TeleSéries
Police Squad!: non sequitur
29/11/2010, 22:54. Juliano Cavalcante
Opinião
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Nota do Editor: O ator Leslie Nielsen faleceu neste domingo, dia 28, aos 84 anos, vítima de complicações de uma pneumonia. Nielsen começou a carreira como ator, em televisão, nos anos 50, participando de dezenas de séries, como Alfred Hitchcock Apresenta, Bonanza e Ilha da Fantasia e estrelando shows de curta duração. Sua carreira daria uma guinada em 1980, no cinema, com Apertem os Cintos… o Piloto Sumiu iniciando a bem-sucedida parceria com os produtores e roteiristas Jerry Zucker, Jim Abrahams e David Zucker. Foram eles que criaram o seu mais marcante personagem – o detetive Frank Drebin, na fracassada série Police Squad!, que acabou gerando a hilária trilogia cinematográfica Corra Que a Polícia Vem Aí!. Para homenageá-lo, reproduzimos texto de Juliano Cavalcante que analisa justamente Police Squad!, que tinha tudo para ser só mais uma das muitas série americanas canceladas que ninguém lembra mas que, justamente por ser um marco na carreira Nielsen, se tornou peça inesquecível da cultura pop.
“Say when, Frank”.
“When”.
Durante uma longa discussão no meu blog (leia aqui), a Fer me disse que a minha definição de metalinguagem não estava assim tão correta, e que uma série que fazia uso dela era Police Squad!, do cultuado trio ZAZ (David Zucker, Jim Abrahams e Jerry Zucker).
Não que o conteúdo do grupo me seja uma novidade. Sempre que me perguntam qual é minha comédia predileta, o nome que surge na minha cabeça é justamente Top Secret – Superconfidencial, clássico da Sessão da Tarde. Toda essa metalinguagem de mexer com os clichês tanto narrativos quanto estéticos dos filmes e séries de gênero, além do humor totalmente absurdo (ou non sequitur – obrigado, Wikipedia) foi o que transformou ZAZ em referência humorística nos anos 80. Não é a toa que David Zucker foi convocado para dirigir a série Todo Mundo em Pânico a partir do terceiro filme. Ele definitivamente conhece o material. Clique aqui para continuar a leitura »
Viva Canadá! 10 séries canadenses inesquecíveis
26/11/2010, 14:57. Redação TeleSéries
Especiais, Opinião
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Nos últimos meses os canais de TV paga trouxeram ao Brasil um pacote de novas séries importadas com um sotaque levamente diferente do que estávamos acostumados. Rookie Blue, no Universal, Call Me Fitz, na Sony, e The Bridge e The Border, no AXN, tem em comum o fato de que são todas produções canadenses.
Há algumas décadas o Canadá vem servindo de cenário para produções americanas, oferecendo custos reduzidos de produção e boas locações. Com profissionais capacitados por este mercado de trabalho e atores que se tornaram conhecidos mundialmente por conta das oportunidades na TV americana, as produções internas do país ganharam peso e qualidade. A crise econômica norte-americana e a greve dos roteiristas de Hollywood em 2008 foram os empurrões que faltavam pra este trabalho ganhar espaço nos EUA e assim ganhar o Mundo. A moda nos últimos anos é a co-produção: produtores canadenses desenvolvem séries e, antes mesmo delas entrarem em produção, encontram um parceiro que a distribua nos EUA ou no Mundo, dividindo custos.
É possível falar em uma invasão canadense, mas, claro, não é de hoje que as séries do país chegam às TV ou aos sistemas de P2P dos telespectadores brasileiros. Há anos que as séries do país pipocam por aqui como, por exemplo, Rumo ao Sul (Due South), Cold Squad, Blood Ties, Missing (1-800-Missing), The Best Years, Falcon Beach, Wild Card, The Listener, Rosas Selvagens (Wild Roses) e Durham County, entre outras.
O TeleSéries convidou diversos colaboradores para que relembrassem algumas de suas séries favoritas. O resultado é este especial, que lista 10 clássicos produzidos no Canadá: 18 to Life, Andromeda, Being Erica, Deep in the City, Flashpoint, Queer As Folk, La Femme Nikita, Lost Girl, Terra: Conflito Final e The Collector. Confira!
18 to Life, comédia, 2010-
por Diogenes Ternero, editor do blog Conquistadores
18 to Life é uma série super gostosa de se assistir, que conta a história de um casal que decide se casar aos 18 anos de idade e sem estrutura nenhuma, precisando do apoio dos pais. Clique aqui para continuar a leitura »
Preview – Law & Order: Los Angeles
22/11/2010, 23:46. Amanda Darling
Opinião, Preview
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A fórmula continua a mesma, a divisão de homicídios e a promotoria do estado se juntam para prender e indiciar os criminosos de plantão. Só que nessa nova franquia de Dick Wolf o cenário é outro. Coloquem seus óculos escuros, se escondam dos paparazzis e preparem-se para conhecer a cinematográfica Cidade do Anjos. É Law & Order: Los Angeles, que está chegando ao Brasil!
A NBC cumpriu a sua parte e não economizou na produção e divulgação da série nos Estaods Unidos. O elenco faz jus ao novo cenário: Skeet Ulrich (Jericho), Corey Stoll (NCIS) e a ótima Rachel Ticotin são os responsáveis por manter a ordem na cidade dos anjos. Enquanto Alfred Molina (Homem Aranha 2, Frida, Chocolate), Regina Hall (Todo Mundo em Pânico), Terrence Howard (Homem de Ferro, Crash) e Megan Boone cuidam para que a Lei seja aplicada contra os criminosos de LA, sob supervisão do DA de Los Angeles, interpretado por Peter Coyote (The 4400).
