TeleSéries
Ha Ha Ha… Os suéteres natalinos mais cafonas da televisão!
05/12/2014, 11:00. Gabriela Pagano
Estilo
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Então é (quase) Natal e eis aqui a última coluna Estilo do ano! E, gente, 2014 passou voando, hein? Chocada. Mas… Como não poderia deixar de ser, as festividades natalinas são o tema da nossa coluna de dezembro. Confesso que não sou nenhuma apaixonada por Natal, acho até meio depressivo, mas é inegável a importância que ele tem nas tradições de países do mundo inteiro. Agora, verdade seja dita: para quem passou a adolescência vendo Eloise no Plaza, na Sessão da Tarde, ter nascido no Brasil, especialmente por causa dessa época do ano, é uma verdadeira injustiça do destino, um infortúnio, uma falta de sorte frustração. A gente não tem neve, pinheiros gigantes, roupas de frio, fumacinha saindo da boca e nem passeio no Central Park decorado. Na melhor das hipóteses, vem aquela chuvinha de verão do nada para estragar a chapinha no cabelo e dar um clima menos “moro num país tropical, abenç…” à ceia.
Mas, de todos os exemplos citados acima, se tem uma coisa que me dói o coração não poder fazer no Natal é justamente não poder usar aqueles suéteres natalinos bregas que sempre aparecem na séries de TV, sabe? É um pior que o outro e parece que as personagens fazem até competição para saber quem se supera no quesito cafonice. Só que, lá, é um cafona glamourizado… Aqui no Brasil, por exemplo, se você usar qualquer coisa de lã na noite natalina vai ganhar por cafonice, sim, mas é desidratado.
Por isso, para celebrar o Natal diretamente das terras tupiniquins (e eu não odeio o Brasil, não me entenda errado), essa coluna vai dar sequencia a uma tradição natalina digna dos brasileiros: gorar admirar o suéter alheio. Mas, antes, um pouco de história.
ORIGEM
O suéter, mais comumente feito de lã, no formato de uma blusa com gola V, está presente no guarda-roupa de homens e mulheres nos quatro cantos do planeta desde o século 19. É verdade que, por algum tempo, ele saiu de moda. Muita gente o considerava “uniforme do vovô” e não arriscava usá-lo nem sob tortura. Mas, a partir do final dos anos 90 ou começo dos anos 2000, eles voltaram a cair no gosto dos fahionistas de plantão e, desde então, são uma peça coringa para qualquer pessoa e se adequam desde às situações formais como, também, às mais casuais. Coincidentemente, o suéter natalino, propriamente dito, se tornou bastante popular mais ou menos nessa época. Não se sabe ao certo quem começou com essa tradição, nem quando exatamente ela foi iniciada, mas publicações americanas, como a respeitada Times, consideram que o comediante Bill Cosby contribui com a popularização dessa vestimenta de forma humorada. É que, na década de 80, ele estrelou uma das sitcoms mais famosas da NBC, The Cosby Show. Na atração, seu personagem Dr. Cliff Huxtable era conhecido por usar suéteres estampados, digamos, bem originais…
Além disso, o filme National Lampoon’s Christmas Vacation (Férias Frustradas no Natal, no Brasil), lançado em 1989 e em que o ator Chevy Chase aparecia usando uma versão da peça com estampas natalinas, pode ter sido definitivo para que o suéter entrasse, de vez, nas comemorações de Natal.
Foi no final da década de 90 e comecinho dos anos 2000, que os suéteres natalinos bregas (conhecidos como Ugly Christmas Sweater) viraram febre sobretudo no hemisfério norte, onde inclusive festas temáticas são realizadas e cada um exibe seu modelito de gosto duvidoso. E isso se reflete no conteúdo das séries de TV. Para que um episódio de Natal não decepcione, ele precisa ter o bom e velho suéter natalino. Então, a gente separou 15 deles para rir e, quem sabe, se inspirar… Ou não.
1) SETH COHEN, O ENTUSIASTA
Apesar de sua família por parte de pai ser judaica – e não celebrar o Natal -, Seth Cohen era um verdadeiro entusiasta das festividades natalinas. O amor era tanto que ele, provavelmente, até já dormia com o suéter para não perder nenhum tempo.
2) COMO ENTUSIASTA, UM DITADOR DE TENDÊNCIA
Dito isso, o Seth era praticamente a Glorinha Kalil dos Natais. Por isso, anota aí: a estampa de rena é um must have.
3) CAFONICE EM FAMÍLIA
Em Modern Family, é verdade, todos os personagens são “peculiares” o ano inteiro… mas, no Natal, eles capricham!
4) FLOQUINHOS DE NEVE
Ainda em Modern Family… Vai dizer que você não achou um bapho esse suéter bordado com floquinhos de neve do Cameron?
5) MAIS FLOQUINHOS, POR FAVOR
É tão cafona que até a Betty, a Feia, a rainha de todas as cafonas, aderiu aos floquinhos.
6) COMBINANDINHO EM 30 ROCK
O Natal é dia de se unir e esquecer todas as ~diferenças~. Literalmente.
7) DIGAM “GLEE”
O cartão de Natal da série mais magya da TV!
8) SEJA INVERNO OU VERÃO
O tempo pode ser de sol na Filadélfia, mas Charlie não resistiu ao suéter de lã natalino. Não julgo.
9) SUÉTER “O AMOR É BREGA”
E How I Met Your Mother também. Vai falar que você não disse “Owwwwn” com essa demonstração pública de afeto em plena noite de Natal?
10) SUÉTER FOFINHO 2
Kristen Bell, a Veronica Mars, e o marido Dax Sherpard (Parenthood) são naturalmente um casal fofinho. Mas, esse ano, eles extrapolaram todos os limites. Em um comercial feito para a Samsung, eles vivem um casal obcecado pela época natalina. No vídeo, Dax ajuda a mulher grávida a organizar o Natal perfeito e usam mais de um suéter cafoninha.
Em 2011, Matt Smith, o então protagonista de Doctor Who, e Karen Gillan, a acompanhante do doutor, vestiram suéteres natalinos para gravar uma vinheta de fim de ano da BBC. E, se no Brasil, a gente ri de todas as vinhetas típicas bregas criadas pela Globo, na TV britânica foi a coisa mais linda! Assista aqui.
12) I’M SEXY AND I KNOW IT
Nos talk shows da TV americana, os convidados costumam usar roupas mais discretas e sociais. John Mayer, no entanto, não se intimidou em mostrar seu belo suéter natalino durante uma participação no programa da diva Ellen DeGeneres. Mas, cá entre nós, esse cara seria um charme até vestido de Grinch.
13) SANTA CLAUS FEAT. CARNAVAL
No quesito cafonice, tenho que admitir: ninguém ganha do Matt Damon durante uma entrevista ao Today Show.
14) HOBBIT NATALINO
Elijah Wood, da série Wilfred e do filme O Senhor dos Anéis, estava bem fofinho na entrevista ao Conan O’Brien, não?
15) CONO’EL
Melhor que isso, só o próprio O’Brien e sua trupe inteira – incluindo o cachorrinho – vestidos para a ceia. É muuuuito amor!
Cross-genre, trocadilhos e… Memória afetiva! Esse é o estilo do “FULLERVERSE”
07/11/2014, 16:44. Gabriela Pagano
Colunas e Seções, Estilo
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MINHA MEMÓRIA AFETIVA
Sempre achei que o que faz a vida valer a pena são as memórias afetivas que a gente carrega. Não é dinheiro, não é o emprego que a gente tem e muito menos quem a gente conhece. São as coisas que a gente viveu. Por isso, quando vejo alguém dizer que quem olha para trás tem medo do futuro, sinto pena e penso que essa pessoa não deve ter vivido coisas incríveis no passado. O futuro, sem dúvidas, é instigante. Pensar na página em branco que podemos preencher com absolutamente qualquer coisa é a melhor sensação do mundo! O presente, ora é um sufoco, ora é pura alegria… Mas “é o que a gente tem para hoje”. Já o passado… Aaaah, o passado! Como é bom relembrar todas as coisas que foram tão importantes em nossas vidas e que definiram o que somos agora.
No último sábado, o escritor Pedro Bandeira esteve em minha cidade, no interior de São Paulo. Um velhinho com um bigode engraçado, de fala enérgica – e apaixonada. Foi lendo a série de livros Os Karas, no ensino fundamental, que eu descobri um carinho pela leitura. Com ela, veio uma paixão avassaladora pela escrita, que foi determinante para que eu fizesse a faculdade de Jornalismo.
Na faculdade, pensando em um dia me especializar em Moda, fui fisgada, quase sem querer, por outra paixão: as narrativas audiovisuais. Aí, o Jornalismo, simplesmente por não ser ficção, perdeu seu charme; a Moda, puramente, eu deixei para lá… a escrita e o cinema, nunca! Sempre gostei de ver filmes e séries, mas, nos últimos cinco anos, virou uma verdadeira dependência. Se meu dia começa com uma xícara de café bem quente, ele termina com um episódio da(ssss) minha(sssss) série(sssss) preferida(sssss). E se, na literatura, Pedro Bandeira sempre teve um cantinho especial no meu coração, no audiovisual esse posto é ocupado pelo Bryan Fuller. Você deve estar se perguntando: okay, mas o que tem a ver isso? É que foi de todas essas relações, desses pequenos acontecimentos na minha semana e de sentimentos rebuliços aqui dentro, que saiu a coluna de hoje; da minha memória afetiva, de todas as coisas guardadas com carinho no meu passado.
UMA DÉCADA DE BRYAN FULLER NA TV
Coincidentemente, no último dia 31 de outubro, fez dez anos que o último episódio de Dead Like Me foi exibido. Em dezembro, será a vez de Wonderfalls completar uma década desde seu último episódio. As duas séries foram os primeiros projetos de Fuller na TV americana e, embora não tenham tido um enorme sucesso de público, foram aclamadas pela crítica, tornando-se, agora, um clássico cult… Uma memória afetiva para um grupo específico – incluindo esta pessoa que vos escreve! 🙂
Mesmo que você não tenha assistido às séries, provavelmente, já teve contato com o trabalho de Bryan Fuller. Ele é conhecido por ter escrito alguns dos melhores episódios da série Heroes, ainda como colaborador, além de capítulos de Star Trek: Deep Space Nine, e também foi responsável pelo roteiro do filme Carrie, a estranha, que passava toda semana, no SBT, até poucos anos.
