Dia das Crianças: é dia de sorvete com a galera de ‘Full House’!


Warning: Undefined variable $post_id in /home1/telese04/public_html/wp-content/themes/thestudio/archive.php on line 23
thumb image

Há 26 anos, a ABC estreava Full House, um grande fenômeno de audiência e clássico no mundo das sitcoms. Mais conhecida no Brasil como Três é Demais, a série fez sucesso através da TV aberta, narrando a divertida história de Danny Tanner (Bob Saget), um jovem viúvo que encara a missão de ser pai solteiro de nada mais nada menos que um trio de meninas – D. J. (Candace Cameron), Stephanie (Jodie Sweetin) e Michelle (Mary Kate e Ashley Olsen). No ar durante oito temporadas, entre 1987 e 1995, a série foi marcada também pelos queridos tios Jessie Katsopolis (John Stamos, o colírio dos anos 1990) e Joey Gladstone (Dave Coulier), que, junto com Danny, dividiram as alegrias e as preocupações da paternidade. E, como hoje é Dia das Crianças, nada como comemorar essa data especial com uma gostosa pitada de Full House na cozinha do Teleséries.

 

Como já diria a marchinha de carnaval, “recordar é viver”. Se há uma série que faz despertar a criança eterna desta colunista que vos fala, é Full House. Só de ouvir a trilha de abertura – everywhere you look, there’s a heart, a hand to hold on to… – lembro-me da ansiedade em frente à televisão, esperando pelas aventuras diárias dos Tanner, e da tristeza quando descobria que a série estava fora do ar ou tinha mudado de horário. Também me vem à lembrança alguns anos mais tarde, quando a TV paga começou a transmitir o programa na madrugada, e o desafio era não perder a briga para o sono – tudo para saber qual seria a lição que as garotas aprenderiam naquele episódio. Hoje, graças à maravilha da internet, Full House está a um click de distância, e aí a tecnologia vai ajudando a matar a saudade das belas lembranças de infância.

FullHouse2

Com uma atuação impecável e afinada do elenco e um roteiro bastante dinâmico, Full House foi uma série, sem dúvidas, diferenciada. Produzida por Jesse Frederick – responsável por Family Matters e Step By Step, outros dois sucessos familiares da ABC –, de forma inteligente e divertida, a série tinha como foco narrar as peripécias do crescimento das filhas de Danny, cada uma em um estágio diferente de crescimento – adolescência (D. J.), infância (Stephanie) e primeiros anos (Michelle). Entre conversas, desentendimentos, lições e conselhos, os três papais enfrentaram as mais variadas situações, desde um simples escovar de dentes ou da roupa colocada ao contrário, até os grandes desafios do amadurecimento e dos valores pessoais. Tudo isso, é claro, embalado por boas doses de confusão e risadas ao lado de Comet (Buddy), o querido golden retriever da família, Kimmy Gibler (Andrea Barber), a louca e divertida melhor amiga de D.J., e também da tia Becky (Lori Loughlin), esposa do tio Jesse e mãe dos gêmeos Nicky e Alex (Blake e Dylan Tuomy-Wilhoit), os mais novos desafios que aterrissaram na grande família de São Francisco nas últimas três temporadas.

FullHouse3 Dentre tantos elementos para o sucesso de Full House, um grande destaque dessa querida família é Michelle, a adorável filha mais nova de Danny. Interpretada pelas gêmeas Mary Kate e Ashley Olsen, que entraram no elenco com apenas nove meses de idade [alavancando uma carreira sólida depois da série], a personagem é motivo de muitas cenas engraçadas e emocionantes ao longo dos anos, sempre espevitada, esperta e amorosa. As expressões “You Got It Dude!” (Você entendeu, cara!), “Oh Baby!” e “You’re in trouble, mister! (Você está em problemas, senhor!)” são apenas algumas das marcas registradas da personagem, que sempre tinha respostas prontas para todas as situações. Outra característica marcante de Michelle, e o motivo para eu estar falando tanto dela por aqui, é a sua fama de bom garfo. Desde os primeiros anos de vida, várias são as cenas de Michelle provando e, literalmente, devorando alguma coisa deliciosa.

FullHouse4

Especialmente entre a terceira e a quinta temporada, são incontáveis as cenas hilárias dos momentos de Michelle na cozinha. A personagem é tão famosa por sua ligação com o papá que, inclusive, há um site (em inglês) que lista oito lições que devemos aprender com a Michelle, cheio de gifs da pequena. Quanto às preferências à mesa, Michelle, assim como muitas crianças, adora o mundo dos doces. Ela é uma sugar freak (maníaca por doces), como diz Jesse. Bolos e cookies não têm escapatória quando aparece a formiguinha da família Tanner!  Mas se é para a gente falar bem a verdade, o que ela não vivia mesmo era sem o ice cream (sorvete) – ou, como Michelle dizia, ouce cream. Inclusive, várias são as vezes que sorvetes são utilizados para pequenas chantagens e confissões, como no episódio Gotta Dance (s05e07), em que Jesse usa uma taça de sundae para convencer Michelle a contar o segredo da festa de Becky.

Jessie:

Michelle, minha querida, eu tenho uma surpresa para você!

Michelle:

Oh Baby!

Jessie:

Não tão rápido, sua pequena maníaca por doces!

Então, Michelle, enquanto eu faço esse sundae triplo, com cobertura dobrada, chantilly e uma cereja no topo, eu tenho uma curiosidade. Tem algum tipo…eu não sei, um segredo sobre essa festa que Becky vai dar?

Michelle:

Eu não posso te dizer. Você esqueceu um pedaço.

Jessie:

Bem, Michelle, eu com certeza adoraria dividir sundae com você…

Michelle:

Eu com certeza adoraria também.

Jessie:

Hum, quem sabe falamos sobre aquele segredo, então?

Michelle:

O que eu faço? O que eu faço?

Jessie:

Bem, você poderia começar segurando a colher enquanto eu coloco essas gotinhas de chocolate…

Michelle:

Gotinhas de chocolate?!

Jessie:

Aham! E a sua favorita: a cereja!

Michelle:

A festa é um chá de bebê! Agora largue essa cereja!

Jessie:

Aha!! Chá de bebê, é pior do que eu pensava! Obrigado Michelle!

Michelle:

De nada…

Jessie:

Huuum, não tem nada mais que eu queira saber. Odiaria atrapalhar o seu jantar!

 

Para alegria geral da galera, resolvemos homenagear a nossa querida garotinha de Full House com um gostoso sorvete. Como hoje é Dia das Crianças, nada melhor do que levar a molecada para a cozinha junto com o “pessoal grande” e fazer uma sobremesa maravilhosa. Então, para que isso seja possível, o Teleséries correu atrás de uma receita de sorvete fácil de sorvete, com ingredientes baratos e simples e com aquele toque de comida caseira. E sabe o melhor de tudo? O tempo. Em apenas 15 minutos o seu sorvete estará pronto para ser devorado. Duvidou? Então curte aí a nossa dica para hoje!

Sorvete de 15 minutos de Full House

FullHouse5

Ingredientes:

Cubos de gelo

6 colheres de sopa de sal grosso

½ xícara (chá) de leite

1 colher (sopa) de açúcar

¼ colher (sopa) de extrato de baunilha

Outros itens:

Dois sacos plásticos sem furos – um grande (3L) e um pequeno (1L)

Pano de cozinha

Modo de fazer:

1. No saco plástico maior, coloque os gelos e o sal e reserve.

2. No saco menor, coloque o leite, o açúcar e a baunilha, feche bem e misture.

3. Coloque o saco menor dentro do maior. Por fora, envolva o saco maior em um pano de cozinha.

4. Comece a sacudir o saco e faça essa tarefa por cerca de 10 minutos.

5. E está pronto o sorvete! Basta servir com a sua cobertura favorita.

No início, pode até parecer que não vai dar certo, mas dá! Depois de sacudir bem, quando você abrir o saquinho menor verá que dentro dele estará um sorvetinho bem cremoso. Quanto mais tempo você sacudir, mais cremoso vai ficar. Essa tarefa é ótima para você delegar ao seu filho [ou primo, sobrinho, irmão], pois é uma atividade super fácil e vai fazer a criança se sentir parte da cozinha! Depois de pronto, basta escolher a cobertura favorita e decorar com as guloseimas que você mais gosta (quanto mais misturinhas, melhor!). Já que a ocasião é Dia das Crianças, nada como colorir bem e servir com uma decoração alegre e divertida! Como esse sorvete não leva conservantes nem emulsificantes e é bem leve, ele deve ser consumido na hora, pois estará no ponto. Quando começa a derreter, a textura fica um pouco mais aguada, semelhante a uma raspadinha ou ao sacolé (picolé de saquinho). Essa receita dá bem certinho para uma porção como a da foto. Imagina chegar em casa louco por um sorvete e poder fazer um em poucos minutos, sem gastar muito e, ainda por cima, sabendo que vai ficar uma delícia?

E, se você achar que vai ter dor no braço balançando o saquinho ou está querendo um brinquedo novo, já existe por aí uma bola de fazer sorvete, que usa o mesmo sistema da nossa receita de hoje. Bem criativa e lúdica, em clima de Dia das Crianças.

Agora, deixa eu ir lá, antes que alguma Michelle coma todo o sorvete sozinha!

Feliz Dia das Crianças!

‘Dexter’: o cara dos donuts!


Warning: Undefined variable $post_id in /home1/telese04/public_html/wp-content/themes/thestudio/archive.php on line 23
thumb image

O último domingo (22) deixou milhões de fãs órfãos de um dos grandes ícones da televisão norte-americana nos últimos tempos. Há oito anos, Dexter entrava em nossas casas para contar a nada convencional história de um analista forense e o seu Dark Passenger (Passageiro Sombrio) – o secreto alter ego de Dexter Morgan (Michael C. Hall), o carismático e misterioso serial killer de Miami Beach. Com abertura e trilha sonora marcantes, o piloto, em 2005, delineou os primeiros passos de uma série irreverente e polêmica, que conquistou o público e bateu o recorde de audiência do canal Showtime, com impressionantes 2,8 milhões de espectadores em seu episódio de despedida.

