Séries & Eu – Uma aventura wibbly wobbly timey wimey

Data/Hora 21/08/2014, 17:00. Autor
Categorias Séries & Eu


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Doctor Who é, sem dúvida nenhuma, uma das maiores e mais importantes franquias de ficção científica desde seu lançamento, em 1963. Mas ninguém imaginava que tomaria proporções tão gigantescas, com a série completando 50 anos em grande estilo e na sua melhor fase e realizando uma turnê mundial promovendo a oitava temporada e a chegada de Peter Capaldi – o 12th Doctor – a bordo da TARDIS.

Foram sete cidades, cinco continentes e milhões de fãs ao redor do mundo prestigiando esse evento tão especial. E os fãs brasileiros tiveram o privilégio de ser a última parada da turnê, fechando com chave de ouro esse evento tão especial em tantos níveis diferentes.

E eu tive a chance de participar e representar o TeleSéries nesse evento wibbly wobbly timey wimey e ver de perto Peter Capaldi, Jenna Coleman e o ilustre Steven Moffat, o gênio responsável por tornar Doctor Who ainda mais especial (e que também é o showrunner de Sherlock, outra série fantástica). Não pude chegar muito perto deles e infelizmente não consegui fazer nenhuma das perguntas que havia elaborado, porque não houve perguntas feitas diretamente pelos fãs e poucas das escritas foram selecionadas, mas a experiência não foi menos especial por causa disso. Pelo contrário, foi tudo que eu esperava que seria e mais: uma experiência que levarei comigo pro resto da vida. E nesse texto irei compartilhar com vocês esse momento tão fantástico e brilhante (como alguns dos Doctors diriam) que foi a Doctor Who World Tour.

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A espera na fila

A emoção começou logo na chegada ao Vivo Rio, com a fila GIGANTESCA de fãs esperando para entrar no prédio. Havia cosplays de todos os tipos: Doctors, Companions, vilões (principalmente meninas com vestidos em formato de Dalek) e claro, muitas TARDISes (também em formato de vestido). E então, chegando perto da entrada, vimos uma roda de pessoas tirando fotos loucamente. A primeira coisa que veio à cabeça: “será que é alguém do elenco?” Fui correndo para ver, e aí descobri que era um Cyberman marchando pela fila e posando para fotos e vídeos. Ele inclusive tentou enforcar um dos fãs que fez uma pergunta que não o agradou. Por sorte ele sabia que o Doctor estava por perto e resolveu não deletar ou atualizar o coitado, como bem sabemos que é o que um Cyberman faria.

Chegando ao auditório

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Ao entrarmos no auditório o apresentador brasileiro já estava animando a galera para o começo oficial do evento, entrevistando fãs e interagindo com o pessoal. Ele inclusive entrevistou uma família hiper simpática de Whovians, com a mãe caracterizada como River Song (com direito até a um “Hello Sweetie) e um depoimento da filha contando o quanto os pais a influenciaram a se tornar Whovian. Uma família de dar orgulho.

Logo depois houve distribuição de camisetas e brincadeiras com bolas gigantes, e aí o público foi à loucura, se atracando por camisetas e tentando tocas nas bolas, e claro que eu me juntei à loucura. Não consegui a camiseta, mas ganhei algo muito melhor em troca. Enquanto estava no meio do pessoal avistei ninguém menos do que Guilherme Briggs! Sim, Guilherme Briggs, um dos melhores dubladores do Brasil e uma das pessoas mais legais do universo (para os que não sabem ele é fã de carteirinha da série). Ele foi extremamente gentil e educado e tirou foto comigo e meus amigos. Um cara excepcional, e tê-lo conhecido fez desse evento ainda mais marcante e especial para mim e para todos os seus outros fãs, que também comprovaram o quão fantástico ele é. Tio Briggs, you rock!!

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O Episódio

Depois de todo o alvoroço dos fãs, veio o segundo momento mais esperado da noite: a exibição de Deep Breath, primeiro episódio da oitava temporada e estreia oficial de Peter Capaldi como 12th Doctor. Como pedido pelo próprio Moffat, não iremos comentar sobre o episódio em si por enquanto, mas uma coisa eu afirmo: Capaldi já é o Doctor! Sabe aquela estranheza e receio que temos com um novo Doctor? Asseguro que não irá acontecer. Capaldi é um ator magnífico e dominou o papel logo de primeira, não deixando nenhuma dúvida de que ele É o Doctor. Teremos uma temporada épica.

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Steven, Jenna e Peter sobem ao palco 

E foi enquanto todos estavam loucos de emoção pelo episódio que chegou o momento que todos esperavam. Primeiro subiram ao palco Marcelo Forlani (do site Omelete) e uma representante da Revista Monet, que foram os entrevistadores oficiais, se apresentando e mostrando um vídeo com a retrospectiva do evento ao redor do mundo. E então foi anunciado o primeiro convidado, Steven Moffat, que apesar de aparentar timidez foi bastante receptivo com fãs. Logo depois veio a linda e estonteante Jenna Coleman, intérprete de Clara Oswald, A Garota Impossível, atual Companion do Doctor. Jenna também foi extremamente receptiva e educada, além de absurdamente linda (sim, ela é tão bonita pessoalmente quanto no vídeo). E então, depois de uma retrospectiva de todas as regenerações, entra ele, Peter Capaldi, surpreendendo a todos e entrando pelos fundos, de forma que passou por todos até chegar ao palco. A partir daí foram minutos de palmas e gritos, fazendo o próprio Capaldi pedir silêncio ao público com um épico “Shhhh”.

 

Foram várias as perguntas. As principais perguntas feitas à Jenna foram relacionadas à sua adaptação à mudança de co-star, sobre o figurino de Clara e sua personalidade em geral, como por exemplo o fato de ela estar usando mais seu sotaque do norte na personagem (Jenna é originalmente de Blackpool, Lancashire, norte da Inglaterra) e ela reconheceu que Clara está mais “northen” ultimamente, especialmente em episódios escritos por Mark Gatiss, que também é do norte.  Também falou sobre o que veremos de Clara nessa temporada. “Clara irá tentar equilibrar a vida normal, seus afazeres do dia-a-dia, com sua vida com o Doctor, e falhará miseravelmente nas duas.”

