TeleSéries
Balanço de temporada – Dexter
29/09/2013, 16:53. Juliana Baptista
Reviews
Dexter
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Oito anos acompanhando Dexter. Conhecemos um simpático psicopata que tinha a missão de se livrar do lixo da sociedade, de todos aqueles criminosos que conseguiam burlar a justiça. Um psicopata cujo o maior problema era manter um papel de pessoa normal, de analista forense que levava rosquinhas para o pessoal da delegacia, que a noite ia visitar a namorada boba e passeava de barco aos fins de semana. Este foi o Dexter pelo qual nos apaixonamos lá na primeira temporada.
Em oito temporadas assistimos a transformação do psicopata em lenhador. E por causa de um desfecho sem sentido e precipitado, ainda não consigo explicar quais foram meus sentimentos em relação ao fim da série. Sinceramente não tinha acreditado no que estava assistindo, não sabia se estava decepcionada ou com raiva, fiquei olhando pra tela escura do computador com cara de nada, sem saber o que estava acontecendo.
Foram sucessões de fatos sem sentido que poderiam facilmente ter desdobramentos melhores. Na verdade, não sei nem por onde começar. Vou começar pela ordem que as coisas foram acontecendo. O papel de Vogel foi MUITO estranho, nunca vou comprar a ideia de que ela foi mais importante no desenvolvimento do Harry’s Code. Primeiro porque o código é do HARRY, foi ele quem passou para o Dexter durante toda a sua vida, ele que era o pai fantasma que perturbava a consciência de Dexter, ele quem era o PAI. Dexter parece que sofreu muito mais com a morte da Vogel do que a do Harry. Como isso? Essa senhora aparece agora, fala que fez dele um experimento, estava escrevendo um livro sobre ele e o cara sofre mais com a morte dela do que a do pai? Abraçar o corpo ensanguentado no chão foi um pouco demais.
Além de cair de paraquedas na última temporada, Vogel trouxe nos 45 do segundo tempo um filho esquisitão e sem sal. O sujeito tinha cara de irmão feio do Ryan Gosling e não conseguiu convencer como “a ameaça da última temporada”. Nós tivemos Trinity, então o Saxon não se compara nem a mosca do coco do cavalo do bandido. Além de ser um Zé ninguém, não podiam ter dado a ele a missão de matar Debra. Não, isso não se faz. E para um personagem sem graça, nada como uma morte WTF. Sério, aquela morte com a caneta parecia ter saído de algum filme B de artes marciais. E claro, sua irmã é baleada por um maluco, mas deixam você visitá-lo na prisão sem nenhum policial e quando você o mata com uma caneta na jugular, simplesmente deixam você ir embora. Foi legítima defesa, então ok.
No fundo todos nós já esperávamos a morte da Deb. E nada mais justo que fosse pelas mãos da pessoa que ela mais amava. Mas o que mais me irritou foi ver Deb ter sido jogada no mar. Porque Dexter jogou a pessoa mais importante da sua vida no mesmo lugar que se livrava dos corpos de suas vítimas menos importantes? Ele conseguiu ferrar com a vida da irmã de todas as maneiras possíveis nos últimos tempos e a coitada não merecia, pelo menos, um final mais digno? (Nem vou falar da cena dele saindo com UM CORPO enrolado no lençol no meio da confusão e colocado no barco sem ninguém perceber.) Também não vi necessidade de terem juntado Deb com Quinn no final da temporada, sendo que eles não iriam ficar juntos de qualquer maneira.
Sempre cultivei esperanças de que Harrison seguiria os passos de Dexter e se tornaria um serial killer. Ok, não é essa carreira que normalmente esperamos para os nossos filhos, mas certamente seria mais emocionante do que deixá-lo para ser criado por Hanna. Quem disse que ela seria uma boa mãe? A fia só se envolve com caras problemáticos e tem que matá-los no fim das contas, e porque diabos ela seria a pessoa ideal pra ficar com o pequeno Harrison? Já que é pra dar um fim sem emoção pro garoto, porque não mandam pro limbo onde estão Astor e Cody? – (Sdds Astor e Cody) – Porque é isso que todo mundo faz com os filhos: quando eles não agregam mais nenhuma emoção pra trama da sua vida, você pode sumir com eles dando para os avós ou para loiras psicopatas que você mal conhece. (Também não vou comentar sobre Hanna ter acreditado na história do Dexter ter dado rolê de barco durante o furacão, sendo que eles estavam naquela vibe lua de mel argentina/ amor eterno/compraremos adesivo da família feliz para colocar na traseira do carro). Hanna ter se livrado do Elway no ônibus foi um negócio muito mal feito, mas temos pontos mais importantes para nos lamentar.
Quando Dexter matou Saxon com uma caneta, se lamentou menos pela morte da irmã do que a da Vogel, jogou a coitada no mar e foi com o barco na direção do furacão, você pode ter pensado: Devia ter ido ver o filme do Pelé. (Obrigada Isa)
Você não acompanha uma série durante tanto tempo, chega em casa cansado do trabalho / da faculdade pra ver seu super herói psicopata se transformar em um lenhador. Nós sabíamos que o final não seria feliz, mas então porque não mataram Dexter?
