Primeiras Impressões – Forever

Data/Hora 18/09/2014, 10:32. Autor
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Coração calejado de fã vai buscando formas de se proteger. Tenta não se apegar aquela série da qual parece ser o único fã. Evita começar séries que tenham em seu elenco alguém considerado pé frio, cujas séries nunca passam da primeira temporada.

Eu evito começar a assistir qualquer série logo que começa, só o faço quando algum canal por aqui já embala e começa a passar a série juntinho com a agenda externa – e isso significa dores de perda como com Three Rivers, cujo cancelamento veio com apenas quatro episódios.

Então fico eu aqui escondidinha quando começam as notícias das estreias de outono nos EUA, tentando não ver se tem uma nova série do Sorkin ou da Paladino ou com Matthew Perry no elenco e não resistir e acabar sofrendo de novo.

Claro que todo super plano tem falhas e que toda mania tem exceção e então estou aqui já apaixonada antes mesmo que Forever tenha estreado oficialmente. Por quê? Por quê? Por quê?

Eu sei os porquês: procedural de investigação, meu favorito; pegada sobrenatural, já que o personagem principal não morre, outra coisa que eu adoro; protagonista bonitão e com sotaque inglês, autoexplicativo; Alana De La Garza e Judd Hirsh no elenco, dois atores queridos.

E os 40 minutos do episódio piloto não pretendem nada além de nos apresentar tudo isso com narração de Henry (Ioan Gruffudd), um médico legista de Nova Iorque que escolheu sua profissão nem tanto por vocação, mas para buscar uma forma de acabar com a própria vida.

Não, você não leu errado: Henry, em determinado momento de sua vida que ocorreu há 200 anos, passou a ser imortal. Mas não o tipo de imortal ao qual estamos acostumados, que não morre mesmo. Um tipo que morre, sente todas as dores e aflições deste momento e, em seguida, reaparece na água. Nu e vivo. E nesse momento a ajuda de um melhor amigo (vivido por Judd Hirsh) que sabe toda a verdade sobre você faz toda a diferença.

O fato de ter passado por diversas mortes ajuda bastante na profissão escolhida pelo moço – como seu assistente diz, ele quase não precisa abrir os cadáveres -, mas é claro que também pode colocá-lo em situações complicadas como ser o único “sobrevivente” de um acidente de metrô suspeito.

E por suspeito entenda-se Henry descobrindo que o motorista foi envenenado e, em seguida, a detetive responsável pelo caso, Jo Martinez (Alana de la Garza), descobrir que ele estava no vagão e não disse nada. E a coisa ainda piora um pouquinho antes de melhorar, afinal Henry parece realmente suspeito e tem um fã de dar arrepios na nuca.

O roteiro mescla fatos do passado de Henry e as investigações no tempo presente muito bem e dosa humor e ação com charme. Sim, eu sei, lembra um pouco Elementary ou Castle, mas como sou fã das duas não consigo ver isso como defeito. E você?

O elenco ainda conta com Joel David Moore (Bones) como Lucas, um dos técnicos que trabalham no necrotério, e Donnie Keshawarz (Damages) como o detetive Hanson, que trabalha ao lado de Jo.

Tá, confesso: tô apaixonada e morrendo de medo de não durar!

Forever estreia dia 23 de setembro nos EUA e no dia 30 de setembro no Warner Channel.

Sessão de Terapia – Semana 6

Data/Hora 17/09/2014, 16:27. Autor
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Série: Sessão de Terapia
Episódios: Semana 6
Número dos Episódios: 3×26 ao 3×30
Exibição no Brasil: 6 a 10/09/2014

A gente falando das lágrimas da semana anterior e os roteiristas resolveram fazer barba e cabelo da gente: teve choro, teve riso, teve choque, teve raiva. Passamos por tudo de segunda até sexta.

E a segunda já foi demais pra mim: COMO ASSIM era tudo mentira?

É gente, ainda estávamos aflitos pela forma como a Bianca deixou o consultório do Theo na semana anterior e o marido dela aparece ali, com telefone de pai, mãe, irmão e psiquiatra da moça para nos mostrar que nada, nada era o que parecia.

As manchas roxas? A própria Bianca fazia. A oficina? Nunca existiu. Eu juro que poderia esperar por muita coisa, menos por isso. Estou tão desolada quanto o Theo e compartilho com ele a frustração de não ter percebido os sinais que ela deu ao longo do caminho.

Agora, aqui entre nós, o marido dela, já escolado nas mentiras, bem que poderia ter aparecido antes no Theo para contar a verdade, para entregar o telefone do psiquiatra, não é mesmo? Com o histórico que ele nos passou da moça eu achei imprudência demais ele esperar que ela sumisse com o filho para procurar pelo psicólogo. Resta continuar com o coração apertado e torcer pelo melhor na sessão desta última semana.

E os efeitos de tamanha revelação ainda me perseguiam na terça quando Diego chegou bravo ao consultório. Porém o trabalho exato de roteiro e atuação fez com que tudo fosse substituído pela felicidade ainda tímida de ver Diego melhorando.

Eu nem consigo imaginar a tristeza dele ao saber que seu pai não o considera filho porque, como Diego, eu não acho que é um pedaço de papel, um exame de DNA que faz você amar ou não amar alguém. O pai de Diego escolheu o caminho mais fácil para ele e pronto. Só por conta disso eu torço muito pro tal exame de DNA dar positivo. Sério!

Ainda mais depois de ver o Diego mais aliviado, porque até mesmo ele, tão novo, conseguiu entender com essa história toda que o problema não é ele. Está bem longe disso.