Depois de Dead Like Me e Wonderfalls, ele continuou a criar clássicos cult televisivos. Pushing Daisies, de 2008, também não conseguiu grande sucesso de público, mas é ovacionada pela crítica até hoje. Mockingbird Lane, que só teve o episódio piloto produzido e exibido, sequer chegou a virar série por falta de audiência. Hannibal, que vai para a terceira temporada depois de muito sufoco, é um recorde para Bryan, que parece lutar para encontrar seu público. Não por acaso, ele é conhecido como gênio incompreendido. E se as séries dele são especiais, mesmo diante de tantas dificuldades, é exatamente por se tratarem de memória afetiva.
Primeiro, porque elas falam de sonhos, de sensações comuns às crianças. Quem nunca fingiu falar com um animal, como a carismática protagonista de Wonderfalls? Ou quis trazer um ente querido de volta à vida, como podia o confeiteiro Ned de Pushing Daisies? E as tortas feitas por ele, hmmmm. Tem coisa mais casa da vó do que tortas com frutas? Não bastasse isso, os seriados criados por Fuller estão cheios de referências uns aos outros. Ele utiliza atores repetidos, nomes de personagens repetidos e até lugares repetidos. Eu falei: é pura memória afetiva! É tanto afeto que os fãs dessas séries até apelidaram essa “nuvem” de referências como FULLERVERSE (algo como “Universo Fuller”).
Por estratégia, vou começar com WONDERFALLS, o segundo seriado dele. Outro dia, estava lendo um texto acadêmico sobre conteúdo televisivo e o autor citava a série como exemplo de atração que não teve tempo suficiente para ficar no ar e conquistar espectadores – ela foi cancelada ainda na primeira temporada, com menos da metade dos episódios exibidos na TV. Segundo o autor, a série requeria tempo para que os espectadores pudessem compreendê-la, adaptar-se a ela e, assim, conquistar seu público, tamanha a originalidade criativa que propunha. Em outras palavras, as séries de Bryan Fuller não são feitas sob medida para a enorme massa, mas nada impede que essa massa goste delas. As séries exigem abertura por parte do espectador, doses fartas de sensibilidade. Não estou dizendo aqui que ninguém é mais ou menos inteligente por assistir a uma série dele. Mas elas falam, sim, para um público específico.
Wonderfalls é a série mais fácil de ser assistida dentre as criações desse gênio da televisão. Jaye (Caroline Dhavernas) é uma menina de 24 anos, formada em Brown, uma das melhores universidades dos Estados Unidos, que volta para a cidade natal e vai morar em um trailer depois de fracassar em conseguir um emprego. Agora, ela trabalha em uma lojinha de souvenirs em frente à Niagara Falls, catarata localizada na fronteira americana com o Canadá. Para tornar tudo ainda mais dramático, ela começa a conversar com os bonecos de animais vendidos ali e, depois, de todos os lugares.
A atração tinha ares de comédia romântica e passava longe de ser infantil, como uma leitura da sinopse à primeira vista pudesse sugerir. Wonderfalls, na verdade, ousava justamente ao BRINCAR COM OS SONHOS E FANTASIAS DE CRIANÇAS, ao resgatar esses sentimentos inocentes nos adultos. A série pode ter falhado em conseguir esse sucesso diante de seu público-alvo, mas não foi por falta de bom conteúdo.
Bryan Fuller disse que a história se inspirava em Joana d’Arc (que alegava ouvir vozes divinas e foi condenada à fogueira) e, num balde de realismo, revelou que Jaye poderia, sim, se tratar de uma personagem com problemas mentais. Sem romantismo. Não que ele tenha dito isso como veredicto final. Existe uma coisa sobre o Fullerverse que você precisa saber: as perguntas nunca são respondidas de fato, fica tudo no ar, vez ou outra Bryan Fuller até dá umas entrevistas bombásticas para deixar a gente com “a pulga atrás da orelha”. Mas as respostas ficam sempre à mercê da nossa própria imaginação.
Uma coisa interessante nos trabalhos de Fuller é o CROSS-GENRE, ou mistura de gênero. Isto é, quando dois gêneros opostos – humor e terror, por exemplo – são usados ao mesmo tempo em cena. Comédia, musical, terror e suspense andam juntos no Fullerverse. Não raramente, no meio de uma passagem cômica, uma situação de perigo nos é apresentada e, a partir daí, a iluminação e o tom de voz dos personagens ganham ares obscuros repentinamente, tudo de forma meio pasteurizada, sem deixar o humor para trás. Beira o trash mesmo. O cross-genre ocorria principalmente em Wonderfalls e Pushing Daisies – a última, até tinha cenas musicais.
DEAD LIKE ME deu mais trabalho para eu acompanhar. O seriado narrava o cotidiano de ceifadores – popularmente conhecidos como “a morte” – que viviam entre os humanos roubando-lhes as almas.
A atração era protagonizada por Ellen Muth, que interpretava Georgia, uma adolescente que morria depois que o assento de um vaso sanitário de uma estação espacial caía sobre a cabeça dela – você riu, eu sei. Desde então, ela virou uma ceifadora. O grande problema para mim é que a Georgia me parecia uma personagem arrastada, mórbida, sem energia… sem vida. Fiquei extremamente incomodada com a aparente falta de carisma da Ellen Muth no papel principal. Só depois percebi que estava sendo incoerente. Como é que eu queria que uma personagem morta fosse, na verdade, cheia de vida? Desde o primeiro instante, Muth acertou o tom do personagem, que não poderia ser outra coisa senão moribundo. E quando, finalmente, me dei conta disso, percebi o quanto essa série era genial. E, aí, pronto, vi em uma sentada só! Com o perdão do trocadilho, é claro.
Dead Like Me tinha um HUMOR NEGRO, em que o politicamente incorreto era explorado de forma escrachada. E isso é recorrente nas séries do Bryan Fuller. Todos os personagens se utilizam de meios moralmente questionáveis para conseguir o que querem, para ganhar a vida (ou a pós-vida, no caso). E o mais legal é que não precisa ser o vilão da história para agir imoralmente. Por exemplo: na série seguinte, Pushing Daisies, o Ned explorava os mortos para ganhar dinheiro….
….e nem ouse pensar mal dele! Ned era um chameguinho em forma de personagem.
Fuller o escreveu especialmente para o ator Lee Pace, com quem ele tinha trabalhado em Wonderfalls (e quem ele quer, loucamente, que participe de Hannibal). Lee Pace é desses atores ultra fofos, que fala baixinho e sorri com as sobrancelhas (a-ham!). Na história, ele interpretava um confeiteiro cujas habilidades iam muito além do preparo das deliciosas tortas vendidas na Pie Hole. Ele tinha um poder especial: sempre que ele tocasse em algo que estivesse morto, essa coisa – podendo ser uma fruta, uma pessoa, um besouro – voltava à vida. Se ele tocasse de novo, então essa coisa morreria para sempre. E ele tinha um minuto para realizar o ritual, uma vez que, passado um minuto e ele não tocasse o indivíduo novamente, outra pessoa próxima morreria no lugar do, agora, ex-cadáver.
Ele, então, conhece o detetive Emerson Cod e, juntos, eles lançam um plano. Sempre que uma pessoa morresse e fosse oferecida uma recompensa para solucionar o caso, Ned traria a vítima de volta à vida e perguntaria o que aconteceu com ela. Em um minuto, ela estaria morta novamente e eles, mais ricos. Bem imoral. Mas fica pior.
No primeiro episódio, Chuck (Anna Friel), o amor de infância de Ned, morre. Ele a traz de volta e nunca mais a toca novamente, colocando a vida de Emerson, que estava próximo ao caixão dela, em risco. A partir daí, Ned e Chuck, completamente apaixonados, nunca poderão estabelecer qualquer contato físico, senão ela morre para sempre. Meio Romeu e Julieta.
Por falar em outras histórias, Pushing Daisies estava repleta de referências a outros clássicos do cinema. A primeira inspiração a ser notada é O Fabuloso Destino de Amelie Poulain. Bem como no filme francês, PD tem um NARRADOR que, logo nas primeiras cenas, nos conta que Ned descobriu seu poder especial aos “9 anos, 27 semanas, 6 dias e 3 minutos de vida” “por ressuscitar o seu Golden Retriever, Digby”. E, aí, eu quase tive um treco. Detesto o enfadonho destino da desocupada Amélia e quando vi que a série teria ares do filme, quase desisti. Não era apenas o narrador que fazia lembrar o clássico, mas as cores da série, a fantasia em demasia. Mas, depois de acompanhar um pouco mais, percebi que PD se parecia com Amelie apenas esteticamente – e nesse quesito, não há o que falar, o filme é GENIAL. A história, em si, mais se parece com A Fantástica Fábrica de Chocolate. É que Amelie, embora seja fantasioso, tenta nos vender uma ideia de que aquilo seria possível, é uma ideia romantizada da vida e que nos é vendida como podendo ser real – quando não é. Já A Fantástica Fábrica de Chocolate segue o mesmo roteiro, mas deixando claro se tratar puramente de fantasia. E é aí que PD reside.
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Outra referência memorável foi um capítulo que homenageou Alfred Hitchcock. Primeiro, aconteceu um assassinato em que golpes de faca eram dados no ar, com uma música parecidíssima com a de Psicose e sua famosa cena do chuveiro. Depois, houve uma referência ao filme Vertigo e a cabeça de Emerson flutuando. Compare:
O piloto de MOCKINGBIRD LANE foi exibido em 2012, na NBC, e se conseguisse audiência seria transformada em série. Não deu. Bryan Fuller esperneou, dizendo que a data escolhida para a transmissão não o beneficiou, e o canal exibiu o piloto mais uma vez, como especial de Halloween. Falhou de novo. A série seria uma remontagem de The Munsters, clássico da CBS nos 1960, parecido com A Família Addams. Eu assisti ao episódio e com muita, mas muita dor no coração, devo dizer: não gostei. Embora esteticamente fosse interessante, os diálogos e situações simplesmente não prenderam. Apesar do humor negro e da família de mortos-vivos, marcas de Fuller, estava abaixo daquilo que ele já apresentou.
Como já deu para perceber, a MORTE sempre foi o tema principal das séries desenvolvidas por Fuller. Desde os ceifadores de Dead Like Me, passando pela volta à vida em Pushing Daisies, até a família de mortos-vivos de Mockingbird Lane. Dá para dizer que a única exceção foi Wonderfalls, que narrava uma jovem com o poder de falar com os animais. Mesmo que Hannibal não trate a morte diretamente – todos os personagens, a princípio, estão vivos – a gente pode dizer, sim, que se centra no tema, já que o protagonista é um assassino serial.
Hannibal é a série mais madura de Fuller. É um enredo mais denso, em que o humor é menos explorado e nosso psicológico é pressionado a todo instante. Nos primeiros episódios, a gente tem até alguma dificuldade em entender a história, cheia de complexidades e quebra-cabeças.