L&O:LA fez a sua estreia em 29 de setembro de 2010, com forte divulgação da NBC, que comprou quatro páginas dos jornais Los Angeles Times e New York Times, divulgando textos e fotos dos personagens relacionados à trama do primeiro episódio como se fossem de reportagens reais (veja aqui a capa falsa do LA Times). O series premiere, Hollywood, foi escrito e dirigido pelo próprio Dick Wolf, e conquistou 10,63 milhões de telespectadores. Se manteve como o programa mais assistido do horário das 22h entre as emissoras americanas. Garantindo na sequência a produção da primeira temporada completa.
Law & Order Los Angeles consegue de cara se diferenciar de todas as Law & Order que já assistiram. Não tem a dramaticidade de SVU, muito menos a peculiaridade de Criminal Intent e nem é tão direta quanto a original de Jack McCoy e Cia. O que tem L&O:LA ?É diferente, sarcástica e em alguns pontos superficial. Por que isso ? Porque é em Los Angeles, e é a cidade que dá o tom a essa nova série.
As investigações ganham um novo padrão em LO:LA. se nas séries ambientadas em Nova York os detetives precisam vasculhar toda a cidade para achar uma testemunha, aqui basta eles procurarem os seus velhos amigos paparazzis para encontrar as informações que procuram, registradas com a data e a hora. Até porque as vitimas agora não são meros desconhecidos da Big Apple, são estrelas hollywoodianas em ascensão e LO:LA sabe explorar muito bem a superficialidade da capital mundial do entretenimento.
A dupla de detetives tem um entrosamento sem igual. Enquanto o setetive Rex Winters (Skeet Ulrich) é um pai de família sério, calmo e meio caladão, seu parceiro Tomas “TJ” Jaruszalski (Corey Stoll) é o oposto, solteiro, um pouco falante e extremamente irônico. Seu sarcasmo e ironia todas com uma boa dosagem de humor aparecem em quase todas as suas falas, e fazem dele pra mim um dos muitos motivos pra assistir a série.
A promotoria por sua vez, conta com o advogados Peter Morales (Alfred Molina) um verdadeiro predador dos tribunais, manipulador, inteligente, egocêntrico, que odeia perder e vai até o limite pra conseguir o que quer. Morales é o anti-herói carismático, enquanto sua colega ADA Evelyn Price (Regina Hall) é sua melhor aluna. Fria, calculista, que não cede mesmo diante de uma possível derrota. Os dois dentro de um tribunal formam uma dupla difícil de ser batida.
Os casos quase sempre envolvem celebridades de Los Angeles, sempre mostrando o lado superficial dos envolvidos, em que as aparências importam mais que a vida e os sentimentos dos outros, onde dinheiro e conhecimento compram tudo, numa cidade em que não basta ter dinheiro e uma vida boa se você não tem o que mais importa: fama.
Para os que gostam de Law & Order e suas franquias, L&O:LA concerteza entrará na sua programação semanal.
* * *
Law & Order: Los Angeles estreia nesta terça-feira, às 22h, no Universal Channel.
Afinal, o que quer Luiz Fernando Carvalho?
17/11/2010, 23:58. Fernando Martins Collaço
Opinião
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Poderia haver melhor artista do que um homem apaixonado? Parafraseando uma das falas presentes no roteiro da nova microssérie da Rede Globo, Afinal, o que querem as mulheres?, que marca o retorno de Luiz Fernando Carvalho à programação televisiva, pergunto o que ainda nos reserva e quais os limites da experimentação desse diretor, um verdadeiro artista apaixonado por aquilo que faz. Clique aqui para continuar a leitura »
Rookie Blue: A Grey’s Anatomy com policiais deu certo?
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O Universal Channel encerra em duas semanas a primeira temporada de Rookie Blue. Nesta reta final, cabe fazer um balanço, até porque o show teve desempenho contraditório: teve passagem discreta na TV americana, mas fez sucesso no Canadá, assumindo o posto de programa canadense mais assistido em duas décadas e garantindo a renovação para uma segunda temporada. Mas posso afirmar, sem exagero, que a série é mais uma que não passou de uma promessa.
A história é simples: que tal acompanhar o início de carreira de cinco jovens que acabaram de sair da academia e começam suas vidas como policiais? Legal né? Pois é, em teoria pode até ser, na prática as coisas não funcionaram tão bem. O roteiro é raso e o elenco escalado para o papel dos cinco protagonistas, passadas semanas, não encontrou o tom – como se só tivessem tido contato com o texto uma única vez e ficaram sem entender seus respectivos personagens. Clique aqui para continuar a leitura »
In Treatment – Week One
04/11/2010, 11:31. Vinícius Silva
Opinião, Spoilers
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Durante dois anos, In Treatment caminhou com as pernas de um roteiro adaptado da produção original israelense Behttps://teleseries.com.br/wp-admin/media-upload.php?post_id=20325&type=image&TB_iframe=1 Tipul, criada por Hagai Levi. Nesta terceira temporada, além de trazer os novos produtores Anya Epstein (de Tell Me You Love Me), e seu marido Dan Futterman (que também é ator, e estrelou a série Judging Amy), In Treatment se encoraja para criar roteiros originais para personagens que, assim como nos anos anteriores, prometem deixar o espectador intrigado com as suas complexidades.
Se levarmos em conta apenas esta primeira semana, dá para dizer que In Treatment consegue isso. Personagens diferentes uns dos outros mas que representam um padrão para a série, irão contrastar com os problemas de Paul e as suas fragilidades que já são vistas logo no primeiro capítulo.
Ainda vale ressaltar o quanto Gabriel Bryne está ainda melhor nesta terceira temporada. É impossível, hoje, assistir televisão sem acompanhar as sessões de terapia do Dr. Paul Weston. Por um lado, eu sou uma pessoa que possui uma grande resistência e preconceito em relação à terapia. Não me conforta saber que o ser humano precisa se consultar com alguém para superar os seus traumas, as suas fraquezas. Eu sei que é burrice da minha parte pensar desta forma, mas um diálogo entre Paul e Adele me ajudaram a confrontar ainda mais este pensamento que tenho.
