Mad Men, o ocaso de um fenômeno


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Nos idos de 2007, sempre que eu conversava com alguém e o assunto resvalava para cultura pop, eu perguntava ao meu interlocutor: “Você sabe qual é o evento audiovisual mais aguardado do ano?”. Os candidatos mais óbvios eram Homem-Aranha 3 (ei, ninguém tinha assistido o filme ainda!) ou Ratatouille (sim, acho o Brad Bird um gênio). Mas eu tinha uma resposta guardada na cartola:

“Os episódios finais de Família Soprano.”

The Sopranos, como vocês devem saber, deu início ao que convencionamos chamar de “a nova era de oura da televisão”. Foi quando a opinião pública de fato começou a ver as nossas amadas séries como expressões artísticas válidas. E cada review de The West Wing, ER ou Gilmore Girls (vocês lembram quando a Warner não era só reprises de Friends e The Big Bang Theory?) que o TeleSéries publicava tinha um objetivo secundário: mostrar que os seriados não estavam mais restritos a um gueto (e não se esquecem, eram tempos pré-banda larga, pré-Netflix e pré-TV por Assinatura por menos de três dígitos).

Era o fim de uma era. E todos se perguntaram quanto tempo demoraria para aparecer a sua sucessora criativa.

O que ninguém contava é que só levou 39 dias.

* * *

Mad Men teve uma origem interessante. Foi um projeto idealizado por Matthew Weiner em 1999, quando ele ainda era roteirista de sitcoms (!). Ao ler o roteiro do piloto, David Chase ficou convencido que ele merecia fazer parte do restrito staff de roteiristas das temporadas finais de Sopranos (os últimos oito episódios da série tem apenas dois roteiristas creditados fora Chase – um deles é Weiner). Clique aqui para continuar a leitura »

‘Unbreakable Kimmy Schmidt’, um balanço da temporada

Data/Hora 26/03/2015, 21:26. Autor
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Tina Fey se estabeleceu como um dos principais nomes da comédia atualmente, chegando ao ponto de conseguir vender qualquer coisa com seu nome (do mesmo modo que caras como J.J. Abrams e Joss Whedon) e mais uma vez ela acerta em cheio com Unbreakable Kimmy Schmidt, nova série original da Netflix que tem potencial para entrar na lista de maiores comédias da TV americana.

Criada em parceria com Robert Carlock (quem co-escreveu 30 Rock com Tina) a série conta a história de Kimmy Schmidt (Ellie Kemper), uma mulher que ficou presa durante 15 anos em um abrigo subterrâneo criado por um reverendo insano (interpretado brilhantemente por Jon Hamm) que convenceu ela e mais três mulheres de que o mundo havia acabado. A série começa quando ela sai do abrigo e descobre que o mundo ainda existe e está completamente diferente do que ela lembrava, e então acompanhamos sua jornada de adaptação nesse novo e estranho mundo. Clique aqui para continuar a leitura »

Terceira temporada é a melhor de “House of Cards”

Data/Hora 03/03/2015, 00:01. Autor
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Dividindo as atenções com as cores de um vestido (sou daltônico e pra mim o dito cujo é verde e cinza) e o lamentável falecimento do Sr. Spock, o agora saudoso Leonard Nimoy, tivemos o lançamento da terceira temporada de House of Cards. Todos os 13 episódios do novo ano do seriado estrelado por Kevin Spacey já estão disponíveis no Netflix, que tem nesse aclamado drama político a maior prova da qualidade dessa plataforma on-line de filmes e séries.

Se você está lendo esse artigo, provavelmente está interessado para saber como foi o desempenho da terceira leva de HoC, mas não quer dizer, necessariamente, que já assistiu toda a temporada que foi lançada na última sexta-feira, 27 de fevereiro. Sendo assim, como muitos são normais e, diferente de mim, não fizeram uma maratona insana e queimaram todos os inéditos, vou utilizar o mínimo possível de spoilers. Apesar disso, inegavelmente, vamos falar sim de um ou outro evento dessa temporada, então esteja avisado. Clique aqui para continuar a leitura »

Balanço de Temporada – ‘Red Band Society’

Data/Hora 01/03/2015, 11:04. Autor
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CUIDADO! Esse texto contém spoilers sobre a primeira temporada da série!

Red Band Society estreou em setembro do ano passado, pela emissora americana Fox, fazendo com que muitos telespectadores, assim como eu, criassem muitas expectativas em relação a trama e seus personagens. Expectativa esta, que infelizmente, virou um tremendo banho de água fria, pois a audiência foi de mal a pior em apenas 13 episódios exibidos em sua primeira temporada.

