TeleSéries
Delícia de inverno: uma explosão de chocolate a la ‘Castle’
21/06/2014, 14:10.
Mariana Cervi Soares
Colunas e Seções, Gastronomia
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Para muitas pessoas, junho é uma das épocas mais aguardadas do ano. Além do romântico Dia dos Namorados, o mês é reconhecido por uma anual renovação de ciclo, com a chegada do inverno. Embora a estação não seja tão perceptível em um país de ares tropicais e de proporção continental como o Brasil, há regiões que sentem as bruscas mudanças – seja nas temperaturas mais baixas, no vento, nas chuvas ou na menor intensidade do sol. É nesse clima que aproveitamos para comer um pouco a mais, testar receitas diferentes e convidar os amigos para um lanche gostoso. E que tal se der para fazer tudo isso com o sabor de um dos shows mais queridos pelo público do TeleSéries (e uma maiores audiências da Fall Season)? Para abrir o seu apetite, vamos esquentar o primeiro dia de inverno com uma deliciosa (e fácil!) sobremesa assinada pela cozinha de Castle.
Com renovação garantida de uma sétima temporada, que começa as filmagens já em julho deste ano, Castle é o tipo de série que, aos poucos, conquista o público com um enredo que eu chamaria de “ansioso”. Ou seja, é daqueles shows que nos deixam esperando, angustiados, por cada novo episódio, quase como a reta final de uma novela. Partindo do sucesso do escritor de romances criminais, Richard Castle (Nathan Fillion), e do chocante uso de suas ideias por um assassino real, inicialmente, dá para pensar que a série é só mais um show de investigação. No entanto, Castle, ao longo de seis temporadas – sendo que, na última (Fall Season), garantiu o seu recorde de audiência –, mostrou mais do que o passo a passo do crime e grandes sacadas de uma equipe policial. Recheada por toques de humor e muito sentimento, a série traça uma linha de identificação e apelo com o público, focando, especialmente, no desenvolvimento pessoal dos personagens. Boa parte disso está na estratégia da intensa relação entre Castle e a detetive Kate Beckett (Stana Katic). Ambos do tipo heroico, com personalidade e atitude fortes, aparentemente, eles jogam em times opostos. No entanto, ao desenrolar da série, o público conhece as suas fragilidades, as quais, juntos, enfrentam, inicialmente, com uma conturbada amizade que, como quase sempre, na ficção, caminha para um grande romance.
Mas, como diz a expressão, “os opostos se atraem” – ou, vai ver, nem eram opostos de verdade (!). Enfim, para satisfação de boa parte do público, um dos pontos cruciais da relação entre Castle e Beckett aconteceu na terceira temporada, com o primeiro beijo do casal, quando se passavam por namorados em uma investigação. Foi a partir daí que, aos poucos, a série mostrou, ainda mais, que o sentimento entre os dois não era só de amizade e, culminando, inclusive, com o planejamento de um casório na sexta temporada. É claro que Castle não trata apenas da paixão dos colegas de trabalho e que, além disso, há vários outros elementos que garantem o sucesso da série. No entanto, ainda com um pouco do clima romântico de junho, o foco da coluna de hoje está, sim, entre o escritor e a sua musa detetive, porque é devido a eles que o inverno vai começar mais gostoso aqui no TeleSéries.
O motivo para a homenagem de hoje vem da quinta temporada, época do auge da paixão de Castle e Beckett, quando aconteceu uma daquelas ocasiões que exigem uma receita infalível: um jantar com os pais, no episódio After Hours (s05e08). Todo novo casal sabe como esse momento, tão planejado, pode ser difícil – ainda mais se os pais forem tal qual Martha (Susan Sullivan), a mãe de Castle, e Jim (Scott Paulin), o pai de Beckett, que não fizeram cerimônia para se alfinetarem, mesmo que a noite fosse de festejar a família. Para aliviar a tensão, somente com uma rica sobremesa. A cozinheira da vez foi Martha que, apesar dos poucos dotes culinários, arriscou-se a fazer um “Death By Chocolate”, ou, literalmente, a “Morte pelo Chocolate”. A tragicômica cena mostra os constrangidos Castle e Beckett procurando transferir a atenção da rixa dos pais para o bonito – e aparentemente saboroso – bolinho. Só que, como não poderia deixar de ser em Castle, uma urgência da delegacia acabou fazendo com que o doce restasse intacto à mesa. Mas, para mostrar que nem tudo está perdido, a cozinha do TeleSéries vai dar um jeito nisso e garantir que você, aí de casa, prove que a receita da Martha é mesmo de matar (só se for de sabor, né?).
Morte pelo Chocolate?
Não, a sobremesa não tem veneno. Não, os ingredientes não estão estragados. Não, você não vai passar mal por provar a receita (ou, quem sabe sim, se comer demais hehe). Na verdade, a piadinha de Martha é uma referência comum entre várias experiências culinárias com chocolate. A expressão “Death by Chocolate” é uma forma utilizada para nomear sobremesas que possuem o chocolate como ingrediente principal (e em grandes porções!!), especialmente se for do tipo dark ou puro cacau. Inclusive, nos Estados Unidos e em países europeus, a expressão é marca registrada de restaurantes e empresas. No entanto, no dia a dia, a frase está na boca da galera, e é largamente usada em doces maravilhosos de puro chocolate, especialmente bolos e tortas. Para você ter uma ideia, experimente digitar a expressão no Google – é de comer com os olhos!
Bem, mesmo babando por várias receitas fantásticas de chocolate nesta semana, a inspiração para a coluna de hoje não é coisa nova, mas, sim, um amor antigo. Ela veio de um programa da Nigella, a diva britânica da cozinha que dá as melhores dicas de comidas caseiras – e dona do jeito guloso mais simpático da televisão! Há alguns anos, ela mostrou como fazer os Choco Hot Pots (literalmente, Potes Quentes de Chocolate), e eu fiquei simplesmente encantada pela receita. E o mais legal é que ela é muito parecida com o tipo da sobremesa servida em Castle, tanto que, quando assisti ao episódio, tive a sensação de já ter visto aquilo em algum lugar. Em síntese, a receita é a de um bolinho quente e cremoso, para comer de colher, com massa a base de muito chocolate. Nooooossa, só de ler já parece bom, não é mesmo? Então, quem sabe a gente não segue o caminho da cozinha?!
RECEITA DO DIA: Death by Chocolate de Castle (com releitura da Nigella)
Ingredientes:
170g de chocolate meio amargo
2 ovos inteiros
70g de manteiga ou margarina sem sal
3 colheres (sopa) de farinha de trigo branca
¾ de xícara (chá) de açúcar
+ Ramequins (ou outro tipo de potinho que possa ir ao forno)
Modo de fazer:
1. Unte os ramequins com margarina ou manteiga e reserve.
2. Em banho maria, derreta o chocolate com a manteiga (ou margarina). Quando pronto, retire do fogo para esfriar e reserve.
3. Com um garfo ou fouet bata os ovos e o açúcar. Aos poucos, adicione a farinha, mexendo sempre.
4. Por último, adicione o chocolate e misture até que fique homogêneo.
5. Divida a massa entre os ramequins, enchendo-os até pouquinho mais que a metade.
6. Leve ao forno pré-aquecido a 200ºC por 20 minutos.
7. Sirva quente.
E, sem segredo nenhum, fazendo tudo à mão (!), você vai, realmente, morrer por esse chocolate! Você pode fazer os bolinhos do tamanho que quiser. Apenas lembre-se de que, quanto maiores os potes, maior o tempo de cozimento, para que o bolo não fique cru. De modo geral, os 20 minutos são suficientes, pois deixam a massa cremosa no ponto, mas é sempre bom ir cuidando. A receita de hoje rende cerca de 6 ramequins pequenos (diâmetro de 7,5cm) bem fartos, porém eu dividi a massa entre potes de tamanhos diversos para testar o crescimento da massa. Se você quiser dar mais algum toque ao seu bolinho, caldas são uma ótima opção, especialmente se forem de chocolate, para ficar bem no clima da coluna de hoje.
Bem, depois dessa dica tentadora e mega fácil, se eu fosse você, correria para a cozinha. É a sua vez de preparar esse doce cremoso e quentinho que vai, com certeza, esquentar a sua cozinha para começar a temporada mais gulosa do ano!
Bom apetite!
Dia do Café: 10 anos de saudades de ‘Friends’ e do charmoso Central Perk
24/05/2014, 09:00.
Mariana Cervi Soares
Colunas e Seções, Gastronomia
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0.33 segundos. Não dá nem para piscar os olhos. E, no entanto, é tempo suficiente para o Google filtrar impressionantes 5.530.000 resultados. No campo de busca, as palavras: “Frases sobre café”. Logo, uma das respostas se destaca: “A vida começa após o café”. A máxima pode até ser exagerada, mas não dá para negar o seu efeito, ainda mais hoje, 24 de maio, Dia Nacional do Café. Companheira fiel para começar a jornada, a bebida é a queridinha de várias séries. Porém, seria no mínimo injusto falar sobre ela sem lembrar de Friends. Há 20 anos, dávamos as primeiras [de incontáveis] gargalhadas com a turma mais famosa das sitcoms. E é claro, sempre com as canecas abastecidas do melhor combustível: as divertidas histórias do icônico café Central Perk. Para amenizar as saudades, a coluna de Gastronomia do Teleséries faz uma homenagem para lembrar a primeira década sem a companhia dos seis melhores amigos da televisão – e, ainda, ensina você a fazer um saboroso cafezinho de cafeteria aí na sua casa!
A música I’ll be there for You (da banda The Rembrandts) mal começava e todo mundo já sabia o que estava chegando: um inesquecível episódio de Friends. Há pouco mais de duas semanas, o dia 6 de maio marcou os dez anos de despedida da série, que, desde a estreia, em 1994, garantiu seu espaço entre os fenômenos do entretenimento mundial. Os criadores David Crane e Martha Kauffman encontraram os ingredientes certos para a sua receita em um elenco jovem, desconhecido na época, e que, em apenas alguns anos, revelou talentos do cinema, da televisão e dos palcos. Courteney Cox, David Schwimmer, Jenniffer Aniston, Lisa Kudrow, Mathew Perry e Matt LeBlanc. Mais conhecidos, respectivamente, como Monica, Ross, Rachel, Phoebe, Chandler e Joey, os atores assumiram a pele de seis jovens de vinte e poucos anos que passavam tempo em uma casa de café – o Central Perk. Essa foi uma das ideias iniciais apresentada à NBC para dar vida a personagens que, com o passar do tempo, ganharam uma legião de fãs e ditaram moda, comportamentos e estilos de vida. Além, é claro, das risadas e das lições de amor e amizade garantidas a todos aqueles que acompanharam a saga dos amigos (e, por tabela, levaram alguns ensinamentos entre um riso e outro).
“Friends começa após o café”
E não é que a frase encontrada na pesquisa mantém a mesma ideia ao trocarmos a primeira palavra por Friends? Já na sequência inicial da série, o episódio The Pilot (s01e01) nos transporta ao lugar que serviu quase como uma segunda casa para os seis amigos – o Central Perk. O nome do café, um criativo trocadilho com um dos pontos mais conhecidos de Nova Iorque, o Central Park, pode ser traduzido como “Central da Animação”. O local marcou a primeira reunião dos seis amigos, com o nostálgico momento em que Rachel, então uma noiva em fuga, invade o tradicional bate-papo da inusitada turma formada por um empolgado professor (Ross), aspirantes a ator (Joey) e a chefe de cozinha (Monica), uma massagista-música (Phoebe) e um frustrado processador de dados (Chandler). Para o alívio de Rachel, em meio ao caos, ela consegue achar Monica, sua melhor amiga na época de escola. O reencontro nada convencional é o gancho do show, que, na maioria dos episódios, mostra o grupo acomodado no simbólico sofá cor de laranja em meio a enormes xícaras de café.
O Central Perk foi tão ou mais importante que as próprias casas da turma durante a trama de Friends. Além de receber todas as conversinhas de dia a dia, a cafeteria proporcionou uma variedade imensa de momentos marcantes para os seis amigos. Entre as 10 temporadas, o café foi o pano de fundo de ao menos um acontecimento significativo para a vida de cada um deles. Começando pelas conquistas profissionais, foi no Central Perk que Rachel assumiu o seu primeiro emprego, como garçonete, o que a fez ter coragem para buscar novos horizontes. Foi lá que Joey anunciou a conquista do teste para o show Days of Our Lives, o qual o transformou em um grande nome das novelas. E, ainda, o clássico sofá acompanhou a tensão de Monica ao revelar para Phoebe que não poderiam mais trabalhar juntas, quando, finalmente, conseguiu o sonhado emprego como chefe de cozinha. Além disso, o café marcou muitos encontros do coração. Foi lá que, em um dia qualquer, Chandler encantou-se por Kathy (Paget Valerie Brewster), um de seus grandes amores antes do casamento com Monica, sem saber que a moça era a nova namorada de Joey. Também foi no café que Ross, após anos de paixão platônica, tomou coragem e roubou o primeiro (e tão esperado) beijo de Rachel. E, ainda, nos encaminhamentos finais da série, a quadra do Central Perk foi o lugar escolhido para a cerimônia de casamento de Phoebe e Mike (Paul Rudd) – ou, para os íntimos, Sr. Crap Bag (haha!). Tudo isso, é claro, ao embalo de muitas risadas e incontáveis litros de café bem dosados ao longo de 236 episódios.
