TeleSéries

13/07/2006, 17:42. Paulo Serpa Antunes
Opinião

Estou reabrindo hoje a polêmica seção Borracharia TeleSéries, que no antigo TeleSéries tinha a importante função de exibir nossas atrizes favoritas em trajes sumários!

O tema de hoje é Tommy Lee Goes to College. E eu estou muito triste que o programa saiu do ar. Triste mesmo. Muito triste. Afinal, olha só o que nunca mais veremos na TV:

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08/07/2006, 20:31. Paulo Serpa Antunes
Notícias, Opinião

Kevin James é o homem da semana. Apesar de ser o humorista mais bem pago da TV americana e ser o principal nome da sitcom mais antiga no ar atualmente nos EUA, ele nunca foi indicado a absolutamente nenhum prêmio por The King of Queens. Após oito anos no ar, eis que o Emmy Awards lhe concedeu uma inédita indicação a Melhor Ator em Comédia.

Provavelmente não deve ganhar, mas mereceu a lembrança.

Confira abaixo um trecho de um show de Kevin James em Nova York. E adivinha qual o principal tema de sua apresentação como stand up comedian? Comida!

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07/07/2006, 17:11. Paulo Serpa Antunes
Opinião

Esta é a época do ano que eu mais levo pedradas. Tem o Prêmio TeleSéries, a minha lista dos Top 10 season finales e finalmente minhas opiniões sobre o Emmy. Porque eu sou admirador da Academia, acho que a lista dos seus indicados ao Emmy costumam construir um quadro amplo e lúcido da produção de ficção de TV americana – pelo menos um quadro mais realista e autêntico que o do Golden Globe e dos demais prêmios.

Mas o quê aconteceu este ano, que nos rendeu esta lista tão excêntrica? Bom, o que aconteceu este ano foi tudo culpa nossa (ok, não nossa, mas daqueles que são fãs como nós, só que vivem lá nos EUA).

A imprensa e o público sempre criticou a Academia pelo conservadorismo – representado pelo fato de que a lista de indicados mudava muito ano após ano e que os canais menores (WB, FX, Showtime não estavam representados nela). Dizia-se que os bons seriados pop, destas emissoras menores ou com audiência menor, não conseguiam nunca ser indicados. Em especial alguns programas queridos da crítica, como Scrubs, Gilmore Girls e mais recentemente Veronica Mars. E a crítica é antiga. Assim como hoje o público e a imprensa especializada está seduzido por Kristen Bell, nos 90 se exigia a presença da Buffy de Sarah Michelle Gellar nas premiações. E ela nunca era indicada.

Eis que fizeram a mudança. O resultado, no entanto, ninguém esperava.

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05/07/2006, 18:30. Paulo Serpa Antunes
Opinião

David Hyde Pierce mostrou surpresa e gratidão ao ganhar o Emmy Awards de Melhor Ator Coadjuvante em Comédia em setembro de 2004. Foi o seu quarto e último Emmy por Frasier – a série havia terminado definitivamente dois ou três meses antes. Mas Pierce não deixou a oportunidade de defender o seu trabalho nos últimos 11 anos, alfinetando a indústria e a crítica:

Dizem que a televisão e as comédias na televisão estão mudando. Quando tudo voltar a ser o que era antes, me chamem.

De fato, o adeus de Frasier sinaliza o fim de uma era. Junto com Frasier se foi Friends (mais querida e popular, mas tecnicamente mais irregular) e no ano seguinte Everybody Loves Raymond (a única capaz de rivalizar com Frasier, apesar de ter mostrado um certo esgotamento criativo em suas últimas temporadas). E agora, em 2005-2006, outras mais partiram: Will & Grace, That ´70s Show, Hope & Faith, Less than Perfect, Apesar de Tudo, Rodney, What I Like about You, Sim, Querida… As poucas que restaram foram relegadas para a mid-season, como According to Jim, Reba e The King of Queens. A única comédia nesta linha que atualmente goza de excelentes índices de audiência é Two and a Hald Man.

