TeleSéries
Dez centavos, House e o porco moo shu com panquecas extras
16/10/2011, 10:57. Lu Naomi
Gastronomia
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Wilson:
“Ficamos fora dois minutos!”
House:
“O que tem aí, querida? Vamos lá, cuspa fora. Rachel, quantas moedas você engoliu?”
Rachel:
“…”
House:
“Ela abriu uma sacola de comida chinesa para comer o dinheiro. Que idiota.”
Wilson:
“Você pediu o porco moo shu e a galinha com laranja, certo?”
House:
“Como faço sempre.”
[Corta]
House:
“Limpou lá dentro?”
Wilson:
“Sim, está limpo. Certo. Com os impostos, o troco deveria ser de 68 centavos. Tem só 58 centavos lá. Falta uma moeda.”
House:
“Ele pode ter errado o troco. O ímã de geladeira não pegou nada.”
O episódio Unplanned Parenthood de House [temporada 7, episódio 5] deve ser o pior pesadelo de mães e pais, porque não apenas o caso principal envolve um bebê recém-nascido como ainda coloca a filha de Cuddy numa situação doméstica até comum, mas não menos preocupante: criança que engole objetos.
Depois dessa aposto que até o House perdeu a fome mas, em todo caso, vamos à receita! Certifique-se de guardar botões, moedas, clipes, etc., fora do alcance dos miúdos e os miúdos longe do fogão e das facas e mãos à obra!
O porco moo shu [ou moo shi] é um prato tradicional do norte da China e foi levado para os restaurantes dos EUA na segunda metade dos anos 1960.
A receita – Porco Moo Shu
Serve 8 porções
Ingredientes
Marinada:
2 colheres [sopa] de shoyu
2 colheres [sopa] de saquê
1 colher [chá] de óleo de gergelim
2 colheres [chá] de amido de milho
700 g de lombo de porco sem osso cortado em tiras de 2,5 por 0,5 cm [mais ou menos, né, não precisa medir com a régua]
Fase 2:
2 ovos grandes levemente batidos
10 cogumelos shiitake secos
1/2 xícara [chá] de cebolinha verde fatiada
3 colheres [sopa] de alho picado
2 colheres [sopa] de gengibre fresco picado
1/4 xícara [chá] de cogumelos secos orelha de pau
3 xícaras [chá] de talos de repolho fatiados bem fininho
4 xícaras [chá] de folhas de repolho fatiadas bem fininho
2 colheres [sopa] de saquê
Caldo:
3 colheres [sopa] de shoyu
1/2 colher[chá] de amido de milho
1/2 colher [chá] de açúcar
1/4 colher [chá] de pimenta do reino moída
1 colher [sopa] de óleo vegetal
2 colheres [sopa] de saquê
Acompanhamento:
1/2 xícara [chá] de molho Hoisin
1 colheres [sopa] de shoyu
16 panquecas mandarin
Modo de fazer
Coloque os quatro primeiros ingredientes da marinada num saco plástico tipo zip-loc ou outro que possa ser bem fechado, misture bem e adicione o lombo. Feche o saco plástico e deixe marinando na geladeira durante uma hora, virando de vez em quando. Tire o lombo e escorra a marinada.
Em uma tigela coloque os cogumelos secos e água fervente. Cubra e deixe hidratando por 20 minutos. Escorra, retire e descarte os cabos dos cogumelos e fatie o “chapéu” do shiitake bem fininho. Misture com as cebolas, o alho e o gengibre e reserve.
Aqueça 1 1/2 colher [sopa] de óleo numa panela wok ou tacho no fogo médio. Adicione o lombo e frite por 3 minutos, mexendo sempre. Retire o lombo numa tigela e reserve. Coloque mais 1 1/2 colher [sopa] de óleo na panela, aqueça e frite os ovos por 30 segundos, sempre mexendo. Adicione a mistura de cogumelo e vegetais, frite por mais um minuto e meio, sem parar de mexer.
Adicione os talos de repolho, 30 segundos misturando bem. Adicione os cogumelos orelha, folhas de repolho, 2 colheres [sopa] de saquê e frite por um minuto, misturando sempre. Agora junte o lombo e o resto da lista de ingredientes que sobrou [menos os do acompanhamento] e continue a misturar sem parar, até que o caldo engrosse. Desligue o fogo e passe tudo para uma tigela.
A essa hora você já gastou um bocado de calorias, mexendo sem parar. Calma que estamos quase chegando lá.
Misture o molho Hoisin com uma colher [sopa] de shoyu e passe essa mistura no lado não-cozido de cada panqueca. Coloque meia xícara de porco moo shu em cada panqueca e enrole.
