Castle – Driven

Data/Hora 02/10/2014, 22:29. Autor
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Série: Castle
Episódio: Driven
Número do Episódio: 7×01
Exibição nos EUA: 29/09/2014
Nota: 4.6

É um lindo dia de sol, com algumas nuvens soltas pelo ar: Hamptons está em festa. Havia chegado, então, o dia que você estava esperando e ansiando há muito tempo. Tudo deveria caminhar perfeitamente, afinal, a história de vocês dois já havia tropeçado em pedras suficientes ao longo dos anos. Você ri, se olha no espelho, está linda. O telefone toca. Surpreendentemente uma voz desconhecida ecoa pelo telefone e lhe dá a pior notícia que você poderia escutar: o homem da sua vida acabou de ter o carro despencado em um barranco. E o que deveria ser o dia mais feliz vivido por você, se tornou, em questão de segundos, uma corrida contra o tempo, o impulso, a dor e, sobretudo, contra o medo.

Quando o telefone tocou, no final de Better or Worse, e a imagem de Beckett observando o carro de Castle queimar surgiu na tela, eu fiquei extremamente desapontada com o desfecho que uma temporada ótima daquela havia recebido. No entanto, eu já deveria ter aprendido, com anos e anos de experiência com Castle, que nessa série nada é em vão e até o ruim, o fraco, pode ser justificável no futuro. Foi o que aconteceu nessa season premiere e eu vou dizer uma coisa pra vocês: Driven lacrou a vida e mostrou o porquê dessa série ser a queridinha do meu coração.

Castle - driven 01

Permito-me  dizer que, com certeza, esse foi um dos episódios mais dolorosos e sofridos para Beckett. A procura, a dúvida e o medo a deixavam à beira de um colapso nervoso e por várias vezes eu a vi surtar, querendo despejar no mundo – e em quem mais estivesse pela frente – a injustiça que havia pairado sobre a sua vida. Aliás, vida essa que nunca foi fácil, nem simples, mas que com força e determinação, teve os problemas enfrentados e batidos. Contudo, como lidar com o sumiço do seu noivo/amante/amigo no dia em que os dois iriam selar no papel o que já estava escrito desde sempre?

Simplesmente não lidando. Cada vez que Beckett recebia uma informação sobre Castle, e depois voltavam para o mesmo ponto, era mais um resquício de lucidez que ia embora. A dor que a rasgava por dentro já podia ser percebida na maneira em que conduzia as investigações e em como ultrapassava limites até mesmo desconhecidos por ela. E eu via a nossa detetive sempre envolvida em um círculo vicioso: desespero, alívio, preocupação. Foi assim quando ela descobriu que Castle não estava dentro do carro que havia pegado fogo, mas logo em seguida pensou que ele seria esmagado junto com a SUV. Nada mais fazia sentido, e se as coisas já não estavam boas, ficariam bem piores depois: por que Castle pagaria Cardano para esmagar a SUV, como apareceu no vídeo?

“Ou há um lado secreto dele que ninguém conhece. Nem mesmo você”

Sério, eu queria dar um soco naquele cara do FBI quando ele disse isso. Beckett já estava com uma dificuldade enorme em lidar com toda aquela situação e, quanto mais parecia que Castle estava escondendo algo dela, mais caótica ficava a cabeça da detetive. E quando digo caótica, é no pior sentido possível: ela chegou ao ponto de perguntar para Martha se Castle estava com dúvidas em relação ao casamento. Meu coração sofria com cada suspiro pesaroso que ela soltava, com cada cara de dor ao ter que lidar com questões difíceis de ser respondidas. E quando Esposito surgiu atrás dela com um café – ação que por anos e anos Castle executou de maneira brilhante e sedutora -, por um segundo Beckett achou que tudo tinha voltado ao normal, até que a realidade, sem pedir licença, entrou arrasando qualquer ponta de felicidade.

Após dois meses de buscas, para felicidade geral da nação de Beckett, Castle é encontrado em um quase cosplay do filme Náufrago (Wilsoooon): desacordado dentro de um barquinho no meio do oceano. E engana-se quem pensa que os problemas do casal estariam resolvidos, já que ao mesmo tempo que Castle não lembrava (ou não queria lembrar) de nada, Beckett tinha, bem frescas na memória, todas as pistas que indiciavam Rick como o próprio mandante do seu sumiço. Mas é aí que entra aquela velha história da confiança que é preciso ter num relacionamento, aquele tiro no escuro que, mesmo você sabendo que pode não pegar em lugar algum, é preciso ser disparado. Beckett não estava, há dois meses atrás, vestida de noiva e o esperando em Hamptons à toa. Ela sabia quem ele era, o conhecia como mais ninguém, a convivência de anos tinha feito seu trabalho bem direitinho. E contra todas as provas – vídeo, cabana, dinheiro sacado -, Beckett decidiu enxergar o que não era visível aos olhos.

