TeleSéries
Até logo, Teleséries! Foi uma delícia cozinhar com você!
04/12/2015, 22:23.
Mariana Cervi Soares
Gastronomia
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Minha história com o TeleSéries iniciou em 2013 e juntou o amor antigo por séries de TV a uma das coisas que mais gosto de fazer: cozinhar. Sabendo da minha ligação com as panelas, a Gabriela Assmann me convidou para um desafio: que tal preparar receitas para um site especializado em séries de tv?
E foi assim que se passaram mais de dois anos de testes de cozinha. Teve muita nostalgia na hora de escrever e recordar delícias de séries queridas da minha infância e adolescência, como Mundo da Lua, Sabrina, Full House, Friends, Fresh Prince of Bel-Air e Gilmore Girls. Teve empolgação em falar dos pratos das séries que eu estava acompanhando e esperava por novidades, como Once Upon a Time, How I Met Your Mother, House of Cards, Suits e Homeland. Clique aqui para continuar a leitura »
Turnover, o sabor especial da ‘Evil Queen’ para o seu Dia das Bruxas
30/10/2015, 09:00.
Mariana Cervi Soares
Gastronomia
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Quando a coluna de Gastronomia foi reativada no Teleséries em 2013, Once Upon a Time foi a primeira série que chegou na nossa cozinha. Mais de dois anos depois, a série já está em sua quinta temporada, e muitas maldições e encantamentos transformaram Storybrooke desde então. E já que o Dia das Bruxas está chegando, aproveitamos o início da fall season para homenagear uma das feiticeiras mais marcantes da série: The Evil Queen, a Rainha Má, conhecida pelas suas perfeitas maçãs vermelhas.
Interpretada pela super atriz Lana Parrilla, a Rainha Má é uma das personagens que mais evoluiu durante a série. Também conhecida como Regina Mills, a autoritária prefeita de Storybrook, ela começou como a grande vilã da história. No entanto, com o desenrolar da trama, Regina passou por uma profunda transformação, vivendo uma constante dualidade entre o passado como vilã e a nova personalidade que tentava construir. Foi assim que, com muita dificuldade, ganhou a confiança do povo de Storybrooke e tornou-se uma das heroínas contra os novos vilões.
“O mau não nasce, é construído, assim como o bem” Regina em Kansas (s3e20)
Só que bem antes da nova Regina ser uma realidade, ela foi responsável por muitos problemas na vida de sua maior oponente: Emma (Jennifer Morrison), a Salvadora de Storybrook. Na primeira temporada, a Rainha Má temia que o seu disfarce fosse arruinado pela recém-chegada. Uma das tentativas mais marcantes foi um turnover (doce de massa folhada) que a Rainha preparou com a maçã envenenada, no episódio An Apple Red as Blood (s01e21), como um presente para Emma. A Salvadora, convencida de que lidar com Regina seria o melhor para Henry (Jared S. Gilmore), inocentemente aceitou a oferta sem saber do perigo. No entanto, o feitiço acertou o alvo errado: Henry. O apagão do garoto foi fundamental para que Emma descobrisse a bem escondida verdade da Rainha Má.
Inspirados nesse encontro memorável de duas grandes forças de Once Upon a Time, a gente estudou uma forma simples para recriar a receita tradicional de Regina em casa (sem maldições, é claro! hehe). E garantimos: é uma delícia!
Turnover de maçã de Once Upon a Time
Ingredientes (p/ 1 unidade grande):
- 2 maçãs pequenas sem casca
- Meia xícara (chá) de açúcar
- Canela a gosto
- 3 colheres (sopa) de manteiga sem sal
- 1 folha de massa folhada
- gema de ovo
Modo de fazer:
- Derreta a manteiga em uma panela (se for antiaderente, melhor). Adicione as maçãs picadas (em cubos ou em tiras), o açúcar e a canela. Cozinhe tudo junto, sempre misturando, até que fique como um caramelo dourado e as maçãs amoleçam. Adicione uma colher de sopa de água com cuidado e misture vigorosamente até que a mistura comece a desgrudar do fundo da panela.
- Recheie a massa folhada com o doce de maçã. Dobre a massa em formato de triângulo, como um pastel, envolvendo bem o recheio. Feche as bordas com um garfo.
- Pincele a gema de ovo na superfície da massa folhada.
- Leve ao forno médio (200º) por cerca de 15 minutos ou até ficar bem douradinho.
Simples, não é? Se você preferir, dá para usar massa caseira, mas aí dá um pouco mais de trabalho. Então, se você quiser um lanche rápido ou preparar vários petiscos para a sua festa de Halloween (dá para fazer em diversos tamanhos e formatos), a massa pronta é uma dica que salva bastante tempo.
E se você quiser um vídeo para ajudar no preparo, deixamos como dica o passo a passo do canal Let’s Eat Fiction! (em inglês).
Mac & Cheese: sabor de infância com amor em ‘One Tree Hill’
29/08/2015, 10:00.
Mariana Cervi Soares
Gastronomia
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Provar pratos diferentes e raros é uma experiência única. Mas, por mais deliciosa que seja uma degustação gastronômica, nada ganha mais o nosso coração que a comidinha de casa, com aquele sabor especial que só o arroz com feijão do nosso lar sabe ter. Essa sabedoria deu vida a um dos inúmeros momentos fofos da série One Tree Hill, que apresentou ‘Naley’, apelido de um dos casais mais shipados da televisão norte-americana: Haley (Bethany Joy Galeotti) e Nathan (James Lafferty).
Em The Search For Something More (s01e08), lá em 2003, duas pessoas absurdamente diferentes deram chance a um primeiro encontro, ainda na flor da adolescência. Quase uma década depois, One Tree Hill se despedia das telas com um grande romance que marcou a juventude de milhões de fãs. E uma das primeiras boas surpresas de toda essa história foi a espontaneidade de Haley, que sabia que o segredo da felicidade era mergulhar fundo em uma suculenta bowl de Mac & Cheese (literalmente, macarrão e queijo – como alguém poderia não gostar?).
Nathan: Eu achei que você iria de lagosta.
Haley: Cara, macarrão e queijo é a comida dos deuses.
Nathan: Claro, se os deuses tiverem cinco anos de idade.
Macaroni and Cheese
A lembrança do nosso arroz com feijão para chegar ao Macaroni and Cheese de One Tree Hill não é mero acaso. Macarrão com queijo é um dos clássicos sabores de infância dos norte-americanos. Um dos ícones da comida caseira dos Estados Unidos, o prato é conhecido simplesmente como Mac & Cheese.
À base de macarrão e queijo, o Macaroni and Cheese é aquele tipo de comida clássica que todo cozinheiro dá um toque. A combinação de massas e queijo, mistura que originou o prato de hoje, é uma herança ancestral de receitas italianas e francesas que se popularizaram em toda a Europa ainda durante a Idade Média. A receita moderna do Mac & Cheese apareceu em 1769, no livro The Experienced English Housekeeper, de Elizabeth Raffald, ensinando a fazer o molho béchamel com queijo e aconselhando a completar a pratada com uma camada de migalhas de pão e queijo parmesão.
As opiniões sobre como um dos pratos mais famosos da cozinha caseira norte-americana chegou ao país são divididas. Uma das correntes acredita que foi devido aos imigrantes ingleses dos tempos coloniais. A outra dá créditos a Thomas Jefferson (terceiro presidente do país e autor da Declaração de Independência), que tornou-se um aficionado de Mac & Cheese após conhecê-lo na Europa. O gosto de Jefferson acabou influenciando uma legião de norte-americanos e, desde então, o Mac & Cheese foi se tornando símbolo de uma autêntica comida caseira norte-americana.