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Esteticamente, Fuller vive seu auge. Hannibal é sempre mencionada como um exemplo de série visual, em que verdadeiras metáforas – tanto em palavras, quanto em objetos – nos são jogadas de forma constante.
As cores na tela sempre nos dão pistas e indicam quem está a salvo ou corre perigo na série. Verde e marrom são as cores de Lecter e Will Graham.
Como eu disse, não é apenas visualmente. Os trocadilhos e as dicas também estão nos inteligentes diálogos da atração – Fuller até ganhou um troféu pelos trocadilhos em uma premiação promovida por um blog americano.
Por exemplo, na segunda temporada da série, Will (Hugh Dancy) está preso porque o FBI acredita que ele cometeu os crimes. Em um diálogo com o agente Jack Crawford (Laurence Fishburne), Will dispara:
– You don’t believe me now.
Ele, então, faz uma pausa dramática e diz enfaticamente:
– You WILL.
“You will” não quer dizer apenas que Jack VAI acreditar, mas “Will” é o nome do próprio personagem que disse a frase. Além disso, “will” ainda significa “desejo”, “vontade”, “determinação” em inglês. Tudo isso, e não apenas a tradução “você vai”, reforçava ainda mais a ideia de que o agente Crawford iria acreditar em Will Graham – ao mesmo tempo, remetia à cena inicial do episódio, que se passava alguns meses depois dessa narrada, e que mostrava o agente em uma luta corporal épica com Hannibal Lecter, o verdadeiro assassino.
A cena de luta, aliás, teve cada detalhe milimetricamente pensado, para que tudo ficasse criativo – e visual – na tela:
Alguns episódios mais tarde, quando Will quer que Hannibal pense que ele matou uma jornalista, Will diz que “ela não irá se levantar das cinzas, mas o assassino dela irá”. Tudo em duplo sentido, é claro:
– She won’t rise from the ashes… but her killer will. (but her killer Will Graham).
Lecter é interpretado pelo renomado Mads Mikkelsen. A pronúncia correta é “Més Míquelsen”, mas o ator dinamarquês não se incomoda em ser chamado de “Méds” – inclusive pelos colegas de elenco. Finesse!
Diversidade
Por último, mas não menos importante: Bryan Fuller, que é homossexual, gosta de colocar personagens gays em todas as suas séries. Em Wonderfalls, ela era Sharon, a irmã da protagonista Jaye. Inicialmente, em Dead Like Me, era para o pai de Georgia ser homossexual, mas quando Fuller deixou a série – ainda na primeira temporada por diferenças criativas com o Showtime -, os roteiristas mudaram isso e deixaram Fuller bastante chateado. Em Pushing Daisies, o legista do necrotério Coroner, interpretado por Sy Richardson, também era homossexual e tinha uma quedinha por Emerson. Em Hannibal, há um burburinho sobre a relação do Dr. Lecter e Will e muita gente torce para que eles tenham um caso amoroso. Fuller diz que se diverte com as teorias criadas pelos seguidores do seriado, mas não revela muito. Para ele, Hannibal poderia, sim, querer algo mais com Will, mas, segundo ele, Will é definitivamente hetero.
POR DENTRO DO FULLERVERSE
E mais:
– No quarto episódio da segunda temporada de Hannibal, uma das investigadas pelo FBI se chama Katherine Pimms, nome que Chuck usava como disfarce em Pushing Daisies.
Genial, não? Por isso, tenho certeza que, daqui dez anos, verei todas essas séries com a mesma empolgação que vejo hoje. Ou talvez até mais. Graças a minha memória afetiva!
A fall season 2014 está cheia de… ESTILO!
03/10/2014, 01:59. Gabriela Pagano
Estilo
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A fall season 2014 teve início nas últimas semanas na TV americana e, desde então, a vida de muita gente tem sido uma loucura para tentar acompanhar o maior número de estreias possíveis. Acho outubro um mês de euforia para quem gosta tanto de séries quanto de cinema, uma vez que, não bastasse a temporada de outono na televisão, esta também é a época em que os filmes de terror mais aguardados estreiam nas telonas (é Halloween!).
Como em outubro do ano passado, as bruxas foram tema da coluna Estilo, esse ano resolvi pegar leve. Acompanhei várias estreias “mais adolescentes” na atual fall season e, para os amantes de moda, como eu, que também já viram essas atrações, tenho certeza que o alarme fashion apitou diversas vezes. Algumas séries nem são tão consistentes assim, mas os figurinos, definitivamente, estão caprichados.
Não é só isso. Quando iniciamos a coluna Estilo, aqui no TeleSéries, há mais de um ano, a ideia era abranger a palavra num sentido amplo: estilo de roupa, de vida, decoração, etc. Uma coisa que tem me chamado a atenção nas séries novas é que o estilo de vida do século 21 – e, em especial, as redes sociais – tem sido bastante explorado, ocupando espaço de personagem principal mesmo. Por isso, separei três séries estreantes que, provavelmente, irão agradar os fãs de estilo, no sentido mais amplo da palavra.
A primeira delas é Selfie. Eu, particularmente, não me encantei tanto assim com a atração da ABC, mas achei o tema pertinente. Na série, a Karen Gillan – a eterna Amy Pond, de Doctor Who – dá vida a uma jovem viciada em redes sociais, que vê sua reputação desmoronar depois de um incidente no avião em que viajava – e, claro, todos a bordo tinham um celular para registrar o momento. Depois disso, ela recorre a um expert na área de marketing (Jon Cho) para ajudá-la a melhorar a imagem – e, consequentemente, se desapegar da web.
O tema é, provavelmente, um dos mais discutidos nos últimos meses já que as pessoas passam cada vez mais tempo checando e “alimentando” as redes sociais com fotos de comida, sapatos e o que estiver na frente. Eu sei que todo mundo se diz imune a esse mal, mas esse discurso só sustenta até alguém tentar tirar a força o celular da sua mão. Aí, a coisa pega!
Na série cômica, Eliza (Gillan) é uma menina que está sempre impecavelmente vestida – afinal, nunca se sabe quando surgirá uma oportunidade para a próxima foto. A Karen Gillan é, provavelmente, a ruivinha mais linda da TV mundial – que me perdoe Marina Ruy Barbosa – e os cabelos longos estão perfeitos na atração. Imagino que ela tenha feito alongamento, pois, não faz muito tempo, ela precisou raspá-los para integrar o elenco do filme Guardiões da Galáxia. O que chama a atenção mesmo são as meias-calças da personagem. Eliza prova que dá para variar usando a mesma estampa. Na imagem acima, a personagem escolheu meias de poá – ou bolinhas – totalmente distintas; uma mais séria e sensual e a outra lhe deu ares (e pernocas) de bonequinha de pano, divertida.
Selfie vai ao ar a partir de 8 de outubro, às 20h, no Warner Channel Brasil.
Na comédia romântica Manhattan Love Story, Analeigh Tipton (do filme Crazy Stupid Love) interpreta Dana, uma moça meiga, recatada, e recém-chegada a Nova Iorque. Na grande cidade, ela vai cair nas garras do garanhão convicto Peter (Jake McDornan), que pode se transformar em príncipe encantado por causa do amor.
O conceito da série é totalmente clichê, os personagens foram criados sob fortes estereótipos, mas, ainda assim, a gente consegue reconhecer alguns de nossos sonhos e inseguranças através da protagonista. Para começar, Dana se sente totalmente insegura diante das redes sociais. Depois de um primeiro encontro com Peter, ela preenche imediatamente seu status como “solteira” numa espécie de Facebook fictício. Avisada pela amiga, que considerou o ato falho, ela muda para “em um relacionamento sério”. Muito rápido, afinal, foi só um encontro. Ela muda o status de novo. De novo. E de novo. Quem nunca, né?
O sonho de construir uma carreira de sucesso numa grande cidade do mundo também deve ter passado pela cabeça de muitos. E, de preferência, que ele venha com uma história de amor digna de filme.
Se a série abusa dos clichês, por outro lado, ela capricha no visual e tem ares de 500 Dias Com Ela. O fato de se passar em Nova Iorque ajuda a produção a ficar bonita, é verdade. Combinado a isso, estão os figurinos românticos de Dana. A personagem é o cúmulo da delicadeza. Tem a pela claríssima, olhos azuis, cabelos loiros e perfeitamente ondulados, além da fala baixa e tímida. Cardigãs e vestidos florais fazem o guarda-roupa da moça.
Peter é um moço descolado. Gosta de camisas jeans e xadrez, estrategicamente desaboatoadas, e jaquetas. O cabelo é bagunçado e a barba é deixada por fazer. Quem já viu a série, vai concordar comigo: ele é irresistível! A verdade é que, mesmo de camiseta furada, ele pareceria sexy. Sei que é apenas uma questão de gosto, mas nunca me senti atraída por caras muito engomadinhos, que usam terno e gravata até para dormir. Nada como um visual intencionalmente desarrumadinho…
Manhattan Love Story ainda não tem previsão de estreia no Brasil.
A outra série é Red Band Society. A atração narra o cotidiano de um grupo adolescentes em um hospital nos Estados Unidos. Basicamente, ela mostra que é possível, sim, ser feliz e aproveitar a melhor fase da vida mesmo diante das restrições que a saúde lhes impõe.
Uma das personagens que se destacam é Emma (Ciara Bravo). A menina sofre de distúrbios alimentares e nós acompanhamos a luta dela para ganhar peso. Não é de hoje que esse tema vem sendo discutido e, com certeza, ele continua em pauta. A aparência “perfeita” ainda é o objetivo de muitas jovens, principalmente em tempos de redes sociais. Emma tem um visual que a gente chama de indie – ou alternativo – com o chapéu coco, camisa social e casaquinho sobreposto. Cardigãs listrados e camisetas com mensagens engraçadas também têm vez no closet dela.
A dramédia não tem data marcada para chegar à TV brasileira.
O estilo “mãezona” da Dona Nenê, de ‘A Grande Família’
05/09/2014, 14:05. Gabriela Pagano
Estilo
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Na próxima quinta-feira (11/9), a série A Grande Família se despede de vez dos espectadores brasileiros depois de 13 anos e 14 temporadas no ar. É um sentimento agridoce. Embora o seriado da Globo tenha nos rendido deliciosas gargalhadas ao longo dos anos, despedidas, quase sempre, são dolorosas. “Pirraça pai! Pirraça mãe! Pirraça filha! Eu também sou da família, eu também quero pirraçar.” Ainda que a gente se sinta parte do clã Silva, tamanha a intimidade conquistada em mais de uma década, nem adianta espernear: tudo o que é bom chega ao fim. Pelo menos, essa atual versão do programa chegará, já que a série original, com outros atores, foi ao ar na década de 70. Quem sabe venham algumas outras pela frente…
A Grande Família, como a conhecemos agora, estreou no dia 29 de março de 2001 na grade da Globo e se consagrou a série brasileira que mais tempo ficou em exibição. A história da família carioca de classe média, acostumada a viver com escassos luxos – muitas vezes, conquistados com anos de economia -, retratou não apenas o cotidiano de uma família típica do Rio de Janeiro, mas das famílias Silva espalhadas pelo Brasil inteiro. O sucesso foi imediato. Talvez porque, se utilizando de uma narrativa única, a televisão nos mostrava que era possível, sim, ser feliz com pouco – e muito feliz!