Steven falou sobre como tanto Doctor Who quanto Sherlock mudaram sua vida, contando que desde criança sempre foi extremamente tímido, e que o fato de ser reconhecido e abordado na rua, mesmo sendo o roteirista (que geralmente não são muito reconhecidos) é assustador e recompensador ao mesmo tempo. Uma das perguntas que planejei fazer a ele eram quais dicas ele poderia dar a um roteirista iniciante para escrever tão bem quanto ele, já que eu sou roteirista iniciante. Não consegui fazer a pergunta, mas um depoimento que ele fez sobre sua infância respondeu essa pergunta de alguma forma. Ele contou que na infância sofreu bullying e constantemente se sentia frustrado, e que seu melhor remédio era se refugiar nas aventuras do Doctor, e que o que o motiva a escrever é o amor que ele tem pela série e pelo seu trabalho, e isso foi extremamente estimulante para mim, e com certeza também para muitos outros que querem seguir seus sonhos. E ele ainda completou que uma professora que ele tinha havia dito a ele que ele não chegaria a lugar nenhum se refugiando no mundo de Doctor Who, e que gostaria muito que ela o visse agora.

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Peter, perguntado sobre como sua vida mudou desde que foi escalado para ser o Doctor, apontou para a emoção do público e disse: “Eu entro numa sala e as pessoas gritam.” Também falou sobre como foi difícil guardar segredo sobre sua escalação, contando que estava em Praga à trabalho quando Steven lhe deu a notícia e que, como não podia contar pra ninguém, saiu correndo, se trancou no banheiro e começou a gritar: “Eu sou Doctor Who! Eu sou Doctor Who!” Também falou sobre como ficou impressionado com o tamanho do sucesso da série ao redor do mundo. “Eu cresci na Escócia, que é escura e fria, e quando era criança tinha uma televisão minúscula no canto da sala da qual essa magia saia todo sábado à noite, e descobrir que no Brasil é algo tão imenso é maravilhoso.”

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Final

Chegando ao final do evento cada um agradeceu aos fãs o imenso carinho e entusiasmo pela série. Steven inclusive apontou o quanto a resposta dos fãs é importante. “Não pensem que isso não é apreciado. Vocês podem imaginar que isso é simplesmente o que nós fazemos e que estamos acostumados, mas eu não sei o que fazer todas as vezes que acontece. É um momento significativo e torna fazer a série uma experiência mais gratificante. Vocês estarem aqui gritando e sorrindo com seus rostos alegres e sua enorme quantidade de Fezzes (o famoso chapéu árabe usado pelo 11th Doctor) é algo que eu sempre irei lembrar, e não estou apenas dizendo isso, realmente significa o mundo pra mim, portanto, obrigado.” completou.

Não poderiam faltar spoilers da temporada, e perguntados se poderiam oferecer um teaser sobre o que iria acontecer, Capaldi disse a frase: “Não confie em ninguém”. Jenna disse que em algum momento dirá a palavra “Minúsculo” e Steven, como esperado, disse: “Ah, eu tenho que dizer morte.” Bom e velho Steven Moffat.

E para finalizar, Peter mandou uma mensagem especial aos fãs que não puderam comparecer ao evento e que o assistiriam no dia seguinte nas Livrarias Cultura Brasil afora. “Obrigado por estarem do nosso lado, nós realmente apreciamos isso, nós estamos na estrada há um bom tempo, 50 anos, e o fato de que este país maravilhoso está interessado em nós aquece nossos corações, portanto muito obrigado.” disse Peter.

Destaque para um momento interessante: enquanto era exibida uma retrospectiva das Companions, a maior resposta do público foi quando Donna Noble, A Mulher Mais Importante de Toda a Criação, apareceu na tela, com direito à todos gritando seu nome depois da exibição. Isso só prova o quanto a personagem é querida e que ela realmente foi a melhor Companion da nova série. Quem sabe ela não aparece novamente em algum determinado momento da jornada? Não custa torcer.

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Foi um dia inesquecível para mim e para todos os fãs de Doctor Who, tanto os que estiveram no evento quanto os que não estiveram. Steven, Jenna e Peter esbanjaram carisma e  só comprovaram o quanto são pessoas magníficas e que sabem reconhecer o amor dos fãs e recompensar esse amor da melhor forma possível, nos entregando uma série como nenhuma outra  em todo o tempo e espaço. Agradeço imensamente ao TeleSéries pela chance de representar o site e de, graças a essa chance, ter conhecido o elenco e o roteirista da minha série preferida. E espero poder representar o site novamente em eventos wibbly wobbly timey wimey como esse. GERONIMOOOO!!!!!

Séries & Eu – Uma Estranha no Paraíso


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Em 2013 eu e meu melhor amigo começamos a planejar uma viagem para os Estados Unidos. O objetivo era conhecer vários lugares, ainda que estes fossem bem distantes, porque não sabíamos quando poderíamos voltar para lá. Acabamos decidindo por Orlando, Las Vegas, Los Angeles, San Francisco, Boston e Nova Iorque.

Assim, começamos a decidir o roteiro e pesquisar o que teria para fazer em cada cidade. Obviamente que para uma fã de seriados como eu os estúdios de gravação em Los Angeles eram parada obrigatória. Depois de alguma pesquisa decidimos pelos estúdios da Warner Bros e da Paramount, porque é onde são gravadas as séries que mais nos agradam.

Chegamos em Los Angeles dia 9 de março. Nosso hostel era próximo à Hollywood Boulevard, avenida onde fica localizada a Calçada da Fama. Aproveitamos o primeiro dia para desbravar o local, já que no dia nos dedicaríamos aos estúdios. Pela manhã fomos à Warner e à tarde na Paramount. Ambos os estúdios são muito legais, mas não vou me ater muito aos detalhes, porque já falamos sobre isso na coluna.

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Na Warner o que mais nos chamou atenção foi, sem dúvida, o Central Perk, o famoso café de Friends. E quando estivemos lá eles estavam gravando Hart of Dixie, mas não encontramos nenhum ator da série. Eu estava na expectativa de ver a Rachel Bilson, mas não demos sorte. Visitamos os sets onde são filmadas as cenas no escritório da Dra. Zoe. Era proibido tirar fotos para evitar spoilers.