Foi em espírito de calmaria, então, que chegamos ao Felipe. Dizem que apenas quando perdemos algo realmente importante somos capazes de dar valor. Pode ser que para o Felipe seja isso mesmo e eu acho que a esta altura nem é mais o fato de voltar com o Guto ou não, mas dele se aceitar.

E aceitar que ele pode ser querido pelo seu pai, por exemplo, sendo quem ele é. Para isso foi preciso que ele se abrisse para ouvir o que seu pai tinha a dizer e tem vezes que apenas fragilizados conseguimos realmente ouvir. Fiquei feliz por ele e esperançosa de que novidade ele trará na semana que vem.

Esperançosa continuei com Milena. Imaginem só: três horas e quarenta minutos dentro de um carro. Pior: quase perder seu filho em um pequeno incêndio porque não conseguia entrar na cozinha esperando que um carro passasse, uma buzina tocasse e um pensamento positivo acontecesse. Que loucura!

E, sim, é preciso comemorar o um minuto e meio sem mover uma caixa de lugar, afinal, esse um minuto e meio significou refrear o medo que a dominava. Foi a pequena vitória necessária para então tomar o remédio para então poder realmente melhoras. Parabéns Milena – e a atriz que a interpreta, que arrasou.

Continuando na temática esperança e recuperação, vemos a vida de Theo se ajeitando também. O relacionamento com a Rita parece ter engrenado, Rafael parece ter passado pela fase mais difícil da recuperação das drogas. E o terapeuta conseguiu até mesmo se reconciliar com seu irmão e ler as cartas de seu pai.

Conseguiu reconhecer sua necessidade de aprovação e reconhecimento. Só precisa superar o medo de que seus problemas tenham feito que ele não atendesse seus pacientes de forma adequada.

Impossível não ansiar pela semana de encerramento – não parece que essa temporada foi curta demais? – quando tanto cuidado foi tido com cada pedacinho de história, não é mesmo?

Esse texto foi publicado originalmente no Só Seriados de TV.

 

Sessão de Terapia – Semana 5

Data/Hora 10/09/2014, 15:50. Autor
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Série: Sessão de Terapia
Episódios: Semana 5
Número dos Episódios: 3×21 ao 3×25
Exibição no Brasil: 1° a 5/09/2014

Uma semana de partir o coração. Eu desconfiei disso quando a Bianca entrou corrida e amedrontada na sala do Theo, mas acho que não estava preparada para o tanto de revelações que viriam depois. As lágrimas foram muitas nesta semana de Sessão de Terapia.

Infelizmente a história de Bianca é perfeita ao retratar a vida de tantas mulheres que sofrem abuso: de um lado são obrigadas a ouvir que de alguma forma são responsáveis, culpadas, pelas surras que levam; de outro, se sentem elas culpadas pelas loucuras que seus companheiros ainda podem cometer com eles próprios.

Fiquei feliz de saber que ela encontrou algum abrigo com um amigo de seu pai, mas quando ela disse que ele a havia acompanhado até em casa para retirar suas coisas eu imaginei que aquilo não acabaria bem. Um homem capaz de tentar matar a esposa na frente de outros homens já perdeu qualquer capacidade de se controlar.

A reação de Theo, então, de querer acompanhá-la quando Miguel avisa que ele apareceu por lá foi natural. Na verdade, diferentemente da semana anterior, eu não consigo imaginar alternativa e fiquei aflita quando ele vai buscar, de novo, a chave do carro. Duro ter de esperar mais uma semana por notícias.

E a energia no local foi tão negativa que minha mente associou muito facilmente esse ocorrido e o fato de Rafael, agora na casa do pai, ter passado mal no mesmo instante.

Ainda mexida pelos acontecimentos de segunda fui pega de surpresa, assim como Theo, pelo aparecimento do pai do Diego. Eu não sei vocês, mas não fui com a cara dele no mesmo instante. A medida que ele se impunha eu gostava menos, eu o criticava mentalmente, eu imaginava o quão sozinho Diego se sentia na mesma casa que aquele homem.

Foi então que veio a bomba: Diego seria filho de outro homem. E ele falou isso com tamanha certeza que eu entendi perfeitamente a confusão de Theo com o assunto. Não existem provas de que isso seja verdade. O pai de Diego, se sentindo traído e sem que o objeto de sua mágoa existisse mais acabou jogando tudo isso pra cima do menino.

E eu não consigo nem imaginar o quanto de culpa esse homem vai ter de carregar se descobrir que Diego era filho dele e ele o afastou.

As emoções, e visitas inesperadas, continuaram na quarta com a presença de Guto na sessão de Felipe. Como esperado Felipe não teve coragem de se impor na família, na verdade o casamento com Nicole foi antecipado e, como o Guto, eu não vejo o rapaz trilhando outro caminho.

Ainda que sempre exista a opção de, no momento de dizer o sim, ele acabe surtando e fugindo – pobre Nicole abandonada no altar, neste caso.

A questão é que com Guto tomando a decisão que Felipe não queria e a sessão se encerrando mais cedo sobrou tempo para que Theo recebesse uma visita particular: Rita. Sim, nossa amiga terapeuta apareceu por lá, toda linda de branco, cabelos soltos e então uma taça de vinho, uma coisa levou a outra e…

Vamos combinar que a gente adora o Theo, mas ele é meio travado. Então ajudou bastante o fato de Rita ter os mais diversos problemas, mas nenhum em ir pra cima quando quer alguma coisa. E, se nós não vimos nada, bem, o que vimos foi o bastante para ter certeza de que as coisas esquentaram bastante por lá.