Com porções generosas realismo e uma pitada de romantismo, a receita parecia infalível. Na Grande Família, “gente como a gente” experimentou, semanalmente, histórias incríveis e para lá de especiais; inesquecíveis. E se consideramos todos os treze anos que o seriado ficou no ar, podemos até dizer que a “alegria de pobre”, quem diria, durou bastante! Personagens como Floriano (Rogério Cardoso), Tuco (Lúcio Mauro Filho), Bebel (Guta Stresser), Agostinho (Pedro Cardoso) e Lineu (Marco Nanini) vão ficar para sempre na memória de Oliveiras, Cavalcantes, Bastos, Paganos e detentores de tantos outros sobrenomes por aí. Não, eu não me esqueci da Dona Nenê (Marieta Severo). É justamente ela a homenageada da coluna Estilo do mês de setembro!
A matriarca do lar mais aconchegante do Brasil é do tipo que dedica tempo integral para cuidar da família – e, muitas vezes, esquece dela mesma. Não é raro ver Dona Nenê abrir mão das próprias vontades, sem hesitar, para deixar os filhos contentes. Ela é do tipo “mãezona” mesmo! Aposto que muita gente reconhece a própria mãe em Dona Nenê, mesmo que a mãe nem seja tão classe média assim. Amor de mãe é universal, não escolhe raça, religião ou classe social. E Dona Nenê dispensava qualquer vaidade para se ocupar em deixar seu lar mais feliz. Para fazer de sua casa… um lar.
Por isso, no primeiríssimo episódio de A Grande Família, ela apareceu, digamos, descabelada, usando um conjuntinho de gosto duvidoso, como tem que ser, de camiseta de bolinhas e bermudas, bem simples para faxinar a casa. Na ocasião, Bebel travou uma discussão histérica com Agostinho ao flagrá-lo com uma revista de “mulher pelada”. Revista que Lineu acabou pegando emprestada… O episódio recebeu o divertido nome de “Meu marido me trata como seu eu fosse uma geladeira”.
Nenê sempre foi adepta do autêntico estilo “dona de casa”. Os cabelos de comprimento médio dispensam grandes cuidados, mas, de início, eram protegidos com lenços. Ela também gosta de vestidos tubinhos, que podem ser usados dentro de casa ou até mesmo para uma rápida ida à feira, de última hora. As camisas de botão também dão conforto e praticidade à vida da personagem. Além disso, as estampas florais são, definitivamente, uma preferência da Dona Nenê.
O visual da personagem foi inspirado nos anos 50, época marcada pela feminilidade e elegância (passado o difícil e restritivo período da Segunda Guerra, as mulheres podiam, finalmente, voltar a usar alta costura). A partir de 2009, no entanto, os figurinistas da série decidiram arriscar um pouco mais. Nenê começou a usar decotes um pouco mais profundos e acessórios, como pequenos pingentes até maxi colares.
Em 2012, ela mudou o corte do cabelo, que ficou mais moderno e curtinho. O vestido tubinho nunca saiu do guarda-roupa da personagem.
Isso não quer dizer que Dona Nenê não sabia ousar. Quando ela decidia fazer isso, as risadas eram certas. E, aí, dá para lembrar de duas ocasiões divertidas. Na primeira, Nenê deixou a estampa floral de lado para apostar no “animal print”! É que a dona de casa decidiu fazer um ensaio sensual depois de ter sido chamada de “careta”. Uma verdadeira ousadia – de todas as partes!
Em outro episódio, Lineu (re)montou uma banda de rock de nome sugestivo: os Fiscais do Ritmo. E, aí, Dona Nenê encarou a clássica jaqueta de couro (vermelha, ainda por cima!).
Mas se a ocasião pedia uma “roupinha melhor”, Dona Nenê também não fazia por menos. A estampa floral ficava ainda mais elegante com o decote de renda 3D. As jóias, provavelmente guardadas na caixinha apenas para ocasiões especias, saiam de lá e davam muito charme à matriarca Silva.
A gente sempre lê nos jornais que a classe média brasileira está viajando mais. Ao longo de seus treze anos de exibição, a Família Silva “da série” também foi experimentando todas as mudanças no estilo de vida dos “brasileiros da vida real”. A muito custo e longas economias, Lineu e Nenê conseguiram fazer uma viagem internacional. O destino foi Buenos Aires… Aposto que até Cristina Kirchner ficaria com inveja da Dona Nenê nesse lindo echarpe vermelho, não?
É isso. Se, lá no primeiro episódio de A Grande Família, Dona Nenê nos foi apresentada como “meu marido me trata como se eu fosse uma geladeira”, a gente pode dizer que, depois de todos esses anos, ela derreteu nossos coraçõezinhos com tanta devoção à família. Todos nós nos sentimos um pouquinho filhos da Dona Nenê – e das Donas Nenê’s do mundo. Na próxima quinta-feira, todos nós ficaremos um pouquinho órfãos dessa matriarca a quem adotamos como mãe. A gente foi uma família muito unida…
Terapia elegante II: a charmosa sala do Theo, de ‘Sessão de Terapia’
01/08/2014, 17:05. Gabriela Pagano
Colunas e Seções, Estilo
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Imagine acompanhar, literalmente, uma sessão de terapia por vinte minutos. Assim mesmo, de forma orgânica. O personagem senta no sofá e começa a falar, falar, falar e falar. O que poderia parecer insuportável é, na verdade, a fórmula de uma das séries mais bem sucedidas dos últimos anos. Uma série, não; várias. É que, no próximo dia 4 de agosto, o canal GNT estreia a terceira temporada de Sessão de Terapia. O seriado dirigido por Selton Mello é adaptação de uma série israelita, Be Tipul, que tem diversas versões espalhadas pelos quatro cantos do planeta, incluindo a americana In Treatment.
E como muita gente está ansiosa para a reestreia de Sessão de Terapia na próxima segunda-feira (me incluam nessa!), acho que faz todo sentido falar do seriado na edição de agosto da coluna Estilo. Até porque, em março, quando Hannibal voltou a ser exibida no AXN Brasil, a gente falou da sala de terapia do Dr. Lecter (está aqui). Então, vamos falar da sala tupiniquim também! Uma coisa eu posso assegurar: o gosto para decoração do Dr. Theo Cecatto (Zécarlos Machado) não fica atrás, no quesito charme, em comparação ao refinado Dr. Lecter! Afinal, se vamos passar uma temporada inteira dentro de uma mesma sala, que ela seja aconchegante…
Na primeira temporada de Sessão de Terapia, o Theo tinha o consultório em um cômodo anexado à casa em que morava com a esposa e os filhos. O que eu mais adorava no lugar eram as paredes com tijolinhos aparentes, bem no estilo londrino, que é um charme só! Se, na sala do Hannibal, o que eu mais amava era o mezanino, no consultório do Theo minha paixão eram os tijolinhos, definitivamente! Quando eu tiver minha casa, com certeza, a sala vai ser assim, nem que eu tenha que sair destruindo a parede! E os tijolos aparentes dão um ar rústico ao ambiente, que pode ser equilibrado ou contrastado com os móveis, com o tipo de sofá, mesas que você escolher. A sala também era cheia de janelas enormes e portas, que fortaleciam ainda mais essa ideia de arquitetura londrina, nova iorquina. A moldura das portas, aliás, eram grossas e de gesso, bem acabadas, que iam ao oposto da impressão de “incompletude” causada pelos tijolinhos. Uma luminária pendente no teto também dava ideia de inacabado – afinal, as pessoas estavam ali justamente para tratar as pendências da vida, assuntos não concluídos.
O Dr. Theo não usava aquele famoso divã e os pacientes se acomodavam em um sofá que, dependendo da iluminação, parecia avermelhado, cor de tijolo ou burgundy. E se em Hannibal as cores davam informações ao espectador, em Sessão de Terapia não é diferente. Nas fotos promocionais da primeira temporada, por exemplo, Theo aparecia com uma camisa no mesmo tom do sofá e das paredes, afinal, a sala e os personagens pertenciam a ele, de alguma forma. Outra coisa legal é que a mulher dele, Clarice, aparece com um trench coach xadrez. Tem coisa mais londrina?
Assim como o Dr. Hannibal Lecter, o Dr. Theo tem muitos livros, que se dividem na sala entre prateleiras, cômodas e estantes. Até o trilho da porta de correr serviu para guardar algumas obras. A sala é bastante ampla e, por isso, tem muitos móveis dispostos (sofás, prateleiras, escadas, mesas de canto, abajures, mais de um tapete, etc.). Pequenos quadros também estão por toda parte (e não apenas nas paredes) e confirmam essa ideia de “bagunça organizada” do consultório.
Por falar em objetos espalhados, uma coisa interessante é que o Theo tem várias miniaturas de “alguma coisa” sobre os móveis. Os barquinhos são, provavelmente, os mais recorrentes e não é para menos: na primeira temporada, a gente ainda não sabia, mas o barco e o mar significariam algo importante para o Theo no futuro.
A roda-gigante e uma ampulheta (metáforas da vida?) e um corpo nu, como o próprio paciente em uma sessão de terapia, dão poesia ao lugar sob a perspectiva dos espectadores mais atentos. Outra coisa que chama a atenção é quantidade de luminárias e abajures em um mesmo cômodo!
E, agora, meu cantinho preferido da sala do Theo: a mesa do café. E não pense que era um cantinho qualquer, não. Como constatou o Breno, um dos personagens mais marcantes de toda a série, “seu café revela muito sobre você.” Se você assistiu ao seriado, aposto que nunca mais preparou um café do mesmo jeito…
Já no segundo ano da série, o terapeuta se mudou de casa e fomos levados a um novo consultório. O lugar é levemente mais elegante que o da primeira temporada, na minha opinião. Até porque, a essência continuou igual – a sala pode ser diferente, mas o dono é o mesmo, não é?
O novo consultório também tem paredes com tijolos aparentes, mas dessa vez eles foram pintados de branco, dando um visual mais “limpo” ao lugar (e à nova fase na vida do psicólogo). As cômodas de canto e os barquinhos também vieram na mudança do Dr. Theo. A maioria dos móveis, aliás, foram mantidos. O sofá é a exceção mais evidente, já que, agora, é mais discreto no ambiente, acinzentado. Há, ainda, uma pequena copa ao fundo, com armários embutidos.