 

Em um constante e conflituoso intercâmbio entre o desejo de matar e a necessidade de manter uma aparência “normal”, Dexter calçou a sua vida adulta nos ensinamentos do Harry’s Code. O código, baseado numa série de normas e valores, foi ensinado por Harry (James Remar), o pai adotivo de Dexter – e uma das pessoas mais importantes na história do psicopata –, o qual ensinou ao filho como controlar o seu Passageiro Sombrio e, também, a conviver normalmente com as outras pessoas, em especial às mais próximas, como a irmã Debra (Jennifer Carpenter). Na trajetória de humanização de Dexter, Harry ensinou ao rapaz a não ser uma ameaça para os cidadãos comuns, mas sim para outros assassinos, fazendo com que as mortes executadas por ele não fossem em vão. Ou seja, era quase como se Dexter fosse o matador da justiça. E claro que nós, ansiosos ao desfecho de cada caso, acabamos levantando a bandeira do herói. Ou vai dizer que o seu coraçãozinho não saia pela boca quando Dexter estava em apuros?

Harry Morgan (Popping Cherry, s01e03):

“Quando você tira a vida de um homem, você não está apenas o matando. Você está apagando todas as coisas que ele poderia ser. Como um policial, eu apenas aponto a minha arma para salvar a vida – esse é o código que eu vivo. Matar deve servir a um propósito. De outra forma, é apenas um plano de assassinato.”

A desconhecida dupla identidade de Dexter, que transita entre a sua personalidade psicótica natural e a fingida rotina padrão de bom profissional – e, também, pai de família, com o desenvolvimento da história – é o que mantém o gancho da série. A cada temporada, um caso principal desafiava os rituais e métodos de trabalho do serial killer. Cada um dos assassinos mostrava e desconstruía pedaços da história de Dexter. É quase como eles, no decorrer dos anos, estivessem planejados para, aos poucos, revelar a verdadeira face criminosa do analista – a qual, nem mesmo ele compreendia completamente.

“Talvez haja um lugar para mim nesse mundo…apenas como eu sou.”

Entre descobertas da história de sua vida, assassinatos muito bem planejados e diversos desafios, o sangue frio e a falta de noção de convivência de Dexter foram motivos de cenas tanto trágicas como engraçadas. A eterna expressão indecifrável e enigmática marcada pela atuação única de Hall, ao longo dos anos, deixou Dexter imortalizado como um personagem inquieto, sombrio, mas estranhamente alegre e satisfeito, sempre lutando com seus monstros psicológicos e guardando cada uma de suas pequenas vitórias de sangue dentro do ar-condicionado da sala de estar.

“É comum da natureza humana guardarmos alguns segredos sobre nós mesmos. Eu tinjo meu cabelo. Eu assisto pornografia na internet. Mas e se toda a sua vida fosse um segredo? Uma mentira. E expor a verdade poderia destruir tudo aquilo que você é. O que você faz? Foge?” (Dexter, em Are You…? – s07e01)

Para manter tanta energia e focar nas suas matanças arquitetadas, em pelo menos uma coisa Dexter soa como um reles mortal: o apreço por boa comida! Se há outra coisa em que o analista forense é especialista, além de sangue, é em comer bem – especialmente quando está dirigindo! Entre seus planejamentos, conversas solitárias e, até mesmo na chegada da cena dos crimes, Dexter está sempre beslicando uma coisinha aqui ou ali. Mas, além das delícias culinárias, o que ele parece mais apreciar na comida é a facilidade com que ela o ajuda a se esconder das outras pessoas. Em oito anos de mortes, investigações e relações tensas, um prato ficou famoso no Departamento de Polícia do Condado de Miami-Dade: donuts (huuuum! Aquelas rosquinhas fritas deliciosas!). Sob a máscara de bom moço, Dexter escondia seu lado antissocial e nada ordinário com muitas caixas quentinhas do Sadie’s Donuts. A cada novo caso surgia a necessidade de colocar em prática suas habilidades de bate-papo com os colegas e, para isso, o analista-serial killer nem tinha dúvidas: ele era Dexter, the donut guy (o cara dos donuts). E, hoje, ele vai dividir essa sobremesa deliciosa com a gente para mais uma receitinha do Teleséries.

Afinal, é donut ou doughnut?

Aqui no Brasil, conhecemos bastante a palavra donut que, na verdade, é apenas um diminutivo de doughnut, o nome tradicional da receita. A origem da palavra formada por “dough” (massa) + “nut” (nozes) é creditada à forma como esse doce era feito em seus primórdios. Então, para a gente entender um pouquinho, senta que lá vem a história (haha!). A origem de massas fritas, ao estilo do donut, é bastante antiga, remontando, inclusive, influências dos povos Romano e Grego, que fritavam suas massas de pastelaria e as condimentavam com mel ou, até mesmo, molho de peixe. Mas o donut como conhecemos hoje, que se espalhou como febre nos Estados Unidos no século XX, chegou aos norte-americanos através dos imigrantes holandeses. Eles tinham um prato chamado olykoeks (ou “oil cakes” – bolos de azeite), que consistia em bolas de massa fritas em banha de porco. Como o centro do bolo nem sempre ficava cozido como a parte de fora, os holandeses serviam os olykoeks recheados de frutas ou nozes, pois eram produtos que não necessitavam cozimento. Assim, uma das concepções é de que o nome tenha surgido dessa forma de fazer o pão, inserindo a “nut” na “dough”. Na metade do século XX, foi lançada nos Estados Unidos a primeira máquina automática de donuts, os quais foram anunciados como “a comida hit no Século do Progresso“. Desde então, o prato se tornou uma espécie de comfort food norte-americana, muito apreciada em lanches e no café da manhã. O formato anelado – o mais conhecido de todos – teve origem na necessidade do cozimento igual de toda a massa. O melhoramento se desenvolveu no século XIX, época que os holandeses chegaram aos Estados Unidos, através do capitão Hansen Gregory, que, a bordo de seu navio, teve a ideia de dar esse formato ao doce. Apesar de ser o tipo de donut mais famoso, os norte-americanos também os fazem em vários outros formatos, inclusive o modelo antigo da massa inteira com recheios, que lembra o nosso famoso sonho brasileiro.

Doughnuts de Dexter

Ingredientes:

10g de fermento biológico seco

¾  xícara (chá) de leite morno

3 xícaras (chá) de farinha de trigo

½ xícara (chá) de açúcar

2 colheres de manteiga/margarina

1 ovo inteiro

1 pitada de sal

1 colher (sopa) de extrato de baunilha

Óleo para fritar

Coberturas e confeitos a gosto

Modo de fazer:

1. Dissolva o fermento no leite morno e deixe descansar por cerca de 10 minutos.

2. Em uma tigela, misture todos os outros ingredientes, exceto o óleo e as coberturas, para fazer a massa.

3. Adicione o fermento e trabalhe a massa, sovando bastante até que fique lisinha, sem grudar nas mãos. Deixe descansar por 1h.

4. Abra a massa com auxílio de um rolo, na espessura de um dedo.

5. Molde os anéis com um cortador ou um copo. O tamanho do donut dependerá do diâmetro de corte. Para um donut grande, sugiro a largura do bocal de um copo de uísque. Faça o furo do centro com com o auxílio de um cortador ou uma tampa de plástico.

6. Depois de moldar a massa, deixe descansar por mais 30 minutos.

7. Então, chega a hora de você escolher: donut frito (tradicional) ou assado. Eu fiz das duas maneiras.

– Para o frito: aqueça o óleo em temperatura média (se estiver muito quente, o donut irá tostar e não cozinhará bem). Frite as massas dos dois lados, de forma que doure igualmente. Escorra a gordura com auxílio de  uma escumadeira e coloque os donuts em um refratário forrado com papel absorvente.

– Para o assado: espalhe as porções de massa em uma assadeira untada com óleo. O tempo de forno é cerca de 25 minutos, em temperatura média (180ºC a 200ºC) – na metade do tempo, você pode virar a massa para tostar dos dois lados.

8. Decore os donuts com a cobertura que você desejar.

E é só se lambuzar comendo! Você vai reparar que, durante a fritura ou o cozimento, a massa vai crescer mais um pouco, deixando o donut bem aerado e fofinho. Apesar do tipo frito ser o original, me atrevo a dizer que gostei mais do assado (bem mais saudável). Você pode, também, cortá-los ao meio e rechear. Nessa hora, deixe a criatividade rolar e não esqueça de usar aquele recheio que você mais gosta. Eu fiz vários com creme de avelã, açúcar e canela e leite condensado – ficou simplesmente uma delícia! Se você preferir, o donut sem cobertura nenhuma também é muito bom, parece uma rosquinha. A dica para acompanhar esse belo pão doce é o café preto, bem à moda norte-americana. Ah, outra ideia é variar nos tamanhos, fazer alguns pequenos, outros médios e os grandes. Ao total, nessa tripla divisão, minha massa rendeu cerca de 20 donuts.

E é só aproveitar! Se você ainda não conhece Dexter, sinta-se mais do que convidado a ocupar um bom lugar no sofá e dar o play – muito bem acompanhado pelos seus saborosos donuts!

E como diz Vince Masuka (C.S. Lee), é sempre bom lembrar: “O tipo de donut escolhido diz muito sobre um homem”. 🙂

O hambúrguer perfeito de ‘How I Met Your Mother’


Warning: Undefined variable $post_id in /home1/telese04/public_html/wp-content/themes/thestudio/archive.php on line 23
thumb image

Depois de oito anos de risadas hilárias, muitas partidas de Laser Tag, várias lições do Bro Code e do Play Book, micos gigantescos, intervenções polêmicas, misteriosos doppelgangers (sósias), reviravoltas profissionais e uma especial tendência a desencontros amorosos, a saga dos amigos Ted Mosby (Josh Radnor), Lily Aldrin (Alyson Hannigan), Marshall Eriksen (Jason Segel), Robin Scherbatsky (Cobie Smulders) e Barney Stinson (Neil Patrick Harris) está em clima de despedida. Em menos de dez dias, estreia a última temporada de How I Met Your Mother (HIMYM) – dando fim à ansiedade dos que sabem o que é esperar quase uma década para saber se Ted finalmente encontrará a tão sonhada dona do guarda-chuva amarelo (e do seu coraçãozinho!).

Ted – em Lucky Penny (2×15):

“Filhos, uma coisa engraçada do destino. Eu pensei que eu estava fadado a conseguir aquele trabalho, mas eu estava errado. Meu destino era ficar em Nova Iorque. Porque, se eu não tivesse, nunca teria conhecido a sua mãe.”

Como sempre, as criativas e inusitadas histórias nova-iorquinas vividas pela gang – inspiradas em vivências dos criadores da série, Carter Bays e Craig Thomas – eram lembradas em trechos como esse, nos quais o Futuro Ted (na voz do ator Bob Saget) preparava o terreno para contar aos filhos sobre as suas aventuras com os uncles (tios) e, claro, a forma como ele conheceu o amor da sua vida. Mas, até chegar em 2030, ano em que as histórias são lembradas, Ted e os amigos passaram por vários momentos, que, como sempre lembrado por Barney, foram lendários.