E esfriou bem no dia seguinte: Milena piorou muito, muito mesmo. A piora foi tanta que eu simplesmente não consigo acreditar que ela esteja tomando a medicação. A não ser que esteja acontecendo algo que não sabemos.

Fico super pesarosa por ela, de verdade, e queria muito que ela melhorasse, mas aquela que parecia ter o caso mais simples desta temporada parece a mais próxima de se perder a esta altura.

Na sexta nossa velha amiga Dora voltou. Claro que o começo não foi fácil, os dois sempre tiveram uma relação tumultuada e o fato de Theo ter ido para o grupo do Evandro ia temperar um pouco mais as coisas, mas a sessão até não foi tão tumultuada. Theo pode contar algumas coisas de si, não gostou de ouvir que os comentários de Evandro estariam certo e, mais que tudo, não gostou de ouvir de Dora que ele só a procura em situações de emergência.

Resta ver o que essas três sessões de teste farão pelos dois. Eu acredito que dessa vez Theo esteja mais aberto a realmente a “ouvir” sua terapeuta, afinal ele mudou bastante, aceitou uma série de medos, reconheceu uma série de falhas, não é mesmo?

P.S. Porra, Theo! Deixa a chave do carro do lado da porta, pelo amor de Deus!

*Esse texto foi originalmente publicado no Só Seriados de TV.

 

Sessão de Terapia – Semana 4

Data/Hora 02/09/2014, 10:04. Autor
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Série: Sessão de Terapia
Episódios: Semana 4
Número dos Episódios: 3×16 ao 3×20
Exibição no Brasil: 25 a 29/08/2014

Depois do final “brusco” da última semana retomamos as sessões de terapia e percebi que o estranhamento com os gritos da Rita na sexta-feira era apenas o começo de muitas revelações. Como eu disse lá: era provável que o diretor estivesse nos preparando algo e ele não demorou a nos revelar o que.

Por conta disso começo pelo final: o que foi a sessão de Theo com Evandro? Sozinhos, sem a presença de Rita ou Guilherme, os colegas avançaram muito, acho que em poucas sessões com a Dora vimos tanto do Theo, soubemos tanto dele.

A explosão de Rita, então, foi a mola necessária para que isso acontecesse: ao discutir com Evandro os motivos que levaram a terapeuta a se envolver com seu colega, seu chefe, falou-se de medo, falou-se de vulnerabilidade. Evandro incomodou Theo ao perceber que a ligação forte dele com seus pacientes mais problemáticos mostrava a necessidade dele de ser salvo.

Voltamos então à Bianca, que nesta semana chegou à sessão de terapia muito machucada, contou ter até afastado seu filho do pai, mas ao mesmo tempo indecisa sobre o caminho a tomar. Ou melhor: sem coragem de tomar o caminho que precisa tomar. Ela pede ajuda a Theo ao lhe pedir que a acompanhe até a delegacia, mas o psicólogo se recusa – corretamente.

É provável que o Theo da temporada passada tivesse ido com ela e até arrumado um advogado, como ele cita que deveria ter feito em sua sessão com Evandro. O Theo deste ano se segura, ainda que se mantenha preocupado, porque sabe que não deve fazê-lo, mas não consegue enxergar que, se o tivesse feito, poderia ter antecipado uma atitude que ela simplesmente não estava pronta para tomar, que ela precisa tomar sozinha.

Mas acho que somente enxerguei isso no dia seguinte, na sessão de Diego – ainda que eu espere que ela não tenha que chegar tão ao fundo do poço como o menino. Diego bebeu muito e acabou por causar um acidente grave, em que ele quase mata alguém. É nesse alguém, no dono da banca de jornais que ele feriu, que Diego foi capaz de enxergar o que a bebida realmente está fazendo com a sua vida.

Isso e a ligação da ex-namorada talvez consigam ajudar Diego a se reerguer ainda que seu pai se mantenha distante. Confesso que estou cada vez mais curiosa para conhecê-lo, porque sou incapaz de entender o nível de afastamento que ele mantém em relação ao filho – Ele vê a esposa que partiu e não aguenta a dor? Ele consegue reconhecer seus próprios erros e prefere se manter distante para não ter de enfrentar isso?

A sessão de Felipe não trouxe grandes novidades: com a mãe internada o rapaz parece retroceder ainda mais, ter ainda mais medo de tomar uma atitude. Confesso que esse tem sido o dia da semana em que eu menos me importo com o paciente – a dúvida do dia é: o ator é tão bom que consegue interpretar esse homem fraco que acabamos julgando merecedor de seu triste destino ou ele apenas não conseguiu que realmente nos importássemos com ele?

Na quinta Milena chegou com novidades: aceitou tomar a medicação receitada. Mas ela ainda tem bastante dificuldade de lidar com os pequenos testes que Theo deixa em sua sala. Nunca tinha parado para pensar o quanto resistir a “colocar tudo em ordem” pode significar na cura de um problema como o dela.

E, nesta sessão, tivemos novamente a confrontação com o extremo ajudando para que o paciente entenda melhor o que está passando: ao perceber os efeitos de sua obsessão em seu filho, Milena reconhece o que se tornou por conta das obsessões da tia e recua. Fiquei feliz de vê-la perceber isso e espero sinceramente que os remédios comecem a agir logo e impeçam danos permanentes na relação dela com o menino.

Falando em filhos: o filho de Theo procura pelo tio após a fuga da clínica. A procura pelo tio ajudou a sessão com o Evandro ter sido ainda mais incendiária.

Mas Theo não contou nada sobre o beijo de Rita, vocês perceberam?

P.S. Dora retorna na próxima semana. Já comemoro antecipadamente.

