TeleSéries

31/05/2006, 09:43. Paulo Serpa Antunes
Opinião

Neste último ano não houve série que eu elogiei mais do que The West Wing (mesmo sabendo que haviam outras que mereciam ainda mais elogios). Mas hoje é o dia do puxão de orelha. The Last Hurrah, antepenúltimo episódio da série, exibido no Brasil na última sexta-feira foi uma grande decepção.

Valeu apenas pela fantástica atuação de Alan Alda, em seu melhor episódio na temporada (com cheiro de nova indicação ao Emmy). É ele que rouba a cena, compondo um Vinick derrotado, só, que não consegue se desligar da eleição e admitir que esteja velho demais para concorrer outra vez a presidência.

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23/05/2006, 00:17. Paulo Serpa Antunes
Opinião

Devo ter sido o primeiro a expressar publicarmente, no Brasil, repúdio a Commander in Chief. Foi um destes casos de desgosto a primeira vista.

Mas agora que a série teve definitivamente seu destino decretado, eu, que tanto sequei, passei a sentir alguma compaixão pela série. Nestes quatro anos que escrevo quase que religiosamente e diariamente sobre televisão nunca vi um seriado ser sacrificado por uma emissora como Commander in Chief foi pela ABC.

Vocês deverão ter no bolso o nome de outras série, que irão alegar que não tiveram chance de vingar (Tru Calling? Milagres? Reunion?) Mas eu repito, nenhuma série foi tão abandonada por uma emissora quando ainda podia vingar como um show de sucesso como Commander in Chief. Vamos lembrar a história.

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10/05/2006, 21:33. Juliano Cavalcante
Opinião, Spoilers

Nunca tive saco de assistir um episódio inteiro de Jornada nas Estrelas, representante máxima do gênero Sci Fi. Por isso, quando lia os comentários elogiosos a respeito de Battlestar Galactica, eu me perguntava “Será que eu vou gostar?”. A resposta: 35 episódios (Minissérie + 13 episódios da primeira temporada + 20 episódios da segunda) assistidos em apenas duas semanas. É impressionante a capacidade que a série tem de apresentar personagens complexos e desenvolvidos e de contar histórias interessante e intrigantes. Talvez a maior qualidade de BSG seja a sua abordagem humana, excessivamente humana, com todos os seus defeitos em qualidades que homens e mulheres tem. Um exemplo disso é que, quando algum personagem encontra um cylon, ao invés de dizer algo como: “Reverta a polaridade do núcleo de dobra para alinhar com a matriz positrônica dos circuitos auxiliares de controle de fluxo plasmático para os lasers de impulsão vetorada, que o nosso problema se resolverá!”, ele solta um “Morra torradeira, MORRA!”, fugindo completamente do clichê do Sci Fi.

Por falar em cylons, alguém pode afirmar com certeza qual o objetivo deles? Eles querem dominar os humanos? Ou será que querem apenas catequizar a espécie? Será que eles são os verdadeiros vilões da história? Como um deles disse em um episódio quando perguntado sobre o porque a espécie estar perseguindo os humanos: “Talvez a sua espécie não mereça sobreviver”. Simples e direto.

Mas pra não dizer que eu gosto apenas dos caras maus, devo ressaltar minha admiração pela Presidente Laura Roslin (Mary McDonnell) e pelo Comandante Adama (Edward James Olmos), que já se tornou um dos meus personagens preferidos de séries de todos os tempos. Depois do atentado contra ele, ocorrido no final da primeira temporada, ele começou a refletir mais sobre as conseqüências de suas atitudes, culminando com uma decisão surpreendente tomada por ele, nos últimos minutos da temporada.

(Nota do Editor: a partir deste ponto começam os spoilers)

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03/05/2006, 11:16. Paulo Serpa Antunes
Opinião

Há duas leituras possíveis para o episódio 150 de The West Wing.