Notas pessoais: esta receita é um pouco trabalhosa, mas é fácil de fazer e é uma refeição completa. Você pode substituir o porco por frango, peixe ou tofu [claro que daí passa a se chamar frango moo shu, peixe moo shu etc.]. O cogumelo desidratado orelha de pau é encontrado em lojas de produtos japoneses com o nome kikurage. O molho Hoisin encontra-se em lojas de produtos asiáticos, é espesso, picante e levemente adocicado. Se não encontrar use o Tonkatsu, que tem até de fabricação nacional. Pode substituir a panqueca por arroz.
Wilson:
“Você trouxe comida?! Isso é um procedimento médico, não um jantar!”
House:
“Estou ciente de que é um procedimento delicado, e também estou ciente de que minhas mãos estão tremendo porque estou com o açúcar baixo já que não comi o dia todo. Então, mesmo parecendo insensível, esse moo shu salvador de vidas… Onde estão minhas panquecas extras? Droga, esqueceram minhas panquecas extras do meu porco moo shu. Sempre vem errado quando a garota nova de mecha azul no cabelo me atende.”
[Som de grilos.]
House:
“Ela estava lá quando você buscou a comida?”
Wilson:
“Você pediu panquecas extras? Quanto elas custam?”
House:
“Cinquenta e cinco centavos. E pedi duas.”
Wilson:
“Isso significa que o total da última conta foi…”
House e Wilson:
“Dezoito dólares e quarenta e dois centavos.”
House:
“Rachel não poderia ter engolido a moeda de dez centavos [“dime”, em inglês] porque não havia mais nenhuma.”
Wilson:
“É… Então o que vimos no ultrassom…”
House:
“Obviamente só uma bolsa de ar, como eu disse desde o começo. Mas você imaginou o pior, como todo pai irracional e preocupado. Você seria uma péssima mamãe.”
A receita – Panquecas mandarim
Ingredientes
2 xícaras [chá] de farinha de trigo [coloque na xícara às colheradas, sem prensar, e passe as costas de uma faca pela borda para retirar o excesso e nivelar]
1 xícara [chá] de água fervente
1 1/2 colher [sopa] de óleo de gergelim
Modo de fazer
Misture a água e a farinha numa tigela até formar uma massa. Polvilhe um pouco de farinha numa superfície lisa e sove ali a massa até que fique macia e elástica [cerca de três minutos]. Role a massa em forma de rolo com cerca de 3,5 a 4 cm de diâmetro e corte em 16 porções iguais.
Dica: ao meio [2], ao meio [4], ao meio [8] e ao meio [16].
Com a ajuda de um pau de macarrão ou similar, estique cada porção em discos de 15 cm de diâmetro. Unte cada disco com o óleo de gergelim e una os discos em pilhas de dois em dois, passando o rolo em cima para mantê-los unidos.
Aqueça uma frigideira larga em fogo médio com meia colher [chá] de óleo de gergelim e frite as panquecas duplas, um minuto de cada lado. Espere esfriar e separe-as.
O programa Epicurious mostra isso em vídeo, dá pra ter uma ideia melhor do procedimento. Perceba que a chef usou molho de ostra no caldo; eu imagino que o molho de ostra possa substituir o Hoisin também, que é mais difícil de encontrar por aqui.
Parte um: http://www.youtube.com/watch?v=Ge03lCabmZM
Parte dois: http://www.youtube.com/watch?v=sL-fWa8QbSI
Notas pesoais: esta já exige um pouco mais de experiência na cozinha, mas a prática leva à perfeição, pequeno gafanhoto.
O episódio
Com participação especial de Jennifer Grey [Dirty Dancing, Curtindo A Vida Adoidado e Friends] no papel de mãe da bebê paciente da semana e de Keiko Agena [Gilmore Girls] como a pediatra/candidata à vaga da Thirteen, a trama se dispersou entre vários temas.
Teve o problema da moeda da Rachel e o dilema duplo de House: contar o que aconteceu à namorada e evitar seu envolvimento emocional com a filha dela.
Teve o jogo de poder entre a equipe na seleção de um novo membro feminino.
Teve o delicado relacionamento mãe/filha da paciente.
Teve a dinâmica pessoal House/Cuddy, House/Willson, House/cada um os subordinados.
E teve 43 minutos pra resolver tudo isso.
Wilson:
“Me dê uns bolinhos.”