O seu episódio piloto foi meio embaraçoso, criando nossas primeiras impressões dos adolescentes do Ocean Park Hospital com um jeito bem jovial e peculiar. Os cenários, câmeras, figurino e, principalmente, o elenco eram bonitos de se ver! Que adolescente não gostaria de ter em seu quarto de hospital uma decoração própria, com livros, CD’s, pufes pelo chão, e até o consumo de cigarros, bebidas alcoólicas e drogas (claro que tudo escondido)?

Os Pulseiras Vermelhasnome originado da série espanhola Polseres Vermelles – foi “liderado” pelo pequeno Charlie (Griffin Gluck, de Private Practice) um garotinho que esteve em coma por quase toda a temporada, após um grave acidente de carro. Além de ter narrado a sua própria história, o mesmo relatou os principais sentimentos de todos do grupo. Só que o verdadeiro líder do grupo é o jovem e esperançoso Leo Roth (Charlie Rowe de Robin Wood), que teve osteossarcoma, um tipo de câncer que agrava os ossos e como consequência, ele teve que amputar uma de suas pernas. Clique aqui para continuar a leitura »

Quando paramos de falar sobre Girls?

Data/Hora 13/01/2015, 09:53. Autor
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A série Girls da HBO começou em 2012 beirando ao brilhantismo. A forma como o roteiro conseguia obter um retrato tão excruciante sobre um dos mais dolorosos ritos de passagem da vida adulta, trazendo os questionamentos e as ânsias dentro do contexto sócio-cultural específico das personagens de 20 e poucos anos, era excitante e imperdível. Durante o ano de estreia, a criadora Lena Dunham foi alçada ao status de “voz de uma geração”, posto tão cobiçado pela sua personagem na série. Mas logo começaram a aparecer problemas. A recepção muito divisiva acusou a série de nepotismo (as protagonistas eram filhas de pais famosos) e de racismo (bizarramente, nenhum personagem negro fazia parte da Nova York de Hannah). Clique aqui para continuar a leitura »

A guerra dos talk shows brasileiros

Data/Hora 15/04/2014, 17:56. Autor
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Danilo Gentili deixou bem claro em todas as entrevistas que deu sobre a sua saída da Band que, o principal motivo era sua insatisfação diante de imposição e censura da emissora. Disse estar infeliz criativamente e que não tinha o espaço que lhe fora prometido. Deixou, então, para trás o programa que idealizou, com uma audiência bastante considerável para os padrões da Band, e foi para o SBT como a promessa de um humor irreverente, com a bênção de Silvio Santos para falar o que quisesse, e como a aposta para vencer o Programa do Jô, da Globo.

Pouco mais de um mês depois da estreia do The Noite com Danilo Gentili no SBT, é seguro dizer que, dado a resposta da audiência, o comediante se sente confortável com a decisão que tomou. Mas esses números devem ser analisados com cautela. Eles não refletem, necessariamente, a qualidade da nova empreitada.

Para a sua estreia, o programa trouxe como convidado o Fábio Porchat, um dos comediantes mais requisitados de 2013, o que resultou num aumento de 50% da audiência. Durante o restante do primeiro mês o programa aumentou em 30% a audiência no horário em que é exibido, superando o concorrente Jô Soares em sete das 13 vezes que os dois programas foram ao ar no mesmo horário e se consolidando como o talk show mais visto do Brasil”. Clique aqui para continuar a leitura »

‘Tá no Ar: a TV na TV’ – as primeiras impressões do novo programa de humor da Globo

Data/Hora 13/04/2014, 12:07. Autor
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A esta altura todo mundo já tem uma opinião formada sobre Tá no Ar: a TV na TV, o novo programa humorístico da Rede Globo. E esta opinião certamente vem embasada no background cultural de cada. O telespectador com mais idade, na casa dos 40 anos, certamente fará as inevitáveis comparações com o clássico nacional TV Pirata ou mesmo com o britânico (e pai de todos os programas de esquetes de humor) Monty Python’s Flying Circus. Mas o que pensará também o telespectador da TV aberta, este sujeito que cresceu consumindo Zorra Total, A Praça é Nossa e afins?

Pra este último telespectador, Tá no Ar: a TV na TV, tem o efeito de um sopro de novidade e uma aura bacana de anarquia (algo que se dizia ver lá atrás no Pânico na TV, ou na MTV, ou mais recentemente no CQC, alguém mais esperto lembrará). “Olha que bacana, a Globo fazendo humor com os anunciantes, com os concorrentes, que radical”. De fato, este é o acontecimento novo: a Globo agora, por 30 minutos semanais, se permite olhar para além do seu umbigo.