No entanto, acompanhar estas sessões é de um prazer indiscrítivel. A luta para enterrar o passado e não deixar com que ele interfira em suas questões, continua sendo uma presença marcante na vida de Paul. E os seus pacientes, desta vez, vão contribuir ainda mais com o momento frágil pelo qual ele passa. Até quando ele vai suportar estas dores? Por outro lado: será que ele vai conseguir ajudar os seus pacientes? Estes são apenas alguns dos motivos para acompanhar mais esta temporada de In Treatment. Confira abaixo como foi a primeira semana:
Episódio: Sunil – Week One
Número dos Episódio: 3×01
Data de Exibição nos EUA: 25/10/2010
Sunil é um personagem bastante interessante. Quando a esposa morreu, o seu filho o trouxe da Índia para morar nos Estados Unidos com o objetivo deles ficarem mais próximos. No entanto, Sunil não consegue se adaptar à cultura americana, principalmente em deixar de lado os costumes que ele tinha no seu antigo país. Professor de Matemática na Universidade em que lecionava, ele ainda não conseguiu superar a morte da esposa – falecida há seis meses. Mas não somente isso: ele enfrenta uma luta constante para conseguir lidar com a esposa do seu filho, Julia (Sonya Walger, das séries Lost e FlashForward). Nos primeiros minutos, apenas o casal fala enquanto que Sunil permanece calado. Paul começa a conversar com ele quando, gentilmente, pede para que o casal deixe a terapia. Sunil explica os seus problemas, mas é bem verdade que a personagem pode crescer conforme os conflitos que ele enfrenta dentro de casa, se mantendo solitário e longe da educação do seu neto e, além disso, tendo que conviver com as regressões do seu filho, que passou a cultuar cada vez mais a cultura americana a partir do momento em que se casou.
Episódio: Frances – Week One
Número dos Episódio: 3×02
Data de Exibição nos EUA: 25/10/2010
Sabe quando um episódio termina e você fica sem reação? Acho que é mais ou menos este o efeito que esta sessão de terapia acaba exercendo sobre quem assiste. Inicialmente, a relação entre Paul e Frances, irmã de uma antiga paciente de Paul, parece distante mas, ao mesmo tempo, próximos por conta da relação que ambos têm com Patricia. Os diálogos na primeira metade da sessão de terapia são até vagos, pois o roteiro acaba se prendendo a certas definições que acabam não exercendo efeito algum para a trama. Mas, na segunda metade, a direção de Paris Barclay passa a procurar mais a emoção das suas personagens. E isso faz com que Paul e Francis mantenham um diálogo mais intenso. Enquanto ela se preocupa com as falas que está esquecendo da sua personagem em uma peça que está prestes a estrear, ele tenta entender o outro lado da vida da sua paciente: por que ela sempre usa o trabalho como um escapismo para não assumir as realidades da sua vida? Francis reclama quando a sua filha joga isso em sua cara, mas ela própria deve saber que é verdade. O problema disso tudo é aceitar a verdade, não importando a dor que ela exerça. No entanto, por mais que a sessão entre Paul e Francis tenha sido bem construída e desenvolvida, é o final que mais deixa estampado o quanto esta temporada de In Treatment deverá ser interessante, principalmente na abordagem do Dr. Paul Weston.
Episódio: Jesse – Week One
Número dos Episódio: 3×03
Data de Exibição nos EUA: 26/10/2010
Jesse se encaixa dentro de um padrão que a série vem tratando desde a primeira temporada, quando lança personagens adolescentes que possuem algum tipo de perturbação. Na primeira temporada, a ginasta Sophie (relevando a atriz Mia Wasikowska para o cinema) tinha problemas em querer chamar a atenção das pessoas. A pressão que sofria também dentro da equipe olímpica americana contribuía para isso, mas os seus atos suicidas por conta dos conflitos com os pais, fizeram com que ela sabotasse a sua própria participação dentro do time. Na segunda temporada, Paul Weston ajudou April a tentar lutar contra um câncer, a suportar a pressão de ter que cuidar do seu irmão e também os seus desejos e ansiedades quanto à universidade de arquitetura. Dessa vez, o trabalho de Paul parece muito mais difícil com Jesse que, homossexual assumido e morando com os pais adotivos, guarda um rancor muito forte dos pais biológicos além, ainda, do seu envolvimento com drogas e pessoas que, para Paul, são péssimas companhias para ele. Jesse demonstra uma fragilidade até mesmo no jeito de olhar, na maneira como fala e no seu comportamento perante as perguntas de Paul que, assim como ele, também se sente incomodado com determinados comportamentos e tratamentos do garoto. Me parece que Jesse vai dar muito trabalho para o Dr. Paul, não?
Episódio: Adele – Week One
Número dos Episódio: 3×04
Data de Exibição nos EUA: 26/10/2010
Sinceramente? Foi um dos melhores episódios que eu já assisti de In Treatment durante estas três temporadas. A capacidade do roteiro deste episódio, alinhada à direção de Paris Barclay, foi simplesmente chocante como foi o capítulo. A sessão com Adele, que é uma terapeuta procurada por Paul para lhe prescrever um remédio para dormir, começou dele falando apenas que estava tendo problemas de insônia há alguns dias. A partir disso, a transição que o texto dá para o andamento do episódio é de um equilíbrio maravilhoso, como pouco se vê atualmente. De maneira cuidadosa, os diálogos foram caminhando cada vez mais para uma sessão intensa, cujos problemas de Paul começaram a aparecer. A sua fragilidade, vista no primeiro episódio desta terceira temporada, ganhou forma e ele precisa, sim, de ajuda, Mas, dessa vez, não é para compreender o que acontece consigo mesmo pois as sessões com Gina, ao que parece, foram suficientes. Agora, Paul está mais preocupado em como conseguir lidar com o fato de viver “amedrontado” por ter a mesma doença que matou o seu pai no ano passado: Parkinson.