Já na Paramount nossa atenção estava toda em Glee. Infelizmente não pudemos visitar o estúdio onde a série é gravada, mas conseguimos identificar várias externas, além de visitar o teatro/auditório onde muitas cenas de Glee foram gravadas, como episódios de nacionais e regionais. O bônus foi ver a Becca Tobin – a cheerleader Kitty – passando ao nosso lado em um carrinho de golfe. Ela é ainda mais bonita pessoalmente do que na TV, acreditem!

Ok, os estúdios são legais, mas o foco do nosso texto é o passeio realizado no dia 11. The O.C foi a primeira série que eu amei e acompanhei, e eu acreditava que ela tinha sido realmente gravada em Orange County – onde a série se passava -, uma praia que fica pertinho de Los Angeles, mas nas pesquisas realizadas eu descobri que foi gravada em Redondo Beach, a aproximadamente 50km de Los Angeles. Não tive dúvidas em dar um jeito de incluir Redondo no roteiro e convencer meus amigos a irmos até lá. Eu precisava estar naquele píer!

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De manhã fomos de barco até o meio do mar pra ver as baleias. Retornamos próximo ao meio dia e então fomos em busca do píer onde a série foi gravada. Imediatamente pude reconhecer o local (a partir de 0:36 no vídeo abaixo). Tiramos fotos, olhamos o mar, olhamos cada pedacinho daquele píer. Ri, chorei, me emocionei… me senti no seriado. Parecia que eu estava andando com a Summer e a Marissa por ali enquanto o Seth andava de skate e o Ryan de bicicleta.

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Continuamos desbravando o píer e eu logo avistei o restaurante/café que eles frequentavam. (Um parêntese para dizer que eu acho um absurdo não ter nenhuma identificação sobre a série na cidade e nem no café. Será que não percebem a oportunidade turística?). Dentro do café tem um pequeno quadro autografado pelos atores identificando a mesa onde eles geralmente gravavam. Além disso, só quem é fã consegue reconhecer o local, apesar de muitas – e importantes – cenas, como o soco de Ryan em Luke, terem sido gravadas ali. Como era perto do meio dia resolvemos almoçar ali mesmo.

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A parte interna do local permanece intocada, então a atmosfera de se sentir ali não tinha preço. E para nossa sorte a comida não era cara: conseguimos comer bem por menos de 15 dólares. Visitar os estúdios foi legal, mas essa visita a Redondo Beach foi o ponto alto da viagem. Por mais bem feitos que sejam os estúdios de gravação as locações reais são muito mais interessantes e criam, na minha opinião, uma atmosfera muito mais real. Além do que, se sentir dentro da sua série preferida é algo que não tem preço. Recomendo demais o passeio para quem é fã de The O.C. e vai visitar Los Angeles.

*A coluna dessa semana é de autoria da Gabriela Assmann. Se você tem uma história bacana envolvendo seriados e quer compartilhar com a gente, escreva para teleseries@teleseries.com.br.

Séries & Eu – Comic Con, aí vou eu


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Eu sou fã de seriados desde sempre. Comecei, ainda criança, com As Panteras (alguém aí ainda se lembra de Kelly, Cris e Sabrina?), e não parei mais. E as séries policiais sempre tiveram um charme a mais, para mim. Algo como… pessoas normais também podem ser heroínas.

Com o passar do tempo, convenções e pequenas reuniões começaram a surgir no Brasil e, é claro, sempre que possível, eu marcava presença. E foi assim que acabei fazendo parte de um grupo de teatro amador que realizava performances baseadas em seriados de sucesso. Essas experiências fizeram com que eu conhecesse cada dia mais fãs, não apenas das minhas séries favoritas, mas de seriados de todos os tipos, o que foi muito legal! E foi aí que comecei a ouvir comentários sobre as Comic Con de San Diego, consideradas as maiores do mundo.

Um ou outro felizardo que havia tido a experiência da Comic Con relatava sua história para alguém e logo todos estavam sabendo. Cada um contava uma parte do todo e eu ficava imaginando a sensação incrível que deveria ser estar num evento grandioso como esse.

Alguns anos mais tarde, numa reunião de amigos, surgiu a pergunta: “Vamos à Comic Con ano que vem? (2012)” E de uma brincadeira, logo o papo ficou sério e eu me vi pesquisando tudo sobre Los Angeles e San Diego – CA. Mesmo sem a certeza de que conseguiria comprar os ingressos (o que é um verdadeiro drama) e sem ter a menor ideia de quem seriam os convidados, eu já fazia planos toda animada.

O drama dos convites se deve à venda dos ingressos ser feita pela internet e é preciso ter um cadastro prévio, com um username e uma senha definidos pela equipe organizadora da Comic Con. Ok. Com tudo em mãos, lá fui eu para a frente do notebook, na maior ansiedade, pois o comentário era de que muita gente não consegue comprar os ingressos, o site fica congestionado… enfim, todos os tipos de contratempos que acontecem nessas compras pela internet. E… aconteceu um desses contratempos comigo!

Quando chegou minha vez na fila, a senha fornecida não funcionava! Ainda haviam ingressos disponíveis para três dias, mas eu não conseguia comprá-los! E por mais que eu tentasse… não consegui! Dá para imaginar o tamanho da frustração?!

Passados aqueles quinze minutos de desespero (ok, foram bem mais que quinze minutos…), resolvi escrever um e-mail para a equipe organizadora do evento e, para minha surpresa, eles me responderam rapidamente. Após verificarem o meu caso, perceberam que havia acontecido o que eles chamaram de “problema de sufixo de sobrenome”, o que nada mais é do que uma pane no programa que eles utilizam e que não está acostumado com as preposições da nossa querida língua portuguesa.

Resultado: a equipe foi extremamente gentil e educada comigo e, como forma de se desculparem pelo transtorno, me ofereceram a possibilidade de comprar ingressos para todos os dias. Dá para acreditar?! O que parecia o maior dos azares se transformou no maior golpe de sorte. E com uma chance dessas, é claro que eu comprei ingressos para todos os dias.

A Comic Con, para mim, sempre foi a respeito do evento em si, e não sobre qual celebridade eu poderia encontrar por lá. Estar em San Diego, num mega evento de seriados, cinema e quadrinhos, cercada de pessoas com os mesmos gostos que eu, era tudo o que eu queria. E assim, eu não me preocupei com quem seriam os convidados de destaque e me mantive tranquila até a divulgação da programação oficial, que só saiu quinze dias antes da Comic Con.