Receita – Mac & Cheese básico
Ingredientes:
- 2 colheres (sopa) de manteiga
- 2 colheres (sopa) de farinha de trigo
- 2 xícaras (chá) de macarrão tipo caracol*
- 1 xícara (chá) de leite
- Queijo cheddar ou muçarela (ou os dois :D) a gosto
- Sal e pimenta do reino a gosto
* tipo de macarrão mais tradicional da receita. Mas com parafuso e penne dá super certo e fica uma delícia do mesmo jeito!
Modo de fazer:
- Em uma panela, em fogo baixo, derreta a manteiga. Adicione a farinha aos poucos e mexa bem (com um garfo ou um fouet), até que a mistura ganhe a consistência de uma pastinha homogênea.
- Adicione o leite aos poucos, sempre mexendo bem a cada adição para a farinha não empelotar. Assim, o molho irá engrosssar. Quando levantar fervura, adicione o queijo picado e misture bem até que a mistura fique bem cremosa. Reserve.
- Prepare o macarrão al dente. É muito importante não deixar o macarrão passar do ponto, pois ele vai cozinhar por mais uma vez depois.
- Transfira o macarrão para um refratário levemente untado e cubra-o com o molho de queijo. Regule o sal e tempere com pimenta a gosto. Se preferir, finalize com mais queijo.
- Leve ao forno preaquecido a 200º por cerca de 15 minutos.
- Sirva na hora!
É inexplicável a simplicidade e a delícia deste prato! Haley estava totalmente certa em deixar a lagosta de lado (que nos perdoem os deuses da alta cozinha, mas acho que os deuses de cinco anos é que estão com a razão!). Super fácil de se preparar, o Mac & Cheese é uma dica reconfortante para qualquer momento e que vai conquistar você à primeira garfada!
Dia do Hot Dog: o favorito de Harvey Specter
23/07/2015, 14:12.
Mariana Cervi Soares
Gastronomia
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No Brasil, hoje pode ser só um dia comum, mas, nos Estados Unidos, desde 1972, 23 de julho representa a celebração de um dos ícones da cozinha norte-americana: é o Dia Nacional do Hot Dog. Tradição popular do país, o hot dog (o nosso cachorro quente) serve de gancho para diversas cenas de situação da série Suits que, há cerca de um mês, estreou mais uma temporada (para nossa alegriiiaa!). Rápido e prático, encontrado a qualquer hora nos carrinhos das movimentadas ruas de Manhattan, o hot dog está entre os lanches favoritos de Harvey Specter (Gabriel Match), o melhor closer (fechador de acordos) da agência Pearson Hardman.
Harvey Specter é a caricatura do advogado bem-sucedido e profissional que vive em um agitado cenário cosmopolita. Com autoconfiança inabalável, ar de galã e muito estilo bem embalados em ternos caríssimos, o pacote Specter ainda conta com muito carisma, inteligência e a educação de um gentleman. Direto, com respostas afiadas para toda situação, Harvey ainda tem um acervo de sacadas de clássicos do cinema, um dos traços que marcou o personagem ao longo da série.
Tanta perfeição somada a uma vida jurídica corrida não é possível sem algum pecadinho da gula. Apesar da boa forma, Harvey é bem comilão. Durante a série, pizzas, bagels e donuts são apenas algumas das pedidas diárias. Mas a saga de fast food começa mesmo com um dos favoritos de Harvey: o clássico hot dog. Já no episódio piloto da série, entre ávidas mordidas de um colorido lanche em meio ao preto e branco dos quarteirões financeiros de Nova Iorque, ele resolve os primeiros problemas de Mike (Patrick J. Adams), seu novo pupilo.
Dia do Hot Dog – um pouquinho de história
Apesar de ter um dia especial há pouco mais de três décadas, o hot dog ganhou o coração dos Estados Unidos no século 19. A história do prato conta com uma série de contos e versões, mas é certo que o famoso lanche norte-americano tem um pé bem calçado na cultura germânica. Afinal, foi através dos imigrantes europeus que a salsicha, o elemento mais importante do hot dog, chegou à América.
As salsichas tradicionais de hot dog (frankfurter para os alemães e wiener para os austríacos) são conhecidas como “daschund”, um nome que faz referência aos cães “linguicinha”, que são provenientes da Alemanha. Apesar de as salsichas serem servidas com pão pelos germânicos, quando chegaram nos Estados Unidos, eram vendidas sem esse acompanhamento. O hot dog que conhecemos hoje, com o pão em formato de rolinho, é filho dos primeiros anos do século 20.

Nas ruas de Nova Iorque, no início do século 20, os antigos carrinhos que deram origem à febre do hot dog. Fonte: NHDSC
Tradicional presença em diversos eventos esportivos, uma das lendas conta que o nome hot dog veio de um estádio. O cartunista Tad Dorgan, durante uma partida, observou os vendedores gritando “Elas estão bem quentes (red hot)! Pegue as suas salsichas daschund enquanto elas ainda estão bem quentes (red hot)!”. Sem saber como soletrar “daschund”, Dorgan escreveu hot dog em meio a um cartoon que fez sobre a cena. O desenho ficou tão famoso que logo o nome se espalhou e, desde então, alcunhou um dos lanches mais famosos do mundo.
A delícia sem receita
Bem prático, o hot dog não tem mistério. Basta um pão sovado bem gostoso, condimentos (mostarda, ketchup e maionese estão entre os mais tradicionais no mundo todo) e, claro, a salsicha. Já que não é um prato nada saudável, procure não piorar tanto e escolha uma boa salsicha. Além de ser melhor para a sua saúde, pode acreditar: uma salsicha de qualidade faz muita diferença em um hot dog! Originalmente produzidas com uma mistura de carnes bovina e suína, hoje encontram-se no mercado salsichas feitas com diversas partes de aves e muitos corantes, aromatizantes e estabilizantes, uma estratégia que barateia os custos da indústria, mas cria uma bomba para a nossa mesa. Por fim, se você quiser fazer uma receita temática, outros complementos bem tradicionais nos Estados Unidos são picles de pepino, queijo e chucrute.
E se você ficou curioso sobre essa história, saiba mais no site (em inglês) do National Hot Dog and Sausage Council, ou seja, o Conselho Nacional do Hot Dog e da Salsicha (é, os norte-americanos definitivamente são apaixonados por hot dog!).
Saul e Mira, a sutil pitada de ‘Homeland’ para falar de amor
12/06/2015, 10:00.
Mariana Cervi Soares
Gastronomia
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Na agitada trama de Homeland, Mandy Patinkin e Sarita Choudhury nos fazem escapar, nem que seja por alguns segundos, do caos. Através de pequenos gestos, carregam a cumplicidade de toda uma vida. Eles nos guiam, com uma troca de olhares, por um grande amor que não é resultado apenas de juras, beijos e presentes. Veteranos nas telas, a dupla de atores dá forma ao maduro casal Mira (Choudhury) e Saul (Patinkin) Berenson.
Diferente de muitos relacionamentos explorados pelas séries, Choudhury e Patinkin interpretam o amor fora do padrão comercial, o sonho encantado dos companheiros perfeitos. Longe do apelo de paixões instantâneas e avassaladoras que dão o tom de muitos casais, como o próprio caso entre Brody (Damian Lewis) e Carrie (Claire Danes), também em Homeland, o relacionamento entre Saul e Mira é denso. É complexo. É bonito e ao mesmo tempo difícil. Não é baseado na perfeição. Na verdade, tem muitas falhas. Tem erros, carência e falta de atenção. E traição e desentendimentos. Mas tem reencontro. Tem marcas profundas, companheirismo e um porto seguro.
Fruto da juventude de Saul e Mira, a união dos personagens forma um dos núcleos dramáticos marcantes de Homeland. Criados sob culturas diferentes – ele americano de família judaica e ela indiana –, além de possuírem vocações profissionais bem distintas, em meio às diferenças Saul e Mira desenvolveram afeto e confiança.