A atuação de Gabriel Bryne é digna de um Emmy, diga-se de passagem. Ele está tão perfeito que, em um determinado quando ele conta sobre Sunil e a maneira como Paul enxerga em seus olhos o quanto o seu paciente se sente solidário, é capaz que qualquer pessoa que assista possa chorar com o relato de Paul. As suas expressões demonstram sinceridade, mas também fragilidade por não saber exatamente o que acontece com o seu corpo e a sua mecanicidade. Um episódio para entrar para a história – e olha que estamos apenas na primeira semana.
* * *
Texto gentilmente cedido pelo weblog Sob a Minha Lente.
Glee – The Rocky Horror Glee Show
02/11/2010, 13:12. Tati Leite
Opinião, Reviews, Spoilers
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Série: Glee
Episódio: The Rocky Horror Glee
Temporada: 2ª
Número do Episódio: 2×05
Data de Exibição nos EUA: 26/10/2010
Considero escrever sobre Glee um desafio. As opiniões sobre o show costumam ser apaixonadas. Alguns defendem sua genialidade, outros que o show não vale a pena. E outros, do qual faço parte, que o show tem seus momentos muito bons (o piloto para mim é um dos melhores que já assisti), e outros nem tanto assim.
Quando soube do episódio homenageando The Rocky Horror Picture Show eu fiquei muito empolgada. Lembro da primeira vez que assisti ao filme. Numa madrugada zapeando de canal me deparei com um Susan Sarandon novinha na TV e resolvi ‘ver qualé’. Terminei sem saber exatamente o que achei mas completamente fascinada por aquele filme tão ‘estranho’ e cantarolando as músicas mesmo sem entender uma palavra. Era época pré-internet, pré-Google. Descobria-se as coisas assim. Clique aqui para continuar a leitura »
Rubicon: O fantástico jogo da espionagem
24/10/2010, 10:11. Vinícius Silva
Opinião
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Eu não durmo mais. Este trabalho faz com que a gente não se cuide. – Will Travers
Rubicon foi uma aposta do canal AMC nesta temporada que conseguiu conquistar a crítica, mas não parece ter atraído o grande público. As pessoas talvez ainda não estejam realmente acostumadas com narrativas mais lentas e tramas que tiram o espectador do lugar comum, aquele lugar convencional em que apenas assiste digerindo tudo o que está sendo mostrado. A trama foi criada e concebida por Jason Horwitch, que depois largou o show dando lugar a Henry Bromell, que enxergou possibilidades que antes poderiam não ter sido imaginadas quando o primeiro episódio foi ao ar. Clique aqui para continuar a leitura »
Investida da Rede Globo em séries resulta em safra funcional
21/10/2010, 11:33. Fernando Martins Collaço
Opinião
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Aliando o consagrado padrão de qualidade de suas produções a uma pluralidade de recortes temáticos e estilísticos, focando principalmente o público segmentado que acompanha sua programação, a Rede Globo de Televisão trouxe para sua grade de 2010 uma investida no campo das narrativas seriadas, considerando aqui somente as séries, que resultou em uma safra diversificada e funcional, com a volta de roteiristas e tramas já conhecidas, que merece destaque no conjunto das produções do presente ano, apesar deste ainda guardar novidades nessa área, como por exemplo, a estréia da série Afinal de contas, o que querem as mulheres? com direção geral de Luiz Fernando Carvalho. Clique aqui para continuar a leitura »
Glee – Audition, Britney/Brittany e Grilled Cheesus
12/10/2010, 15:11. Paulo Serpa Antunes
Opinião, Reviews, Spoilers
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Pedi a palavra para escrever sobre Glee, e sobre três episódios de uma vez, por algumas razões. A primeira é que me dei por conta de que, apesar do pessoal me chamar de “boss” e de ter a liberdade editorial de escrever sobre os mais diversos shows, eu só escrevi uma única vez sobre Glee para o TeleSéries, no series premiere, num distante maio de 2009.
O segundo motivo é que tenho lido algumas reviews e alguns tweets de colegas assumindo uma postura meio blasé em relação a este segunda temporada de Glee. E quero dizer a este pessoal – calma gente, a recém recomeçou!
A verdade é que Glee é uma série que cresceu demais e entrou num terreno pantanoso, o mesmo que Lost percorreu nos últimos seis anos. Virou fenômeno de massa. E atrai múltiplos públicos, com múltiplas expectativas. Tem quem assista a série pelos números musicais (fazendo ranking das melhores canções, coreografias, cantores), tem que a assista como drama, quem a assista como comédia, quem goste do núcleo adulto, quem goste do núcleo teen, ou ainda quem torça pela Sue, tem quem gosta da série superficial, quem a queira indo mais a fundo, quem goste de episódios temáticos, quem queira que a série se desenvolva mais rapidamente. E, claro, quem torça o nariz, mas estes nem dá pra considerar. O que você espera de Glee? E, ao ler alguma crítica negativa, considere fazer a seguinte pergunta: o que este crítico espera de Glee? Clique aqui para continuar a leitura »
As estreias da temporada: primeiras impressões
08/10/2010, 11:57. Vinícius Silva
Opinião, Spoilers
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Blue Bloods
A CBS é a emissora dos dramas policiais. Toda temporada estreia alguma produção nova. Há dois anos, por exemplo, o canal CBS levou ao ar The Mentalist e The Eleventh Hour que, injustamente, foi cancelada no final da temporada. É nela que também passa Criminal Minds, os CSIs da vida, os NCIS também. Nesta fall season, a CBS aposta em mais um drama policial: Blue Bloods.
Com um elenco que envolve o retorno de Tom Selleck à televisão, além da presença do experiente Len Cariou, Blue Bloods é sobre a família Reagan em que todos estão, de alguma forma, envolvidos com a Lei, de geração a geração. Henry Reagan (Cariou), pai de Frank Reagan (Selleck), é o mais antigo e o grande responsável por ter levado toda a família para este caminho. Mesmo os que não trabalham na polícia, como é o caso de Erin Reagan (Moynahan), o seu objetivo de ter se tornado advogada serviu como um pressuposto para também trabalhar a favor da Lei.
