Breaking Bad – Rabid Dog


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Uma Guerra Fria acontece entre Walter e Hank. Como coadjuvantes, Marie, Skyler, Saul e Jesse. E entre cenas dramáticas em garagens, surtos completos com um bebê a chorar na potência total de seus pequenos pulmões, e o jantar mais embaraçoso da história, Breaking Bad vinha mantendo uma qualidade quase perfeita nas storylines de seus episódios. Até Rabid Dog. A expectativa era por um episódio em ritmo mais calmo – já que ainda são mais quatro até o final – porém a artimanha não foi muito bem utilizada. Assim, acabamos vendo um episódio maçante e, por vezes, até mesmo incoerente.

Rabid Dog começa com Walter encontrando sua casa vazia e ensopada de gasolina. Logo ele assume que Jesse tenha mudado de ideia, e acredita que pode consertar as coisas com seu pupilo (marionete). Ele quer justificar seu ato com Brock com uma lógica maquiavélica – ou de Grindelvald se você preferir. Walter mostrou, ao longo da série, que ele vai recorrer à violência quando perceber um cenário em sua mente – justificado ou fabricado -, no qual a única opção é eliminar seu oponente. As mortes de Krazy 8, Gus e até mesmo de Gale podem ser colocadas na seção das “justificáveis”. Porém, Mike é, talvez, o exemplo perfeito de como Walter é capaz fabricar justificativas psicóticas para matar alguém.

Apesar de todo o trauma causado em Jesse, os roteiristas ainda querem fazer o público engolir que Walter realmente se importa com o parceiro. Essa história de Jesse ser o último fio de humanidade de Walter somente passa a impressão que querem criar um ponto fraco para um homem extremamente frio e meticuloso. Ora, deve ser difícil ser um traficante de drogas, assassino, psicopata e ainda ter uma bússola moral como defeito.

Talvez tenha sido uma tentativa (falha) de fazer a simpatia crescer em relação a Walter. Enquanto o fizeram visitar seu velho eu nesse episódio, outros personagens foram jogados na área amoral dessa guerra toda. Primeiramente, seguindo a mesma lógica maquiavélica, Hank praticamente se gaba sobre a possibilidade de que ele estaria mandando Jesse para uma armadilha que poderia causar sua morte. Pior ainda, admitindo que a morte de Jesse na verdade seria benéfica para sua causa.

Em seguida, vemos a amoralidade de Skyler. Como dito na review de Buried, talvez Síndrome Estocolmo consiga explicar as suas razões para repentinamente apoiar o marido. Porém, em Rabid Dog, Skyler – ao sugerir que a morte de Jesse é única solução para o problema – pode ser facilmente comparada a Lady Macbeth. Será que ela terá o mesmo fim shakespeariano?

Metástase (do grego metastatis – mudanças de lugar, transferência), em uma explicação simplória, é quando o câncer se espalha. Ou seja, as células cancerosas podem se espalhar a partir do câncer primário e entrar na corrente sanguínea e sistema linfático. Assim, o câncer se espalha a outras partes do corpo. Vince Gilligan já apontou que Breaking Bad é a história de como Walter White foi de Mr. Chips para Scarface. Mas Breaking Bad não conta apenas essa história. Ela também conta a história dos atos de Walter, que como um câncer em metástase, atingiram todos à sua volta. E nessa altura da história, não se sabe se qualquer medida será capaz de salvar os órgãos comprometidos. O organismo está a beira de um colapso total.

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  1. anderson - 04/09/2013

    Ta, agora por favor a review de alguem q entendeu o episódio, pq coisinha mal feita viu

  2. biancavani - 05/09/2013

    Eu estava esperando que todos os episódios da season finale fossem transmitidos e aí, sim, assisti-los de uma sentada (ou melhor, deitada) só, porque, santo Deus, é muita tensão. Até mesmo pretendia fazer aquilo que sempre julguei a coisa mais abominável para bons leitores e apreciadores de séries: ver o final (aplacar a tensão insuportável) e depois, calmamente, ver na sequência. Mas não deu para esperar.

    Bem, estou amando cada quadro. Série perfeita. O meu maior medo está acontecendo: Walter e Jesse como inimigos. Sei que seria altamente improvável que esses protagonistas saíssem bem dessa história, mas do fundo da minha alma sensível e ingênua esperava que, pelo menos, eles não acabassem completamente esmagados. Tá, Walter morreria, mas Jesse podia ir para o Alaska (rsrs) e encontrar redenção entre os esquimós, ou vá lá, entre os pinguins… Entretanto, um final absolutamente trágico está sendo indicado. Ah, Deus, como vou sofrer com tal fim.

    Hank só não seria “cozinheiro” nem traficante – acho -, contudo, tal qual Walt não tem o menor escrúpulo para conseguir o que quer. Marie, aquela cleptomaníaca, “catando” as crianças, fala sério! Skyler sempre fez uma ceninha sobre a origem do dinheiro, mas sempre o usou na maior; e quando Walt estava todo malzão, ficou toda coquette para o chefe. Todos são hipócritas. Como reagiriam se estivessem na mesma situação inicial de Walter?

    Mayra, achei o máximo sua analogia entre o câncer, a metástase, e o desenvolvimento da personalidade de Walt.

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