Star-Crossed – This Trick May Chance to Scathe You e Passion Lends Them Power

Data/Hora 20/05/2014, 19:50. Autor
Categorias Reviews


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Star-Crossed é um bom exemplo de como uma ideia que tinha muito futuro pode ser facilmente destruída se não for tomado o mínimo cuidado em seu desenvolvimento. Faltou equipe de criação, sobraram personagens e situações a serem desenvolvidas; personagens secundários destacaram-se mais que os principais e a história patinou, patinou… e não saiu do lugar. Uma pena! Star-Crossed prometia.

Recheada de situações que se atropelavam, e quando não, eram óbvias demais, a série abusou do excesso de informação e desfechos rápidos. Não sobrava tempo para ansiedades e especulações. E o fato de que, da equipe “teen”, Emery e Roman eram os que menos despertavam empatia realmente não ajudou.

Não sei qual era a dinâmica de criação da série, mas acredito que faltaram os olhos da criadora, pois, curiosamente, os melhores episódios têm a sua colaboração na confecção do roteiro (o episódio piloto, o segundo episódio e a season finale). Meredith Averill, criadora da série, tem no currículo episódios de Life on Mars e The Good Wife, não é uma debutante com uma boa ideia! Alguns diretores e roteiristas também já são conhecidos do público. Mas o contra-senso é que ou dirigiram dramas como The O.C., Gossip Girl, Pretty Little Liars ou escreveram ficção científica como Andromeda. Ou seja, ou fizeram dramas ou ficção científica e terror.

Talvez o maior erro tenha sido da CW, que tentou emplacar um drama romântico de ficção científica e não disponibilizou uma equipe que conseguisse uma mediação entre esses dois conceitos fundantes da ideia original: romance e ficção científica. Porque, no fundo, a série, episódio após episódio, perdia-se no vasto labirinto da conciliação dos relacionamentos atrianos/humanos e parafernálias futuristas que colocariam a humanidade em cheque.

Mas pior do que insistir em acompanhar a série, episódio após episódio, torcendo para que houvesse um momento de genialidade e a história fosse colocada nos eixos, foi ver um instante final que, pela primeira vez, após onze infelizes tentativas (o episódio piloto e o segundo episódio não foram ruins), parecia que poderia mudar os rumos da série. Infelizmente, se para sim ou para não, jamais saberemos!

Certeza mesmo é que This Trick May Chance to Scathe You e Passion Lends Them Power insistiram no erro. Entre roubar o Suvek, que se acreditava ser um arma de destruição em massa e orientar as relações entre humanos e atrianos, as situações continuaram a se atropelar e, o maior absurdo, Zoe ressurgiu, literalmente, das cinzas. Os adultos continuaram a parecer idiotas facilmente enganados por um bando de adolescentes; um veneno mortal foi facilmente neutralizado pelo Cyper; o amor uniu inimigos e a destruição da humanidade não passou, mais uma vez, de alarme falso.

Não há mais o que dizer sobre This Trick May Chance to Scathe You e Passion Lends Them Power!

Faltou arte, mesmo que fosse simplesmente para que os insistentes fãs pudessem acreditar nas situações inverossímeis. Faltou calma para que sequências fizessem sentido. Faltou despertar emoções que nos identificassem com a trama. E, já que o personagem mais consistente era Vega, mais pelo talento da atriz (Merle Dandrigde) do que pelo personagem em si, é realmente uma perda não assistirmos à nave atriana comandada pelo pai de Teri, pousar na Terra. Quem sabe, com ele, não viesse a força necessária para mudar o destino de Star-Crossed!

Finais de temporada marcaram a semana (audiência na TV americana de 11 a 16 de maio)

Data/Hora 19/05/2014, 15:51. Autor
Categorias Audiência


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Finais de temporada

Na semana que passou vinte e seis séries encerraram suas temporadas. Algumas delas já canceladas pelas suas respectivas redes.

Pela ABC foram Once Upon a Time, Revenge, Castle, Marvel´s Agents of S.H.I.E.L.D., The Goldbergs, Trophy Wife, Suburgatory, Nashville, Grey’s Anatomy e Shark Tank.

A CBS encerrou as temporadas das duas séries com melhores índices de audiência entre o público qualificado The Big Bang Theory e NCIS. Também disseram até breve NCIS:LA, Person of Interest, Criminal Minds, The Millers e Elementary.

Star-crossed, The Originals, Arrow, The Vampire Diaries, Reign e Hart of Dixie foram as séries exibidas pela rede CW.

A Fox e a NBC programaram o final de apenas duas de suas séries para a semana. Glee e Kitchen Nightmaires, pela Fox; The Blacklist e Grimm, pela NBC.

Veja na tabela abaixo quais delas saíram-se melhor junto à audiência.

Estreia

Pela rede FOX, Riot estreou na última terça-feira com 0.5 pontos de audiência junto ao público alvo (18-49 anos) e 1,34 milhões de telespectadores totais. O novo programa da FOX é uma adaptação do programa australiano Slides Shows, e é basicamente uma competição entre dois times de celebridades que enfrentam desafios como cantar, dançar e criar skets cômicas, superando obstáculos, como ter que executar uma tarefa em um palco inclinado ou em ambientes totalmente escuros. O primeiro episódio do programa contou com Steve Carrel e Andy Buclkey, que contracenaram em The Office, como capitães dos dois respectivos times. Apesar da baixa audiência é bom lembrar que estamos entrando na Summer Season, quando os números ficam muito aquém do que estamos acostumados durante a Fall Season.

Melhores desempenhos junto à audiência, na semana de 11 a 16 de maio

Como não aparecem na tabela, registramos o desempenho da segunda noite de exibição tanto do American Idol quanto do The Voice.

