O crime de Smith

Data/Hora 09/11/2006, 11:42. Autor
Categorias Opinião


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Cena de Smith

Quem acusa a TV americana de ser moralista hoje em dia me parece meio desconectado. Os protagonistas de TV hoje todos tem (quase) todos suas imperfeições e seus desvios de comportamento: Vic Mackey, Tony Soprano, Christian Troy, Alan Shore e Denny Crane, Gregory House, Jack Bristow (e agora Ron Turk), Sawyer, Eko, Charlie, Kate, Kara Thrace, Gaius Baltar, Meredith Grey, Ryan Atwood, Seth Cohen, Bill Henrickson, Doug Heffernan, Earl, Charlie Harper, toda a família Fisher e todos os habitantes de Roma e do povoado de Deadwood, entre outros. Até serial killer protagonista de seriado já temos.

Pode-se tudo hoje em TV. Mas há uma coisa que o telespectador americano não admite: falta de personalidade.

É este o único problema de Smith. Por mais talentoso que seja Ray Liotta (e ele está muito bem na série), seu personagem é reservado demais, contido demais, calado demais, reflexivo demais. Séries de TV não perdoam isto, porque exigem fidelização e a fidelização se conquista em grande parte na base da identificação ou do carisma dos protagonistas. (Aliás, não só para TV, para política também, como bem mostrou os resultados das últimas eleições).

É Bobby Stevens que derruba Smith. E só.

Fosse um longa-metragem, Smith daria um filme tão bom como Onze Homens e um Segredo ou Fogo Contra Fogo. O piloto de Smith é brilhante, o roteiro é bom, a direção de Christopher Chulack é precisa (quem não sabe quem é Christopher Chulack deve perguntar para o Thiago Sampaio, nosso colunista de ER), Virginia Madsen está linda e talentosa como sempre, a fotografia é ótima, há algum humor, sensualidade (mais do que isto, só mesmo se a série fosse da HBO) e boas cenas de ação e violência.

Smith fracassou por um detalhe. Uma pena.

O que é que o Brian tem?

Data/Hora 08/11/2006, 07:11. Autor
Categorias Opinião


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Cena de What About Brian

Nos EUA, até o mais fanático simpatizante de What About Brian deve ter ficado surpreso com a renovação da série por parte da rede ABC. Afinal a ABC voltou a ser, de duas temporadas para cá, uma emissora top, com bala na agulha para lutar pelo posto de emissora número um. Porque então o canal manteria no ar um seriado com audiência média de apenas 6,32 milhões de telespectadores em sua primeira temporada?

(Para se ter uma idéia, Love Monkey, na mesma linha, foi cancelada pela CBS quando a audiência média caiu para 7,27 milhões).

Por sorte a decisão de renovar What About Brian não passou só pela fria análise de números. O canal deve ter considerado que o show tinha qualidade, que tinha estreado tarde demais (em abril, quando todas as outras séries estão se encaminhando para seus season finales) e poderia fazer uma boa dupla na grade de programação ao lado do reality show The Bachelor (afinal o que é Brian e se não um Bachelor pé-rapado?). Os números da série ainda são pequenos, mas a estratégia parece ter sido adequada: What About Brian vem subindo em audiência lá fora.

Mas eu estou aqui é para registrar as impressões do episódio piloto assinado pela roteirista Dana Stevens (que tem no currículo o roteiro do filme Cidade dos Anjos, que a minha esposa não se cansa de assistir). Aliás, talvez resida aí a razão do roteiro do episódio ser tão preciso e tão certinho – tanta coisa acontece no piloto, que mais parece um longa-metragem.

E não só o roteiro, mas tudo no episódio funciona bem. O elenco está afinado e, pra minha surpresa e a de quem nunca acordou no sábado às sete da manhã para assistir 7th Heaven, Barry Watson manda bem no papel central.

Ainda que recicle velhas fórmulas do gênero romance (estou amando loucamente a namoradinha de um amigo meu) e tenha sido pouco original na trilha (fiquei embaraçado na cena que o personagem do Rick Gomez imita que está tocando os teclados da canção “Baba O’Riley”, tema de CSI:NY, igualzinho a Hugh Laurie em um episódio de House), What About Brian teve uma estréia bacana. Ainda não dá pra saber quanto tempo ela ficará no ar e se o que vem pela frente é tão bom quanto a premiere. Mas é bom torcer para que sobreviva – no meio de tantas séries de procedimento, dramas serializados e seriados médicos estávamos mesmo precisando de uma novelinha para jovens adultos.

Que seja bom enquanto dure.

Borracharia TeleSéries: O show de Elena Delgado

Data/Hora 07/11/2006, 07:22. Autor
Categorias Opinião


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A temporada de estréias começou bem na Warner. Cold Case fez muito bonito; Close to Home voltou com uma cara de Lei & Ordem, o que não é muito original, mas ainda pode encontrar seu caminho; agora, Without a Trace… Me deixou sem fala.