Barney:

Faça todas as noites lendárias!

Entre os longos anos de amizade e experiências, o que não faltou em HIMYM foram bons comes e bebes. Já no piloto, damos nossa primeira volta pelo MacLaren’s Pub, local que é quase como a extensão da casa do quinteto (ainda mais que o apartamento de Ted, Lily e Marshall era longo no andar de cima!). Lá, canecos incontáveis de chopp e lanches saborosos embalaram alegrias e tristezas dos vinte e poucos anos do grupo, repetindo o famoso estilo de outras sitcoms de sucesso, como Seinfeld e Friends.

Mas nem só de MacLaren’s foram recheadas as gostosas horas de papo de HIMYM. Em oito temporadas, os apartamentos da gang e os seus locais de trabalho se tornaram postos para diversas experiências culinárias, assim como os vários restaurantes e bares de Nova Iorque frequentados pelo grupo. As casas dos familiares também eram ponto certo de garfo e faca na mão, em especial no recinto dos Eriksen, em Minessota, onde tudo poderia estar faltando – menos o amor pela boa comidinha da mamãe! A influência do mundo culinário, além da mesa, levou a série ainda mais longe, com a fantasia especial de Halloween de Ted, no episódio Canning Randy (6×07): uma roupa de corpo inteiro com formato de cachorro-quente.

Se pareceu que a coisa ia acabar por aí, HIMYM tem ainda mais segredinhos de cozinha para mostrar. Na 4ª temporada, a série dedicou um episódio inteiro para falar sobre comida. Em The Best Burger in New York (4×02), Marshall convence a gang a ajudá-lo a encontrar o lugar onde ele comeu o melhor hambúrguer de sua vida, logo que chegou à Nova Iorque. No episódio, são incontáveis as cenas dos personagens comendo burgers dos mais variados tipos para mostrar as tentativas da busca de Marshall. Ainda, o grupo conhece o ator Regis Philibin (America’s Got Talent), uma celebridade apaixonada pelo sanduíche que, inclusive, tem um quadro autografado no local. Porém, assim como Marshall, Philibin nunca mais encontrou o restaurante e conta com a gang para finalmente devorar o maravilhoso hambúrguer. Depois de muita procura, deprimido, Marshall quase desiste de sua empreitada. Porém, com a ajuda de Lily e de uma garçonete, descobre o novo endereço do sonhado estabelecimento. Para alegria de todos, menos de Robin – que passou o episódio inteiro faminta – a turma sai, mais uma vez, à caminho do hambúrguer perfeito de Marshall.

 

Robin:

Enfim, é apenas um burger.

Marshall:

Apenas um burger? Apenas um burger. Robin, é muito mais do que “só um burger”. Quer dizer…aquela primeira mordida – oh, é o céu aquela primeira mordida. O pão, como um seio sardento e angelical de gergilim, repousando gentilmente no ketchup e na mostarda abaixo, sabores se misturando em uma sedutora dança. E, então, um picles! O mais brincalhão e pequeno picles! Então uma fatia de tomate, uma folha de alface e…um bife tão gostoso, rodopiando na sua boca, se quebrando, e combinando de novo em uma fuga doce e saborosa, tão deliciosa. Esse não é um mero sanduíche de carne grelhada e pão tostado, Robin. Isso é Deus falando com a gente através da comida.

Enfim, depois de muita procura, o desejo de anos se tornou realidade. Após um momento de tensão, em que todos esperavam pelo primeiro veredicto de Marshall, uma onda de alegria pairou no ar (veja a foto de capa!). Eles tinham encontrado o hambúrguer!

Hambúrgueres – um pouquinho de história

Os hamburgers (hambúrgueres) são bastante comuns (e populares!) na culinária norte-americana e marcaram sua presença especialmente no século XX. Geralmente, são associados aos restaurantes de fast food e, aqui no Brasil, sua entrada na nossa cozinha seguiu esse tipo de padrão. No entanto, assim como todos os alimentos apropriados pela indústria, os hambúrgueres vêm de uma raíz artesanal, caseira. Bastante diferente dos pequenos e padronizados sanduíches que vemos por aí, o hambúrguer norte-americano tradicional – feito em casa e nos restaurantes locais – é maior e possui bifes feito à mão, com uma seleção especial de carnes moídas, que eles chamam de patty of ground beef  (empada de carne moída). O surgimento do sanduíche ícone dos Estados Unidos é um pouco incerta, pois há uma disputa entre os diversos tipos de hambúrguer e muitos foram os que se auto-clamaram criadores. No entanto, acredita-se que, na receita, há grande contribuição dos imigrantes alemães de Hamburgo – o próprio nome é uma referência -, que introduziram nos Estados Unidos o tradicional bife de carne moída, o qual, adicionado ao pão dos norte-americanos, tornou-se o tão conhecido sanduíche. Geralmente, os hambúrgueres norte-americanos levam, como complementos, tomates, cebolas, picles, ketchup, mostarda, maionese e queijo. No entanto, essa não é uma regra, pois há muitas variações desse prato, que já se tornou algo como um patrimônio mundial, cada país com uma receita diferente. Mas, para fazer o especial do Marshall, vamos atacar a la americana.

O Hambúrguer Perfeito de How I Met Your Mother

Ingredientes:

Pão de hambúrguer

Cebolas em fatias

Tomates em fatias

Pepinos em conserva picados (sugestão para substituir o picles)

Folhas de alface

Queijo fatiado (sugestões: mussarela, prato, cheddar)

Ketchup

Mostarda

Maionese

Para os bifes:

600g de carne moída (sugestões: patinho, fraldinha, coxão de dentro)

Alecrim a gosto

Sal e pimenta a gosto

1 ovo

1 colher (sopa) de amido de milho

Modo de fazer:

1. Em uma tigela, misture bem a carne, os temperos, o ovo e o amido de milho, fazendo tipo uma massa com a carne. O ovo e o amido é que ajudarão a dar liga para montar os bifes.

2. Faça os bifes prensando-os com as palmas das mãos, deixando cada um com cerca de 1 dedo de espessura (o bife deve ser mais graúdo para não secar e manter uma consistência macia e suculenta).

3. Frite os bifes em uma frigideira anti-aderente bem quente – cerca de 3 a 4 minutos para cada lado (se for utilizar uma frigideira de outro tipo, coloque um pouco de gordura para que a carne não grude).  Se você quiser a carne um pouco mais passada, deixe por mais tempo, sempre cuidando para não queimar.

4. Com os bifes prontos, basta montar. Eu escolhi esta ordem: pão, maionese, alface, bife, cebolas e picles, tomate, ketchup e mostarda, queijo, pão.

E está pronto o hambúrguer perfeito do Marshall. Bastante fácil de preparar e fica uma delícia! Com essa receita, dá para fazer de 8 a 9 bifes, dependendo do tamanho. Claro, que se preferir, você pode comprar bife pronto, mas, garanto: o sabor não é nem perto o desse caseiro!  O que também é legal nessa receita é que ela não leva farinha de trigo ou de rosca, geralmente usadas para bifes, as quais possuem glúten. Assim, o pessoal que não pode comer essa proteína, fica tranquilinho para experimentar a receita. Ainda, se você preferir, pode escolher um pão integral, ao invés do tradicional adocicado, que usamos tanto em hambúrgueres como para cachorro-quente.

Ah, e antes de dar tchau e partir para uma mordida gostosa nesse hambúrguer caseiro, vale uma lembrança: hambúrguer pode, sim, ser uma comida bem nutritiva e saudável. Todos os ingredientes dessa receita podem ser adaptáveis para versões integrais e menos calóricas e, o melhor de tudo, é que o hambúrguer contempla vários grupos alimentares – é uma refeição praticamente completa!

Bom apetite!

 

Fotos da comida: Guilherme Moreira

Ei, pare já aí! A cozinha de ‘Orange is The New Black’ vai te prender!

Data/Hora 24/08/2013, 11:24. Autor
Categorias Gastronomia


Warning: Undefined variable $post_id in /home1/telese04/public_html/wp-content/themes/thestudio/archive.php on line 23
thumb image

Piper Chapman:

“The food here is disgusting!”  (A comida aqui é horrível!)

Começar a transformadora jornada com uma atitude nada cuidadosa foi um dos primeiros – e, se não, um dos maiores – erros da doce Pipes, que logo se torna Chapman, a mais nova detenta da prisão feminina de Orange is the New Black. No piloto, I Wasn’t Ready (01×13), em uma tentativa desesperada de se enturmar – longe de confortos, amigos e liberdade –, a loirinha faz, segundo as palavras de Nicky (Natasha Lyonne), um epic fuck up (uma grande bisada na bola): desprezou a comida de Galina Reznikov (Kate Mulgrew), a controladora cozinheira russa da penitenciária de Litchfield, conhecida como Red. Em resposta ao insulto, nada pareceu mais justo a mestre cuca do que o morning special preparado para Piper no dia seguinte: um sanduíche recheado com absorvente usado (eca!).

Mas a punição não ficou apenas por isso. Até mostrar o seu merecimento e esforço – que culminou com a produção de um creme à base de pimenta jalapeño para Red (02×13) –, Piper definhou dias e dias sem comer, até mesmo rejeitando um bolo oferecido pela sua ex-namorada e atual colega de prisão, Alex (Laura Preston). Afinal, se ela queria ganhar a confiança de uma das mulheres mais poderosas de Litchfield, teria de mostrar a sua fibra. Com a situação resolvida, o sofrimento de Piper é amenizado – em uma cômica e devoradora cena – com um verdadeiro café da manhã especial regado à waffle e frutas.

É claro que, apesar de sua declaração infeliz, Piper não estava totalmente errada – apesar da falta de noção. A comida de Red provavelmente não era a mais saborosa que ela já havia provado. Afinal, aquilo era uma prisão, não um restaurante. Era de se esperar que o cardápio não fosse um banquete (ou, ao menos, Piper deveria ter se dado conta disso). No entanto, não se pode tirar o mérito da bela equipe coordenada pela destemida russa. Como diz o famoso cozinheiro Anthony Bourdain, em seu livro Kitchen Confidential, o chefe deve ter consigo os melhores profissionais – aqueles em que se pode confiar para todas as missões –, formando uma “brigada”. E é esse o trabalho que Red e suas fiéis companheiras Norma (Annie Golden) e Gina (Abigail Savage) empenham todos os dias para servir centenas de refeições – sempre balanceadas, daquele tipo que faria feliz qualquer nutricionista!

