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Bates Motel – What’s Wrong With Norman
03/04/2013, 09:36. Gabriela Pagano
Reviews
Bates Motel
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Bates Motel só melhora a cada semana! Faz valer cada centavo pago na hospedagem do hotel mais macabro da TV. No terceiro episódio, intitulado What’s Wrong With Norman, os acontecimentos começaram de forma um pouco mais amena – para que, no final, fôssemos apresentados ao maior cliffhanger de todos. Se eu pudesse, daria nota 5.1 a esse capítulo.
Já na primeira cena do episódio, o Dylan estava tentando descobrir a melhor maneira de esconder uma arma na roupa – tudo da forma mais engraçada e autoconfiante possível. Depois, ele entrou na cozinha e fomos apresentados à figura da Norma e do Norman (que usa até guardanapo pendurado na blusa, todo certinho). Ele é praticamente um discípulo da Glória Khalil; só que da Norma. Para finalizar o momento, o Dylan pegou uma porcelana chinesa da mãe e saiu usando por aí, como se fosse um utensílio de plástico. Dessa forma, pudemos ver como é um típico café da manhã da família Bates – que, apesar da beleza e carisma de seus personagens, passa longe do “comercial de margarina”.
O dia, no entanto, era daqueles em que o Norman não deveria ter levantado da cama. Na escola, ele começou a passar mal – e a encarar a professora com olhar de psicopata – e desmaiou, indo parar no hospital. Lá, já internado, ele ficou assistindo a um filme em preto e branco. Nessa hora, pensei “Como assim? A série não é moderna? Que hospital vintage é esse?”. Até que o Norman explicou para a amiga, Bradley, que foi lhe visitar, que gostava de filmes antigos, pois “até os vilões são mais felizes neles”. Achei interessante terem feito essa referência ao cinema de décadas passadas, já que a série é um prelúdio de um filme de 1960. Mas, ainda assim, é difícil acreditar que um adolescente, no hospital, vá ver um filme sem cores…
Gosto da relação do Norman com a Bradley, porque achei que ela seria a menina popular do colégio, intocável, e não é bem isso. Ela tem sido bastante acessível e atenciosa com o Norman. Mas acho que ainda prefiro a Emma, que é mais meiga e discreta.
Quando a Bradley entrou no quarto e disse que estava retribuindo a visita que o amigo lhe fez no hospital, quando o pai dela havia sido internado, ela disse “Ninguém mais foi, você foi corajoso”. Isso indica que a sociedade ali de White Pine Bay é mesmo obscura e complexa. Depois, quando ela se sentou ao lado de Norman na cama, pensei “Corajosa é você, menina. Deixa a Norma ver isso”. E não deu outra: na cena seguinte, quando a matriarca voltou ao quarto do filho, a câmera se fechou no rosto dela, que fazia aquela temida – e já típica – expressão de desaprovação. Mas quando a imagem se abriu, vimos que quem estava no quarto, agora, era o médico e não a menina. Adoro cenas que brincam com as emoções do espectador!
Emoções, aliás, que não se acabaram ali, já que a Norma, quando teve a alta do filho negada pelo médico, arrancou todos os fios que ligavam o menino à aparelhagem do lugar e, como ela disse, “estava, ela mesma, dando alta ao filho”. Ninguém pode com essa mulher!
A verdade é que ela estava irritada e preocupada porque, naquele momento, a polícia estava revistando o hotel dela. Tudo estava sob controle, até que o Norman confessou que guardou o cinto do antigo dono do empreendimento, que os dois haviam matado, e o objeto havia sumido desde a visita da polícia. Essa cena em que o Norman entra na cozinha e conta à mãe que o cinto sumiu, que ele havia guardado uma “lembrança” daquele acontecimento, foi um dos pontos altos do episódio. O Freddie Highmore sabe fazer cara de psicopata como ninguém e, por vezes, é difícil decifrar o Norman, saber o que ele pensa… E essa, provavelmente, é a intenção. Vera Farmiga não ficou atrás e deu toda a maestria à cena, que foi uma das mais importantes da série até agora.