Uma crise no casamento foi a motivação de uma das cenas mais singelas do casal. Em A Red Wheelbarrow (s03e08), Saul, um tanto atrapalhado, leva o café da manhã para Mira na cama. Ela, então, serve as xícaras com o chá preparado por ele. A bebida, bastante tradicional na cultura da Índia, é o mote que deu ritmo para a aproximação entre eles na tentativa de entendimento. E é também a nossa inspiração gastronômica para o dia de hoje.
Chá ou Chai?
O clássico chá indiano aromático é muito conhecido como Chai. No entanto, Chai significa, simplesmente, chá. O nome do famoso chá é Masala Chai. Masala é como se chama a mistura de especiarias preparadas para a bebida que é composta também de chá preto, leite e açúcar. Revigorante, intenso e rico em sabores, o Masala Chai possui antioxidantes e é muito benéfico para o metabolismo. Também dá para dizer que é afrodisíaco devido aos seus potentes aromas.
O uso das especiarias, o toque principal do Masala Chai, tem origem ancestral na cultura indiana. No campo medicinal, por exemplo, elas fazem parte da tradição Ayurveda, ciência medicinal que entende a cura de forma holística através de terapias que integram o ambiente, o corpo, a mente e o espírito. No aspecto comercial, no século XX, o Masala Chai ganhou popularidade através da Associação Indiana de Chá, empresa inglesa que estimulou o consumo interno de chá na Índia. Ela desenvolveu uma campanha para que os funcionários de diversas companhias indianas tivessem intervalos para tomar chá, inicialmente servido à moda inglesa, apenas com leite e açúcar. Com o tempo, os indianos inseriram as especiarias, dando forma ao Masala Chai, que, atualmente, é exportado para todo o mundo.
Como fazer Masala Chai?
Ingredientes
– 1 unidade de canela em pau
– 5 dentes de cravo
– 1 colher (café) de pimenta preta em grãos
– 4 sementes de cardamomo*
– 1 colher (sobremesa) de gengibre ralado
– 4 colheres (sopa) de chá preto a granel
– 2 xícaras (chá) de água
– 1/2 xícara (chá) de leite
– Açúcar (de preferência mascavo) a gosto
Modo de fazer
1. Leve a água para ferver.
2. Enquanto a água esquenta, moa a canela, o cravo, a pimenta e o cardamomo em um pilão até que se tornem um pó (este é o método tradicional, mas, se você achar muito trabalhoso, dá para adaptar com as especiarias já compradas em pó).
3. Quando a água ferver, adicione o pó de especiarias, o gengibre e o chá. Deixe ferver por cerca de um minuto.
4. Adicione o leite, misture bem, e deixe levantar fervura. Quando o leite chegar à borda da panela, diminua a potência do fogo até que a espuma do leite baixe. Aumente o fogo e deixe a espuma subir novamente. Repita este processo quatro vezes.
5. Adicione o açúcar (os Chaiwalas, comerciantes de rua indianos, adocicam bastante), misture bem e desligue o fogo.
6. Espere um minuto. Na sequência, coe o chá para servir.
*o Cardamomo é uma especiaria tradicional do Masala Chai, pois é muito comum na Índia. No Brasil, além de cara, é difícil de ser encontrada. Então, você pode optar por fazer o chá sem ela.
A porção é perfeita para aquecer dois corações 🙂
O suculento barbecue de ‘House of Cards’
31/01/2015, 18:50.
Mariana Cervi Soares
Gastronomia
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Um novo ano sempre é carregado de expectativas. E se tem uma série que entrou muito bem em 2015 foi House of Cards.
Para começar, nada como a notícia de que fevereiro promete a estreia de mais uma temporada do eletrizante drama produzido pelo Netflix. E para completar o pacote, no início do mês, Kevin Spacey levou para casa nada mais nada menos do que a estatueta de Melhor Ator em Série de Drama por sua impecável performance na pele do protagonista Francys (‘Frank’) Underwood.
Com tanta novidade boa, a cozinha do Teleséries não poderia deixar de fazer um banquete de comemoração para iniciar os trabalhos gastronômicos do ano. E você é o convidado de honra para deliciar, junto com a gente, o icônico sabor de House of Cards no primeiro teste de cozinha de 2015.
Mas antes de falarmos de comida e servirmos os pratos, alguma introdução é necessária. Dono de frases impactantes e sem medo de fazer cabeças rolarem, Frank literalmente joga as cartas para obter todos os seus objetivos. Depois de uma juventude humilde na Carolina do Sul, a ambiciosa carreira política, construída ao longo de toda a vida, o tornou um dos homens mais ricos e influentes do Congresso Norte-americano. Nome de peso em Washignton D.C., Frank entra na disputa das aparências e, com golpes certeiros, elimina obstáculos, manipula decisões e, na maioria das vezes, sai impune e dono da glória. Um cara durão. E sem escrúpulos. Afinal, por que ter medo de ver o sangue jorrar?
Para garantir que uma boa parte do público compre as duvidosas brigas de Frank e ainda torça para um sujeito nada inocente como ele, Kevin Spacey conduz a série com uma atuação incrível. Cheio de caras e bocas, com um estilo elegante e um ar de poder, o personagem de Spacey é marcado por peculiaridades e um estilo único. Conhecedor das possibilidades, obcecado por competência e um analisador calculista das ações das outras pessoas, Frank tem um leque vasto de relações, mas conta nos dedos aqueles que lhe oferecem lealdade cega.
Dentre os bravos companheiros do deputado, está o criador do especial de cozinha de hoje. Freddy (Reg E. Cathey), dono do Freddy’s BBQ Joint, é um amigo de longa data de Frank, um cozinheiro especializado em atender a fome de um lobo que se aproxima. Independente da hora e do local, seja no início da manhã em seu pequeno estabelecimento, seja em um jantar de gala para pessoas importantes em meio a uma festa improvisada, Freddy ganha Frank pela barriga com uma boa costela ao molho barbecue – um luxo da época de infância do deputado que se tornou o seu secreto e prazeroso calmante. Apresentado lá no primeiro episódio da série, Chapter 1 (s01e01), em 2013, o famoso prato de House of Cards é a nossa pedida de hoje. E já garanto: vai ser difícil para quem provar não se tornar fiel às suas comidinhas.
Costelas com molho barbecue de ‘House of Cards’
Ingredientes:
Costelinhas de porco com osso
Sal e temperos a gosto
Óleo vegetal ou manteiga
Molho barbecue (veja uma receita caseira super fácil lá no Panela de Pau)
Modo de fazer:
1. Tempere as costelas em uma mistura de sal, temperos secos (ex: pimenta, páprica, orégano, salsa), suco de um limão e azeite. Lambuze bem cada costelinha e deixe-as marinando no tempero por cerca de 1h (na geladeira).
2. Após a 1h, esquente um pouco de óleo (ou manteiga) em uma frigideira antiaderente. Sele as costelinhas até que fiquem bem douradas. O tempo necessário será de mais ou menos 5 minutos para cada lado da carne.
3. Enquanto prepara as costelas, esquente bem o molho barbecue em outra panela.
4. Quando as costelas estiverem douradas, adicione o molho aos poucos. Deixe o molho apurar com a carne por cerca de 10 minutos, sempre misturando bem para que as costelas absorvam o molho durante o cozimento.
5. Sirva quentinho!
Gente, é de se lambuzar comendo! Juntos, o molho barbecue, com seus sabores cítricos, salgados, doces e picantes, e a suave carne do porco criam uma combinação espetacular. Vale dizer que o molho acompanha muito bem vários tipos de carne, mas a escolha do porco realmente é sensacional.
O legal deste prato suculento é comer com as mãos, assim como faz o Frank. Além do tempero gostoso, a carne da costela é muito deliciosa, pois é próxima do osso, o que faz dela um corte de sabor muito interessante. Para acompanhar, uma cervejinha gelada cai super bem. E, para não desperdiçar nem mesmo a rapinha do molho da panela, passar um pãozinho no final é um momento de glória.
