Friday Night Lights – Keep Looking

Data/Hora 18/01/2011, 23:05. Autor
Categorias Reviews, Spoilers


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Friday Night Lights - Keep Looking
Série: Friday Night Lights
Episódio: Keep Looking
Temporada:
Número do Episódio: 5×04
Data de Exibição nos EUA: 17/11/2010

Os Estados Unidos podem ter uma série de problemas em seus bastidores, mas tem uma coisa que funciona muito bem: os esportes universitários. Na semana passada acompanhei a final do Futebol Universitário e coincidiu de eu ter visto este episódio. Se o esporte ajudou Vince Howard quando ele mais precisava e o transformou em alguém melhor, é talvez nisto que Buddy Garrity se apega para colocar o seu filho, Bud Jr., nos trilhos e dar uma educação para ele. Por muito tempo, ele tinha esquecido o seu papel de pai e agora precisa recuperar o tempo perdido. É mais ou menos o que acontece com o pai de Vince, que ficou preso e mal sabe o dia do aniversário do seu filho. Todas estas histórias, tão bem interligadas pela série, faz com que ela desenvolva diversas tramas com um único tema. E isso ajuda os roteiristas a criarem elos entre elas, fazendo com que o espectador possa acompanhar a trajetória de cada um deles para alcançarem a vitória. Clique aqui para continuar a leitura »

Friday Night Lights – The Right Hand of the Father

Data/Hora 12/01/2011, 21:14. Autor
Categorias Reviews, Spoilers


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Friday Night Lights - The Right Hand of the Father
Série: Friday Night Lights
Episódio: The Right Hand of the Father
Temporada:
Número do Episódio: 5×03
Data de Exibição nos EUA: 10/11/2010

As pessoas podem começar a assistir Friday Night Lights por conta de ser uma série que tem como tema o futebol americano e tudo mais. Mas, ao longo do caminho, estas começam a perceber que a série vai além de narrar apenas o fanatismo dos texanos por este esporte. Friday Night Lights entrega episódios que são contos dos dramas familiares comuns a qualquer pessoa, seja lá qual idade você tenha.

E isto foi construído a partir, muitas vezes, dos diálogos da família Taylor e de como eles trabalhavam para manterem todos unidos. Acredito que foi no capítulo The Son, na quarta temporada, que a série alcançou o seu ponto máximo ao criar uma trama que refletia os sentimentos de Matt Saracen pelo pai. Este também é a trama principal deste episódio, centrado discretamente em Vince Howard, que agora precisa lidar com o retorno do pai após ter cumprido cinco anos de prisão. Clique aqui para continuar a leitura »

Friday Night Lights – On the Outside Looking In

Data/Hora 11/11/2010, 10:38. Autor
Categorias Reviews, Spoilers


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Friday Night Lights - On the Outside Looking In
Série: Friday Night Lights
Episódio: On the Outside Looking In
Temporada:
Número do Episódio: 5×02
Data de Exibição nos EUA: 3/11/2010

Por mais que eu acredite que esta quinta temporada de Friday Night Lights ainda não tenha engrenado, não estou exatamente preocupado com que rumo as tramas da série vão tomar porque, acredite, eu confio naquilo que os roteiristas pretendem fazer com o seriado nesta última temporada. Mas On The Outside Looking In tomou alguns rumos que me deixaram realmente incomodado.

Talvez a melhor palavra seja “perturbado”. E digo isso porque eu acredito que a série aborda um pouco do mundo adolescente, em uma pequena cidade do Texas, de forma madura, equilibrada e livre dos clichês de um gênero que já estava um pouco desgastado. A trama envolvendo a Julie na faculdade e o seu possível interesse no professor é um desses temas que me incomodou, porque me pareceu que Friday Night Lights caiu no “lugar-comum” e pode estar destruindo uma personagem que poderia render histórias mais interessantes. Clique aqui para continuar a leitura »

Friday Night Lights – Expectations

Data/Hora 04/11/2010, 14:58. Autor
Categorias Reviews, Spoilers


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Friday Night Lights - Expectations
Série: Friday Night Lights
Episódio: Expectations
Temporada:
Número do Episódio: 5×01
Data de Exibição nos EUA: 27/10/2010

Friday Night Lights chega à sua última temporada, sem perder o fôlego. Servindo de exemplo para outros seriados que continuam em exibição, a série parece saber exatamente a hora de parar e dizer adeus. Mas, até lá, 12 episódios serão exibidos. Isso quer dizer que muitas tramas ainda serão desenvolvidas, muitos dramas serão mostrados, desfechos serão contemplados e, assim, o espectador só pode ficar ansioso a cada capítulo pois a certeza é de que a despedida seja intensa, do início ao fim.

Expectations não é a grande season premiere da série. O primeiro capítulo da quarta temporada, por exemplo, consegue um efeito muito mais interessante do que este episódio, possuindo um arco dramático mais equilibrado. No entanto, o capítulo que abre esta última temporada mantém, em algumas cenas, as características que marcaram Friday Night Lights durante estes anos: a emoçâo, as boas atuações, a excelente direção, os bons diálogos e, principalmente, a verossimilhança com a realidade.

E isso pode ser visto com Tami Taylor que, se transferindo para East Dillon, terá um longo e árduo trabalho pela frente dentro da escola para reorganizar o planejamento escolar e fazer com que os alunos sintam prazer de ir às aulas. É engraçado notar como Tami se parece exatamente com Erin Gruwell, a personagem da atriz Hilary Swank no filme Escritores da Liberdade (2007). Ao longo destes cinco anos, tenho percebido cada vez mais semelhanças entre as duas personagens. Ambas lutam por uma escola igualitária, tentam dar sentido à vida dos alunos e acabam correndo riscos para fazer com que isso aconteça. Tami sabe que a escola onde está não tem recursos para contratar professores ou investir na estrutura do colégio.