O reality da FOX registrou 2 pontos na demo 18-49 anos e 8,67 milhões de telespectadores totais, na noite de quinta-feira. Já o The Voice, da NBC, ficou com 2.6 pontos junto ao público alvo e 10,96 milhões junto ao público total na terça-feira.

Audiência na demo 18-49 anos

week 34 demo

As season finales de algumas series não chegaram a alcançar os 2 pontos de audiência junto ao público alvo (18 a 49 anos), por isso não aparecem na tabela acima, então criamos uma específica para elas.

week 34 finales

Os números mais assustadores ficaram por conta do último episódio de Glee, que marcou vergonhosos 0.6 de demo. A Fox não anunciou a data de retorno da série e nem quantos episódios a temporada final terá. E com base nesses números, é possível afirmar que a temporada será curta.

As séries abaixo obtiveram uma média de audiência próxima à nota de corte da tabela: 2 pontos, na demo 18-49 anos:

  • 1.9 pontos: The Middle,  
  • 1.7 pontos: The Amazing Race, Bones, Hell´s Kitchen,Two and a Half Men(R)

Audiência em milhões de telespectadores

week 34 total

Audiência das séries da rede CW

week 34 cw

Desempenho das redes junto à audiência (média semanal)

week 34 grafico

O final de temporada de várias séries contribuíram para o empate, na faixa de público entre 18 e 49 anos, entre as redes CBS e ABC. Porém, junto aos telespectadores totais, a CBS continua a ocupar o primeiro lugar.

Obs:

1) Os dados do gráfico expressam valores aproximados.

2) Os dados da sextas-feiras, utilizados nesta coluna, são relativos aos números preliminares de audiência (L+SD).

Fonte dos dados: tvbythenumbers e tvseriesfinale.

Person of Interest – Deus ex Machine

Data/Hora 17/05/2014, 13:28. Autor
Categorias Reviews


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E lá se foi mais uma temporada!

Olhando para frente, os meses se tornam uma eternidade para descobrirmos como é que será a vida de Finch e companhia agora que se tornaram apenas um CPF. Olhando para trás, é impossível já não sentir certa nostalgia por uma temporada que começou muito mal das pernas e depois se tornou a melhor parte dessa história que teve seu início com um encontro entre Finch e Reese em 2010 e uma ideia sobre como, em um futuro não tão longínquo assim, a tecnologia poderia fazer parte de nossas vidas de uma forma que nem ousaríamos sonhar, a não ser, metaforicamente, como uma anedota futurista.

Entre salvar vidas, serem perseguidos pelos mais diversos tipos de inimigos e enfrentar demônios pessoais, Finch e Reese viram seu staff crescer. Outros personagens foram incorporados à história. Aprendemos a amá-los pelo que eram: representações de situações que encontramos, transitando nas ruas de cidades reais; representações de sentimentos e caráter que, mesmo inconscientemente, desejamos encontrar transitando pelas ruas de cidades reais.

Este ano, de forma um tanto traumática, despedimo-nos de Carter. Não somente porque a história precisava de um momento impactante, mas porque a verossimilhança com um mundo possível pedia o sacrifício de um deles. Afinal, como diria Jonathan Nolan, neste tipo de história perdas acontecem, e quem fica tem que aprender a conviver com elas: Reese, Finch, sua equipe, eu e você, que, semana após semana, vivemos esse universo denso de possibilidades chamado Person of Interest.

Deus ex Machine talvez seja o início de uma nova fase nessa história a qual os “irrelevantes” de Finch sejam a humanidade inteira submetida ao jugo do Samaritano, orientado pela mente doente, mas sagaz de Greer. Afinal, quem iria pensar que a Vigilância era produto de uma articulação que começara antes mesmo de sabermos de sua existência?

Parodiando Greer, podemos estar observando a “aurora de um novo mundo”, onde, como deuses, uma inteligência desprovida de sentimentos poderá ser capaz de submeter os homens a uma convivência em que se recupere o sentido da palavra Humanidade. Contraditoriamente, um conceito que comporta menos razão e mais emoção.

Greer e Root partilham da mesma descrença pelo ser humano e o fascínio pela perfeição de diretrizes construídas por bytes e bytes de linhas de comandos em inteligências cibernéticas que, teoricamente, as tornam infalíveis.  A ironia é que a imperfeição é o que nos leva à possibilidade de uma convivência mais humana, na medida em que somos capazes de sentir e sentir pelo outro, ainda que o exercício desta simples premissa esteja cada vez mais em desuso.

O Samaritano ganhou vida! A Máquina a tinha há algum tempo. Talvez este seja um dado relevante na guerra que se avizinha. Porque parece que ela consegue, ao menos com Finch e sua equipe, certa empatia. E empatia é um sentimento, não uma racionalização conseguida a priori, inscrita em suas linhas de comando. Na “aurora de um novo mundo” isso, talvez, faça toda a diferença.

Nesse futuro que se avizinha, o tempo também pode ser fundamental. Para Finch e sua equipe se reestruturarem. Para o Samaritano se humanizar. Para a Máquina se aperfeiçoar. Ou não. Pois o tempo pode simplesmente mostrar que o caminho mais fácil para a preservação do mundo seja a eliminação dos homens. E na quarta temporada este pode ser o grande dilema: os deuses estarão aqui para nos punir ou nos proteger?

Eis um ponto em que Greer e Finch divergem e a qual lado cabe a razão ainda é uma incógnita. Certeza mesmo é que a Caixa de Pandora foi aberta e se a esperança ainda resta dentro dela, resta torcer para que não seja em vão.

Mas que venha a quarta temporada. E o mais rapidamente possível.  Enquanto isso vamos curtindo a saudade e perdoando os pequenos deslizes que aconteceram aqui e ali durante esta fall season, inclusive nesta season finale.