Apesar da bravura, o que dá orgulho à Red em seu trabalho diário é o amor pela boa comida. Logo nos primeiros episódios de Orange, conhecemos sua história no pequeno estabelecimento que gerenciava com o marido antes de ser presa. Para ela, estar em uma prisão não significa que as pessoas devem comer mal com alimentos ruins. Ao contrário, ela faz de tudo para manter o ambiente limpo e o estoque cheio com os melhores ingredientes, tanto para a comida básica como para os dias festivos. Um ponto muito interessante que completa demais essa personagem é a paixão da própria atriz, Milgrew, pelo universo da comida. Em recente entrevista ao LA Weekly, ela comentou sobre a sua proximidade com Red e a alegria da cozinha. “Há um orgulho em cozinhar, uma generosidade e uma gratificação para isso. Você sente orgulho daquilo que está produzindo, é generoso porque quer alimentar as pessoas que você ama…Esse é um sentimento maravilhoso. É maternal, é sensual. Comida é vida”, declarou a atriz. Na série, um dos momentos mais enigmáticos e evidentes dessa dedicação e carinho está no episódio The Chickening (05×13), em uma atuação espetacular de Mulgrew, quando Red recebe a notícia de que a galinha perdida – uma história lendária de Litchfield – está rodando pelo pátio da penitenciária. O brilho nos olhos da cozinheira é uma injeção às suas potentes palavras: “Tudo o que eu queria era comer um frango que fosse mais esperto que os outros frangos [industrializados, falsos] e absorver o seu poder”.

Além de conhecer os alimentos e ter uma equipe organizada, um trunfo de Red é a parceria com Miss Claudette (Michelle Hurst), uma organizadíssima senhora de origem francesa – maniática como a Monica (Courteney Cox) de Friends –, que é como a sua sub-chefe. Juntas, as duas comandam a entrada e saída de tudo o que interessa à cozinha da penitenciária, sempre com muita rigidez e cuidado (e controle sanitário!). Essa relação, por vezes distante, se mostra muito forte – e culinariamente respeitosa – em Blood Donut (7×13), quando Ms. Claudette retorna à cozinha.

Red:

“Nós estávamos começando a pensar que você tinha nos abandonado”

….

“Eu tentei fazer aquele bolo de coco sozinha. Nicky chamou ele de sem-coco [coco-not]”

Ms. Claudette:

“Que punição você deu a ela por isso?”

Red:

“Ela estava certa, não há como imitar o seu bolo”.

De fato, o bolo de coco da Ms. Claudette é uma das receitas mais pedidas, desde o início, pelas detentas. Antes mesmo de aparecer nos episódios, a sobremesa já era requisitada como presença certa em todas as celebrações, especialmente nas despedidas, quando alguém finalmente conquistava a liberdade. O tempo em que Ms. Claudette esteve afastada da cozinha foi quando Red tentou reproduzir a receita da companheira e, mesmo sendo uma brava cuoca, faltou a pitadinha secreta da criadora do delicioso e famoso bolo de Litchfield. Com o final surpreendente da primeira temporada, que separou as duas colegas e instituiu uma nova equipe para a cozinha, nossa homenagem culinária de hoje é ao coconut cake, com mordidas esperançosas e cheias de ansiedade para saber o futuro da valiosa aliança franco-russa.

Coconut Cake de Orange is the New Black

Ingredientes:

4 ovos

3 xícaras (chá) de farinha de trigo

2 xícaras (chá) de açúcar

½ xícara (chá) de óleo vegetal

1 xícara (chá) de leite morno

2 colheres (chá) de extrato de baunilha

4 colheres (sopa) de coco ralado

2 colheres (sopa) de fermento químico

Pitada de sal

Para decorar:

Chantilly, leite condensado e coco ralado a gosto

Modo de fazer:

1. Em uma batedeira, misture os ovos e o açúcar até que a mistura cresça de volume e fique com coloração esbranquiçada.

2. Adicione o óleo, a baunilha, o coco e, aos poucos, insira a farinha, intercalando com o leite.

3. Quando a mistura estiver homogênea, desligue a batedeira, adicione o fermento e misture com uma colher.

4. Asse em uma forma retangular por cerca de 30 minutos, em forno médio pré-aquecido (180 a 200 C).

5. Se preferir, quando o bolo estiver frio, desenforme.

6. Faça furos na superfície do bolo e molhe com leite ou leite de coco.

7. Na sequência, faça uma cama de leite condensado e, por cima, espalhe o chantilly (caseiro ou pré-pronto) com auxílio de uma espátula.

8. Finalize a decoração com o coco ralado.

Apesar de serem vários passos, garanto que essa receita é bastante simples de fazer. Você precisará de duas ou três horas, pois é necessário que o bolo esfrie para não esfarelar ou quebrar na hora de umedecer e colocar as coberturas. A dica é comer gelado!

Na pesquisa para trazer essa delícia ao Teleséries, descobri que o coconut cake é um prato importante da cozinha sulista dos Estados Unidos, uma culinária de bastante apelo caseiro. Em 2007, a autora Nancie McDermott escreveu o livro Southern Cakes (Bolos do Sul), no qual faz referência ao bolo de coco como uma experiência única em família, especialmente na época de Natal, pois o prato é conhecido como uma holiday tradition (tradição de feriado). As receitas são incontáveis de tão famoso que é o prato e cada cozinheiro dá a sua pitada. Assim, para agradar os nossos leitores e prender os seus sentidos, montamos essa receita com ingredientes fáceis de encontrar e com o toque docinho do leite condensado e do chantilly que tanto marcam os doces brasileiros.

Be ready to surrender! (Estejam prontos para se render!)

 

Fotos da comida: Guilherme Moreira

Cozinha de Dia dos Pais ao estilo ‘Arrested Development’


Warning: Undefined variable $post_id in /home1/telese04/public_html/wp-content/themes/thestudio/archive.php on line 23
thumb image

A família (independente de sua conformação) é o primeiro núcleo social do ser humano. É nessa primeira comunidade que desenvolvemos noções de sobrevivência e na qual constituímos laços que nos ligam a outras pessoas por toda a vida. O convívio diário traz à tona diferenças e conflitos – os quais mostram como construir relacionamentos bons e duradouros, certamente, não é uma tarefa fácil. Se há alguém que tem noção disso desde cedo é Michael Bluth (Jason Bateman), o filho certinho de George (Jefrrey Tambor) e Lucille (Jessica Walter) – a pessoa mais madura da rica e disfuncional família de Arrested Development que, após sete anos, voltou para uma 4ª temporada em 2013.

Family First

“A família primeiro!” – essa é a máxima de Michael, mesmo com todos os problemas de sua louca e nada normal linhagem. Ao lado dos pais e dos irmãos, nem parece que todos foram criados sob o mesmo teto. A extrema noção de comprometimento faz do bom moço quase um pássaro fora do ninho, não fosse a presença de George Michael (Michael Cera), seu filho adolescente – e melhor amigo –, o único que parece ter herdado algum gene responsável no seio dos Bluth. Juntos, eles são os Bluth Boys (Garotos Bluth), os homenageados da cozinha do Teleséries nesse final de semana de Dia dos Pais.

Na primeira temporada, em 2003, conhecemos Michael, seus pais, irmãos e agregados. Na tentativa de resolver a pindaíba financeira causada na família pela prisão de George (o patriarca trambiqueiro e criador da construtora de mini-mansões, Bluth Company), o compenetrado Bluth não vê outra saída, senão deixar sua individualidade de lado para unir, novamente, seus entes [nem sempre] queridos.

É assim que ele e o filho passam a dividir o mesmo teto com os parentes e George Michael começa a entender os dilemas do pai. Buscando ao mesmo tempo se integrar à família e não desapontar os ensinamentos de Michael, o garoto não compreende bem seus próprios sentimentos – especialmente com sua paixonite pela espevitada prima Maeby (Alia Shawkat), que sempre o coloca em confusões. Juntos, os dois aprontam tanto que, até quando acreditam estar brincando, o tiro sai pela culatra: no episódio Fakin’ It (10×13), na 3ª temporada, a dupla casa legalmente sem querer, pensando que estão apenas fazendo parte de um teatro voluntário em um hospital.

A relação engraçada dos primos tem tudo a ver com a culinária festiva de domingo – especialmente pela ligação com daddy Michael. Seguindo os passos do pai, George Michael encara a sua primeira experiência de trabalho no The Bluth Original Frozen Banana (A Banana Congelada Original dos Bluth), um negócio inaugurado há décadas pelo avô, George, antes mesmo da Bluth Company.

A pequena empresa consiste em uma banquinha temática, no Oceanside Wharf (Ilha de Balboa – Praia de Newport), onde são vendidas bananas congeladas com cobertura de chocolate e nozes. Por mais simples que pareça a iniciativa, os vários anos de trabalho resultaram em lucros e tradição. There’s always Money on the banana stand! (Sempre tem dinheiro na banca de banana!) – máxima de George no episódio Top Banana (02×22), quando um incêndio, provocado por Michael, consumiu, além da banca, os U$250,000 muito bem escondidos nas paredes do estabelecimento.

Muito antes do incêndio, Michael tocou o negócio de George – e, não raro, o vemos dando uma mão em várias temporadas da série. No entanto, o novo Mr. Manager (senhor administrador) da tarefa é George Michael que vê, na banca, uma oportunidade para fugir, inicialmente, da prima Maeby. A alegria dura pouco, uma vez que o pai, chateado com o relaxamento dos irmãos – especialmente de Lindasy (Portia de Rossi), mãe de Maeby –, manda a sobrinha vender os quitutes junto com o filho, como forma de dar a ela alguma responsabilidade. De primeira, a coisa não dá muito certo, e George Michael vive com a prima o mesmo embate que o seu pai com o resto da família. Além de fazer sujeira com o chocolate, Maeby coage o garoto a pegar alguns dólares e, ainda, trabalha pouco. Mas, como a esperança é a última que morre, o negócio segue adiante – não que os problemas diminuam por completo: Arrested Development faz da banca das nanas motivo de muitas risadas com brigas de família, novas destruições e promoções muito loucas ao longo de suas temporadas.

As frozen bananas são um ícone tão interessante do seriado que, para marcar a estreia da 4ª temporada (2013), elas estrelaram uma ação promocional de Arrested Development. O portal Netflix, que produziu os 15 novos episódios lançados em maio, organizou uma turnê da banca de bananas na Inglaterra e nos Estados Unidos, onde os fãs tiveram a oportunidade de conhecer o banana stand, inclusive com a visita de algumas estrelas do seriado e a degustação do doce da família Bluth (de acordo com o vídeo, uma pessoa voltou 6 vezes para comer em Nova Iorque!).