Frank Reagan é o Comissário de Nova York e as primeiras cenas da série são embaladas pela clássica canção de Frank Sinatra, “New York, New York”. Vemos alguns pontos turísticos e, claro, toda a movimentação de uma das cidades mais importantes do mundo que se caracterizou, não apenas por ser o centro financeiro, mas por abrigar pessoas de todos os lugares possíveis. Para isso, a polícia de NY precisa ser uma das mais bem treinadas para dar segurança a toda esta população que não para de crescer. Por isso, a todo momento são formados novos policiais (isso sem falar na divisão de detetives e investigadores que trabalham em casos mais complexos).
É o caso de Danny Reagan (Wahlberg), que faz a linha do policial durão da família. Após servir no Iraque, e ter que superar os traumas da guerra (ou continuar lutando para superá-los), Danny tem as mesmas características do avô, que normalmente o apóia em seus atos de raiva e força excessiva. Para salvá-lo de possíveis problemas, a sua irmã Erin é quem aparece para contornar a situação. Além deles, ainda tem o caçula Jamie Reagan (Estes), que largou a Universidade de Harvard, onde cursava Direito, para se tornar um policial após a morte do irmão em uma suposta batida policial que deu errado.
O caso apresentado aqui neste episódio, que serve de pano-de-fundo para ilustrar o convívio familiar dos Reagan, é o de uma menina que foi raptada. Danny segue as investigações, utiliza uma força excessiva à la Jack Bauer em uma cena de interrogatório e, no final, consegue achar a garota e se torna o herói do dia. No entanto, este caso é o que menos importa no primeiro episódio da série. O diálogo mais importante se dá quando Jamie é parado por outros dois policiais, e eles lhe falam sobre a possibilidade de existir uma organização secreta dentro da polícia, que é chamada de Templários Azuis (uma referência à cor do uniforme policial utilizado em Nova York). Assim, Jamie fica sabendo que o seu irmão, supostamente, possa ter sido assassinado porque estava investigando essa organização e chegando muito perto da verdade.
É bem possível que, neste caso, Jamie venha a assumir o lugar do seu irmão na investigação para continuar (ou terminar) aquilo que ele havia começado. Blue Bloods se apresenta, neste sentido, como uma série interessante que, até pode seguir as obviedades e os clichês do gênero, mas tem na família Reagan um grande argumento e mecanismo para torná-la interessante. Sem contar que o elenco está em sintonia, algo que pode ser observado nas discussões no almoço de domingo, ou nos embates entre Erin e Danny ou, ainda, nas tentativas do Comissário Frank de não misturar os assuntos familiares com os enfrentamentos que precisa lidar com o Prefeito de Nova York.
Blue Bloods é uma boa aposta da CBS, mas não apresenta nada de novo em relação gênero. Se pararmos para fazer uma comparação entre ela e a recente Detroit 1-8-7, da ABC, a segunda se sai com um estilo muito mais conceitual e tentando fugir dos clichês das outras séries que também estão em exibição na televisão americana, e com mais temporadas e um público definido. Mas Blue Bloods se sai bem, resta saber como ela se apresentará daqui para a frente.
Detroit 1-8-7
Detroit é a maior cidade do estado de Michigan e uma das importantes dos Estados Unidos por conta da sua fonte de economia, que é a indústria automobílistica em que abriga as sedes da General Motors e a Ford Motor Company. Mas, entra ano e sai ano, Detroit continua sendo considerada uma das grandes cidades mais violentas dos Estados Unidos, com a maior taxa de homicídios entre as 60 maiores cidades do país. E isso tudo se deve à má distribuição de renda, mantendo a linha de indicadores da pobreza em níveis altíssimos.
Essa história e estes números se tornaram um prato cheio para Detroit 1-8-7 narrar o cotidiano da Divisão de Homicídios da cidade. O ator Michael Imperioli (Família Soprano) interpreta o detetive Louis Fitch, um cara excêntrico e um dos mais antigos na divisão. Ele possui o maior indíce de resolução de homicídios entre todos do seu departamento. Acostumado a trabalhar sozinho, ele recebe um novo parceiro, o detetive Damon Washington, que logo no seu primeiro dia como investigador precisa lidar com um crime brutal dentro de uma farmácia.
Mas Damon não está exatamente tão preocupado com os homicídios, uma vez que a todo momento o seu celular toca. É a sua esposa que está no último mês de gestação e que, a qualquer momento, poderá ter o seu bebê. Além dos dois, somos apresentados também a Maureen Mason, chefe do Departamento de Homicídios e que já está lá há quinze anos; a detetive Ariana Sanchez, que perdeu o seu parceiro recentemente, há dois anos como investigadora; Aman Mahajan, um policial que trabalha infiltrado nas gangues para descobrir as rotas do tráfico de drogas, mas foi promovido agora a detetive também; e o sargento Jesse Longford, há tanto tempo nesse trabalho, está contando os dias da sua aposentadoria.
O roteiro escrito por Jason Richman, que também é o criador da série, apresenta de início dois homicídios. O primeiro deles acontece dentro de uma farmácia, enquanto que o segundo é em uma ponte nas proximidades do metrô da cidade. Aparentemente, os dois crimes não possuem ligação alguma. Mas as investigações acabam se encontrando e levando a um único suspeito, que saiu da prisão recentemente e deseja vingança. Assim, ele mata a sua mulher e o namorado dela em prol dos seus filhos, que ele não quer mais viver separado. As motivações são “ótimas” para a construção de um personagem extremamente complexo, que não está ali apenas para fazer figuração e constituir um álibi para a série apresentar o que tem para o público.
Detroit 1-8-7 tem características interessantes de uma narrativa que, a julgar, não sei se conseguirá atingir o público da televisão aberta norte-americana. Uma audiência que não está acostumada, ou pronta, para assistir séries como esta. Um exemplo disso foi o precoce cancelamento de Lone Star que vinha sendo transmitida pela Fox americana. A série tinha potencial e uma boa história, mas os contornos e as tramas que os roteiristas usaram acabaram não atraindo o público, que ainda é bastante conservador. O novo programa da ABC é crítico, extremamente crítico. Como explicar, por exemplo, que Detroit sofra deste mal há tanto tempo? Por que não existem políticas públicas, como foram feitas em outras capitais, para contornar a violência?