Demorou. Clique aqui para continuar a leitura »

Beijos polêmicos: as relações homoafetivas nas séries de TV


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Não se falou em outra coisa na noite desta sexta-feira: o beijo entre os personagens Félix (Mateus Solano) e Niko (Thiago Fragoso) nos momentos finais do último capítulo da novela Amor à Vida. Como pode um beijo, um ato comum de amor e afeto, dominar tanto as redes sociais, a mídia e a sociedade? Porque, para o telespectador brasileiro, a demonstração de afeto entre pessoas do mesmo sexo na televisão, até então, era basicamente um tabu.

O beijo entre Félix e Niko foi o primeiro exibido em uma novela pela rede Globo – a maior emissora do país – e o mais significativo até então da teledramaturgia brasileira. Não foi o primeiro. A rede Manchete exibiu um beijo em contraluz entre dois personagens do sexo masculino na pouco lembrada minissérie Mãe de Santo, de 1993 (veja aqui). Já em 2011, foi a vez do SBT mostrar duas duas mulheres se beijando, na novela Amor e Revolução (veja aqui).  O que se sabe é, que até decidir exibir este beijo na novela, a rede Globo esperou e estudou muito – há quem diga que a transmissão de um beijo entre duas mulheres no reality show Big Brother Brasil 14 (veja aqui) tenha sido um teste.

É curioso que um povo que costuma se enxergar como liberal esteja tão pouco acostumado a abrir espaço para relações homoafetivas na TV. Já os fãs de séries norte-americanas se acostumaram a ver personagens gays, sexualmente ativos, em seus programas favoritos.

Se seguir relembramos alguns momentos marcantes desta luta da comunidade gay nos EUA por maior espaço na teledramaturgia. O levantamento considera apenas atrações exibidas nos canais de TV aberta – deixando de lado programas de TV paga como Queer as Folk, The L Word, True Blood e outros, alvos de menor pressão, justamente por serem de acesso restrito a assinantes. Clique aqui para continuar a leitura »

Previously on… The New Normal

Data/Hora 08/01/2013, 14:26. Autor
Categorias Opinião


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Antes de qualquer coisa, gostaria de me desculpar, mais uma vez, pela ausência e atraso nas reviews de The New Normal. Estive tão ocupado ultimamente que quando vi o atraso já era grande demais. Por isso, resolvi fazer uma espécie de recapitulação comentada para nos prepararmos para o retorno da série amanhã. The New Normal se tornou a menina dos meus olhos e agora, com as coisas finalmente entrando nos eixos, espero poder acertar minha situação e fazer o esforço máximo para que as reviews da série sejam postadas o mais rápido possível.

Dito isso, vamos ao que interessa. A última vez que escrevi sobre The New Normal foi antes da pausa causada pela cobertura das eleições e da supertempestade Sandy, por isso, temos muito assunto para colocar em dia. Para começar, é necessário comentar o episódio de halloween da série, que deixou de ser exibido por causa da supertempestade e depois foi disponibilizado para download nos EUA pelo iTunes.

The Para-New Normal Activity estabelece algumas tramas que sem este episódio ficam meio soltas no restante da trama. Por exemplo, neste episódio Clay, o pai de Shania, aparece de surpresa para passar o feriado com a garota na tentativa de se reaproximar da filha, já que está com um processo pela sua guarda, e com isso acaba decidindo se mudar para Los Angeles e tentar a carreira de ator. Achei ótima a ideia, já que Jayson Blair é garantia ótimas piadas.

Além disso, o episódio rende momentos impagáveis por parte de Bryan, como sempre, e participações para lá de incríveis. Nicole Richie aparece como ela mesma e rende um dos melhores momentos do episódio, quando ela e Bryan saem para comprar abóboras. Timing e interação nota 10 entre os dois. Quero Nicole sempre na série! A outra participação foi de George Takei (Star Trek), que aparece maquiando Bryan exageradamente engraçado. Ah, e também temos o momento mais “what?” da série: Nana e Rocky se aproximando. Apesar de que, pensando bem, se tem alguém com quem Nana pode se dar bem ali da turma é Rocky, já que apesar dos pensamentos opostos as duas possuem personalidades parecidas.