E aí, prontos para testar?
Eu sim. Parafraseando o Frank, “I’m feeling hungry today“. (Estou faminta hoje). 😀
Um ‘Tempero de Família’ nas suas festas de final de ano
20/12/2014, 10:07.
Mariana Cervi Soares
Colunas e Seções, Gastronomia
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O GNT é um dos canais por assinatura mais populares no Brasil quando o assunto é a boa mesa. Famoso por aproximar os brasileiros a cozinheiros internacionalmente conhecidos – como Jamie Oliver, Gordon Ramsey e Nigella Lawson –, o canal toca com empenho, nos últimos anos, produções nacionais, com uma série de atrações que refletem a diversidade da culinária brasileira. Tempero de Família, apresentado por Rodrigo Hilbert, é um dos grandes sucessos atuais do canal – e é dele que vem a dica para as festas de final de ano que o Teleséries garimpou para a última coluna de Gastronomia de 2014.
Com estreia em 2013, Tempero de Família já acumula quatro temporadas. Movido por uma energia essencialmente familiar, o programa é um convite a quem deseja descobrir as delícias da cozinha caseira. Em meia hora por semana, o ator Rodrigo Hilbert, mais conhecido pelas passarelas e por muitas novelas e comerciais, revela um lado apaixonado pela cozinha, inspirado pelos seus aprendizados culinários com a mãe e a avó.
Com a crença de que, na cozinha, não se deve existir obrigação com a perfeição, mas sim com a alegria de cozinhar e o prazer de comer, Rodrigo leva o programa com uma pegada rústica e despojada e com apresentação baseada na simplicidade. Quando surgiu na telinha, Tempero de Família trouxe uma série de ricos e saborosos pratos caseiros que marcaram a vida do ator. Compondo o cenário, além dos ingredientes bem brasileiros e variados, o programa mostrou o seu tom com participações de familiares de Rodrigo – inclusive, da apresentadora Fernanda Lima, esposa do ator, que estrelou ao lado dele um episódio com um toque especial de cozinha romântica.
Após as primeiras temporadas, o programa passou por uma modificação de formato em 2014. Mantendo o ideal da comida caseira, Tempero de Família tirou Rodrigo da própria cozinha e o levou a conhecer a casa de outras famílias para descobrir os seus segredos e, então, aprender receitas apreciadas nos lares de muitos brasileiros. Em agosto de 2014, o programa ganhou uma extensão com o lançamento do livro As Deliciosas Receitas do Tempero de Família. Com a compilação de 49 receitas, a obra é leve, com a mesma pegada que garantiu o sucesso da cozinha de Rodrigo na televisão.
Logo no início da primeira temporada do programa, Tempero de Família apresentou uma receita que Rodrigo chama de ‘fatia dourada’. O prato, conhecido como rabanada, além de ser uma ótima dica para o dia a dia, é um clássico das ceias de Natal. Uma mistura de ingredientes simples, mas cheios de sabor – ovo, pão, leite, açúcar e canela –, a rabanada é um prato que salva na hora do aperto e que bate qualquer sobremesa suntuosa de final de ano com seu jeitinho de comida cheia de amor e sabor.
Fatia Dourada (rabanada) de ‘Tempero de Família’
Ingredientes:
2 ovos
2 pães amanhecidos (pães dormidos)
2 colheres (sopa) de açúcar
Canela em pó a gosto
Óleo para fritar
Um copo de leite
Modo de fazer:
1. Coloque um pouco de óleo para esquentar em uma frigideira.
2. Enquanto o óleo esquenta, prepare uma mistura com os ovos, o açúcar e o leite. Reserve.
3. Corte os pães em pedaços de mais ou menos um dedo de espessura. Na sequência, molhe cada um na mistura feita anteriormente.
4. Leve os pães já umedecidos à frigideira e frite-os no óleo até dourarem bem dos dois lados.
5. Passe os pães em um prato com fundo de canela e um pouco de açúcar.
6. Decore a gosto e sirva quentinho.
O resultado desta receita é um pãozinho doce bem úmido, crocante por fora e tenro por dentro – um pouco semelhante à textura de um doughnut. O melhor é prová-lo ainda quentinho, mas a rabanada também é muito saborosa quando mais fria. Antes de finalizar o doce, não se esqueça de escorrer o óleo – um prato forrado com papel toalha é um ótimo aliado para frituras.
O melhor pão para a rabanada é o francês, mas você pode testar com outros tipos. Independente da sua escolha, o ideal é que o pão não seja muito novo para que não se despedace ao ser passado no molho doce ou na hora da fritura. Ainda, além de o ‘pão dormido’ ser ideal para a receita, utilizá-lo é uma ótima forma para evitar desperdício de pãezinhos que passam um pouco do ponto (ou seja, estão mais endurecidos). Se você quiser incrementar um pouco mais, dá para adicionar recheios ou coberturas cremosas, como ganache, geleia de frutas vermelhas, doce de leite e creme de ovos – todas essas opções combinam muito bem!
E aí, o que você acha de levar um “tempero de família” para a sua festa de final de ano? Se você ainda precisa de mais um empurrãozinho, a gente ajuda:
Boas festas, a gente se vê de novo com muito mais delícias em 2015 🙂
Especial da Consciência Negra: tradição culinária com ‘The Fresh Prince of Bel-Air’
29/11/2014, 11:32.
Mariana Cervi Soares
Colunas e Seções, Gastronomia
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A famosa série The Fresh Prince of Bel-Air (O Novo Príncipe de Bel-Air, adaptado como Um Maluco no Pedaço por aqui) foi um grande sucesso nos EUA e, até hoje, é acompanhada por muita gente no Brasil. Com elenco principal formado apenas por personagens negros, a série marca a coluna de Gastronomia deste mês, que faz homenagem ao recente Dia da Consciência Negra. A data é um símbolo extremamente significativo para o nosso país, pois é um marco da importância da luta e resistência da cultura negra frente à histórica opressão herdada desde os tempos coloniais. Nos Estados Unidos, o líder mundial na produção de séries de televisão, resguardadas as características específicas (tanto históricas quanto locais), a população negra também sofreu (e ainda sofre) muito com ataques à sua cultura.
A produção televisiva norte-americana, assim como no Brasil, em muito negligenciou a etnia negra, causando um efeito de branquização da mídia e, portanto, distanciando-se da realidade da população. No entanto, os EUA desenvolvem, desde a década de 1950, um nicho de black sitcoms – séries que exploram a cultura negra por meio da comédia. Amos ‘n’ Andy (1951-1953), uma das primeiras deste meio, nasceu no rádio, na década de 1920, e teve 78 episódios adaptados para a televisão. Desde então, várias foram as produções, sendo que, na década de 1990, The Fresh Prince despontou como um grande sucesso e revelou Will Smith, um dos atores negros mais populares da indústria cinematográfica.
A conhecida abertura da série mostra Will (Will Smith) cantando a sua própria história. O show, que durou de 1990 a 1996 e colecionou muitas indicações a prêmios, narra a vida de um garoto negro e pobre que teve sua vida radicalmente transformada com a mudança da periferia da Filadélfia para a riquíssima região de Bel-Air, em Los Angeles. A chegada de Will ao novo lar, a abastada mansão da família Banks, é marcada por um choque cultural nada fácil tanto para Will quanto para os tios e primos que acabavam de conhecê-lo.
Mesmo ambientada no conforto de um ambiente economicamente próspero, The Fresh Prince se tornou um grande sucesso devido a não negligenciar as desigualdades e o preconceito sofrido pelas famílias negras. Com roteiro basicamente voltado para humor, a série também conseguiu combinar uma variedade de situações dramáticas, aproveitando para, em rede nacional, discutir uma grande gama de valores sob a visão nuclear de uma família negra.