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01/07/2006, 18:36. Paulo Serpa Antunes
Opinião

É chato, mas é da vida. Um dia a gente perde outro a gente ganha. A Seleção decepcionou, o Parreira emudeceu, a França deu show e a Copa acabou (para nós).

Mas, perdoe-me quem acha que é cedo para piada, mas eu realmente preciso perguntar uma coisa: o que o Elliott Yamin estava fazendo em campo hoje?

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26/06/2006, 16:24. Paulo Serpa Antunes
Opinião

Espero ansioso pela terça-feira, quando o relógio marcar as 18h (e torcendo para que França e Espanha não vá para a prorrogação), para assistir ao season finale de Veronica Mars. Depois de duas, quase três décadas assistindo televisão a gente já viu de tudo e sabemos que há pouquíssimas oportunidades de nos surpreender.

E eis que Veronica Mars chega ao seu season finale mais imprevisível do que nunca.

Na temporada passada sabíamos o que viria, mas igualmente fomos surpreendidos por uma sucessão incrível de acontecimentos na season finale e pela revelação do inesperado assassino de Lilly. Na ocasião, reclamei que o episódio final acabou sendo curto para tantos acontecimentos.

Mas e agora então? Em 40 minutos dá para saber quem explodiu o ônibus? Dá pra Keith Mars capturar Woody? Dá para Weevil ir para cadeia (ou melhor ainda, se livrar dela)? Duncan vai voltar? Ninguém vai descobrir que a Kendall incriminou Duncan pela morte da irmã? Aaron vai querer se vingar de Veronica? Os Fitzpatricks vão pagar pelos crimes que cometeram? O pai da Jackie vai seguir dependente dos mafiosos do cassino? Wallace nunca mais vai ver Jackie? E Beaver e Mac, não vão voltar a ficar juntos? E a empresa de Beaver da qual nunca mais se falou? E o fugitivo pai dos irmãos Casablancas, nunca mais vai aparecer?

A esta altura sei que nem tudo isto acima é importante. O que importa é um bom desfecho, que aposto que virá.

Mas não é de hoje, da véspera desta season finale, que ando pensando: Rob Thomas e seus roteiristas não teriam ido longe demais com Veronica Mars? Não teriam tornado a série excessivamente complexa, com seu gigantesco elenco de personagens regulares e tantas subtramas que perdemos a conta? Veronica Mars teria se tornado um programa restrito a geeks iniciados, cujas portas estão fechadas para a entrada de novos fãs?

A terceira temporada vem aí em um novo canal e com a obrigação de reter os fãs de Gilmore Girls. E tudo o que quero saber, mais do que as respostas para todas as perguntas acima, é se Veronica Mars conseguirá desatar os nós deste segundo ano, permitindo ao programa se renovar para a temporada que virá, atraindo novos (e nunca tão necessários) telespectadores.

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24/06/2006, 17:32. Paulo Serpa Antunes
Notícias, Opinião

Morro de inveja do Thiago Sampaio, nosso crítico de ER, por ele ter tido a idéia, antes de mim, de falar sobre a expressão Jump the Shark.

Esta pérola da cultura pop, Jump the Shark, é usada pela imprensa e pelos fãs de seriados para descrever o momento em que um seriado perde o rumo, mostrando que chegou ao esgotamento criativo.

No texto do Thiago, leia aqui, ele relaciona os momentos prováveis em que ER entrou em decadência. Sim, porque nem sempre há um consenso de quando uma série perde o rumo. Em ER, muitos acham que o começo do fim foi quando George Clooney saiu, para outros foi a morte do doutor Greene, ou ainda a morte de Romano. E há quem ache que ER vai bem, obrigado, e não admitem que o seriado tenha passado de seu tempo.

O divertido site Jump the Shark concentra este debate, não só sobre ER, mas de centenas de outros seriados de TV. Para vocês, Lost ainda não perdeu o rumo, ou perdeu com a chegada de Ana Lucia, ou ainda quando Eko encarou a nuvem negra? E The O.C., saiu da linha com a chegada de Oliver, com sua discutível segunda temporada, ou só vai sair agora, com a morte de Marissa?