Dito isso sobre o episódio não exibido, podemos seguir em frente. Unplugged, que se tornou o oitavo oficial da temporada, retoma aos momentos de aprendizado e mudança para os futuros papais. Bryan e David decidem que precisam se desconectar um pouco do mundo e das tecnologias para poder dar a atenção necessária para o bebê quando ele nascer, tudo depois de uma cena hilária em que eles tentam aprender como realizar primeiros socorros em um bebê com uma professora tão insana quanto qualquer um desta série, cortesia da ótima participação da comediante Cheri Oteri. Em contrapartida, Rocky ensina Nana a usar a internet e ao criar uma conta no Twitter para a personagem de Ellen Barkin, ela nem imaginava estar criando um monstro virtual.

Unplugged ainda tem a ótima sacada de fazer do Bryan uma espécie de Ryan Murphy e tirar sarro de uma outra série do próprio produtor: Glee. Temos versões de todos os personagens da série musical fazendo graça com as personalidades dos personagens e dos atores.

No nono episódio, Pardon Me, vemos a versão “New Normal” do feriado de Ação de Graças. E como tudo na série, as coisas acabam não saindo da forma esperada. No episódio, motivados por mais um dos discursos nada realistas de Shania, mas que funcionam para eles e para a gente, David, Bryan, Goldie e Rocky decidem utilizar o jantar de thanksgiving para perdoar seus familiares com os quais estão com problemas. Claro que o perdão para Nana não dura muito, já que ela consegue extrapolar seu racismo de uma maneira tão desconcertante que junto com todos os outros problemas do dia fazem Bryan explodir e acabar com toda aquela encenação que não estava dando nada certo.

Mais uma vez vemos o equilíbrio perfeito que The New Normal carrega desde o seu início entre humor e drama com pitadas de comédia romântica açucarada. E também mais uma vez Andrew Rannells toma conta de cada cena em que está. Sobre o romance entre Goldie e o irmão de Rocky, continuo não vendo a mínima química entre os dois. Boooring!

The XY Factor gira em torno do sexo do bebê de Bryan e David. Contrariando a vontade dos dois de não saber se seria um menino ou uma menina, Goldie vai a outro médico para matar sua curiosidade. Como já era de se esperar, ela não aguenta e acaba soltando que os dois terão um menino, ou como o médico diz, “o gênero superior”. O que para David é a realização de um sonho, é o maior pesadelo de Bryan que acredita não ter o mínimo jeito para lidar com um garoto e que com isso não conseguirá ter um contato com o filho da forma que deseja.

Momentos de destaque do episódio: Shania e sua interpretação de Cher, simplesmente hilária. E não teve como não morrer de dó de Bryan quando ele sente que não se encaixa em nenhum dos grupos, nem no dos pais curtindo os filhos jogando futebol, nem no das mães que só estão ali para tomar vinho. Mas o momento também rendeu boas risadas com sua personificação, ou pelo menos, tentativa dela, de pai machão treinador de futebol. O episódio também marca a descoberta de Goldie sobre sua verdadeira vocação. Evolução para todos os personagens em um dos mais bem escritos e trabalhados roteiros da série.

Baby Proofing da continuidade no tema levantado lá no oitavo episódio: as aulas para cuidar melhor do bebê e preparar a casa para a chegada da criança. Cheri Oteri retorna como a louca professora que só em The New Normal teria o aval dos pais para ensinar qualquer coisa que seja sobre crianças. Mas, ao contrário de Unplugged, o episódio, como o próprio nome entrega, vai fundo no assunto de cuidados para garantir a segurança do bebê, o que começa a deixar Bryan louco.

O último episódio exibido antes do hiatus também serviu para criar uma nova subtrama para Jane, que decide se dedicar totalmente a criar uma carreira como corretora em Los Angeles. Esta linha mostra um pouco de uma Jane assustada e mais humana que finalmente encontra alguém pior que ela nos comentários depreciativos. No entanto, algo me incomodou bastante em Baby Proofing: as ações de David. Não acredito que alguém se torne tão obsessivo com proteção para um bebê que ainda vai levar alguns meses para nascer. Este fato me fez achar o episódio um pouco mais fraco que os outros.

Entretanto, o que é uma escorregadinha para uma série que vinha me agradando tanto? The New Normal continua sendo, na minha opinião, a melhor estreia da fall season e já consta na minha lista de favoritas. Mal posso esperar pelo retorno amanhã!!!

Analisando a primeira semana de Sessão de Terapia

Data/Hora 09/10/2012, 13:55. Autor
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Eu não assisti Be Tipul, a versão original de Sessão de Terapia. Também não assisti a In Treatment, a aclamada versão americana da HBO – na época eu não tinha o canal e o formato de um episódio por semana era desencorajador para quem já tinha uma agenda cheia de outras séries.

