Bates Motel – Ocean View

Data/Hora 17/04/2013, 14:36. Autor
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Só para não perder o costume, Bates Motel abriu a semana com um episódio de tirar o fôlego, de roer as unhas, de causar insônia tamanha a ansiedade. E como é de praxe no seriado, o capítulo Ocean View terminou com um grande cliffhanger – maré alta em Bates Motel. Mas vamos por partes.

No início do episódio, o Norman acordou no quarto da Bradley – e até pensei que fosse a Norma, porque a câmera passeou pelo corpo envolvido no lençol, algo bem sensual para uma menina mais nova (e não pude deixar de reparar que ela tinha uma cicatriz na cintura; o que será?). O Norman estava todo fofo e quis fazer um cafuné na menina para se despedir. Mas hesitou, hesitou e não o fez. Foi para a casa. A participação da Bradley acabou aí. O Norman até ligou para ela algumas vezes e não obteve retorno. Quando ele contou para a Emma sobre a noite com a menina popular do colégio, a jovem ficou visivelmente chateada e disse que foi apenas “uma transa”. O Norman levou a sério, mas diante do silêncio da Bradley, talvez tenha sido só isso mesmo… Uma noite juntos. Não sei o que houve. Talvez ela vá fazer jus ao título de “menina popular” e ficar inacessível ao menino apaixonado. Talvez ela tenha ficado chateada que o Norman saiu sem se despedir. Talvez sejam problemas familiares. Não sei. Mas a Emma está com cara de quem se aproveitaria da situação, caso a Bradley remediasse.

Nesse episódio, tive a impressão de que o Norman tentava afastar a Emma a todo momento, estava a evitando mesmo, e até soltou um “Você é uma boa amiga”. Para bom entendedor, meia palavra basta.

Fico bem divida entre as duas personagens e não sei com quem eu realmente gostaria que o Norman ficasse. Só sei que acho interessante ter a menina bonita, como um amor quase platônico, e a amiga para toda hora – que é secretamente apaixonada por ele (nesse caso, nem tão secretamente assim). Esse é o conflito básico de toda história de amor, “o triângulo amoroso”, e não me importaria em ver esse clichê aqui.

Enquanto o Norman caminhava rumo à casa dele, todo feliz depois de ter tido sua primeira noite, ele se deparou com uma “bomba” ao entrar na cozinha do hotel: a mãe estava presa. Pobre menino, não pode aproveitar nem a “primeira vez” da vida dele.

A Norma na cadeia foi o conflito apresentado na primeira metade do episódio. O Dylan e o Norman se uniram e tentaram conversar com a mãe, que estava extremamente agressiva. Mesmo depois de solta, ela renegava suas crias – algo surpreendente quando pensamos no “queridinho” Norman. O Dylan viu aí a oportunidade de dividir seus planos com o irmão mais novo: alugar uma casa na praia e morarem juntos.

Nesse ponto, a relação do Norman e da Norma estava fragilizada – ela estava revoltada com o filho, que andou espalhando seus segredos por aí. Em determinado momento, ela até o expulsou do carro, obrigando o Norman a andar 16 quilômetros a pé. Por sorte (e era óbvio que isso aconteceria), o Dylan estava passando pela estrada e deu carona ao irmão.

Na cena em que o Norman subiu na motocicleta, deu para ver a satisfação dele, o sorriso ao dividir aquele momento com o irmão mais velho – que, portanto, deveria ser sua inspiração e porto seguro. O Norman, que experimentava o rosto no vento, parecia sentir, também, uma sensação única de liberdade, ali, na garupa do irmão (que deu até uma balançadinha na moto, para brincar com ele; os dois se identificam).

O Dylan quer ser esse porto seguro para o Norman, ele sabe o quanto a matriarca é tóxica e quer salvar o irmão desse destino. É engraçado que, embora tenham sido criados pela mesma pessoa, o Dylan não se fragilizou nem enlouqueceu como o Norman está prestes a fazer. Mas ele deixou a mãe para trás, foi viver a vida dele; algo que o Norman se nega a fazer.

Também fiquei comovida com o fato dele estar se empenhando para conseguir dinheiro para alugar um casa, na esperança de viver com o irmão. Mais comovida ainda fiquei com o fato de o capanga que trabalha com o Dylan emprestar as economias para ele. No fundo, isso só mostra que o Dylan é um rapaz revoltado, sem o afeto da mãe, mas que, bem lá no fundo, é um bom moço, capaz de conseguir o carinho das outras pessoas, que não a Norma. Ele se tornou quase o anti-herói da história. Gosto disso em Bates Motel! Os personagens não seguem uma trajetória lógica, que a gente prevê para eles, baseados no que geralmente assistimos em outras história. É incrível poder acompanhar o desenvolvimento dos personagens, que não é óbvio, não é linear. E o Dylan tem sido um ponto alto nesse aspecto.