 

Que o negócio da família Bluth é algo que mexe seriamente com os relacionamentos familiares – especialmente os de pai e filho – a gente já percebeu. O engraçado mesmo é reparar como o público é ligado nas peculiaridades do seriado. Com a missão de incluir o famoso prato de Arrested Development na comemoração de Dia dos Pais do Teleséries,  saímos em busca de receitas para as bananas congeladas. O resultado de materiais encontrados – a maioria em inglês – foi imenso, com fotos extremamente bem produzidas e vídeos e textos cheios de referências ao show. E para a galera do Brasil não ficar de fora, você confere em primeira mão, uma receita bem simples para fechar o almoço de domingo à la Arrested Development.

Bananas Congeladas com Chocolate – Arrested Development

Ingredientes:

4 bananas prata

250g de chocolate ao leite (derretido)

60g de nozes picadas (cerca de 20 unidades)

Palitos de churrasco ou picolé

Preparo:

1. Tire a casca das bananas e crave o palito de baixo para cima, mais ou menos até metade da banana.

2. Deite as bananas em um prato, preferencialmente enroladas com papel manteiga (para não criar gelo em volta). Deixe congelar por cerca de 2 horas (se for mais, melhor).

3. Derreta o chocolate conforme a embalagem (banho-maria ou microondas).

4. Passe cada banana no chocolate ainda quente, usando uma espátula para ajudar a espalhar, e salpique as nozes por cima. Nessa hora, o único cuidado é fazer com agilidade, pois o contraste de temperaturas vai fazer o chocolate endurecer rapidinho.

5. Sirva na sequência!

Com apenas 3 ingredientes rotineiros – com tanta banana, aqui no Brasil seria muito mais fácil que nos Estados Unidos para ter uma banquinha dessas – e 5 passos rápidos você terá uma bela sobremesa para acompanhar o seu almoço festivo. A textura é quase como daqueles picolés especiais, que tem uma camada crocante por fora e uma massinha consistente no meio. O sabor é surpreendentemente incrível e a apresentação do prato tem um toque diferenciado, mesmo com uma concepção bastante simples. Fica como sugestão ainda fazer alguns toppings (coberturas) diferentes, como com castanhas, amêndoas, flocos de arroz e, até mesmo, um chocolate granulado para dar uma chance para as crianças.

Se você tiver alguma dúvida e quiser ver alguém fazendo esse passo a passo, aconselho esse vídeo.

Bom Apetite!

 

Fotos (da comida): Guilherme Moreira

A alquimia do frango frito em ‘Breaking Bad’


Warning: Undefined variable $post_id in /home1/telese04/public_html/wp-content/themes/thestudio/archive.php on line 23
thumb image

Em menos de duas semanas, conforme anunciado no teaser da rede AMC, todas as coisas ruins devem chegar a um fim. No dia 11 de agosto, a conflituosa jornada de Walter White (Bryan Cranston) e Jesse Pinkman (Aaron Paul) tem desfecho marcado com a estreia da última parte da final season de Breaking Bad. Da corriqueira relação professor-aluno até a de dupla mais requisitada pelos chefes do narcotráfico de Albuquerque (estado norte-americano do Novo México), foram cinco temporadas de uma parceria de amor e ódio, sob o codinome Heisenberg. A transformação das vidas do pacato professor de química e do garoto vendedor de drogas começou com a produção caseira [em um trailer] do cristal mais puro que o mercado das metanfetaminas jamais havia visto.

Bem, você deve estar se perguntando: o que a fabricação de entorpecentes tem a ver com culinária? Em termos de Breaking Bad, tudo! Para White e Pinkman, o cooking (cozinhar) é essencial para o sucesso da produção de seus famosos alucinógenos de cor azulada. O dedicado trabalho exige, muito além de bom gosto, a receita certeira combinada com métodos precisos – uma alquimia digna de uma cozinha profissional.

No entanto, não é somente nos secretos laboratórios que a arte de cozinhar aparece no seriado. Após uma conturbada first season no underground do tráfico de drogas, inclusive, com a contratação de um advogado criminal para apagar a sujeira deixada pela blue meth (metanfetamina azul), Walter e Jesse embarcam em uma aventura aparentemente culinária: a descoberta de Los Pollos Hermanos (Os Irmãos Frangos). A empresa é uma rede especializada em frango frito, gerenciada pelo latino gente fina Gustavo Fring (Giancarlo Sposito), mais conhecido como Gus, e apadrinhada pela corporação alemã Madrigal Electromotive GmbH. Mas, apesar da indústria alimentícia ser uma carteira cheia de notas verdinhas, os bilhões de dólares que rodam na conta do império dos lanches têm faro aguçado para o cristal azul produzido em Albuquerque. O grandioso negócio de frangos encoberta uma discreta e bem arquitetada lavagem de dinheiro do narcotráfico, que, na 2ª temporada, surge como a solução para os problemas de produção e distribuição de Walter e Jesse. Na 4ª temporada, o episódio Hermanos (08×13) traz um comercial que mostra as várias filiais da rede estufando seus frangos com um recheio altamente lucrativo.

Ao longo de três temporadas da série (2ª a 4ª), especialmente na 3ª, a rede de lanches se torna o ponto principal de negociações e conflitos de Breaking Bad. Apresentado pelo advogado Saul (Bob Odenkirk), Gus é tido como um cara low-profile (baixa visibilidade) e extremamente profissional – que, de fato, cumpre com suas promessas e gosta de um serviço bem feito para garantir o melhor produto da região. Logo de cara, entrega a Walter um laboratório de última geração e, persuasivamente, molha a mão do professor com 1 milhão de dólares por mês de trabalho. Todos esses acertes, é claro, são feitos da maneira mais simpática e limpa possível, durante os vários lanches de Walter logo que a luz do celular pisca e avisa: Pollos.

Walter, novamente de bem com Jesse – e depois de se livrar de um novo e incompetente companheiro de laboratório –, consegue, por um tempo, tocar a produção de metanfetaminas com certa tranquilidade. Mas, como diz o célebre ditado, O seguro morreu de velho. O arriscado mundo do crime logo mostrou que nem com muito frango frito estaria saciada a fome de poder e controle de Gus que, desde o início, jogava Walter contra Jesse e, com o tempo, passou a desconfiar do professor – ainda mais com Hank (Dean Norris) e o departamento de polícia na sua cola. A saída do impasse foi o final eletrizante da penúltima temporada, quando Walter e Jesse destroem Gus e o deliciosamente inescrupuloso Los Pollos Hermanos e abrem caminho para a saga final da blue meth.

O frango frito é um prato tradicional da culinária norte-americana. Seu principal expoente é a rede Kentucky Fryed Chicken (KFC), criada na época da Grande Depressão (século XX). A cadeia, que é mundialmente conhecida (é a segunda maior, atrás apenas do McDonald’s), influenciou uma série de outros restaurantes no país (no entanto, reza a lenda que a receita original de 11 temperos do KFC está guardada às sete chaves). Hoje, são diversos os locais que servem o prato, que se tornou um lanche especial para os estadounidenses – sendo figurinha carimbada em grandes eventos, como o Super Bowl. Dando um toque de realidade e aproximação com o local do enredo da série, em Breaking Bad, todas as locações de Los Pollos Hermanos são reais, creditadas à rede Twisters, da região do Novo México, que serve burgers e burritos em 19 filiais (a maior parte delas na cidade de Albuquerque). Trazendo essa cultura pouco saudável (nem pense na dieta!) – mas extremamente saborosa – para as terrinhas brasileiras, o Teleséries foi fundo nas receitas e montou uma versão barbadinha do frango frito de Breaking Bad.

Fryed Chicken de Breaking Bad

Ingredientes (para 5 pessoas):

12 pedaços de frango (6 coxas e 6 sobrecoxas) com pele

3 ovos

1 xícara (chá) de leite

2 ½  xícaras (chá) de farinha de trigo

3 ½ xícaras (chá) de óleo vegetal (canola, milho, soja)

Temperos:

1 colher (sopa) de composto de alho, salsa e cebola desidratados

1 colher (sopa) de páprica picante

1 colher (sopa) de pimenta preta em pó

1 colher (sopa) de orégano

Sal a gosto

Modo de fazer:

1. Em uma tigela, misture os temperos e o leite aos pedaços de frango e deixe marinar por cerca de 20 minutos.

2. Em outro refratário, despeje a farinha e tempere-a (a gosto) com sal e pimenta. Reserve.

3. É hora de empanar: passe cada pedaço de frango pela farinha, fazendo uma primeira camada. Na sequência, passe os pedaços nos ovos (batidos) e, por último, faça mais uma camada de farinha. Repita o processo até que todos os pedaços estejam empanados.

4. Frite em óleo quente de 10 a 15 minutos (2 ou 3 pedaços por vez). Use uma panela não muito grande e vire os pedaços de quando em quando para fritar bem em todos os lados.

5. Sirva quente (só cuide com as primeiras mordidas, pois é MUITO quente!).

Para finalizar, algumas dicas: se você quiser, pode fritar todos os pedaços de uma vez só em uma panela grande. No entanto, a quantidade de óleo será bem maior (cerca de 2 litros ou mais, dependendo do tamanho do frango e da própria panela). Já em relação aos temperos, dá para utilizar outros de sua preferência, como manjerona, manjericão, pimenta calabresa. A ideia é fazer um frango muito bom com aqueles sabores que você curte. Ainda, vale uma nota em relação ao leite. Nas receitas norte-americanas, a maioria utiliza buttermilk, um produto que não é comum no Brasil. Ele é um leite produzido a partir do líquido que sobra na produção da manteiga e é muito utilizado na área de confeitaria, especialmente. Dessa forma, o nosso leite “normal” entra como um substituto justo à marinada.

Bem, depois da receita pronta, basta devorar. Como acompanhamento, você pode seguir à risca o pessoal de Breaking Bad e servir anéis de cebolas fritos – uma combinação clássica em vários episódios. Mas, como minha sugestão, deixo para vocês a batata frita, que, além de tradicional do fast food, é também uma pedida típica brasileira. Ah, não deixe de dar algum crédito para a galera dos Pollos Hermanos pois, apesar de ser mais suja que pau de galinheiro, tem pelo menos qualidade em servir uma comidinha fantástica!

 

Fotos da comida: Guilherme Moreira

‘Under the Dome’ e a dieta do apocalipse

Data/Hora 13/07/2013, 11:15. Autor
Categorias Gastronomia


Warning: Undefined variable $post_id in /home1/telese04/public_html/wp-content/themes/thestudio/archive.php on line 23
thumb image

Um inquestionável talento para contos caóticos e impressionantes, Stephen King é a fonte de ouro da nova aposta da CBS, Under the Dome. Há quase quatro semanas no ar, a série, baseada em livro homônimo do autor, renova o crescente mercado do gênero apocalíptico, que, nos últimos quatro anos, fez grandes nomes, como The Walking Dead e Falling Skies. E, como você já viu aqui no Teleséries, tem mais estreia do gênero para 2013.