Especialmente a Roselyn Sanchez, que mostrou alguns recursos dramáticos que eu não conhecia…

cena de Candy

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Os 10 melhores finais de temporada de 2005/2006

Data/Hora 04/11/2006, 19:31. Autor
Categorias Opinião


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Antes tarde do que nunca! Faltando apenas um final de semana para o início da temporada de estréias, estou entregando minha lista anual (a dos anos anteriores estão aqui e aqui) dos melhores finais de série ou temporada de 2005/2006.

Assisti a todos os season finales exibidos pelo AXN, Fox, Sony, TNT, Universal e Warner. E o que eu posso dizer? O Grissom catando a Sarah foi bacana, o Jason Priestley dando tirou na sede do FBI também. O final de Grey´s Anatomy foi quase ótimo, o seqüestro do Jack Bauer em 24 Horas não me empolgou e Everwood exagerou no happy ending. Entre estas e tantas outras, as séries que encerraram para mim a temporada com mais estilo foram estas:

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Você está demitido x 4

Data/Hora 31/10/2006, 23:34. Autor
Categorias Opinião


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Cena de O Aprendiz

Quando ninguém mais dava nada para O Aprendiz, que grande surpresa! No episódio desta terça-feira Trump se reinventou, perdeu a paciência e demitiu quatro candidatos de uma só vez. A cena final com os quatro demitidos rachando o táxi é hilária.

Reprisa neste domingo no People+Arts, às 23h. Vale a pena conferir.

Comentários sobre download de séries e legendas: o caso Legendaz

Data/Hora 28/10/2006, 18:01. Autor
Categorias Notícias, Opinião


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No 16 de outubro, a operação I-Commerce da Polícia Federal fez uso de seus mandados de busca e apreensão por 13 estados mais o Distrito Federal, agindo contra a comercialização ilegal de filmes e seriados através da internet. O saldo foi a prisão de 17 pessoas e o fechamento de diversos sites que infligiriam o Artigo 184 do Códio Penal, que trata da violação de direito autoral. Quer dizer que de agora em diante quem baixa episódios pela internet deve passar a se preocupar? Não necessariamente.

O artigo 184 do Código Penal Brasileiro estabelece claramente que é um crime oferecer ao público, com intenção de lucro, produtos protegidos pelos direitos autorais. A discrepância é que a própria Lei dos Direitos Autorais, em seu artigo 46, estabelece que a reprodução para uso privado não é considerada uma infração. O resumo disso tudo é: pelas leis nacionais, podemos reproduzir e gravar o que quisermos, desde que não lucremos com essa prática. Parece incoerente, mas é o que acontece quando a atrasada legislação brasileira fica diante do adiantado mundo cibernético. A ressalva da lei que permite a cópia pessoal das músicas ou vídeos entra em contradição no que diz respeito à pirataria, prática temida pelo mundo do entretenimento e cada vez mais usual entre a população.

Entre os site atingidos pela operação I-Commerce estava popular legendaz.com.br. O site disponibilizava gratuitamente (e numa incrível agilidade) legendas de séries de TV americanas. Com o mundo ficando cada vez menor, nunca ficou tão fácil poder assistir em questão de horas algo que acabara de passar nos EUA ou em qualquer outro lugar do mundo. E é nesse ponto que entra um importante tema do debate: mesmo de forma gratúita, baixar um episódio de televisão e assisti-lo antes que nossos canais por assinatura possam exibi-los não seria um crime?

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Rodrigo Santoro solta pum na ilha e audiência de Lost cai 10%

Data/Hora 26/10/2006, 18:41. Autor
Categorias Opinião


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Rodrigo Santoro no quarto episódio da temporada

Agora que consegui a atenção de vocês, vou fazer algumas perguntas. A cobertura de Lost na imprensa brasileira não está over demais? Não tem muita gente escrevendo sobre televisão sem entender do assunto? A cobertura da mídia não dá muitas vezes a impressão de estar torcendo contra o Rodrigo Santoro, contando seus diálogos, seu tempo na tela e descrevendo suas cenas em tom jocoso? Quando você lê “Episódio de Santoro em Lost amarga pior ibope da temporada” ou “Estréia de Rodrigo Santoro em Lost fracassa” em um site ou no jornal, não fica com a impressão de que a imprensa está relacionando a chegada do ator com todos os reais motivos que possam estar prejudicando a audiência da série?

Alguém se arrisca a comentar?

Vou sentir saudades

Data/Hora 17/10/2006, 09:00. Autor
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Cena de Sons &  Daughters

A minha primeira impressão de Sons & Daughters não foi lá muito boa. No domingo anterior a estréia da série assisti a um episódio de O Rei do Pedaço onde Bobby Hill entrava em uma escola de palhaços. E o professor, um acadêmico sério, ensinava que uma piada começa despertando uma certa curiosidade no ouvinte, um “rá”, para logo depois desencadear o riso, o “rarará”. (Viu, The King of the Hill também é cultura).

Pois a primeira impressão de Sons & Daughters é de que ela ficava na metade do caminho. Só arrancava alguns “rás” e nenhum “rarará”.