Quando a coisa fica Hot in Cleveland
10/10/2011, 18:34. Lu Naomi
Gastronomia
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Melanie Moretti:
“Ei, a coisa mais estranha acaba de acontecer comigo: tive uma conversa com um vizinho!”
Joy Scroog:
“Uau! Eu nem mesmo via meus vizinhos em Los Angeles… Exceto nos terremotos.”
Victoria Chase:
“Às vezes saíamos pela garagem ao mesmo tempo e, enquanto os portões eletrônicos se abriam, eu pensava: “nem mesmo sei os nomes deles e eles não sabem o meu”. E o mundo era bom.”
Melanie Moretti:
“Bem, aquilo éramos nós em Los Angeles. Aqui em Cleveland vamos conhecer nossos vizinhos. Na verdade, darei uma festa amanhã. Olhe para mim, sendo toda espontânea!”
A coluna de hoje é ao mesmo tempo uma sequência da coluna da semana passada, dedicada ao tema “bons vizinhos”, e também uma edição com receitas indicadas para as crianças, já que comemoramos o dia delas na próxima quarta-feira. No episódio Good Neighbors de Hot in Cleveland [o quinto da primeira temporada, exibido originalmente nos EUA em 14/7/2010], a personagem interpretada por Valerie Bertinelli decide dar uma festa para os vizinhos a fim de se enturmar.
Melanie, Joy e Victoria são novas na cidade e estão adaptando-se a um estilo de vida completamente diferente do que levavam até então. As três colocatárias contam com a ajuda da local Elka, interpretada por Betty White. A presença da atriz veterana reforça a impressão de que Hot in Cleveland lembra muito o antigo seriado As Super Gatas/The Golden Girls, mas isso não desmerece a série atual nem um pouquinho.
Joy Scroog:
“Cupcakes chegando.”
Melanie Moretti:
“Na verdade, são Ohiocakes, vê? Porque são redondos na beirada e altos no meio, entendeu? O-high-o?”
Joy Scroog:
“Tem certeza que não é você que está alta?”
Melanie Moretti:
“Olhe, eu tenho latkes Great Lakes, um curry Drew com arroz Lebron e para empurrar tudo pra baixo um gelado e delicioso ponche Rio Cuyahoga.”
Bem, de cupcakes já temos duas receitas no TeleSéries [a de Grey’s Anatomy aqui e o bolo de café de A Feiticeira aqui]. O curry com arroz pretendo abordar mais pra frente porque é um prato mais indicado para o inverno, mas deixe-me apenas comentar que o nome que Melanie deu ao prato é uma referência esportiva que se perderia se o episódio fosse exibida apenas alguns dias depois, quando Lebron James praticamente largou o time de basquete de Cleveland pra assinar com Miami e despertou o ódio dos torcedores do Cavaliers, tornando-se persona non grata na cidade.
Voltando ao escopo, ficamos então com o latkes e o ponche. Latkes são panquecas de batata, um prato de origem judaica consumido no período de Hannukah ou Chanucá. O nome “latkes Great Lakes” é fictício, baseado na localização geográfica de Cleveland [na região dos Grandes Lagos] e faz parte da política de boa vizinhança de Melanie.
A receita – Latkes
Ingredientes:
500 g de batata
1 xícara [chá] de cebola ralada
1 ovo grande + 1 gema, levemente batidos
1 colher [chá] de sal
4 colheres [sopa] de farinha de matzá ou de trigo
1 colher [chá] de fermento em pó
1/2 a 3/4 xícara [chá] de óleo vegetal
Modo de fazer:
Descasque as batatas e passe no ralador [não sei o nome técnico dele, mas no de quatro faces é o da lateral que faz tirinhas finas e curtas, como se fossem juliennes] ou processador. Cuidado com os nós dos seus dedos, queremos manter esta receita o mais kosher possível.
Espalhe a batata e a cebola num pano de prato limpo, enrole feito rocambole, prenda as pontas e torça para espremer o máximo de água possível. Força aí! Passe a mistura para uma tigela e acrescente o ovo, a farinha, o fermento e o sal.
Aqueça o óleo em uma frigideira no fogo médio-alto. Ele deve estar bem quente mas sem fazer fumaça. Trabalhe apenas três ou quatro latkes por vez, dependendo do tamanho da sua frigideira: duas colheres de sopa da massa para cada latke [ou uma daquelas de servir arroz], amasse com um garfo para achatar e modelar na forma de panqueca. Reduza o fogo e deixe cozinhando até que o lado de baixo esteja dourado, vire o latke e frite do outro lado. Escorra o excesso de óleo em papel-toalha.