Apesar das diferenças específicas no enredo de cada série, um ponto bastante comum entre elas é a luta vital pela resistência das comunidades. Como sobreviver sem estabilidade e não temer forças desconhecidas? Após o primeiro estado de choque e mistério, os personagens são obrigados a criar, emergencialmente, uma nova estrutura organizacional. Esse ambiente anárquico é o tema que a coluna de Gastronomia vai falar hoje, pois, é a partir dos cenários de conflito, que aparece um dos principais pontos para a manutenção da vida: a alimentação.

A foto acima é da Segunda Guerra Mundial, período nada ficcional, encerrado há 68 anos. Em meio à destruição de Londres, o homem segue sua rotina, entregando leites. Afinal, o que mais ele poderia fazer? Para viver, era necessário adaptar-se aos seis anos de conflito que, mais do que escombros, deixaram como herança o desespero e diversos problemas sociais para as próximas décadas. Dentre tantas afrontas à dignidade humana, o racionamento de comida estava em seu auge, com poucos alimentos em oferta e uma multidão de famintos em filas para receber uma cota de ‘ração’. Será também esse o destino dos moradores de Chester’s Mill em Under the Dome? Por quanto tempo o aquário vai frear os ânimos sem a volta da energia e a chegada de recursos na cidade? Uma aposta é que os restaurantes fiquem bastante cheios – enquanto ainda houver estoque –, para a sorte de personagens como Rose, que viu seu empreendimento lotar na fala oficial do delegado Shelby.

Mas, voltando ao mundo real, quem mordeu a isca do sucesso em meio à fome do pós-guerra foi o mercado alimentício, em especial o norte-americano. A potente tecnologia  junto aos grandes investimentos e um bloco vencedor de guerras, abriu as portas para uma nova distribuição de alimentos: começava a era da indústria da comida. A meta inicial era suprir a população de forma mais homogênea, utilizando as técnicas de conservação de alimentos e de produção agrícola para aumentar a produção e incentivar a economia. Esses primeiros passos deram origem a diversos produtos que, hoje, são itens quase obrigatórios de uma lista de mercado, como biscoitos e bolachas, vegetais e peixes enlatados, molhos e, até mesmo, leite em pó.

Red Croos Parcel (Kit de Alimentos distribuídos pela Cruz Vermelha durante a guerra)

Uma galera que há tempos está mais do que agradecida por toda essa revolução alimentícia, certamente está refugiada nos elencos de The Walking Dead e Falling Skies. Dá para imaginar a centena de refugiados da ficção sem os salvadores enlatados garimpados em uma prisão abandonada ou em uma investida arriscada aos distribuidores de alimentos locais? Seja o inimigo aquele que ataca com uma dentada pútrida ou com lasers cheios de efeitos visuais, o pessoal liderado por Rick Grimes e Tom Mason sabe que as escolhas são restritas: é viver ou morrer.

Tá, mas e a receita?

Diferente das outras semanas, hoje não teremos um passo a passo. Se estamos no meio de um apocalipse, a última coisa que vamos pensar é em cozinhar, afinal, se tem algo que a gente não sabe, é o que vamos encontrar pelo caminho. Quem entende bem disso é o Carl Grimes – até comida de cachorro o menino estava topando no auge da necessidade. Ainda, no meio da confusão, não há hora nem local certos para comer – fiquem ligados personagens de Under the Dome, já estamos avisando com antecedência para vocês estarem preparados para o restante da temporada (haha)! Mas bem, divagações à parte, voltamos à pergunta: tá, mas e o que vamos comer hoje?

Pode ser que, a primeira vista, o nosso prato não encante os olhos como a tradicional marmita do arroz com feijão, bifes e batatas fritas. Mas, lembre-se: você tem fome e essas comidas super preparadas não existem mais: você vai comer o que der e precisa tirar o melhor proveito disso! De qualquer forma, tentamos fazer um prato minimamente nutritivo, com legumes, fruta, carboidrato e proteínas (vegetais).

Misturamos creme de leite (enlatado) com legumes (enlatados) e biscoitos salgados. Para ajudar na digestão (e fazer as vezes de sobremesa), maçã (uma das frutas mais encontradas por esse Brasil). O creme de leite e os biscoitos, como vocês devem perceber, ainda são um complemento para o rango – no fim das contas, comer só legumes e frutas é bem mais econômico. Em um apocalipse, racionamento é a alma do negócio! E você, se sobrevivesse a uma situação extrema de privação, que alimentos acha que iria ter na sua quentinha?

BAZINGA! Hoje é Dia de Pizza! Comemore com os personagens de ‘The Big Bang Theory’

Data/Hora 10/07/2013, 09:42. Autor
Categorias Gastronomia


Warning: Undefined variable $post_id in /home1/telese04/public_html/wp-content/themes/thestudio/archive.php on line 23
thumb image

Hoje, São Paulo festeja um dos seus maiores símbolos gastronômicos: a Pizza. Desde 1985, instituído pelo então secretário de turismo, Caio Luís de Carvalho, o 10 de julho é simbolizado como o Dia da Pizza em um dos maiores centros urbanos do país. A famosa redonda tem espaço nos lares paulistanos há mais de 100 anos, através da forte influência das colônias italianas estabelecidas no país entre os séculos XIX e XX. Segundo dados de 2012, 1,4 milhão de pizzas são consumidas por dia em São Paulo, em cerca de 6 mil estabelecimentos espalhados pela cidade.

Mas, é claro que, apesar da data oficial da pizza ser da região sudeste, o dia é de comemoração em todo o país. Se há um prato que está difundido na mesa da maioria dos brasileiros, é a pizza. A deliciosa iguaria, imortalizada em Nápoles (capital da pizza), ganha diversas versões regionais espalhadas pelo país. E, como não poderíamos deixar passar esse gostoso dia em branco, hoje também é dia de pizza no Teleséries.

Mais do que ninguém, é Sheldon Cooper quem sabe o valor inestimável de uma boa pizza. O curiosamente divertido e quase robótico cientista de The Big Bang Theory (TBBT) tem, inclusive, agenda semanal para comer pizza. O compromisso é insubstituível: toda a Thursday Night (noite de quinta-feira) é destinada ao prato. Um dos sabores prediletos de Cooper aparece no início da segunda temporada, quando ele combina uma ‘reunião de estudos’ com a estudante Kathy sem perceber que está sendo cantando por ela.

Kathy:

“Você teria algum tempo para trocar umas ideias comigo?”

Sheldon:

“Deixa-me ver, hoje é quinta-feira. Na quinta à noite eu como pizza do Giacomo’s. Pepperoni, cogumelos e azeitonas.”

Kathy:

“Ótimo, eu levo na sua casa. Eu tenho o endereço!”

Sheldon:

“Que garota gentil!”

Leonard:

“Sheldon, você viu o que acabou de acontecer aqui?”

Sheldon:

“Sim, eu vou comer pizza de graça.”

Sheldon é tão chato com a agenda semanal de comidas, que realmente não aceita qualquer mudança no seu cardápio habitual. O episódio The Hofstadter Isotope (20×24) começa com ele explicando aos amigos sobre a consistência de sua rotina alimentar. A cena acontece na terceira quinta do mês, nomeada pelo grupo como ‘Tudo Pode Acontecer na Quinta-feira’, na qual todos pediram comida tailandesa, ao invés de pizza, para fugir da imposição de Sheldon. Mas, insistente e metódico como sempre, apesar de não garantir a sua pizza, o físico convence os amigos a fazer outra coisa diferente no dia (visitar a loja de quadrinhos), que não envolva comida, deixando bem claro que com a sua alimentação ninguém deve mexer.

Sheldon:

“Nós não comemos comida tailandesa na quinta-feira, nós comemos pizza.”

Outras inusitadas e “Sheldonianas” (termo cunhado por Howard) brigas por pizza acontecem durante toda a série, sendo dignos de lembrança o dia em que Sheldon fala em italiano com o atendente da pizzaria Luigi’s e a vez em que a advogada Prya (irmã de Raj e namorada de Leonard) mostra que há um problema no “Acordo de colegas de quarto”, obrigando Sheldon a fartar-se da comida grega (a culinária que mais odeia) – para a risada geral de Raj, Howard e Leonard.

Como resultado de muita persistência para comer pizza, a última temporada de TBBB (2012-2013) foi bastante generosa com Sheldon. Tornando-se um pouco mais humano durante o seu relacionamento com Amy, ele ganha da neurocientista a surpresa de poder mangiare uma pizza no Dia dos Namorados (16×24) – de quebra, assistindo às suas séries favoritas. Ainda, quase na season finale, no episódio The Love Spell Potencial (23×24), é presenteado com uma noite para brindar os velhos tempos: na companhia dos amigos, com direito a Dungeons and Dragons e, claro, muita pizza!

Se você pensou que terminaríamos a coluna de hoje apenas com o final feliz de Sheldon, espere! Está na hora de nós também degustarmos uma deliciosa pizza. A pedida desta quarta-feira é ao sabor de pepperoni, uma espécie de salame ítalo-americano apimentado. Nos EUA, país de origem da nossa querida série de hoje, a pizza de pepperoni é uma das mais pedidas – não raro ouvimos falar dela em diversos seriados. Esse fato nos mostra, mais uma vez, a importante contribuição da buona gente italiana, que também marcou seu espaço nas terras norte-americanas. Como o pepperoni não é tão facilmente encontrado nos mercados, ao menos aqui na minha cidade, dá para usar o salame comum, sem problemas.

Pizza de Pepperoni de TBBB

Ingredientes:

Massa (rende mais de uma pizza)

600g de farinha de trigo

1 colher (sopa) de sal

1 colher (sopa) de açúcar

10g de fermento biológico seco

¼  de xícara (chá) de azeite

Água morna ou em temperatura ambiente

Recheio (para 1 pizza)

100g de pepperoni ou salame comum em fatias (finas)

200g de queijo mussarela picado

½ xícara (chá) de molho de tomate

Orégano a gosto

Modo de fazer:

1. Em uma tigela, misture todos os ingredientes secos da massa.

2. Adicione o azeite e misture. Aos poucos, adicione água o suficiente até dar ponto (± um copo).

3. Trabalhe a massa até que fique homogênea, enrole-a em uma folha de  filme pvc e deixe descansar por 1h (vai crescer nesse tempo).