Por outro lado, ela acredita que um começo para conseguir melhorar as coisas é diminuir a inadimplência dos alunos. Mas, fazer isso, requer um ânimo que ela não tem conseguido alcançar com este novo trabalho.

Mas Expectation” é totalmente baseado nas despedidas e, como o próprio título sugere, nas expectativas destes personagens veteranos quanto ao futuro. Landry Clarke, por exemplo, está finalmente indo para a faculdade. Antes de sair de Dillon, ele faz uma rápida visita a avó de Matt em uma cena extremamente comovente, em uma atuação que lembra os momentos de Sara Goldfarb, a personagem da atriz Ellen Burstyn, no filme Réquiem para um Sonho (2000). E isso fica nítido quando a câmera, ao final da cena, se enquadra nos pés da avó de Matt e na maneira como ela se balançava e os batia.

Do outro lado, Julie Taylor está também seguindo pelo mesmo caminho de Landry. E é uma pena que a série não tenha mostrado ela também fazendo uma visita para a avó do seu ex-namorado, uma vez que elas sempre foram tão próximas. De qualquer forma, os momentos que ela passa ao lado Eric Taylor, na cena em que jogam uma partida de ping-pong, representam o quanto Friday Night Lights dá valor para os laços familiares.

Aliás, a cena que mais me chamou a atenção não se deu nos momentos da vitória dos Lions na primeira partida do ano, ou da festa do time antes de começar a temporada. A discussão da família Taylor no café da manhã se tornou, ao longo destes anos, um dos grandes momentos da série.

Friday Night Lights - Expectations
E, neste episódio, Friday Night Lights também promove esta mesma reflexão narrativa e, de forma surpreendente, quando Eric Taylor diz que vai sentir falta daquilo é como se ele estivesse falando com o espectador: porque, tenho certeza, todos nós vamos sentir faltas destas discussões quando a série terminar. Friday Night Lights conseguiu alcançar um envolvimento tão grande do público com as suas personagens que, hoje, é praticamente impossível não se sentir íntimo de cada um deles.

E o mais impressionante de tudo isso, é que a série ainda se dá ao luxo de reservar um momento maravilhoso quando Julie se despede dos seus pais, em uma cena construída de maneira tão linda que, segurar o choro, se torna uma tarefa bastante difícil.

É isso! Friday Nights Lights retornou para a sua última temporada. E que ela seja inesquecível para todos nós que acompanhar esta incrível história.

* * *

Texto publicado originalmente no weblog Sob a Minha Lente.

In Treatment – Week One

Data/Hora 04/11/2010, 11:31. Autor
Categorias Opinião, Spoilers


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Sunil - Week One
Durante dois anos, In Treatment caminhou com as pernas de um roteiro adaptado da produção original israelense Behttps://teleseries.com.br/wp-admin/media-upload.php?post_id=20325&type=image&TB_iframe=1 Tipul, criada por Hagai Levi. Nesta terceira temporada, além de trazer os novos produtores Anya Epstein (de Tell Me You Love Me), e seu marido Dan Futterman (que também é ator, e estrelou a série Judging Amy), In Treatment se encoraja para criar roteiros originais para personagens que, assim como nos anos anteriores, prometem deixar o espectador intrigado com as suas complexidades.

Se levarmos em conta apenas esta primeira semana, dá para dizer que In Treatment consegue isso. Personagens diferentes uns dos outros mas que representam um padrão para a série, irão contrastar com os problemas de Paul e as suas fragilidades que já são vistas logo no primeiro capítulo.

Ainda vale ressaltar o quanto Gabriel Bryne está ainda melhor nesta terceira temporada. É impossível, hoje, assistir televisão sem acompanhar as sessões de terapia do Dr. Paul Weston. Por um lado, eu sou uma pessoa que possui uma grande resistência e preconceito em relação à terapia. Não me conforta saber que o ser humano precisa se consultar com alguém para superar os seus traumas, as suas fraquezas. Eu sei que é burrice da minha parte pensar desta forma, mas um diálogo entre Paul e Adele me ajudaram a confrontar ainda mais este pensamento que tenho.

No entanto, acompanhar estas sessões é de um prazer indiscrítivel. A luta para enterrar o passado e não deixar com que ele interfira em suas questões, continua sendo uma presença marcante na vida de Paul. E os seus pacientes, desta vez, vão contribuir ainda mais com o momento frágil pelo qual ele passa. Até quando ele vai suportar estas dores? Por outro lado: será que ele vai conseguir ajudar os seus pacientes? Estes são apenas alguns dos motivos para acompanhar mais esta temporada de In Treatment. Confira abaixo como foi a primeira semana:

Episódio: Sunil – Week One
Número dos Episódio: 3×01
Data de Exibição nos EUA: 25/10/2010

Sunil é um personagem bastante interessante. Quando a esposa morreu, o seu filho o trouxe da Índia para morar nos Estados Unidos com o objetivo deles ficarem mais próximos. No entanto, Sunil não consegue se adaptar à cultura americana, principalmente em deixar de lado os costumes que ele tinha no seu antigo país. Professor de Matemática na Universidade em que lecionava, ele ainda não conseguiu superar a morte da esposa – falecida há seis meses. Mas não somente isso: ele enfrenta uma luta constante para conseguir lidar com a esposa do seu filho, Julia (Sonya Walger, das séries Lost e FlashForward). Nos primeiros minutos, apenas o casal fala enquanto que Sunil permanece calado. Paul começa a conversar com ele quando, gentilmente, pede para que o casal deixe a terapia. Sunil explica os seus problemas, mas é bem verdade que a personagem pode crescer conforme os conflitos que ele enfrenta dentro de casa, se mantendo solitário e longe da educação do seu neto e, além disso, tendo que conviver com as regressões do seu filho, que passou a cultuar cada vez mais a cultura americana a partir do momento em que se casou.