Sou fã de Castle, Criminal Minds (hoje em dia nem tanto, a saída da Prentiss colocou um fim na série, para mim), NCIS, NCIS LA, Law and Order: SVU e outras séries policiais. E quando saiu a programação, para minha surpresa e felicidade, não seria apenas uma Comic Con, mas uma Comic Con com a presença de Paget Brewster (Emily Prentiss, minha personagem favorita de Criminal Minds) e Nathan Fillion (Castle).

Ainda assim não me permiti ficar muito empolgada, pois sabia que as pessoas costumam dormir na fila para ver seus ídolos, o lugar fica lotadíssimo e é uma verdadeira maratona conseguir encontrar os atores mais famosos. E dormir na fila era algo totalmente fora de cogitação para mim. Eu queria uma experiência agradável e tranquila, nada de stress.

Chegando em San Diego, eu e os dois amigos que me acompanharam resolvemos dar uma passadinha no centro de convenções. Era quinta-feira (primeiro dia), e só queríamos ver como era o evento, pois nesse dia não tinha muita coisa que nos interessasse. Era tanta gente naquele espaço gigantesco que demorou cerca de quinze minutos para que eu me separasse deles, e assim foi todos os dias. Eu curti a Comic Con sozinha, com exceção de alguns poucos momentos em consegui encontrar com meus amigos, sempre meio que por acaso. Conheci muita gente legal, a maioria americanos e, quando eu falava que era brasileira, todo mundo ficava interessado em saber como são as coisas por aqui. Foi bem legal.

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Como não havia nada em especial que eu quisesse ver, decidi que iria entrar na primeira sala que estivesse mais vazia para dar uma olhada. Dessa forma, fui parar no painel de Nikita. O elenco estava todo lá e apesar de não assistir a série, fiquei encantada com a simpatia de todos, especialmente da atriz Maggie Q, que deu vida à personagem Nikita.

Uma coisa que impressionou muito na Comic Con foi a organização e o respeito que todos têm em relação à ordem. Se um segurança fala para os fãs não ultrapassarem uma faixa pintada no chão, ainda que o seu ator favorito esteja desfilando a meio metro de distância, ninguém ultrapassa! É um evento muito tranquilo, onde todos se respeitam.

No dia em Paget Brewster estaria presente no painel de um desenho animado (não me lembro o nome, pois o conheci naquele momento) no qual ela faz a dublagem de um personagem, eu fui sozinha ao evento (apenas eu tinha ingresso para todos os dias). Quando eu cheguei, a fila era algo que sequer poderia ter imaginado… começava próxima à entrada da sala onde seria o painel, dava voltas por grande parte do centro de convenções e continuava na parte externa do prédio, dando várias voltas. Pelas conversas que eu conseguia ouvir enquanto caminhava, a maior parte das pessoas havia dormido na fila, confirmando os boatos que eu já escutara.

No momento em que, finalmente, encontrei o fim da fila, as pessoas começaram a andar: as portas da sala haviam sido abertas. Entrei calmamente e dei uma olhada geral. O lugar estava lotado! Como só havia lugares livres no fundo, concluí que não tinha nada a perder se fosse dar uma volta lá na frente antes de arrumar um lugarzinho para sentar. Quando cheguei na primeira fileira, notei um  lugar vazio… achei estranho e perguntei se aquela cadeira já era de alguém e, para minha surpresa não, ela estava vazia, linda e maravilhosa, à minha espera. Usei minha mochila para guardar meu lugar e continuei andando. As plaquinhas com os nomes dos convidados já estavam sobre a mesa e, exatamente à frente da placa com o nome Paget Brewster, adivinhem o que eu vi? Outro lugar vazio e sem dono! Me mudei pra lá imediatamente. Enquanto a maioria das pessoas ali sequer havia dormido, eu havia acordado às 9:00, tomado um café da manhã tranquilamente e estava sentada a meio metro da atriz que eu queria ver. Ah, a sorte…

O painel começou e, mais uma vez, todos foram muito simpáticos, especialmente a Paget. Durante o painel conheci uma garota americana que também estava ali por causa de Criminal Minds e tinha bastante experiência em Comic Con (ela vai todos os anos). Minha nova amiga me deu algumas dicas e me mostrou por onde os convidados costumam sair. Ao final do painel, a Paget viu que eu estava tirando fotos e fez pose, uma graça!

Eu já estava bem satisfeita com as coisas e deixei o salão sem nenhuma pretensão, mas… resolvi dar uma passada em frente à saída que a moça havia me indicado. Quando eu cheguei, encontrei novamente a mesma moça e um outro rapaz na esperança de que a porta se abrisse… e foi exatamente o que aconteceu naquele exato momento e adivinhem quem saiu de lá toda sorridente? Paget Brewster!

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Ela estava indicando o caminho do toilette para alguém e quando nos viu, e foi extremamente simpática. Veio conversar com a gente e ficou um bom tempinho “jogando conversa fora” conosco. Ela disse que ouviu falar que Criminal Minds é muito popular no Brasil. Quando pedimos para tirar foto com ela, concordou na hora e abriu um sorrisão! Ela foi muito além do dever, nos atendeu com o maior carinho. Foi super espontânea. Uma graça de pessoa.

E quem pensa que minha sorte acabou aí… está muito enganado…

No dia seguinte, houve um painel comemorativo de dez anos de Firefly, onde Nathan Fillion era um dos convidados mais disputados, Desnecessário dizer que não consegui chegar nem perto da entrada do famoso “Hall H”, o maior salão do evento. Mas… no domingo e último dia de evento, Nathan Fillion faria uma sessão de autógrafos, da qual só poderiam participar as pessoas que fossem sorteadas.

Nesse dia, eu e meus amigos madrugamos e chegamos ao centro de convenções antes das portas serem abertas e, assim que liberaram a entrada, corremos (ok, andamos muito rápido, porque é proibido correr pelos corredores) e fomos direto para a fila do sorteio, mas… infelizmente nenhum de nós foi sorteado.

