TeleSéries
The Newsroom – I’ll Try to Fix You
24/07/2012, 11:49. Tiago Oliva
Reviews
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Série: The Newsroom
Episódio: I’ll Try to Fix You
Temporada: 1ª
Número do episódio: 1×04
Data de Exibição nos Estados Unidos: 15/07/2012
Reclamem do que quiser: do elenco, da parte cômica, da reutilização da forma, do figurino, da parte política, da iluminação, da trilha sonora, dos cabelos, do tom de voz, enfim. Fiquem à vontade para apontar cada erro de The Newsroom. Só não digam que Aaron Sorkin não sabe como contar uma história. O sonho de todo roteirista é enganar o telespectador, fazendo com que ele pense que está vendo uma coisa quando na verdade está vendo outra. Pena que tão poucos conseguem. Ninguém poderia imaginar que por trás de toda aquela história do escândalo do Will, estava uma tentativa da presidente do canal de tentar tirá-lo dos holofotes. Sem contar que eu já nem sei qual a intenção dessa série, de tantos temas que são abordados. Não que isso seja ruim, desde que seja feito de forma coerente como temos visto. Novamente, em um mesmo episódio, tivemos discussões sobre vários assuntos como o controle de venda de armas (poucos dias antes do massacre do Colorado), da valia da imprensa de celebridades, da briga entre informação e entretenimento, sobre a existência do Pé Grande (essa gerando mais controvérsia que qualquer outra) e sobre o cuidado ao lançar uma notícia no ar. E todas com começo, meio e fim.
Mas o grande acerto do episódio foi tirar da McKenzie a parte cômica e jogar para o Neal. Não que esse tenha se saído melhor (até porque a história do Pé Grande tirou boa parte da credibilidade do personagem), mas porque, por ser menos importante, o estrago é bem menor que quando a protagonista tenta fazer macacada. Acho que foi a primeira vez que eu vi a McKenzie falando com um tom sério. Isso no momento em que ela descobre as implicações da renegociação do contrato do Will. E se saiu muito bem. Por mais que eu odeie triângulos amorosos, tenho que admitir que o trio formado por Jim, Maggie e Don tem feito o seu trabalho da melhor maneira possível. Acho que é a parte que mais me interessa na série.
De todos os episódios até agora, o único que me incomodou de verdade foi o segundo. A evolução dos episódios é evidente, e acho um pouco injusto cobrar que uma série mostre a que veio no seu quarto episódio. As notícias, como a da demissão da equipe de roteiristas, não têm ajudado a manter a esperança (quem conhece o trabalho do Sorkin sabe que isso está longe de ser um problema). Claro que minhas expectativas ainda não foram correspondidas, mas ainda tenho esperança de que a série encontre seu brilhantismo.
‘Mad Men’ – Um Balanço da Temporada
16/07/2012, 23:50. Tiago Oliva
Especiais, Opinião
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Durante quatro anos eu senti muita raiva de Mad Men por ver a série “roubar” todos os principais prêmios das minhas séries favoritas. Já havia assistido o piloto, que não conseguiu me prender. Sempre me perguntei o que poderia ter de tão especial ali, mas mantinha o discurso do “nunca vi, nunca gostei”. Quando anunciaram a estreia da quinta temporada, decidi encarar o desafio de ver todos os episódios, pois já estava cansado de ficar de fora das discussões sobre a série nas rodinhas. O plano era falar mal com propriedade. Mas eis que já no final da primeira temporada, consegui perceber a genialidade de que todos falavam tanto. Me lembro que enquanto assistia pensava: “Como a Peggy (Elizabeth Moss) pode ter engordado tanto tão rápido?”. Mas sem muito alarde, afinal de contas a personagem nunca foi um exemplo de beleza. Quando ela descobriu que estava grávida e prestes a ter um filho, entendi que série era feita por pessoas que sabiam o que estavam fazendo. E assim foi até o último episódio exibido, passando por episódios geniais como o The Suitcase, com poucas derrapadas. Mas agora vamos falar da 5ª temporada.