24: Live Another Day – índices comparativos de audiência (audiência na TV americana 4 a 9 de maio)

Data/Hora 12/05/2014, 11:26. Autor
Categorias Audiência


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Está foi a semana de Jack Bauer, mesmo que os números de audiência não tenham coroado com louros a expectativa pela volta da série que, em 2010, deixou muita gente órfã.

Com 2.6 pontos junto ao público alvo e 8 milhões de telespectadores totais, 24: Live Another Day, que ocupa o horário em que era exibido Almost Human, teve um desempenho pior, em sua estréia, do que a série futurista recém cancelada pela emissora da raposa. A season premiere de Almost Human atingiu a marca de 3.1 pontos na demo 18-49 anos. Porém, o último episódio de 24 horas, exibido em 2010, chegou a 2.9 pontos na demo 18-49 anos e 9,3 milhões de telespectadores totais, o que significa que os fãs da série permanecem firmes e, diferentemente do que aconteceu com Almost Human, que perdeu sua audiência durante a temporada (o último episódio da série conseguiu apenas 1.5 pontos junto ao público entre 18 e 49 anos), Jack Bauer pode ter a esperança de manter sua média de audiência em torno dos 2 pontos, o que, na atual conjuntura, seria uma conquista.

Melhores desempenhos junto à audiência, na semana de 4 a 9 de maio.

Como não aparecem na tabela, registramos o desempenho da segunda noite de exibição tanto do American Idol quanto do The Voice.

O reality da FOX registrou 1.6 pontos na demo 18-49 anos e 7,18 milhões de telespectadores totais, na noite de quinta-feira. Já o The Voice, da NBC, ficou com 2.5 pontos junto ao público alvo e 10,72 milhões junto ao público total na terça-feira.

Audiência na demo 18-49 anos

week 33 demo

As séries abaixo obtiveram uma média de audiência próxima à nota de corte da tabela: 2 pontos, na demo 18-49 anos:

  • 1.9 pontos: Dancing With the Stars, Marvel´s Agents of S.H.I.E.L.D., Chicago Fire, CSI, The Millers, Shark Tank
  •  1.8 pontos: American Idol
  • 1.7 pontos: The Amazing Race, Mike & Molly, Person of Interest

Audiência em milhões de telespectadores

week 33 total

Audiência das séries da rede CW

week 33 cw

Desempenho das redes junto à audiência (média semanal)

week 33 grafico

Entre idas e vindas as redes ABC, NBC e Fox empataram nos índices de audiência obtidos junto ao público alvo, diferenciando-se apenas no número de telespectadores totais. Bom para a CBS que obteve a melhor classificação da semana, inclusive junto à faixa etária mais disputada pelas redes de televisão (18-49 anos).

Obs:

1) Os dados do gráfico expressam valores aproximados.

2) Os dados da sextas-feiras, utilizados nesta coluna, são relativos aos números preliminares de audiência (L+SD).

Fonte dos dados: tvbythenumbers e tvseriesfinale.

Person of Interest – A House Divided

Data/Hora 09/05/2014, 16:19. Autor
Categorias Reviews


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Strike!  Foi isso que a Vigilância conseguiu em A House Divided. De uma só tacada sequestrou os membros do governo envolvidos na quebra de privacidade de seus cidadãos e os responsáveis pelos dois sistemas que lhe permitem executar essa tarefa. Controle, Senador Harrison, Manuel Rivera (assessor do presidente dos EUA), Greer e Finch serão julgados – aparentemente – em transmissão nacional, e não restam dúvidas sobre o veredicto. Se não conhecêssemos Collier, poderíamos ter alguma esperança quanto à sentença a ser executada. Mas o conhecendo e, agora, sabendo de suas motivações, podemos ter certeza de que a pena de morte será a ordem do dia.

Collier era mais interessante quando suas motivações me pareciam fruto de um inconformismo gerado pela convicção entre certo e errado, fruto de certo olhar sobre o mundo, do que disparadas por um gatilho pessoal. Simples assim! Ingenuidade minha desejar uma “voz” que representasse essa dicotomia? Muito maniqueísta? Talvez.

Mas é mais fácil perdoar quando se supõem motivações que vão além de uma aspiração pessoal. No final é apenas vingança!? Muito pequeno para o tamanho do esforço pessoal e coletivo, empreendido por Collier. Candidatos a “heróis” são mais atraentes quando olham o mundo e não o próprio umbigo. Mesmo quando esses heróis se façam ao avesso, revestidos de uma evidente loucura.

E se podemos intuir com uma certeza inegável qual será a sentença para os acusados, dificilmente poderemos ter essa mesma convicção sobre quem deu a ele a informação sobre Nothern Lights e o sistema de vigilância que, indiretamente, levou seu irmão ao suicídio. Esse, o próximo mistério a ser desvendado. Em um primeiro momento pareceu-me coisa da Máquina, mas isso é totalmente improvável. Afinal, por que ela iria gestar um inimigo tão feroz? Depois pensei em Root. Em 2010, ela era outra pessoa. Mas é tão improvável quanto a primeira hipótese, porque afinal, ela sempre foi apaixonada pela Máquina e não iria querer criar esse inimigo para ela. Então… enigma!

Resta-nos saber se esse enigma será solucionado no próximo episódio ou na próxima temporada. Ou se é apenas uma informação irrelevante.

Mas a pena de morte não parece estar na ordem do dia apenas para os réus no julgamento presidido por Collier. Depois de correr contra o tempo o episódio todo, Reese, Shaw e Root, parece, terão que lutar contra o mesmo destino, senão para eles próprios, no caso de Reese e Shaw, pelo menos quanto a Root.

