Castle – Deep Cover

Data/Hora 16/01/2014, 15:30. Autor
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Depois de explosões, cortinas de fogo e muitas lágrimas, um episódio mais calmo. Mas nem tanto.

Castle sabe muito bem trabalhar seus arcos principais. Mais, soube manter o trunfo de ter outro “arco” dramático para quando o arco propulsor original se esgotasse. E é esse arco que começamos, ainda que timidamente, a acompanhar.

Por muitos anos – praticamente 5, para ser mais exata – o arco prolongado de Castle, aquele que voltava quando menos se esperava, e que nos entregava conflitos memoráveis e episódios perfeitos foi a busca de Beckett pelos assassinos de sua mãe. E a trama foi aparecendo, aqui e acolá. Como não poderia ser eterna, sob pena de fazer com que os espectadores enchessem o saco da história toda, as revelações acabaram “esgotando-se”. E desde o princípio da 5ª temporada não vemos Kate revisitar esse lugar obscuro de seu passado, que insiste em ditar seu presente.

Nossa curiosidade em relação a Johanna foi saciada, e embora eu acredite que ainda podemos ver mais da trama, eventualmente, por hora ela está “encerrada”. Só que todo bom procedural precisa de mais do que episódios “desconectados”. Todo espectador quer ver caras e casos conhecidos. E Castle trabalhou, “paralelamente” ao caso Johanna, o caso 3XK, que ainda povoa nossas mentes com perguntas e receios. Mas não apenas esse arco prolongado foi trabalhado em parelelo ao principal. Sempre houve uma outra questão, que embora não tão presente, povoava nossa mente: quem seria o pai de Castle?

Se eu não me engano foi em Linchpin, lá na 4ª temporada, quando os roteiristas conduziam o plot Johanna Beckett a sua conclusão – até então – que descobrimos, junto com Castle, que seu pai poderia não ser apenas um cara normal. E conhecemos Jackson Hunt em Hunt, episódio marcante da temporada passada. Um espião. Aparentemente vinculado a CIA. Um cara que abdicou de tudo para tornar o mundo um lugar melhor. Nos despedimos de Papai Castle ao final do episódio. Mas sabiamos que não era um adeus, era apenas um até logo.

E 20 episódios depois, o reencontramos. Mas não mais aquele Jackson Hunt herói. Somos apresentados a Anderson Cross, um ex-espião procurado pela CIA, capaz de matar inocentes a sangue frio. Ou seja: agora sabemos a cara do pai de Castle. Descobrimos muito sobre ele. Contudo, alguém se arrisca a dizer quem é ele?

Palmas lentas a Marlowe e sua equipe. Digo e reafirmo que um dos maiores trunfos de Castle é saber dosar. Drama e Comédia. Casos e vida pessoal. E, porque não, fatos encobertos e descobertos. Duas temporadas depois, sabemos muito mais sobre o pai de Castle. Contudo, continuamos no mesmo lugar. E isso não é ruim. Pelo contrário, é genial. Recebemos informações tão desejadas. Nem tão poucas, nem tantas. Estamos satisfeitos, embora continuemos ansiosos. E Castle continua com esse arco prolongado para explorar.

Castle - Deep Cover

Dito tudo isso, preciso falar de Deep Cover, mais especificamente. Eu gostei bastante do episódio. Mas acho que teria gostado muito mais se ele não tivesse sido exibido após Under Fire, que eu AMEI. Contudo, é preciso saber separar as coisas. E reconhecer que ambos foram ótimos e geniais, cada um de seu jeito.

Um hacker foi morto logo após tentar burlar o sistema de uma empresa gerida pelo… pai de Castle. Quando Rick recebe a ligação do pai, esperei algo grande acontecer. Achei que algo explodiria, que alguma facção criminosa invadisse o prédio. E então ele aparece. Achei genial, embora tenha ficado um pouquinho decepcionada (os episódios de “tragédia” e risco de vida são os mais legais).

A partir de então, Castle deixa de ser Castle. O escritor fica absolutamente perdido, entre a cruz e a espada. E é ótimo vê-lo assim, já que estamos acostumados a ver outras facetas dele: a cômica, a romântica/sedutora e a obstinada. Acho que é a primeira vez que ele fica tão não-Castle assim. E é óbvio que Kate repara. Seria um furo grande de roteiro ela não perceber. E ela acaba descobrindo que o suspeito é o seu sogro meio que forçadamente. Ainda assim, não há duvida de que Castle eventualmente abriria o jogo com a noiva, ainda mais depois do conselho de Martha (ah, Martha, sempre tão genial e sensata).

Não me surpreendi com Beckett desconfiando de tudo que o sogro falava. Me surpreendi um pouco, talvez, com o fato dela ter aceitado ajudá-lo tão rápido. Claro, ela fez aquilo por Castle, que foi seu apoio incondicional tantas vezes. E isso só prova o quanto o amor deles – e a própria Beckett – amadureceu. O final do episódio é prova disso. Ver Castle reconhecendo que ele tem toda a família que precisa para viver e cancelando a turnê do livro para marcar o casamento na época mais perfeita possível (setembro, em NY) foi absolutamente lindo. Richard Castle, o amante de holofotes, o atention whore, achou um outro alguém para amar.

Senti falta de ver mais de Espo e Ryan nesse episódio. Mas até sua ausência foi bem dosada, depois da maior exposição em Under Fire. E a trama não ficou prejudicada pela sua pequena partipação. Aliás, só a piadinha da Beckett (que deve estar fazendo aulas particulares com Castle) sobre Sarah Grace parecer com Javi já valeu a pena. E a presença de maior de Martha, uma personagem tão boa, também compensou a falta deles. Ponto para a equipe, por saber trabalhar bem seus personagens.

No final do episódio, um criminoso que não era o pai de Castle, e mais um adeus ao enigmático senhor. Outro breve adeus, a julgar pela cena final. E confesso que mal posso esperar para encontrá-lo novamente.

Agora, eu creio que veremos alguns episódios mais leves na sequência do seriado. Não completamente soltos, já que a trama do casamento deve perpassá-los. Mas menos densos, com menos drama. Até AQUELE episódio aparecer para nos deixar atônitos e hiperanimados. Quem viver, verá.

P.S.1: a Ana está se recuperando e me pediu para assumir mais essa review, o que faço com absoluto prazer. O difícil vai ser devolver as reviews pra ela… De qualquer forma, semana que vem ela deve estar de volta 😉

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