Mas para minha surpresa as risadas vieram em outros episódios e dessa vez não ficaram na metade.

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Vídeo da Semana: Adeus, Michigan J. Frog!


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thumb image

Em um clássico desenho dos Looney Tunes de 1955 chamado One Froggy Evening, aparecia um sapinho de cartola e bengala, dançava e cantava uma música que tinha a letra “Hello my baby, hello my honey, hello my ragtime…”. Ele nunca foi tão famoso como o Taz ou o Gaguinho, mas se tornou um personagem secundário divertido no universo dos desenhos dos estúdios Warner, ganhando até nome e sobrenome: Michigan J. Frog.

Quando a Warner estreou sua emissora de TV aberta, a The WB, em janeiro de 1995, uma atração na noite de estréia do canal mostrava um debate entre o Pernalonga e o Patolino disputando o símbolo de mascote do novo canal. Nenhum dos dois recebeu a honra: a imagem seguinte mostrava o veterano cartunista Chuck Jones desenhando o sapinho, o símbolo definitivo da WB.

Por 10 anos, Michigan J. Frog foi o ícone da WB, até que em julho de 2005 os executivos do canal decretaram o fim do personagem. O cartoon de um sapo dançando vaudeville já não servia mais para representar o canal jovem que exibia One Tree Hill, Smallville e 7th Heaven. Clique aqui para continuar a leitura »

Oh vida, oh céus…

Data/Hora 21/09/2006, 23:48. Autor
Categorias Opinião


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Meu vídeo estava programado para gravar The Shield até às 22h. Mas o AXN me sacaneou e continuou exibindo o season finale até às 22h30…

Borracharia TeleSéries: a cena da semana

Data/Hora 17/09/2006, 22:37. Autor
Categorias Opinião


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Ok, o ménage de Christian, Kimber e Kit em Nip/Tuck foi muuuito quente, mas a cena mais sexy da semana, sem dúvida foi esta – Cuddy recebendo uma injeção no episódio Who’s Your Daddy? de House:

Cena de House
Cena de House
Cena de House

A festa e a ressaca

Data/Hora 16/09/2006, 00:54. Autor
Categorias Opinião


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cena de The Closer

Não faz muito tempo, a imprensa chamava os jovens que gostavam de seriados de sony-maníacos, em alusão ao fato de que a Sony era basicamente o único canal de TV paga especializado em seriados da TV paga.

De lá para cá muita coisa mudou e os seriados de TV se revelaram um grande mercado e uma das melhores opções de entretenimento da TV paga. Há duas temporadas, a Warner expulsou os filmes do primetime e entregou os melhores espaços de sua grade para as excelentes séries produzidas pela Warner Bros; a Sony fixou a marca AXN e construiu um canal temático que deve muito de seu sucesso ao mix de séries policiais, de ação e sci fi. A Fox percebeu o movimento e em determinado momento passou a buscar séries que não eram apenas produzidas pela 20th Century Fox para montar uma grade mais poderosa e mostrou ainda tanta segurança que passou a sustentar outros canais com programação segmentada. O USA modernizou sua marca e, apesar de ser o canal do grupo acima com menos horas de programas inéditos, criou uma grade diferenciada e é o canal que melhor promove os seus shows.

O resultado todos nós sabemos: as operações destes canais do país se tornaram profissionais, a audiência de todos os canais cresceram, os anunciantes se multiplicaram, o público interessado em seriados cresceu (e até os sites especializados aumentaram).

De repente todos os outros canais passaram a querer exibir seriados: o A&E, o People+Arts, o Telecine, a GNT, a TNT.

Tivemos um período de festa. Hoje 80, 90% dos que se produz de ficção na TV americana é exibido no Brasil. Nunca tivemos tantas opções.

Mas a festa acabou. Estes canais descobriram que não bastava comprar um ou duas séries para atrair os telespectadores. A promoção de uma série não é o mesmo de um filme, de um reality show, de um documentário e a fidelização não se cria da noite para o dia.

Veio então a ressaca.

Tirando o A&E, que vem mantendo um trabalho sério, apesar de apostar em shows desiguais, pouco se pode defender e elogiar estas emissoras aventureiras:

• O People+Arts desperdiça boas séries inglesas com dublagens fracas (Dupla Identidade), exibe outras como se fossem novelas (O Golpe) e divulga tão mal seus programas que é difícil criar um hábito no telespectador (alguém aí sabe o horário e assiste a Doctor Who?).

• O GNT não consegue encaixar suas séries na grade ao lado de seus programas femininos e documentários. Tirando Weeds, seriados como Naked Josh e Murder in Suburbia acabam dançando pela programação. Até sua boazinha primeira produção, Mothern, não tem uma posição de destaque na grade.

• O Telecine não teve competência para promover Sleeper Cell. Desistiu e encerrou a temporada em um horário qualquer, fazendo o mesmo com Numb3rs.

• A TNT… bom, a TNT vai exibir a nova temporada da série policial adulta mais hypada da TV americana num sábado. À tarde. A TNT também não sabe o que está fazendo.

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