O quinto ano da série talvez tenha sido o caminho mais tortuoso para os personagens. Todos acabaram a temporada tendo que tomar decisões muito sérias. A mais importante, com certeza, foi a do Lane, que optou por resolver seus problemas tirando a própria vida. Ele, que sempre teve sua vida baseada no controle, fosse controlando as finanças da firma ou sendo controlado pela família, se viu obrigado a encarar uma situação não prevista que o levou a conseqüências com as quais ele não pode lidar. A Peggy já servia de exemplo de como o ambiente da agência pode mudar uma pessoa, mas isso ficou muito mais forte com o Lane. O até então indefectível sócio se viu obrigado a “pegar emprestado” dinheiro da empresa pra pagar uma dívida de impostos que tinha no seu país de origem, chegando a falsificar a assinatura do Don para emitir um cheque. Mas isso nem foi o mais grave pra mim. Acho que ele se mostrou completamente corrompido quando aproveitou a situação da Joan, a única que tinha algum apreço por ele, para evitar que descobrissem o desfalque. Por fim, quando foi descoberto e obrigado a se demitir, não aguentou o peso da vergonha e acabou dando fim a própria vida, trocando a tradicional carta de despedida por uma simples carta de demissão.
A segunda decisão mais importante foi a da Joan. A personagem sempre teve os seus próprios parâmetros de moral, mas se prostituir foi uma coisa muito pesada até pra ela. Acabou aceitando a proposta de passar uma noite com um cliente, vendo nisso uma oportunidade de salvar não só a própria vida, mas também garantir a segurança da empresa. Depois de passar um período fora da agência por causa do filho recém-nascido, ver seu casamento desmoronar e descobrir que não tem a menor vocação pra vida doméstica, ela pôde perceber como aquele lugar era importante pra ela. E quão duro pode ser ver as pessoas do único lugar onde se sente em casa pedirem para que pague um preço tão alto. O único alívio que ela teve foi descobrir que o Don não concordou com a negociação. Tenho certeza que essa história sempre será recorrente, para lembrar, não só a ela mas também à todos nós, do que ela teve que fazer para chegar onde chegou.
O fim da linha para a Peggy foi o entendimento de que ela não tinha mais pra onde crescer na empresa. Ela passou a temporada sendo ameaçada e ofuscada pelos novos redatores e enfrentando o preconceito por ser uma mulher num meio dominado pelos homens. Mas o que mais pesou foi o fato de ela descobrir que nunca poderia ser o Don no lugar onde o Don estivesse. Acabou aceitando a proposta de outra agência com um salário maior, mas ficou claro que isso era o menos importante quando recusou a contra-proposta do chefe. O suspense sobre a permanência da personagem na série foi aliviado com sua aparição no último episódio, apesar de que eu não consigo imaginar uma trama que justifique a sua volta à agência.
Roger e Peter travaram uma batalha para, respectivamente, manter e conquistar seu lugar na empresa. Enquanto um via sua importância indo embora com a conta Lucky Strike, o outro viu que poderia finalmente mostrar seu valor. O que eles não sabiam é que igualmente sentiam o peso da idade, cada um a sua maneira. Para o Roger, a libertação veio através de uma viagem alucinógena causada por LCD e para o Peter veio em forma de um caso extra-conjugal. As duas soluções falharam.
E teve o Don, que começou a temporada com a promessa de uma vida nova, proporcionada pelo novo casamento. Ele pensou que fosse capaz de esquecer tudo que tinha vivido e deixar pra trás os fantasmas que o assombravam. Mas ele não demorou a perceber que não é tão fácil assim se livrar de certos pesos. Ele teve que lidar com a inveja da ex-mulher, que se sentia ameaçada pela juventude da esposa nova, com a insegurança da esposa nova, que teve que escolher entre a vocação e o sonho, e em meio a tudo isso, viu que não podia deixar que a agência andasse com as próprias pernas. Foi também responsável pelo suicídio do Lane, quando já carregava a culpa da morte do irmão. Acabou a temporada com mais um fantasma em sua coleção, além de perceber que os outros ainda estavam, e provavelmente vão continuar, um bom tempo ali.
Apesar de todos os conflitos que tiveram que enfrentar, o fim da temporada trouxe a esperança de um novo recomeço. Agora todos têm em suas mãos a possibilidade de fazer uma história diferente. O problema é que cada personagem carrega um fardo muito pesado, difícil de deixar pra trás, que deve continuar a atrapalhar a ascensão de cada um. Uma das principais qualidades dessa série pra mim é que ela sabe se renovar, sem que perca sua essência. Aguardo ansiosamente a sexta temporada e tenho certeza que teremos muitas novidades.
Agradecimento especial ao Scott (@antunesduarte) pela colaboração.