Mas o que poucos americanos discutem é sobre a origem da expressão Jump the Shark. Ela está relacionada com a famosa sitcom Happy Days, que teve 11 temporadas exibidas entre 1974 e 1984. Na quinta temporada, em crise criativa, o ídolo maior do seriado, Arthur “Fonzie” Fonzarelli (Henry Winkler) viaja até Hollywood, onde decide pular uma jaula com tubarões praticando esqui aquático.

A cena de fato é estranha e totalmente fora do padrão esperado para uma sitcom. E você pode conferí-la ela abaixo – e aproveite para prestar atenção no ator que dirige a lancha (é Ron Howard, narrador e produtor de Arrested Development e famosíssimo diretor de cinema).

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22/06/2006, 20:36. Paulo Serpa Antunes
Opinião

Aos 20 minutos de Foreverwood, o episódio final de Everwood, comentei com minha esposa:

Se a Nina e o Andy ficarem juntos e a Amy e o Ephram também, vou ficar desapontado.

Estou desapontado.

Everwood teve uma despedida digna de Dawson´s Creek, ou, com o perdão no toque na ferida, digna de 7th Heaven. Mas muito, muito abaixo do alto padrão de Everwood, até aqui o mais realista e sensível dos dramas familiares.

Foi decepcionante.

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10/06/2006, 17:54. Paulo Serpa Antunes
Opinião

Debbie:

Bom dia senhor Presidente.

Bartlet:

‘Dia.

Debbie:

Como você está se sentindo esta manhã?

Bartlet:

Desempregado.

Este diálogo foi legal. Mas é curioso. Tomorrow não foi lá um episódio de grandes diálogos.

E não foram só os diálogos, Tomorrow foi na contramão de tudo aquilo que sempre foi marca registrada de The West Wing. Foi ditado pelo ritmo calmo e lento, por silêncios, por tomadas diferenciadas e por atores trabalhando mais as expressões do que as falas.

Mas a clara intenção era homenagear o universo de The West Wing, reverenciando o fim de uma era política da ficção e histórica da televisão. Apesar do paradoxo acima, o objetivo foi alcançado, com méritos.

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08/06/2006, 11:50. Paulo Serpa Antunes
Opinião

Se Emily’s Reasons Why Not fosse produzida no Brasil se chamaria Avassaladoras. Que decepção Heather Graham, que decepção…

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07/06/2006, 11:52. Paulo Serpa Antunes
Opinião

Nos anos 80, eu era garoto e me mijava de tanto rir com as enrascadas em que o cadete Mahoney colocava o capitão Harris em Loucademia de Polícia.

Ontem, duas décadas depois, me diverti tanto quanto naquele tempo com a excepcional e cômica performance de G. W. Bailey na season finale de The Closer. O seu detetive Provenza é impagável e responsável pelo momentos mais irreverentes da série (ao lado da compulsão por doces da Brenda Johnson).

A propósito, torço para que os responsáveis pelas indicações ao Emmy prestem mais atenção a The Closer. A série não é só a Kyra Sedgwick, todo o elenco masculino é fantástico.

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02/06/2006, 00:38. Paulo Serpa Antunes
Opinião

Quando a Sony anunciou a exibição de America Idol no Brasil, há quatro temporadas atrás, torci o nariz. Fiquei indignado com o loteamento de espaço na programação para um reality show por parte do mais conceituado (na época) canal de seriados da TV paga. De lá para cá muita coisa mudou e, cá entre nós, hoje temos seriados até demais.

Não assisti a segunda edição do American Idol; conferi apenas um ou dois testes da terceira; na quarta temporada não resisti e assisti a todos os testes, abandonando o programa logo depois e tirando sarro que um dos competidores se chamava Bo Bice. Uma grande bobice este American Idol. Um ano depois, na quinta temporada, me rendi.

Não duvidem da sabedoria do telespectador americano. De fato, American Idol é um programa único. Poucos dramas na atualidade conseguem ser tão envolventes e emocionantes. Nenhum outro reality show consegue ser tão humano.

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