4. Abra porções de massa com o auxílio de um rolo (a espessura é a gosto, pode ser fina ou grossa).

5. Cubra a massa com o molho de tomate. Por cima, espalhe o queijo e, na sequência, adicione as fatias de salame. Por fim, salpique o orégano a gosto.

6. Asse a pizza em forno médio (180ºC a 200ºC) por cerca de 30 minutos.

E está feita a pizza! Você também pode substituir o salame por linguiça calabresa, se preferir. A massa dessa receita rende cerca de duas pizzas grandes e uma broto (redondas). Também dá para testar em forma quadrada (é mais fácil ainda de montar e abrir a massa). Se eu fosse você, nem perdia tempo ligando para o delivery hoje – que vai estar concorrido! – e ia já correndo para a cozinha testar essa receita, que é bem tranquila de fazer e, o mais importante, uma gostosura!

Mamma Mia! Mangia che te fa benne!

 

Fotos (comidas): Guilherme Moreira

O doce sabor Stark em ‘Game of Thrones’

Data/Hora 22/06/2013, 13:29. Autor
Categorias Gastronomia


Warning: Undefined variable $post_id in /home1/telese04/public_html/wp-content/themes/thestudio/archive.php on line 23
thumb image

Se há uma série que pode nos fazer refletir sobre as atuais movimentações políticas e populares do Brasil, esta é Game of Thrones (GoT). O épico fantasioso – mas com pé no chão em uma estrutura historicamente fundamentada no período medieval – problematiza diversos conflitos econômicos, sociais e culturais que envolvem a organização e a gerência de uma nação (ou, no caso, os Sete Reinos). A série, baseada nos livros extremamente detalhados de George R.R. Martin, traz personagens complexos, que não carregam os manjados estereótipos “mocinho e bandido”, mas evidenciam a alteridade, o ambíguo, as diversas forças (internas e externas) que comandam as decisões humanas no convívio social.

Dentre os núcleos fundamentais da fantástica história – e, também, um dos mais conhecidos pelo público –, está a família Stark, homenageada de hoje no papo gastronômico do Teleséries. Agrupação nortenha antiga dos Sete Reinos, os Stark têm como seu primeiro chefe de família Brandon, O Construtor (olha aí, GoT também nos faz refletir sobre a sociedade patriarcal e a cultura machista). Eddard (Ned) Stark e Catelyn Tully são os responsáveis pela jovem geração da família – Robb, Sansa, Arya, Bran, Rickon e, ainda, o ‘bastardo’ Jon Snow (agora, GoT nos fazendo refletir sobre o planejamento familiar e o status social), que protagoniza vários momentos importantes dos Sete Reinos, desde revoltas populares à proteção do reinado.

No entanto, apesar da querida família ser bastante influente nos rumos da história, GoT nos mostra que as conquistas envolvem bem mais que a boa vontade e o senso de honra. Mesmo sendo os Stark ‘certinhos’ e dignos de admiração – retos de caráter, justos, corajosos, leais –, não é nada fácil a sobrevivência desses personagens ao longo da história, na qual se veem cercados por desconfianças. Um dos momentos em que isso fica evidente é a queda de Ned, que, inocente, perdeu a cabeça ao ser julgado por traição, em uma das sequências mais impactantes da primeira temporada.

 

Depois dessa breve introdução, deixo com você a tarefa de conhecer (e de se apaixonar!) melhor os Stark e vou de uma vez para as panelas. O prato desse sábado é baseado no segundo livro da série, A Clash of Kings (A Fúria dos Reis), que tem receita disponível no livro A Feast of Ice and Fire – The Official Companion Cookbook, obra oficial de receitas da série (escrevi um texto sobre isso. Clique aqui para conhecer). Bem, como você deve ter visto na chamada, nossa pedida de hoje é uma sobremesa. E, o melhor de tudo, o ingrediente principal é simples e fácil de encontrar: maçã.

Maçãs Assadas de Game of Thrones

Ingredientes:

1 colher (sopa) de canela em pó

4 colheres (sopa) de açúcar

2 colheres (sopa) de manteiga sem sal derretidas

2 maçãs grandes e firmes (ou 4 pequenas)

Modo de fazer:

1. Misture bem a manteiga, a canela e o açúcar. Reserve.

2. Corte as maçãs no sentido vertical, separando-as em metades. Tire o miolo e as sementes e faça pequenos piques com uma faca nas maçãs.

3. Em uma assadeira com o fundo coberto por água, disponha as maçãs, com as faces cortadas viradas para cima.

4. Divida o recheio entre as metades da maçã, espalhando bem.

5. Cubra a assadeira com uma folha de papel alumínio e deixe as maçãs assarem por cerca de 1h, em forno médio (180ºC a 200ºC).

Pronto! A sobremesa deve ser servida logo que sair do forno, pois as maçãs estarão bem quentinhas, com todo o suco da fruta e do recheio ainda em fusão. Como a maçã fica muito tenra, basta uma colher para comer. Lembre-se de não tirar a casa, mas sim de lavá-la bem antes de fazer o prato.

Segundo o livro, a maçã assada é um prato característico do interior da França, no século XVII. A combinação é quase como a de uma torta de maçãs, apenas sem a massa que cobriria o recheio. Os sabores de essa sobremesa são, ao mesmo tempo, ricos e simples. Açúcar, canela, manteiga e maçã são ingredientes bastante comuns na culinária brasileira e até mesmo corriqueiros em nossa dieta alimentar. Mas, a combinação deles juntos guarda um sabor arrojado e, também, rústico, que traz a sensação de comida caseira. Ainda, apesar de a fruta ser bastante leve e saudável, temos o contraste com a manteiga, muito nutritiva e calórica, especial para o povo que habita as terras geladas acima do Gargalo. E como aqui no Brasil o tempo já vai se preparando para dias mais frios, que tal apostar nessa receita para esquentar? Afinal, não esqueçam, amigos, ontem foi dia 21 de junho – um sinal de que, como sempre nos lembra a Casa Stark, the winter is coming (o inverno está chegando).

 

Fotos (comidas): Guilherme Moreira

Dia dos Namorados caliente com ‘Once Upon a Time’

Data/Hora 08/06/2013, 12:55. Autor
Categorias Gastronomia


Warning: Undefined variable $post_id in /home1/telese04/public_html/wp-content/themes/thestudio/archive.php on line 23
thumb image

Escrever sobre comida é quase tão gostoso como prová-la: cada linha descrita com detalhes traz na lembrança a memória daquele sabor especial, que nos enche de alegria e satisfação. Pensando nisso, a equipe do Teleséries volta às panelas com a coluna Gastronomia. Nossa missão é remontar receitas da telinha para proporcionar a você momentos deliciosos e de inspiração para o seu dia a dia.

Como nosso trabalho começa com menos de uma semana para o Dia dos Namorados, não poderíamos deixar de homenagear um amor que ilustra o cenário romântico perfeito que uma boa ficção exige: Snow White e Prince Charming, os queridinhos de Once Upon a Time (OUAT).

O casal, que engloba o núcleo principal da série, passou praticamente toda a primeira temporada em desavenças, desencontros, idas e vindas. A frase “I’ll always find you” (Eu sempre vou te encontrar) virou a máxima do casal, que, seja em Storybrook ou na Floresta Encantada, sempre teve que lutar para viver seu amor. Com o surpreendente season finale, quando a maldição foi desfeita e os personagens descobriram suas reais identidades, tudo parecia lindo e perfeito. O beijo de amor verdadeiro de Emma salvou a todos, em especial os meros humanos David Nohlan e Mary Margaret, que se tornaram o casal mais famoso do mundo encantado [e, não por acaso, os pais da moça]. Mas, então, quando achavam que viveriam felizes para sempre, os pombinhos foram novamente separados pelo destino cruel, quando Mary Margaret e Emma foram enviadas para outra dimensão, da qual só conseguiram retornar quase na metade da segunda temporada – haja coração para matar essa saudade, hein Charming?

Mas, como toda a história precisa de momentos de felicidade e calmaria, surge o episódio The Cricket Game (10×22), o primeiro de 2013, após um mês de hiato, quando OUAT celebra o retorno de Snow para os braços de seu belo príncipe e, ao menos por um tempo, tudo fica tranquilo. Nossa aventura na cozinha começa aí, quando Emma e Henry resolvem fazer tacos para o jantar de comemoração da cidade no restaurante da Granny. O que eles não esperavam era chegar das compras e ver Snow e Charming em um momento muy caliente. 

Snow:

“Nós achamos que vocês iriam voltar tarde”

Emma:

“Sim, bem, nós não voltamos, então da próxima vez vocês poderiam colocar uma gravata na porta ou enviar uma mensagem…sabem de uma coisa? Eu…vou fazer alguns tacos”

Charming:

 “É impressionante que nós ainda podemos dar a ela algumas lembranças traumáticas de infância nessa altura da vida”

Taco é um prato tradicional da cozinha mexicana. Sua base é feita de tortilla, uma massa de formato arredondado, semelhante a uma panqueca, geralmente feita de milho ou trigo. Para acompanhar a massa, são servidos recheios que podem levar carnes variadas, legumes, queijos, molhos – cada tipo depende da região de origem. Feito para comer na mão, o taco é comparado, inclusive, ao sanduíche de outros países. Nos Estados Unidos, o taco é um prato muito difundido e apreciado, em especial na região de fronteira entre o estado do Texas e o México, onde há um histórico de imigrações e trocas culturais. Inclusive, é originária dessa região a cozinha chamada de Tex-Mex, famosa pela fusão de costumes culinários das duas localidades. Um prato bastante apreciado nessa cozinha é o Chili, também chamado de Chili con Carne ou, ainda, Chili Beans. Como essa é uma iguaria bastante difundida entre a galera brasuca, o Chili vai ser o recheio do nosso taco de hoje. A receita que trouxe para vocês é resultado de muitas pesquisas, especialmente porque há bastante controvérsia sobre a real origem do prato e seus ingredientes.

Receita do Dia – Tacos de Once Upon a Time

 

Ingredientes:

500g de carne moída (patinho, fraldinha ou alcatra)

2 folhas de louro

2 dentes de alho picados

1 cebola média picada

4 tomates tomates (liquidificados) ou molho de tomate

2 pimentas dedo-de-moça

1 colher (sopa) de páprica picante

1 colher (sopa) de cominho em pó

1 colher (sopa) de pimenta preta moída

250g de feijão preto cozido ou 1 lata de feijões em conserva

2 colheres (sopa) de azeite de oliva

Sal e Salsa a gosto

Massa para pastel (se você encontrar a massa pronta de tacos ou preferir fazer a massa fresca, beleza!)