O enorme sucesso fez muitos se perguntarem se o “café de Friends” era um lugar real. Na verdade, o Central Perk foi um set de filmagens criado especialmente para a série. Composto por um belo balcão, máquinas de café, pequenas mesinhas e decoração sempre renovada (de acordo com a Friends Wiki, as artes das paredes eram modificadas a cada três episódios), um dos maiores atrativos do café era o sofá laranja, do qual a turma de amigos praticamente se considerava dona. Essa noção de pertencimento foi, inclusive, explorada em várias situações, como no episódio The One With The Bullies (s02e21), em que dois outros clientes ocupam a área e tiram sarro de Ross e Chandler quando eles reclamam da presença dos “intrusos”. Além da mobília, um ponto muito marcante do café é Gunther (James Michael Tyler), um garçom conhecido da turma, que sempre foi apaixonado por Rachel. Inicialmente, o ator fazia papel de figurante na série. No entanto, curiosamente, por saber operar máquinas de café expresso, Tyler integrou o elenco como um personagem regular do show. No decorrer dos anos, inclusive, Gunther passou a ser dono do estabelecimento.
A grande identificação do público com o Central Perk influenciou com que, para além dos estúdios da Warner, o café desse origem a negócios reais. Dentre os exemplos, está um que é bastante inusitado, pois fica do outro lado do mundo, na China. Na capital Pequim, o empresário Du Xin montou uma réplica do Central Perk, aberta ao público, em 2010. Fã convicto da série, Du sempre se perguntou como seria se tivesse a oportunidade de tomar um café a la Friends. Foi essa inspiração que o motivou a criar o local que, após alguns meses aberto, começou a ficar bastante conhecido. O empresário demorou quase meio ano para decorar o lugar, buscando manter-se fiel àquilo que vemos na série. Em 2013, o NPR produziu uma reportagem para apresentar o Central Perk chinês. O link é inglês, mas, mesmo sem tradução, vale a pena a olhada. Clique aqui para conhecer.
É hora da receita: um café de casa com sabor de cafeteria
Pode ser que a Rachel não tenha aprendido muito bem, em alguns anos de Central Perk, como fazer café direitinho. Mas, como agora a gente já sabe que quem operava as máquinas era o Gunther, podemos deixar esse pequeno detalhe de lado (hehe!). Bem, a verdade é que fazer um bom café exige alguns cuidados e uma certa paciência. Por isso, a dica de hoje é para que você saiba como ter um café diferenciado, sem nem precisar sair de casa. A receita vai mostrar como é simples fazer um café semelhante ao expresso, que geralmente só encontramos nas casas de café, utilizando a prática cafeteira italiana de fogão – estilo moka. A dica é excelente para quem quer aprender a fazer um cafezinho na medida ou, até mesmo, para a galera que mora sozinha e precisa de algumas dicas para incrementar o café de todas as manhãs.
Café tipo expresso caseiro – Um brinde a Friends
Ingredientes (para uma moka de 300ml):
3 colheres (sopa) bem cheias de café em pó moído (moagem média)
300ml de água filtrada ou mineral
Modo de fazer:
1. Preencha com água o reservatório inferior da cafeteira até o limite da válvula de segurança.
2. Preencha o compartimento intermediário (filtro) com o café, sem comprimir o pó.
3. Feche a cafeteira e leve ao fogo baixo.
4. Quando o café começar a subir para a parte superior da cafeteira, desligue o fogo. Com o vapor produzido, a moka terminará o processo de impulsionar toda a água para o recipiente superior, finalizando a passagem do café.
4. Sirva em uma xícara escaldada com água quente. Se preferir, adoce.
E está pronto um café de dia a dia, com um sabor bem marcante. A moka, cafeteira criada pelo italiano Alfonso Bialetti, produz um café potente, parecido com o expresso, muito consumido nas cafeterias, pois é pouco comum que se tenha uma máquina de expresso em casa. A moka é encontrada em diversos tamanhos, com modelos que produzem até 18 xícaras. Na minha, por exemplo, 300ml enchem a quantidade suficiente para alcançar a válvula de segurança e as 3 colheres de café ocupam todo o espaço do filtro. Ou seja, a quantidade de café e de água vai depender do tamanho da cafeteira que se for utilizar. Simples, não é mesmo?
Outras dicas importantes são sobre o grão do café e a água. Para a moka, é importante que o grão seja de moagem média ou grossa, pois o pó muito fino pode entupir o filtro e não passar o café direito. Inclusive, se possível, é legal moer o café em casa, antes de utilizar, pois o sabor será ainda melhor, visto que o pó estará bem fresco. Quanto à água, os baristas indicam que ela seja filtrada ou mineral, pois a presença de cloro pode interferir no sabor e no aroma do café. O passo do fogo baixo também é fundamental, pois o calor muito intenso irá acelerar demais a passagem da água pelo filtro, deixando o café com sabor amargo. O processo da moka é um pouco mais lento que o de um café passado, por exemplo, mas o resultado é um sabor bem diferente. Por fim, de nada vale o seu cafezinho estar super gostoso, se você não tiver o recipiente correto para servi-lo. Escaldar a xícara em que você vai tomar o café é super importante, pois ela estará quentinha, preparada para receber o café, também quente, evitando trocas de temperatura e, consequentemente, o rápido resfriamento da bebida. Se quiser, você pode adicionar água, para um café mais suave, e, ainda, adoçar a gosto – o que eu, pessoalmente, não indico, pois o legal é saborear o café puro.

“Eu assisti a cada episódio no mínimo 5 vezes. Mas, quando eu revejo, dou tanta risada como na primeira vez”
Uma última dica: para que o seu café fique com a cara de Friends, utilize uma daquelas xícaras imensas, eternizadas pelo elenco no Central Perk. Aí, para completar a experiência, basta assistir a uma deliciosa reprise, que nunca será repetitiva demais para um bom e velho fã. (:
Ovos de Páscoa ao estilo ‘South Park’
19/04/2014, 10:49.
Mariana Cervi Soares
Colunas e Seções, Gastronomia
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“Coelhinho da Páscoa, que trazes pra mim? Um ovo, dois ovos, três ovos assim! Coelhinho da Páscoa, que cor eles têm? Azul, amarelo e vermelho também…”
Qual criança nunca se perguntou como que os ovos de Páscoa podiam vir de um coelho? Afinal, se tem uma coisa que o bichinho orelhudo não faz – nem nunca fará – é chocar ovos. E, mesmo que ele pusesse ovos, por que, então, pintar ovos de galinha para decorar a festa de Páscoa? Além disso, não eram os coelhos que traziam os ovos? É, para o desespero dos pais, as perguntas nunca vêm sozinhas. Mal a primeira resposta foi dada e a segunda dúvida já segue o baile. Explicar o porquê de tantas tradições que, na lógica, talvez não façam sentido, é uma tarefa árdua. A sitcom South Park, no episódio Fantastic Easter Special (s11e05), explorou bem tais questionamentos, dificultando a vida da família de um inconformado Stan (Trey Parker).
No meio de uma tradicional noite de pintura de ovos, Stan confronta o pai, Randy (também na voz de Trey Parker), que entoava cheio de felicidade cantigas de Páscoa pela casa. Chegara a hora de o pai perceber que o menino já não acreditava mais nos ovos decorados que seriam escondidos por um coelho gigante. E, também, Stan queria saber o que tudo isso tinha a ver com a crença da Ressurreição de Cristo. Confuso e irritado com os “porque sim” do pai, o garoto não desiste da missão de entender o motivo daquelas tradições que a família perpetuava. Sobrou até para o coelhinho do shopping ouvir as agulhadas perspicazes de um rapazinho questionador.
Stan:
Então, você pode, por favor, explicar-me o que está acontecendo?
Coelhinho:
Hein?
Stan:
Qual é a moral de colorir os ovos e você escondê-los e tudo o mais? O que isso tem a ver com Jesus morrendo em uma cruz? É simbólico? Você está tentando referenciar alguma coisa que aconteceu em tempos Bíblicos? Responda-me!!
Coelhinho:
Olha, garoto, eu sou apenas um cara em uma fantasia.
Stan:
Eu sei disso! Mas eu imaginei que você devesse ter algum conhecimento de Páscoa se você está atuando como o Coelhinho da Páscoa no Shopping!
Coelhinho:
Páscoa é só Páscoa. Apenas viva com isto, garoto.
Stan:
Não, eu não vou apenas viver com isto! Eu vou descobrir o que está por trás de tudo!
Sem querer, a revolta de Stan causou uma turbulência na tradição milenar da Páscoa. Em uma jogada para tentar explicar as dúvidas do menino, South Park lançou mão de uma de suas estratégias principais: questionar. Durante vinte minutos de muita informação, a sitcom desenvolveu – sempre irônica e um tanto sem noção -, através de variadas referências culturais, uma crítica às tradições de Páscoa. Com piadas aleatórias e, até mesmo, a criação do clube protetor do Coelho da Páscoa (The Hare Club of Man) – do qual Randy faz parte sem que ninguém nunca desconfiasse –, Stan atravessa uma louca saga. Ele é perseguido por coelhos; descobre o segredo da Páscoa; é iniciado no grupo do pai; se vê obrigado a proteger Snowball, o sagrado coelho, depois que “ninjas” (na verdade, um grupo de padres) invadem a sociedade; pede ajuda a Kyle (Matt Stone), seu amigo judeu que não cultua a Páscoa, e a um professor; aprende que São Pedro não era um apóstolo, mas, sim, o verdadeiro coelho da Páscoa; chega até o Vaticano para libertar o pai e os amigos; encontra Jesus e o ajuda a salvar o coelho de um Papa ganancioso. Então, após muito tumulto, Stan diz ao pai que aprendeu a seguinte lição: “Não faça perguntas. Apenas pinte os ovos e fique de boca fechada”. E o episódio chega ao final com Stan seguindo as pegadas de coelho do pai. Teria ele mesmo entendido a tradição milenar do The Hare Club of Men? Ou estaria ele apenas cansado e, por isso, resolveu seguir a onda da Páscoa como aconselhou o coelho do shopping? As tradições, então, não podem ser questionadas? Ou, quem sabe, sim? Como em várias outras oportunidades, South Park fez a graça, mexeu, bagunçou e deixou perguntas no ar, dando o público, mais do que risadas insanas, algumas piadas sagazes para fazer pensar.
Quem veio primeiro: o ovo ou o coelho?
Brincadeiras à parte com o velho ditado, quem chegou primeiro na tradição da Páscoa foi o ovo. O coelho entrou nas comemorações a partir de uma tradição da Alemanha, iniciada no século XVI. Os alemães trouxeram o costume para a América na época das imigrações, no século XIX. Na cultura ocidental, o coelho é associado à Páscoa por ser um símbolo de fertilidade e vida nova, pois é um animal que se reproduz muito rápido. Já o ovo está presente nas festas pascais do Cristianismo desde tempos muito antigos. No entanto, a tradição não é originalmente cristã, mas, sim, pagã. Séculos antes do nascimento de Cristo, os povos pagãos comemoravam o Equinócio da Primavera com a troca de ovos, como forma de simbolizar o renascimento. Com o início das festividades de Páscoa da cultura cristã, as comemorações dos povos pagãos foram inseridas aos ritos da Semana Santa. Foi aí que, então, os cristãos começaram a associar o ovo à crença da ressurreição de Cristo, significando a renovação. Por muito tempo, perpetuou-se a tradição de preparar os ovos de galinha – decorá-los e colori-los com símbolos e imagens culturais e religiosas – para se dar como presente. No entanto, a partir da Revolução Industrial, no século XVIII, o trabalho artesanal começou a perder espaço com o surgimento dos ovos de chocolate, introduzidos pelo desenvolvimento da culinária e da indústria chocolateira, que se expandiu massivamente. Apesar do novo cenário, a cultura de preparar ovinhos coloridos ainda é bastante presente. Além das tradições familiares, constantemente vê-se uma retomada desse artesanato em trabalhos escolares (quem nunca carregou uma casquinha limpa até a escola cuidando para não quebrá-la?) e, também, por profissionais, que revisitam a cultura antiga para dar um toque decorativo nas modernas celebrações. Hoje, o Teleséries preparou para você um passo a passo simples e fácil para fazer ovinhos coloridos. A dica é ótima para um toque charmoso à sua festa e, com certeza, para marcar momentos de diversão e criatividade.
Ovos de Páscoa de South Park
Ingredientes e utensílios:
Ovos (quantidade desejada)
Garfo ou faca
Materiais para colorir e decorar: tintas, fitas, canetas, papéis coloridos
Docinhos e guloseimas a gosto (balas, confetes, amendoins, chocolates)
Modo de fazer:
1. Com auxílio de um garfo ou de uma faca, dê batidinhas na parte de cima do ovo, abrindo uma pequena uma pequena fissura.
2. Tire essa parte da casa, cuidando para que não caiam pedaços dentro do ovo (que você usará depois, sem desperdícios :D).
3. Esvazie o ovo em um recipiente com cuidado.
4. Limpe bem a casca em água corrente com um pouco de detergente, sempre cuidando para não quebrar.
Depois, basta você deixar a casca secar bem ao ar livre. Quando estiver totalmente seca, use a criatividade para preparar os seus ovinhos decorados (pinturas, desenhos, colagens). Depois de prontos, recheie-os com os docinhos da sua preferência para arrumar a festa.
Uma dica legal para fechar o buraco dos ovinhos, caso você queira presentear alguém, é utilizar papeis coloridos (machê, crepom, ofício, cartolina) ou, ainda, forminhas de doce de festa. No entanto, se você for colocar os ovos como decoração da sua mesa, fica bem legal mantê-los abertos para mostrar aos convidados as delícias que os aguardam. Durante a decoração, o maior cuidado é deixar a mão leve para evitar a quebra das cascas. E, por fim, se você optar por se aventurar com a nossa dica de hoje, por favor, não desperdice os ovos. Utilize-os em alguma receita do seu dia a dia. Uma dica é ir garimpando as casquinhas antes do período das suas festas.
