16/12/2011, 16:12. Tati Leite
Reviews
Being Erica

Série: Being Erica
Episódio: Dr. Erica
Temporada: 4
Número do Episódio: 4×11
Data de Exibição no Canadá: 12/12/2011

Erica:

Tudo que tem um começo, tem um final. O dia vira noite, o verão vira o outono. No fundo nós sabemos que por mais que desejássemos o contrário, num mundo “governado” pelo tempo não é possível haver começo sem um final.

Lágrimas. Uma boa palavra para resumir Being Erica. E não digo isso porque esse foi, provavelmente, o último episódio da série. Digo isso porque lágrimas sempre estiveram presente nessas quatro temporadas. Sejam lágrimas de alegria ou de tristeza. Being Erica é uma série que mexe com a emoção de uma maneira simples e ao mesmo tempo brinca com a fantasia e ficção científica. Porque como escrevi uma vez: se tem viagem no tempo, é ficção científica. Mesmo eles não explicando como funcionavam as viagens do tempo dentro do universo da série. (risos)

Erica começou sua trajetória lidando com seus medos, seus erros. Muita vezes, nessa temporada mais que nunca, repetiu muito desses erros, mas lidou com eles. O ciclo se fechou e agora é chegada a hora dela ser o “Dr. Tom” de alguém. Caso a série não retorne não saberemos como será essa nova fase porém para mim a série cumpriu seu papel e se encerrarmos aqui, encerramos muito bem.

Dr. Tom também encerrou sua trajetória, após anos cuidando dos outros chegou o momento dele retomar sua vida e cuidar dele mesmo. No caso de uma volta, essa despedida poderia significar não o vermos mais, porém os roteiristas deram um jeito de garantir possíveis participações.

A primeira paciente de Erica será justamente a filha dele. Assim que as visões começaram desconfiei que era essa a intenção. Estou dividida se esse seria um caminho inteligente mas fiquei curiosa de saber como lidariam com essa importante ligação entre ele e Erica porque certamente na lista de arrependimentos de Sarah Wexler estará a turbulenta relação dela com seu pai.

Os coadjuvantes tiveram pouco espaço, ou quase nenhum, nesse episódio final. Compreensível com o pouco tempo para contar tanta coisa. Julianne e Brent tiveram seu momento quando ela, Julianne, precisa aprender a lidar com a cachorrinha de estimação dele. Um situação meio bobinha mas que serviu para dar uma leveza ao episódio.

A irmã e a mãe de Erica aparecem rápido e sem a presença de Lenin (provavelmente porque o ator estava ocupado gravando The Killing). E temos Jenny ajudando Erica e Adam a escolher a nova casa. Mostrando que a escolha da profissão da personagem tinha uma função narrativa no final das contas. Mas foi a aparição de Leo que tirou o fôlego.

Saber que o irmão de Erica estava esse tempo todo preso entre dois mundos não foi uma coisa fácil de assistir. Leo se recusava a fazer a passagem, seja lá o que isso signifique para mim ou para você, a função era deixar claro que o medo nos impede de seguir adiante. Como a Dra. Naadiah deixa claro.

Sentirei muita falta de Being Erica. Foi uma série importante para mim de maneiras tão diferentes que não sei como colocar em palavras. Sabe aquele livro que te transforma? Being Erica foi a série que me transformou. Coisa que eu não julgava possível uma série fazer. PS: Eu quero a estante do consultório da Erica!