Castle – Resurrection e Reckoning

Data/Hora 23/02/2015, 21:11. Autor
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Série: Castle
Episódios: Resurrection e Reckoning
Número dos episódios: 7×14 e 7×15
Exibição nos EUA:  09/02 e 16/02/2015

Episódios duplos, como não amá-los? Ou melhor, deixa eu refazer a pergunta: episódios duplos com serial killers, como não amá-los? Nessas últimas duas semanas presenciamos o fechamento de mais uma história em Castle. Para quem esperava um empurrãozinho para finalmente escolher a sétima como uma das melhores temporadas, talvez esses dois episódios tenham ajudado e muito. Para quem esperava ansiosamente o retorno dessas duas figuras, talvez esses dois episódios tenham servido e muito. Agora, para quem conhece a série e esperava só o momento certo para colocar o desfibrilador em uso, tenho CERTEZA que esses dois episódios foram cruciais – e muito.

Logo no início de Resurrection, enquanto Lanie observava a vítima, a legista já fazia o prenúncio de algo suspeito: a vítima era familiar. Eu, com a minha cabeça de vento, não juntei A com B e não me liguei ao fato de Susan Watts ser loira, bonita, ter um passado criminoso e ter morrido estrangulada. Lanie, brilhantemente – e muito rápido, por sinal -, logo juntou as coisas e afirmou: Susan teve o mesmo fim de Pam Hodges. Quem? A falsa Lanie, de Disciple.

We’ll meet again…

Disciple, como todos lembram, terminou com aquela música assustadora ecoando pela sala de Castle, vinda do pen drive deixado pela cirurgiã plástica Kelly Nieman para Beckett. Naquela época, as suspeitas de que Nieman tinha alguma ligação com Jerry Tyson (o maldito 3XK) eram enormes, mas nada comprovado. Até que, um ano depois, mais uma vítima com as mesmas características das vítimas de Tyson foi encontrada e, olhem só, Nieman estava metida no meio da história. Não faltou muito para que Beckett a encontrasse, muito menos para que as memórias de Nieman e Tyson entrassem pela cabeça da detetive e do escritor como duas sombras do passado que retornavam sem modéstia alguma.

Pra mim, um dos melhores momentos do episódio foi a cena entre Castle e Tyson – ou Michael Boudreau, como ele insistia em ser chamado – na cela. No passado não muito distante, Tyson tentou incriminar Castle e agora eles estavam ali, no mesmo lugar, mas em situações diferentes. Obviamente, a ligação entre Tyson e a doutora, após as evidências, ficou muito clara. Chega ser inacreditável, e um tanto quanto doentio, imaginar que Kelly preparava as vítimas de Tyson para que elas ficassem parecidas com sua mãe e, assim, o serial killer podia vingar-se, matando mulheres indefesas. Voltando para o caso, é claro que, com a junção da mente maligna de Tyson com a de Nieman, os dois não permaneceriam ali por muito tempo. Aliás, tudo se tratava de um jogo: enquanto os dois eram mantidos na delegacia, Amy Barrett (a moça com o mesmo rosto de Susan) ajudava-os a seguir com o plano, atacando Beckett e dopando-a.

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O cara que enxerga a história

Não é de hoje que a gente sabe o poder que o Castle tem de ir além das pistas, de criar toda uma teoria, de enxergar pra fora da caixinha. Essa característica do escritor, além de ter ajudado a NYPD a desvendar vários casos ao longo dos anos, também fez com que Gates desse um voto de confiança ao escritor e o deixasse voltar ao caso. Além disso, Castle estava mais envolvido nisso do que nunca: Tyson pegara sua esposa e queria testar o quanto o escritor aguentava. Em Reckoning, como em toda situação de risco em que Beckett foi submetida algum dia, eu sabia que Castle não manteria a calma por muito tempo, mesmo sabendo que agir daquela forma causaria danos.