Cadê o amor pelo filho e aquela paixão de novela mexicana pela Hanna? Ele ligou o botão do “fuck off”, se livra de todo mundo e do dia pra noite reseta a vida e vira lenhador? Agora não se importa com mais ninguém? O Dexter da primeira temporada não se importava com ninguém, mas ao longo dos anos o personagem evoluiu e adquiriu sentimentos. Como ignoram isso e o fazem regredir como se nada tivesse acontecido?
Acho que vou apenas ignorar esses últimos episódios, apagá-los da minha memória e me recordar apenas de quando a série era boa e fazia sentido. Com dor no coração.
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O que mais me irritou nessa temporada (na verdade, em todas as três comandadas por Scott Buck) foi como fizeram Dexter sistematicamente poupar a vida de pessoas que mataram inocentes, traindo completamente seu código. Era de se esperar que ele tivesse aprendido a lição depois de Trinity, mas não, os roteiristas acham coerente ele namorar e proteger Hannah, adotar Zach como pupilo e deixar o clone islandês de Ryan Gosling vivo para ser preso pela polícia. Como isso poderia dar errado, não é?
Mas falando sério, alguém realmente torcia para Dexter terminar a série vivendo feliz para sempre com Hannah na Argentina? Depois do trágico final da sétima temporada, eu tinha esperança de que os roteiristas tivessem preparado uma última temporada explosiva, com Dexter desmascarado e tendo que fugir das autoridades, mas em vez disso tivemos uma trama chocha e repleta de mais do mesmo, com Angel e o resto da polícia sem saber a verdade sobre o protagonista até o fim.
E eu sei que já fiz essa comparação várias vezes, mas não dá para ignorar que essa temporada desastrosa foi exibida no mesmo horário que a brilhante última temporada de Breaking Bad, que tem feito com maestria tudo o que Dexter fez errado ou deixou de fazer.
Realmente Thiago. Ainda não consigo acreditar que o Dexter deixou o Ryan Gosling de quinta escapar.
O cara abraçou a Vogel toda ensanguentada, estava brigando com ela para mata-lo e quando pega, ele deixa ele ir?
BULLSHIT!!
Pior coisa do universo quando cagam uma série boa no final. =x Feels like betrayal.
Juliana, eu compartilho o mesmo sentimento que você.
Quando eu comecei a assistir Dexter, a primeira temporada já tinha terminado. Então, eu assisti de uma vez. Nossa, como eu gostei. Um serial killer que tentava criar uma vida “normal” para acobertar quem realmente ele era. Todos os pensamentos que ele tinha sobre não ter sentimentos e as análises que ele fazia sobre os acontecimentos que para nós seria normal. Textos inteligentes, bem escritos e o entrosamento do elenco saltava na tela. (OK, alguns deslizes como Laguerta que dava em cima dele, aquela bitch londrina e outras pequenas cositas)
E tivemos a quarta temporada para coroar o sucesso de Dexter. John Lithgow chegou para marcar como o melhor (minha opinião) vilão da série. A fatídica morte da Rita em um season finale que me deixou sem reação.
Tanto que esta é a minha temporada favorita de Dexter.
Gostei da temporada com a participação da Julia Stiles, mas, apenas porque gosto muito da atriz. Hahaha
Tivemos outras temporadas mornas. Parece que tomou um fôlego com a Sexta Temporada e tivemos o tão esperado momento, a Debra pega o Dexter no season finale.
Na última temporada, eu sempre imaginei o Dexter sendo pego ou morto de alguma forma.
A última temporada foi muito inconsistente. Teve a Vogel que não convenceu muito, um Ryan Gosling de quinta, um pequeno aprendiz que até hoje não entendi o que adicionou à trama, Debra com Quinn. Argh! Pode isso Arnaldo?
Sobre o romance da Debra, eu tive a impressão que não era a primeira opção dos roteiristas. Depois, resolveram mudar o rumo da trama e o elway vira aquele idiota que vimos.
Vou me apegar às primeiras temporadas e esquecer as que merecem ser deixadas para trás, no fundo da estante….
Concordo com vc em algumas partes.
Disse tudo Ju! É MUITA decepção… prefiro lembrar do Dexter até a fase pré-Hanna
poderia ter sido bem melhor claro, mao ao meu ver nao foi tudo ruim. Porque ocodigo tinha que ser do Harry? e o Dex nunca teve sentimentos mas sim uma enorme confusâo de pensamentos. Eu queria que o produtor continuasse o antigo, mas fazer o que..
Fiquei estarrecida com o final de Dexter. Quando terminei de assistir não consegui acreditar no que tinha visto. Que final para a Debra; e o Harrison que ficou nas mãos daquela assassina, esperando pelo pai. Nunca um final de série me chocou tanto. Poderiam escolher um final melhor.
Assisti ontem, em maratona, toda a temporada de Dexter e concordo com você em 98%, todos os erros de roteiro, coisas sem sentido, Hanna mãe? etc. Porém, o final, eu entendi sob a ótica de outro prisma: Entendi que Dexter se humanizou tanto que preferiu se isolar do mundo, do que perder, por sua culpa, as duas ultimas pessoas que ele amava, Hanna e Harrison, pois chegou à conclusão que todos aqueles que, em algum momento, nutriu algum sentimento, ou se afastavam ou morriam por sua culpa. Resumindo, ele compreendeu que para que os dois últimos seres que faziam sentido para ele, fossem felizes, ele deveria se afastar…
Poxa, mas não poderia ir para uma ilha paradisíaca e continuar matando… tubarões?