The Newsroom – The 112th Congress
12/07/2012, 14:01. Tiago Oliva
Reviews
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Série: The Newsroom
Episódio: The 112th Congress
Temporada: 1ª
Número do episódio: 1×03
Data de Exibição nos Estados Unidos: 08/07/2012
Se esse fosse o primeiro trabalho de todos os envolvidos na realização de The Newsroom, se ninguém soubesse quem é Aaron Sorkin, Jeff Daniels ou o que é HBO, esse seria o episódio que indicaria que estamos diante de uma série grandiosa. Em outra mão, seria também o episódio que revelaria os primeiros críticos ao Sorkinismo. O próprio criador da série tentou negar que existissem episódios que chamassem mais a atenção que outros, mas agora fica claro que ele estava blefando. O roteiro foi de um primor absurdo, visto raramente, inclusive no cinema. Enquanto outras séries usam uma temporada inteira pra cobrir o período eleitoral, The Newsroom fez isso em 50 minutos de maneira majestosa.
Discutindo a fundo o complexo de Clark Kent, o episódio evidencia o momento em que o super herói, aqui o âncora Willl McAvoy, se dá conta do seu poder e da sua consequente responsabilidade. A abertura, com o pedido de desculpas do apresentador pelos tempos de apatia, foi não menos que espetacular. A antítese criada pelos fatores audiência e qualidade faz quase que uma auto-referência à própria série. Como esse episódio foi escrito há um bom tempo, fica evidente que o roteirista já imaginava a repercussão negativa que a série teria nos dois primeiros episódios, e tratou de preparar uma resposta à altura. Personificando a figura do antagonista estava Leona Lansing, diretora executiva do canal, que apesar de consciente de sua responsabilidade como formadora de opinião, entende que não vale a pena lutar contra o poder político e contra grandes corporações. Sobraram críticas ainda aos movimentos partidários disfarçados de movimentos sociais, ao partidarismo burro que põem suas ideias acima do bem da população e aos políticos alheios aos projetos em que estão envolvidos. Tudo isso mostrado sem nenhum pudor em constranger ninguém.
Se o episódio falha em algum momento, novamente isso acontece na parte da comédia. Começo a desconfiar que a razão pra isso não funcionar tão bem está no fato de que só a McKenzie é responsável por esta árdua tarefa, o que faz com que a personagem se torne quase que uma palhaça no meio de um campo de guerra. Outro ponto que deve ser trabalhado de forma mais cuidadosa é o desenvolvimento dos casais. Por duas vezes um personagem foi falar alguma coisa pra outro e quando estava próximo foi surpreendido pelo seu par. Primeiro foi o Will, que tentou se desculpar com a McKenzie e justamente na hora chegou seu namorado. Depois foi o Jimmy, que provavelmente ia se declarar pra Maggie, quando chegou o Don e a beijou. É claro que isso não chega a atrapalhar o resultado final, mas já foi visto tantas vezes, em tantas outras séries, que poderia ser evitado.
O que importa realmente é que agora sabemos que a série vai corresponder a toda expectativa gerada antes da sua estreia, e que foi diminuída pelos primeiros episódios.
The Newsroom – News Night 2.0
05/07/2012, 13:20. Tiago Oliva
Reviews
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Série: The Newsroom
Episódio: News Night 2.0
Temporada: 1ª
Número do episódio: 1×02
Data de Exibição nos Estados Unidos: 01/07/2012
Passado o alvoroço da estreia, chegou a hora de The Newsroom mostrar a que veio. E a série não fez feio. O desafio estava em consolidar a audiência, tanto da série, como do telejornal apresentado pelo protagonista. Como o sucesso do furo de reportagem da reestreia do “News Night” dependeu de um misto de sorte e coincidência, se fez necessário criar uma fórmula de sucesso, e esse papel coube à nova produtora executiva, McKenzie. Eu ainda tenho sentimentos conflitantes em relação à atriz, mas acredito que ela conseguirá acertar o tom. Confesso que desta vez ela me irritou menos que na estreia, e no fim eu já estava até torcendo pra ela. A personagem também não parecia muito certa dos seus planos. A apresentação do novo modelo de trabalho não convenceu a equipe, o que certamente contribuiu para o fracasso do programa que estavam produzindo.