O importante é notar como estas críticas estão feitas de maneira sensível, mas objetiva. Em uma cena, quando os detetives estão procurando as cápsulas que foram disparadas da arma que resultaram em um dos homicídios que ocorreu na ponte próxima ao metrô, vemos os diálogos entre eles e o número chocante de outras cápsulas que também foram encontradas no mesmo local. Um dos detetives chegam a falar: “é nisso que dá procurar cápsulas em Detroit”. Ou seja: a violência se tornou algo extremamente comum. E o que a população precisa fazer, neste caso, é conviver com ela. Enquanto isso, a polícia tenta solucionar os crimes, mas também conta com o problema da falta de contigente necessário para tornar as operações mais objetivos e os processos mais rápidos.
De certa maneira, Detroit 1-8-7 se torna quase que um falso documentário. A direção do primeiro episódio, a cargo de Dean White, é extremamente real. Em muitos momentos, a sua câmera simplesmente acompanha a trajetória dos detetives, incluindo os seus interrogatórios (o que explica também as censuras quando há xingamentos) e os passos da investigação. Em uma perseguição, vemos claramente que a direção tem a proposta de ser mesmo um pouco “caseira”, de se apresentar com uma edição “capenga”, mas que expresse o real. Os cortes são mais bruscos, os enquadramentos feitos de maneira rápida e até desfocada, como se pode perceber em uma das cenas. No clímax do episódio, aliás, é possível como a câmera filma a personagem de longe, como se estivesse em um outro prédio. É uma metáfora inteligente para nos dizer: “não temos como ‘invadir’ a cena do crime, mas conseguimos dar um jeito de filmar e transmitir isso para vocês”. Além disso, o final é surpreendente e deixa uma expectativa para o espectador assistir logo o segundo episódio, saber o que realmente aconteceu ou o desfecho daquela trama.
Detroit 1-8-7 é uma grande surpresa. Os efeitos aqui são minímos, quase que imperceptíveis. O que se sobressai é exatamente esta “direção documental”, alinhada a um bom roteiro e um episódio que se constroi pela sua intensidade, dramaticidade e emoção.
Se alguém estava reclamando que a fall season ainda não tinha apresentado nenhuma série que realmente chamasse atenção, talvez Detroit 1-8-7 seja uma boa pedida para começar a se pensar de uma outra forma.
Hawaii Five-0
Considerada como uma das estreias mais aguardadas da temporada, Hawaii-Five-0, remake da série produzida entre 1968 e 1980 e que marcou uma geração, chegou com todo esse hype. Apesar disso, a emissora CBS, ao longo da campanha publicitária, divulgou até pouco material de lançamento da série. De qualquer maneira, esperei assistir dois episódios antes de fazer qualquer comentário sobre esta nova produção. Mesmo porque, tomando por base apenas o “Piloto”, é muito pouco para criticar algum produto julgando como bom ou ruim (apesar de se conseguir fazer isso com outras produções.
Até porque, o protagonista de Hawaii Five-0, Alex O’Loughlin, é um verdadeiro pé-frio. Quando ele estreou a boa Moonlight, a CBS não renovou a série ao final da temporada. Depois disso, ele fez Three Rivers, que também foi cancelada. A CBS, então, acabou criando mais uma série para lançar o ator no mercado. E optou por um remake de uma série que fez muito sucesso em seu tempo, o que, por si só, poderia (como foi) atrair o público.
A história gira em torno das atividades do Departamento de Polícia do Havaí, chefiado por Steve McGarret (O’Loughlin), um ex-fuzileiro Naval que, logo na primeira cena, aparece em ação protegendo um suspeito que procurara há muito tempo. Em contrapartida, o irmão deste acaba invadindo a residência do seu pai e fazendo-o refém. No tiroteio, o suspeito que estava sendo protegido acaba morto e, com isso, o seu pai também recebe o mesmo destino. A liderança no Departamento de Polícia é apenas uma justificativa para encontrar a vingança que prometera ao seu pai. Mas, no entanto, ele terá que lidar com situações ainda extremas, como o tráfico de pessoas, armas e de drogas, além da corrupção que atinge a própria polícia.
Na equipe formada por Steve, a pedido da governadora do Havaí, Patricia Jameson (Jean Smart, 24 Horas), estão Danny Williams (Scott Caan), um policial veterano que construiu a sua carreira no Departamento de Polícia de Nova Jersey. Além dele, tem também Chin Ho Kelly (Daniel Dae Kim, de Lost), um policial que foi expulso por suspeitas de ser corrupto, e a sua prima Kono Kalakaua (Grace Park, de Battlestar Gallactica), que está ainda entrando na carreira policial e ansiosa por iniciá-la.
Hawaii Five-0, por sinal, se torna uma série bastante agradável de ser assistida contemplando e inserindo, em meio às tramas, imagens da paradísiaca Havaí (como era de se esperar). E o mais importante de tudo: ela se torna divertida. Os papéis das personagens são muito bem definidos, tanto no primeiro episódio quanto no segundo. Mas a alma da série, que poderia residir em Alex O’Loughlin, na verdade está caracterizada por meio de Danny, que mantém uma relação tumultuada com Steve. Scott Caan consegue trazer uma personalidade real e também sentimental à sua personagem, que se torna uma das partes mais importantes dos dois episódios que assisti.
E, obviamente, não dá para esperar nada de espetacular de uma série como Hawaii Five-0. Mas, naquilo que ela se propõe, ela consegue fazer com episódios recheados com boa dose de humor, cenas de ação, diálogos rápidos, suspense e lindas imagens. E, para o público que assiste à série, provavelmente isso é tudo o que interessa e que mais vale a pena. Resta saber se Alex O’Loughlin não será novamente um pé-frio e a série seja cancelada (o que é difícil considerando os últimos números da audiência). Parece que agora ele vai conseguir emplacar alguma série e, apesar de ser limitado como ator, ele pelo menos é carismático. E isso é importante para um protagonista.