Conformados com o fato, cada um foi procurar algo interessante para fazer. Eu disse a eles que, no horário da sessão de autógrafos, eu iria passar por lá, para ver se  conseguia ver o Nathan. Eles gostaram da ideia e disseram que também iriam.

Enquanto passeava entre os muitos stands de souvenirs de todos os tipos, fiz amizade com dois seguranças que me mostraram duas possibilidades de caminho que o Nathan faria até chegar ao stand dos autógrafos. Depois de avaliar as possibilidades, dei um tiro certeiro e apenas nós três estávamos na porta pela qual Nathan Fillion adentrou ao setor de stands de vendas. Nós o vimos bem de pertinho, tiramos foto e ouvimos um “Hi guys”, que foi a única coisa que ele falou enquanto andava rapidamente. Segundos depois, Nathan desapareceu por uma portinha minúscula no stand onde daria os autógrafos.

Resolvemos, então, nos aproximar do stand, para tentar uma foto melhor. Plenamente conscientes de que estávamos atrapalhando a passagem de quem trabalhava no stand, apenas aguardávamos o anúncio da entrada do Nathan para sairmos do lugar onde estávamos, liberando a passagem. Vimos um funcionário se aproximando e já fomos saindo do caminho quando ele nos surpreendeu nos chamando: “Hei, voltem! Vocês podem ficar aqui na frente.” E nos colocou na primeira fila, logo atrás da faixa que separava o público do palco.

Imaginem nossa empolgação! A sessão de autógrafos começou animada. Pedi para uma assistente tirar uma foto dele de pertinho e ela o fez com uma super boa vontade. Só isso já era mais do que suficiente para mim. Foi quando um assistente da equipe anunciou que todos já haviam recebido seus autógrafos mais rápido do que o previsto e Nathan ainda tinha alguns minutos disponíveis e passou a sortear pessoas na multidão para ganharem seus autógrafos. Um dos funcionários passou correndo e tocando a mão de quem era sorteado e eis que… eu fui uma das felizardas que foram sorteadas!

Eu e meus amigos nos entreolhamos com aquela cara de felicidade e, ao mesmo tempo, decepção, porque apenas eu havia sido sorteada. O rapaz do sorteio percebeu e perguntou se estávamos juntos. Quando dissemos que sim, ele chamou meus amigos também. Foi lindo.

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Não era permitido fazer pose para tirar foto, porque atrasaria o andamento da fila, mas conseguimos tirar uma foto pertinho dele, o que já está ótimo e, de quebra, conseguimos um autógrafo. Eu, particularmente, não ligo para autógrafos, prefiro as fotos, mas guardo meu pôster autografado com muito carinho, porque, vocês hão de concordar comigo: tive muita sorte nessa Comic Con!

Foi uma experiência única! A Comic Con é um lugar mágico para fãs não apenas de seriados, mas de cinema e quadrinhos. Pessoas desfilando fantasiadas por todos os lados, eventos paralelos e o agito nas ruas próximas ao centro de convenções contribuem para o clima alegre e descontraído que envolve a cidade, que é linda, durante quatro dias, uma vez ao ano, todos os anos.

Para quem tiver a oportunidade de participar de uma Comic Con, fica a dica: não pense duas vezes. Vá! Você não irá se arrepender!

*A coluna dessa semana é baseada em um relato da Kátia R. F. Costa. Se você tem uma história bacana envolvendo seriados e quer compartilhar com a gente, escreva para teleseries@teleseries.com.br.

E em 14 dias, tem mais história de fã para fã aqui no TeleSéries. E vai dar The O.C. na coluna! Até lá.

Séries & Eu – Garota eu vou pra Califórnia… encontrar Stana Katic


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Minha experiência com Castle começou em dezembro de 2010, nas férias coletivas do trabalho entre natal e ano novo. Na época eu era bem assídua no Tumblr (era? hahaha. Ok! Eu ainda sou) e sempre via gifs de Castle e pensava “nossa, eu preciso conferir essa série”. Aproveitando o hiato das séries que eu acompanhava, baixei todos os episódios da série, que estava no início da 3ª temporada. Resultado? Levei mais ou menos uns quatro dias para alcançar o calendário de exibição (i have no life). Resumindo, eu me apaixonei pela série instantaneamente. E, principalmente, pela atriz que interpreta a detetive Beckett, Stana Katic.

Castle grava em Los Angeles, na Califórnia (como grande parte das séries americanas), e algumas cenas são gravadas em lugares públicos da cidade. Ou seja, você pode ir ao local sem precisar de autorização ou de aviso prévio, como é necessário quando eles gravam dentro do estúdio. Com isso em mente, resolvi que iria realizar meu sonho de ir a uma gravação da série e tentar conhecer meus ídolos. E de bônus, a Califórnia.

Com todas essas informações em mente, e com a meta traçada, descobri que em novembro 2012 aconteceria a 2º CastleCon em LA. Pronto: data da viagem escolhida, amiga e bagagem preparadas. E lá fomos nós: mochilas e ingressos da Convenção de Castle em mãos, e na cabeça (e no coração) o sonho de encontrar uma gravação de Castle “para chamar de nossa”.

*Interrupção do relato para um Serviço de Utilidade Pública. Dica, de fã pra fã: faça o controle de expectativas, para o caso de seus planos não sairem bem como você espera. Assim, caso nem tudo dê certo, a frustação não será gigantesca a ponto de acabar com o resto da viagem. Eu fiz, por cerca de um mês.*

Quando chegamos em LA, depois de alguns dias em San Diego, descobrimos que o nosso hostel ficava a uma quadra da Hollywood Boulevard, onde fica a famosa – e interminável – Calçada da Fama. E vocês podem estar pensando “caramba, que sortudas”, mas só porque ainda não sabem o que vêm a seguir: após alguns passeios pela cidade, descobrimos uma gravação externa de Castle A 5 QUADRAS DO NOSSO HOSTEL. Pronto, podem nos chamar de sortudas agora.

E pensem no meu surto com a descoberta. Naquela noite nem consegui dormir, tamanha era a expectativa de encontrar Stana Katic, Nathan Fillion, Jon Huertas, o restante dos atores e o crew (equipe técnica), ao vivo, em cores e se mexendo. E, claro, de ter experiência de ver como é a gravação da minha série favorita.