Se o poder de Castle é ver a história, o de Tyson é entrar na cabeça das pessoas – e foi o que ele fez com o escritor. Totalmente fora de si, Castle tentava encontrar maneiras de achar Beckett e, por algum motivo, achou que invadindo, armado, o apartamento de Tyson conseguiria alguma coisa. Todas as cenas em que Castle arriscou sua vida para encontrar Beckett me fizeram amar o personagem cada vez mais, e acho que até a Gates percebeu o quão esforçado é e pode ser o nosso escritor. No entanto, como eu disse acima, era tudo um jogo. Tyson jogava a isca, Castle pegava. Até que Rick começou a fazer o que ele sabe de melhor: enxergar a história, analisar os fatos, entrar na cabeça do outro, pensar como um dos personagens de seus livros. E, dessa forma, Castle armou para Tyson, que caiu feito um patinho.

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Vê-lo finalmente morto (e agora é de verdade) foi um alívio. Alívio esse que não durou muito tempo, já que Beckett ainda estava sob domínio daquela criatura assustadora. Nunca cheguei a comentar isso nas reviews, mas acho que agora é um bom momento: como a série tem o dom de deixar que os atores brilhem nos momentos mais oportunos, né? Nathan teve seu momento durante a investigação e Stana teve seu momento no final, enquanto desenroscava o parafuso da maca e surpreendia Nieman com toda a sua força. Incrível, apenas.

Como todo bom episódio duplo em Castle, há, no final de toda a correria e sofrimento, aquele momento de alegria, de tranquilidade, em que um diz ao outro palavras que acalmam, que fazem o dia de tempestade terminar e um lindo dia de sol despontar no horizonte. E engana-se quem pensa que apenas Tyson e Nieman voltaram a aparecer: a nossa palavra-juramento-significação também apareceu e toda vez que ela surge é como se os diretores dissessem “ei, aguenta aí, porque eles passaram por mais essa” e vão passar por mais outras, e outras e outras, mas sempre, sempre mesmo, estarão um ali para o outro. 

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Bom, Resurrection e Reckoning entraram, definitivamente, na minha lista de melhores episódios duplos, e olha que dessa vez nem teve bomba, né? Amo quando os roteiristas assumem o papel de manter o nível da série e o de sempre se renovar. Adorei a fase de detetive particular do Castle, por mais que tenha sido curta. Foi interessante vê-lo naquele novo papel, assim como observar como é a NYPD sem ele, o que não víamos há muito tempo. Com o encerramento do caso, restou uma dúvida: se ninguém cogitou a participação de Tyson no sumiço de Castle, quem está por trás então? Ainda não fiquei sabendo de renovação para uma oitava temporada, mais creio que 9 episódios é muito pouco para que toda a história se desenrole e eu aposto numa Season Finale arrematadora. Espero conseguir, caso meu estômago permita, escrever a review dessa semana em dia e espero que vocês estejam aqui comigo na próxima, e na próxima e… vocês sabem. Até lá! 🙂

Ps1: Achei fofo a forma como colocaram a pauta “ter filhos” na história. Foi simples, pequeno e nem um pouco forçado. Não vejo a hora deles aprofundarem isso.

Ps2: Martha ganhou um papel! Mas na série anda apagadinha que só…

Ps3: Finalmente colocaram Lanie pra aparecer mais e até ser decisiva na história. Por um mundo no qual a legista possa deixar de ser uma secundária isolada, amém!

Ps4: Não contem pra ninguém, mas sentirei falta do suspense que era esperar a volta de Tyson. No final das contas, um bom serial killer – na série – não faz mal pra ninguém, né? rs.

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  1. Fátima Beatriz - 24/02/2015

    Ana, que episódios, hein!! E o Nathan, perfeito! A cena em que Beckett volta à delegacia foi linda e amei a Gates quando disse que o nosso escritor favorito devia dar suas horas de serviços comunitários como consultor da 12ª. E o final? Always no meu coração.

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