Nikita
Surpresa é uma das palavras que podem definir Nikita, nova produção do canal CW. Personagem famosa exatamente pela recriação dos americanos, mas desenvolvida pelo diretor francês Luc Besson, Nikita está atrás de vingança da Division, uma poderosa companhia que recruta pessoas para se tornarem assassinos. Todo o discurso é trabalhado em torno de que eles protegerão os Estados Unidos. Mas, sabe-se, que não é exatamente isso que acontece. A Division defende os seus próprios interesses, eliminando qualquer ameaça que possa interceptar as suas missões ou atrapalhar os seus objetivos.
E assim conhecemos a Nikita interpretada por Maggie Q, atriz que já trabalhou em filmes de ação como Duro de Matar 4.0 e Missão Impossível 3, uma mulher altamente sedutora e sensual que não irá descansar até acabar com a Division por esta ter destruído a sua vida ao matar o homem que ela havia se apaixonado. As motivações são óbvias, mas é bom que se diga o quanto a produção de Nikita é surpreendente para os padrões da CW, um canal que se especializou em ter programas voltados para o público adolescente e, principalmente, feminino.
No primeiro episódio, vemos boas cenas de ação e algumas surpresas que realmente ajudam o roteiro a criar reviravoltas interessantes. Sinceramente, eu estava um pouco acanhado em relação a acompanhar esta série. Mas, de qualquer forma, mesmo por ainda se tratar de um primeiro capítulo, as primeiras impressões foram boas. O elenco, se não estão completamente equilibrados, pelo menos conseguem definir bem as ações das suas personagens. E é interessante observar a maneira como as narrativas se desdobram, entre as cenas de treinamento que se passam na Division e com outras que se passam com Nikita arquitetanto os seus planos.
O tema da espionagem se tornou algo comum dentro da produção televisiva. Mas Nikita pode ser a chave de entrada para que a CW saia do seu nicho habitual, passando a produzir séries que alcancem um público mais adulto e, talvez, seletivo. E, por mais que a história aqui seja repleta de clichês, Nikita pelo menos consegue agradar e ser um bom divertimento pelos 40 minutos que ela tem. Aliás, o cenário da organização secreta Division lembra um pouco da cancelada Dollhouse, da Fox. Inclusive, a personagem de Melinda Clarke, Amanda, também é bastante parecida com Adelle DeWitt, interpretada de forma espetacular pr Olivia Williams.
Remakes, normalmente, são vistos com um certo desdém pelo público que tendem a preferirem as versões originais. E isso acontece tanto na televisão, quanto no cinema. A temporada é longa, difícil saber se Nikita conseguirá manter o fôlego que apresentou no primeiro episódio. Mas, ainda assim, foi uma boa amostragem de que a CW, ao que parece, pode ter começado a redefinir a grade de programação e o público que ela pretende atingir.
The Event
Me parece sempre que há um certo “urgentismo” (essa palavra existe?) em querer transformar alguma série estreante num fenômeno como Lost. Lembro que foi isso que estavam dizendo por aí quando FlashForward foi lançada pela ABC que, sendo a mesma emissora de Lost e já sabendo que a sua trama iria terminar na sexta temporada, vinha prometendo-a como a substituta para o programa de Damon Lindelof, J.J Abrams e Carlton Cuse.
Na ocasião, FlashForward foi a grande decepção da fall season, exatamente por se vender como algo que ela não conseguiria se tornar (apesar da tentativa e da pretensiosidade). Dessa forma, parece que The Event, nova série da NBC, sofrerá do mesmo mal. Já começaram a compará-la como um misto de FlashForward e Lost. São exatamente nestas comparações que a série tem tudo para não durar muito tempo na grande de programação da NBC, principalmente porque o público poderá facilmente se decepcionar com ela.
No episódio Piloto, The Event se divide em blocos e cada um dele é destinado para um determinado personagem. É a visão deles para um determinado fato, talvez uma conspiração que esteja acontecendo. Escrever tramas conspiratórias faz parte do momento, assim como as “sagas” vampirescas. Mas apenas uma série tem surtido efeito neste quesito: Rubicon, do canal AMC. The Event, aliás, cai na mesma armadilha de FlashForward – desenvolver todo um mistério, apresentar diversos personagens e, depois de um certo tempo, não conseguir mais desenvolver as suas histórias.
Logo de início, dá para perceber o quanto o roteiro é burocrático neste sentido. The Event abusa dos flashbacks, abusa mais ainda da repetição de cenas para mostrar o que possivelmente não foi visto. Mas, em meio a isto, ela não consegue exibir nada de novo que possa chamar atenção ou desviar o nosso olhar para acompanhar a visão de algum personagem. É muito cedo para falar, mas o elenco também não contribui em muito para a série. Talvez Blair Underwood, que interpreta o presidente dos EUA, venha a se destacar, mas é muito difícil considerando que ele não deve sair do seu lugar-comum (considerando até mesmo o Dennis Haysbert fez interpretando David Palmer, em 24 Horas).
Se continuar seguindo com esta maneira burocrática e com um roteiro extremamente mal escrito, acho difícil que The Event consiga sobreviver. Não será fácil superar a expectativa e agradar ao público que, com certeza, para se ter uma série comparada a Lost precisará de um combustível muito mais interessante e inteligente do que meros flashbacks e uma ação que se desenvolve por completo dentro de um avião (fazendo, assim, mais uma alusão à Lost, ainda que este não tenha sido o objetivo da série).
O maior problema de The Event é que ela soa sempre pretensiosa demais, com o objetivo de causar espanto no seu público. Mas acho, em outras palavras, que o espanto venha apenas por conta da sua qualidade ruim.