Além do próprio Will, a série deu conta de desenvolver personagens muito característicos e bem construídos. Dentre eles, está o motivador da nossa coluna de hoje, o Tio Phil (o saudoso James Avery). Aos poucos, ao longo da série, as barreiras entre ele e o sobrinho foram quebradas, com Phil assumindo o papel de um pai que Will nunca teve. Além das grandes lições, outra coisa enorme no Tio Phil era o apetite (hehe). Gordinho assumido, são dele algumas das cenas mais cômicas e deliciosas. Um exemplo de como a comida é central na vida de Phil é o episódio Home is Where the Heart Attack is (s04e10), no qual, após anos de uma alimentação nada suave, um ataque cardíaco o leva direto para hospital. Apesar da notícia ruim, o episódio mostra uma das comidas favoritas do Tio Phil com uma descrição super gulosa feita por ele quando estava privado de comer à vontade.

“Eu não posso fazer isso. Eu não posso abrir mão da minha comida favorita chamada peru. Oh, meu Deus, peru…com macios montes de purê de batatas…encharcado de manteiga…cebolas pequeninhas… nadando em um mar de molho cremoso” – Tio Phil (s04e10).
A combinação descritra pelo Tio Phil – peru e purê de batatas – é um dos grandes ícones do Thanksgiving, o Dia de Ação de Graças, realizado, anualmente, na última quinta-feira de novembro (o mais recente foi agora, no dia 27). A cozinha desta data tem uma grande influência da culinária de origem afro, principalmente devido à forte presença de escravos negros na cozinha colonial norte-americana. E já que, no ano passado, o Teleséries já ensinou a você como preparar a carne especial da data, agora, em 2014, é a vez de encararmos o acompanhamento. A boa notícia é que o pior já passou: depois de demorar um pouquinho com o preparo do peru, o purê de batatas é rapidíssimo. Ou seja, além de gostoso, é uma ótima saída para qualquer aperto no dia a dia.
Purê de batatas de ‘The Fresh Prince of Bel-Air’
3 batatas pequenas
2 colheres (sopa) de creme de leite sem soro
Fio de azeite de oliva (ou manteiga)
Sal e temperos a gosto
Modo de fazer:
1. Cozinhe as batatas até ficarem macias.
2. Amasse as batatas ainda quentes (com um amassador ou um garfo mesmo) e adicione o restante dos ingredientes.
3. Misture bem e leve ao fogo por alguns minutinhos, sempre mexendo, para apurar o ponto e deixar o purê quente.
E é só servir! Depois das batatas cozidas, você demora, no máximo, 10 minutos para que tudo esteja pronto. O creme de leite, também muito apreciado pelo Tio Phil, é o ingrediente que dá a suavidade para este purê, que fica bem cremoso e aerado. Se você preferir dar um sabor a mais, pode colocar um pouco de queijo (fica muito gostoso!), ou, ainda, experimentar as cebolinhas do Tio Phil (e se tiver manteiga, então, fica perfeito!). A receita de hoje é uma medida bem prática para o dia a dia, servindo de uma a duas pessoas. Se você quiser fazer em maior quantidade, basta usar o mesmos ingredientes com a dose necessária para o número de pessoas que você irá servir.
Fácil, não é mesmo?
Na cozinha com vinho: o elegante sabor de ‘Scandal’ em uma receita incrível
03/11/2014, 00:18.
Mariana Cervi Soares
Colunas e Seções, Gastronomia
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Outubro passou e foi um mês cheio de datas especiais. No campo do trabalho, então, foram diversos os profissionais celebrados – médico, professor, funcionário público, pintor e arquivista são apenas alguns dos vários exemplos. No meio disso tudo, também comemorou-se a data de alguém que é muito importante para a gastronomia: o enólogo, que é o especialista em produção de vinho, uma das bebidas mais apreciadas e antigas do mundo.
No universo das séries, a preferência pela bebida símbolo da arte de bem servir está muito atual. Com a recente estreia da quarta temporada, Scandal eletriza os espectadores com cenas dramáticas embaladas pelo clássico vinho tinto. Fiel companheira da protagonista Olivia Pope (Kerry Washington), a bebida é a essência da coluna de Gastronomia, que vai ensinar a você uma receita deliciosamente refrescante para os dias de verão.
It’s handled (Está resolvido!). O famoso bordão de Olivia Pope é a síntese perfeita dessa indomável e competente mulher que servia de braço direito da Casa Branca dos EUA. Bem educada, inteligente, corajosa, obstinada e sempre montada em um estilo clássico – com terninhos bem alinhados para o dia a dia, modelos de gala arrasadores e um bom gosto para roupas caseiras – era ela quem segurava a barra para manter a imagem do presidente (e também seu impossível romance) Fitzgerald Grant (Tony Goldwyn), o Fitz. Para iniciar um novo caminho, procurando desligar-se do contato com o amante, ela abre a sua própria companhia de gerência de crises, a Olivia Pope & Associates, o ponto que inicia a ousada trama de Scandal.
Com uma rotina profissional turbulenta e uma base familiar nada presente e estruturada, a vida pessoal de Olivia é uma completa bagunça. Mentalmente forte e poderosa líder no dia a dia, é nos seus momentos de solidão que a gerente de crises deixa aflorar as suas fraquezas – geralmente longe de seus colegas, mas sempre sob os olhares dos muitos espectadores que viraram fãs da enigmática e marcante Pope. E foi nas horas de desabafo que o vinho surgiu na série como uma das grandes marcas da personagem. Não importa quão duro fosse o dia, a bebida tornou-se a solução para vários problemas de Olivia. Ou, ao menos, para diminuí-los um pouco.
Desde a sua primeira aparição na temporada um, em Enemy of the State (s01e04), o vinho cresceu e foi ganhando cada vez mais espaço na construção do personagem de Kerry Washington. Com a sequência da série, a bebida se tornou um companheiro de todos os momentos. De pijama ou elegante, sozinha ou com clientes e amigos, Olivia transformou o vinho em uma marca incontestável do roteiro de Scandal. E é ele quem vai dar o toque especial para a nossa apetitosa dica de hoje.

De tão importante, o vinho protagonizou a divulgação de meio de temporada, em 2014, junto aos bordões da série.
Receita do dia: Caipirinha de vinho com morangos de ‘Scandal’
Já que os dias de calor estão chegando, a ideia é aproveitar o ingrediente base da coluna em uma receita que pode amenizar as altas temperaturas. E como o vinho preferido de Olivia, o tinto, não é servido geladinho como o branco, transformá-lo em algo refrescante parece uma boa pedida. E já que estamos no Brasil, por que não usar o vinho para reformular um drink super tradicional da nossa cozinha? Foi assim que nasceu a ideia de fazer uma caipirinha com vinho e morangos. As receitas com limão são bastante comuns, e achei que o morango combinava mais com o sabor encorpado do vinho. Resolvi, então, fazer um teste para a cozinha do Teleséries. Não me arrependi. E tenho certeza que você também não vai – é um escândalo!
Ingredientes:
4 morangos
160ml de vinho tinto
Gelo a gosto
2 colheres (sopa) de açúcar
Modo de fazer:
1. Em um copo de 200ml, macere 3 dos morangos com o açúcar.
2. Complete o copo com gelo.
3. Complete o copo com vinho.
4. Com auxílio de uma colher, misture os ingredientes até que o açúcar esteja bem dissolvido.
5. Use o morango que sobrou para a decoração. Faça um pequeno corte no meio da fruta para encaixá-la na borda do copo.
6. Sirva bem gelado!
Você leva no máximo 10 minutos para preparar esta receita. O vinho pode estar em temperatura ambiente, pois o gelo cumprirá a função de deixar a bebida na temperatura certa. Quanto à escolha do vinho, pode ser o tipo de sua preferência. Não precisa ser dos rótulos caríssimos que a Olivia toma, pode ficar tranquilo (hehe). E mesmo que o vinho puro não tenha um paladar muito elaborado, o açúcar e o morango vão equilibrar os sabores, o que ajuda se o vinho não for muito bom. Eu usei um vinho de mesa com mistura de mais de um tipo de uva que tem sabor suave. Deixo a dica de que você também faça com vinhos mais suaves, pois a bebida pode ficar pouco refrescante e meio pesada com tipos muito encorpados, como o cabernet sauvignon, por exemplo. Outra ideia é testar com vinho branco.