E se você ficou curioso para saber como foi toda a confusão de Stan, a gente descobriu um link para você assistir o episódio da coluna de hoje na íntegra. Para assistir, clique aqui.
Boas festas a todos e até a próxima!!
Especial St. Patrick’s Day: o segredo da cerveja verde em ‘CSY:NY’
22/03/2014, 10:00.
Mariana Cervi Soares
Colunas e Seções, Gastronomia
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Dezessete de março, última segunda-feira, foi dia de Saint Patrick’s – a famosa tradição irlandesa. Trevos, potes de ouro, acessórios e decoração verdes, duendes com chapelões e bebedeira definem para muita gente essa data, que já virou carta marcada no mundo do entretenimento. Falando em séries, especiais da festa são ganchos certeiros para episódios de final de temporada. Algum tempo antes de se despedir das telinhas, CSY:NY usou os símbolos do dia até mesmo em um cenário de crime internacional. Em uma de suas mega investigações, a equipe forense mostrou que uns goles de cerveja verde, mais do que diversão, foram motivo de muitas horas de laboratório. E como eles já desvendaram o mistério, a cozinha do TeleSéries dá a dica de como curtir uma cerveja caseira com um toque de São Patrício. Tin-tin!
Com a chegada dos festejos de Saint Patrick de 2010, a sexta temporada de CSY:NY marcou o dia ao seu clássico estilo: com um crime envolvente e cheio de indícios para quebrar a cabeça da equipe de Mac (Gary Sinese). Em sintonia com as modernas comemorações de Saint Patrick, um tanto distantes das origens irlandesas e fortemente marcadas pela cultura norte-americana, o episódio Pot of Gold (s06e17) se aproveitou dos ícones da festa para investigar o assassinato de dois jornalistas que descobriram um esquema de venda de metais nobres falsificados. Já no início do capítulo, na cena do crime, a série apresenta diversos símbolos, ligados de maneira misteriosa, num diálogo ping-pong investigativo, carregando os telespectadores para uma atmosfera digna dos truques de um esperto Leprechaun (duende).
Stella:
Ei, Mac! Dá uma olhada nisso.
Mac:
É ouro puro!
Danny:
Eu posso bater essa! Acabei de encontrar isto [um trevo de quatro folhas] numa pegada.
Mac:
Um trevo de quatro folhas? É uma mutação genética natural. Há apenas um para dez mil trevos de três folhas.
Don:
Esperem um pouquinho. Ouro? Trevo que quatro folhas? Onde nós estamos? No final do arco-íris?
Mac:
Bem, eu vou dizer uma ooisa: nenhum desses caras teve a sorte do Irlandês.
Partindo das evidências iniciais e da coleta de provas no local, a equipe envolveu-se em diversas análises, cada qual de responsabilidade de um detetive ou técnico. Ou seja, o quebra-cabeça só seria montando quanto cada peça fizesse sentido. Por fim, depois da reconstituição da cena do crime, muitos testes, depoimentos de suspeitos dissimulados, aproximações de imagens e, até mesmo, da caça a uma barra de ouro no cofre de um banco, o time de investigadores chegou aos culpados: Thom Weir (Ian Ziering) e Finnegan Hansard (Kieren Hutchison). A dupla, formada por um empresário mal intencionado e um dono de bar ávido por lucros, deu um jeito de sumir com os jornalistas Michael Paley (Chad Guerrero) e Charlie Cooper (Kanin Howell), que estavam quase descobrindo a sujeira da companhia de Weir. Costas quentes do empresário e executante do homicídio, foi Hansard que, sem querer, possibilitou um grande salto nas investigações. A famosa cerveja verde do bar, que recebeu de milhares clientes nos festejos de Saint Patrick, acabou sendo um dos elementos cruciais para colocar a equipe de detetives frente a frente com o assassino. Ele não teria como imaginar que a meticulosa detetive Lindsay (Anna Belknap) rastrearia o seu pub a partir de uma pequena mancha de cerveja na camiseta de uma das vítimas. Inicialmente, a mistura de verde e azul detectada pelas lentes do microscópio levava a crer que se tratava de uma cianobactéria chamada Artosphira Maxima, um dos componentes da Spirulina, uma alga que pode ser utilizada em suplementos alimentares e, também, corantes. No entanto, com um pouco mais de tempo, Lindsay descobriu que a mancha continha mais 3 componentes: cevada, levedura e lúpulo. Com a genialidade de sempre da personagem, encontrar os ingredientes era o que ela precisava para ligar a inofensiva coloração ao bar de Hansard, o único em Nova Iorque com produção de cerveja verde orgânica.
Mas, afinal, Saint Patrick é só trago?
A pergunta é um tanto boba, mas, na real, tem muita gente por aí que acha que o dia é só mais uma oportunidade de encher a cara. Na verdade, muito antes de ser associado a todos os símbolos do imaginário atual, a história de Saint Patrick é bem antiga. A festa, de origem religiosa cristã, é uma homenagem a São Patrício, o santo mais importante da Irlanda. Nascido britânico e batizado como Maewyn Succat, ele somente foi nomeado Patrick ao tornar-se religioso, fato que ocorreu após ter sido raptado e escravizado durante a juventude na Irlanda. Diz a lenda que o jovem Maewyn, até então descrente da fé cristã, recebeu um chamado divino, encorajando-o a fugir para servir à Igreja. Anos mais tarde, quando se tornou bispo, já sob a sua famosa alcunha, Patrick retornou à Irlanda para evangelizar a população. O reconhecimento como padroeiro do país veio somente muito tempo depois de sua morte, no século XII. A motivação para comemorar-se o dia de Patrick em 17 de março é, justamente, o marco de sua morte.
Os outros símbolos que se agregaram às festividades do santo surgiram com o tempo e sofreram muitas transformações, como acontece em inúmeras festas populares. Diz-se que o trevo, um dos símbolos mais associados à data, além de ter-se tornado um símbolo nacionalista da Irlanda em meados do século XVII, era a planta utilizada por Patrick para ensinar a Santíssima Trindade Católica (Pai, Filho e Espírito Santo). Ainda, há também há a atual simbolização da boa sorte, devido ao trevo de quatro folhas, uma planta raríssima de ser encontrada. A coloração verde que dá o tom da festa também tem origens antigas. No entanto, houve um tempo em que o símbolo de Patrick foi o azul. O verde começou a ser largamente utilizado em festas do santo no século XVII juntamente ao trevo, reforçando o sentimento de identidade nacional.Também há a versões que justificam o verde devido ao folclore irlandês, no qual as vestes verdes são utilizadas por seres imortais, como duendes e fadas. O país é conhecido, inclusive, como Ilha Esmeralda. Já em relação às bebedeiras das festas atuais, uma das explicações seria que a data não restringe alimentos e bebida, fato que acontece em outras festas religiosas. No entanto, nos princípios das comemorações, o dia de São Patrício era de retiro, com as famílias doando o seu tempo para participar de celebrações religiosas.
Outros ícones da festa, como o duende e seu pote de ouro e os desfiles tem origem basicamente norte-americana. A festa, ampliada e feita conhecida no mundo pelos Estados Unidos, teve início no país com a grande presença de descendentes irlandeses. A ideia do duende nasceu no folclore Celta, porém foi estilizado nos Estados Unidos, ganhando uma conotação mais simpática e de esperteza, com base na lenda do duende que faz de tudo para proteger o seu maior bem no final do arco-íris: o pote de ouro. Os desfiles, que também chegaram à Irlanda, nasceram nos Estados Unidos, em 1762. Atualmente, a maior parede acontece em Nova Iorque, com 200.00 participantes.
Se deixar, a conversa de Saint Patrick vai longe. São muitas as coisas para falar sobre o dia; há curiosidades suficientes para escrever um livro. Além dos países de cultura inglesa, diversos outros comemoram o Saint Patrick, até mesmo o Brasil. Atualmente, muitas cidades organizam noites especiais para a data. Inclusive, na semana passada, saiu no site Destemperados uma lista de bares brasileiros que fizeram programações especiais para o dia (tem festa acontecendo até hoje). E como o atrativo máximo dessa moda que está chegando é a cerveja verde, vamos logo para a cozinha matar a curiosidade de como degustar uma green beer em casa.
Cerveja verde de CSY:NY
Ingredientes:
350ml de cerveja pilsen (1 lata)
Corante alimentício verde
Modo de fazer:
1. No fundo do copo, pingue seis gotas de corante.
2. Sirva a cerveja aos poucos, sem sacudir, deixando o corante incorporar-se naturalmente à cerveja.
3. Beba!
Você não achava que era tão fácil e rápido né? Com a cerveja gelada, basta adicionar o corante para dar o toque especial do dia. O ideal é usar uma cerveja clara, como a pilsen ou até mesmo a lager, pois as escuras e densas exigem mais corante, o que pode alterar o sabor da cerveja. Se você optar por uma Guiness, que é uma cerveja propriamente irlandesa, tipo stout, sugiro que deixe o verde de lado e curta a cerveja normalmente, pois ela é bem escura. Assim como tudo que leva corante, essa receita é bastante artificial – mais divertida do que algo para o dia a dia. No entanto, existem alternativas naturais, um pouco mais difíceis de encontrar, mas que dão certo. Dentre elas estão os corantes orgânicos, a clorofila líquida e, também, a própria spirulina – isso mesmo, aquela substância que a detetive encontrou na cerveja orgânica. Mas, como você nem sempre vai fazer a receita, em qualquer loja de confeitaria ou de doces há corantes variados com preços amigáveis que vão ajudá-lo a dar um up na sua festa.
Para completar a experiência, só falta brindar como um irlandês. Quer ver como faz? Aprenda aqui:
Sláinte!
TeleSéries ensina: truques certeiros para curar a ressaca!
28/02/2014, 11:00.
Mariana Cervi Soares
Colunas e Seções, Gastronomia
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Corpo pesado, boca seca, náusea, dor de cabeça. Quem já passou por uma ressaca daquelas sabe que esse é apenas o começo. Fazer qualquer coisa rotineira, como levantar da cama para ir ao banheiro, parece um eterno castigo. Pensando bem, na verdade, até que é.
Mas, já que não tem jeito, e a moleza precisa ir embora, vamos deixar o sermão um pouquinho de lado e nos concentrar na cura. Vai e vem, sempre tem um amigo com um conselho ou um “remedinho milagroso”. No fim, apesar de todos os avisos, o que o corpo precisa mesmo é descansar e repor tudo aquilo que a maldita levou. Porém, a gente pode dar um empurrãozinho nesse processo com o auxílio de uns truques culinários infalíveis. Para essa missão, o Teleséries aprendeu algumas dicas com personagens que curtem um gorozinho e sabem o que fazer na hora que o mundo começa a girar.
–> Água para dar e vender: beber um copo de água nunca é tão refrescante (e essencial) quanto depois de uma ressaca. Após várias horas de muito álcool, frequentes idas ao banheiro e nenhuma ingestão de líquido para hidratar o corpo, até que a gente consegue compreender o porquê da indiscutível boca seca. Quem seguiu essa dica foi Jules (Courteney Cox), de Cougar Town, em uma ressaca que aparentava poucos sintomas. Só que o tempo mostrou que o efeito do álcool pode até tardar, mas chega. E, para isso, um copo de água acabou não sendo o suficiente – foi preciso mergulhar com tudo. Mas, se ainda assim a situação estiver feia, é válido tomar, além de água, um isotônico. Essa bebida vai ajudar na reposição de sais minerais (quem disse que só atleta pode comprar esse tipo de coisa?) e, consequentemente, na sua hidratação.
–> Café = enxaqueca nunca mais: pode parecer mito, mas não é. O café é um parceiro indispensável para salvar dos efeitos da ressaca, especialmente da tão assustadora dor de cabeça. As propriedades da cafeína são essenciais para cortar os efeitos do álcool, funcionando com um ótimo aliado para o mal-estar. Ao acordar, após uma noite pesada, com direito a cantoria em cima de um vaso sanitário, tudo o que Jess (Zoey Deschanel), de New Girl precisava, era um grande copo de café e óculos escuros para esconder a cara de “vida louca”. E, para completar a saga, o melhor de tudo foi ganhar uma xícara dos colegas de trabalho – uma recompensa pela árdua ressaca depois da bebedeira que conquistou a turma.

“Você é uma de nós agora. Você nunca mais terá que beber café é um copo de papel”. – Molly (Dreama Walker), em Nerds (s03e02).
–> Comer, comer é o melhor para…evitar a ressaca: travar o mal-estar da bebedeira, sem dúvidas, é possível, se a pancita estiver cheia. O álcool atinge muito mais rápido um estômago vazio, pois não há obstruções no seu caminho. A ingestão de alimentos antes de beber faz com que o álcool penetre mais devagar no corpo, diminuindo os efeitos pró-ressaca. Comer junto com a bebida ou depois também é interessante. Porém, nessas horas, é bom não ingerir alimentos de difícil digestão, como gorduras, pois o corpo estará cheio de toxinas, que precisam ir embora o mais rápido possível. Então, no dia seguinte, se a cabeça pesar, tenha na marmita muitas frutinhas, verduras e carboidratos leves. Bem, essa é a dica para a maioria dos humanos. No entanto, quando se fala em Ron Swanson (Nick Offerman), de Parks and Recreation, tudo pode ser diferente. Mesmo assumindo em rede nacional que nunca enfrentou uma ressaca, em Emergency Response (s05e13), Ron sabe que comer bem é a dica de ouro para um veterano dos copos. Só que, ao contrário da nossa dica, depois de um traguinho, não tem essa de comidas leves: só um bifão frito com manteiga salva!

“[….] eu nunca tive uma ressaca. Depois de tomar muito uísque, cozinho para mim mesmo um bife de flanco, frito na panela com manteiga salgada. Eu como, coloco um par de meias úmidas, e vou dormir” – Ron, em Emergency Response (s05e13).