Sessão de Terapia – Semana 3

Data/Hora 27/08/2014, 13:54. Autor
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Série: Sessão de Terapia
Episódios: Semana 3
Número dos Episódios: 3×11 ao 3×15
Exibição no Brasil: 18 a 22/08/2014

Desculpem pelo atraso, no final de semana a sessão de supervisão ainda não estava disponível e só consegui assisti-la ontem. E, depois de assisti-la, devo dizer que ela acabou por influenciar bastante a minha opinião sobre a semana.

Mas começarei pelo começo e falarei de Bianca. Ao vê-la defendendo o fato do marido controlar como ela gasta a própria herança ou justificando o fato de bater nela eu fui ficando de estômago virado. Impossível não pensar na imensidão de mulheres presas na mesma situação insuportável, muitas vezes se sentindo culpadas pelo erro do outro, muitas vezes com medo de tentar qualquer saída.

E aí eu fui remetida a conversa da sessão de supervisão da semana passada, quando se discutiu até onde um psicólogo pode ou deve ir para ajudar um paciente. Theo repetindo a pergunta se o marido lhe fazia mal e Bianca rodeando o assunto, estranhamente se sentindo mais pressionada por aquela pergunta do que por sua realidade em casa. Fico pensando se em algum momento Theo será confrontado novamente com essa decisão por causa da Bianca.

Já a sessão de Diego foi marcada, novamente, pela ausência do pai do garoto. Após a tentativa de contato por Theo foi a governanta que apareceu e, ao contrário do que Diego possa pensar, foi ela que mostrou o quanto se importa com o garoto. Uma pena que ele não consiga ver isso. Do outro lado, ele começa a admitir a falta que o amor do pai lhe faz, ainda que se culpe por isso, o que significa um grande avanço. Ele fala em desculpas, o que significa que quer conversar ao invés de afundar mais ainda na bebida.

A inversão de episódios fez com que Milena aparecesse antes no consultório. E, já que ela não consegue enxergar qual é o seu problema, Theo resolve forçar um pouco a barra, primeiro atrasando a sessão alguns minutos, depois percebendo seus olhares para as coisas fora do lugar e conduzindo a conversa para fazer com que ela tivesse que admitir o problema.

Milena falou sobre o verdadeiro motivo de ter sido suspensa e sobre a indicação de um psiquiatra. Falou mais de sua infância e de sua tia, a quem se agarrou após a perda dos pais e cuja obsessão por limpeza e controle ela “herdou” e que acabou se tornando seu problema hoje. De novo foi impossível não pensar no pobre filho dela, que acaba ficando com a carga toda da paranóia da mãe.

A sessão de Felipe também foi de confrontação, com Theo tentando entender do que realmente Felipe tem medo ao se manter no armário: seria o dinheiro ou o amor de sua mãe o mais importante para o rapaz?

Então a sessão de supervisão. Aquela que destoou de tudo que vi na série nestes três anos. Rita confirma nossas suspeitas de ter um caso com seu sócio ao surtar e culpar não somente o sócio como com Evandro pelo que está acontecendo em sua vida pessoal e profissional.

E por que destoou? Porque vemos sempre um cuidado muito grande na exposição dos sentimentos. Mesmo quando Theo estava envolvido com sua paciente você não via gritos, as atitudes sempre eram contidas. E eu confesso que não sei se gostei ou não de ver isso. Um lado meu achou desnecessário esse “tom fora do tom”, outro lado meu tem certeza de que isso aconteceu porque era necessário.

Questão é que minha confiança na direção da série me faz acreditar que, se eu esperar, eu poderei entender melhor tudo isso.

P.S. Na quarta um problema causou a inversão de episódios e a sessão da Milena foi exibida antes da de Felipe. Poucos minutos depois do início do episódio o Canal GNT se desculpou pelo erro e informou que exibiria o episódio de Felipe no dia seguinte. Gostaria muito que os demais canais seguissem o exemplo; não foi preciso encher a fanpage do canal de reclamações para obter uma desculpa ou mesmo pedir pela correção.

Sessão de Terapia – Semana 2

Data/Hora 19/08/2014, 10:40. Autor
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Qual caminho a seguir quando todos parecem errados? O que todos os pacientes de Theo compartilham nesta temporada é a dificuldade de encontrar uma saída, uma opção. Na verdade, eles ainda nem tentaram, porque não percebem que o caminho que estão seguindo é impossível.

A segunda sessão de Bianca confirmou meu principal medo: ela sofre abuso por parte de seu marido. Sem família – que perdeu cedo -, sem amigos – de quem se afastou por conta do pagamento -, e agora vendo o marido tendo ciúme doentio do próprio filho ela ainda não se enxerga como uma mulher maltratada, ao invés disso diz ao Theo que quer salvar seu casamento. Quantas vezes você chorou com ela nessa meia hora de sessão? Por aqui um cisco caiu nos olhos duas ou três vezes.

E se na semana passada ficou fácil entender a autorreferência por conta do que Theo está vivendo com seu filho Rafael e o que Diego está passando, o desmaio do filho no banheiro da vizinha do terapeuta e o fato de uma semana ter se passado sem que o pai de Diego fale com Theo serviram para mostrar que as coisas não serão facilmente resolvidas.

Eu fiquei especialmente tocada com o rapaz relembrando o tempo em que ele chamava a governanta de mãe e a certeza de que ele tem que apenas as pessoas que são pagas para ficar ao seu lado permanecem. A vida de Diego é marcada pelas perdas: sua mãe, o conforto de ter alguém que torcia por ele e que acabou ridicularizada, seu pai para o novo casamento, a atenção da madrasta por conta dos novos filhos. Não que essas perdas tenham sido ocasionadas de propósito, nas verdade eu imagino que para os demais elas nem foram percebidas.