Se você preferir ser mais tradicional, dá para fazer a receita com limões, mas, realmente, acho que o morango combina mais com o paladar do vinho tinto. Para servir, você pode optar por utilizar canudinhos, como é bem comum nas caipirinhas. Eu prefiro tomar sem, pois fica mais gostoso de comer os pedacinhos de fruta. Vale até usar uma colher no final, sem frescura!
E depois é só se deliciar! Garanto que, depois dessa, até quem não gostava de vinho vai abrir uma exceção 🙂
Tradição à mesa: a gostosa receita de ‘A Grande Família’
27/09/2014, 11:13.
Mariana Cervi Soares
Gastronomia
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Após mais de uma década no ar, o remake de A Grande Família marcou a sua despedida no início de setembro de 2014. Protagonistas de uma das séries mais populares da televisão nacional, ‘os Silva’ mostravam, semanalmente, que a receita para solucionar todos os problemas está no constante bom humor. Durante 14 temporadas, acompanhamos as diversas fases da agitada rotina da família comandada por Seu Lineu (Marco Nanini) e Dona Nenê (Marieta Severo). Com suas histórias divertidas e inspiradas na vida de pessoas comuns, a série sempre deixou claro que, mesmo com todas as crises e perrengues, tinha amor de sobra no lar dos Silva. E, como em toda grande família, os tempos difíceis poderiam se transformar em uma mesa gostosa e tagarela, cheia de risadas. Por isso, a coluna de Gastronomia deste sábado se lambuza de carinho e alegria para homenagear a cozinha mais ouriçada da teledramaturgia brasileira.
Se televisão tivesse cheiro, seria difícil assistir aos episódios de A Grande Família sem fazer uma vista à cozinha. Dona Nenê, com o maior estilo mãezona (confira o especial da nossa colunista Gabriela Pagano), comandava as panelas como ninguém. De tão talentosa que era em seu fogão, na última temporada, a dona de casa conquistou o emprego de cozinheira profissional na Adega do Braga, colocando à prova os conhecimentos adquiridos em toda uma vida fazendo delícias para a bagunceira turma formada pelo finado Seu Flor (Rogério Cardoso), Lineu, Bebel (Guta Stresser), Tuco (Lúcio Mauro Filho), Agostinho (Pedro Cardoso) e, mais recentemente, Florianinho (Vinícius Moreno). Cada prato servido era marcado pela expectativa da cozinheira, que adorava ver as caras de satisfação da família. Sempre fazendo parecer que não havia sido trabalho nenhum passar horas a fio sob as panelas, Dona Nenê marcou a série com várias comidinhas. Mas, nenhuma delas ficou tão famosa quanto o cozido, uma tradição que não podia faltar na mesa dos Silva.
O cozido de Nenê era tão apreciado que, mesmo quando não roubava a cena, corria o sério risco de estar na boca do povo. A estreia do prato na série foi na primeira temporada. O episódio sete, “Cozido é pra Comer Chorando”, apresentou o clássico da família em um almoço de domingo. Lineu, um dos maiores entusiastas do prato, fazia questão de que toda a família estivesse reunida à mesa para degustar a delícia feita por Nenê. A bronca era tão séria, que Agostinho deixou de ir a uma de suas raras chances de emprego por medo da reação do sogro se não ficasse para almoçar.
Nenê: Olha aqui, ó, Agostinho, não é por nada… Sair, você pode até sair, mas é capaz do Lineu trancar essa porta e você não conseguir voltar nunca mais.
Lineu: O Nenê, o Nenê, pode por o cozido, pode sim! Veio, olha aqui, cervejinhas. Ué, Agostinho, você tá todo arrumado. O que que é? Vai sair?
Agostinho: Não. Vou. Ia. Não vou mais.
Bebel: Agostinho, você é um homem ou é um rato?
Agostinho: Não, eu sou um homem. Mas há controvérsias.
Para Lineu, o cozido era o símbolo da família. Em um saudoso momento de lembranças, no almoço ficamos sabendo que o primeiro cozido da Nenê foi parar na mamadeira do Tuco. E que o prato marcou a primeira vez que Seu Flor dormiu no sofá antes mesmo de ele morar com a filha e o genro. E, ainda, descobrimos que Agostinho já pintava na casa dos Silva desde os 12 anos – e, como riu Seu Flor, ele “foi ficando pro almoço, pra janta e acabou ficando com a Bebel”.
Ao longo dos anos, o prato tornou-se cada vez mais presente na rotina da família e marcou dias memoráveis. Dentre as histórias com cozido, vale muito assistir a Um Homem chamado Flor (s13e16), um episódio especial sobre o falecido pai de Nenê. A Mãe do Ano (s03e05) também é ótima pedida. A história conta o Dia das Mães em que Nenê não quis fazer o cozido e sumiu depois de se desiludir com a surpresa que esperava da família, deixando todos desesperados a sua procura. Se no Dia das Mães o cozido estava em evidência, Ah, Meu Pai! (s05e18) mostrou que no Dia dos Pais também tinha lugar para o prato. E como confusão é marca do seriado, o cozido assistiu à revelação de que Agostinho não podia ter filhos e a uma briga feia de Tuco com Lineu. O cozido também marcou a estreia da penúltima temporada, quando, em Cozido é pra se Comer Brigando (s13e01), Nenê e a filha prepararam o clássico da família juntas para comemorar que Bebel e Agostinho seriam os novos proprietários da casa dos Silva. E, como não poderia deixar de ser, no grande final – o Episódio Um (s14e23) – o que não faltou foi uma mesa farta de cozido.
Fica! No Teleséries também tem cozido
É isso mesmo. Para fecharmos as despedidas de A Grande Família, nos inspiramos nos segredinhos de Dona Nenê para fazer um cozido delicioso no Teleséries. Antes de mais nada, você precisa saber que a escolha do cozido como prato tradicional da família Silva não é um mero acaso. Digo isso porque o cozido é super presente em muitas casas brasileiras, então, a pedida serviu como um ótimo gancho para a série. De origem portuguesa, o cozido é um caldo substancioso de legumes e carnes que leva um certo tempo de fogo. Como vários hábitos alimentares no Brasil, há diversas receitas de cozido, as quais variam bastante de região para região. No nosso passo a passo de hoje, você vai ver um jeito básico de fazer cozido sem demorar muito tempo na cozinha. Vamos lá?
Cozido de ‘A Grande Família’
Ingredientes:
250g de músculo
2 batatas pequenas
1 cenoura média
1 folha de couve
1 colher (sopa) de azeite/óleo
1 colher (chá) de açúcar
Sal e alho a gosto
Água (o quanto baste)
Modo de fazer:
1. Esquente a água até levantar fervura. Reserve.
2. Corte a carne em cubos médios.
3. Esquente bem uma panela e coloque a carne. Deixe dourar bem. Adicione o açúcar, deixe a carne dourar mais um pouco e acrescente o azeite, o alho e o sal.
4. Adicione a água à panela até que cubra toda a carne. Baixe o fogo e deixe cozinhar por cerca de vinte minutos. Adicione a batata, cortada em cubinhos, e cozinhe por mais cinco minutos. Coloque a cenoura em rodelas na mistura, deixe cozinhar mais dez minutos e, por fim, adicione a couve picada.