Bem, depois desses ensinamentos, esperamos que a ressaca não seja um período tão árduo ou que você pense duas vezes antes de encher o caneco sem ter feito uma boa base. Além das dicas de cozinha, fica a lembrança de que descansar faz muito bem. Nada melhor para reanimar o corpo do que relaxar, ainda mais com a expectativa do feriadão que está chegando.
E, para finalizar, a gente quer saber: você também tem alguma receita especial para dar um fim na ressaca?
Compartilhe com a gente (e veja se não vai beber demais nos próximos dias, hein?)!
Aniversário em ‘New Girl’: o dia da pipoca perfeita!
22/02/2014, 10:00.
Mariana Cervi Soares
Colunas e Seções, Gastronomia
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Zoey Deschanel é puro carisma. Depois de encantar a sétima arte com personagens inesquecíveis, como Allison, de Sim Senhor! (Yes Man), e Summer, de 500 dias com ela (500 days with Summer), desde 2011, a atriz garante doses semanais de riso leve e solto com New Girl. Na pele da adorável e nada convencional professora Jessica Day – a Jess –, Deschanel envolve-se em variados desafios do mundo adulto, aprendendo com as famigeradas crises pessoais, das quais ninguém passa ileso. Mas, apesar do caminho não ser fácil, sempre há algum motivo para comemorar a vida e agradecer por cada dia. E é nesse clima que a cozinha do Teleséries recebe você hoje, preparada para uma festa de aniversário ao melhor estilo Jess, com uma pipoca perfeita, digna de uma tarde de cinema (mas feita aí, na sua casa!).
Mas, antes que o aroma da gostosa pipoca roube a sua atenção, é bom lembrar que a sessão de filme é só mais tarde, e que o dia da Jess começa cedo. Quase no final da atual temporada, o episódio Birthday (s03e13) deu conta de mostrar como é deliciosa a ansiedade de um aniversário (ainda mais no caso da Jess!). Logo no início da manhã, às 7h, a professora acorda pilhada, ao contrário das expectativas de Nick (Jake Johnson), seu colega de quarto e atual namorado, que planejava os primeiros festejos lá pelo meio-dia. Só que, quando ele percebeu, o sol já estava raiando, trazendo horas e horas para celebrar mais uma velinha no bolo de Jess. O jeito foi ter coragem e ir para a cozinha, arregaçar a mangas, e dar jeito de fazer um café da manhã cheio de amor.
Eu amei meu café da manhã de aniversário! Eu não acredito que iria fazer tudo isso sozinho, você levaria horas!
Nick:
Eu sei, e com a sua ajuda levou seis minutos.
Jess:
Eu sei, eu sou tão rápida!
Amparada pela certeza de que não passaria mais um aniversário nutrindo milhões de expectativas não correspondidas, pela primeira vez em anos, Jess deixou de lado o seu velho programa de aniversário: ir ao cinema sozinha e comer uma boa pipoca amanteigada. Assim, ela largou o destino nas mãos de Nick que, junto com os amigos, bolou uma festa surpresa da qual Jess nem desconfiava. O problema é que, depois de um início de romance um tanto enrolado e engraçado, sem perceber, Nick tinha conquistado o patamar de namorado que organiza um dia perfeito para o seu amor – e não apenas uma noite, como ele havia planejado (haha!). Então, com o seu ar sempre desajeitado e ansioso, ele passou o dia entre ligações furtivas para os amigos e passeios esquisitos, tentando mostrar para Jess que estava tudo certo para as comemorações. A confusão foi tanta que, durante uma caminhada pelo parque, a professora invadiu uma festa de criança, pois acreditou ser uma surpresa para ela. Nick, atônito, nem teve tempo de processar a ideia e, quando viu, Jess estava com a sua habitual alegria devorando um delicioso cupcake. Bem, e o resultado disso? Segundos depois, a mordida já não estava tão doce, e o bolinho ficou largado, enquanto Nick corria atrás de uma chateada Jess. Ela havia percebido que, sem querer, grandes expectativas tinham frustrado mais um aniversário.
Com a ajuda dos amigos, que também (re)aprenderam o valor da amizade durante o dia de preparativos – seja na união de Cece (Hannah Simone) e Schmidt (Max Greenfield) para defender-se do chato bartender Mike (Ben Falcone) ou na cozinha coletiva de Coach (Damon Wayans Jr.) e Winston (Lamorne Morris) que, juntos, fizeram o bolo de aniversário de Jess – Nick consegue se acalmar para dar início à festa. O que a turma não esperava é que Jess tivesse fugido, sob o olhar de todos, deixando apenas o recado de que estaria, onde mais (?), no cinema. A cena seguinte mostra Jess destinada a curar a fossa com duas pipocas imensas, cheias de muita manteiga. Porém, a hora de alegria estava chegando de surpresa, aos pouquinhos, sem ela notar. Antes do filme, Nick e os amigos começaram a homenagem, com recadinhos no telão, entrada de um bolo personalizado e decorações mega coloridas. O que ninguém esperava é que, mais uma vez, bem na hora de apagar as velinhas, Jess iria sumir. Nick, assustado, sai atrás da namorada. Ele a descobre na porta do cinema, visivelmente emocionada. Jess, afinal, estava expressando, do seu jeito único, um tanto tímido e “estranho”, como ela mesma diz, o quanto aquela surpresa havia acalmado o seu coração. Afinal, aniversário é o dia em que nos sentimos especiais. É a data que tem um significado especial para a gente, ainda mais quando compartilhada com aqueles que amamos. Depois do choro, só restava curtir a festa, que, no fim, acabou seguindo a tradição de Jess – acompanhada de uma pipoca especial para se lambuzar de tanta alegria.
De onde veio a pipoca?
Pipoca, palavra de origem Tupi-Guarani, significa “estalando a pele”. Em inglês, a pipoca chama-se popcorn (nome pela qual é conhecida mundialmente), que, literalmente, significa “estourar milho”. Muito antes de se tornar um dos snacks (lanches, petiscos) mais famosos e populares do mundo moderno, há milênios, a pipoca já era uma cultura presente na vida dos povos nativos da América. A origem da pipoca é creditada à região do Novo México, onde, em 1948, foram descobertos, em uma caverna chamada Bat Cave, os primeiros vestígios de grãos de milho estourados, os quais tinham cerca de 5.600 anos. Povos do México, como os Astecas, e das regiões de países como Peru e Guatemala, possuíam o hábito da pipoca. Inclusive, entre os Astecas, ela era utilizada como utensílio decorativo em cerimoniais. Os Estados Unidos, país que difundiu largamente o lanche a partir do século XIX, também possui heranças históricas da pipoca. Na região de Utah, foi encontrado um grão em uma caverna habitada pelos Pueblo Indians, datado em cerca de mil anos. Ainda, há registros de consumo da pipoca entre os índios Iroquois, na região dos Grandes Lagos. A tradição do prato na cultura americana ganhou força nos anos 1800, quando tornou-se um lanche muito popular. A pipoca também foi muito presente na época da Grande Depressão, pois era um produto de preço acessível, e durante a II Guerra Mundial, em substituição a gêneros em racionamento. O consumo da pipoca, como conhecemos hoje, é algo bem moderno, fruto do desenvolvimento dos últimos séculos, em especial da indústria do entretenimento, que popularizou a pipoca como um snack, especialmente no caso do cinema. Há menos de 40 anos, em 1981, a venda de pipoca aumentou ainda mais, com a invenção das práticas versões para forno micro-ondas. No Brasil, nossa cultura da pipoca acompanha a mesma onda mundial. É quase como dizer que não há cinema sem uma boa pipoca.
Pipoca de cinema na sua casa
Apesar de ser um lanche bastante simples, muita gente reclama que a pipoca de casa nunca é tão gostosa como a do cinema. Se você só faz as de micro-ondas, bem, com certeza o sabor não chegará nem perto. Assim como a maioria dos alimentos, as versões frescas – e mais naturais – de pipoca são sempre as melhores opções. E para fazer em casa, parecendo que a pipoca recém saiu daquelas enormes máquinas, o passo a passo tem alguns segredinhos. Mas, não se preocupe, não é nada difícil, tudo bem simples, sem medo do fogão. Para ajudá-los nessa tarefa, hoje, trago uma receitinha básica de pipoca com manteiga, que você poderá fazer mesmo sem ter aquelas panelas especiais para pipoca. E já garanto: você nunca mais vai achar a pipoca de cinema melhor que a da sua casa ;).
A pipoca perfeita de ‘New Girl’
Ingredientes:
1 xícara (chá) de milho para pipoca
4 colheres (sopa) de óleo vegetal (milho, canola, soja)
2 colheres (sopa) de manteiga sem sal
Sal a gosto
Modo de fazer:
1. Cubra todo o fundo da panela com o óleo. Dependendo do tamanho da sua panela, a quantidade de óleo vai ser maior ou menor (para essa receita, utilizei uma com 24cm de diâmetro).
2. Largue três grãos de milho na panela. Tampe-a e coloque-a para esquentar em fogo médio-alto.
3. Quando os três grãos tiverem estourado, tire a panela do fogo, adicione o restante da pipoca e um pouco de sal, e conte trinta segundos (lembre-se de que a quantidade de milho nunca deve ultrapassar a medida do fundo da panela). Passado esse tempo, retorne a panela ao fogão, baixando um pouco a intensidade do fogo.
4. Com o tempo, a pipoca vai começar a estourar. A partir daí, não abra mais a panela, apenas mecha-a de vez em quando, sempre cuidando o barulho dos estouros. Quando os estalos diminuírem, baixe o fogo e, por fim, desligue a boca do fogão. Deixe a panela por alguns segundos e busque a tigela que você irá servir.
5. Despeje a pipoca na tigela e, na panela ainda quente, coloque a manteiga para derreter (não precisa acender novamente a chama do fogão).
6. Espalhe a manteiga derretida na pipoca, sempre misturando bem e, nessa hora, aproveite para regular o sal conforme o seu gosto.
E é só servir na hora, bem quentinha! Se você quiser repetir a dose, é importante lavar a panela, pois, como ela estará com resíduos da gordura das primeiras pipocas, pode acontecer de queimar algumas delas. O tempo fora do fogo, que pode parece frescura, é uma forma de distribuir e estabilizar a temperatura, acomodando bem os grãos no fundo da panela. Assim, no retorno ao fogão, todos os grãos fritarão de maneira igual, o que evitará que alguns não estourem ou queimem. Ainda, é sempre importante mexer a panela, para que os grãos não grudem nem queimem e, também, para estourar aqueles que ainda estão crus. Quanto ao sal, é bom temperar um pouquinho antes, na panela, como no passo a passo. Essa dica facilita bastante, pois nem sempre conseguimos salgar a pipoca por igual depois de pronta. Em relação à tigela, sempre escolha uma que seja maior do que a quantidade de pipocas, nunca no tamanho certo demais, pois, senão, será difícil de sacudi-la para salgar e misturar a manteiga. Ah, por fim, cuide para conservar o seu milho em local arejado e seco, evitando a umidade e trocas de temperatura. Quanto mais sequinho o grão estiver, mais fácil será de ele estourar durante o cozimento, além do que ficará bem mais crocante.
Parece muita coisa para lembrar, mas é bastante simples. O processo é bem rápido, talvez um pouquinho mais demorado do que a pipoca de micro-ondas, mas, com certeza, mais recompensador e gostoso. Se você quiser, pode acompanhar com um refrigerante, que é tradicional. Eu já não sou dessas, pois não curto refri – nem gosto de incentivar ninguém a tomar. Se você já for maior de idade, diria que nada acompanha melhor do que uma cerveja bem gelada. E, caso contrário, nem se preocupe, pois essa pipoca sozinha já completa qualquer hora!
Até a próxima!
Fotos da comida: Guilherme Moreira
O sabor da cozinha colombiana em ‘Modern Family’
08/02/2014, 12:28.
Mariana Cervi Soares
Colunas e Seções, Gastronomia
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Com o passar do tempo, o menu mudou e os costumes também. Novos ingredientes apareceram e os horários das refeições trocaram. A cultura do fogo de chão se tornou a gás e surgiram milhares de utensílios de cozinha. No entanto, se tem uma tradição que se mantém viva, mesmo com todas as mudanças do mundo das panelas, é a de sempre ter espaço para uma boa comida nos encontros de família. E quem entende bem o valor de uma boa mesa é Gloria Pritchett (Sofia Vergara), a singular colombiana de Modern Family que, aos poucos, ganhou o coração dos familiares de Jay (Ed O’Neil) – não sem uma primeira relutância e algumas brigas tragicômicas, claro (haha!). Discussões a parte, hoje o Teleséries vai levar você direto para a cozinha da família Pritchett e ensinar um prático passo a passo da deliciosa culinária caseira colombiana. Adelante, muchachos!
De comportamento genioso, com sotaque carregado e palavras trocadas e dona de um estilo muy sensual e caliente, Gloria é a representação, em Modern Family, de um clássico estereótipo da cultura latina no mundo das séries. No entanto, em contrapartida a essa conhecida fórmula, a série reserva momentos interessantes do roteiro para expor a cultura colombiana da personagem (e também da própria atriz, Sofia Vergara). Piadinhas a parte, vários são os episódios em que Gloria defende com unhas e dentes o seu patrimônio cultural, com destaque especial para as lições que tenta ensinar ao filho Manny (Rico Rodriguez), como forma de que, mesmo morando em outro país, o garoto não se esqueça das suas raízes. Uma boa parte dessa dedicação se traduz na cozinha de Gloria que, sem nunca deixar a pose e a vaidade de lado, protagoniza cenas hilárias de riso e amor à beira das bancadas e do fogão.