No famigerado dia levantamos bem cedo e fomos caminhando até o endereço indicado. Quando chegamos no local da gravação já estavam todos os equipamentos do pessoal que cuida das luzes dispostos, na calçada mesmo. A gravação aconteceria dentro de um restaurante/bar (Hemingway’s Lounge). Meu coração já estava a mil, e ainda eramos as únicas fãs no local (motivo? Eram 7 da matina).

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Em razão da “exclusividade”, fizemos amizades com todos os seguranças e com algumas pessoas da produção, e conseguimos (RÁ!) saber agenda do dia e horários das gravações. E, principalmente, quando Stana Katic, Nathan Fillion (Castle), Jon Huertas (Esposito) e Seamus Dever (Ryan) chegariam para gravar.

Nessa altura eu já estava toda trabalhada no nervosismo e morrendo de ansiedade com a espera (can you blame me?). Então é apropriado dizer que eu quase morri quando uma van branca parou e dela saiu Jon Huertas. Ele chegou mais cedo, para acertar a luz da cena, e depois que terminou o trabalho, antes de voltar ao acampamento base do elenco, parou para tirar fotos e trocar algumas palavras com a gente, ainda únicas fãs no local. Ele se despediu com um “Obrigado”, assim mesmo em Português. Um amor!

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Uma hora depois a tal van branca (que eu amo!) voltou e trouxe nada mais, nada menos, que Stana linda Katic. Seamus e Jon estavam com ela. E caso vocês estejam se perguntando o que aconteceu comigo nesse instante, eu respondo: o tempo parou, eu vi tudo em câmera lenta na minha mente. E enquanto eu tentava lembrar de como respirar, Stana passou e nos deu um “tchauzinho”, entrando em seguida no restaurante, onde eles gravariam o dia inteiro. Naquele momento caiu a ficha de que eu estava perto de realizar meu sonho. Ou quase isso, por que demorou umas 6 horas para Stana finalmente sair de dentro do restaurante.

Ela saiu e veio – como se fosse a coisa mais normal do mundo – na direção dos fãs, sorrindo e emanando simpatia. Como tinha uma convenção de Castle naquela semana, LA estava cheia de fãs, e quando ela veio conversar conosco já eramos vários. Ainda assim ela dedicou um tempinho pra cada um.

Quando chegou a minha vez de falar com ela eu já estava como um pinto no lixo  (desculpa, não encontrei expressão mais apropriada) com a beleza e a graciosidade da moça. Ela se apresentou, estendeu a mão e me disse: “Oi, eu sou Stana (oh, no way! Really?), muito prazer. Da onde você é?”. Eu automaticamente passei batida pela mão dela e parti para um abraço, só depois me apresentei como brasileira. Ela provavelmente não esperava o cumprimento efusivo, e admito que, naquele momento, frente a frente com meu ídolo, eu esqueci da etiqueta americana para cumprimentos. Mas espero que minha nacionalidade tenha explicado o meu comportamento.

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Logo depois eu entreguei para ela uma revista e pedi um autógrafo. Stana, preocupada em escrever meu nome corretamente, me pediu para soletrá-lo. O problema é que eu travei, esqueci do inglês – do meu nome, da minha identidade, das minhas origens e do porquê de 42 ser a resposta para o maior questionamento de todos – e simplesmente não saiu nada. Sorte é que eu estava com a minha amiga Luciana, que me salvou e me ajudou a soletrar O MEU NOME e a interagir com ela (Serviço de Utilidade Pública n° 2: é sempre bom ter um amigo pra te ajudar a lembrar qual seu nome e quem é você nesses momentos de blecaute). Trocando por miúdos: fiquei starstruck com esse encontro.

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Um ano e meio antes desse encontro eu mandei de presente para Stana uma borboleta eletrônica (uma borboleta dentro de um vidro, que quando detecta movimento voa, é bem real) e quando eu finalmente recobrei a consciência, aproveitei para perguntar se ela ainda tinha (não sou tão delusional assim, caso vocês estejam se perguntando. Eu sabia que ela tinha recebido por que ela me enviou uma foto autografada, pelo correio, com um agradecimento desse presente. COMO NÃO AMAR ESSE SER?) e, para minha surpresa, ela lembrava da borboleta, e me contou que ela se encontrava no peitoril de umas janelas da casa dela e que adorava tocar o vidro e ver a borboleta, que isso a fazia feliz. FAZIA-ELA-FELIZ. Surtei FORTE, mas dessa vez internamente, para não assustar a moça (e não ser presa e acabar extraditada, também, claro).

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Depois de alguns minutos eu já estava mais relaxada, e então pedi para tirar uma foto com ela. Aproveitei também para entregar o presente que eu levei para ela, que novamente foi SUPER FOFA e fez uma pose pra eu tirar uma foto dela segurando a caixinha.

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No outro dia, fomos novamente acompanhar as gravações, dessa vez em outra localidade de LA. E além de poder conferir a gravação propriamente dita, já que dessa vez eles filmaram na calçada, eu também já aproveitei pra pedir um autógrafo para Stana em uma das nossas fotos do dia anterior.

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Eu fui à CastleCon, e ainda voltei à Los Angeles em 2013, e fui novamente conferir mais duas gravações. Eu dei a sorte de encontrar Stana Katic nas duas ocasiões. Vi também o Jon Huertas, a Tamala Jones, o Seamus Dever, a Juliana Dever e encontrei, embora bem rapidinho, com o criador da série Andrew W. Marlowe. Nathan Fillion? Vi de pertinho, mas nem conversar com ele consegui. Essa fica para a próxima.

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O resumo do resumo dessa longa história que contei? A minha vida “na Califórnia é diferente, é muito mais que um sonho”.

*A coluna dessa semana é baseada em um relato da Karin Klinczak (@karinzoca). Se você tem uma história bacana envolvendo seriados e quer compartilhar com a gente, escreva para teleseries@teleseries.com.br.

E em 14 dias, tem mais história de fã para fã aqui no TeleSéries. Dessa vez, vamos viver a experiência de uma Comic Con junto com uma fãzaça de seriados policiais. Até lá.