Na leitura romântica, ou histórica, dos saudosos fãs de Aaron Sorkin e Thomas Schlamme, o episódio deve ter sido frustrante. Não tivemos Bartlet (ele aparece apenas por um segundo na televisão), Toby (que tem se revelado um dos personagens mais queridos da série, sua ausência é sempre sentida) e não tivemos sequer uma cena no salão oval. Ah, ok, tivemos rala e rola com Josh e Donna e foi bonitinho, foi sexy, mas também sem aquela velha dinâmica de Josh e Donna (até compreensível diante das circunstâncias). Que episódio 150 foi este?

Mas do ponto de vista da proposta desta sétima temporada, no entanto, The West Wing fez um episódio brilhante.

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02/05/2006, 16:08. Paulo Serpa Antunes
Opinião

Sim, os atores T.R. Knight, Chandra Wilson, Justin Chambers e Kate Walsh, coadjuvantes de Grey´s Anatomy, estão desembarcando no Brasil. São as primeiras celebridades a visitar o país a convite da Sony desde 2003, quando o canal trouxe Justin Guarini e Ryan Starr (quem?) para divulgar o American Idol.

A coletiva de imprensa acontece amanhã em São Paulo.

O TeleSéries não vai cobrir. Nosso convite misteriosamente não chegou na nossa caixa postal em tempo. Uma pena.

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29/04/2006, 20:31. Paulo Serpa Antunes
Opinião

O André Sirangelo, estudante de comunicação da Faculdade Cásper Líbero, me entrevistou na semana passada para o Antena Ligada, um programa transmitido pela rádio Gazeta AM Universitária totalmente dedicado a televisão.

O André comanda um quadro chamado Zap, dedicado a seriados, e para comemorar os aniversário de dois anos do programa quis relembrar as séries de TV mais importantes que estrearam neste curto (mas riquíssimo) período.

E lá fui eu, pensar nos dois seriados mais importantes dos últimos dois anos. Meu lado jornalista e (de certa forma) historiador informal dizia que eu devia indicar Lost e Desperate Housewives. Mas me deixei levar pelo meu lado crítico e também pelo meu lado telespectador-fã e tasquei Weeds e Veronica Mars.

Além do meu depoimento, ele entrevistou a Zapeatrix Carina Martins, colunista do site Babado. Mas a gente é só figurante: o programa terá ainda entrevistas com Gugu Liberato, Adriane Galisteu e Celso Portiolli, e diversas outras atrações.

O programa vai ao ar neste domingo em São Paulo, às 7h, às 12h e às 23h. A sintonia da rádio é 890 Khz.

Para mais informações, acessem este site aqui.

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25/04/2006, 19:45. Paulo Serpa Antunes
Opinião

A nova rede CW ainda não decidiu o futuro das séries Everwood e One Tree Hill. No entanto, os nomes dos episódios que encerram as temporadas dos dois shows podem ser um bom indicativo das intenções do canal e dos produtores das séries.

Everwood encerrará seu quarto ano com um episódio duplo chamado Foreverwood, título perfeito para um final de série.

Já One Tree Hill terminará sua terceira temporada com um episódio cujo título remete a um grande sucesso da banda Queen (e também a renovação): The Show Must Go On.

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24/04/2006, 14:41. Paulo Serpa Antunes
Opinião

Eu:

Amor, tive um sonho tão estranho esta noite…

Ela:

Você sonhou que era a Allison Dubois?

Na hora foi muito engraçado.

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20/04/2006, 17:17. Paulo Serpa Antunes
Opinião

Pausa no TeleSéries para uma piada.

Na edição do último domingo (dia 16) do Estadão, a reportagem de capa do caderno TV & Lazer tentava explicar o fracasso da novela Bang Bang e a necessidade dos autores de telenovela buscarem a inovação.