Quarta trouxe um Felipe ainda mais perdido. Apesar de minha empatia pela situação do namorado, cansado por ser escondido há tanto tempo, também me comovi com as dúvidas do próprio Felipe, mesmo aquelas que ele nem sabia que tinha – nem eu – e que Theo apontou: seria mesmo somente o medo de ficar sem dinheiro o que impede Felipe de decidir o que fazer?

Engraçado que este foi o caso para o qual eu menos dei atenção na semana passada e já na semana seguinte ele tenha surgido como muito mais intrigante e de desdobramentos mais inesperados. Fico aqui pensando no que Felipe trará nesta semana depois de Theo ter “mostrado a lebre”.

Finalmente Milena. A licença compulsória da professora me assustou e acho que nem esbarramos no real motivo de seu afastamento – ela focou apenas na humilhação de ter sido afastada, mas não nos contou qual foi o gatilho dessa situação. O comportamento dela piora em escala geométrica e fico imaginando o quanto seu filho sofre com isso – a forma como ela olha para a sujeira ou a bagunça de uma criança é o que mais me chama a atenção no seu comportamento maníaco.

Mas sua segunda sessão nos mostrou que o comportamento em si não é nada novo e eu acho que ainda estamos longe de entender quais são seus reais medos travestidos no medo da desordem. Queria destacar o trabalho da atriz Paula Possani: sem esbarrar no dramalhão, no caricato, seus olhares, seus pequenos gestos são muito importantes para entendermos o drama da personagem.

“Se a gente só atendesse quando estivesse sem problema, ninguém aqui ia trabalhar”

Com essa frase, Theo encerra a semana no segundo encontro de seu grupo de supervisão.  E vamos combinar que ela está bem certa, afinal problemas fazem parte da vida, a questão é o quanto um psicólogo precisa de “departamentalização” para seguir seu trabalho sem confundir as estações.

Acredito que o fato de Theo enxergar as semelhanças entre sua situação em casa e a situação de Diego é mais um sinal da evolução dele como pessoa e como profissional, isso depois de duas temporadas em que a relação entre esses dois lados se confundiram tanto.

Assim como Evandro eu acho precipitado ele deixar o Diego agora, ainda mais considerando todas as perdas que ele já viveu, mas ficaria de olho nos próximos capítulos.

E esse foi apenas um dos lados dessa sessão: o quanto um psicólogo pode agir para garantir o bem estar de um paciente? Eu não consigo ver mal na conduta que ele teve no passado com a Carol, que não dispunha de tempo para esperar qualquer coisa diferente disso.

O problema da sessão foi Rita. Eu torcendo por uma relação saudável para Theo começo a desconfiar que talvez ela não venha num relacionamento com Rita, que parece ter uma história muito mal resolvida com o sócio…

*Esse texto foi publicado originalmente no Só Seriados de TV.

Sessão de Terapia – Semana 1

Data/Hora 14/08/2014, 10:28. Autor
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A primeira semana da nossa fase de Sessão de Terapia, com roteiros próprios, foi uma grata surpresa. Quatro novos pacientes interessantes, uma nova dinâmica com a participação de Theo no grupo de supervisão e bastante drama com a confirmação de que o filho mais velho do terapeuta está envolvido com drogas.

Inclusive foi impossível não justificar a tal “auto-referência” que Theo encontrou no caso do menino cuja ausência do pai teria levado ao abuso da bebida e a situação do seu filho. Assim como foi impossível não perceber o quanto nosso terapeuta será testado: o aparecimento da viúva de Breno, para lembrá-lo que ele chegou a se sentir culpado pela morte do policial, e o caso do rapaz em dúvida sobre assumir sua homossexualidade, luta que Breno vivia, colocarão a prova sua nova estabilidade dele.

Ainda que com perceptíveis diferenças: Breno enfrentava o próprio preconceito, incutido por anos de abuso por parte de seu pai, enquanto Felipe sabe o que tem de fazer, mas tem medo de perder sua posição e dinheiro. Num primeiro momento é fácil julgar Felipe como egoísta, mas eu acho que ainda teremos novas facetas do personagem.

De cara os dramas que me tocaram foram os de Bianca e Milena, a primeira me passa a perfeita imagem da pessoa que se anulou completamente por alguém e agora não sabe como voltar à vida (e confesso que me identifiquei demais com ela, vendo uma Simone de muitos anos de terapia atrás) e a segunda por sua dificuldade de enxergar o quanto está se afundando por não se permitir sentir dor ou raiva, o que me faz pensar no quanto hoje em dia as pessoas são pressionadas a se virarem sozinhas, a serem sempre felizes, como se sofrer ou ter raiva fossem “coisas feias”.

A curta aparição de Malú também fez bem a série, ninguém melhor que ela para contar a verdade ao Theo sobre Rafael.

Finalmente, a dinâmica do grupo de supervisão. Como eu disse eu gostei muito, até pela imensa participação de Theo, que parece realmente mudado neste sentido – quem não lembra da dificuldade de Dora em arrancar alguma coisa dele? – e pela chegada de Rita. Alguém mais achou que o colega de clínica está um tanto superprotetor com a moça?

Gostaria de ver Theo em uma relação saudável, e vocês?

*Esse texto foi publicado originalmente no Só Seriados de TV.

‘Animal’ estreia no GNT

Data/Hora 04/08/2014, 11:12. Autor
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O clima evidente de companheirismo entre elenco e o escritor/diretor de Animal não deixa dúvidas: a parceria TV Globo e Globosat na nova série de 13 episódios que estreará no GNT neste dia 6 de agosto, às 23h, deu certo.