Ela irá enfrentar o gigante. As instalações do Samaritano foram localizadas e, segundo a Máquina, cabe a ela essa tarefa. E o que é mais angustiante neste caso é que a resposta sobre o destino de Root encontra-se menos no desenvolvimento da história do que nos planos de Jonathan Nolan para a série. Ela poderá sobreviver para mais uma season premiere? Ou sua existência acaba em Deus ex Machina, último episódio desta temporada? Ou, ainda, a quarta temporada tem espaço para o personagem além do primeiro episódio?

Segundo Jonathan Nolan, nesse tipo de história existem perdas pelo caminho, quem será a bola da vez: Ruth ou Shaw? Porque Reese e Finch estão praticamente a salvo. Ou o caldeirão de maldade do criador de Person gerou a última gota de sua poção macabra com a morte de Carter?

Enquanto aguardamos a definição do futuro de Shaw e Root, torcemos para que nem a pena de morte alcance Finch nem a expiação pública, pois esta, se não é definitiva, pode ser tão cruel quanto.

Uma observação: os três nerds podiam continuar na história. Apesar de transformar os personagens em uma multidão, eles são simpáticos! Enfim…

Depois de A House Divided, resta-nos apenas Deus ex Machina e a certeza de que a fall season é curta demais!

A queda de The Following, que não se despediu (audiência na TV americana 27 de abril a 2 de maio)

Data/Hora 05/05/2014, 17:02. Autor
Categorias Audiência


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A semana que passou foi marcada, especialmente, pelo final da temporada de The Following.

Apesar da queda vertiginosa na audiência durante a temporada, os fãs de Ryan Hardy e Joe Carroll podem dormir em paz, pois a Fox já garantiu mais uma temporada para a série (ao contrário dos fãs de Almost Human, que com números parecidos à The Following, foi cancelada). A season premiere desta segunda temporada de obteve índices excepcionais de audiência: 4.45 pontos na demo e 11,18 milhões de telespectadores totais. Note-se que esses índices, atualmente, somente são alcançados por realities shows, programas esportivos ou pelos nerds de The Big Bang Theory. Mas durante esta temporada, a série perdeu 65% dos telespectadores entre 18 e 49 anos. A season finale conseguiu apenas 1.5 pontos junto ao público alvo e 4,81 milhões de telespectadores totais. Esses números representam uma queda de 67% na audiência junto ao público qualificado, ao contrário de sua primeira temporada, que manteve uma audiência estável.

Caso os números não melhorem na 3ª temporada, pelo menos os fãs poderão ter a satisfação de ter uma conclusão para a saga de Ryan Hardy e Joe Carroll, em sua terceira temporada.

Outro destaque da semana foi a alta na audiência de Grey’s Anatomy, motivada pelo retorno de um velho conhecido dos fãs.

Melhores desempenhos junto à audiência, na semana de 27 de abril a 2 de maio.

Como não aparecem na tabela, registramos o desempenho da segunda noite de exibição tanto do American Idol quanto do The Voice.

O reality da FOX registrou 1.5 pontos na demo 18-49 anos e 7,03 milhões de telespectadores totais, na noite de quinta-feira. Já o The Voice, da NBC, ficou com 2.7 pontos junto ao público alvo e 11,18 milhões junto ao público total na terça-feira.

 Audiência na demo 18-49 anos

week 32 demo

As séries abaixo obtiveram uma média de audiência próxima à nota de corte da tabela: 2 pontos, na demo 18-49 anos:

  • 1.9 pontos: The Amazing Race, Resurrection, Friends With Better Lives, Person of Interest, American Idol, Chicago PD.
  •  1.8 pontos: Chicago Fire, The Middle, Law & order: SVU.
  • 1.7 pontos: The Goldbergs, CSI, iHeart Radio Music Awards, 20/20.

Audiência em milhões de telespectadores

week 32 total

Audiência das séries da rede CW

week 32 cw

Desempenho das redes junto à audiência (média semanal)

week 32 grafico

Continua valendo o comentário feito na semana passada: enquanto as redes praticamente empataram na audiência média junto ao público qualificado, destaque para a CBS, que continua a garantir o maior índice de audiência, na média da semana, junto ao público total.

Obs:

1) Os dados do gráfico expressam valores aproximados.

2) Os dados da sextas-feiras, utilizados nesta coluna, são relativos aos números preliminares de audiência (L+SD).

Fonte dos dados: tvbythenumbers e tvseriesfinale.

Star-crossed – Give Me a Torch

Data/Hora 04/05/2014, 17:34. Autor
Categorias Reviews


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Star-Crossed continua tropeçando na qualidade dos roteiros: informações demais em um curto espaço de tempo; conflitos que se perdem na trama; abuso de situações repetitivas no desenvolvimento da história: festas, mal entendidos, desrespeito ao toque de recolher sem que isso gere consequências para os atrianos; sequências tão óbvias que não geram expectativa; um triângulo amoroso que não se define; personagens secundários mal aproveitados.

Give Me a Torch contemplou um pouco de tudo isso.

Primeiro tivemos Roman e Drake tentando desestabilizar Castor junto ao Conselho. Em um roteiro mais sério, a expectativa pelo testemunho de Soraya iria produzir pelo menos certa angústia quanto à credibilidade de Roman. Mas era óbvio demais que ela não apareceria! E passamos pela cena pensando que ela bem poderia ter sido suprimida do episódio.

Depois tivemos Roman e Drake armando uma cilada para Castor e, para isso, tendo que roubar uma parte da munição guardada no falso compartimento de ventilação de seu casulo. Mais clichê que a porta semi-aberta para denunciar a presença dos dois, impossível. Triste também que, quando Teri invadiu o casulo, havia pessoas para frustrar os seus planos, mas na hora em que Roman e Drake fizeram o mesmo não havia uma viva alma para atrapalhar os seus planos.