Frances - Week One
Episódio: Frances – Week One
Número dos Episódio: 3×02
Data de Exibição nos EUA: 25/10/2010

Sabe quando um episódio termina e você fica sem reação? Acho que é mais ou menos este o efeito que esta sessão de terapia acaba exercendo sobre quem assiste. Inicialmente, a relação entre Paul e Frances, irmã de uma antiga paciente de Paul, parece distante mas, ao mesmo tempo, próximos por conta da relação que ambos têm com Patricia. Os diálogos na primeira metade da sessão de terapia são até vagos, pois o roteiro acaba se prendendo a certas definições que acabam não exercendo efeito algum para a trama. Mas, na segunda metade, a direção de Paris Barclay passa a procurar mais a emoção das suas personagens. E isso faz com que Paul e Francis mantenham um diálogo mais intenso. Enquanto ela se preocupa com as falas que está esquecendo da sua personagem em uma peça que está prestes a estrear, ele tenta entender o outro lado da vida da sua paciente: por que ela sempre usa o trabalho como um escapismo para não assumir as realidades da sua vida? Francis reclama quando a sua filha joga isso em sua cara, mas ela própria deve saber que é verdade. O problema disso tudo é aceitar a verdade, não importando a dor que ela exerça. No entanto, por mais que a sessão entre Paul e Francis tenha sido bem construída e desenvolvida, é o final que mais deixa estampado o quanto esta temporada de In Treatment deverá ser interessante, principalmente na abordagem do Dr. Paul Weston.

Jesse - Week One
Episódio: Jesse – Week One
Número dos Episódio: 3×03
Data de Exibição nos EUA: 26/10/2010

Jesse se encaixa dentro de um padrão que a série vem tratando desde a primeira temporada, quando lança personagens adolescentes que possuem algum tipo de perturbação. Na primeira temporada, a ginasta Sophie (relevando a atriz Mia Wasikowska para o cinema) tinha problemas em querer chamar a atenção das pessoas. A pressão que sofria também dentro da equipe olímpica americana contribuía para isso, mas os seus atos suicidas por conta dos conflitos com os pais, fizeram com que ela sabotasse a sua própria participação dentro do time. Na segunda temporada, Paul Weston ajudou April a tentar lutar contra um câncer, a suportar a pressão de ter que cuidar do seu irmão e também os seus desejos e ansiedades quanto à universidade de arquitetura. Dessa vez, o trabalho de Paul parece muito mais difícil com Jesse que, homossexual assumido e morando com os pais adotivos, guarda um rancor muito forte dos pais biológicos além, ainda, do seu envolvimento com drogas e pessoas que, para Paul, são péssimas companhias para ele. Jesse demonstra uma fragilidade até mesmo no jeito de olhar, na maneira como fala e no seu comportamento perante as perguntas de Paul que, assim como ele, também se sente incomodado com determinados comportamentos e tratamentos do garoto. Me parece que Jesse vai dar muito trabalho para o Dr. Paul, não?

Adele - Week One
Episódio: Adele – Week One
Número dos Episódio: 3×04
Data de Exibição nos EUA: 26/10/2010

Sinceramente? Foi um dos melhores episódios que eu já assisti de In Treatment durante estas três temporadas. A capacidade do roteiro deste episódio, alinhada à direção de Paris Barclay, foi simplesmente chocante como foi o capítulo. A sessão com Adele, que é uma terapeuta procurada por Paul para lhe prescrever um remédio para dormir, começou dele falando apenas que estava tendo problemas de insônia há alguns dias. A partir disso, a transição que o texto dá para o andamento do episódio é de um equilíbrio maravilhoso, como pouco se vê atualmente. De maneira cuidadosa, os diálogos foram caminhando cada vez mais para uma sessão intensa, cujos problemas de Paul começaram a aparecer. A sua fragilidade, vista no primeiro episódio desta terceira temporada, ganhou forma e ele precisa, sim, de ajuda, Mas, dessa vez, não é para compreender o que acontece consigo mesmo pois as sessões com Gina, ao que parece, foram suficientes. Agora, Paul está mais preocupado em como conseguir lidar com o fato de viver “amedrontado” por ter a mesma doença que matou o seu pai no ano passado: Parkinson.

Adele - Week One
A atuação de Gabriel Bryne é digna de um Emmy, diga-se de passagem. Ele está tão perfeito que, em um determinado quando ele conta sobre Sunil e a maneira como Paul enxerga em seus olhos o quanto o seu paciente se sente solidário, é capaz que qualquer pessoa que assista possa chorar com o relato de Paul. As suas expressões demonstram sinceridade, mas também fragilidade por não saber exatamente o que acontece com o seu corpo e a sua mecanicidade. Um episódio para entrar para a história – e olha que estamos apenas na primeira semana.

* * *

Texto gentilmente cedido pelo weblog Sob a Minha Lente.

Rubicon: O fantástico jogo da espionagem

Data/Hora 24/10/2010, 10:11. Autor
Categorias Opinião


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Rubicon - Piloto

Eu não durmo mais. Este trabalho faz com que a gente não se cuide. – Will Travers

Rubicon foi uma aposta do canal AMC nesta temporada que conseguiu conquistar a crítica, mas não parece ter atraído o grande público. As pessoas talvez ainda não estejam realmente acostumadas com narrativas mais lentas e tramas que tiram o espectador do lugar comum, aquele lugar convencional em que apenas assiste digerindo tudo o que está sendo mostrado. A trama foi criada e concebida por Jason Horwitch, que depois largou o show dando lugar a Henry Bromell, que enxergou possibilidades que antes poderiam não ter sido imaginadas quando o primeiro episódio foi ao ar. Clique aqui para continuar a leitura »

As estreias da temporada: primeiras impressões

Data/Hora 08/10/2010, 11:57. Autor
Categorias Opinião, Spoilers


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Blue Bloods


A CBS é a emissora dos dramas policiais. Toda temporada estreia alguma produção nova. Há dois anos, por exemplo, o canal CBS levou ao ar The Mentalist e The Eleventh Hour que, injustamente, foi cancelada no final da temporada. É nela que também passa Criminal Minds, os CSIs da vida, os NCIS também. Nesta fall season, a CBS aposta em mais um drama policial: Blue Bloods.

