outros corpos, assim como o da Kallie, sim ela, a amiga da Bullet. A atitude da Linden deixou um gancho para parte da tensão que poderíamos encontrar na quarta e última temporada. Imaginei, logo que terminei de assistir, que o crime cometido por ela iria assombrá-la no próximo ano da série.
Quarta temporada
Rio vermelho, o episódio 4×01, introduz o brutal assassinato da família Stansbury. Mãe, pai e as duas filhas são encontrados mortos. O filho, Kyle, mesmo tendo levado um tiro na cabeça, sobreviveu. Como sequela do ferimento o jovem não se recorda de nada. Kyle se lembrar ou não do que aconteceu naquela noite é de suma importância para o fechamento do caso. Já de inicio fiquei inclinado a supor, ou ter certeza, de que ele era o culpado. Cheguei a pensar que usariam o perfil de sociopata no personagem, mas isso já foi usado tantas vezes em outras séries e filmes, que se assim fosse me decepcionaria. Alguns elementos adicionados à história conseguiram me prender, foi curioso ver como eles conseguiram colocar pequenas histórias paralelas, cada uma com seu devido espaço e cada uma com sua importância para o desfecho da série.
Deixe-me ver se eu esqueci alguma coisa
- Família brutalmente assassinada, cujo único sobrevivente é o principal suspeito. O problema é que ele não se lembra de nada.
- Família com segredos. Escola Militar tradicional com mais segredos.
- Investigação de desaparecimento de um prestigiado oficial da polícia que no fim das contas é um serial killer.
- Dupla de detetives da homicídios de Seattle como principais suspeito da morte de um policial.
- Política acima de tudo: Encobrimento da verdade para manter a integridade de uma instituição pública.
- Chuvas. Muitas chuvas.
- Pessoas fumando cigarro dentro e fora do carro, na chuva, na rua, na fazenda (ou numa casinha de sapê…) e em tantos outros lugares durante os episódios.
- Ser levado a pensar como os próprios detetives, acreditando que o caminho que estão seguindo é o certo, assim como ter as mesmas dúvidas que eles, as mesmas incertezas.
- O mistério é revelado em sincronia com andar da investigação. Ficamos perto da verdade quase que ao mesmo tempo em que Linden e Holder solucionam os casos (pelo menos foi assim que me senti enquanto assistia.).
- Problemas familiares e emocionais dos nossos protagonistas.
Acho que por hora é só isso que gostaria de pontuar de uma forma geral como elementos que deram consistência para a temporada. Encaixar uma boa trama, criar novas perguntas e responder as novas e antigas, acho que conseguiram isso. Ao longo dos seis episódios que constituíram essa temporada, Linden e Holder investigaram o assassinato dos Stansbury, enquanto Reddick seguia uma pista do desaparecimento de Skinner. Fiquei impressionado com a demora que a Linden teve para descartar a arma e os cartuchos que a incriminavam. Mesmo com os esforços para alinharem suas histórias, havia pequenos furos e isso contribuiu muito para que Reddick seguisse a pista até os dois. Linden cometeu um erro ao retornar a cena do crime para descartar o celular do Skinner. Não sabia ela que a esposa de Skinner a observava pela janela da casa do lago. A filha do tenente sentiu falta das mensagens de texto que o pai a enviava todos os dias e por mais que todos acreditassem que ele estava gozando de suas férias em outra cidade, após ser expulso de casa pela esposa, era estranho ele ficar incomunicável por tanto tempo. Tanto Linden quanto Reddick ligaram Skinner aos assassinatos por causa do anel que sua filha usava, que era aquele que a Bullet havia presenteado a Kallie na temporada passada. Os investigadores sabiam que o Flaustista tirava os anéis de suas vítimas para guardar de lembrança.
Paralelamente, havia o caso dos Stansbury e sua misteriosa ligação com a escola militar. Sempre acho que esse tipo de instituição tem muitos segredos e o bullyng, por assim dizer, é muito mais cruel. Os trotes feitos são mais humilhantes e isso nos foi mostrado ao longo da temporada. Havia algo de muito estranho na relação de proteção que a Coronel Margaret Rayne tinha com Kyle. Não era só por ele fazer parte da escola, tinha algo mais por trás, pois como ficamos sabendo no final ele era filho dela.