Sirva puro ou acompanhado de iogurte natural, molho de maçã, creme de leite. Tem até quem salpique com açúcar.
Notas pessoais: Eu sei que é difícil de saber pela minha cara aparência da batata, mas quanto mais amido ela tiver, melhor. Esta receita serve quatro pessoas, é fácil de fazer e um sucesso com a criançada. Certifique-se de fazer bolinhos bem firmes, apertando bem a massa antes de fritar, assim não corre o risco de absorver muito óleo ou se desmanchar no processo.
A batata oxida rápido depois de descascada, então deixe tudo preparado primeiro. Se quiser deixar uma baciada de latkes prontos para um time de futebol frite até estarem quase no ponto [90%], deixe esfriar e guarde na geladeira ou no congelador bem fechado em filme plástico. Quando for servir, disponha numa assadeira em uma única camada e asse no forno a 180º C durante 15 a 20 minutos.
Melanie Moretti:
“O rio era tão poluído que incendiou-se de verdade uma vez. Mas já limparam tudo.”
Joy Scroog:
“Bem, algumas pessoas gostam de um pouco de poluição.”
Ah, eu estava devendo a receita de uma bebida não-alcoólica há muito tempo e o ponche é a oportunidade perfeita! A bebida [ou mistura de bebidas] tem origem indiana e chegou ao Ocidente pela mão dos britânicos que colonizaram o país. Tradicionalmente a receita leva álcool, açúcar, limão, água, chá e especiarias, mas escolhi uma versão de frutas sem álcool desta vez. Numa festa com crianças ou mesmo com adultos abstêmios ninguém pode sentir-se excluído.
A receita – Ponche de frutas sem álcool
Ingredientes:
2 litros de refrigerante de fruta [guaraná, laranja, soda limonada, framboesa, uva, da sua preferência]
150 a 200 mL de suco de limão
500 mL de suco de laranja
2 xícaras [chá] de maçã descascada em cubos
2 xícaras [chá] de abacaxi descascado em cubos
2 xícaras [chá] de uvas Itália ou rubi sem os cabinhos e sem sementes, cortados ao meio
200 g de morangos lavados, sem a folhinha e cortados em quatro
2 xícaras [chá] de açúcar
gelo
Modo de fazer:
Coloque o refrigerante para gelar.
O suco de limão evita que as frutas oxidem e fiquem feias, então regue-as com ele à medida em que for picando as frutas.
Forre uma tigela grande com capacidade para pelo menos 3,5 litros com 1/3 da capacidade de gelo [de preferência moído ou triturado] e coloque as frutas por cima. Misture o açúcar no suco de laranja até dissolver bem e regue as frutas com ele.
Adicione o refrigerante apenas quando for servir e vá completando com mais suco e refrigerante conforme o consumo. Sirva com uma concha em copinhos coloridos transparentes.
Notas pessoais: fácil de fazer, ideal para os dias quentes. Com a época dos feriados e a semana do saco cheio chegando, é uma opção pra entreter o pessoal. As frutas podem ser substituídas conforme a estação ou a região, assim como o refrigerante. Aqui, por exemplo, tem um de framboesa com uma cor pink bem forte que deixa a bebida “chocante”. E, é claro, sempre se pode “poluir” o ponche com rum, grappa, vodca ou cachaça, se quiser.
Aaaah, sim, é verdade: o Rio Cuyahoga pegou fogo e não foi só uma vez, não, foram várias. Tem até um cerveja que homenageia o feito, a Burning River Pale Ale [fonte: Cleveland.com].
Este post atende ao pedido da Mariela Assmann.
Bolo de café sem mágicas! Aprenda a fazer a receita da Gladys Kravitz, a vizinha mexeriqueira de ‘A Feiticeira’
02/10/2011, 17:18. Lu Naomi
Gastronomia
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Vizinhos são um elemento obrigatório da sociedade urbana: são as pessoas que moram próximo de nós, no apartamento abaixo, na casa à direita, do outro lado da rua, na rua de trás ou ali por perto. Existe até um dia mundial dedicado ao vizinho [último domingo de maio], um dia nacional do vizinho [23 de dezembro] e muitos dias municipais do vizinho, especialmente em cidades no sul do Brasil que o comemoram no terceiro domingo de agosto com confraternizações públicas. Nos EUA comemora-se o National Good Neighbor Day no dia 28 de setembro.