Com um elenco que envolve o retorno de Tom Selleck à televisão, além da presença do experiente Len Cariou, Blue Bloods é sobre a família Reagan em que todos estão, de alguma forma, envolvidos com a Lei, de geração a geração. Henry Reagan (Cariou), pai de Frank Reagan (Selleck), é o mais antigo e o grande responsável por ter levado toda a família para este caminho. Mesmo os que não trabalham na polícia, como é o caso de Erin Reagan (Moynahan), o seu objetivo de ter se tornado advogada serviu como um pressuposto para também trabalhar a favor da Lei.

Frank Reagan é o Comissário de Nova York e as primeiras cenas da série são embaladas pela clássica canção de Frank Sinatra, “New York, New York”. Vemos alguns pontos turísticos e, claro, toda a movimentação de uma das cidades mais importantes do mundo que se caracterizou, não apenas por ser o centro financeiro, mas por abrigar pessoas de todos os lugares possíveis. Para isso, a polícia de NY precisa ser uma das mais bem treinadas para dar segurança a toda esta população que não para de crescer. Por isso, a todo momento são formados novos policiais (isso sem falar na divisão de detetives e investigadores que trabalham em casos mais complexos).

É o caso de Danny Reagan (Wahlberg), que faz a linha do policial durão da família. Após servir no Iraque, e ter que superar os traumas da guerra (ou continuar lutando para superá-los), Danny tem as mesmas características do avô, que normalmente o apóia em seus atos de raiva e força excessiva. Para salvá-lo de possíveis problemas, a sua irmã Erin é quem aparece para contornar a situação. Além deles, ainda tem o caçula Jamie Reagan (Estes), que largou a Universidade de Harvard, onde cursava Direito, para se tornar um policial após a morte do irmão em uma suposta batida policial que deu errado.

O caso apresentado aqui neste episódio, que serve de pano-de-fundo para ilustrar o convívio familiar dos Reagan, é o de uma menina que foi raptada. Danny segue as investigações, utiliza uma força excessiva à la Jack Bauer em uma cena de interrogatório e, no final, consegue achar a garota e se torna o herói do dia. No entanto, este caso é o que menos importa no primeiro episódio da série. O diálogo mais importante se dá quando Jamie é parado por outros dois policiais, e eles lhe falam sobre a possibilidade de existir uma organização secreta dentro da polícia, que é chamada de Templários Azuis (uma referência à cor do uniforme policial utilizado em Nova York). Assim, Jamie fica sabendo que o seu irmão, supostamente, possa ter sido assassinado porque estava investigando essa organização e chegando muito perto da verdade.

É bem possível que, neste caso, Jamie venha a assumir o lugar do seu irmão na investigação para continuar (ou terminar) aquilo que ele havia começado. Blue Bloods se apresenta, neste sentido, como uma série interessante que, até pode seguir as obviedades e os clichês do gênero, mas tem na família Reagan um grande argumento e mecanismo para torná-la interessante. Sem contar que o elenco está em sintonia, algo que pode ser observado nas discussões no almoço de domingo, ou nos embates entre Erin e Danny ou, ainda, nas tentativas do Comissário Frank de não misturar os assuntos familiares com os enfrentamentos que precisa lidar com o Prefeito de Nova York.

Blue Bloods é uma boa aposta da CBS, mas não apresenta nada de novo em relação gênero. Se pararmos para fazer uma comparação entre ela e a recente Detroit 1-8-7, da ABC, a segunda se sai com um estilo muito mais conceitual e tentando fugir dos clichês das outras séries que também estão em exibição na televisão americana, e com mais temporadas e um público definido. Mas Blue Bloods se sai bem, resta saber como ela se apresentará daqui para a frente.

Detroit 1-8-7


Detroit é a maior cidade do estado de Michigan e uma das importantes dos Estados Unidos por conta da sua fonte de economia, que é a indústria automobílistica em que abriga as sedes da General Motors e a Ford Motor Company. Mas, entra ano e sai ano, Detroit continua sendo considerada uma das grandes cidades mais violentas dos Estados Unidos, com a maior taxa de homicídios entre as 60 maiores cidades do país. E isso tudo se deve à má distribuição de renda, mantendo a linha de indicadores da pobreza em níveis altíssimos.

Essa história e estes números se tornaram um prato cheio para Detroit 1-8-7 narrar o cotidiano da Divisão de Homicídios da cidade. O ator Michael Imperioli (Família Soprano) interpreta o detetive Louis Fitch, um cara excêntrico e um dos mais antigos na divisão. Ele possui o maior indíce de resolução de homicídios entre todos do seu departamento. Acostumado a trabalhar sozinho, ele recebe um novo parceiro, o detetive Damon Washington, que logo no seu primeiro dia como investigador precisa lidar com um crime brutal dentro de uma farmácia.

Mas Damon não está exatamente tão preocupado com os homicídios, uma vez que a todo momento o seu celular toca. É a sua esposa que está no último mês de gestação e que, a qualquer momento, poderá ter o seu bebê. Além dos dois, somos apresentados também a Maureen Mason, chefe do Departamento de Homicídios e que já está lá há quinze anos; a detetive Ariana Sanchez, que perdeu o seu parceiro recentemente, há dois anos como investigadora; Aman Mahajan, um policial que trabalha infiltrado nas gangues para descobrir as rotas do tráfico de drogas, mas foi promovido agora a detetive também; e o sargento Jesse Longford, há tanto tempo nesse trabalho, está contando os dias da sua aposentadoria.