Eu gosto dessa ideia de fazer com que a equipe nem sempre acerte, diferente de outras séries, deixando tudo muito inverossímil. O único problema aqui foi que, por se tratar de uma notícia real, dava pra saber de antemão que a governadora não daria a entrevista, e que os planos falhariam em determinado momento. Talvez isso complique um pouco o desenvolvimento da série, já que haverá limitações no desenvolvimento do noticiário, uma vez que não será possível incluir a participação dos principais envolvidos no assunto da vez, exceto por VT’s antigos, como no caso da Sarah Palin. Por outro lado isso funciona, já que se tratando de um passado recente, e as questões discutidas naquela época ainda estão em voga, como no caso da lei de imigração.
A tentativa de demonstrar imparcialidade no assunto tratado – propositalmente ou não – se mostrou falha. Apesar de a apresentação dos prós e contras da aprovação da lei de imigração ter sido equilibrada, os argumentos dos que eram favoráveis aos imigrantes eram bem mais convincentes. Apesar de compartilhar das posições de Sorkin, acho que isso pode atrapalhar um pouco na tentativa de tornar Will um personagem amado, tanto pela sua equipe, quanto pelos espectadores da série, já que ele sempre será do contra, por ter ideias republicanas. O problema maior é que, imagino que a cada fim de episódio, ele vai passar por cima das suas próprias crenças pra mostrar que é um homem do bem, como aconteceu no caso do imigrante ilegal amigo do Neil.
No mais, tudo funcionou bem. O triângulo Maggie/Jimmy/Don mostrou um bom desenvolvimento e promete criar uma história interessante. Eu só espero que a série não tente recontar através deles a história de Will e McKenzie, o que tornaria tudo um pouco redundante. Os discursos empolgaram, principalmente quando a produtora executiva explica os motivos que a levaram a trair o apresentador. A parte cômica, como a confusão da McKenzie ao enviar os e-mails, foi um pouco exagerada, mas não chegou a incomodar. Me pareceu também que a série se preocupou menos em se levar tão a sério, o que deixou tudo mais natural e prazeroso de ver.
Espero ansiosamente a abordagem de um tema mais polêmico que os até então apresentados. Sorkin já disse que não pretende fazer episódios que chame mais atenção que outros, mas eu duvido muito disso.Vale lembrar que a série já foi renovada para a 2ª temporada pela HBO. E vocês? O que acharam? O episódio conseguiu manter a qualidade do primeiro?
As primeiras impressões de ‘The Newsroom’
26/06/2012, 22:07. Tiago Oliva
Opinião, Preview
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Estava tudo lá. Todos os elementos esperados em uma série que leva a assinatura de Aaron Sorkin estavam presentes. Os diálogos rápidos, o tom ácido, a crítica ao patriotismo cego e ao sistema político. Na primeira cena, acompanhamos um debate sobre a política americana onde estava presente o protagonista Will McAvoy, o âncora de um telejornal de uma rede de TV fechada, que tentava a todo tempo se manter neutro nas questões mais polêmicas. Em meio a perguntas e respostas, o mediador aproveita para caracterizar o personagem, explicando que ele é sempre lembrado por não tomar partido. Mas é claro que isso dura pouco.
Ao ser questionado sobre a razão da soberania americana, ele tenta manter a mesma postura indiferente, evitando maiores polêmicas. Mas a “visão” de uma mulher na platéia e a insistência do mediador para que ele saísse da sua zona de conforto o compelem a dizer o que realmente pensa: Os Estados Unidos não é o maior país do mundo. Por longos poucos minutos ele faz um discurso incrível, com argumentos capazes de deixar o mais patriota dos americanos boquiaberto. Chamado de louco, ele atribui o episódio a um remédio para vertigem.