E, por hora, é ela mesma a grande vilã da história. Acho que nesse último episódio, só ficou evidente que a Norma não mede esforços para conseguir o que quer e é adepta da frase “os fins justificam os meios”. Acho que começamos a enxergar essa aura sombria do Norman, que, até então, era só um menino meigo controlado pela mãe. Esse episódio foi mais sombrio que os anteriores e mostrou a face psicótica do garoto. Mas a Norma continua, sem dúvidas, no comando…
A relação com o bonitão Shelby
Em outra cena, no mínimo, inusitada do episódio, a Norma foi atrás do delegado Shelby (que agora ela chama de Zack), para saber se a polícia havia encontrado o cinto. Ela entrou na viatura do rapaz e, mesmo jogando charme, ouviu um “Eu estou trabalhando” do policial. Ele, entretanto, convidou a Norma para um jantar na casa dele e disse que tudo ficaria bem. Quando voltou para o hotel, Norma disse ao filho “Ele sabe do cinto”. Aí, desconfiei: o Shelby encontrou o cinto, mas não mostrou ao xerife Romero, para proteger a Norma. E foi exatamente isso. No encontro, mais tarde, ele revelou que achou o objeto debaixo da cama do Norman, crente de que a mãe estava tentando proteger o filho, mas assegurou que, a partir de agora, ele, Shelby, iria proteger a Norma. Ele fez todo um discurso dizendo o quão boa pessoa ela é, o quanto ela coloca a vida das outras pessoas em primeiro plano e blá blá blá, que ele vai cuidar dela. Sério, se juntarmos todas as cenas que os dois dividiram, eles não ficaram juntos mais do que alguns minutos. Como ele pôde decifrar (ou achar que decifrou) ela todinha em 5 minutos? Só faltou ele dizer um “Eu te amo” para ela. Pfvr, né? Mas por que ele se preocupa tanto com a Norma? Ele está tão enfeitiçado assim? Ou ele esconde algumas coisas? Nesse momento, não consigo responder. Em Bates Motel, nada do que parece, é.
Mas, olhando assim superficialmente, o Shelby é um personagem todo estereotipado: o policial bonzinho, mais novo, que vai cuidar da mulher mais velha, porém, vulnerável, carente. Certeza que “bonito” também estava escrito no roteiro. Era uma exigência do papel. Enquanto via a cena, reparei como tudo ali parte de uma ideia bem romantizada, como um prelúdio de um filme clássico deve ser. Pois bem, pensei isso, para, em seguida, o Shelby olhar na cara da Norma e dizer – comprovando minha teoria – “Deus, você é tão bonita que até faz meu coração doer”. Foi fofo, okay. E o Mike Vogel conseguiu dizer isso sem parecer um idiota (o que é difícil, palmas para ele). Mas é muito fala de romance água com açúcar de filme clássico, né?
Mas, ai, o Shelby é isso… O sorriso é de galã, o penteado é de galã, ele cozinha. Par perfeito. Ou quase… Mas isso é assunto para mais adiante.
A relação com o filho mais velho
Que o Dylan não se dá bem com a mãe, isso é mais do que evidente. Mas, se ele culpa a matriarca por ter abandonado o pai dele para ficar com o pai do Norman, ao mesmo tempo, ele não se revolta contra o irmão mais novo por isso. O que é inesperado. Ele sabe que a mãe é tóxica e parece se comover com o Norman, querer cuidar dele – apesar de não ter perguntado por que ele esteve no hospital. Irmão desnaturado! Mas enquanto a Norma estava na casa do Shelby, o Dylan se aproveitou da ausência dela para se aproximar do Norman – e ficou muito evidente que, apesar das grosserias, ele queria ter a família dele por perto (ele não sabe nem em que cidade a Norma nasceu! É muita frieza).
E, nessa cena, outra coisa interessante aconteceu. O Dylan – e, nós, espectadores – descobriu que o Norman não se lembrava de tê-lo atacado na cozinha, com um martelo que deveria rachar sua cabeça ao meio. Fiquei chocada! Não duvido nada se ele não tentar terminar de matar o irmão daqui uns episódios… O Dylan parece esperto, mas não é tanto. E com o Norman, é melhor se precaver.
Além do mais, esses desmaios e falta de memória só aumentam uma teoria que tenho antes da série estrear: o Norman matou o pai e se esqueceu disso. A Norma, na verdade, o protege dessa lembrança (foi muito estranha a reação dela quando o médico perguntou se o menino já havia “apagado” antes; apagou, sim). Não acredito que seja ela a assassina – porque o marido foi assassinado, com toda a certeza.
De volta ao “Zack” (se a Norma pode, também posso)
Os surtos do Norman se intensificaram depois que ele e a Emma descobriram que tudo o que foi narrado no livro, encontrado em um dos quartos do hotel, aconteceu de verdade. Mas jamais pensei que o delegado Shelby teria algo com isso. Em uma dessas alucinações do Norman, ele imaginou que a mãe o mandou para a casa do policial resgatar o cinto do defunto. Chegando lá, ele decidiu invadir o domicílio usando um celular como lanterna; pfvr, que iniciante! E fazendo barulhão, sem nenhuma discrição… NA CASA DE UM DELEGADO. Norman, você sabia que policias dormem com armas na cabeceira? Mas o Shelby não estava em casa, of course, que apropriado.
Enquanto tentava descobrir onde o cinto estava, Norman foi parar no porão da casa do delegado e… Surpresa! Uma menina chinesa, com poucas roupas, estava acorrentada ali. Fiquei frustrada nesse momento, porque tinha essa imagem toda perfeita do Shelby, digo, Zack. Mas, durante os comerciais do próximo episódio, algumas questões foram levantadas: a menina estava mesmo ali ou teria sido tudo parte da alucinação do Norman (porque a Norma vai verificar depois e não há ninguém naquele lugar)? O Shelby é mesmo mau? Seria parte de uma investigação paralela ou algo do gênero? O Shelby sabia que a garota estava lá? Tudo indica que sim. Se é que a menina esteve na casa dele, de fato.