Séries & Eu – Don’t freak out, Larissa


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Minha história com Chuck começou da mesma forma que a maioria das histórias dos seriadores: por intermédio de amigos. Uma das minhas melhores amigas vivia me dizendo que Chuck era uma série sensacional, muito engraçada, que o ship (Charah <3) era uma delicinha de acompanhar e que eu iria gostar muito. A propaganda era tão boa que resolvi dar uma chance e em tempos já remotos pedi para que ela gravasse os episódios. E quando eu finalmente assisti, depois de desenvolver a arte da protelação, BAM: amor à primeira vista.

Nessa época Chuck já estava no hiatus entre a quarta e a quinta (e última) temporada, então não pude surtar em tempo real com os acontecimentos. Mas acompanhei a sperie fielmente, até o fim, e ela virou uma das minhas séries favoritas de todos os tempos.

Feita essa introdução, vamos aos fatos: no ano passado eu estava programando uma viagem aos EUA. Como minhas companhias seriam duas amigas fãs de seriados, decidimos que passaríamos uma semana em Los Angeles e 10 dias em Nova York e, claro, faríamos tudo que pudéssemos aproveitar todas as oportunidades seriadoras que o país oferece.

Assim, em Los Angeles uma das coisas que definimos como prioridade foi a visita aos estúdios da Warner Bros. O motivo? É lá que se encontra o sofá de Friends, meu (e de outro meio mundo) seriado favorito. E eis que no dia 02 de setembro de 2013 eu finalmente pude sentar no famoso sofá. Mas não apenas isso! Por ser feriado de Dia do trabalho por lá, as gravações não estavam acontecendo, então pudemos conhecer vários estúdios (entre eles The Big Bang Theory e The Ellen DeGeneres Show) e visitar as cidades cenográficas. Vimos também um museu com os principais carros usados pela Warner. Tem o carro voador de Harry Potter, os carros do Batman e… O CARRO DA NERD HERD!!!! Sim, aquele mesmo, que o Chuck usava na série para fazer os trabalhos de informática pela Buy More. O guia até se assustou, já que eu comecei a gritar e pular quando vi o carro, dizendo que Chuck era uma das minhas séries favoritas. Surtada, ainda pedi pra ele tirar fotos minhas com o veículo. E acho que só não abracei e beijei porque não podia chegar mais perto.

Carro

Ao lado do carro tinha os crachás originais do Chuck, Jeff e Lester, e alguns apetrechos da Nerd Herd (imagem que ilustra o topo da matéria). Eu parecia uma louca, de tanto que eu pulava de alegria, pois foi algo inesperado, não imaginei que fosse ter coisas de Chuck lá. Depois fomos para o Museu da Warner, e infelizmente, não era permitido tirar fotos lá (para não deteriorar os acessórios e roupas que estavam expostos), pois tinha taaaaaaaaaaaaaaaanta coisa legal que eu estava quase querendo morar lá. Tinha as roupas de diversos personagens (inclusive de Friends!), acessórios usados em cena, um andar só para Harry Potter e eu achei até um sapato da Sarah – que ela usa em uma de suas missões como espiã -, o quadro com todos os membros da Fulcrum que o Chuck tinha e O ÓCULOS DO INTERSECT!!! Ai que vontade de quebrar aquele vidro e colocar os óculos.

Passado esse momento fã desvairada, seguimos viagem para  Nova York. Antes mesmo de embarcar nós já havíamos definido que veríamos pelo menos uma peça da Broadway, só não sabíamos qual seria. A minha escolha se deu no momento que li no twitter do Michael Ausiello que ele havia ido assistir First Date, o musical de estreia do Zachary Levi (ator que interpreta o Chuck). Ainda bem que minhas amigas embarcaram na minha loucura e conseguimos garantir nossos ingressos. Eu veria o Zac de pertinho às 20 horas do dia 11 de setembro.

Claro que eu passei aquele dia inteirinho ansiosa, afinal de contas eu estava doida para conhecer o Zachary e vê-lo de perto, poder ouvi-lo cantar. Como acabamos vendo outro musical antes de First Date descobrimos que ao final da peça os atores saem para autografar o programa e tirar fotos com os fãs. E eu, ÓBVIO, já estava antecipando o momento em que poderia tirar uma foto com ele.

Nossos lugares eram na terceira fila, bem no meio. E quando finalmente o Zachary Levi entrou todo mundo começou a aplaudir, e eu fiquei praticamente catatônica. Ele estava de terno, LINDO, alto, e a poucos metros de distância de mim. A peça é comédia romântica e tem também a Krista Rodriguez (atriz de Smash), e é tão gostosinha de ver que o tempo passa bem rápido. Ah, e o Zac canta muiiiiiito bem.

Quando a peça acabou fomos correndo para o lado de fora do teatro, para poder pegar um lugar na grade para tirar foto com ele e pegar autógrafos. Enquanto aguardávamos, o segurança avisou que só poderíamos tirar uma foto cada uma com o Zachary, que seria num lugar que ele deixou separado, e que primeiro ele daria os autógrafos para todo mundo e somente depois tiraria as fotos. Ele, claro, foi o último a sair, com uma camiseta do Daft Punk e uma música do Michael Jackson tocando no celular, e começou a dar os autógrafos para as pessoas. Muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito simpático, extremamente atencioso com todos, conversava um pouco e agradecia o carinho. Quando chegou minha vez eu já estava vermelha, em estado de choque, só conseguia sorrir e dizer que eu era uma super fã dele e do trabalho dele. Sorte que o segurança me ajudou contando que sou brasileira e a conversa engrenou, e o Zachary disse que adora o Brasil, que quer vir este ano para assistir a Copa, que morre de vontade de conhecer nosso país. Ele até mesmo agradeceu por eu ter saído de tão longe e ter visto a peça dele.

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Quando finalmente chegou minha vez de tirar a foto, a bateria da minha câmera havia acabado (JUSTO NESSA HORA!!!). Então pedi para elas tirarem a foto no meu celular mesmo, e eu abracei-o. Nesse momento senti que eu podia morrer feliz (acho que dá para ver pela minha cara na foto), porque ele é exatamente tudo que eu imaginava e muito mais. Simpaticíssimo, um amor de pessoa, lindíssimo, carinhoso com todos os fãs.

Na hora de ir embora eu disse que Charles Carmichael é o meu herói, e ele abriu um sorriso lindo e me deu um hi-five. O hi-five dos sonhos.