A agenda continua impossivelmente cheia, mas resolvi dar uma chance a produção nacional bastante elogiada antes de sua estréia. E, se falarmos somente de produção, ela realmente merece elogios: o formato de 30 minutos sem comerciais, o cenário acolhedor, a fotografia caprichada nos entregam um produto de qualidade comprovada. Clique aqui para continuar a leitura »

O Fim de Damages

Data/Hora 15/09/2012, 16:03. Autor
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Foram cinco anos de um embate velado, disfarçado por uma falsa simpatia e uma tentativa vã de convivência pacífica. O último episódio de Damages veio para amarrar as pontas soltas, não só da temporada, mas de toda a série. A parceria que se tornou uma obsessão mútua, teve enfim sua resolução, não sem deixar pelo caminho alguns danos irreparáveis. Depois das três primeiras temporadas beirando a perfeição e uma quarta que decepcionou boa parte da audiência, a quinta fechou a história da série de maneira satisfatória, mas não à altura do seu começo exemplar.

Desde o começo da temporada ficou claro que a real motivação das advogadas era travar uma luta pessoal, um duelo que decidiria de vez quem é a melhor. Pelo menos aparentemente, já que no fim do episódio, Patty deixa claro que na verdade queria tirar da Ellen o seu pior, ou melhor, dependendo do ponto de vista. E ela conseguiu. A aprendiz de capeta foi responsável por duas mortes, mesmo que indiretamente.

O caso foi escolhido por elas como se escolhe uma arena de batalha. De um lado a mentora, que sempre conseguiu ocultar o seu verdadeiro caráter muitas vezes até mesmo para o telespectador. Do outro a pupila, que sempre ficou indecisa entre o que precisava ser feito e o que a sua consciência permitia. O problema maior da trama apresentada foi usar personagens que não permitiram ao telespectador escolher um lado. Todos contribuíram de alguma forma para a morte de Naomi Walling. Qualquer um que levasse a pior seria mais que merecido.

Enquanto Ellen buscava vingança pela morte do seu noivo e sua tentativa de assassinato, Patty seguia em sua missão doentia de criar uma continuação de si mesma, usando a mais nova para perpetuar o seu legado, vendo nela a filha que perdeu. O que ela não sabia era que, em um determinado momento, a criação poderia se revoltar contra a criatura, causando danos irreparáveis, como a morte do seu filho. Foi interessante ver de onde saiu tanta obstinação das duas, e nos dois casos, o responsável foi o pai. As duas guardavam traumas, e precisavam provar que eram capazes de vencer, não por causa, mas apesar dos seus pais. Mas o final de cada uma foi bem diferente. Enquanto Parsons conseguir seguir em frente, deixando pra trás não só a sua carreira como advogada, mas toda a mágoa que guardava, Hewes não conseguiu esquecer tudo o que passou. Mas o pior de tudo foi ver que tinha perdido a sua melhor obra, Ellen Parsons.

Sobre o episódio em si, poderia ser mais sutil e menos didático. A necessidade de mostrar tudo tão detalhadamente passou a impressão de que a história era tão mal elaborada que precisava de algo a mais para convencer. Sem contar alguns furos de roteiro, como o assassinato do hacker Samurai Seven que não foi explicado. Ou a morte do Rutger Simon, que mereceria uma investigação mais detalhada. Apesar de alguns derrapes, Damages vai fazer falta. Muitos defendiam que a série terminasse na terceira temporada, mas foi interessante saber mais da história pregressa de Patty Hewes. A série marcou por roteiros elaborados, estrutura narrativa interessante e um elenco de primeira. Com certeza merece ser revista dentro de algum tempo.

#TeleSéries10Anos: Eu nasci há 10 anos atrás…


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Em agosto de 2002, quando o TeleSéries nasceu, a forma como acompanhávamos séries de TV era outra. E o site meio que nasceu da ideia de mediar a comunicação entre os canais de TV paga brasileiros e os telespectadores. Não havia outro jeito: não haviam redes sociais, os lançamentos em DVD eram tímidos, as conexões streaming que hoje permitem assistir a seriados em tempo real não existiam e, o acesso a banda larga ainda era restrito, com a transferência de arquivos pelas rede P2P ainda engatinhando (e, derrotado nos tribunais, a primeira grande ferramenta de compartilhamento, o Napster, já saia de cena). As notícias sobre séries na internet eram muitas. Mas em português as fontes eram escassas. Na grande imprensa, os textos sobre o assunto geralmente eram confusos e incorretos.

E a programação? Clique aqui para continuar a leitura »

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