A cena em que Teri deixa a câmera no casulo de Castor foi um verdadeiro desastre. Um verdadeiro “faz de conta que eu não vi o que eu de fato vi!”: Teri planta a câmera que Castor finge não ver, mas certamente viu; eu vi, você viu, o mundo viu! Somente Teri acreditou na rapidez do seu gesto.

Essa cena só não foi pior do que aquela em que, vigiando o casulo de Castor, ela o vê fazendo-lhe inúmeros elogios e acredita serem verdadeiros. Será que somente ela não percebeu que o moço só faltou olhar direto para a câmera enquanto falava? E, fiquei pasmada, lá estavam de volta as moças servindo de plateia para o discurso de Castor! De onde, afinal de contas, saíram aquelas bitches?

Mas a sessão desastre não parou por aí. Taylor organiza mais uma festa, porque, afinal de contas, nem só de escola podem viver adolescentes normais! E lá estava o cenário pronto para mais um drama mexicano: Emery, que não pode ficar com Roman, cai de novo nos braços de Grayson e, óbvio, com a melhor das boas intenções, dos Falcões Vermelhos também. E precisamos de um santo para quem suplicar contra os mal-entendidos, óbvio, Roman iria vê-la na reunião dos recrutas de Grayson e entender tudo ao contrário.

Disse que mais clichê que a porta semi-aberta do compartimento de ventilação no casulo de Castor, impossível, mas volto atrás. Mais clichê que as imagens de uma gravidez atriana, no computador da mesa do bar de bandeja para Vartan associar a uma gravidez de Emery, impossível! E a sequência em que Roman e Drake conseguem explodir o Suvek e, ao mesmo tempo, implicar Castor foi coisa de amador.

No meio dessa “comédia de erros”, a única salvação foi Vega e seu Suvek que continua inteiro. Tudo isso pelo espaço de quarenta minutos, pois na sequência, em um outro episódio, a equipe de criação joga tudo pelos ares para recomeçar a trama do zero ou mal aproveitar algumas das situações apresentadas em Give Me a Torch.

A dois episódios do final da temporada, vejamos o que restará para a próxima, na hipótese de uma renovação da série pela rede CW.

Person of Interest – Beta

Data/Hora 03/05/2014, 20:10. Autor
Categorias Reviews


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“Mantenha-se vivo, Harold! Eu vou buscar você.” (John Reese)

Beta poderia ter sido apenas essa cena e o episódio já teria valido a pena. Mas Beta não foi somente essa promessa e essa despedida incerta. Foi a sublimação do amor, quando a vida estava na ponta dos dedos, no toque de apoio, na caminhada às cegas sobre uma ponte esquecida, e avançou rumo à morte, sem hesitação, sem certezas, a não ser a de que o amor oferta tudo, até que não lhe sobre mais nada a ser doado, a não ser as lembranças que a memória capta e a alma guarda.

Foi também a revelação do ódio, quando Finch, avesso a qualquer ato de violência sem sentido, avesso a qualquer ato de violência extrema, sucumbe diante da obsessão pelo poder, diante das vítimas que a sagacidade e a falta de escrúpulos são capazes de fazer e pede a vida de todos pela vida de Grace.

Foi a sublimação da amizade quando até os corações mais duros fraquejaram diante do inevitável e os olhos revelaram o que teria sido melhor demonstrado pelas lágrimas que teimaram em não cair.

Beta foi ainda um ato de contrição, quando Finch recordou o inevitável, o destino anunciado em um clic de mouse em um dia distante, quando, por sua culpa, sua vida deixou de lhe pertencer, para, simbioticamente, tornar-se parte de um todo maior, quando sua Máquina ganhou vida.

Foi, pela segunda vez, nesta temporada, revelação, um momento único que durou quarenta minutos, em que nos percebemos parte da história, porque, tal qual na morte de Carter, estávamos presentes: alertamos Grace para que não falasse de Finch e alertamos Finch antes de dar o primeiro passo em direção àquilo que acreditava ser o seu destino, de que a razão era melhor instrumento de decisão que a emoção; oferecemos o sofá da sala para que Reese, Shaw e Root se escondessem dos olhos do Samaritano e desejamos segurar a caneta que escrevia a história. Fomos as câmeras ocultas que se afligiram pelo futuro dessas pessoas (personagens?) que já fazem parte de nossas vidas; derrubamos, deste lado da tela, as lágrimas que Shaw e Reese não puderam libertar naquela ponte, ao ver Finch se distanciando, prisioneiro de Greer.

E, ao final, se foi Finch a dizer o ato de contrição, fomos nós a pagar a penitência com a tortura de ver os acontecimentos se desenrolarem sem que pudéssemos interferir!

Foi redenção pelo início incerto da temporada, quando tudo parecia que iria desandar, mas que, em Beta, tornou-se pura arte de fazer roteiros.

E porque Beta foi isso tudo, entre idas e vindas, ações inusitadas e ironias sutis, o coração já dói ao pensar que temos apenas míseros oitenta minutos restantes para conviver com esses seres que nos encantam, com esta história que aprisiona; oitenta míseros minutos que nos separam da espera sem fim pelo retorno de uma nova temporada.

Estreia de Bad Teacher e Black Box (audiência na TV americana 20 a 25 de abril)

Data/Hora 27/04/2014, 21:37. Autor
Categorias Audiência


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Foram duas as estreias dessa semana: Bad Teacher, na CBS e Black Box, na ABC.