Animal traz Edson Celulari no papel do biólogo João Paulo Gil que carrega como herança genética do pai uma doença degenerativa e raríssima chamada teriantropia, que faz com que ele pense ser um animal (no caso, um puma) em momentos de crise. A doença também faz com que o biólogo tenha os sentidos aguçados, que sempre o auxiliam em seu trabalho como investigador.

Ele retorna a pequena cidade de Monte Alegre, da onde saiu após o assassinato de seu pai, para estudar uma possível cura para sua doença.  Cidade em que a teriantropia nem parece tão estranha: povoada por duas famílias que, ao longo dos anos, foram casando entre si, ela tem grande quantidade de loucuras e anomalias em sua população.

A Monte Alegre da ficção ganhou vida nos traços de Minas de Camaquã, cidade do extremo sul do Brasil que viu sua população duplicar durante os meses de produção – dizem as más línguas que, mesmo assim, a população de cães ainda era maior. Paulo Nascimento, autor dessa curiosa história, contou na entrevista coletiva de lançamento da série, que já conhecia o local e escreveu cada passo da história pensando nelas. As dificuldades de filmar em um local tão isolado e sem infraestrutura acabaram por se tornar um trunfo, já que obrigaram a equipe a mergulhar na história e a improvisar o como fazer para realizar os desejos do autor.

Os improvisos e os “causos” da equipe durante a estada na cidade deram o tom da entrevista: de câmeras sendo jogadas penhasco abaixo aos churrascos no almoço e no jantar, passando pelo frio intenso e pelo uso em cena de uma ovelha atacada por lobos, que acabou fazendo com que Cristiana Oliveira, interprete da prefeita Mariana Gomes, passasse mal, as risadas e os olhares entregavam que estávamos entre pessoas com sensação de dever cumprido e que se tornaram amigas ao longo do percurso.

No elenco também estão Fernanda Moro, Leonardo Machado, Nelson Diniz, Clemente Viscaíno, Marcos Breda e José Vitor Castiel. “Animal é uma série instigante, que vai estimular e criar na pessoa que assiste uma vontade de saber o que é aquilo e como será o próximo episódio. É uma série surpreendente, no sentido de ser diferente”, completou Cristiana.

Esse texto foi originalmente publicado no Só Seriados de TV.

3ª temporada de ‘Sessão de Terapia’ estreia no GNT

Data/Hora 04/08/2014, 10:09. Autor
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Mudanças. Acho que podemos dizer que mudanças marcarão a 3ª temporada de Sessão de Terapia, que estreia hoje (4), às 22h30, no canal GNT, com o mesmo formato das bem sucedidas temporadas anteriores.

Temos de volta Theo, o terapeuta que em sua própria vida tem enfrentado difíceis demônios, mas talvez um Theo diferente, como não poderia ter deixado de ser após os acontecimentos do final da segunda temporada.

Temos roteiros diferentes: a produção nacional deixa de lado os roteiros adaptados do original israelense Be’Tipul e nos entrega roteiros totalmente inéditos, criados no Brasil pela equipe comandada por Jaqueline Vargas.

E, como bem diz o diretor da série, a chegada de cada novo ator é um recomeço para toda a equipe: “Como disse o saudoso Claudio Cavalcanti: ‘nossa série é gente falando com gente, e isso será sempre fascinante’. A terceira temporada segue apresentando humanidades, pela lente da delicadeza”. 

E no coquetel de lançamento da série, realizado com a equipe e convidados na semana passada em São Paulo, a satisfação, a sensação de dever cumprido, era palpável. E, do lado de cá, de fã, é deliciosa a sensação de volta – com direito a orgulho de ver uma obra nacional de tão alta qualidade.

Ao consultório de Theo, que havia desistido da profissão, mas retorna após uma viagem de barco – necessária para se reencontrar, talvez – chegam os novos pacientes: Bianca (Letícia Sabatella), uma professora de literatura, que procura a terapia para tentar salvar seu conturbado casamento com Tadeu Cadore (Nicolas Trevijano); o adolescente Diego Duarte (Ravel Andrade), um estudante de classe alta que bebe demais e acaba se viciando em álcool; Felipe Alcântara (Rafael Lozano), um administrador bem-sucedido, que enfrenta o dilema de casar com uma mulher ou assumir sua homossexualidade e Milena Dantas (Paula Possani), paciente da quinta-feira, a viúva de Breno Dantas, o atirador que morreu na primeira temporada.

Os episódios de sexta-feira também chegam com novidades: Theo frequentará um grupo de supervisão de psicólogos criado por Evandro (Fernando Eiras). Lá ele conhecerá Rita Costa (Camila Pitanga), uma jovem e aplicada terapeuta. Mas quem é fã da personagem Dora (Selma Egrei), como eu, não precisa se preocupar, já que Theo sentirá falta de suas sessões com a antiga amiga  e voltará para o seu divã.

“Espero que o público se emocione e se identifique. Que se permita esse tempo. Sessão de Terapia é mais do que um seriado convencional, ele toca em lugares que podem fazer com que você cresça, aprenda coisas e entenda que o autoconhecimento é algo grandioso”, conclui Selton.

E para quem, como eu, tem dificuldade em seguir o ritmo de um episódio por noite durante toda a semana, os episódios estarão disponíveis para o assinante a qualquer hora, em qualquer lugar através do GNT Play um dia após a exibição na TV – pelo computador na página  gntplay.com.br ou pelos aplicativos para tablets e smartphones com sistema iOS ou Android. Para ter acesso ao conteúdo diretamente da televisão, os assinantes NET podem usar o serviço NOW.