Um aparador atrás do sofá dá elegância à sala e serviu para acomodar alguns livros (algo útil quando se tem vááários):
A nova sala do Theo também tem janelas grandes e cortinas que lembram bastante as da sala do Hannibal (não quero ficar comparando, mas os dois ambientes têm muito em comum).
Para a terceira temporada, que estreia dia 4, pouquíssimas mudanças devem ser feitas, já que Theo vai ficar no mesmo endereço. O GNT inclusive liberou um vídeo com os bastidores da construção do cenário para esse novo ano. Está bem legal!
A terceira temporada de Sessão de Terapia irá ao ar de segunda a sexta, às 22h30, no GNT. Uma novidade desse ano é que, pela primeira vez, a série irá apresentar histórias e personagens inéditas (e não adaptadas do seriado original).
Veja outras versões de Be Tipul:
O estilo fatal de Eva Green dentro e fora das telas
03/07/2014, 21:18. Gabriela Pagano
Colunas e Seções, Estilo
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“Eva Green é tão linda que chega a ser indecente.” A frase em questão foi dita pelo diretor italiano Bernardo Bertolucci, que “descobriu” Eva e a lançou para o estrelato em 2003, ano em que ela protagonizou o filme Os Sonhadores, dirigido por ele – até então, a atriz nascida em Paris tinha feito apenas teatro. Pois bem, a frase foi dita por ele, mas poderia, muito bem, ter sido proferida por qualquer pessoa na face da Terra. Há mais de uma década, Eva Green conquista espectadores do mundo inteiro no cinema e, mais recentemente, na TV. A atuação dela em Penny Dreadful, aclamadíssima série estreante do Showtime – exibida pela HBO, no Brasil – vem sendo apontada como o grande destaque do programa. Não é para menos. Além de um talento indiscutível para as artes dramáticas, Eva ainda tem indiscretos olhos azuis, grandes e redondos, usa cabelo castanho desgrenhado – apesar de ser loira naturalmente -, e não é exatamente baixa, com 1.68 m de altura. Combinações que fazem a presença dela ser forte e marcante. Por que estou dizendo tudo isso? Amanhã, essa atriz vencedora do BAFTA, pelo filme 007 – Casino Royale, completa 34 anos!
Eva nasceu em Paris no dia 5 de julho de 1980, filha de uma atriz francesa e um dentista sueco – quem ela disse nunca ter tratado seus dentes; intimidade demais na relação entre pai e filha. Green decidiu ser atriz ainda na adolescência, quando assistiu ao filme A História de Adèle H., uma biografia sobre o amor não correspondido da filha do escritor Victor Hugo por um oficial inglês. Foi bem mais tarde, aos 23 anos, que ela chamou a atenção do mundo logo em seu filme de estreia: Os Sonhadores, que tem Michael Pitt (Hannibal) e Louis Garrel completando o trio de protagonistas, gerou bastante polêmica por causa das cenas eróticas. A sensualidade de Eva nunca passou despercebida. Tanto que ela foi escalada para viver a Bond Girl no filme Casino Royale, de 2006, e já foi apontada como a quarta maior Bond Girl de todos os tempos por uma revista especializada.
Nem mesmo no longa Sombras da Noite, do diretor Tim Burton – conhecido por criar uma atmosfera particularmente sombria em seus trabalhos -, a “fatalidade” de Green foi ignorada e ela protagonizou divertidas cenas de sexo com o vampiro interpretado por Johnny Depp. Talvez ela já estivesse ensaiando para a grande performance em sua carreira televisiva. É que Penny Dreadful, sua atuação mais expressiva na telinha, é povoada por seres do mundo obscuro de Londres e Eva Green não tem pudor ao fazer cenas de nudez e sexo – mas, dessa vez, sem nenhuma dose de humor.
Diante de toda a personalidade, talento e beleza estonteante dessa atriz, seria impossível não homenageá-la na coluna Estilo de julho, uma vez que Eva merece, com certeza, o título de aniversariante mais estilosa do mês! Por isso, a partir de agora, a gente vai analisar as produções de Green dentro e fora das telas.
SOMBRAS DA NOITE (2011)
Em Sombras da Noite, para viver a vilã Angelique, Eva usou um tom de cabelo loiríssimo, que quase se misturava com a pele pálida de sua personagem. Os olhos esfumaçados de preto e o batom vermelho contrastavam com a falta de cor.
Na premiere do filme, em Los Angeles, Green escolheu um vestido da coleção de Tom Fontana, longo e bordado com pedras. Na ocasião, já com os cabelos escuros, ela optou por um coque parecido com aquele usado por Vanessa, em Penny Dreadful.
007 – CASSINO ROYALE (2007)
As bond girls são conhecidas pela sensualidade. E é claro que Eva Green não teve nenhuma dificuldade em interpretar a agente secreta no filme protagonizada por Daniel Craig.
Na sequência abaixo, Green aparece com os cabelos soltos e um lindo vestido na cor berinjela, com decote profundo tanto nos seios quanto nas costas – obviamente, ela conquistou todos os personagens em cena!
Para promover o longa metragem, em Paris, ela escolheu um vestido preto fluido, com transparências e pedras, além dos ombros marcados. O batom vermelho é queridinho da atriz. Funciona bem para ela, né?
300 – A ASCENSÃO DE UM IMPÉRIO (2014)
Todo fã de séries e quadrinhos sabe bem da importância da Comic Con em San Diego. Além disso, o evento vem atraindo cada vez mais as estrelas do cinema. Eva Green esteve na última edição da convenção para divulgar 300 – A Ascensão de um Império, em que contracenou com o brasileiro Rodrigo Santoro.
Um vestidinho azul bic, até os joelhos, e com um modesto decote no colo valorizou toda a beleza da atriz, que ainda ostentava uma estilosa franjinha.
CAMELOT (2011)
Talvez, nem todo mundo saiba, mas o primeiro papel de Eva Green na TV foi como a feiticeira Morgana, na minissérie Camelot, que narrava a famosa história do Rei Arthur. Tem como não se sentir enfeitiçado por ela?
PENNY DREADFUL (2014)
É em Penny Dreadful, no entanto, que a atriz caiu de vez no gosto dos apaixonados por televisão. Na série, ela interpreta a misteriosa Vanessa Ives, uma mulher forte e que chama a atenção das forças ocultas que vivem no submundo londrino – aparentemente, Drácula está atrás dela. Vanessa é elegante, sempre usa saias e vestidos com rendas e tecidos finos, além de cabelos presos, para tirar um pouco da sensualidade (se é que isso é possível).
Na premiere da série, Eva não deixou a transparência nos sets de filmagem e usou uma criação do estilista libanês Elie Saab.
Já em um encontro com jornalistas em Londres, ela optou por um vestido cheio de babados e tules, que, na minha opinião, foi uma decisão muito mais acertada.
O próximo trabalho de Eva Green é no filme Sin City: A Dama Fatal, que estreia em agosto – e, adivinhem, já teve um de seus pôsteres censurado nos Estados Unidos por mostrar a atriz nua (pelo menos, não dá para dizer que o título do longa não combina com ela…). Já Penny Dreadful foi renovada para a segunda temporada e retorna em 2015.
O estilo “apaixonado”
06/06/2014, 20:07. Gabriela Pagano
Colunas e Seções, Estilo
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Para quem não tem namorado, junho é o mês das festas juninas, tempo de enfiar o pé na jaca – digo, no pé de moleque, quentão, pipoca, bolo de fubá, chocolate quente… – e aproveitar as guloseimas do mês mais gostoso do ano. Para quem namora, entretanto, esse mês tem um gostinho ainda mais especial: no próximo dia 12, é Dia dos Namorados. Aaaaaaah! E como não dá para deixar a data passar em branco vermelho é a cor da paixão, a coluna Estilo desse mês está toda… sentimental.
Nessa edição, a gente não só quer agradar o coração dos shippers de plantão – existe coisa mais emocionante do que shippar um casal da telinha? -, como também quer mostrar que, quando se ama alguém, nada mais importa. Quem ama de verdade não não liga para cor, tipo de tecido, preço de grife… e muito menos para idade, raça, religião ou opção sexual. Como diria Mario Quintana, “Tão bom morrer de amor! E continuar vivendo…”
Blair e Chuck – Gossip Girl
Não adianta! A série Gossip Girl é uma constante nas edições dessa coluna, mas não dá para evitar. O seriado da CW foi um dos mais fashionistas de todos os tempos e ditou tendências que sobrevivem até hoje, depois do cancelamento da atração. No Upper East Side de nova Iorque, onde a série se passava, o casal Chuck e Blair sempre foi um dos preferidos do público. O casalzinho, de início, era bem improvável, já que eles começaram a primeira temporada fazendo mais uma parceria de vilanias do que de amor, propriamente dito. Mas, ao longo dos anos, os dois tiveram idas e vindas e o amor acabou prevalecendo, no final de tudo.
Além de terem personalidades cool, eles também eram os mais estilosos dentre os personagens da série! Blair não tinha um estilo definido – ela ia desde o visual romântico, passava pelo “lolita” e aparecia até em looks com pegada rock ‘n’ roll – e era a maior inspiradora de tendências do programa. Os vestidos florais prevaleciam, assim como as meias-calças (quem não se lembra da moda das meias-calças coloridas?). Chuck fazia o mesmo estilo da namorada – moderno, sem perder a linha. Era comum ver o personagem em camisas com estampa xadrez e suspensórios, já que, embora ele fosse jovem e usasse visuais divertidos, ele também era herdeiro de uma das famílias mais importantes da Big Apple, não podendo, portanto, perder o equilíbrio.
Rachel e Finn – Glee
Outro casal improvável foi Rachel e Finn. Ela, menina romântica e sonhadora que queria ser uma diva da música, suspirava pelo esportista Finn, o bonitão popular da escola. E foi no palco do teatro do colégio que o amor deles cantou e encantou espectadores do mundo inteiro na aclamada série da Fox – mesmos espectadores que ficaram emudecidos com a morte prematura e inesperada do ator Cory Monteith, que interpretava o Finn, aos 31 anos. O amor de Rachel e Finn era tão especial que transcendeu as telinhas e foi parar no mundo real. Lea Michele e Monteith formavam um dos casais mais queridos e talentosos de Hollywood.
Na série, a Rachel, como eu disse antes, era uma jovem romântica e cheia de sonhos. Isso se refletia no figurino da personagem, que usava estampa de poá (ou bolinhas), babados, aconchegantes cardigãs e cabelos escovados. Finn parecia um verdadeiro príncipe encantado: era alto, tinha o cabelo bem cortado e alinhado e usava suéteres que caiam com perfeição em seu corpo atlético. Era impossível não suspirar por esse casal!