Bad Teacher

Bad Teacher é uma adaptação do filme Professora sem Classe, que teve Cameron Diaz no papel principal. A nova comédia da CBS conta a história de uma recém divorciada que vai lecionar na escola em que estuda a filha de sua melhor amiga, com o objetivo de arranjar um marido rico entre os pais solteiros. Bad Teacher estreou na última quinta-feira com uma audiência apenas razoável: 2.1 pontos na demo 18-49 anos e 7,80 milhões de telespectadores totais. Se considerarmos a queda natural da audiência após o primeiro episódio, Bad Teacher não empolgou. É esperar para ver o comportamento do público nos doze episódios restantes.

Black Box

Black Box, novo drama da ABC, conta as dificuldades de Catherine Black, uma famosa neurocirurgiã que sofre com transtorno bipolar. Com 1.5 pontos na demo 18-49 anos e 6,87 milhões de telespectadores totais, nem chegou perto dos números alcançados por Scandal, que até a semana passada era exibida neste mesmo horário.

Melhores desempenhos junto à audiência, na semana de 20 a 25 de abril.

Como não aparecem na tabela, registramos o desempenho da segunda noite de exibição, tanto do American Idol quanto do The Voice.

O reality da FOX registrou 1.8 pontos na demo 18-49 anos e 7,68 milhões de telespectadores totais, na noite de quinta-feira. Já o The Voice, da NBC, ficou com 2.8 pontos junto ao público alvo e 11,29 milhões junto ao público total na terça-feira..

Audiência na demo 18-49 anos

week 31 demo

As séries abaixo obtiveram uma média de audiência próxima à nota de corte da tabela: 2 pontos, na demo 18-49 anos:

  • 1.9 pontos: Mike & Molly, Marvel´s Agents of S.H.I.E.L.D., About a Boy, The Middle,
  • 1.8 pontos: Castle
  • 1.7 pontos: Once Upon a Time, The Amazing Race, Friends With Better Lives, Suburgatory, Shark Tank, Hell´s Kitchen

Audiência em milhões de telespectadores

week 31 total

Audiência das séries da rede CW

week 31 cw

Desempenho das redes junto à audiência (média semanal)

week 31 grafico

Enquanto as redes de televisão praticamente empataram na audiência média junto ao público qualificado, esta semana, destaque para a CBS que continua a garantir o maior índice de audiência, na média, junto ao público total.

Obs:

1) Os dados do gráfico expressam valores aproximados.

2) Os dados da sextas-feiras, utilizados nesta coluna, são relativos aos números preliminares de audiência (L+SD).

Fonte dos dados: tvbythenumbers e tvseriesfinale.

Star-Crossed – Some Consequences Yet Hanging in the Stars e What Storm Is This That Blows So Contrary

Data/Hora 26/04/2014, 17:59. Autor
Categorias Reviews


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No episódio anterior, depois que Emery viu as imagens contidas no Mirzan, eram favas contadas que Castor deveria ser desmascarado. Afinal, nem era necessário que Soraya tentasse fazer com que Roman enxergasse que se ela tivesse se rebelado contra Nox, não seria ela quem lhe forneceria as provas para condená-la. A essa conclusão, era fácil chegar-se, somente pensando-se por um momento. Assim, Castor que sempre foi essa água morna, acabou sendo desmascarado e (quem sabe?) possa se tornar o ponto de desequilíbrio na história, porque, convenhamos, nem Trags, nem novos Falcões Vermelhos, preenchem todos os requisitos, de forma satisfatória, para serem os vilões por excelência.

Aquela necessidade básica do exercício do poder pelo poder somente é personificado por Castor. E ainda que ele expresse o desejo de que atrianos tenham seu próprio território, esta condição somente estará posta sobre a mesa se ele for o líder.

Vega é movida pelo desejo de vingança. E, convenhamos, se olharmos a situação pelos seus olhos, podemos até entender. Afinal, no relacionamento entre humanos e atrianos, desde que caíram no planeta, a truculência sempre esteve mais presente que o diálogo. E, até o momento, os atrianos têm perdido mais do que ganhado.

Se Grayson tenta reorganizar os Falcões Vermelhos, sua motivação tem mais a ver com a decepção de ter perdido Emery e a desconfiança que suas memórias despertaram, do que por qualuqer fanatismo, embora ele justifique suas ações chamando-as de instinto de preservação. Mas parece-me que a semente do bom mocismo ainda pode germinar dentro dele!

Vega e Grayson têm em comum, aparentemente, a capacidade de ouvir, ponderar e tomar decisões a favor de uma causa, não em benefício de si mesmos. Ao contrário de Castor que, por trás da suposta preocupação com seu povo, deseja a cadeira do líder em benefício próprio.

Enquanto Roman lhe era útil, porque filho de Nox e seu sucessor natural, e permanecia sob sua influência, Castor o protegeu. E quando ele tornou-se uma ameaça, não hesitou em chegar às últimas consequências.

Vega poderia ser acusada da mesma atitude se pensarmos que estava disposta a isolar Drake do convívio dos atrianos. Mas fico me perguntando se não teria sido apenas um blefe. Enquanto mantinha sua imagem de líder implacável, conseguia chegar a Roman e, através dele, até Soraya.

Embora eu ache que ela abandonou a ideia do Cyper negro muito rapidamente, pois se pensarmos que, mesmo que Zoe tivesse fugido com toda a colheita, ainda lhe seria fácil começar outra, o Suvek parece um substituo à altura.

E Castor, não podendo livrar-se de Roman literalmente falando, providenciou sua desmoralização pública, afinal o que poderia trazer-lhe mais desonra do que um relacionamento profundo com a filha do assassino de seu pai? Castor e Vega marcaram um ponto e Grayson está bem próximo de marcar o seu.