Três semanas após o incidente no debate, voltando ao seu noticiário depois de uma folga, o âncora está de volta a redação do noticiário que lidera. Surpreso, encontra o ambiente praticamente vazio. É aí que recebe a notícia que perdeu a maioria da sua equipe para um novo programa, liderado pelo seu atual produtor executivo. Ao ser questionado, o presidente da emissora informa a Will que ele terá que montar uma nova equipe, e que uma nova produtora executiva já foi contratada. Ao saber quem é a escolhida, ele tem um surto, e se recusa a todo custo a trabalhar ao lado da nova parceira. Sem muita surpresa, somos apresentados à MacKenzie McHale, a mesma mulher que causou o surto de sinceridade a McAvoy no debate. Não é preciso muita informação para que saibamos que eles são velhos conhecidos, tiveram um caso amoroso no passado, mas que não são melhores amigos, muito pelo contrário. Somos levados a entender que ela fez algo de errado, já que é ele que não suporta a presença dela. Enquanto discutem o passado e o futuro, o produtor Jim Harper, que acompanhou Mackenzie na nova empreitada, recebe a notícia de um acidente em um poço de petróleo no Golfo do México. Seguindo seu faro jornalístico (e com bastante sorte, diga-se de passagem), ele percebe que a notícia vai bem além do que se apresenta. Trata-se de um vazamento de óleo de grandes proporções, que viria a ser um dos maiores acidente ambiental da história. Na outra ponta está Don Keefer, o ainda produtor executivo, prestes a deixar o jornal, que preza pela moderação, e acha que ainda é muito cedo pra muito alarde. Somos apresentados ainda a Dev Patel, escritor do blog de Will, e a Maggie (Maggie, Margaret, Maggie) que começa o episódio como estagiária, e termina como Produtora Associada.
O que vemos a partir daí é o desenrolar da cobertura jornalística. Will decide seguir o faro de Harper, e as discussões de quem está certo e quem está errado dá lugar a uma incessante busca por fontes, notícias, entrevistas e depoimentos. Como não podia deixar de ser, a parceria entre Will e Mackenzie se revela um sucesso. A notícia que a princípio se tratava de uma pequena nota se transforma em um grande furo de reportagem. Por fim, os protagonistas percebem que juntos podem realmente fazer um trabalho de qualidade, se deixarem de lado as diferenças do passado, coisa que sabemos que não vai ser fácil.
Mas não posso deixar de falar dos defeitos. O episódio trouxe alguns clichês desnecessários, como o diálogo em que Mackenzie diz que Will não se lembraria da noite em que conheceu seus pais, e ele narra com detalhes o acontecimento. Ou a cena em que ela tenta revelar ao âncora que ele não teve uma alucinação quando a viu na platéia do debate, e a porta do elevador fecha sem que ela consiga dizer a verdade (por que ela estava carregando aqueles papéis três semanas depois do fato?). Outras coisas acabaram ficando bregas, como a trilha extremamente melancólica no final do discurso de Will no debate. Mas essas coisas não chegam a atrapalhar o episódio. São 72 minutos que passam despercebidos diante de tanta genialidade. Os diálogos são impecáveis. Os atores estão no tom exato (talvez a minha dúvida em relação a isso tenha sido a Emily Mortimer, como Mackenzie). A produção é de um capricho poucas vezes visto na TV. Tenho certeza que a série chegará ao final do ano como um dos grandes destaques. O único problema é que a temporada terá apenas 10 episódios.
Observação: achei o piloto muito parecido com o episódio de estréia de outra série do Sorkin, Studio 60 on the Sunset Strip. Também em Studio 60, um ex-casal é obrigado a passar por cima de suas diferenças para trabalharem juntos novamente. Nas duas séries, um programa de TV sofre baixas na equipe e precisa recomeçar com um novo grupo. Mas o que mais me chamou atenção foi o sistema que sinaliza a importância da notícia em The Newsroom, que trouxe ao episódio a mesma tensão que o relógio trazia em Studio 60. Não acho que isso seja um defeito, muito pelo contrário. O roteirista nunca escondeu o descontentamento por não ter podido terminar de contar a história que tanto queria naquela época. Vamos torcer pra que desta vez, ela tenha tempo de sobra pra dizer o que tem vontade.
O caminho de Aaron Sorkin até ‘The Newsroom’
23/06/2012, 19:13. Tiago Oliva
Especiais, Opinião
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Estreia neste domingo nos EUA a nova série da HBO, The Newsroom, criada pelo premiado roteirista Aaron Sorkin, indicado duas vezes ao Oscar, e vencedor do prêmio de melhor roteiro adaptado por A Rede Social, além de colecionar vários Emmys em sua estante.