“Eu estou fazendo chunchullo, um tradicional prato colombiano, para o nosso jantar de família hoje à noite” – Gloria (s02e02).
Após uma boa sessão para matar a saudade de episódios de Modern Family, cheguei ao veredicto sobre a comida de Gloria para a nossa degustação desse sábado: empanadas! Dentre as várias influências que pintam durante a série, esse prato, muito forte na cozinha colombiana, me chamou a atenção por aparecer em dois episódios que enfatizavam o grande cuidado de Gloria com Manny. Felizmente, para a nossa coluna, tanto amor não poderia deixar de ser traduzido em outra coisa, senão uma saborosa comida de mãe. O primeiro momento vem do episódio The Old Wagon (s02e01), estreia da segunda temporada, quando Manny, então um pré-adolescente na busca de seus primeiros romances, rejeita as empanadas que Gloria havia feito com tanto carinho para receber a “amiguinha” do filho, Kelly (Callie Thompson). O garoto, que nunca havia recusado um pedaço sequer dos quitutes da mãe, enfrenta um clássico momento da juventude, mostrando para a garota que não é um menininho mimado. O mais engraçado é que tudo se passa na maior naturalidade, como se Manny nem tivesse a intenção de fazer isso e não percebesse o quanto esnobar Gloria a havia deixado triste – bem, convenhamos que, qual cozinheiro não ficaria chateado após sovar e abrir massa, desfiar carne e ficar com cheiro de pastelzinho sem ter ninguém para provar?

“Eu sou a mãe dele! Eu não vou deixá-lo fazer um erro que vai afetar o resto da minha vida! A vida DELE!” – Gloria (s02e01)
Agora, em janeiro de 2014, três anos mais tarde, a atual quinta temporada de Modern Family reviveu, mais uma vez, as famosas empanadas de Gloria, sempre feitas com muito zelo para conquistar a felicidade de Manny. Diferente do outro episódio, a nova fase da vida do garoto, além dos relacionamentos afetivos, começa a trazer as responsabilidades mais difíceis no ambiente escolar. Em Under Pressure (s05e12), Gloria, Jay, Clare (Julie Bowen) e Phill (Ty Burrell) relembram os tempos de escola ao acompanharem uma open house, um reunião aberta na escola para saber como será o ano escolar dos filhos e, também, para conversar com os professores. Para conquistar a atenção do professor preferido de Manny, Mr. Ingram (James Gleason), Gloria comparece à reunião com um prato de empanadas fresquinhas e dá início a um bate papo com o professor, sempre fazendo elogios ao filho. Quando ela menos esperava, Dona Duncan (Jane Krakowski), mãe de outro aluno da escola, chega no meio da conversa e atrapalha a conquista, trazendo também um prato cheio de quitutes para o professor. O resultado dessa provocação foi a disputa final em uma alucinada partida de dodgeball (queimada), acompanhada pelo voluntarioso professor e genro de Gloria, Cameron (Eric Stonestreet), que terminou com os três adultos na sala da diretoria. Confusões a parte, quem se deu bem foi Mr. Ingram, que, no meio de todo o forrobodó, ainda saiu cheinho de empanadas para o café da tarde.
E, como o nosso ano letivo está começando, nada melhor do que um bom lanche, como as empanadas, para renovar as energias e, quem sabe, fazer um agrado para um colega ou um professor querido. Então, preparem as tigelas, a frigideira e o muque, pois é hora de desbravarmos os temperos únicos da cozinha colombiana.
As empanadas
O saudoso quitute de Gloria, na vida real, é um importante marco, não só para a cozinha colombiana, mas, também, para os demais países da América Latina. A história desse prato é antiga, suas primeiras origens datam da Idade Média, porém a sua introdução nos países latinos se deu com a colonização espanhola. A empanada é uma espécie de pastel, geralmente consumido assado, mas que, também, possui versões fritas. Cada um dos países de origem hispânica da América do Sul tem um tipo variado de empanada, com segredos diversos para a massa, recheios, formatos e condimentos. A tradição do prato é ser salgado, porém as versões doces também fazem sucesso. Em relação à culinária brasileira, a empanada está mais próxima às nossas tortas empanadas do que propriamente o pastel, uma vez que o processo de cozimento é mais semelhante. Bem, mas como a nossa tarefa de hoje é aprender o jeitinho da Gloria, então, vamos a ele. No caso da empanada colombiana, a massa é diferente das demais, pois sua base é de farinha de milho – uma cultura muito importante no país – e não de trigo. Além disso, ao contrário das tradicionais massas de forno encontradas em países como Chile e Argentina, a empanada colombiana é geralmente frita em óleo vegetal. Os recheios são democráticos, mas entre os mais conhecidos está o de carne desfiada com purê de batatas e especiarias. Para acompanhar, não pode faltar um bom molho de pimenta.
Empanadas da Gloria – Modern Family
Ingredientes
Recheio:
Purê de 2 batatas grandes
1 colher (chá) de sal
3 colheres (sopa) de azeite
2 dentes de alho picados
90g de pimentão vermelho bem picado
100g de tomate (sem pele e sementes) bem picado
1/2 xícara (chá) de cebola verde picada
1/2 xícara (chá) de coentro (fresco ou seco) picado
1/4 colher (sopa) de cominho em pó
+/- 450g de carne pré-cozida desfiada
Massa:
720 ml de água quente
450g de farinha de milho pré-cozida
1 cubo de caldo de frango
1 colher (sopa) de açafrão em pó
1 colher (chá) de sal
2 colheres (sopa) de manteiga ou margarina
Modo de fazer:
1. Comece com a massa. Misture todos os ingredientes, com exceção da farinha. Aos poucos, então, adicione a farinha até que a massa dê ponto. Você deverá trabalhar um pouco ela com as mãos, fazendo com que desgrude, mas sem deixá-la muito seca, pois deve ficar uma pouco molinha. Deixe descansar por cerca de 20 ou 30 minutos.
Dica: Enquanto espera a massa ficar pronta, faça o recheio. Basta fritar bem a cebola, o alho, o tomate, o pimentão e os temperos e, na sequência, adicionar a carne desfiada já cozida. Deixe refogar junto por uns cinco minutos e, por fim, adicione o purê de batatas e misture bem. Reserve.
2. Volte para a massa e comece a abrir. Para que não resseque, você deverá fazer uma empanada por vez. Para cada porção, deverá ser feita uma bola de massa de tamanho médio a grande, que feche no gordinho da sua mão.
3. Coloque a bolinha entre duas folhas de plástico (ou filme PVC) e amasse bem, com auxílio de uma superfície lisa, como o fundo de uma panela.
4. Com a massa aberta, você deve colocar uma porção de recheio, cerca de uma a duas colheres de chá cheias.
5. Como em um pastel normal, você deverá fechar as bordas. Faça esse trabalho com o auxílio das duas folhas de plástico para que a massa não grude na mão. Depois de fechado, corte as bordas com o auxílio de um copo (ou de um molde cortador).
6. O formato de cada empanada deve ser o de uma meia-lua. Se quiser, você pode fazer uma decoração nas pontas ou deixá-las assim mesmo, simples.
7. Enquanto monta as outras empanadas, cubra as prontas com um plástico para que não ressequem (no detalhe, algumas empanadas decoradas).
8. Frite as empanadas em óleo quente até que fiquem douradas.
Depois é só você deixá-las escorrer em um prato com papel aderente e as empanadas estão prontas para serem servidas. O processo é um pouco demorado por causa da massa. Fazê-la é bem simples. No entanto, o que tira um bom tempo é abrir e rechear uma empanada por vez. Já o recheio é bem rápido, uma vez que você tenha todos os ingredientes prontos. Se você gostar de um sabor mais picante, dá para adicionar uma pimentinha a gosto no recheio. Voltando para a massa, se alguém quiser se aventurar com a farinha de milho normal, sem ser pré-cozida, será necessário adicionar um ovo e um pouco de farinha de trigo para ajudar a dar ponto e elasticidade para trabalhar a massa, pois o grão do trigo cru é mais granulado e espesso. Mas, desse jeito, dá certo também, só que o ponto demorará mais para chegar. Uma alternativa fácil para essa trabalheira é utilizar massa pronta. No entanto, o sabor vai ficar mais parecido com o de pastel, pois as massas que temos aqui no Brasil não são como as de milho da Colômbia. De toda a forma, continua sendo uma dica válida, ainda mais se você tiver pouco tempo. Para acompanhar esse delicioso salgado, nada melhor do que um molho de pimenta. Você pode testar, ainda, fazer um ají picante, um molho servido com diversos pratos, especialmente as empanadas, feito à base de vinagre, sal, pimenta e condimentos. Há uma receita bem legal no blog My Colombian Recipes.

No detalhe, o típico formato de meia-lua com a decoração das bordas, uma especialidade das empanadas colombianas.
Se você quiser saber mais sobre empanadas, indico o documentário Lo que más se vende, produzido pela Televisión América Latina, que conta, com um toque divertido, sob os olhares do povo colombiano, a importância cultural, econômica, social e histórica das empanadas no país. Ainda, em relação ao formato decorativo das empanadas e da forma de fazer cada meia-lua, encontrei um vídeo de uma senhora colombiana, daquelas de tradição mesmo. É um material bem caseiro, em que a Dona Beatriz mostra os segredinhos de uma boa empanada. Confira clicando aqui. Outra referência é o blog Sweet y Salado, que serviu de base para a nossa releitura de hoje das empanadas colombianas.
Bem, o que me resta dizer depois desse aprendizado de culinária latina e orgia de gostosos sabores? Que a cozinha das séries norte-americanas só tem a enriquecer com a influência das cozinhas de outros locais, pois, afinal, o mundo não é só feito de batatas fritas, hambúrgueres, donuts e sorvetes :).
Até a próxima!
Feliz Chrismukkah: ‘The O.C.’ mostra como inovar nas festas de final de ano!
21/12/2013, 11:33.
Mariana Cervi Soares
Colunas e Seções, Gastronomia
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“Blim, blon, blim, blon, blim, blon…
Bate o sino da matriz
Papai, mamãe rezando
Para o mundo ser feliz
Blim, blon, blim, blon, blim, blon…
O Papai Noel chegou,
Também trazendo presente,
Para a vovó e o vovô”
É, amigos. Quando musiquinhas como essa surgem por aí, uma coisa é certa: o ano está terminando e, na carona, se aproxima mais um Natal. No Brasil, país em que a maioria da população se autodeclara cristã (quase 90%, segundo o Censo 2010 do IBGE), o encerramento de mais um ciclo de 365 dias geralmente é marcado pelos festejos mais icônicos da cultura ocidental, simbolizando, religiosamente, o milagre do nascimento do menino Jesus, o Salvador. No entanto, há muito tempo essa data foge da natureza estritamente religiosa, imprimindo um ritmo ao calendário anual e atingindo, até mesmo, aqueles que não pertencem a nenhuma religião. Começa dezembro e as luzinhas piscam-piscam por todo o lugar, milhões de pessoas saem à procura dos presentes perfeitos e às compras para o grande banquete do ano, familiares e amigos fazem o possível para se reencontrarem, crianças esperam ansiosamente pelo Papai Noel e a esperança de alguns dias de descanso se torna o tópico principal das conversas. Tudo isso nos é muito familiar. Mas, você já imaginou como seria comemorar dezembro de um jeito diferente, que não fosse o Natal? Para sacudir o seu final de ano, a cozinha do Teleséries saiu do convencional e preparou a mesa baseada nos festejos de uma das séries mais famosas da década de 2000. Vamos celebrar com uma receita inspirada no Chrismukkah, a inovadora festa da família Cohen de The O.C.!
Seth Cohen: “Permita-me apresentá-lo a uma pequena coisa que eu gosto de chamar de Chrismukkah”.
Assim que foi adotado pela família Cohen e chegou a Orange County, Ryan Atwood (Benjamin McKenzie) sabia que muitas coisas seriam diferentes daquele ponto em diante. A saga de aprender a vida em um novo mundo, passando por um enorme choque cultural marcado pela saída de uma realidade dura de miséria e violência para a perfeita (ou vista como) vida dos Cohen, conduziu boa parte da primeira temporada de The O.C. Tendo a mesma idade de Ryan, Seth (Adam Brody) logo se sentiu responsável por mostrar ao novo irmão, vindo de Chino, como as coisas funcionavam por ali. E foi assim que ele, há 10 anos, no episódio The Best Chrismukkah Ever (s01e13), apresentou a Ryan uma das mais valiosas tradições da família Cohen (presente nas temporadas seguintes da série): a festa de Chrismukkah.
Seth:
Então, o que vai ser? A menora ou a bengala de açúcar? Natal ou Chanucá?
Ryan:
Ah…
Seth:
Não se preocupe com isso, cara, porque, nessa casa, você não precisa escolher.
[Vídeo em Inglês]
Com origens nas crenças cristã e judaica, os Cohen representam uma conformação familiar muito comum nos Estados Unidos da América (EUA). A miscigenação entre pessoas de religiões diferentes, em especial entre Cristianismo e Judaísmo, é um fenômeno relativamente novo, propiciado pelas trocas culturais que marcaram os últimos séculos. Em The O.C., a mistura tem um dos seus principais marcos nas festas de final de ano, pois é a hora de comemorar o conhecido Natal, proveniente da família de Kirsten (Kelly Rowan), e, também, o Hannukah (Chanucá), a grande festa da raiz judaica de Sandy (Peter Gallagher), que, sendo uma influência cultural forte nos EUA, tem presença garantida em diversos seriados, como no caso de Friends, com os inesquecíveis irmãos Monica e Ross Gheller.