Enquanto Castor ganha a confiança de seu povo, Vega providencia os materiais necessários para a construção do Suvek e Teri coloca a cidade e o colégio abaixo: um furacão para distrair a atenção e conseguir os materiais de que Soraya necessita. Um soldado exemplar, Teri cumpre sua missão e, como bônus, consegue separar Roman e Emery.

Sob o efeito do Vatal (alucinógeno ministrado por Teri), Roman passa pela difícil experiência de não conseguir reprimir seus sentimentos. A confissão da verdade que ele não havia formulado para si mesmo: entre seu povo e Emery, sua opção, mesmo sendo um contra-senso, sempre fora por ela e isto o enfraquece. E, ao final, é ela quem toma a difícil decisão pelos dois: até o dia em que, finalmente, atrianos e humanos se entendam, eles devem separar-se, pois apenas dessa maneira ele pode reconquistar a confiança de seu povo e dedicar-se a ele.

Drake também tem que tomar uma decisão difícil. Diante da ameaça de ser denunciado por Grayson, ele cede à chantagem e termina com Taylor. Um verdadeiro desperdício já que, enquanto ele cede às exigências do novo líder dos Falcões Vermelhos, mais frágil vai ficando. Grayson ainda deseja um nome que pertença aos Trags e cedo ou tarde, se não enfrentá-lo, Drake terá que revelar-lhe.

Enquanto os grupos extremistas se organizam e casais se separam, Julia e Eric começam a se entender. Um consolo já que ela quase se tornou um rato de laboratório e levou Roman junto!

Apesar de a história estar andando, Star-Crossed ainda me parece meio sem rumo. Ideias são lançadas e abandonadas muito rapidamente, personagens consistentes são esquecidos e reaparecem pontualmente apenas para executar uma tarefa e serem novamente relegados ao ostracismo. Ou situações são resolvidas de forma muito óbvia, principalmente se Emery está envolvida nessa solução.

Existem roteiros que se arrastam e outros, como de Star-Crossed, que aceleram tanto a história que ela vai se desintegrando pelo caminho. A três episódios do final da temporada, ainda é tempo de imprimir outro ritmo à história, uma vez que enredo ela tem de sobra.

Primeiras Impressões – Salem

Data/Hora 25/04/2014, 10:00. Autor
Categorias Notícias, Preview


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O ponto forte de Salem? A dubiedade da trama em definir-se. Uma história dos medos que levaram aos julgamentos de Salem, ou uma história de bruxas reais, ambientada no espaço que mais evoca, no imaginário popular, a existência deste personagem de contos de fada e fantasia? O que a história deve ser ficou claro somente a partir da metade do episódio.

21 de setembro de 1685. Sete anos antes dos acontecimentos que colocaram Salem no radar da história. As bruxas ainda não andavam soltas pelo povoado, mas já habitavam o imaginário popular há tempos. A luxúria era exemplarmente punida em praça pública, embora a hipocrisia não o fosse. Dessa forma ofereciam-se sacrifícios a Deus, imolando-se o pecado através da expiação coletiva, efetivamente praticada por aqueles que, em um momento de descuido ou de consciência culpada, tivessem se deixado apanhar. Esperava-se que o sangue derramado através da chibata fosse suficiente expiação para o mal praticado e colocasse a divina proteção do Criador entre as mazelas trazidas pelo demônio ou, no caso, pelos franceses e pelos índios, e as residências do povoado.

É assim que começamos a conhecer Salem. Quando Isaac Walton tem imprimido a ferro quente na pele, para a vida toda, a indicação de seu pecado. Seu sangue mancha a terra poeirenta da vila. O braço da autoridade, nas mãos de George Sibley, executa a lei e as vozes de John Alden e do juiz Hale destoam ao questionarem a trágica exibição de justiça.

Uma cena encontrada em muitas narrativas históricas.

Em meio ao burburinho geral, os olhares de Mary e John se cruzam e esta fração de segundos não escapa à atenta percepção de Sibley. O medo é instaurado, mais como uma percepção da impossibilidade de que haja um futuro para os dois amantes e sobre qual a forma que este castigo adquirirá, do que por uma ação efetivamente desenvolvida. Na sequência, do alto de sua sacada, Sibley vigia e os amantes se despedem. John por puro senso de dever une-se à milícia que luta contra os franceses; Mary, talvez por uma questão de honra, não lhe diz que espera um filho seu. A moeda partida, promessa de reencontro, transforma-se em símbolo de separação. E a história começa.

Qual história? Aquela que irá retratar as narrativas históricas sobre o julgamento de Salem, no qual a histeria, justificada pela culpa diante da quebra das convenções sociais, levou à morte dezenas de pessoas?   Ou aquela que herdamos das narrativas fantásticas que habitam a imaginação e o inconsciente coletivo?

Tituba levou Mary para a floresta para que fizesse um aborto, ou para entregar uma alma imaculada ao demônio? Foi uma alucinação o que Mary viveu na floresta, ou o mal a cercava de forma concreta? Uma bruxa realmente habitava o quarto de Mercy Lewis ou, mais uma vez, o horrendo ser que a ataca era apenas um produto de suas culpas ou medos imaginários? Isaac sabe mais do que pode dizer ou o trauma do castigo sofrido lhe deturpou a mente de forma irrevogável?

Até a metade do episódio a opção não era clara.

Aguardamos em expectativa. Até que… um sapo é vomitado por Sibley e alimentado pelo sangue de Mary! Dito desta forma parece cômico, mas poderia ter sido pior. Bruxas poderiam chegar em vassouras e voar Salem adentro, aterrizando em praça pública! E este não foi o único defeito de Salem. Ainda temos o roteiro arrastado e a falta de suspense e tensão, que este tipo de história sempre promete.