*****

No coquetel de lançamento assistimos ao primeiro episódio da nova temporada. Conhecemos Bianca. A ex-professora, que abandonou a carreira para se dedicar a seu filho, diz buscar ajuda de Theo para tentar salvar seu casamento, já que ela briga com o marido por qualquer coisa.

Ao longo da sessão, porém, fica claro para mim que talvez ela apenas reflita a relação conturbada com um marido controlador e, quem sabe venhamos a confirmar no futuro, abusivo. Sim, o que fica claro para mim é isso, mas como o próprio Selton ressaltou, tudo na série continua sendo tratado com muita delicadeza, é preciso prestar atenção a cada palavra dita e não dita, nos tornamos então companheiros de Theo na jornada de tentar enxergar a verdade quando ela não é realmente dita.

Acho que é aí que a escolha de Zécarlos Machado para o papel de Theo se mostra tão acertada: em seus silêncios e olhares ele nos conduz pelas descobertas e sustos. Mas o primeiro episódio também nos revela que a vida continuará não muito gentil com nosso terapeuta: o filho mais velho de Theo, Rafael (Johnnas Oliva) surge ao final do episódio, nervoso, molhado pela chuva, pedindo por dinheiro. Claramente escondendo algo e ao mesmo tempo desesperado por ajuda.

Mas sabemos que a verdade sobre esses dois personagens será descoberta semana a semana numa jornada que Sessão de Terapia já provou ser muito prazerosa.

Os novos episódios irão ao ar todos os dias da semana, nos mesmos moldes das temporadas anteriores.

Esse texto foi publicado originalmente no Só Seriados de TV.

Várzea F.C. – Primeiras Impressões

Data/Hora 19/05/2014, 17:35. Autor
Categorias Preview


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O Brasil é o país do futebol. Bebês recém nascidos são vestidos com camisetas de time algumas vezes antes de ter colocado a primeira fralda, no sul os supermercados praticamente poderiam ser divididos em dois em função das cores dos produtos lançados com os brasões dos times estampados.

Em ano de Copa todo mundo fica um pouco mais “patriota”, imagine com a Copa acontecendo por aqui.

Então não é estranho que a telinha da televisão seja invadida por dezenas de programas temáticos: o melhor jogador de todos os tempos, a construção dos estádios, os maiores campeões, as lendas, a tecnologia, a saúde e alimentação dos jogadores, escolha um tema e você provavelmente encontrará um programa com ele.

Então o History Channel encontrou um programa para chamar de seu, mas eu não diria que é exatamente um programa sobre futebol.

Várzea F.C. é a aposta do canal para esse ano de Copa e eu posso lhe garantir que ele não é voltado só para quem gosta de futebol: centrado em quatro “personagens” dos mais irreverentes, quatro jogadores do Caju, time cuja sede fica no bairro do Jaguaré em São Paulo, a série mostra a luta para manter o time, sem ganhar nada por isso, só por conta da paixão, dos amigos, das risadas.

E, é claro, mostra os churrascos, as brincadeiras, as piadas, os palavrões. Eu garanto: a coisa é bem real. Imagine que o primeiro episódio chama-se Na Várzea é tosco e que você nunca verá uma linha branca de campo da mesma forma depois de assisti-lo.

Vamos dizer que, como o próprio diretor Leo Longo citou na coletiva de lançamento, que Várzea F.C. é praticamente um “estudo sociológico” tequilasobre essa “tribo” apaixonada – e todo mundo tem uma história de “peladas” para contar, nem que seja como a minha, de lembrar de meu pai, quando eu era criança, colocando seu uniforme do Samba F.C. para encontrar os amigos e fazer uns gols, isso até a segunda operação de joelho ter deixado esses tempos para trás.

A coletiva de imprensa, realizada no Museu do Futebol e com a presença das estrelas do programa Amauri, Paraíba, João Funeca e Viola teve muito do clima informal que você verá na tela e é fácil reconhecer neles alguém que já vimos antes.

Por aqui, se o Caju estiver precisando de mascote, bem, acho que temos candidata…

A série estreia no dia 20 de maio, às 23 horas.

*O texto foi publicado originalmente no Só Seriados de TV.

A Teia – Episódio 10

Data/Hora 10/04/2014, 14:20. Autor
Categorias Reviews


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Coragem. Após a cena final de A Teia foi essa a primeira palavra que veio a minha mente. Não foram os primeiros a se arriscar mostrando a maldade humana da forma mais crua. Nem o fizeram de uma forma diferente de todo mundo. Mas eles encararam o risco na televisão aberta brasileira de uma forma que, pelo menos eu acho, ninguém tinha feito antes  – e aí, talvez seja o caso de eu fazer um mea culpa por ter reclamado tanto do horário sem perceber o bem que isso poderia fazer a série.

A grande verdade é que o último episódio desta temporada – torcemos para que não seja a única – não só ficou à altura de tudo que tivemos até aqui como nos preparou um apanhado de surpresas, começando pelo fato de Celeste ter sobrevivido ao acidente e encerrando com a inesperada revelação de que Marco Aurélio não buscava a vingança pela morte de seu pai, já que ele assistiu a própria mãe o fazendo, mas era apenas uma mente tremendamente perturbada.

O episódio começou com Macedo tentando convencer Celeste a ajudá-lo enquanto uma multidão fora da delegacia ameaçava linchá-la. Voltamos então ao momento do acidente e da fuga de Baroni, que leva Ninota consigo para fazer exatamente o que Macedo previra: se vingar do ex-marido de Celeste.