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O abraço dos dois foi quase que uma redenção: as perguntas ainda estavam sem resposta, mas o coração de Beckett pode suspirar aliviado como se ela finalmente voltasse para casa após uma longa – e torturante – viagem. E, nesse ponto, é que vemos o caminho que a sétima temporada vai trilhar ao longo dos episódios. Baseado em uma confiança mútua, a qual é sustentada pela capacidade de amar o outro apesar de qualquer muro construído, Castle e Beckett vão, dia após dia, fazer o que fizeram com o caso de Johanna: ir o mais fundo possível, contra qualquer coisa que vier, para descobrir quem realmente foi a mente por trás daquilo tudo. O casamento, talvez, seja adiado mais um pouquinho, e eu juro que não reclamo. Que história de amor real não teve seus capítulos – muitas vezes estendidos – de conflito e sofrimento?

Achei uma das melhores estreias de Castle de todos os tempos. Envolvente, dinâmica e um belo teste para corações fracos, ela fez muito bem a ponte da resolução do caso de Johanna para o novo plot da sétima temporada. Como sempre, o roteiro segue sem buracos e a história mais verídica impossível. Eu sei que fica chato sempre dizer aqui o quanto Stana Katic arrasa no que faz, mas é meio que impossível. Metade do crédito do episódio vem dela que soube expressar tão bem as emoções, fazendo com que os 42 minutos se tornassem os 42 minutos mais sofríveis da minha vida. Que essa não seja a última temporada de Castle e que seja doce a experiência de ter, por mais um ano, a companhia de Kate, Rick, Espo, Ryan, Lanie, Martha, Alexis e Gates nas noites de segunda-feira. Até semana que vem =)

Ps1: essa mania da Stana de tirar o cabelo pra lavar tá demais. Sou super apegada ao cabelão e estou sofrendo 🙁

Ps2: achei bacana a forma que exploraram a reação dos meninos frente às pistas que sugeriam ser Castle o mandante do próprio “sequestro”. Espo, como sempre, o mais emotivo e Ryan sempre tentando enxergar o melhor.

Ps3: foi muito simbólico Beckett usar o quadro que antes servia para organizar as pistas do caso de Johanna como um auxílio ao desespero de não conseguir encontrar Castle. Fiquei um pouco abalada, talvez muito <3

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  1. sorayaestrela - 04/10/2014

    Fico impressionada com é possível duas pessoas terem uma visão totalmente diferente sobre a mesma coisa.
    Não posso dizer que odiei o eps (só existe um eps de Castle que odeio e foi na 5a temp) mas fiquei extremamente frustada com o eps.

    A reação da Kate completamente plausível e Stana perfeita como sempre, mas o Esposito queria poder dar na cara dele. Qdo Castle foi incriminado na 1a vez lá na 5a temp pelo 3XK ele desconfiou do Castle o tempo inteiro e no fim se provou a inocência. Como assim, ele não confia no Castle, que amizade é essa que na 1a coisa que aparece ele nem dá o benefício da dúvida? Isso me irritou profundamente.
    E não gostei da resolução do Castle simplesmente não lembrar do ocorrido nos 2 meses, sei lá achei uma saída preguiçosa. Eu queria mais emoção, e achei que essa SP ficou me devendo um pouco disso.

    A minha teoria de quem está por detrás de tudo isso é o 3XK e que ele até apareceu no eps. Ele era a testemunha falsa que dps sumiu, e por que ele está diferente? Porque ele já fez a plástica. Motivo ele tem, não sei se tem recursos e não explica nada do que aconteceu com Castle, mas gostaria muito que seguissem essa linha.

    Muito boa a sua review, voltarei para ver dos outros eps. =)

  2. Ana Botelho - 05/10/2014

    Obrigada pelo elogio! E espero que volte sim 😀
    Quanto ao Espo, o que (pelo menos pra mim) explica a atitude dele é o fato dele ser muito esquentado, muito coração, então ele nem pensa e já se revolta, sabe, já toma as dores. O Ryan, não. Ele já consegue pensar melhor, raciocinar antes de sair tirando conclusões. E também acho que o 3XK tá metido nisso, certeza

  3. Cinthia - 07/10/2014

    Que episódio mais sério e triste. Meu Deus! Minha aposta também é que o 3XK esteja envolvido… não vejo a hora de assistir o próximo! =)

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