O roteiro escrito por Jason Richman, que também é o criador da série, apresenta de início dois homicídios. O primeiro deles acontece dentro de uma farmácia, enquanto que o segundo é em uma ponte nas proximidades do metrô da cidade. Aparentemente, os dois crimes não possuem ligação alguma. Mas as investigações acabam se encontrando e levando a um único suspeito, que saiu da prisão recentemente e deseja vingança. Assim, ele mata a sua mulher e o namorado dela em prol dos seus filhos, que ele não quer mais viver separado. As motivações são “ótimas” para a construção de um personagem extremamente complexo, que não está ali apenas para fazer figuração e constituir um álibi para a série apresentar o que tem para o público.

Detroit 1-8-7 tem características interessantes de uma narrativa que, a julgar, não sei se conseguirá atingir o público da televisão aberta norte-americana. Uma audiência que não está acostumada, ou pronta, para assistir séries como esta. Um exemplo disso foi o precoce cancelamento de Lone Star que vinha sendo transmitida pela Fox americana. A série tinha potencial e uma boa história, mas os contornos e as tramas que os roteiristas usaram acabaram não atraindo o público, que ainda é bastante conservador. O novo programa da ABC é crítico, extremamente crítico. Como explicar, por exemplo, que Detroit sofra deste mal há tanto tempo? Por que não existem políticas públicas, como foram feitas em outras capitais, para contornar a violência?

O importante é notar como estas críticas estão feitas de maneira sensível, mas objetiva. Em uma cena, quando os detetives estão procurando as cápsulas que foram disparadas da arma que resultaram em um dos homicídios que ocorreu na ponte próxima ao metrô, vemos os diálogos entre eles e o número chocante de outras cápsulas que também foram encontradas no mesmo local. Um dos detetives chegam a falar: “é nisso que dá procurar cápsulas em Detroit”. Ou seja: a violência se tornou algo extremamente comum. E o que a população precisa fazer, neste caso, é conviver com ela. Enquanto isso, a polícia tenta solucionar os crimes, mas também conta com o problema da falta de contigente necessário para tornar as operações mais objetivos e os processos mais rápidos.

De certa maneira, Detroit 1-8-7 se torna quase que um falso documentário. A direção do primeiro episódio, a cargo de Dean White, é extremamente real. Em muitos momentos, a sua câmera simplesmente acompanha a trajetória dos detetives, incluindo os seus interrogatórios (o que explica também as censuras quando há xingamentos) e os passos da investigação. Em uma perseguição, vemos claramente que a direção tem a proposta de ser mesmo um pouco “caseira”, de se apresentar com uma edição “capenga”, mas que expresse o real. Os cortes são mais bruscos, os enquadramentos feitos de maneira rápida e até desfocada, como se pode perceber em uma das cenas. No clímax do episódio, aliás, é possível como a câmera filma a personagem de longe, como se estivesse em um outro prédio. É uma metáfora inteligente para nos dizer: “não temos como ‘invadir’ a cena do crime, mas conseguimos dar um jeito de filmar e transmitir isso para vocês”. Além disso, o final é surpreendente e deixa uma expectativa para o espectador assistir logo o segundo episódio, saber o que realmente aconteceu ou o desfecho daquela trama.

Detroit 1-8-7 é uma grande surpresa. Os efeitos aqui são minímos, quase que imperceptíveis. O que se sobressai é exatamente esta “direção documental”, alinhada a um bom roteiro e um episódio que se constroi pela sua intensidade, dramaticidade e emoção.

Se alguém estava reclamando que a fall season ainda não tinha apresentado nenhuma série que realmente chamasse atenção, talvez Detroit 1-8-7 seja uma boa pedida para começar a se pensar de uma outra forma.

Hawaii Five-0


Considerada como uma das estreias mais aguardadas da temporada, Hawaii-Five-0, remake da série produzida entre 1968 e 1980 e que marcou uma geração, chegou com todo esse hype. Apesar disso, a emissora CBS, ao longo da campanha publicitária, divulgou até pouco material de lançamento da série. De qualquer maneira, esperei assistir dois episódios antes de fazer qualquer comentário sobre esta nova produção. Mesmo porque, tomando por base apenas o “Piloto”, é muito pouco para criticar algum produto julgando como bom ou ruim (apesar de se conseguir fazer isso com outras produções.

Até porque, o protagonista de Hawaii Five-0, Alex O’Loughlin, é um verdadeiro pé-frio. Quando ele estreou a boa Moonlight, a CBS não renovou a série ao final da temporada. Depois disso, ele fez Three Rivers, que também foi cancelada. A CBS, então, acabou criando mais uma série para lançar o ator no mercado. E optou por um remake de uma série que fez muito sucesso em seu tempo, o que, por si só, poderia (como foi) atrair o público.

A história gira em torno das atividades do Departamento de Polícia do Havaí, chefiado por Steve McGarret (O’Loughlin), um ex-fuzileiro Naval que, logo na primeira cena, aparece em ação protegendo um suspeito que procurara há muito tempo. Em contrapartida, o irmão deste acaba invadindo a residência do seu pai e fazendo-o refém. No tiroteio, o suspeito que estava sendo protegido acaba morto e, com isso, o seu pai também recebe o mesmo destino. A liderança no Departamento de Polícia é apenas uma justificativa para encontrar a vingança que prometera ao seu pai. Mas, no entanto, ele terá que lidar com situações ainda extremas, como o tráfico de pessoas, armas e de drogas, além da corrupção que atinge a própria polícia.

Na equipe formada por Steve, a pedido da governadora do Havaí, Patricia Jameson (Jean Smart, 24 Horas), estão Danny Williams (Scott Caan), um policial veterano que construiu a sua carreira no Departamento de Polícia de Nova Jersey. Além dele, tem também Chin Ho Kelly (Daniel Dae Kim, de Lost), um policial que foi expulso por suspeitas de ser corrupto, e a sua prima Kono Kalakaua (Grace Park, de Battlestar Gallactica), que está ainda entrando na carreira policial e ansiosa por iniciá-la.