Mas, bem, crescer em um ambiente de tantas diferenças, em que os pais não sabiam muito bem como reunir suas crenças em uma mesma ocasião, foi a peça principal para a invenção de Seth, o responsável mor pelas celebrações de final de ano na casa dos Cohen. Com apenas seis anos – e uma mente muito criativa –, ele deu nome e voz a todas aquelas pessoas que, como ele, ficavam na dúvida sobre como festejariam o seu final de ano em meio a famílias marcadas pela diferenciação cultural. Apresentado ao grande público por Seth, em 2003, o termo Chrismukkah se refere a uma festa que propõe misturar influências do Christmas (Natal) e do Hanukkah, sem excluir nenhuma das tradições. Fato bastante presente nas famílias judaico-cristãs norte-americanas, a festa não possuía um nome exato e, logo após o aparecimento na série, a alcunha Chrismukkah tornou-se famosa. Hoje, é muito comum encontrar referências em diversas mídias sobre essa época do ano, em especial na internet, com blogs onde muitas pessoas contam as suas experiências e formas de como as famílias integram a noite da véspera de Natal, que celebra o nascimento de Jesus, aos oito dias de Festival das Luzes, em alusão à retomada do Templo de Jerusalém em 164 a.C., reafirmando a crença religiosa judaica.
Em The O.C., não são mostradas muitas pistas formais de como a festa acontece. No entanto, Seth garante que é a época em que oito dias são dedicados a presentes, sendo um deles para MUITOS presentes. Um tanto quanto descrente com as festas de final de ano, Ryan demora um pouco para entrar no espírito efervescente do irmão, que parece planejar a ocasião durante muito tempo, com diversas embalagens de lembrancinhas, organização de festa com os amigos e a família, decoração multicultural pela casa e, como não poderia faltar, uma boa comida.
E o que se come no Chrismukkah?
De modo geral, as famílias mantêm as tradições culinárias de cada religião. Assim, pode ser que encontremos em uma mesa tanto mashed potatoes (purê de batatas) quanto latkas (panquecas de batata), sem modificação ou incorporação de receitas, mas, sim, com os pratos ocupando espaços lado a lado. Como o Natal e o Chanucá acontecem em datas diferentes, apesar da mesma época do ano, não necessariamente é feita uma única festa para as comemorações. Nos EUA, a holidays’ season (temporada dos feriados) tende a ser longa, assim como as refeições (hehe!), sendo que é possível diluir vários pratos nos diversos dias. No entanto, no mar de influências gastronômicas, uma tendência que chamou muito a atenção da cozinha do Teleséries foi o fato de que famílias como a dos Cohen, especialmente devido ao braço judaico da família, tem a tradição de comer take outs (delivery, tele-entrega) de comida chinesa no dia do Natal.
O fenômeno, de origem bem recente, é uma renovação na tradição das famílias judaicas norte-americanas. As razões são variadas e não há apenas uma regra oficial de por que esse hábito ser tão comum. No entanto, um dos motivos bastante evidentes está na similitude de calendários das culturas judaica e chinesa, que constituem os maiores grupos de imigrantes não cristãos dos EUA. Sendo assim, as duas culturas não consideram a festa dominante de Natal como uma de suas comemorações. Então, no dia 25, quando praticamente 100% dos estabelecimentos estão fechados, os restaurantes chineses aparecem como uma alternativa viável aos judaicos de pedir comida em casa ou, ainda, sair para comer. Com o passar do tempo, esse acontecimento acabou virando natural. Há várias outras teorias para o fato, como a presença de ingredientes similares nas duas cozinhas, como o alho e o frango, a forma caseira de preparar os alimentos e, no caso de Nova Iorque, a proximidade das colônias de imigração chinesa e judaica, que localizam-se nos bairros Chinatown e Lower East Side, onde, aos redores da Sinagoga, nas ruas próximas, encontram-se casas de mangares orientais. Outra parte da tradição é, junto da comida chinesa, fazer uma boa preguicinha e assistir a um filme, que pode ser, inclusive, de Natal, integrando as influências das duas festas. Para saber mais, leia aqui (link em inglês). Tendo esse background através da infância de Sandy, a família Cohen é, também, adepta dessa transformação urbana e, após os dias de festa, reserva o Natal para um bom filme e um delivery chinês. Então, para você entrar nas suas festas de final de ano com novas ideias na caixola, a hora é de colocar a wok e os hashis para trabalhar!
E qual é o prato da vez?
Nos EUA, a culinária chinesa desnvolveu-se de maneira particular, preservando muitos ingredientes da culinária tradicional, mas, também, adicionando outros e conferindo fama a alguns sabores. Dentre os pratos principais mais apreciados pelos norte-americanos nos take outs chineses, está o Chow Mein (do chinês Chao Mian), uma massa (tipo noodles) frita acompanhada de vegetais e carne, semelhante ao nosso conhecido Yakisoba (que nasceu da inspiração na cozinha chinesa). Na China, o Chow Mein carrega bem mais vegetais do que nos EUA – o que acontece na maioria das outras receitas também -, país que dá muito valor para a carne. Uma das proteínas mais apreciadas na cozinha chinesa norte-americana é a do frango, encontrada em diversos pratos. Sabendo disso, hoje vamos curtir o Chrismukkah com um saboroso e marcante Chow Mein, baseado na mistura das culturas culinárias americana a chinesa.
Chow Mein de The O.C.
Ingredientes:
500 g de massa tipo noodles (pode ser para Yakisoba ou, ainda, miojo)
1 kg de frango cortado em cubos
1 xícara (chá) de: cenoura em tiras; cebolinha verde picada; brotos de feijão; brócolis em pedaços
2 dentes de alho picados
2 colheres (chá) de amido de milho (dissolvidas em água)
Molho de soja
Vinho branco para cozinha
Óleo de Gergilim
Óleo Vegetal
Sal a gosto
Modo de Fazer:
1) Em uma panela com fundo antiaderente (a tipo wok é a melhor), salteie ligeiramente (cerca de 2 ou 3 minutos) os legumes e o alho com uma colher de sopa de óleo de gergelim. Retire da panela e reserve.
2) Com a panela limpa (é muito importante lavar para que os sabores não se misturem), frite bem o frango, que deve ter sido marinado por ao menos 20 minutos na seguinte mistura: 4 colheres (sopa) de molho de soja, 1 colher (sopa) de óleo de gergelim, meia colher (sopa) de vinho de cozinha e amido de milho dissolvido. Quando o frango estiver bem frito, retire da panela e reserve.
3) Em outra panela, ferva cerca de 3 litros de água e, no momento da fervura, adicione a massa e deixe cozinhar o tempo indicado na embalagem (cerca de 4 a 5 minutos, no máximo). Após, escorra a massa em água fria, parando o cozimento para evitar que a massa fique grudenta.
4) Volte à wok, adicione óleo vegetal (cubra o fundo da panela) e frite a massa por cerca de 4 minutos, mexendo sempre para não grudar. Adicione os vegetais, a carne e cerca de 6 colheres (sopa) de molho de soja. Frite todos os ingredientes juntos, cuidando para não pegar no fundo. Esse processo deve durar, no máximo, 5 minutos.
5) Por fim, adicione um último toque de óleo de gergelim e sirva na hora.
E está pronto! Uma receita simples, porém exótica. Há alguns ingredientes da receita tradicional, como o molho de ostra, que não consegui encontrar. Mas, em geral, a maioria das coisas é super tranquila de achar nos mercados locais. Chow Mein é uma receita muito saborosa e, se feita bem passo a passo, dá super certo. O sabor do óleo de gergelim é um destaque ao prato, deixando-o bem marcante mas, ao mesmo tempo, suave e delicado. O legal de comer o Chow Mein é testar as habilidades com os hashi (os palitinhos), seguindo bem o estilo oriental. Para acompanhar a noite, você pode escolher servir como entrada os rolinhos primavera, que são uma receita bastante tradicional, feitas, geralmente, com repolho e alguns condimentos, como molho de soja e o óleo de gergelim. Eles também são uma ideia para sobremesa – aqui no Brasil, muitos restaurantes servem com recheios bem caseiros, como goiabada e doce de leite. Para isso, basta que você compre a massa pronta de rolinho primavera ou, se não encontrá-la, é possível usar a de pastel mesmo. O único detalhe a ser cuidado é o formato quadrado, pois, para dobrar o rolinho, é preciso fazer uma técnica de pacote. Há um vídeo muito legal, no canal Presunto Vegetariano, que ensina um passo a passo e, inclusive, uma receitinha de massa caseira.
Depois, basta você colocar aquele filme na sua televisão (ou computador) – se quiser a dica de The O.C., as pedidas são os clássicos A Felicidade Não Se Compra (1946) e Um Violonista no Telhado (1964) -, pegar uma boa tigela (ou caixinha, como preferir) e enchê-la até o topo com essas comidas gostosas. Aqui na minha casa, a ideia deu super certo: a gente adiantou o nosso Natal, uma vez que não estaremos todos juntos no final de ano, e aproveitamos a ideia da comida chinesa. O pessoal adorou!
Para dar um toque de festa, a sugestão fica na escolha de cores vibrantes e, ainda, no uso de velas, pois a iluminação da vela é uma parte que integra a mística das duas tradições que formam o Chrismukkah. Dependendo de sua crença (religiosa ou não), não vou dizer que você tenha que usar símbolos de uma ou de outra religião, mas, se preferir, você pode decorar os pratos e o ambiente com elementos que recordem as tradições, como, por exemplo, harmonizar um Crucifixo e uma Estrela de Davi lado a lado, simbolizando a união entre as culturas. E, caso o final de ano traga alguma má lembrança, Seth Cohen dá a dica: “Nada arruína o Chrismukkah. Tem o dobro da resistência do que qualquer outro feriado”. 🙂
A cozinha do Teleséries deseja a você um ótimo final de ano, da maneira que for a sua festa, torcendo que sejam dias de paz e, claro, de muitas provinhas culinárias!
Até 2014!
Fotos da comida: Guilherme Moreira
A receita do dia é voluntariar-se!
07/12/2013, 09:21.
Mariana Cervi Soares
Colunas e Seções, Gastronomia
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Voluntários não são pagos – não porque não sejam valorosos, mas porque não têm preço. (Autor Desconhecido).
A última quinta-feira, 5 de dezembro, marcou uma data bastante significativa: o Dia Internacional do Voluntariado. Oficializada em 1985, pela Assembleia Geral das Nações Unidas, a homenagem tem o objetivo de lembrar e valorizar as pessoas que dedicam o seu tempo e esforço para trabalhar, de forma gratuita, pelo bem estar de suas comunidades. O voluntariado é um ato de cidadania, em que qualquer pessoa, de forma individual ou organizada, pode tornar-se útil em seu meio, doando-se em prol de melhorias coletivas e sanando demandas sociais de suas localidades.
Em uma sempre evidente releitura da vida real, o universo das séries não fica para trás quando se fala dessa temática. Diluído em variados gêneros e mostrado diversas práticas do dia a dia, o voluntariado assume bastante presença nos TV shows, em especial na época de final de ano, quando a motivação do espírito solidário está em alta. No entanto, não é só de Thanksgiving e Merry Christmas que se alimenta essa importante união de forças espalhada em todo o mundo. Para comemorar os desconhecidos heróis de todos os dias, a coluna de Gastronomia dessa semana recordou pequenas ações de personagens que encararam o desafio e encontraram os ingredientes certos para transformar o seu redor e, também, motivar você no seu dia a dia.
DJ – Full House
Em 1991, DJ (Candace Cameron) se torna o exemplo que todo o pai gostaria que seu filho mais velho fosse para os irmãos. No episódio The Volunteer (s07e05), a primogênita de Danny (Bobby Saget) se oferece como voluntária em um asilo e acaba tornando-se amiga de Eddie (Whitman Mayo), um senhor que é diagnosticado como portador de doença de Alzheimer. Preocupada e triste com o diagnóstico do novo amigo, DJ pede o conselho de Danny, que mostra à filha a importância de seu carinho por Eddie.
“Bem, eu sei que o melhor jeito de você ajudar alguém é a amizade. Ele [Eddie] acabou de dizer que esses foram uns dos melhores dias que já teve em muito tempo. E é tudo graças a você DJ”. – Danny Tanner
Monica e Russel – Touched By An Angel e Promised Land
Ainda em meados dos anos 1990, outras duas séries chamaram atenção pelos seus personagens gentis e altruístas. Touched by and Angel, criada em 1994, narrava a história de anjos que foram enviados à Terra para ajudar as pessoas através da redescoberta da fé. Como spin-off da série, nasceu Promised Land, que, entre 1996 e 1999, contou a história da família Greene, que viajava pelos Estados Unidos ajudando pessoas em momentos de dificuldade. No voluntariado, podemos destacar a delicada anjinha Monica (Roma Downey) e o dedicado pai Russel (Gerald McRaney), ambos interessados a ingressar em comunidades diversas, como igrejas e grupos de jovens, para doar seu tempo na busca de melhorar a vida daqueles que precisam de apoio e incentivo.
Luka, John e Greg – E.R.
A caminho de um destino desconhecido, alguns dos médicos mais famosos de E.R. nos anos 2000 largaram suas rotinas normais para salvar vidas do outro lado do oceano. Integrando equipes de médicos voluntários, Luka Kovac (Goran Visnjic), John Carter (Noah Wyle) e Greg Pratt (Mehki Phifer) envolveram-se, entre a 9ª e 11ª temporada da série, em missões na África, proporcionando o mínimo de assistência médica a famílias em necessidade. Além de lidar com a grande quantidade de doenças, a nova realidade também trouxe outros grandes desafios, como a violência das guerrilhas, e a adaptação do trabalho para condições extremas. No fã-vídeo acima, você confere alguns momentos impactantes da jornada que busca lembrar o trabalho de muitos médicos reais, através das lentes da ficção.