Como poucos, Sorkin conseguiu criar sua própria marca registrada. O roteirista é conhecido por escrever diálogos rápidos, que são desenvolvidos enquanto os personagens caminham, filmados em cenas longas de tomada única. O estilo foi batizado de walk and talk (caminhe e converse) e é facilmente identificado na maioria de suas obras. Outra característica marcante é o constante interesse em mostrar o que acontece nos bastidores de histórias já conhecidas. Escreveu sobre os bastidores de programas de TV nas séries Sports Night e Studio 60. E a TV é também o ambiente da sua nova série, que segundo o próprio Sorkin, pode ser entendida como uma terceira parte de uma história que ele insiste em contar. Talvez por isso, sempre é alvo da crítica especializada, que se sente ameaçada ao ver seus segredos tão expostos. Clique aqui para continuar a leitura »
Girls – She Did
20/06/2012, 21:43. Tiago Oliva
Reviews
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Série: Girls
Episódio: She Did
Temporada: 1ª
Número do Episódio: 01×10 (final de temporada)
Data de Exibição nos EUA: 17/06/2012
Esse episódio foi tão bom, que dá vontade de só listar as coisas bacanas que aconteceu nele, sem nem precisar falar muita coisa. Mas acho que o maior mérito foi ter fechado direitinho todas as histórias, algumas de forma melhor que outras. A ideia toda da festa misteriosa foi muito boa, porque o mistério funcionou não só para os personagens, mas também pra gente. E mesmo quando a gente sacou que se tratava do casamento da Jessa, ainda ficou o mistério de “com quem”. E eu achei tão coerente ser o cara que ela tanto odiou, não que ela não tivesse motivos pra não ter gostado dele, mas porque o desprezo dela foi muito gratuito. Fato é que ela tem no casamento a esperança de finalmente se tornar adulta, coisa que a gente sabe bem que não vai acontecer. E ainda teve a Shosh revoltada porque estava vestida de branco em um casamento, o Adam emocionado, a Hannah dançando Halo e o Elijah admitindo que transmitiu HPV pra ela. Quero muito que ele vá morar com ela e se transforme na 5ª Girl. A única coisa que eu não gostei, não só na festa, mas no episódio inteiro, foi o discurso dos noivos contando como se conheceram. Como se alguma história pudesse justificar alguma atitude da Jessa, ficou muito didático.
Achei que a briga da Marnie e da Hannah não ia dar em nada, que elas fossem fazer as pazes e continuar vivendo juntas. Mas foi bem mais bacana como aconteceu. Elas entenderam que elas não conseguem mais viver juntas, mas que isso não quer dizer que elas não possam ser amigas. A dúvida que eu tenho é se a Marnie conseguiria viver com alguém, ou se alguém conseguiria viver com ela. E como bem disse o Adam, um apartamento metade vazio cria oportunidades para que aconteçam coisas novas. O problema é que pra Hannah coisa nova nem sempre significa coisa boa. E o legal é que essa mudança toda vai servir pra reestruturar a relação das Girls na próxima temporada, e provavelmente a Shoshanna vai ter mais visibilidade com a Marnie morando com ela.
Por falar na Shosh, eu curti muito que ela tenha se ajeitado com o Ray. Finalmente deram alguma coisa pros dois fazerem. E serviu como libertação pra ela, pois na cabeça dela, a virgindade que afastava os homens. Mas só uma dica Shosh: a virgindade era o menor dos seus problemas. Começar a falar devagar e construir melhor seu raciocínio pode ser um bom começo. Na verdade, continua do jeito que você tá, porque é assim que a gente gosta.
A Marnie, como de costume, foi a parte menos interessante do episódio. Eu nem me lembro quantas vezes ela já mudou de opinião em relação ao Charlie. Eu já disse antes que ela é a personagem mais chata, mas provavelmente é também a mais possível. Mas foi bacana ela comendo bolo com a mão e beijando o gordinho, provavelmente em mais uma tentativa de se libertar de tanta caretice. Só foi meio forçado o Charlie aparecer exatamente na hora.
A parte toda da Hannah com o Adam foi muito legal. Acho que todo mundo já esperava que essa lua de mel fosse passar logo, mas tudo foi tão verdadeiro. Só achei o discurso do Adam meio estranho, porque primeiro ele diz que ela se ama e não deixa ninguém amá-la, e logo depois ele já parece entender o problema de auto-estima dela, dizendo que ela não se acha bonita, boa escritora ou boa amiga. Mas o diálogo todo foi tão bom, que eu prefiro acreditar que eu tenha perdido alguma coisa. E a briga toda foi a coisa mais injusta do mundo, porque ela tinha todos os motivos do mundo pra achar que ele resolver se mudar pra casa dela por pena, e ele tinha todos os motivos do mundo pra ficar com raiva dela por ela ter convidado o Elijah pra ocupar a vaga no apartamento. E o final, com a Hannah perdendo o ponto, sem documentos e comendo bolo sozinho, foi um resumo perfeito da personagem, e de tudo que a gente acompanhou durante a temporada.