Hawaii Five-0, por sinal, se torna uma série bastante agradável de ser assistida contemplando e inserindo, em meio às tramas, imagens da paradísiaca Havaí (como era de se esperar). E o mais importante de tudo: ela se torna divertida. Os papéis das personagens são muito bem definidos, tanto no primeiro episódio quanto no segundo. Mas a alma da série, que poderia residir em Alex O’Loughlin, na verdade está caracterizada por meio de Danny, que mantém uma relação tumultuada com Steve. Scott Caan consegue trazer uma personalidade real e também sentimental à sua personagem, que se torna uma das partes mais importantes dos dois episódios que assisti.

E, obviamente, não dá para esperar nada de espetacular de uma série como Hawaii Five-0. Mas, naquilo que ela se propõe, ela consegue fazer com episódios recheados com boa dose de humor, cenas de ação, diálogos rápidos, suspense e lindas imagens. E, para o público que assiste à série, provavelmente isso é tudo o que interessa e que mais vale a pena. Resta saber se Alex O’Loughlin não será novamente um pé-frio e a série seja cancelada (o que é difícil considerando os últimos números da audiência). Parece que agora ele vai conseguir emplacar alguma série e, apesar de ser limitado como ator, ele pelo menos é carismático. E isso é importante para um protagonista.

Nikita


Surpresa é uma das palavras que podem definir Nikita, nova produção do canal CW. Personagem famosa exatamente pela recriação dos americanos, mas desenvolvida pelo diretor francês Luc Besson, Nikita está atrás de vingança da Division, uma poderosa companhia que recruta pessoas para se tornarem assassinos. Todo o discurso é trabalhado em torno de que eles protegerão os Estados Unidos. Mas, sabe-se, que não é exatamente isso que acontece. A Division defende os seus próprios interesses, eliminando qualquer ameaça que possa interceptar as suas missões ou atrapalhar os seus objetivos.

E assim conhecemos a Nikita interpretada por Maggie Q, atriz que já trabalhou em filmes de ação como Duro de Matar 4.0 e Missão Impossível 3, uma mulher altamente sedutora e sensual que não irá descansar até acabar com a Division por esta ter destruído a sua vida ao matar o homem que ela havia se apaixonado. As motivações são óbvias, mas é bom que se diga o quanto a produção de Nikita é surpreendente para os padrões da CW, um canal que se especializou em ter programas voltados para o público adolescente e, principalmente, feminino.

No primeiro episódio, vemos boas cenas de ação e algumas surpresas que realmente ajudam o roteiro a criar reviravoltas interessantes. Sinceramente, eu estava um pouco acanhado em relação a acompanhar esta série. Mas, de qualquer forma, mesmo por ainda se tratar de um primeiro capítulo, as primeiras impressões foram boas. O elenco, se não estão completamente equilibrados, pelo menos conseguem definir bem as ações das suas personagens. E é interessante observar a maneira como as narrativas se desdobram, entre as cenas de treinamento que se passam na Division e com outras que se passam com Nikita arquitetanto os seus planos.

O tema da espionagem se tornou algo comum dentro da produção televisiva. Mas Nikita pode ser a chave de entrada para que a CW saia do seu nicho habitual, passando a produzir séries que alcancem um público mais adulto e, talvez, seletivo. E, por mais que a história aqui seja repleta de clichês, Nikita pelo menos consegue agradar e ser um bom divertimento pelos 40 minutos que ela tem. Aliás, o cenário da organização secreta Division lembra um pouco da cancelada Dollhouse, da Fox. Inclusive, a personagem de Melinda Clarke, Amanda, também é bastante parecida com Adelle DeWitt, interpretada de forma espetacular pr Olivia Williams.

Remakes, normalmente, são vistos com um certo desdém pelo público que tendem a preferirem as versões originais. E isso acontece tanto na televisão, quanto no cinema. A temporada é longa, difícil saber se Nikita conseguirá manter o fôlego que apresentou no primeiro episódio. Mas, ainda assim, foi uma boa amostragem de que a CW, ao que parece, pode ter começado a redefinir a grade de programação e o público que ela pretende atingir.

The Event


Me parece sempre que há um certo “urgentismo” (essa palavra existe?) em querer transformar alguma série estreante num fenômeno como Lost. Lembro que foi isso que estavam dizendo por aí quando FlashForward foi lançada pela ABC que, sendo a mesma emissora de Lost e já sabendo que a sua trama iria terminar na sexta temporada, vinha prometendo-a como a substituta para o programa de Damon Lindelof, J.J Abrams e Carlton Cuse.

Na ocasião, FlashForward foi a grande decepção da fall season, exatamente por se vender como algo que ela não conseguiria se tornar (apesar da tentativa e da pretensiosidade). Dessa forma, parece que The Event, nova série da NBC, sofrerá do mesmo mal. Já começaram a compará-la como um misto de FlashForward e Lost. São exatamente nestas comparações que a série tem tudo para não durar muito tempo na grande de programação da NBC, principalmente porque o público poderá facilmente se decepcionar com ela.

No episódio Piloto, The Event se divide em blocos e cada um dele é destinado para um determinado personagem. É a visão deles para um determinado fato, talvez uma conspiração que esteja acontecendo. Escrever tramas conspiratórias faz parte do momento, assim como as “sagas” vampirescas. Mas apenas uma série tem surtido efeito neste quesito: Rubicon, do canal AMC. The Event, aliás, cai na mesma armadilha de FlashForward – desenvolver todo um mistério, apresentar diversos personagens e, depois de um certo tempo, não conseguir mais desenvolver as suas histórias.