Rory – Gilmore Girls
Rory (Alexis Bledel) é uma personagem muito interessante, que, por sete anos, conquistou o público com sua delicadeza e perspicácia ao lado da engraçada e voluntariosa mãe Lorelai (Lauren Graham). Juntas, as duas encararam diversas aventuras e histórias e dividiram, também, uma incontável leva de atividades sociais e comunitárias, grande parte delas pertinentes ao desenvolvimento da pequena cidade de Stars Hallow. Entre feiras, apresentações, comemorações e campanhas, a conexão das duas com o seu local as faziam duas pessoas muito queridas na cidade, sempre preocupadas em fazer o bem. A lembrança da seção vai para Rory, pela sua disponibilidade no programa Habitat for Humanity, ajudando a construir casas para pessoas carentes no episódio Hammers and Veils (s02e02).
Mas e a comida?
Como essa é a coluna de Gastronomia, não poderíamos deixar de lembrar da alimentação – um dos itens mais importantes para a subsistência e, infelizmente, um dos mais mal distribuídos entre a população. A falta de alimentos figura entre as principais causas de morte no mundo, com atenção específica aos diagnósticos de subnutrição. Em contrapartida, a tecnologia do setor alimentício nunca esteve tão desenvolvida. Ainda, nesse ponto, atravessa um paradoxo – assim como milhares de pessoas morrem de fome todos os dias, parcelas enormes da população também morrem pela comida, só que pelo motivo contrário: o excesso. Em uma época de uma abundância nunca vista de alimentos e de uma produção cada vez mais moderna, o desafio está em facilitar o acesso a esse bem tão caro à vida.
A problemática, generalizada em praticamente todo o mundo, encontra algumas respostas e apoio em instituições que se desenvolvem para buscar alternativas, sendo muitas delas voluntárias – seja para distribuição de alimentos, doações ou, até mesmo, educação nutricional e tratamentos de saúde. Restaurantes populares, centros de apoio, organizações, associações e bancos de alimentos são apenas alguns exemplos de grupos de pessoas que se organizam para modificar, aos poucos, essa realidade. Para fazer o gancho com a telinha, depois de vários exemplos de voluntariado que mostramos anteriormente, temos, também, o caso de Barney (Neil Patrick Harris), em How I Met Your Mother.
Para o espanto de Robin (Cobie Smulders) e Ted (Josh Radnor), que procuravam uma forma de ajudar no Thanksgiving, Barney é um voluntário regular da equipe do Hungry Hands (Mãos Famintas), um grupo responsável por alimentar, gratuitamente, centenas de moradores de rua. Talvez o início de Barney não tenha sido dos melhores, pois foi obrigado ao serviço comunitário após ser detido pela polícia, porém, sua atuação começou a crescer no grupo, chegando ao posto de Voluntário do Ano. Na sua usual alegria, durante o episódio Belly Full of Turkey (s01e09), Barney mostra desenvoltura com os demais colegas, andando de um lado para o outro para atender as pessoas (mesmo que o dia não tenha terminado exatamente como ele esperava).
“Ok, é melhor eu voltar lá, há muita comida para servir, e muitos sorrisos” – Barney Stinson.
Apesar de evidenciar a beleza do voluntariado no episódio, a série ainda mostrou algumas dificuldades da organização do trabalho, sendo necessária uma coordenação da equipe para que os esforços não fossem em vão. Também apresentou as falhas do sistema, como a má conduta de alguns colegas que deveriam estar no local para ajudar e acabaram desviando suas funções. No entanto, mesmo com os problemas, como na vida real, o trabalho tinha que continuar.
Mesmo a partir de exemplos da ficção, nenhum dos problemas contados nasceu de um universo imaginário. Em um mundo conectado pelas redes, mas, cada vez mais afastado localmente, iniciativas comunitárias e de apoio ao próximo surgem como uma forma de firmar os laços de humanidade e concentrar esforços para amenizar as durezas do cotidiano. Longe de ser um conto de fadas e um enredo para histórias bonitas – ainda mais em épocas como as de final de ano –, o trabalho voluntário exige esforço e dedicação. E, o mais interessante, é que a colheita dos louros é mútua: o sorriso da gratidão de quem recebe encontra a satisfação no sorriso daquele que buscou fazer o seu melhor. Nunca é tarde para começar a doar um pouquinho de si para transformar os problemas em possíveis soluções.
Essa é a nossa receita da semana para você.
Esperamos que encontre todos os ingredientes e temperos necessários para colocar a mão na massa e fazer com que seja uma experiência muito gostosa.
[DOCTOR WHO 50 ANOS] Um brinde aos cinquenta anos de ‘Doctor Who’!
23/11/2013, 17:01.
Mariana Cervi Soares
Colunas e Seções, Gastronomia
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Hoje, a redação do Teleséries se juntou a milhares de fãs para comemorar o cinquentenário de um dos grandes destaques da cultura pop da televisão britânica, Doctor Who. Desde o início do dia, relembramos os momentos mais marcantes do fenômeno televisivo, introduzimos você ao criativo mundo do Doctor (ou melhor, das suas – até o momento – 11 regenerações) e, claro, nos dedicamos a mostrar o porquê da série ser tão fantástica (e fazer sucesso há tanto tempo). E depois de muita euforia e espera, no final da tarde desse sábado as salas de cinema estarão cheias e o volume das televisões no máximo – tudo pronto para mais aventuras de Doctor Who, que comemora os seus 50 anos com a estreia simultânea do especial The Day of The Doctor (O Dia do Doutor) em mais de cem países.

Desde 1963, várias foram as faces do Doctor que marcaram gerações de fãs e entusiastas do gênero das séries sci-fi.
Então, antes de você se preparar para viajar mais uma vez com o 11º e atual Doctor (Matt Smith) a bordo da TARDIS, a coluna de Gastronomia desse sábado traz a dica de um gostoso drink para acompanhar a sua noitada de Doctor Who. E nada mais apropriado para esse brinde especial que uma receita totalmente inspirada em um dos dispositivos mais icônicos (e versáteis!) da série: o Sonic Screwdriver.

“Ah, sim. ‘Inofensivo’ é a palavra certa. É por isso que eu gosto dele [o Sonic Screwdriver]! Não mata, não fere, não mutila. Mas eu vou te dizer o que ele realmente faz: é muito bom em abrir portas!” – 10º Doctor (Doomsday – s02e13).

De 1968 a 2013, várias foram as transformações do dispositivo para acompanhar as regenerações do Doctor e as suas inusitadas viagens com a TARDIS.
A discreta, porém poderosa tecnologia, serviu de inspiração para outros dispositivos similares que apareceram na série, como a Sonic Pen e o Sonic Blaster, e, ainda, o Sonic Lipstick, usado no spin-off The Sarah Jane Adventures, também escrito por Russell T Davies (atual showrunner de Doctor Who). Na nova fase da série, marcada pelas últimas três regenerações do Doctor, o Sonic Screwdriver tornou-se um elemento muito importante, após sair do show na década de 1980 e ter um breve retorno no filme de tv produzido em 1996. Os últimos oito anos marcaram a maior sequência de evoluções técnicas do objeto, cada vez mais conectado às experiências do Doctor em suas viagens interplanetárias. Em 2010, a série apresentou a atual versão do dispositivo, bastante arrojada, que foi gerada pela TARDIS após a perda do Screwdriver anterior. A nova forma, bastante conhecida por acompanhar o ator Matt Smith, tem como um de seus grandes diferenciais estéticos a forte luz verde, coloração que vai dar o toque especial no drink geek desse sábado no Teleséries.
Sonic Screwdriver – da TARDIS para a sua cozinha
Então, depois da gente saber a origem da nossa experiência gastronômica da semana, nada mais justo que brindar Doctor Who com um drink não só inspirado na série, mas com o mesmo nome de um de seus acessórios mais conhecidos. A saga do delicioso coquetel Sonic Screwdriver começou com uma pesquisa em vários sites e vídeos de uma galera que, assim como nós, se dedicou a explorar as delícias culinárias do mundo do Doctor. A criação original da receita é de Mitch Hutts, do blog The Drunken Moogle. A ideia dele se espalhou pela internet, e tem reproduções muito legais em vídeos, das quais indico o do canal Tipsy Bender, que tem um passo a passo simples e divertido e uma boa qualidade de imagem e áudio. A concepção da receita tem como referência um tradicional coquetel norte-americano chamado Screwdriver (que, literalmente, significa chave-de-fenda) feito com gelo, vodka e suco de laranja. O drink possui muitas variações – inclusive, o Sonic Screwdriver já é considerado uma delas pela lista da Wikipédia. Sabendo disso, libere o bartender que existe dentro de você e confira a nossa releitura dessa bebida saborosa para estar bem acompanhado nessa noite de Doctor Who.
Sonic Screwdriver de ‘Doctor Who’
Ingredientes:
1 dose de vodka (40 a 50 ml)
1 dose de suco de gelatina sabor tutti-frutti*
Suco de 1 laranja
Gelo a gosto
*você pode usar o licor de Curaçau Blue, como na receita original. Caso você não tenha, o suco de gelatina é um substituto prático (e barato) e que confere a coloração azul necessária. Você também pode testar corante alimentício, se preferir.
Em um copo (300 ml) cheio de gelo até o topo, coloque as doses de vodka e do suco. Complete até o topo com o suficiente do suco de laranja. Dê uma boa mexida e sirva na hora.
E está pronto! Com todos os ingredientes na mão, em poucos minutos você tem um drink muito saboroso, suave, porém marcante, e de paladar cítrico, bastante refrescante. A mistura entre as cores primárias é a alquimia marco dessa receita, que, do encontro entre o amarelo (da laranja) e o azul (do licor ou do suco de gelatina), dá forma a um verde muito vivo, que confere o toque Sonic ao normal Screwdriver.
Se você assistir ao vídeo, perceberá que falta na nossa receita o mix de raspberry (concentrado de tonalidade azulada). Isso é porque ele não é um produto comum por aqui. Se você quiser adicionar algum substituto ao mix, sugiro um toque de fruta cítrica, como o limão ou, ainda, um concentrado de algum tipo de berry que você encontrar, como o mirtilo (só cuide a dose para não modificar muito a coloração verde que queremos que predomine no drink). Para a nossa receita, preferi não utilizar nada em substituição para não descaracterizar a coloração verde inspirada no Sonic Screwdiver. Em relação à nota do suco de gelatina, além de ser uma boa substituição para a cor, combina muito bem com os sabores do drink, sem sobressair demais. Se você preferir a sua dose um pouco mais forte, dá para carregar mais na vodka. No entanto, deixo a dica de manter a dose normal, pois ficará bem leve para degustar.
Ainda, se você estiver na companhia de menores de idade, fique tranquilo. Nas nossas buscas, encontramos um Mocktail (versão sem álcool), lançado na semana passada pelo Geek & Sundry Vlogs, também simples de fazer.
E agora, tudo o que você tem que fazer é escolher a sua poltrona favorita e relaxar com uma boa dose de Doctor Who!
Ah, e não esqueça também de passar na cozinha da Naomi, nossa antiga colunista de Gastronomia, que deu todas as dicas para você petiscar os tradicionais e únicos Fish Fingers and Custard.
Gerôôôônimooo!
As deliciosas aventuras de Lucas Silva e Silva
09/11/2013, 11:40.
Mariana Cervi Soares
Colunas e Seções, Gastronomia
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Há mais de 20 anos, a TV Cultura lançava um de seus grandes sucessos infantis: a série Mundo da Lua. Munido de um radinho gravador e boas doses de imaginação, Lucas Silva e Silva (Luciano Amaral) aventurava-se a cada episódio em um mundo de sonhos, vivendo centenas de contos divertidos e mirabolantes sem nem mesmo sair do quarto. Para homenagear o Dia do Radialista, comemorado na última quinta-feira (07/11), o Teleséries lembra, hoje, a paixão pelo rádio com as fantasias do menino Lucas, que encantou uma geração de televisão no melhor estilo radiofônico: criando um todo de possibilidades com a emoção das boas histórias embaladas pela voz.
Alô, alô! Planeta Terra chamando! Planeta Terra chamando! Esta é mais uma edição do diário de bordo de Lucas Silva e Silva, falando diretamente do Mundo da Lua, onde tudo pode acontecer!
O rádio precioso, que acompanhou o garoto durante toda a série, foi um mimo especial do querido vô Orlando (Gianfrancesco Guarnieri) para o desastroso aniversário de 10 anos de Lucas, no episódio piloto Bem-vindos ao Mundo da Lua, que foi ao ar em outubro de 1991. Depois de nada dar certo – presentes ruins ou estragados, convidados chatos, comida arrumada em cima da hora –, nada como a novidade trazida pelo avô para animar o dia mais especial do ano para Lucas. E é a partir daí que ele encontra no rádio um amigo confidente, aquele que o apoia em todos os momentos, tornando mais fáceis de entender as lições da vida de um menino – desde a hora do banho e notas da escola até as relações com os amigos e familiares. Direto do universo infantil – ou, melhor, do Mundo da Lua –, Lucas falava a mesma língua de seus telespectadores, dividindo angústias e dúvidas tão comuns para as crianças durante o crescimento.
Mas, além da criativa e divertida relação de Lucas com o rádio que lembramos hoje, qual é o motivo especial que o traz para a coluna de Gastronomia? Afinal, assim como muitas crianças da sua idade, comer não estava exatamente na lista de prioridades de Lucas. Antes de pensar no arroz com feijão do almoço, ele já chegava da escola dividindo o seu tempo livre entre as brincadeiras, os momentos especiais com o avô e o pai Rogério (Antônio Fagundes) e, claro, as briguinhas constantes com a irmã mais velha, Juliana (Mayana Blum).