5. Deixe cozinhar por mais cinco minutos e sirva bem quente.
Em pouco mais de uma hora você terá um ótimo cozido que vai servir de duas a três pessoas. Para complementar, arroz e salada são companhias bem tradicionais para o cozido. A carne de músculo é perfeita para o preparo da receita de hoje pois, sendo mais dura, aguenta mais tempo de cozimento sem desfiar. Além disso, o custo benefício do músculo é ótimo. A quantidade para a receita de hoje (250g) custa menos de R$5,00. Quanto às carnes e aos legumes, você pode dar o seu toque pessoal e incrementar ainda mais o prato. Alguns ingredientes muito comuns em várias receitas brasileiras são paio, repolho, batata doce, mandioquinha e banana da terra. Este último você pode achar estranho, mas a galera garante que a banana dá um toque especial ao prato. O cozido ainda tem a vantagem de ser bem democrático para os vegetarianos: você pode seguir a mesma receita sem as carnes, apenas cuidando a entrada de cada legume, pois há alguns que cozinham mais rápido do que outros. Por fim, sempre cuide a quantidade de água. Quanto mais ingredientes a sua receita tiver, mais líquido você precisará.
Fácil, não é mesmo?
Então, que tal assumir o posto da Dona Nenê e organizar um almoço neste domingo? (:
Do banquete do Emmy para a sua casa
30/08/2014, 14:22.
Mariana Cervi Soares
Colunas e Seções, Gastronomia
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Primetime Emmy Awards. Notícia incessante há semanas e fato finalmente concretizado na última segunda-feira (25), o evento chegou a sua 66ª edição em 2014. Entre a ansiedade na chamada dos indicados, os sorrisos empolgados dos candidatos vitoriosos e as palmas polidas daqueles que perderam, a noite marcou a entrega anual de estatuetas da televisão norte-americana. Tudo exibido mundialmente (foram 15.6 milhões de telespectadores somente nos EUA, com informações da Agência Reuters). Ou, quer dizer, quase tudo.
Depois da pomposa premiação, o que o grande público não teve a chance de acompanhar ao vivo foi a glamourosa after-party, a tradicional festa que reúne astros de diversas séries em um único (e luxuoso) set. E claro que, para fechar as comemorações, não poderia faltar um refinado jantar. Mas, se você acha que só artistas merecem tanto privilégio, saiba que nós, meros mortais, que não vestimos modelos exclusivos, porém gastamos pilhas de nervosismo a cada nova temporada, também podemos viver um pouco desta majestosa experiência. Quer saber como? Então, se acomode aí no sofá que o TeleSéries mostra para você na gostosa dica de cozinha deste mês. Segue junto!
205 cozinheiros. 45 bartenders. 680,4 kg de filé mignon. 3.800 batatas. 226,5 kg de tomates. 3.800 taças de champagne. 5.000 taças de vinho. 5.940 garrafas de vinho. Os números, informados pelo Daily Dish, do LA Times, são apenas uma parte da mega estrutura planejada para receber as celebridades na noite mais esperada do universo das séries. Além da assombrosa quantidade de mantimentos e de pessoas envolvidas, também chama a atenção o requintado cardápio. Dentre as iguarias da noite, um prato de pêssegos e tomates heirloom assados com alfaces Little Gem, tirinhas doces de figo, queijo burrata, cebolas honey Vidalia, hortelã-pimenta, manjericão, amêndoas Marcona tostadas e flor de sal. É tanta coisa diferente que já poderíamos ter parado por aí. Mas, bem, esse foi só o começo. Tinha MUITO mais.
Ok, mas, depois dessa primeira mostra de opulência do banquete, vamos, então, ao prometido: como aproveitar um pouquinho das delícias do Emmy na nossa cozinha? Para completar a missão, pulamos o prato principal e testamos a pedida de uma das horas mais aguardadas em um bom jantar: a sobremesa. Imaginem: se a entrada do Emmy já foi uma orgia de sabores, como que o fechamento poderia decepcionar? Impossible!
Responsável por adoçar a noite, o chefe de pastelaria Carlos Enriquez usou uma técnica infalível: fez a releitura de um clássico caseiro norte-americano. Apesar de inovações terem seus méritos, tradições de cozinha serão sempre “queridinhas”. Sabores que perpetuam por gerações não são famosos por mero acaso. Se um prato faz sucesso há muito tempo, é porque, realmente, tem algo de especial. É como o nosso brigadeiro. Pode até existir quem não goste, mas, vai dizer que 99% das pessoas que você conhece não morre de desejo por um?
Sobremesa do Emmy 2014: um s’more refinado

S’more com ganache de chocolate Alunga batida, nuvem de marshmallow tostado, biscoitos Graham Crackers e pop rocks de chocolate Inaya.
É tão linda a apresentação do prato que parece até um crime macular aquele fofo e maravilhoso marshmallow. Mas, para você não ficar com peso na consciência – e com medo de não conseguir fazer a receita de hoje (hehe) –, pode ficar tranquilo: a nossa versão é muito mais simples e com cara de comida caseira. Antes de irmos para a cozinha, no entanto, acho legal explicar o que é, afinal, um s‘more.
Ele é um doce clássico nos EUA, que, inclusive, tem um dia nacional (10 de agosto) em sua homenagem. Conhecida como comida de acampamento, não raro, a sobremesa é relacionada a atividades escoteiras. Inclusive, a primeira versão da receita está em uma publicação de 1927, lançada pela organização norte-americana de meninas bandeirantes. Há variações, mas, basicamente, o s’more é um sanduíche feito com Graham Crackers (biscoito tradicional norte-americano), chocolate e marshmallow assado na brasa. Diz-se que s‘more é uma contração de “some more”, ou seja, um pouco mais – realmente, é impossível provar e não pedir um repeteco. E é isso o que você vai ver a partir de agora, com a nossa adaptação super rápida, fácil e sem perigo de queimar os dedos!
S’mores caseiros do Teleséries
Ingredientes:
12 biscoitos tipo maria/maizena (formato quadrado ou retangular)
1 barra de chocolate meio amargo
12 marshmallows
Modo de fazer:
1. Coloque dois quadradinhos de chocolate em cima de um biscoito. No topo, acrescente um marshmallow.
2. Leve ao forno micro-ondas por cerca de 12 segundos, em temperatura média/baixa, até que o marshmallow inche, como uma nuvenzinha.
3. Retire do forno e feche o sanduíche com mais um biscoito.
4. Coma na hora. E faça mais um. E mais um. E mais um. E mais um….
É simplesmente impossível comer um só! É muito gostoso (e doce, doce, doce!). Pela foto, dá para ver que usei daqueles marshmallows mais simples, coloridos e pequenos. Mas, se você quiser mais qualidade, pode comprar daqueles maiores e bem brancos. Quanto ao tempo de forno, o indicado na receita é uma média. No entanto, é sempre bom você testar, pois dependerá da regulagem e intensidade do micro-ondas. Como o marshmallow é suscetível a altas temperaturas, se você deixar tempo demais, ele pode explodir e fazer uma meleca na sua cozinha. A ideia é que, estando pronto, o marshmallow pressionado com o outro biscoito derreta levemente o chocolate da base. Uma dica é escolher o chocolate mais amargo, tipo 60% ou 70% cacau. Isso porque o chocolate puro, diferente do ao leite, do branco e dos recheados, derrete mais fácil, devido ao alto teor de massa de cacau, sem adição de ingredientes como açúcar e leite, que dificultam o processo de derretimento. Para ter certeza, basta olhar no rótulo.