*O texto é baseado em um relato da Larissa Padovan. Se você tem uma história bacana envolvendo seriados e quer compartilhar com a gente, escreva para teleseries@teleseries.com.br.

Em 14 dias, um novo relato para vocês. Dessa vez de uma super fã de Castle que teve a experiência dos sonhos do fandom. DUAS VEZES! Até lá.

Séries & Eu – A pulseirinha e a Natalie Portman


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Quem diria que uma pulseirinha feita de papel vagabundo seria tão valiosa? Esse foi meu tesouro daquele 4 de março, do já longínquo ano de 2006. E apesar do tempo que se passou desde então, eu poderia passar horas descrevendo cada momento daquele sábado incrível, no qual eu fui assistir a gravação do Saturday Night Live.

Há muito, muito tempo, através de um site chamado TVSN, no qual eu escrevia uma série virtual (que reprisamos aqui no TeleSéries, inclusive), eu conheci uma atriz que logo em seguida passei a admirar: Natalie Portman. Sem qualquer pose de diva, Natalie conquistou com sua simplicidade e pela verocidade naquilo que faz, e isso muito antes de ganhar um Oscar por Black Swan.Então, vocês podem imaginar qual foi minha alegria ao descobrir que Portman seria a convidada de um dos meus programas de humor favorito, o Saturday Night Live. Plus: eu estava morando em Boston na época, de forma que eu poderia ver a gravação do programa. Double win.

E foi nesse clima de felicidade que eu sai de Boston em uma sexta-feira à noite com destino a Nova York, onde desembarquei às 3 da manhã. Vagando pela cidade iluminada pelos letreiros da Times Square, venci o medo e o frio de menos 15 graus e fiquei mais de 3 horas na calçada do Rockfeller Plaza, esperando para pegar a senha que me daria acesso à gravação do programa da NBC. E já nessa fila eu encontrei várias pessoas que, além de curtirem o SNL, estavam ali pela Natalie, ou pelo Fall Out Boy, o convidado musical daquele programa.

Depois da viagem e do chá de fila, consegui ficar em 26° na lista de espera. A posição não era lá muito esperançosa, mas depois das peripécias para chegar até ali eu não poderia simplesmente virar as costas e voltar à Boston. Então, mantive a esperança no peito, a cabeça sonhadora erguida e voltei à NBC no horário marcado, na noite de sábado. E ao entrar novamente no Rockfeller Plaza eu comecei a perceber por que, para muitos, aquele era o lugar mais perfeito para passar a noite.

Mas nem tudo eram flores, e a funcionária responsável pela lista de espera não nos deu muita esperança. Diversas vezes eu cheguei a pensar que tudo estaria acabado ali mesmo. Só que a fila andou, reacendendo as esperanças do pessoal, e parou no… 25! Claro! Tinha que ser, né? Meio derrotada, eu fechei os olhos e acabei admitindo para mim mesma que sim, a experiência tinha valido a pena, ainda assim.

Só que eu havia desistido muito cedo: na sequência, fomos informados de que havia mais dois lugares na plateia. E rapidamente eu fui conduzida até o estúdio. Muita correria e uma pulseirinha de identificação depois, lá estava o assento, bem em frente ao palco reservado para alguém importante. Como eu soube disso? Por que fiquei a poucas cadeiras dos pais da Natalie!

Logo Lorne Michaels, o criador do SNL, checou tudo de perto, afinal seu show estava a poucos minutos de começar. A equipe terminava de preparar o cenário quando eu finalmente me sentei. A banda, para aquecer, estava tocando uma música, e uma mulher gritava os minutos decrescentemente.

“15 segundos” – ela grita. Meu coração acelera. Adrenalina e alívio se misturam. Depois de observar atentamente todo o processo de preparação, aos poucos o sonho foi se tornando cada vez mais real. Era aquilo, era ali! Eu estava na NBC, num sábado a noite. E a plaquinha de aplauso piscou quando o show começou, mas aposto que não era preciso que ninguém fosse lembrado de aplaudir.

Após a abertura, Natalie foi anunciada, e eu encarei a porta pela qual ela entraria no palco como se minha vida dependesse daquilo. Alguns pouco segundos depois, ela estava ali, na minha frente. Do jeito que eu imaginei: pequenininha, magrinha, tão branca que até iluminava o ambiente. Aquela era a Natalie das revistas, dos filmes, da tv. Mas havia nela algo de novo: para mim, agora, ela passava a ser uma pessoa como outra qualquer, uma pessoa feita de carne e osso e sem o glamour de Hollywood nas veias.

E a sensação de “velhas amigas” só aumentou quando ela, durante o intervalo antes do anúncio do Fall Out Boy e embora um pouco incomodada com as fortes luzes sobre ela, abriu um sorriso tímido e acenou, soltando um amável “Hi, mommy!”. A platéia reagiu com um sonoro “aaaaaaaaaaaawwww”. A mãe dela mandou um beijinho, e Natalie, sorrindo, falou “I love you” enquanto desenhava um coração no ar. Tem como não amar de montão?

O restante das gravações também foi perfeito. Eu dei muita, mas muita risada. E no meio do riso, me peguei muitas vezes tentando acordar. A boa notícia é que, naquele instante, o sonho havia se tornado realidade.

Infelizmente, fotos eram proibidas dentro do estúdio. E antes das gravações começarem a tensão pela espera e o medo de ficar de fora acabaram fazendo com que eu esquecesse de bater fotos. A única foto que tenho é a que encabeça esse post, do papel vagabundo mais valioso do mundo.

Mas, quer saber? Não importa. Ficou tudo na minha mente. E no meu coração. E desde então eu posso gritar pros quatro ventos “Live from New York that was a Saturday Night que eu NUNCA vou esquecer”.

*Esse texto foi escrito pela Maria Clara Lima, que além de reviewer de Bones aqui do TeleSéries é também fã como a gente. E suas experiências como “tiete” inauguram a nova coluna do site. Se você também tem uma história bacana envolvendo seriados para contar, entre em contato conosco através de teleseries@teleseries.com.br. Vamos adorar publicá-la.

Ah, e em 15 dias tem mais. E dessa vez as lembranças serão de uma fã de Chuck, que conheceu um dos atores do seriado. Curiosos? Até mais!

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