Acontece que, mesmo não dando tanta bola assim para a comida e por uma leve birra com a preocupada e exigente mãe Carolina (Mira Haar) e a divertida empregada Rosa (Anna D’Lira), Lucas Silva e Silva era um menino bom de garfo. Mesmo quando ele ficava horas e horas na frente do videogame – mais um de seus hobbies –, tinha sempre um momento garantido para a comida (fosse por vontade própria ou por alguns puxões de orelha). No entanto, Lucas tinha, sim, uma razão muito importante para gostar da cozinha, motivo pelo qual ele entra no livro de receitas do Teleséries: seu enorme apetite por doces! Para atender essa “fome” que dava tanta alegria para Lucas, a cozinha de Rosa estava sempre cheia de bons segredinhos culinários, todos embalados pela poderosa voz de Ney Nunes (Dorvilles Pavarina), o radialista com quem a empregada conversava animadamente todos os dias. Dentre as guloseimas mais especiais que ela preparava para Lucas, estava o sonho caseiro, fritinho na hora, bem recheado e coberto por uma crostinha deliciosa de açúcar. Quem lembrou esse apetitoso doce foi o próprio Lucas, ou, melhor, o Luciano Amaral, que, recentemente, participou de um quadro do blog Miolos Fritos, onde, junto com os apresentadores, ensinou a galera a fazer um sonho caseiro no estilo Mundo da Lua.
Como aqui na coluna a gente já fez uma receita semelhante à de sonho no post de Dexter – os donuts –, corremos atrás de mais um doce apreciado pelo Lucas. A dica está no episódio 26 – Lar, doce Lar –, quando ele imagina, em uma de suas viagens pelo gravador, que todas as plantações do mundo foram contaminadas, fazendo com que comer doces seja a nova regra. Assim, Lucas sonha com a sua própria casa cheia de gostosuras ou, nas palavras dele, uma “eterna festa de aniversário”. Até na hora das refeições não havia folga: salada de sorvete, pavê recheado de doce de leite como prato principal e uma mousse de chocolate como sobremesa foram as pedidas de Rosa para acompanhar a nova ordem mundial dos doces. Mas, como Lucas logo aprendeu, tudo o que é demais, enjoa. Depois de alguns dias açucarados e uns bons quilinhos a mais, ele começa a perceber que viver somente de doces é um sonho impossível. Até mesmo o delicioso brigadeiro, que ele tanto adora, se torna um sofrimento.
Lucas:
Rosa, você acha que eu tô gordinho?
Rosa:
Gordinho? Cê tá gordão! Daqui a pouco você não passa por essa porta!
Lucas:
Será que…são os doces?
Rosa:
Verdura é que não é, né senhor Lucas Silva e Silva?
Lucas:
Ai meu Deus!
Rosa:
Mas, agora, me deixa trabalhar, vai. Tô preparando o jantar.
Lucas:
Você vai fazer brigadeiro para o jantar?
Rosa:
Ué? Você não gosta?
Lucas:
É que eu já tô ficando enjoado de doces! Ah…
Rosa:
Vai entender essas crianças…
Mas, quem come direitinho todos os dias, ainda mais depois de aprender a valiosa lição do Lucas, tem direito a um bom doce (ainda mais um bem brasileiro!), que, de vez em quando, não traz mal nenhum e faz toda a diferença. E a pedida de hoje é, como você já deve estar adivinhando, um clássico e delicioso brigadeiro, um docinho ótimo para qualquer ocasião – ainda mais para uma festa a la Lucas Silva e Silva! A receita de hoje é um passo a passo infalível que eu sigo há anos, sempre garantia de muitos sorrisos na cozinha!
Brigadeiro do ‘Mundo da Lua’
Ingredientes:
1 lata de leite condensado
2 colheres (sopa) de achocolatado em pó
2 colheres (sopa) de cacau em pó
1 colher (sopa) de margarina/manteiga sem sal
Confeitos a gosto
Forminhas de papel
Modo de fazer:
1. Misture todos os ingredientes, exceto os confeitos, em uma panela (fora do fogo).
2. Coloque a panela em fogo médio-baixo e misture sempre até a massa do brigadeiro ficar no ponto (mais consistente e desgrudando do fundo da panela).
3. Despeje a mistura em um refratário untado com margarina e espere esfriar bem.
4. Quando a massa estiver fria (quente ou morna ela não estará no ponto correto), faça bolinhas com as mãos (unte-as para não grudar a massa) e, na sequência, passe-as no confeito e coloque-as nas forminhas para servir.
5. Sirva gelado ou em temperatura ambiente.
Essa receita rende cerca de 20 a 35 brigadeiros, dependendo do tamanho que você escolher fazer as bolinhas. Uma dica legal para deixar o brigadeiro ainda mais gostoso é escolher um bom chocolate e, também, inserir sabores diferentes na massa, como café, licores, pedaços de chocolate ou frutas. Outra coisa interessante é fugir da finalização básica de chocolate granulado e dar uma carinha divertida para os seus brigadeiros. Para hoje, fiz de cinco tipos diferentes: bolinhas de floco de arroz, chocolate branco ralado, confeito colorido doce, chocolates granulado e em bolinhas. Essa é a hora de deixar a criatividade rolar. Quanto à temperatura, acho que tanto gelado quanto em temperatura ambiente fica gostoso. No entanto, vale lembrar que, quanto mais gelado, menos cremoso e mais consistente ficará o doce. Ainda, antes de ir embora e deixar você se deliciar com essa receita, ficam as ideias de fazer brigadeiro de copinho ou de colher – sugestões deliciosas e que facilitam bastante o trabalho e a limpeza da cozinha.
E se você ficou com saudade de Mundo da Lua – ou com vontade de conhecer -, uma boa notícia: desde setembro, o Canal Cultura está transmitindo novamente a série, com episódios remasterizados, de segunda à sexta e aos domingos.
Até a próxima aventura na cozinha!
As gostosuras e travessuras do Halloween com ‘Sabrina, a Aprendiz de Feiticeira’
26/10/2013, 10:47.
Mariana Cervi Soares
Colunas e Seções, Gastronomia
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O universo das festas de Halloween (Dia das Bruxas), com seus poderes mágicos e sobrenaturais, sempre foi muito explorado pelas séries de televisão. Ao longo dos anos, versatilmente a fantasia embalou inesquecíveis histórias, com momentos alegres, engraçados, surpreendentes e assustadores. Uma série marcada por essa influência foi Sabrina, the Teenage Witch, conhecida no Brasil como Sabrina, a Aprendiz de Feiticeira. Produzida entre os anos 1996 e 2003, há 10 anos a atração se despediu de muitos fãs ligados nas aventuras de uma adolescente que descobria a sua vida entre o mundo normal e o da magia. E já que o Dia das Bruxas está chegando, a cozinha do Teleséries transporta você para o ambiente de Sabrina, com uma festa típica embalada pela divertida família Spellman.
Para matar a saudade da série, no início de outubro a coluna Memória, aqui do Teleséries, recordou a história de Sabrina. O show, produzido pela ABC, tinha como personagem principal Sabrina Spellman (Melissa Joan Hart), que, ao completar 16 anos, descobriu ser uma feiticeira e que, dali por diante, não seria mais uma simples adolescente. Na companhia de suas tias Hilda (Caroline Rhea) e Zelda (Beth Broderick) e do divertido gato preto falante Salem Saberhagen (Nick Bakay), os sete anos de seriado apresentaram diversas fases da vida jovem-adulta de Sabrina, desde seus primeiros passos no mundo da magia até os desafios da vida normal, com o início da faculdade, os novos amigos, a profissão e, até mesmo, a fuga de seu casamento para ter um final feliz com o namorado de escola, Harvey Kinkle (Nate Richert).
Em meio a todas essas descobertas e histórias, um aspecto bastante evidente na construção do roteiro de Sabrina é a tentativa de explicar o funcionamento do mundo mágico de forma lúdica e divertida. Distribuídos em 163 episódios, estão vários feitiços, segredos de família, livros de magia, dimensões intergalácticas e planetárias e as instituições criadas para o mundo mágico, dando um sentido ao universo apresentado pelas tias para a nova bruxinha. Ressaltando um aspecto cultural bastante marcante da cultura norte-americana, nessa troca entre a realidade e o universo fantástico, uma comemoração bastante presente é a do Halloween, que tem destaque em diversos episódios da série. Já no início da primeira temporada, aparece uma referência em A Halloween Story (s1xe5), quando Sabrina é forçada a comparecer em uma festa tradicional de família em outro plano e, para não dar furo na festa do amigo Harvey (então seu amor platônico), dá vida a uma sósia que só fala três coisas: “Adoraria”, “Isso é bem verdade!” e “O Sr. Poll é tão chato”.
Depois de muitos anos e certo desânimo com as festas de Halloween – para o pesar de Hilda e Zelda – já na faculdade, Sabrina decide que é a hora de assumir a sua tradição bruxa. Assim, ela tenta contagiar os amigos, que dizem que Dia das Bruxas é coisa de criança. Para isso, em The Halloween Scene (s5e6), Sabrina aceita a provocação de Salem e planeja uma festa às pressas na casa das tias, aproveitando que elas estarão em um encontro super badalado em outra galáxia. Fantasiada de pastorinha de ovelhas e com uma decoração típica, Sabrina contrata um grupo de monstros com Joyce (Tisha Campbell Martin), a organizadora de festas do outro plano, para mostrar aos amigos como o Halloween pode ser divertido e assustador. O que ela não imaginava era que a festa estivesse tão boa, que foi novidade até no outro plano, trazendo monstros além dos que tinham sido convidados e, também, o retorno das tias para a casa em pleno alvoroço.
Sabrina:
Esse lugar é um desastre! Quem não usou o porta copos?
Zelda:
Uma marca de água no piano é o menor dos seus problemas.
Sabrina:
Mas é o único que eu sei resolver!
Hilda:
Muito bem, todo mundo para fora, a festa acabou!
No Youtube, você pode assistir todo esse episódio dublado. Basta clicar aqui.
Agora, voltando à coluna, fora as confusões de Sabrina, em uma coisa ela acertou: a decoração da noite de Halloween. Nas festas contemporâneas norte-americanas (leia mais sobre as origens da comemoração aqui), bastante popularizadas, são ícones as famosas lanternas de abóbora, as fantasias e, claro, os doces e petiscos. Ainda, um acompanhamento muito comum é o tradicional ponche, bebida presente em várias celebrações norte-americanas. Na festa de Sabrina, vemos um recipiente cheio de ponche vermelho, um dos mais comuns nas produções cenográficas. Então, para você curtir o Halloween com um segredinho bruxo dos Spellman, vamos desvendar o mundo do delicioso ponche.
O que é ponche? Do que é feito?
O ponche tem origem na Índia. Essa bebida chegou à Inglaterra no século XVII, sob o nome de panch, que significa cinco. A alcunha encontra seu significado nos ingredientes básicos da receita que, são, exatamente, cinco: açúcar, limão, água, alguma bebida alcoólica e chá (ou especiarias). No idioma inglês, a bebida ficou conhecida como punch. A partir da Inglaterra, a bebida se tornou conhecida, também, em outras partes da Europa e se difundiu em vários países, sendo muito comuns as variações da receita. Dentre algumas das bebidas alcoólicas tradicionalmente utilizadas como base dos ponches estão o vinho, o brandy e o rum (influência jamaicana). Hoje, em especial nas festas infantis, há muitos ponches bastante artificiais, com misturas à base e extratos e sucos concentrados, glicose de milho, sucos em pó e gelatinas, tudo para conferir a coloração e o sabor frutado. Essa pode ser, inclusive, uma das razões para que muitas pessoas tenham a visão do ponche como uma bebida para crianças. Se você quiser saber um pouco mais sobre os ponches, há textos interessantes em Food Timeline e em The Esquire Tavern.
E, agora, depois dessa breve introdução, que tal a gente testar um ponche? Que a magia comece!
Ponche de Halloween de Sabrina, a Aprendiz de Feiticeira
Ingredientes:
Suco de duas laranjas (tipo pêra)
Suco de três limões (tipo taiti)
1 litro de chá de morango (ou frutas vermelhas) gelado
1 xícara (chá) de açúcar
Modo de fazer:
1. Misture bem todos os ingredientes em um recipiente.
2. Sirva gelado (se preferir, adicione gelo).
E está pronta a sua receita, é muito rápida! Quanto mais gelado esse ponche, melhor ele será. Como você viu, não adicionei álcool na receita, justamente para que as crianças também possam aproveitar essa delícia geladinha. Mas, se a pedida é algo mais adulto, deixo a sugestão de adicionar uma boa vodka, que vai dar um toque arrojado, ou, até mesmo, o rum, que combina bem com os sabores frutados. Se você quiser, também pode experimentar adicionar água com gás ou alguma bebida gaseificada com sabor cítrico, que deixarão a bebida mais efervescente. Em relação aos ingredientes, cheguei à receita após pesquisar bastante sobre o ponche e testar mais de uma variação. Ao fim, depois de provar com o suco de saco, optei pelo chá, mantendo a tradição original, pois é bem menos doce e enjoativo. Também optei por usar menos açúcar, pois acredito que, para a quantidade desse ponche, uma xícara já ficou bem suficiente (até gosto menos doce). Quanto ao suco de laranja, tomei por base de várias receitas. E, realmente, ele combina muito com o limão (lembrando de usar as frutas in natura, se possível). Para finalizar, basta provar e montar a sua mesa para a espera dos convidados. Se for aderir a moda que pegou aqui no Brasil, as cores preta e laranja não podem faltar. E, acompanhando a gostosa bebida (é bom mesmo!), não economize nas gostosuras e travessuras!
Happy Halloween!
Fotos da comida: Guilherme Moreira
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