Boardwalk Empire
A Primeira Guerra Mundial acabou de terminar. Para os americanos, é sinal de que tempos melhores estão por vir sem colocar os seus soldados dentro das trincheiras pelo tempo que fosse necessário. Mas a História não aconteceu exatamente desta forma. A Crise Econômica de 1929 colocou os Estados Unidos no vermelho durante um longo período, questionando o próprio sistema capitalista que fora implantado naquela época. Mas, antes disso, Boardwalk Empire narra a interessante vida de Nucky Johnson, tendo como pano-de-fundo a Lei Seca que começou a vigorar em Atlantic City, e no restante dos Estados Unidos.
Com o primeiro episódio dirigido por Martin Scorsese, que retorna às produções envolvendo a Máfia, e escrito por Terence Winter (Família Soprano), em um determinado momento vemos os moradores em contagem regressiva. Mas ela não se dava pela chegada do ano novo, longe disso. Era pela chegada da Lei Seca, que coibia de maneira veemente o consumo e a produção de álcool. Mas já tinha gente pensando em lucrar com tudo isso. E é aí que surge Nucky Thompson (Steve Buscemi, de Cães de Aluguel), baseado em Nucky Johnson, que levava uma vida endinheirada, morava em um andar inteiro do hotel Ritz-Carlton, acordava só às 15h e saía em seu Rolls-Royce para controlar a prostituição, a exploração de bebibas e jogos.
Boardwalk Empire apresenta os lados dessa história, costura as suas diversas tramas em prol de um universo mafioso onde todos são corruptos e parecem estar ligados ao crime. Scorsese comanda a série com uma direção contundente e precisa, criando sequências realmente maravilhosas. A primeira delas, e a que mais chama a atenção, se dá exatamente em um momento quando um carregamento de álcool sai de Atlantic City em direção à Chicago. Com uma trilha sonora caprichada, Scorsese se utiliza de uma montagem interessante, tendo a convergência da cena do carregamento com uma outra batida policial. Espetacular como a narrativa ganha força e, principalmente, como isso causa apreensão em que está assistindo.
Sem contar que é impressionante também como a caracterização foi bem feita pelos produtores da série. A direção de arte teve um cuidado em conseguir os figurinos exatos daquela época, assim como os cenários, os carros e a própria música que era tocada. Boardwalk Empire mais parece uma produção cinematográfica, mas feita para a televisão com uma qualidade absurda e que dificilmente se vê. A série aposta em Steve Buscemi como o protagonista desta produção. A responsabilidade é grande, mas ele parece tão à vontade no papel que tudo funciona de maneira orgânica
Além de Buscemi, também fazem parte do elenco o ator Michael Pitt (Os Sonhadores), Michael Shannon (A Troca), Kelly MacDonald (Onde os Fracos Não tem Vez). Todos eles estão ótimos em seus respectivos papéis, com um destaque maior para Pitt que, cada vez mais, tem demonstrado o seu potencial. Quando dirigido por Bertolucci, em Os Sonhadores, ele já demonstrava essa capacidade. Em Últimos Dias, longa do Gus Van Sant, ele foi um dos responsáveis pela poesia visual do diretor americano. Ou seja, em termos de elenco, Boardwalk Empire tem tudo para continuar crescendo, inclusive por conta dos seus personagens.
É ótimo ver Scorsese novamente filmando um mundo que lhe é bastante habitual e profundo conhecedor. Alguns diálogos, por exemplo, lembram a maneira de filmagem que ele fez em Os Bons Companheiros, principalmente quando os mafiosos estão discutindo os planos para o carregamento de álcool chegar até Chicago. O interessante não vai ser observar apenas como será os diversos caminhos que serão tomados pela série nesta contextualização da Lei Seca, mas também as próprias transformações do personagem-central e a maneira como ele é parte político e parte mafioso. Boardwalk Empire é uma série charmosa e extremamente bem produzida, com um cuidado técnico impressionante.
E acompanhar a trajetória destes mafiosos tem tudo para ser incrível.
* * *
Resenhas gentilmente cedidas pelo weblog Sob a Minha Lente.
O que vou assistir hoje na TV – sexta, 30/7/2010
30/07/2010, 14:50. Paulo Serpa Antunes
Opinião, TV Brasil
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Muita gente não gostou quando o People+Arts saiu do ar para a entrada do Liv. Alguns preocupados com o destino de The Tudors, outros indignados com o desaparecimento dos realities de tatuagem, e por aí vai. Verdade seja dita, o People+Arts era um canal meio esquisito, que alternava boas e más fases e ja não tinha o mesmo charme dos tempos em que exibia realities bacanas de decoração (Changing Rooms, Jardim Secreto) e as ótimas séries inglesas (Doctor Who, Torchwood, que saudades!).
Gostei do Liv no conceito mas me preocupei com a fragilidade da grade do canal. Era pouco programa pra muitos dias! A preocupação se confirmou em decepção quando, há duas semanas, as séries sumiram do primetime e agora o canal decidiu recomeçar, desde o início, a exibição de Mercy e Judging Amy.
Torço pelo Liv e que ele consiga completar a grade e engrene de vez.
Começar de novo, pra mim, é um saco. Mas que seja uma boa notícia pra quem quer rever ou pode conhecer estes shows novamente deste o início. Fica o convite então. Esta noite, às 22h, reprisa o episódio piloto de Judging Amy. O piloto é de 1999 , lá se vão 10 anos, mas, sinceramente, esta foi uma das séries que mais curti assistir neste primeiro semestre do ano. O drama é comovente e o elenco é incrível: Amy Brenneman é uma das grandes atrizes da TV americana da década (e está totalmente subaproveitada em Private Practice), Dan Futterman é ótimo, a garotinha Karle Warren é cativante e Tyne Daly, bom, Tyne Daly domina a série no papel de Maxine, a mais irritante mãe da TV de todos os tempos.
Se vocês nunca assistiram, a hora é essa: assistam. Clique aqui para continuar a leitura »
Nuvem de Séries
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