 

Modo de fazer:

1. Com a panela bem quente, refogue a cebola e o alho. Na sequência, adicione o louro e o cominho e misture.

2. Adicione a carne e deixe fritar bem. Acerte o sal e coloque os tomates, a pimenta preta e a páprica.

3. Coloque os feijões, misture e cubra com um pouco de água quente. Deixe cozinhar por cerca de 20 minutos em fogo baixo, adicionando mais água se necessário e mexendo de vez em quando. No final, adicione as pimentas dedo-de-moça picadas e reserve.

4. Em uma frigideira antiaderente, asse os dois lados de cada massa de pastel – lembre-se não deixar muito tempo de cada lado, pois a massa ficará quebradiça. O ideal é tirá-la do fogo quando estiver levemente dourada e sequinha, mas com a textura ainda macia.

5. Por fim, é só montar. Cada massa deve ser dobrada no formato de “u”. No meio, vai uma boa porção de recheio. Dá para colocar ainda algumas folhas verdes, como alface picada e temperos como a salsa e algum queijo, especialmente o cheddar (tradicional da cultura Tex-Mex).

Ai, ai, ai aii Muchachos! O taco está pronto para ser deliciado! Na série, não há nada de mexicano ou texano no enredo, mas achei muito legal a ideia de utilizar algo da cultura popular do país em uma trama essencialmente ficcional, o que mostra uma ligação simpática com o público. Além disso, o taco representa muito o estilo de comida caseira, de coisa de rotina, marcando o retorno a casa e a normalidade. Inclusive, em uma entrevista no final da primeira temporada, a atriz Ginnifer Goodwin (Snow White), brincou que gostaria de ver os personagens fazendo coisas simples, como tacos.

Por fim, sem esquecer o Dia dos Namorados, mesmo que não pareça, esse prato simples e saboroso pode ser ideal para você celebrar o seu amor à la OUAT nesse ano. Basta você organizar o espaço de forma agradável e um pouco mais romântica, com toalhas ou guardanapos de mesa diferentes e algumas velas para dar aquele toque fantasioso, além de fazer uma decoração bonita e delicada no prato, com ingredientes que chamam atenção na receita (como as pimentas, por exemplo). É também uma receita super rápida e barata de fazer, deixando bastante tempo para você curtir o seu amor e, de quebra, salvar uma graninha no final do mês. Além disso, cozinhar para as pessoas que você ama é uma bela oportunidade de mostrar o carinho que sente por elas, assim como fizeram a Emma e o Henry. E se você quiser fazer algo mais produzido, com toda a pompa mexicana, indico esse link.

Bom apetite!

 

Fotos (comidas): Guilherme Moreira

Drop Dead Diva ajuda a conquistar com um Cosmopolitan

Data/Hora 08/01/2012, 23:00. Autor
Categorias Gastronomia


Warning: Undefined variable $post_id in /home1/telese04/public_html/wp-content/themes/thestudio/archive.php on line 23
thumb image

Fred:
“Preciso de um mapa! Ou um xerpa.”

Jane Bingum:
“Precisa pesquisar. Revistas e livros. Comece com Judy Blume. Forever, página 81, e Wifey, capítulo 2. Além disso, tem um ano da revista Cosmo e três temporadas de Sex and the City gravadas.”

Jane Bingum é uma advogada que faleceu na mesa de cirurgia. Seu corpo foi ocupado pela alma da aspirante a modelo Deborah Dobkins, noiva do sócio de Jane, Grayson Kent. Deb faleceu em um acidente automobilístico e recebeu uma segunda chance na Terra. Fred é o anjo que os céus designaram para ajudá-la.

Com o passar do tempo. Fred apaixona-se por Stacy Barrett, também aspirante a modelo e melhor amiga de Deb, com quem divide a casa e que sabe a verdade sobre a troca de corpos entre Deb e Jane. No episódio False Alarm da série Drop Dead Diva [o segundo da terceira temporada, exibido originalmente em 26/6/11 nos EUA], Jane tem de cuidar do caso de outra aspirante a modelo que faleceu na cirurgia para aumentar os seios. Enquanto isso, ainda ajuda Grayson e presta consultoria técnica para Fred, que começou a namorar Stacy.

Drop Dead Diva - False Alarm

Stacy Barrett:
“Hm, gostoso!”

Fred:
“Cosmopolitan. Aprendi a fazer hoje à tarde.”

E as dicas que Jane dá para Fred dão um resultado excelente, pois ele não apenas conquista a namorada como ainda ajudam a própria Jane a desapegar e superar o fato de que Grayson está de casamento marcado com outra mulher.

O Cosmopolitan é um drinque que ficou popular por causa da série Sex and the City e sua personagem Carrie Bradshaw. As hipóteses a respeito da criação do drinque são diversas, embora seja um coquetel recente. Eu gosto particularmente de uma que dá o crédito à bartender Cheryl Cook, da Flórida. Ela diz que estava cansada de ver pessoas pedindo martínis apenas para desfilar com as taças, então decidiu criar algo que as pessoas realmente apreciassem tanto no sabor quanto no visual. A receita de hoje é a oficial da Associação Internacional de Bartenders.

Drop Dead Diva - False Alarm

A receita – Cosmopolitan

Ingredientes:
4.0 cl. Vodka Citron
1.5 cl. Cointreau / Triple Sec
1.5 cl. suco fresco de limão
3.0 cl. suco de amora [cranberry]

Modo de preparo:
Gele uma taça de martíni.

Coloque duas ou três pedras de gelo na coqueteleira e adicione os ingredientes. Chacoalhe bem, coe e sirva em taça guarnecida com uma fita de casca de limão.

Notas pessoais: receita de fácil execução. Pode acrescentar uma fatia fina e pequena de laranja no topo.

Drop Dead Diva - False Alarm

Stacy Barrett:
“Oh, não acredito que tive dúvidas quanto às habilidades do Fred! Quando finalmente chegamos lá, ele foi tããão intuitivo, como se soubesse exatamente o que fazer. Eu juro, Jane, eu vi anjos…”

Titia Batata adverte: Se beber, não dirija.

Seinfeld e o Kenny Roger’s Roaster Chicken

Data/Hora 01/01/2012, 18:44. Autor
Categorias Gastronomia


Warning: Undefined variable $post_id in /home1/telese04/public_html/wp-content/themes/thestudio/archive.php on line 23
thumb image

Jerry Seinfeld:
“Olhe o tamanho daquele luminoso de neon.”

Cosmo Kramer:
“Roger não consegue vender galinhas por aqui, temos restaurantes que vendem galinha em todos os quarteirões.”

No episódio The Chicken Roaster da série Seinfeld [o oitavo da oitava temporada, exibido originalmente em 14/11/1996], um restaurante da franquia Kenny Roger’s Roaster Chicken está para ser inaugurado do outro lado da rua do prédio de apartamentos onde moram o personagem-título, Kramer e Newman. O luminoso chama a atenção não apenas pelo tamanho, mas também pela potência do neon vermelho. Noite após noite, a luminosidade trata de extinguir a pouca sanidade que resta de Kramer até que ele decide armar uma campanha de boicote contra o estabelecimento.

Seinfeld foi uma série em que a comida teve participação especial e marcante em muitas ocasiões e decerto voltarei a ela várias vezes.

Kenny Rogers é um cantor e compositor de músicas country que às vezes dá as caras em TV e no cinema como ator; seu apelido é The Gambler, título de um de seus discos, e é por isso que Jerry responde a Kramer que Kenny abrirá um restaurante ali porque é “o apostador”. Rogers criou a rede de restaurantes em 1991 junto com o presidente de outra franquia, a KFC – só que especializada em frango assado em vez de frito.

Seinfeld - The Chicken Roaster

Cosmo Kramer:
“O que é isso, Roger’s Chicken? Oh, saia já daqui!”

Newman:
“Não sei, o cara faz um bom pássaro.”

Cosmo Kramer:
“Bem, estou boicotando. [Kramer olha pro frango.] O que é aquilo, castanha?”

Newman:
“É, é a madeira que dá um sabor.”

Assim como acontece com as grandes redes alimentícias, a receita do frango assado de Kenny Rogers é secreta. Encontrei uma que promete ser melhor do que a original, mas como nunca provei a original terei de confiar na palavra de quem afirmou isso.

A receita – Frango assado

Ingredientes:
1 frango inteiro grande
4 colheres [chá] de sal
2 colheres [chá] de páprica
1 colher [chá] de pimenta caiena
1 colher [chá] de cebola em pó
1 colher [chá] de tomilho
1 colher [chá] de pimenta-do-reino branca
1/2 colher [chá] de alho em pó
1/2 colher [chá] de pimenta-do-reino preta
2 cebolas grandes, descascadas e cortadas em cruz

Seinfeld - The Chicken Roaster

Modo de preparo:
Coloque o sal, páprica, as pimentas, o tomilho, cebola em pó e alho em pó no processador e bata bem. [Se não tiver processador, compre as pimentas moídas e apenas misture bem.] Reserve.

Retire os miúdos e o pescoço do frango. Lave-o bem em água corrente e seque com papel-toalha por fora e por dentro. Esfregue a mistura de temperos também por fora e por dentro e recheie com as cebolas. Coloque o frango em um saco plástico culinário retirando o máximo possível de ar. Feche a boca do saco e guarde-o na geladeira por 24 horas.

Preaqueça o forno a 120º C. Retire o frango do plástico e coloque numa assadeira. Asse no forno por cinco horas [sim, cinco horas]. Na primeira hora deixe ele lá quietinho, depois banhe-o com o molho do fundo da assadeira a cada meia hora. Retire do forno e deixe descansar 10 minutos antes de servir.

Sirva com brócolis cozidos no vapor.

Jerry Seinfeld:
“Newman, você não comeria brócolis nem se fosse frito em calda de chocolate.”

Notas pessoais: ha muito tempo eu estava atrás de uma receita que imitasse o efeito do frango de padaria, aquele assado na “televisão de cachorro”. Esta receita rende um frango tão grudento quanto os dos almoços de domingo mas mais úmido e saboroso, com a carne a se desmanchar soltando dos ossos. O segredo é o cozimento lento. Tem um grau de dificuldade fácil e rende seis porções. Se não tiver um saco do tamanho necessário, pode embrulhar em filme plástico.

E desperdiçar não podemos! Aproveite o pescoço e os miúdos para fazer caldo de galinha ou junte ao que escorreu do frango para preparar um molho para acompanhar [veja como fazer na coluna do peru de natal da família Walsh].

Newman:
“Por que temos de manter segredo pro Jerry?”

Cosmo Kramer:
“Se Jerry descobrir que estou viciado no frango do Kenny terei de voltar pro pesadelo vermelho.”

« Textos mais antigos | Topo da Página | Textos mais novos »