Ned e Chuck – Pushing Daisies
Está para existir casal mais chameguinho do que Ned e Chuck, de Pushing Daisies. E se tem um amor que pode ser chamado de “improvável” é o deles! Na série cult criada por Bryan Fuller (Hannibal, Dead Like Me), Ned era um confeiteiro que tinha dedos mágicos. Não, não estou dizendo que ele tinha um talento único para preparar as tortas vendidas no Pie Hole. É que o personagem interpretado por Lee Pace tinha um talento especial: ao tocar uma coisa morta, ela viveria novamente. Se ele a tocasse mais uma vez, então, essa “coisa” (que poderia ser desde uma pessoa até uma planta) morreria para sempre. No primeiro episódio, Chuck – o amor de infância de Ned – é assassinada e ele decide trazê-la de volta à vida. A partir de então, eles nunca mais devem se tocar – ainda que sejam apaixonados e vivam sob o mesmo teto. Dizem que o amor tem desses sacrifícios…
Ned fazia a linha “certinho e tímido”, por isso, suas roupas nunca chamavam muita atenção. Ele usava camisas e casacos em tom neutro, cabelo desgrenhado – como quem não liga para isso – e, claro, o tradicional avental branco, de confeiteiro. Chuck também era uma moça romântica, apaixonada por abelhas. O figurino dela tinha tons pastéis – como o próprio amarelo -, e vermelho, mostrando que, apesar da meiguice, Chuck sabia muito bem o que queria da vida – afinal, ela já havia a perdido uma vez.
Alana Bloom e Hannibal Lecter – Hannibal
Apesar de exercerem a mesma profissão – a Psiquiatria -, não dá para dizer que a Dra. Alana Bloom e o Dr. Hannibal Lecter são exatamente um casal com grandes probabilidades. Desde o começo da série, Alana deixava claro que não concordava com a metodologia de tratamento adotada por Hannibal e se preocupava com a influência que ele exercia sobre Will Graham, o agente especial do FBI por quem ela arrastava um bonde inteiro! Mas como Will se tornou, cada vez mais, um homem problemático e cuja sanidade mental era mais do que questionada, a Dra. Bloom, arrasada, foi buscar consolo logo nos braços do “melhor amigo” dele. É de se compreender: apesar de o personagem ser ultra engomadinho, Mads Mikkelsen, que interpreta o famoso serial killer, é um dos atores mais charmosos da atualidade.
Alana é uma mulher bem-sucedida de trinta e poucos anos, trabalha para o FBI e tem sempre um semblante sério. O figurino dela, portanto, é composto majoritariamente por cores sóbrias – verde e azul escuro, por exemplo. Como a série é gravada no Canadá, uma região bastante fria do planeta, a personagem está sempre vestindo um trench coat, que garante toda a seriedade e elegância que uma agente federal precisa ter. Hannibal não fica distante disso. O personagem criado pelo escritor Thomas Harris é um homem refinado, conhecedor da cultura erudita, e não tem um fio de cabelo fora do lugar. O Dr. Lecter da série tem uma coleção de ternos (e gravatas) de fazer inveja a qualquer homem e o de estampa xadrez é um must have.
Mas, se na série da NBC, Hannibal é todo alinhadinho, o mesmo a gente não pode dizer sobre os bastidores…
Ned e Felix – The Normal Heart
Nos anos 80, período em que o telefilme The Normal Heart se passa, a história de amor entre Ned (Mark Ruffalo) e Felix (Matt Bomer) era bastante improvável – e eles tiveram que não só lutar pelos direitos dos homossexuais, como pela própria vida, já que o filme conta a história do surgimento da AIDS. Hoje, mais de trinta anos depois, felizmente, essa história parece bem mais provável (embora haja, sim, muito o que se conquistar pelos direitos dos homossexuais). O telefilme da HBO, dirigido por RYan Murphy (criador de Glee) e que estreou no mês passado na grade da emissora, vem recebendo a aclamação crítica que merece e, também, vem comovendo audiências no mundo inteiro. Taylor Kistch, Jonathan Gross, Jim Parsons e Julia Roberts completam o elenco.
Na trama, Ruffalo dá vida ao polêmico escritor Ned Weeks, inspirado no ativista Larry Kramer. Ned não tem vergonha nenhuma de sair gritando por aí que é gay e luta, com todas as forças, para salvar homens e mulheres do vírus da AIDS, que já matou centenas de milhares. Ele não liga para a aparência, não tem corpo atlético e ostenta um estilo de se vestir bastante básico. Nada disso impede que ele se apaixone – e seja intensamente correspondido – pelo jornalista Felix Turner, um homem lindo e bem vestido, que trabalho no prestigiado The New York Times.
O telefilme é inspirado na peça da Broadway que já havia comovido os nova-iorquinos alguns anos atrás. Se você ainda não viu, fica a dica: é um filme lindo para ver com o namorado ou a namorada.
E muito amor para todo mundo! =]
O primeiro trench coat a gente não esquece…
02/05/2014, 10:00. Gabriela Pagano
Colunas e Seções, Estilo
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A escolha do tema para a coluna Estilo desse mês de maio teve um motivo bastante pessoal. Na semana passada, fiz 24 anos – sim, “tenho sonhos adolescentes, mas as costas doem…” – e ganhei um trench coat de presente da minha mãe. O trench coat (também conhecido como “sobretudo”) é aquele casaco elegante, cujo comprimento pode ser acima do joelho ou até mesmo na altura das panturrilhas, com múltiplos botões na frente. Já fazia algum tempo que eu ensaiava comprar um, mas como o frio no Brasil não é muito rigoroso e o trench coat, como a maior parte das peças de inverno, não é exatamente suuuuper barato, sempre deixava para o “próximo ano” (para não dizer que nunca me rendi, tenho um vermelho de lã, basiquinho, para o dia-a-dia mesmo). Mas, dessa vez, minha mãe deu um empurrãozinho e mal posso esperar para que o frio aperte e eu possa estreá-lo! Disse isso porque lembro de várias e várias vezes em que um personagem de filme – e, especialmente, de série – apareceu ostentando o casaco e eu fiquei ali, babando, completamente apaixonada por ele. E o primeiro trench coat a gente nunca esquece…
“Trench”, em português, quer dizer “trincheira” e “coat”, na tradução, significa “casaco”. É que o modelo, do qual as marcas inglesas Burberry e Aquascutum “brigam” pelo título de criadoras, foi utilizado pelos soldados britânicos durante a Primeira Guerra Mundial. O casaco, que originalmente apresentava um forro xadrez e dez botões na frente, protegia os militares do frio e ainda dispunha de bolsos e divisórias próprias para que os soldados pudessem guardar objetos como mapas e armas. Mais tarde, quando o conflito já havia acabado, os militares continuaram a usar o trench coat, que se tornou popular entre homens e mulheres da época. De lá para cá, a peça nunca mais saiu de moda e novos modelos foram sendo criados. Mas foi há uns quatro ou cinco anos, quando a tendência militar voltou a dominar as passarelas do mundo inteiro, que os casacos viraram um verdadeira febre e teve Kate Middleton, a mulher do Príncipe William e It girl soberana, como uma das maiores adeptas.
Por isso, vale investir nos trench coats nas compras de inverno desse ano. Além de eles serem lindos, eles costumam ser reforçados e vão durar por muitas temporadas – e o melhor: sem sair de moda! Na telinha, as inspirações são diversas e estão em séries de comédia até as mais fashionistas, como Gossip Girl. Mas o interessante é que são justamente personagens de séries de ficção científica e fantasia que mais aparecem usando o modelo. Muitos deles vestem o trench coat a série inteira.
1) Fringe
Fringe é um exemplo clássico. No seriado, diversos personagens usaram constantemente o casaco. Olivia Dunham (Anna Torv) e o Dr. Walter Bishop (John Noble) até apareceram em pôsteres do programa com o modelo. Na foto abaixo, o trench coach de Olivia, ao invés de botões, possui zíper na parte frontal. Acho que fica bem menos charmoso, mas é mais prático de vestir (abotoar e desabotoar exige muita coordenação, verdade).
Peter Bishop (Joshua Jackson) e Nina Sharp (Blair Brown) também investiram em versões do modelo:
2) Buffy – The Vampire Slayer
O vampiro Spike (James Masters), de Buffy – A Caça Vampiros, preferia as peças de couro, que davam ar rebelde ao visual.
3) Angel
Também não era raro ver Angel (David Boreanaz), da série Angel – um spin-off de Buffy – vestindo o trench coat.
2) The X-Files
Os agentes Danna Scully (Gillian Anderson) e Fox Mulder (David Duchovny), da série cult Arquivo X, vestiram o casaco com os botões abertos. E fica a dica: usá-lo assim ajuda a disfarçar aquelas gordurinhas.
5) Supernatural
O trench coat é uma das marcas registradas do anjo Castiel (Misha Collins) em Supernatural. O modelo usado por ele é bem clássico: da cor bege, com botões na frente e lapela.
6) Doctor Who
O décimo Doutor, interpretado por David Tennant, também tinha um trench coat: que foi presenteado pela cantora Janis Joplin!
6) Sherlock
O casaco de Sherlock Holmes é, provavelmente, um dos mais famosos da TV e da literatura. O utilizado pelo ator Benedict Cumberbatch, na série aclamada da BBC Sherlock, alonga a silhueta e ainda dá um ar de versatilidade ao personagem.
9) Bates Motel
A cada temporada, a matriarca Norma Bates (Vera Farmiga) – da série inspirada em Psicose – anda mais estilosa.
Mas o meu preferido (!!!) mesmo é o azul que ela usou no S02E08:
Norma usou o trench coat fechado, marcando a cinturinha, o que ajuda a alongar a silhueta. Para os dias menos frios, dá até para usar como vestido, sem calça ou meias por baixo.
10) Suits
A Jessica (Gina Torres), de Suits, tem alguns casacos no guarda-roupa, mas o modelo na cor burgundy (ou vinho) tem um charme a mais e dá destaque à pele negra da atriz!
11) Revenge
A elegantééérima Victoria Grayson (Madeleine Stowe), da série Revenge, também já usou diversos modelos de trench coat. Mas foi um da grife Burberry, verde e com laço na cintura, que causou burburinho entre os espectadores. O mesmo trench coat foi usado por Donna (Sarah Rafferty) em Suits. O modelo custa nada menos do que 5 mil dólares. Para quem pode!
12) Pretty Little Liars
E quem não se lembra da foto clássica de Pretty Little Liars?