Baroni recorre a Charles, o único a escapar do cerco da polícia, e arquiteta a vingança em sua casa na Chapada – e a localização dos acontecimentos foi a única parte de toda a série que me incomodou, fosse pelo fato de eu ter dificuldade em identificar as idas e vindas do grupo, fosse pelo fato do Brasil não ser tão pequeno assim para a facilidade com que esse povo viajava, além de fazer com que eu me perdesse na linha temporal.

E tudo daria certo, não fosse o detalhe de Celeste estar viva e não fosse um dos vídeos que acaba chegando as mãos do pessoal da polícia. Para ser mais exata nas mãos de Taborda, que recém pai faria o que qualquer um de nós faria – e ele não podia fazer: a divulga.

A fita em questão reafirma o quão instável Baroni é: ele tortura a pequena Ninota na frente da câmera para que seu pai possa ver e assim não hesite em encontrá-lo. Confesso: apenas ouvir a fita foi o bastante para revirar meu estômago e mais que justifica a multidão raivosa fora da delegacia. O maior trunfo de Baroni se torna, então, seu ponto fraco: Celeste, até então firme em proteger seu amado, acaba entregando a localização da casa em que ele estaria escondido após ver a fita.

Macedo monta uma nova operação gigante – como o chefe dele bem nos lembra e questão totalmente relacionada ao que citei acima sobre as viagens – para prender o bandido. Ele evita que Ney acabe morto, consegue recuperar Nina, mas não impede que Baroni atire em Celeste.

A grande verdade é que não existe possibilidade de final feliz em uma história como essa e o roteiro acertou na forma como as coisas aconteceram – e eu nem vou criticar o fato de Macedo levar Celeste com ele à cena do crime, afinal isso acontece até em filme americano muito bom.

Baroni  vai para a cadeia, aonde seu destino já está traçado também: lembram da fita com a tortura de Ninota? Bom, os presos também sabem dela e a cena dele sendo cercado no banheiro já diz tudo que precisamos saber. Celeste é mantida no hospital com a ajuda de aparelhos. Seu futuro é indefinido e Ninota acaba em um lar para crianças órfãs.

Macedo recebe a proposta para continuar em Brasília e montar sua equipe de trabalho. Se, de um lado, a proposta o manteria perto da mãe e de Celeste, com quem a ligação acabou sendo bem mais forte do que ele pretendia, ele não tem coragem de pedir a sua esposa que o acompanhe.

Ficam então as pontas soltas para uma possível segunda temporada e a cena de Libânio carimbando passaportes no aeroporto foi o bastante para me fazer querer que Macedo aceite a proposta – como se eu não quisesse o bastante vê-lo trabalhando junto com Germano.

E Eduardinho? Infelizmente o que eu mais temia aconteceu e a trama familiar de Macedo se esvazia. A esposa do delegado encontra os documentos na geladeira e assim eles conseguem impedir o pior, mas Eduardo em uma concessionária de motos e o senador andando pela cidade de Brasília nos mostram que, bem, algumas coisas são mais difíceis de mudar.

*O texto foi publicado originalmente no Só Seriados de TV.

Primeiras Impressões – Assunto de Família

Data/Hora 31/03/2014, 11:27. Autor
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Depois de duas excelentes temporadas de Sessão de Terapia (acabo de devorar a segunda em ritmo de maratona) e da bem sucedida produção de Amor Veríssimo, chegou a vez do GNT produzir sua primeira série de tribunal.

Mas esqueça os crime mirabolantes e os assassinos intocados: o tema central da nova série do canal são os dramas do dia a dia nos relacionamentos familiares.

Eduardo Moscovis é o juiz Pedro Fernandes, da vara de família. Em seu tribunal ele decide o destino de família inteiras baseado no que elas lhe contam entre quatro paredes – e também pelo que ele vê nas ruas. Sim, Pedro, ele mesmo fruto de um casamento problemático, com um pai abusador e uma mãe que abandonou a ele e ao seu irmão, faz investigações pessoais antes de tomar a decisão final nos casos que chegam a sua mesa.

Pedro também tem uma vida pessoal bastante conturbada: um casamento desfeito com duas filhas, terminado após ele ter um caso com uma colega juíza, um irmão envolvido com drogas e um pai em estado vegetativo no hospital. Essa é a primeira visão que temos dele no episódio inicial da série.

E o episódio serve bem para termos uma ideia do tom geral: está é uma série que se passa no tribunal, mas está longe de ser um drama jurídico. Enquanto decide o caso apresentado no episódio, Pedro lida com suas próprias limitações e problemas, dessa vez não conseguindo investigar a verdade por conta própria antes de fazer suas escolhas.

Durante a coletiva de imprensa Moscovis pareceu bastante a vontade com o novo desafio, segunda série que ele protagoniza, a primeira na Rede Globo, e segunda parceria dele com o canal, depois que ele participou do programa Saia Justa.

Apesar da declaração do diretor que eles tentaram fugir ao máximo do “excesso de explicação”, que ele chamou de “tabitati”, eu confesso ter visto vários vícios de novela nos dois primeiros episódios exibidos pelo canal. Além disso, incomoda a inocência de Pedro após ter vivido o que viveu e ver os dramas que chegam ao seu tribunal ao longo da série. Resta torcer para que, com novos episódios, os dois defeitos da série sejam compensados.

A primeira temporada da série é composta de 13 episódios de 30 minutos, sem comerciais, que serão exibidos a partir do dia 09 de abril na faixa das 22h30. Além de Moscovis, o elenco conta com Malu Galli, Georgiana Góes e Pedro Brício. A direção é de Sérgio Rezende e a produção de Mariza Leão.

Você pode assistir aqui um vídeo do elenco falando sobre seus personagens.

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