Mas quando tudo parecia ser mais um pouco do mesmo contado e recontado dezenas de vezes, e desta vez de forma pouco hábil, Salem se redime. É nos instantes finais que, espero, esteja a essência do que a série deverá ser. São três os momentos que marcaram essa redenção.

Um momento de suspense e angústia, quando Giles Corey é levado ao cadafalso e torcemos para que John chegue a tempo de salvá-lo. Única pessoa ingenuamente honesta na trama, também era um personagem real e sua morte aconteceu como foi mostrado na tela.

Um momento de revelação, quando Mary decreta que irão jogar os puritanos uns contra os outros e irão afogar a todos em seu próprio sangue. Afinal, não foi isso que aconteceu em Salem?

Um momento de genialidade, quando, debruçados sobre um acontecimento real, temos a capacidade de fazer uma pergunta que faz todo sentido. E se? E se…  este foi o momento de Brannon Braga (criador da série) por que, afinal, não foi isso o que aconteceu? Os puritanos não foram afogados em seu próprio sangue? E se bruxas realmente habitaram Salem e induziram os conflitos contados de forma racional pelo saber histórico?

O Julgamento de Salem, eternizado pela história, tratado na racionalidade do fazer do historiador, é descrito como um episódio de histeria coletiva, no qual o medo das punições tanto terrenas quanto divinas, levaram um grupo de garotas a acusar de bruxaria uma parcela das pessoas que habitavam a vila. Potenciais depositários do diabo, essa gente serviu aos delírios de uma crença religiosa equivocada que, desde o século anterior, levara muita gente a alimentar as fogueiras na Europa.

Mas “e se” não tivesse sido assim? E se Cotton Mather tivesse razão? E se o demônio tivesse escolhido Salem para disputar com Deus a posse das imperfeitas almas humanas e Mary (enquanto ser representativo de qualquer pessoa de então) fosse o veículo que ele escolhera utilizar para realizar os seus propósitos?

Por esta via, a história promete e nela cabem até o conflito entre a bruxa malvada (Mary Sibley) e a ingênua donzela (Anne Hale, não tão ingênua assim!) se o tratamento dado for menos Estúdios Disney e mais uma produção de Tim Burton.

Podemos, enfim, aguardar com expectativa o segundo episódio pois agora sabemos que, na Salem de 2014, bruxas existem e elas tramam porque querem vingança, uma parte da Terra, e porque o demônio deseja aprisionar almas das quais possa se alimentar e perpetuar sua existência, desafiando o Criador.

Person of Interest – Death Benefit

Data/Hora 22/04/2014, 11:10. Autor
Categorias Reviews


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Foi somente um teste? Ou, pela primeira vez, a Máquina pedia o sacrifício de alguém? A morte de Roger McCourt era necessária? Ou o CPF indicado deveria dizer mais sobre Finch, Reese e Shaw do que sobre o próprio Senador? Ou, de uma forma que somente ela pode entender, Finch seria a vítima, como se provou no desenrolar da história, e era a ele que ela queria proteger?

De qualquer forma, pela primeira vez a equipe toda se arriscou por nada. O ponto a que se chegou foi o ponto de partida.  Se McCourt era protegido pela Decima Technologies, ao final, continuou a ser seu aliado e o caminho para a ativação do Samaritano está aberto. A caçada vai começar. E talvez o mundo venha abaixo, não entre escombros produzidos por um arsenal bélico. Mas pelo embate entre duas mentes brilhantes que serão contrapostas nos próximos lances da partida. De um lado Greer e o seu Samaritano. De outro Finch, sua equipe e a Máquina.

E, ainda que soe maniqueísta ao extremo, talvez o que se aproxime no horizonte seja o embate entre o bem e o mal enquanto princípios de ação, e o poder de decisão sobre uma única vida, seja o que definirá o futuro do mundo.

O mal, enquanto conceito, carrega diversas possibilidades. Uma morte premeditada, uma única vida. O holocausto, milhões de pessoas. A morte velada, que se insinua de manhã à noite no fazer diário da vida, nas carências e afetividades negadas. A morte explícita que atinge diariamente rostos abandonados que desejam apenas um copo de água ou uma fatia de pão. O mundo está repleto de situações que, na banalidade das definições, podemos citar como exemplo. Mas que, na concretude das situações vividas, rasgam a pele e, quiçá, a alma de quem as sentem.

E talvez o teste fosse esse. O que se está disposto a perder? O que se está disposto a arriscar? O que se está disposto a sentir e enxergar?  Princípios inalienáveis são as amarras de Finch. Se, para ele, a vida é essencial de per si, o antônimo do mal, nascido de sua concepção de mundo, chama-se esperança. Talvez seja isso que ele vê em cada pessoa que salvou, uma vida de cada vez, semana após semana, com os CPFs indicados pela Máquina. Talvez nem ele se dê conta disso. Talvez para ele tudo o que faz seja apenas obrigação nascida da responsabilidade de ter criado um sistema que lhe diz que vidas podem ser salvas e ele não queira mais um Nathan em sua vida.

Talvez…

Mas, talvez, Finch mesmo não saiba o que sua criação já entendeu, que, como diria o Talmude, “quem salva uma vida, salva o mundo inteiro”.

Ou, (quem sabe?) não seja esperança, seja ingenuidade e Reese e Shaw estivessem certos. Pois na ética de Greer não há lugar para complacência. E Finch pode ser o CPF da vez, pois Greer já percebeu que ele é o único adversário à sua altura. E os olhos do Samaritano irão persegui-lo até encontrá-lo.

Finch se foi. E a pergunta é: até quando? Pois, sob diversos aspectos,  a guerra pode ter se tornado um embate pessoal, mas as consequências não serão tão restritas assim.

E embora a letra de Medicine (música do episódio) seja um desejo, não será uma saída.

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