13) Gossip Girl
A queridinha Blair Waldorf (Leighton Meester) não podia ficar de fora. Durante as seis temporadas em que Gossip Girl ficou no ar, ela usou incontáveis modelos de trench coat. O mais moderninho era esse verde, sem mangas e com bolsos e botões grandes na frente. O lenço de poás deu um ar vintage à produção. Tem como não amar?
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O mais legal do trench coat é que dá para criar visuais diferentes usando a mesma peça. Dá para combiná-lo com lenços de pescoço, meia-calça, calça jeans, saia, vestido, bota de cano alto, scarpin… Uma infinidade de coisas! E o melhor, ele se adapta a qualquer tipo de corpo (as mais baixinhas devem preferir modelos mais curtos, assim, ele não vai encurtar a silhueta). E que venha o frio! Brrrrrrrrr….
“Suit Up”: mulheres também podem usar terno e gravata!
05/04/2014, 08:04. Gabriela Pagano
Colunas e Seções, Estilo
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Girls Vs. Suits. Quem é fã da série How I Met Your Mother – que chegou ao fim na última segunda-feira, 31 de março, nos Estados Unidos -, sabe que esse foi o título de um episódio do programa. O 12º episódio da quinta temporada, mais precisamente. Daí, você que não assiste à série, pode me dizer: por favor, o seriado teve NOVE temporadas, como é que alguém pode se lembrar desse detalhe?! É que justamente esse capítulo foi um dos mais engraçados da história da série. Na ocasião, o Barney (Neil Patrick Harris), um aficionado por ternos, precisava se desapegar de seu xodó para pegar outra coisinha… uma bartender que tinha trauma de homens engravatados!
É que Barney era um mulherengo de primeira e ainda não tinha ficado com uma bartender e, para cumprir esse objetivo de vida, ele precisava prometer à moça que iria se desfazer de todos os ternos. A paixão dele pela roupa era tão grande que deu origem à expressão “Suit up!” (suit é terno, em inglês). Se ele preferiu a mulher ou a gravata eu não vou contar aqui, mas é fato que o resultado disso foi uma das cenas mais legais (e musicais) da TV nos últimos anos.
E como muita gente já deve estar com saudade do engravatado mais galanteador da telinha, a coluna Estilo de abril vai mostrar que, na vida real, Barney não precisaria escolher entre uma mulher e um terno, ele poderia ter os dois juntos, no mesmo corpinho. É que já se foi o tempo em que terno e gravata eram peças exclusivas do guarda-roupa masculino. Hoje em dia, as grifes mais renomadas criam modelos com caimento perfeito para as formas do corpo feminino. Muitas das atrizes estonteantes que vemos nas séries de TV investem no visual, sem medo, em premiações e eventos públicos. O resultado é que elas ficam mais fatais do que nunca!
Leighton Meester, mais conhecida por interpretar a Blair, de Gossip Girl, é provavelmente um dos casos mais famosos de mulheres que usam terninho – também conhecidos como tuxedo. Durante um evento em Nova Iorque, ela apareceu com um modelo clássico: um terno folgadinho, preto, gravata com nó frouxo e… salto alto! Apesar disso, foram as jóias que conferiram delicadeza ao visual da atriz.
Jennifer Morrison, a Emma de Once Upon a Time, também preferiu investir no pretinho básico. Mas, diferentemente da Leighton, ela escolheu um modelo mais coladinho ao corpo e calça mais longa – já que a eterna Blair apostou no comprimento midi, até o tornozelo.
Já a Emma da vida real – a Emma Roberts, de American Horror Story: Coven – decidiu ousar mais ao escolher um terninho para um evento da Vogue – afinal, trata-se de uma das revistas de Moda mais importantes do mundo. Roberts também usou uma calça midi, mas brincou com as estampas em losango e, para dar ainda mais humor ao look, escolheu um óculos retrô e clutch vermelha.
No entanto, ninguém ganha da Ashley Greene – que participou da série Pan Am e é mais conhecida pelo filme Crepúsculo – no quesito “ousadia”. O que dizer da combinação blazer + calça vermelha risca de giz e camisa listrada por baixo? Deve ter quem aprove…
Blake Lively, também da série Gossip Girl, é conhecida por ser uma mulher sensual e com corpo curvilíneo. E ela simplesmente estava “vestida para matar” nesse terninho azul klein, que ganhou feminilidade com a transparência nos ombros, feita de renda. Blake estava tão fatal, nesse dia, que até dispensou a camisa por baixo do blazer e saiu assim mesmo, toda trabalhada no decote profundo.
E pelo jeito o azul é o novo preto. Quem também escolheu a cor para sair de tuxedo foi Taylor Schilling, da série Orange is the New Black, da Netflix. Ela foi mais clássica e apostou em um modelo mais soltinho, no “tom sobre tom”, e ainda dispensou a gravata. Convenhamos que, ali, a única coisa dispensável mesmo foi o sapatinho de couro. Nada a ver…
As loiras, definitivamente, amam o azul (que também fica lindo nas morenas!). A atriz alemã Diane Kruger escolheu um blazer azul e gravata borboleta para desfilar sua beleza na festa de uma revista feminina. Para contrapor o visual “mais masculino”, ela optou por vestir uma saia ao invés da tradicional calça social. Ficou bem bonito!
Já para quem tem medo de ousar tanto, vale seguir os passos da meiguíssima Rachel Bilson, de Hart of Dixie. A atriz usou o clássico blazer preto e gravata, mas preferiu a calça jeans para finalizar o look e deixar com cara de informal. O chapéu coco, no estilo de Charles Chaplin, deu um toque divertido!
E você, se sentiria feminina em um terninho-e-gravata? Ou, se você é homem, acha um charme mulheres vestidas assim? Comente!
Terapia elegante: veja, em detalhes, o luxuoso escritório de ‘Hannibal’
07/03/2014, 10:00. Gabriela Pagano
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Quem frequentou as noites do canal AXN Brasil, no último ano, sabe que o escritório do Dr. Hannibal Lecter (Mads Mikkelsen), o psicólogo e canibal que dá nome à série original da americana NBC, é enorme e de muito bom gosto – com o perdão do trocadilho. Livros, esculturas de gesso e muitos quadros estão espalhados pelo lugar, reafirmando todo o charme do escritório gigante. Não é para menos. O Dr. Lecter, tradicionalmente, é conhecido como um personagem de muita elegância e refinamento.
Por isso mesmo, a gente decidiu entrar e fuçar, sem nenhum constrangimento, nos quatro cantos da sala de terapia mais “chiquetosa” e cara da televisão. A não ser que você queira virar jantar do dono do recinto, feche a porta atrás de você…
O centro da sala do Dr. Lecter é demarcado por um tapete estampado retangular. Uma grande mesa de madeira divide espaço com duas poltronas de couro preto, dessas com cara de que custaram uma fortuna e super aconchegantes, que foram colocadas frente à frente para as sessões de terapia. Sobre a mesa estão poucos objetos, organizados, que confirmam o caráter metódico de Hannibal. Uma luminária também está ali e nos dá a ideia de que o psicólogo é um homem estudioso. E não precisa ir muito longe para se ter certeza disso.
É interessante observar a importância das cores nesse contexto. Tudo na sala tem um tom esverdeado e, também, amarronzado (desde madeira até um vermelho bem escuro, quase tijolo, como veremos em imagens a seguir). Para mim, o verde remete às veias, aos vasos sanguíneos, enquanto o vermelho parece sangue envelhecido. E a importância dos tons inclui os figurinos. Na foto acima, o Hannibal veste um terno verde e a gravata é justamente avermelhada. A camisa do Will também é esverdeada e a calça não chega a se destoar, vindo, provavelmente, de uma palheta de cores semelhante. Ou seja, tanto o Will quanto o Hannibal pertencem a esse lugar, a essa sala, eles não são estranhos ali. Afinal, alguns dos diálogos mais significativos entre os dois personagens, de cumplicidade e manipulação, ocorrem nessas cadeiras. Em uma série visual como Hannibal, as cores sempre estão nos avisando algo.
Mas algumas coisas podem ser mera ilusão de ótica. Nem sempre as cores que a gente vê na tela condizem com as cores dos objetos, de fato. Ao criar os móveis da sala, por exemplo, os designers precisam ter em mente a iluminação e os filtros que serão utilizados na montagem da cena. Elementos como a luz artificial acabam por alterar a percepção que a gente tem na tevê.
A parede vermelha tem quadros com cores sóbrias, dando frieza e nenhuma vida ao ambiente – afinal, Hannibal é morte. Até mesmo as cortinas nas janelas verticais possuem o mesmo tom da parede, como se fossem manchas de sangue. O divã, nunca utilizado, está logo abaixo dela.
O sofá não é verde, mas é de um azul claro, que não chama a atenção. As figuras na parede são orientais e não sei exatamente o que elas significam. Mas quando penso em culinária japonesa, logo lembro dos cortes de carne, do sushi. E também demonstram algum repertório cultural. Além disso, no filme Hannibal – A Origem do Mal, o personagem central (então interpretado pelo jovem Gaspard Ulliel) vivia com a tia de descendência oriental, a Lady Murasaki (inspirada na escritora japonesa de mesmo nome). Cada um interprete como sentir. Ainda sobre a imagem abaixo, o fato de a jornalista estar vestida de vermelho – harmonizando com a parede atrás dela; um mar de sangue? – nos deixa alerta: ela está em perigo!
Na parte superior da sala, um mezanino, que se estende por quase todas as paredes, organiza a vasta biblioteca do Dr. Lecter. E, na minha opinião, é o que o escritório tem de mais charmoso. Eu adoro mezaninos! Já disse para minha melhor amiga, que é arquiteta, que minha casa terá um desses quando eu for ryca… Eles são uma opção criativa para dividir os ambientes e podem servir como biblioteca, ateliê (na novela Cobras & Lagartos, a personagem da Mariana Ximenes, que era perfumista, tinha um na casa dela) e já vi sendo utilizado até como espaço para as crianças brincarem. E também adoro tudo que tem escada! Acho elegante.
Uma escada comum, de madeira, dá acesso à biblioteca no alto.
Já na lateral da sala, próxima à porta, há uma estante antiga com mais livros e jarros. Mas o que chama a atenção mesmo é o alce sobre a mesa ao lado. Quem acompanha a série sabe que o animal trata-se de um motif, um elemento visual utilizado com frequência para nos mostrar que, toda vez que ele aparece, significa que o agente Will Graham (Hugh Dancy) atribui a autoria do crime ao serial killer que o FBI investiga – mesmo que durante as alucinações do genial personagem.
Mas nem sempre foi assim:
O Bryan Fuller, que é criador da série e tem um escritório de design de interiores com o namorado, liberou algumas fotos do projeto do escritório do Hannibal Lecter.