O episódio fechou perfeitamente uma temporada quase perfeita. Se eu tivesse que listar algum defeito na série, eu teria que parar um pouco e pensar. A segunda temporada já foi confirmada pela HBO e inclusive já está sendo filmada. Pra quem quiser mais informações, a Lena Dunham (Hannah) volta e meia revela alguma novidade no seu twitter. Mas se você não quer esperar tanto, indico o filme Tiny Furniture, escrito, dirigido e estrelado pela Lena, e ainda conta com as participações da Jessa, do Ray e da Zoey de Nurse Jackie. O filme tem todo o clima da série e mais parece um episódio estendido. Até a próxima temporada!
Girls – Leave Me Alone
13/06/2012, 00:41. Tiago Oliva
Reviews
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Série: Girls
Episódio: Leave me Alone
Temporada: 1ª
Número do Episódio: 01×09
Data de Exibição nos EUA: 10/06/2012
Apesar de ter tido algumas reflexões interessantes, eu achei que esse foi um dos episódios mais fracos, ou pelo menos o que menos eu gostei de assistir. Até porque, quase tudo que as personagens descobriram sobre si mesmas, ou tiveram que ouvir à força, a gente meio que já sabia.
A inveja da Hannah pelo suicídio da colega escritora, talvez tenha sido a coisa mais deprimente que eu já vi. Enquanto ela tem talento, agora reconhecido pelo próprio professor, falta inspiração. Algo que a mãe dela já tinha percebido. E esse não é o problema. Ela sempre faz as piores escolhas. E mesmo percebendo isso, ela ainda escolhe o texto errado pra ler, acabando com uma das poucas chances de ter uma confirmação da sua vocação.
Já a Jessa, foi obrigada a ouvir da ex-patroa tudo o que, provavelmente, todo mundo pensa sobre ela. Atrás daquela figura descolada, que vive o momento, faz o que vem à cabeça e não leva nada nem ninguém a sério, existe alguém que não está feliz com o que é. Porque é bem óbvio que ninguém pode ser feliz sendo a Jessa. Ao contrário do que ela pensava, ela é tão clichê quanto a maioria, e pode ser decifrada até por alguém com quem nem tem tanto contato.
A briga da Marnie e da Hannah no final já vinha sendo anunciada há algum tempo. A impressão que eu tenho é que as duas estão tão erradas, que deveria cada um ficar bem calada. Na verdade, eu nunca achei que nenhuma das quatro fosse realmente o modelo ideal de amizade. Eu, pelo menos, não ia querer nenhuma delas como amiga. Mas foi bacana ver as duas sendo obrigadas a ouvir algumas verdades. E a Hannah dizendo que ela não aceita ser odiada por ninguém, pois já se odeia o suficiente, foi tão forte quanto ela dizer que tem um namorado e a Marnie não foi mesquinho.
A Shosh mais uma vez fez figuração e o Adam foi um egoísta que não fez nenhum esforço para entender a situação da Hannah. Mas depois dos últimos episódios, o saldo dele está positivo.
E vocês? O que acharam? Quem tem razão na briga Marnie vs Hannah?