A ideia de mostrar vários suspeitos, com motivos e principalmente segredos, foi algo recorrente em The Killing ao longo de suas quatro temporadas. Na primeira e segunda suspeitamos do professor, do amigo da família, do pai, do vereador etc. (Lembrem-me caso tenha esquecido alguém.) Na terceira, cheguei a pensar que Seward tivesse realmente assassinado sua esposa, mas como vimos ele estava no local errado e na hora errada. Infelizmente pagou o preço por isso. Goldie Willis, Pastor Mike e Joe Mills foram os primeiros suspeitos e depois se criou a teoria de incriminação feita por algum policial. Nesse momento voltamos à atenção para o Reddick, que havia omitido a informação de que conhecia uma das vítimas do Flautista e por fim chegamos a Skinner, o verdadeiro culpado. Na quarta e última, logo de inicio temos Kyle Stansbury como principal suspeito. Fica claro que a relação do jovem com a família não era das melhores. Apenas a irmã mais nova gostava dele, segundo o próprio garoto. Holder acredita que o garoto está fingindo sua amnésia para sair livre do crime. Linden, com o tempo cria uma proximidade com Kyle e acredita em sua inocência. A instabilidade emocional de Linden e Holder afeta não só a confiança entre eles, mas também o relacionamento com as pessoas próximas. Holder prestes a ser pai, luta contra sua consciência e culpa e acaba tendo uma recaída com as drogas. Linden, ao mesmo tempo em que se afasta dos poucos amigos, devido ao seu estado emocional, vê uma chance de reaver contato com sua mãe, que a abandou quando ela era jovem.
Outras (breves) impressões
Não escreverei dezenas de linhas para cada episódio, apenas colocarei mais algumas impressões sobre os personagens que nos foram apresentados. Tyler Ross (como o desmemoriado e culpado Kyle Stansbury), Sterling Beaumon (Lincoln Knopf) e Levi Meaden (AJ Fielding) atuaram brilhantemente. Os momentos de desespero e de sofrimento por não se lembrar de nada, a perseguição dos outros estudantes, tudo isso foi sentido. O jeito de garoto rico com problemas que se acha melhor do que os outros, demonstrado por Sterling Beaumon como Lincoln, pareceu-me próximo ao real. Além de AJ, que ficou entre possível amigo do Kyle e pior inimigo dentro da escola. A cena do trote, na qual um calouro deve bater na cara do outro foi de uma intensidade para mim. Kyle se negando a revidar, meio que se castigando, não sei, levando um tapa atrás do outro. E ele apenas não fazia nada. E o que falar de Joan Allen (Coronel Margaret Rayne)? Acho que suas três indicações ao Oscar falam por si só. No decorrer da investigação e quando certos segredos foram revelados, passei a acreditar que o plano todo havia sido arquitetado pela Coronel Rayne, como um treinamento militar ou algo do tipo, mas depois ficou claro que seu desejo era apenas proteger seu filho. Estava disposta a receber toda culpa para livrar Kyle.
O adeus ou volta para casa
The Killing mais uma vez nos mostrou o pior e melhor do ser humano, penso. Não existe nenhum personagem com índole 100% boa. Todos são passíveis de erros, magoam e decepcionam pessoas próximas. Linden e Holder não ficam atrás, não mesmo. Foi legal ver a evolução da amizade e parceria dos dois. A proximidade não surgiu do dia para noite. Foi conturbada no inicio, mas depois chegou a ser divertido, em certos momentos, ver como eles faziam as pazes após uma discussão. Outro fator que me chamou a atenção foi ver como o trabalho afetou a vida pessoal deles. Por mais que tentassem, acho que o envolvimento e dedicação deles, a imersão na investigação, dificultaram para que conseguissem ser bem sucedidos na vida. Depois de tantas coisas que passaram não me decepcionei por terem planejado um final feliz para os dois. Acho que depois de todos esses anos vagando entre inferno e o purgatório, um pouco de sossego no Éden é mais do que merecido para Holder e Linden.
*Esse texto é de autoria de Carlos Eduardo Oliveira, o Du, nosso novo colaborador.
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