O projeto da sala do Hannibal também foi inspirado no John Soane Museum, que fica em Londres, na Inglaterra. É possível notar a mesma estrutura de pilares e os arcos nos dois lugares.
Com uma sala dessas, fica até difícil conversar sobre outra coisa senão perguntar ao Dr. Lecter onde foi que ele comprou os móveis, não?
A segunda temporada de Hannibal estreia no dia 10 de março, às 23h, no AXN Brasil.
Ele… gantérrima, minha cara Watson!
07/02/2014, 10:53. Gabriela Pagano
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Lucy Liu tem 45 anos, um corpinho de dar inveja a qualquer menina de 20 e cabelos negros esvoaçantes. A atriz, que fez o mundo babar por sua beleza na sequência de filmes As Panteras, dá vida à discreta Dra. Joan Watson na série Elementary, uma versão moderna das histórias de Sherlock Holmes (papel do Jonny Lee Miller), exibida pelo Universal Channel no Brasil.
Mas se Watson é uma mulher ponderada, centrada, como sua nova profissão de detetive-consultora exige, as roupas da personagem são joviais e descontraídas. Não pense que a ex-médica tem medo de ousar: ela adora meia-calça, saias, botas e chapéus!
E é exatamente quando vivemos o verão aqui no Brasil que, em Nova Iorque, onde a série é gravada, o inverno está em seu auge. Por isso, assistir ao programa nessa época do ano pode ser torturante, mas, para quem gosta de moda, o esforço vale a pena: Watson traz figurinos inspiradores, que, com certeza, ajudarão a criar looks estilosos quando o frio chegar aqui (Amém!).
Como eu disse antes, em nove a cada dez episódios da atração, Joan aparece usando a combinação meia-calça + saia de algodão rodada. As roupas são democráticas, uma vez que, além de se adequarem a qualquer idade, ainda caem bem em todo tipo de corpo. Quem tem as pernas muito grossas, por exemplo, pode usar meia calça preta ou escura para disfarça-las. Já em quem tem pernas finas, as meias coloridas ajudam a dar impressão de que elas são mais grossas e ainda criam um look divertido (quem não se lembra das meias vermelhas e azuis da Blair em Gossip Girl?).
Como Watson trabalha junto com Holmes na resolução dos casos, ela sabe que o detetive excêntrico pode surgir com um caso urgente a qualquer momento. Aí, não pense que ela pode correr para o quarto e se trocar. Nem pensar! Pegou o casaquinho e “bora” para a rua. Por isso, ela usa composições que se adequam fácil a qualquer situação. Se a saia e a meia-calça dão conforto mesmo dentro de casa, um cardigã ou um suéter sobreposto a uma camisa de botão dão charme e ajudam a enfrentar o frio nova-iorquino em dias menos rigorosos.
Os lenços e cachecóis também estão na lista de acessórios preferidos da personagem. E não pense que ela escolhe algo discreto, não. Para aguentar os dias mais extremos da gelada cidade americana, só mesmo muito pano no pescoço para dar conta do recado.
Casacos e sobretudos não ficam de fora e, aí, Watson é bem eclética. Ela tem desde peças tradicionais, na altura da canela e com botões grandes na frente, até casacos com recortes abstratos. Esse abaixo deixou a detetive mais fatal, parecendo uma mulher morcego, e ainda ganhou charme com a blusa de crochê colocada por baixo. A ankle boot deu mais personalidade ao visual. Watson, aliás, está sempre de salto alto.
O chapéu também faz, literalmente, a cabeça da moça. Para proteger o cabelo e o rosto do vento e do frio, Watson aposta no acessório que necessita, sim, de estilo e uma dose de coragem para ser usado.
Quatr’olhos
Confesso que de todos os itens da Watson, os óculos de grau são os que mais desejo. Moderninhos, deixando a personagem com cara de intelectual-sexy, sabe?
…E o que dizer dessa bolsa bapho?
Estampas diferentes
Watson não tem medo de misturar. Aqui, ela escolheu um vestido com listras na parte superior e estampa de zebra mais perto da barra. O casaquinho branco deu ainda mais movimento ao visual.
Para quem acha que a vida de detetive não tem seu glamour, saiba que você está enganado. E, se a ocasião pede traje de gala, Watson consegue ser mais elegante do que nunca!
Gostou do estilo de Joan Watson? O melhor de tudo é que peças parecidas com as da personagem podem ser encontradas em qualquer fast fashion, sem gastar muito! Quer ver? Todas as peças usadas na montagem a seguir foram tiradas de lojas a preços populares. Watson é uma perita da moda!
Elementary está em sua segunda temporada e vai ao ar nas noites de quinta-feira, às 22h, no Universal Channel Brasil.
Borogodó: eles são os homens barbados mais charmosos da televisão!
03/01/2014, 21:41. Gabriela Pagano
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Barba é sinônimo de “borogodó”. Borogodó é algo que uma pessoa tem – um charme a mais, uma sensualidade extra, coisas assim – que não pode ser definido em palavras. Ou pode: borogodó. A primeira vez que eu ouvi essa expressão, tinha meus 13 anos, e foi em uma novela do Manoel Carlos (Mulheres Apaixonadas?). Desde então, adotei a palavra ao meu vocabulário e sou bastante criteriosa ao usá-la, of course. Não é qualquer rapaz por aí que tem borogodó. Pode ser alto, lábios carnudos, olhos negros… Lindo! Mas se não tiver um “plus”, nada de borogodó para ele. Dito isso, um homem que deseja adquirir o tal do borogodó pode começar por deixar a barba crescer. Poucas coisas nessa vida são mais charmosas que um rosto coberto de “cabelos”.
A barba pode ser “por fazer”, “cheia”, “rala”, não importa. Barba é um charme de qualquer jeito e em qualquer lugar do planeta. E na semana em que o Dr. Watson da série Sherlock apresentou um el bigodón que chamou a atenção de vários espectadores – o visual, definitivamente, não funcionou para ele -, que tal elegermos algumas das barbas mais charmosas, bonitas, cheirosas e limpinhas da televisão? Você pode acrescentar nomes à lista nos comentários! 🙂
10) David Giuntoli (o Nick Burkhardt, de Grimm)
É só a série Grimm entrar em hiato que o protagonista da atração, David Giuntoli, de 33 anos, logo deixa a barba crescer. O visual, aprovado pelo público do programa, não pode, entretanto, ser conferido na TV – já que Nick Burkhardt, personagem de Giuntoli na série da NBC, faz a linha “policial certinho”. Mas bem que a barba “cheia” do ator dá um charme a mais a esse moreno de olhos azuis, não?
9) Tom Riley (o Leonardo Da Vinci, de Da Vinci’s Demons)
O ator britânico Tom Riley, de 32 anos, poderia quase passar despercebido se não fosse a charmosa barba que ostenta. A cabeleira no rosto do ator é na medida certa; nem pouco, nem muito. O ator é a maior prova de que a barba pode dar uma sensualidade extra mesmo aos rostos mais comuns.
8) Ian Somerhalder (o Damon Salvatore, de The Vampire Diaries)
Ian Somerhalder é aquele tipo de homem que “pararia a rua” com ou sem barba. Ele é simplesmente lindo! Mas até mesmo a perfeição pode ser “aprimorada” com o mustache. A barba do ator parece ter simetria com a sobrancelha arqueada. Um charme só… E o Ian sabe disso!
7) Tom Mison (o Ichabod Crane, de Sleepy Hollow)
O personagem Ichabod Crane foi tema da edição passada da coluna Estilo. Apesar disso, ele entrou na lista novamente, já que é inegável que trata-se de um dos homens mais charmosos da TV atualmente. Na vida real, o intérprete de Ichabod, o ator inglês Tom Mison, de 31 anos, não tem a famosa cabeleira do seriado (ele usa uma peruca, claro), mas, ainda assim, ele continua lindo de viver. Já que o motivo de tanta beleza não é o cabelo, não existe outro veredicto: é a barba!
6) Thomas Kretschmann (o Van Helsing, de Dracula)
Só existe um ator capaz de desviar nossos olhares do protagonista Jonathan Rhys Meyers, na série Dracula. E ele é Thomas Kretschmann, que interpreta o professor Van Helsing no programa. O alemão, de 51 anos, combina seu charme maduro a masculinidade da barba por fazer.
5) Mike Vogel (o Dale Barbara, de Under The Dome)
Nada poderia dar errado em Mike Vogel: ele tem cabelos loiros, olhos azuis e boca vermelha. O tipo físico angelical do ator de 34 anos, entretanto, acaba dando a impressão de que ele é ainda mais jovem. Estrategicamente, o ator optou por deixar a barbar crescer e, assim, aparentar sua real idade.
4) Jamie Dornan (o xerife Graham, de Once Upon a Time)
Outro ator jovem que usa a barba para ganhar um visual mais “maduro” é Jamie Dornan, de 32 anos. O ator, recentemente contratado para protagonizar o filme 50 tons de cinza, com certeza, estava usando barba no dia que fez o teste para o filme, digamos, “apimentado”!
3) Joe Manganiello (o Alcide Herveaux, de True Blood)
Trinta e sete anos de idade e 1, 96m de altura. Não bastasse isso, o ator americano de ascendência siciliana ainda tem uma barba das mais charmosas da telinha – quem resiste aos fios levemente grisalhos?
2) Josh Hartnett (Ethan Chandler, de Penny Dreadful)
Josh Hartnett é, provavelmente, mais conhecido pelo trabalho no cinema – quem não se comoveu com o triste destino do personagem dele em Pearl Harbor? Mas, em 2014, ele var dar as caras (barbadas, por sinal) na telinha. O ator, de 35 anos, está no elenco de Penny Dreadful, nova série de terror do canal Showtime. A nova atração ainda não tem data de estreia definida, mas, a julgar pelas fotos tiradas nos sets de filmagens, Hartnett vai estar mais cheio de borogodó do que nunca. A série também tem a diva Eva Green (Sombras da Noite) no elenco.
1) Nikolaj Coster-Waldau (o Jaime Lannister, de Game of Thrones)
E a medalha de ouro no quesito “barba mais sexy da TV” fica com o ator dinamarquês Nikolaj Coster-Waldau, de 43 anos, conhecido por dar vida ao personagem Jaime Lannister na série Game of Thrones. Nikolaj é a maior prova de que, nem sempre, barba por fazer envelhece. Eu daria bem menos idade para ele! Em 2013, ele também chamou a atenção nos cinemas, ao viver dois personagens no elogiado filme de terror Mama.
Próximo passo: ir ao banheiro e jogar qualquer barbeador que encontrar pela frente no lixo.
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