Tanto que, logo após perceber esse lado bom do personagem, que chega até a cativar as pessoas, acompanhamos o rapaz atropelar um homem de propósito (já que esse mesmo personagem havia atirado em seu amigo oriental). Sabe aquela história de que instintos assassinos são parte da genética? A família Bates (apesar de o Dylan não ser exatamente “Bates”) deveria fazer parte desse estudo biológico.

Delegado Shelby

Depois de a Norma ter sido solta, o delegado Sherlby sugeriu à ela que os dois dessem um tempo, pois seria perigoso caso alguém os visse juntos. A Norma, que já estava revoltadíssima com a vida, surtou, saiu do carro e o delegado teve que agarrá-la e dizer: Eu te amo, idiota. Nem as declarações de amor em Bates Motel são iguais às outras séries. Tudo tem um “quê” peculiar, obscuro. Agora… Ele já está amando a Norma? Deve ter sido amor à primeira vista, só isso explica. Pois bem, depois de o Sherlby ter se declarado para a assassina, digo, Norma, os dois se abraçaram e logo fiquei atenta para ver a expressão facial dele “pelas costas” da pseudo-namorada. E realmente ele abraçou com sentimento, acredito que ele realmente goste dela.

Tanto que ele roubou o DNA que comprovaria a compatibilidade do carpete do hotel dela com aquele encontrado no relógio da vítima, o Keith. Uma pessoa que protege a assassina, porque isso está claro para todo mundo da história, não pode ser bom caráter. Ou ele é doente mental ou tem algo muito macabro a esconder.

E, aparentemente, tem. Em uma sacada bem inteligente – que fez todo o sentido e é plausível ao mundo real, algo raro na ficção -, a Emma concluiu que a menina oriental, que o Norman viu no porão do Shelby, poderia estar no barco do falecido Keith. E ela estava lá. Quando eles levaram a refém ao hotel e mostraram à Norma, ela não quis acreditar no que estava vendo e ouvindo. Norma correu até o escritório, pegou o jornal, apontou para uma foto do Shelby e perguntou se era ele mesmo quem a obrigava a fazer sexo com ele: a menina confirmou.

O problema é que o jornal estampava duas pessoas – Shelby e um amigo. Não dá para ter certeza de que a garota falava exatamente do Shelby. Que o delegado sabia da existência dela, ele sabia, pois ela esteve mesmo no porão da casa dele. Mas que ele seja o verdadeiro vilão do enredo, não acredito. Acho que seria óbvio demais para uma série cheia de surpresas como é Bates Motel. Tenho para mim que, no fim das contas, ele ainda se revelará o grande salvador da história.

#De repente, ele ajuda tanto a Norma no caso do homicídio por acreditar que o Keith merecia mesmo aquele desfecho. Quem sabe, secretamente, ele não estivesse investigando o personagem? Como o xerife era muito amigo do Keith, talvez ele tivesse inciado uma investigação própria e planejava revelar a menina aprisionada no momento certo, como uma espécie de testemunha. Afinal, a cidade inteira parece ter algum tipo de envolvimento nesse “negócio obscuro” e, se assim for, o Shelby deveria ser cauteloso. Quando o Norman encontrou a garota no porão, então, ele se viu obrigado a colocá-la de volta em seu cativeiro de origem. Apenas uma hipótese.

O capítulo todo dessa semana foi bom, mas não tão eletrizante como os anteriores. Essa cena final, no entanto, da revelação da prisioneira oriental, me deixou ansiosa como nenhum outro tinha feito. E já estamos na metade da temporada. Sinceramente, me desespero só de pensar que, em breve, ficarei sem a companhia da família Bates. Que vida mais pacata vai ser…

Pelo comercial do próximo episódio, Norman, Dylan e Norma irão se unir para desmascarar Shelby – e isso não será fácil para a matriarca.

 

p.s.: parece que o hotel vai abrir em breve! A Norman já colocou o site do empreendimento no ar, tem passado bastante tempo no escritório e até se animou quando o telefone tocou, como se esperasse que fosse um cliente. Será que vou ter que desocupar meu quarto 12 em breve?

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