A Norma não vai acreditar no filho (até porque, o Shelby tem ela nas mãos), mas o Dylan vai oferecer ajuda. Isso é assunto para a próxima review. Estou roendo as unhas (de verdade!) para esse próximo capítulo. Esperava qualquer coisa da série, menos que o mocinho fosse virar vilão.
Terei companhia nessa jornada? Estou no quarto 12, não hesite em bater. 🙂 Quero conhecer os visitantes dos quartos ao lado e companheiros de aventuras macabras… Olhem só:
P.S.: Amo que Bates Motel misture modernidade com elementos vintages. O carro da Norma é antigo, o figurino dela remete às décadas passadas.. aí, a Emma diz “fiz uma pesquisa no Yahoo! Respostas…”. Esses detalhes são divertidos!
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Nossa, como essa série está boa! Eu não esperava tantos desenvolvimentos extra-Psicose, como aquela cidade cheia de podres, o irmão mau, porém nem tanto (é assim mais porque, citando suas palavras, a família “é ferrada”), as complicações decorrentes do fato de terem assassinado o estuprador nojento.
Enfim, mais um presente para nós, os apreciadores de boas séries (e médias também; quando não até de algumas bobinhas).
É isso aí, Bianca! Fã de série não tem preconceito, gosta de tudo haha Basta uma TV, uma pipoca e um sofá confortável e a gente tá feliz! Mas Bates Motel, realmente, está cumprindo com as expectativas, muito boa, né? 🙂
Melhor episódio da série até agora! Os rumos que Bates Motel pode tomar daqui pra frente é algo bem grande, se os roteiristas souberem trabalhar bem é claro.
Sabe o que eu imagino de Shelby? Que ele seja o marido da Norma que o Norman matou em Psicose, tendo em vista que ele tem ela nas mãos (alguém mais pensou isso ou só eu?)
No 2ª episódio eu senti uma cumplicidade entre Ema e Norman, já nesse ele conseguiu desfazer todo esse pensamento que eu tinha para eles conforme a série fosse avançando.
Gostei da atitude do irmão de Norman com ele e eu também fiquei chocada quando Norman afirma não lembrar. Aí vai minha questão, será que quando se trata de algo sobre sua mãe ele foge do controle e simplesmente assume uma segunda personalidade ou é só em momentos de raiva mesmo independente se seja relacionado à mãe?
Enfim, esperando ansiosamente esse 4º episódio!
Oi, Poliana! Muito obrigada pelo comentário 🙂
Não tinha pensado nisso, mas pode ser mesmo! O filme não dá praticamente nenhuma informação sobre esse marido da Norma (não que eu me lembre, pelo menos), mas faz todo o sentido. A relação da Norma com o Shelby é bem interessante, estou amando acompanhar! E fiquei curiosa, agora, pra saber se o Shelby se trata desse personagem do filme mesmo! hehe
Quanto ao Norman, eu acredito que seja em qualquer assunto, PRINCIPALMENTE se relacionado à Norma. Porque, na aula, ele “surtou” por causa do caderno, não pela mãe, em si. Mas o Norman é complexo. Vai exigir que a gente acompanhe muitos episódios para decifrá-lo… ^^
Estamos ansiosas juntas!
Essa série é exibida em qual dia da semana? As segundas? Eu tô amando e tô ansiosa pelo próximo episódio. Ah, e ouvi dizer que tem uma série nova chamada Hannibal que também é boa! Deve estar no segundo episódio ainda.
Isso, Bruna, Bates Motek é exibida às segundas, na TV americana. Hannibal estreou na quinta-feira, 4, nos Estados Unidos, e chega dia 16 aqui, na AXN. O TeleSéries já fez as primeiras impressões da série, dá uma olhada 😉
Oi Gaby, esse episódio foi excelente, aquele cliffhanger foi de tirar o fôlego!! Também acho muito legal essa mistura de vintage com moderno. Essa série pra mim, até agora, é a melhor dessa mid season! obs.:Como sempre suas reviews são ótimas!!! P.S.:Gaby, resolvi me hospedar de vez no bates motel, estou no quarto 9, e pretendo ficar por um bom tempo! Pode ter certeza que vou lhe visitar toda semana, até porque seu quarto tem uma vista melhor do que o meu! 🙂
Oi, Lucas! Muito obrigada pelo comentário e pela companhia no Bates Motel! =]
Acho que você não vai se arrepender de se hospedar de vez, viu? Depois desse último episódio eletrizante, a história está prometendo ainda mais! Qualquer coisa, é só bater. A janela estratégica do quarto 12 está à disposição dos visitantes! =]]