Como vocês devem saber, problemas de saúde afastaram o autor Mario Prata do programa, que foi assumido por Carlos Lombardi. Em um techo do texto, os repórteres comentam que ele possui o rótulo de “autor dos descamisados”, por abusar do sex-appeal como forma de atrair o telespectador. Ele se defende:

Continuo dizendo que descamisamento é tendência mundial. Nos EUA, ninguém acusa Damon Lindloef (sic), autor de Lost, de descamisamento – mas pedem para ele continuar tirando a roupa do elenco. O que não quer dizer que não vejam o mocinho, Matthew Fox, como bom ator. Aqui é que tem um pouco daquela dualidade, belo = superficial, sem talento.

Pode um escritor de televisão consagrado comparar o trabalho de Matthew Fox em Lost, com o de Humberto Martins, em Quatro por Quatro, ou de Cláudio Heinrich, em Uga Uga? E a resumir a fórmula de sucesso de Lost ao seu apelo sexual? Fala sério…

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10/04/2006, 12:49. Paulo Serpa Antunes
Opinião

Sim, eu já tinha lido os spoilers e sabia que o beijo entre Josh e Donna aconteceria logo na primeira cena e sabia também do incidente com a chave do hotel que encerraria o episódio The Cold de The West Wing.

Lembrei de um episódio de O Desafio, onde Alan Shore disse que a ignorância é uma bênção. De fato é: me arrependo de ter lido aquele maldito spoiler. Este conhecimento prévio, aliado a outros fatores (a ausência de episódios inéditos por mais de 40 dias, o abandono da série por parte dos telespectadores americanos, etc.) esvaziou o impacto da cena.

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05/04/2006, 13:09. Paulo Serpa Antunes
Opinião

Olá a todos, e obrigado por retornarem aqui! Depois de alguns dias com pouquíssimas atualizações estamos de volta, entregando um remodelado TeleSéries.

A partir de hoje o TeleSéries assume, com orgulho, sua definitiva identidade no formato de um blogão. Mas um blogão de peso, com credibilidade, cada vez mais colaborativo e que vai tentar buscar o equílibrio entre a informação e a opinião. Espero que vocês gostem.

Conto com vocês, neste primeiro momento, para reportar todos os bugs que aparecerem. Mesmo. O novo TeleSéries foi desenvolvido por mim em pouco menos de três semanas em WordPress, sem absolutamente nenhuma experiência anterior em WordPress, MySQL ou PHP. E ainda assim, creio que este trabalho amador tem alguma qualidade: consegui fazer algumas customizações neste site que eu não lembro de ter visto em nenhum outro weblog desenvolvido em língua portuguesa.

Por fim, é importante lembrar que não foi possível importar todos os textos que publicamos aqui no TeleSéries ao longo destes quatro anos. Mas aos poucos iremos inserindo este material, sempre de olho no velho objetivo de construir a maior base de dados sobre seriados de TV do país.

Boa leitura!

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30/03/2006, 18:00. Paulo Serpa Antunes
Opinião

Sempre achei CSI:Miami uma grande chatice. O personagem do David Caruso é insuportável, a química entre Horatio e a Yelina era péssima, os personagens secundários são todos dispensáveis e até hoje não engulo o sumiço que deram na Kim Delaney. Mas eis que nesta quarta temporada o seriado encontrou seu nível de excelência. Todos os episódios até aqui são muito bons. E o curioso é que a série encontrou o seu rumo justamente quando buscou o caminho contrário de CSI: em Las Vegas há um clima de cordialidade e de entrosamento entre os agentes, em Miami o caos vigora e praticamente ninguém confia em ninguém.

Nailed, o episódio desta semana, foi inesquecível. Teve humor negro nas cenas que Calleigh apontava a pistola de pregos para Delko e vai entrar para a história pela cena mais grotesca já exibida por todos os CSIs: Wolfe urrando de dor, com um prego entre os olhos. Que me perdoem os mais jovens e as moças: foi do caralho!

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