Por fim, é só dar uma boa mordida, sentir o primeiro crunch! e mergulhar na deliciosa cremosidade do marshmallow e do chocolate! Se você quiser fazer a receita como no original, pode testá-la em uma fogueira de acampamento, com um maçarico e até mesmo na boca de seu fogão, tostando o marshmallow aos poucos, sempre girando-o. Esse processo exige mais cuidado, pois o marshmallow pega fogo facilmente, mas não é impossível de fazer. Eu testei dos dois jeitos e gostei mais do s’more de micro-ondas, pois faz menos sujeira e derrete mais o chocolate.
Vai dizer: provar desta delícia é quase como levar uma estatueta para casa 🙂
Um doce clássico com o toque da “vovó” de ‘Gilmore Girls’
26/07/2014, 09:30.
Mariana Cervi Soares
Colunas e Seções, Gastronomia
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Hoje é o Dia da Vovó. É quase impossível falar sobre essa data sem pensar em comidas gostosas. Não é difícil encontrar quem não suspire com a lembrança de delícias das avós. São elas as responsáveis pelos tradicionais segredos culinários da família, passados de geração em geração. Bem, tudo isso pode ser verdade, se a sua avó não for Emily Gilmore (Kelly Bishop), a geniosa matriarca de Gilmore Girls, encantadora dramédia da Warner que marcou a década de 2000. Mesmo dominando (e muito bem) a estratégia de organizar uma boa mesa para reunir a família, Emily não faz o tipo de vovó dengosa que sai da cozinha cheirando maravilhosamente a bolo de chocolate.

Como você pode deixar a sua filha estar com aquele abominável bandido? – Emily em Swan Song (s03e14).
Dona de um temperamento difícil, seu amor pela filha Lorelai (Lauren Graham) e pela neta Rory (Alexis Bledel) nem sempre era evidente, com comportamentos e generosidades um tanto inconvenientes. No entanto, desde os primeiros momentos da série, Emily fez muitos esforços, nem sempre compreendidos, para quebrar o histórico gelo entre as garotas Gilmore. Uma pequena mostra é a nossa dica de cozinha de hoje – que você confere logo abaixo -, preparada, a pedido de Emily, para agradar as suas meninas em um dos primeiros jantares semanais da família Gilmore.
Impostos por Emily, após um empréstimo para os estudos de Rory, os encontros de sexta-feira dos Gilmore romperam o afastamento estabelecido por Lorelai com seus pais, Emily e Richard (Edward Herrmann). Ao longo de sete anos de série, apesar das rusgas e ressentimentos antigos da família, os jantares tornaram-se uma forma de aproximar Rory aos avós e de reconstituir, aos trancos e barrancos, os laços entre Lorelai e seus progenitores. À mesa, incontáveis pratos rechearam a imensa sala de jantar dos Gilmore. Para Emily, essa era a única oportunidade da semana em que Rory comia proper food, ou seja, boa comida (quem não se lembra das comilanças de Lorelai e sua filha?). No entanto, diferente das tradicionais vovós que preparam os seus melhores quitutes para a reunião da família, Emily nem tocava nas panelas. Além de uma louça bem escolhida e de uma decoração requintada, ela ainda contava com uma equipe de cozinha. Ô finesse!
Fãs de guloseimas e acostumadas com os deliciosos doces da chef Sookie (Lisa Mccarthy), a dupla de insaciável apetite nem sempre aprovava os refinados cardápios de Emily. Lorelai, em especial, não perdia a oportunidade de fazer brincadeiras sobre a pompa dos jantares. Mas, Emily, como boa organizadora de eventos, sabia agradar o seu público. Em Rory’s Birthday Parties (s01e06), ela mostrou que realmente queria que as convidadas gostassem do jantar. Para a grande surpresa de Lorelai, sua mãe serviu, mesmo achando que era comida de hospital, um dos seus pratos favoritos: pudim.
Rory: Oh, legal!
Lorelai: O que é isso?
Emily: É sobremesa?
Lorelai: É pudim.
Emily: Bem, se você sabia, por que perguntou?
Lorelai: Você não gosta de pudim.
Emily: Sim, mas você gosta de pudim.
Lorelai: Oh, eu amo pudim. Eu adoro. Eu tenho uma tigela em cima de um manto, em casa, com a Virgem Maria, um copo de vinho e uma nota de um dólar perto dela.
Rory: Eu nunca tinha comido pudim em uma tigela de cristal antes.
Pudim: um clássico à mesa
Para Emily, pudim é coisa de hospital. No entanto, o tradicional prato adorado por Lorelai é aplaudido também em diversas partes do mundo, com muitas variações, inclusive de tipos salgados. Entre os brasileiros, o mais famoso é o pudim de leite. Por aqui, um bom pudim não existe sem leite condensado, o ingrediente coringa da doçaria do Brasil. A textura cremosa tão apreciada na sobremesa se deve aos ovos, que são a base da receita. Para completar, nada como uma boa calda de caramelo, que dá um contraste saboroso com o creme adocicado. Huuummm…acho que não precisamos de mais motivos para ir logo até a cozinha, né?
Pudim de friday dinner de Gilmore Girls
Ingredientes
Para o pudim:
6 ovos inteiros
1 xícara (chá) de açúcar
1 lata de leite condensado
1 lata* e meia de leite
*medir pela lata do leite condensado
Para a calda:
1 xícara (chá) de açúcar
Modo de fazer
1. Com auxílio de uma luva ou de um pano, leve a assadeira de pudim ao fogão (forno baixo), com o açúcar para a calda cobrindo o fundo. Deixe caramelizar e, aos poucos, com auxílio de uma colher, espalhe o caramelo pela forma.
2. Em um liquidificador, bata todos os ingredientes do pudim até que a mistura fique homogênea.
3. Com cuidado, adicione a mistura do pudim à forma (se você ouvir algum barulho, não se assuste – é o caramelo se solidificando!).
4. Cubra a forma com papel alumínio (ou com a tampa da forma, se ela tiver) e leve-a ao forno médio-baixo (180 ºC), pré-aquecido, em banho-maria, por cerca de uma hora e meia.
5. Tire o pudim do forno e, sem descobrir, leve-o à geladeira por, no mínimo, seis horas, até que firme bem.
6. Após o tempo de geladeira, com delicadeza, solte os lados e o centro do pudim com auxílio de uma espátula. Vire o pudim com cuidado no prato em que você irá servir.
7. Sirva bem gelado.
Pode parecer um pouquinho complicado, mas fazer pudim é bem fácil. O passo a passo de hoje é um jeito tradicional de fazer pudim, com cozimento no forno e o banho-maria. Mas, se você preferir, há várias receitas de minuto por aí, quase todas de microondas. Não vou dizer que fica ruim, mas, pode acreditar: nenhuma receita bate a gostosura e a cremosidade de um pudim bem tratado. Agora, algumas dicas: quanto ao forno, vale lembrar que, para uma textura bem lisinha, o fogo deve ser de médio para baixo. Os pudins que ficam com “buraquinhos” – na verdade, bolhas de ar – são aqueles assados em altas temperaturas. Se você tiver alguma dúvida no ponto, basta furar o pudim com um garfinho. Se sair sujo, ainda precisa de mais cozimento. Se sair limpo, é hora de sair do forno. Depois, o tempo de geladeira é essencial. Se for possível, deixar o pudim descansando de um dia para o outro é uma boa pedida. Em relação à calda, também dá para fazê-la em uma panela separada e transferi-la para a forma depois. Se você quiser que ela renda mais, ou tiver medo de queimar o açúcar, dá para usar um pouco de água durante o processo (sempre cuidando para que a calda não endureça e pegue ponto de bala).
Por fim, no clima de Dia da Vovó, aproveito para dizer que a receitinha de hoje é uma relíquia de família. A dica, no entanto, não é ainda de vó, mas é do pudim infalível do meu pai, que há anos aprendeu a receita e, agora, a está passando adiante. Quem sabe se, um dia eu for vovó, também não perpetue essa delícia por mais gerações? Seja como for, de uma coisa tenho certeza: será uma delícia!
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