Logo de início, dá para perceber o quanto o roteiro é burocrático neste sentido. The Event abusa dos flashbacks, abusa mais ainda da repetição de cenas para mostrar o que possivelmente não foi visto. Mas, em meio a isto, ela não consegue exibir nada de novo que possa chamar atenção ou desviar o nosso olhar para acompanhar a visão de algum personagem. É muito cedo para falar, mas o elenco também não contribui em muito para a série. Talvez Blair Underwood, que interpreta o presidente dos EUA, venha a se destacar, mas é muito difícil considerando que ele não deve sair do seu lugar-comum (considerando até mesmo o Dennis Haysbert fez interpretando David Palmer, em 24 Horas).

Se continuar seguindo com esta maneira burocrática e com um roteiro extremamente mal escrito, acho difícil que The Event consiga sobreviver. Não será fácil superar a expectativa e agradar ao público que, com certeza, para se ter uma série comparada a Lost precisará de um combustível muito mais interessante e inteligente do que meros flashbacks e uma ação que se desenvolve por completo dentro de um avião (fazendo, assim, mais uma alusão à Lost, ainda que este não tenha sido o objetivo da série).

O maior problema de The Event é que ela soa sempre pretensiosa demais, com o objetivo de causar espanto no seu público. Mas acho, em outras palavras, que o espanto venha apenas por conta da sua qualidade ruim.

Boardwalk Empire


A Primeira Guerra Mundial acabou de terminar. Para os americanos, é sinal de que tempos melhores estão por vir sem colocar os seus soldados dentro das trincheiras pelo tempo que fosse necessário. Mas a História não aconteceu exatamente desta forma. A Crise Econômica de 1929 colocou os Estados Unidos no vermelho durante um longo período, questionando o próprio sistema capitalista que fora implantado naquela época. Mas, antes disso, Boardwalk Empire narra a interessante vida de Nucky Johnson, tendo como pano-de-fundo a Lei Seca que começou a vigorar em Atlantic City, e no restante dos Estados Unidos.

Com o primeiro episódio dirigido por Martin Scorsese, que retorna às produções envolvendo a Máfia, e escrito por Terence Winter (Família Soprano), em um determinado momento vemos os moradores em contagem regressiva. Mas ela não se dava pela chegada do ano novo, longe disso. Era pela chegada da Lei Seca, que coibia de maneira veemente o consumo e a produção de álcool. Mas já tinha gente pensando em lucrar com tudo isso. E é aí que surge Nucky Thompson (Steve Buscemi, de Cães de Aluguel), baseado em Nucky Johnson, que levava uma vida endinheirada, morava em um andar inteiro do hotel Ritz-Carlton, acordava só às 15h e saía em seu Rolls-Royce para controlar a prostituição, a exploração de bebibas e jogos.

Boardwalk Empire apresenta os lados dessa história, costura as suas diversas tramas em prol de um universo mafioso onde todos são corruptos e parecem estar ligados ao crime. Scorsese comanda a série com uma direção contundente e precisa, criando sequências realmente maravilhosas. A primeira delas, e a que mais chama a atenção, se dá exatamente em um momento quando um carregamento de álcool sai de Atlantic City em direção à Chicago. Com uma trilha sonora caprichada, Scorsese se utiliza de uma montagem interessante, tendo a convergência da cena do carregamento com uma outra batida policial. Espetacular como a narrativa ganha força e, principalmente, como isso causa apreensão em que está assistindo.

Sem contar que é impressionante também como a caracterização foi bem feita pelos produtores da série. A direção de arte teve um cuidado em conseguir os figurinos exatos daquela época, assim como os cenários, os carros e a própria música que era tocada. Boardwalk Empire mais parece uma produção cinematográfica, mas feita para a televisão com uma qualidade absurda e que dificilmente se vê. A série aposta em Steve Buscemi como o protagonista desta produção. A responsabilidade é grande, mas ele parece tão à vontade no papel que tudo funciona de maneira orgânica

Além de Buscemi, também fazem parte do elenco o ator Michael Pitt (Os Sonhadores), Michael Shannon (A Troca), Kelly MacDonald (Onde os Fracos Não tem Vez). Todos eles estão ótimos em seus respectivos papéis, com um destaque maior para Pitt que, cada vez mais, tem demonstrado o seu potencial. Quando dirigido por Bertolucci, em Os Sonhadores, ele já demonstrava essa capacidade. Em Últimos Dias, longa do Gus Van Sant, ele foi um dos responsáveis pela poesia visual do diretor americano. Ou seja, em termos de elenco, Boardwalk Empire tem tudo para continuar crescendo, inclusive por conta dos seus personagens.

É ótimo ver Scorsese novamente filmando um mundo que lhe é bastante habitual e profundo conhecedor. Alguns diálogos, por exemplo, lembram a maneira de filmagem que ele fez em Os Bons Companheiros, principalmente quando os mafiosos estão discutindo os planos para o carregamento de álcool chegar até Chicago. O interessante não vai ser observar apenas como será os diversos caminhos que serão tomados pela série nesta contextualização da Lei Seca, mas também as próprias transformações do personagem-central e a maneira como ele é parte político e parte mafioso. Boardwalk Empire é uma série charmosa e extremamente bem produzida, com um cuidado técnico impressionante.

E acompanhar a trajetória destes mafiosos tem tudo para ser incrível.

* * *

Resenhas gentilmente cedidas pelo weblog Sob a Minha Lente.

