TeleSéries
Boss – Consequence
14/10/2012, 20:24. Paulo Serpa Antunes
Reviews
Boss
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Dia 28 de setembro, portanto há pouco menos de um mês atrás, diversos veículos de imprensa recordaram o impeachment de Fernando Collor de Mello. Eu era um adolescente nesta época, não, não pintei a cara, mas acompanhei os acontecimentos com a máxima atenção que um adolescente consegue ter sobre a política. A minha leitura daquela época, errada ou não, era a seguinte: Collor caiu porque estava isolado. Não havia base de apoio, não havia partido político por trás deles, não havia a simpatia dos donos dos meios de comunicação.
Consequence me lembra deste episódio da política brasileira. Aqui vemos Kane pagando as consequências das duas últimas temporadas: sem o apoio do governador, sem o apoio do tesoureiro e candidato a governador, sem apoio da senadora da oposição, sem base na Câmara de Vereadores e, surpresa, surpreendido pelo seu antigo aliado financeiro. O episódio, que começou morno, terminou empolgante: achávamos que Kane acabaria com Babe com os documentos entregues ao ministério público; mas Babe foi quem atacou primeiro, comprando o apoio dos vereadores.
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A grande contribuição de Boss para a teledramaturgia, na minha opinião, está na forma como ela consegue relacionar a política (e o exercício do poder) com o sexo. As cenas de sexo em Boss são sensuais, excitantes, mesmo quando os atores não o são. As cenas de sexo, como a de Ian e Emma ou a masturbação de Claire diante de Doyle são indispensáveis para a série. Tem quem se sinta desconfortável com elas, mas a série perderia muito sem este tipo de imagem – é no sexo que os personagens revelam suas motivações e frustrações.
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O que eu realmente não suporto em Boss é o personagem do Sam Miller. Miller é o repórter investigativo que chegou ao poder. Deveria ser mais habilidoso, esperto, inteligente. Tentar roubar documentos numa clínica não é uma atitude de um profissional de imprensa. Ou ser truculento como ele foi com a funcionária da empresa. Felizmente Boss tem muito outros personagens e núcleos, que me permite relevar estes deslizes do roteiro.
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Para mim Boss usa o sexo maestralmente. É pra ser sujo, é pra incomodar. Não por ser sexo mas pela situação.. 99.9% das vezes o sexo é usado como uma moeda de troca no momento mais baixo dos personagens. Acho incrível isso. A cena entre os supostos irmãos transando foi um choque. Ainda cortam para imagem do busto sem os olhos. E isso remeteu a Édipo que quando descobre que se casou com a própria mãe fura seus próprios olhos. Eu coloquei suposto porque pode ser que no final das contas os dois não são irmãos. A menina pode não ser filha do pai (não é spoiler, é teoria minha). Mas não tira o choque até porque tá meio óbvio que o *Glee* acredita ser filho do Kane. A parte política tá quase se igualando a The Wire. Incrível. Eu fui pra rua cantar “Cara pintada inteligente não vai querer Collor pra Presidente”. Fui muito mais politizada dos meus 10 aos meus 16 anos que hoje aos 34. Lembro de assistir ao debate manipulado, de chorar quando o Lula perdeu. E lembro de chorar quando vi o mesmo Lula de terno porque ali vi que para ele vencer teria que ceder, e ali o pouco de ideologia que tinha morreu. E Boss me remete a isso tudo lindamente. A política é cinza, seja aqui ou nos EUA. E usando um termo futebolístico: não tem mais “time” bobo. Quando realizei isso, tanto o futebol quanto a política quanto o jornalismo perderam a magia que exerciam sobre mim.
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