Girls – Weirdos Need Girlfriends Too
06/06/2012, 01:07. Tiago Oliva
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Girls – Welcome to Bushwick
31/05/2012, 00:24. Tiago Oliva
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Girls – The Return
25/05/2012, 00:33. Tiago Oliva
Reviews
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Série: Girls
Episódio: The Return
Temporada: 1ª
Número do Episódio: 01×06
Data de Exibição nos EUA:20/05/2012
Pra quem não conhece, Girls é uma dramédia da HBO que acompanha a vida de 4 garotas em Nova York. Se você logo pensou em Sex and the City está enganado. Aqui as protagonistas mal têm dinheiro pra pagar o aluguel e lutam pra conseguir emprego, se virando com o que aparece. A série foi criada por Lena Dunham, que apesar de eu nunca ter ouvido falar antes, parece ser alguém que já fez alguma coisa importante (em uma pesquisa rápida, descobri que ela fez um filme independente que foi bem aceito em festivais). Ela também interpreta Hannah, a mais estranha das garotas, que mantém uma “espécie” de relacionamento com Adam, um cara que não faz literalmente nada da vida (ele é carpinteiro e ator, mas você só descobre isso na Wikipédia). Na verdade, apesar de estarem sempre experimentando todas as posições do Kama Sutra, ele não sabe que existe uma relacionamento entre eles. A colega de quarto de Hannah é Marnie, que sempre reclama que o namorado é muito presente e que se sente um pouco sufocada. Em outro apartamento moram Shoshanna, que luta para perder a virgindade, e sua prima Jessa, inglesa que trabalha de babá e provavelmente terá um caso no estilo Presença de Anita com o pai das crianças. Até o momento vimos Hannah perdendo a mesada que ganhava dos seus pais, conseguindo um emprego em que era apalpada por seu chefe, descobrindo que tem HPV e perdendo o emprego. Marnie é dispensada pelo namorado quando este descobre, através do diário de Hannah, que ela não gosta tanto dele assim. Desesperada, ela implora pra voltar, e quando ele acaba cedendo, ela termina de novo. Shoshanna, por enquanto, apenas “quase” perdeu a virgindade, mas o garoto desistiu de ir adiante quando descobriu a sua situação. Jessa descobriu que estava grávida, ou já chegou grávida em Nova York (não ficou muito claro), agendou um aborto, faltou ao seu próprio aborto, mas acabou perdendo o bebê. A série é recheada de cenas de sexo, seios da Lena Dunham, diálogos rápidos e inteligentes e um pouco de humor. Vale pra quem gosta de séries sem muita história que mostram como é a vida na Big Apple.
Feita a introdução, necessária, vamos ao episódio. Ah, e à boa notícia: vocês acompanharão review do seriado por aqui, a partir de hoje.
Esse episódio não pareceu um episódio de Girls. Não fosse pelas cenas de sexo, um desavisado poderia tranquilamente achar que se tratava de outra série. Na verdade, esse episódio mal pareceu uma série. Mais pareceu um daqueles filmes em que a protagonista super descolada da cidade grande, volta pra sua cidade natal no interior, acha todo mundo muito bocó, parado no tempo, e no final descobre que tem muito daquele lugar. A diferença é que aqui, em momento algum, ela se sentiu à vontade. A cena em que ela tenta repetir com o farmacêutico as esquisitices que ela pratica na cama com o Adam deixou claro o quão diferente ela é de todas aquelas pessoas. Acho que o objetivo dessa história toda foi tentar justificar um pouco a personalidade da Hannah através da sua origem. Os pais não sabem muito bem o que fazer em relação a ela e, provavelmente, nunca souberam. Até mesmo na decisão que eles tomaram em conjunto – de não sustentá-la mais – cada um teve um motivo diferente. Enquanto o pai esperava que ela percebesse que ela não conseguiria ser uma escritora nunca, a mãe queria que ela tivesse inspiração com a dificuldade, uma história pra contar.
A história da menina que quer ir pra Los Angeles virar dançarina serviu como metáfora da vida da própria Hannah. Sabe aquela colega de trabalho que tem mal hálito e fica falando de quem tem mau hálito? Tipo isso. Provavelmente se alguém tivesse lido os seus textos, teria feito as mesmas observações que ela fez a respeito da dança. O próprio pai questionou o seu talento como escritora. Na verdade, ela descrevia a si mesma quando falava como seria a vida da garota em L.A., morando em um apartamento sujo, se sentindo com medo, sozinha e estranha o tempo todo. Mas mesmo sabendo que é isso que a cidade grande reserva pra todo mundo, ela não caberia mais numa cidade pequena com aquelas pessoas e toda aquela tranquilidade.
A conversa com o Adam no final foi bastante interessante. Ao mesmo tempo em que ele demonstra total desapego, quando diz que não teria problema nenhum se ela falasse da noite de sexo que teve com outro cara, ele diz que sente falta dela. Apesar de reclamar que vai ter que levantar da cama quando ela pede que ele diga o que vê pela janela, ele obedece. O tão pouco que ele oferece pra ela parece bem maior do que toda a atenção que ela recebeu durante a noite toda do farmacêutico.
De forma geral, eu gostei do episódio. Esperava um pouco mais de humor, por ter sido escrito com a colaboração do Judd Apatow. Estranhamente, este foi o episódio menos engraçado até agora. Espero que eles foquem também nas outras personagens. Seria legal saber a origem dessas meninas, e como elas se tornaram quem são hoje.
Agora, é esperar pelo próximo episódio. Até lá!
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