Friday Night Lights – Thanksgiving

Data/Hora 07/10/2010, 23:41. Autor
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Série: Friday Night Lights
Episódio: Thanksgiving
Temporada:
Número do Episódio: 4×13 (season finale)
Data de Exibição nos EUA: 10/2/2010
Emissora nos EUA: DirecTV
Data de Exibição no Brasil: 24/9/2010
Emissora no Brasil: AXN

Eu perdi a conta de quantas vezes consegui me emocionar com os episódios de Friday Night Lights. Por esta série já fiz resenhas até pessoais demais (coisa que dificilmente faço no meu blog pessoal ou no TeleSéries, por ter medo de me expôr demais para meus leitores). Decerto, só de estar escrevendo minhas opiniões já estou me expondo, dando a oportunidade das pessoas me julgarem a partir das palavras que são escritas neste espaço. Clique aqui para continuar a leitura »

Review: Friday Night Lights – The Son

Data/Hora 31/07/2010, 19:48. Autor
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Friday Night Lights - The Son

Série: Friday Night Lights
Episódio: The Son
Temporada:
Número do Episódio: 55 (4×05)
Data de Exibição nos EUA: 2/12/2009
Data de Exibição no Brasil: 30/7/2010
Emissora no Brasil: AXN

Ao longo desses cinco anos os quais acompanho as séries escrevendo para o meu blog e para o TeleSéries, foram poucos os episódios em que fiquei realmente abatido. Apesar de eu ser uma pessoa que sempre acredita nesta ebulição de sentimentos sensíveis (uma questão de personalidade minha mesmo), não é com toda estória que me emociono ou que fico realmente triste. Lembro que isso aconteceu com One Tree Hill, cujo episódio Who Will Survive, and What Will Be Left Of Them representou o enterro de Keith Scott e os estágios do pesar sofridos pelo seu sobrinho, Lucas Scott. Pois The Son acaba de entrar para essa lista. Quando Friday Night Lights anunciou que o pai de Matt Saracen havia morrido, eu já estava esperando um episódio carregado de emoções, de dramas e de cenas inesquecíveis. Eu só acho que não estava preparado para conseguir suportar toda essa dor que os personagens viveram na série.

E qualquer espectador deve ter sentido isso, porque o mérito dos atores (e do elenco, de uma maneira geral) é muito grande em saber passar tudo isso que eles estavam sentindo, o luto que eles estavam passando. E foi assim durante os quarenta e quatro minutos que o episódio teve. E fiquei durante esse tempo procurando maneiras de escrever e de conseguir retratar aquilo que eu também estou sentindo, quebrando uma das minhas regras que é nunca deixar transparecer o que eu sinto para os meus leitores. Clique aqui para continuar a leitura »

Review: Friday Night Lights – A Sort of Homecoming

Data/Hora 29/07/2010, 15:00. Autor
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Friday Night Lights - A Sort of Homecoming

Série: Friday Night Lights
Episódio: A Sort of Homecoming
Temporada:
Número do Episódio: 54 (4×04)
Data de Exibição nos EUA: 18/11/2009
Data de Exibição no Brasil: 23/7/2010
Emissora no Brasil: AXN

Ainda me surpreende o fato dessa série continuar me surpreendendo. Acompanho Friday Night Lights desde o seu início e confesso que ela tem mudado a minha maneira de pensar em relação a certos assuntos. A Sort of Homecoming tinha tudo para ser um episódio “normal”, sem reviravoltas. Primeiro porque ele não tinha exatamente uma grande trama. Entretanto, os roteiristas souberam criar um drama em cima de uma estória que foi tratada na primeira temporada, sofrendo o seu clímax aqui neste momento. A série não precisou nos dizer muita coisa quando os oficiais do Exército bateram à porta de Lorraine Saracen. O áudio foi cortado e já sabíamos que alguma coisa tinha acontecido com o pai de Matt. Na guerra, se luta pela sobrevivência. É matar ou morrer. Ele morreu fazendo aquilo que gostava, apesar de ter tentado voltar a Dillon e viver uma vida normal. Até tentou vender carros na Buddy Motors, mas não deu certo. É difícil restabelecer uma vida dessa maneira quando se fica tanto tempo convivendo com o perigo. Mas e agora? Como será que Matt irá encarar mais este problema? Como ele irá cuidar de si mesmo e também da sua avó tendo esta tragédia tão em evidência? Clique aqui para continuar a leitura »

Review: Friday Night Lights – In the Skin of a Lion

Data/Hora 19/07/2010, 12:18. Autor
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Friday Night Lights - In the Skin of a Lion

Série: Friday Night Lights
Episódio: In the Skin of a Lion
Temporada:
Número do Episódio: 53 (4×03)
Data de Exibição nos EUA: 11/11/2009
Data de Exibição no Brasil: 17/7/2010
Emissora no Brasil: AXN

Às vezes você perde e depois precisa levantar para tentar vencer novamente. Alguns demoram para se erguer, pois eles ainda sentem o peso da derrota. E é justamente isso que vemos nos Lions, uma vontade incrível de reconstruir aquilo que estava sendo construído. Primeiro eles começaram queimando os velhos uniformes em busca do novo. Para pagar por este material, eles tiveram que arrecadar dinheiro, uma vez que ninguém confia no time. Depois do fiasco que foi a estreia da temporada, o próprio diretor da East Dillon começou a questionar se o programa de futebol valeria realmente a pena. Clique aqui para continuar a leitura »

Review: Friday Night Lights – After the Fall

Data/Hora 10/07/2010, 11:30. Autor
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Friday Night Lights - After the Fall

Série: Friday Night Lights
Episódio: After the Fall
Temporada:
Número do Episódio: 52 (4×02)
Data de Exibição nos EUA: 4/11/2009
Data de Exibição no Brasil: 10/7/2010
Emissora no Brasil: AXN

A cada novo episódio sou surpreendido por esta série fantástica. Quem poderia imaginar que esta quarta temporada continuaria mantendo a qualidade das anteriores? Mesmo porque, alguns atores que eram tidos como principais saíram e estamos vivenciando um novo recomeço. Porém, o mais impressionante é que esta estória de recomeçar tudo novamente parece ter tido um efeito positivo. Friday Night Lights continua se reinventando, apesar das composições estéticas continuarem presentes. Clique aqui para continuar a leitura »

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