Na série Bewitched [A Feiticeira, no Brasil], a personagem Samanha Stephens é uma bruxa que tem de aprender a viver como uma mortal depois de casar-se com o publicitário Darrin Stephens [James Stephens, na versão brasileira]. Isso enfurece sua mãe Endora, que acha que a filha se rebaixa ao abrir mão de usar seus poderes mágicos para tornar-se uma “mera” dona-de-casa. Clique aqui para continuar a leitura »
Fish fingers e custard é o prato preferido do Doctor. Mas… Doctor Who?
25/09/2011, 16:05. Lu Naomi
Gastronomia
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O primeiro episódio da sexta temporada da série britânica Doctor Who [‘The Eleventh Hour“, exibido originalmente na Inglaterra no dia 3/4/2010] foi a estreia do ator Matt Smith no papel da décima-primeira regeneração do último Time Lord do Universo. Também é o primeiro episódio da chamada Era Moffat, em que Steven Moffat assume o posto de produtor executivo no lugar de Russell T. Davis, e dos atuais companions do Doutor, Amy Pond e Rory Williams – mas hoje vamos nos concentrar no Doutor.
The Doctor:
“Pode me dar uma maçã? Só consigo pensar em maçãs. Eu adoro maçãs! Acho que estou faminto. Isto é novidade, nunca estive faminto antes!”
[Amy lhe dá uma maçã e ele cospe.]
The Doctor:
“Isto é nojento, o que é isto??”
Amy Pond:
“Uma maçã.”
The Doctor:
“Maçãs não prestam, detesto maçãs.”
Amy Pond:
“Você disse que adorava.”
The Doctor:
“Não, não, não. Adoro iogurte. É o meu favorito! Me dê iogurte”
O Doutor ainda está se regenerando e se ajustando em seu novo corpo. Se até mesmo nós, humanos mortais, demoramos um tempo até reencontrar o balanceamento e o senso de profundidade quando trocamos de óculos, imagine alguém que troca não apenas o corpo inteiro, mas também gostos e manias.
[Amy lhe dá iogurte e ele cospe.]
The Doctor:
“Detesto iogurte! É só uma coisa com pedaços de coisas dentro.”
Amy Pond:
“Você disse que era do que mais gostava.”
The Doctor:
“Boca nova, regras novas. É igual a comer depois de escovar os dentes, tudo parece ruiAAARGH! Não pode me dar uma comida decente? Você é escocesa, frite alguma coisa.”
Infelizmente, a Escócia conta com altos índices de pessoas com doenças cardíacas e obesidade, em parte por causa dos maus hábitos alimentares que incluem comida gordurosa e fritura. Comida gordurosa e fritura esporadicamente não tem tanto problema – uma porção pequena a cada 10 ou 15 dias, por exemplo, intercalada por uma alimentação mais natural e saudável – mas não deve ser consumida no dia a dia ou em grande quantidade.
[Amy frita bacon.]
The Doctor:
“Aaaah, bacon! [Cospe] Bacon, isso é bacon. Está tentando me envenenar?”
[Amy esquenta feijão.]
The Doctor:
“Aaaah, viu? Feijões. [Cospe] Feijões são malignos! Maus, maus feijões!”
[Amy passa manteiga no pão.]
The Doctor:
“Pão com manteiga. Agora você está falando a minha língua! [Joga o prato porta afora] E não volte!”
Amy Pond:
“Tenho umas cenouras.”
The Doctor:
“Cenouras? Você está louca?? Não, espere um pouco… Eu sei do que eu preciso. Preciso… Preciso… Eu… Preciso… Fish fingers e creme de baunilha.”
Fish fingers and custard, no original, têm um papel fundamental nesta nova fase de Doctor Who. Eles seráo citados de novo nos episódios “The Impossible Astronaut” [v. review da Mica publicado aqui], “The Doctor’s Wife” e “Let’s Kill Hitler“, todos da sexta temporada, em momentos-chave e que portanto não posso citar agora pois incorreria em spoilers.
Na série o Doutor come fish fingers e custard industrializados, dá pra ver na caixa que os palitos de peixe são feitos com 100% de bacalhau. No Brasil não temos esses produtos prontos nos supermercados [e mesmo se tivesse eu colocaria a versão caseira aqui, né?], então garimpei algumas receitas domésticas e adaptei para os ingredientes nacionais.
A receita – Fish fingers
Ingredientes:
400 g de filé de peixe – qualquer peixe que sirva para fazer sashimi, com a carne firme: merluza, tilápia, arenque, salmão, atum, meca etc. – parcialmente descongelado
125 g de farinha de rosca
2 colheres [sopa] de queijo parmesão ralado
1 colher [sopa] de salsinha fresca picada
1 colher [sopa] de raspas de casca de limão
1/2 colher [sopa] de páprica
1/2 colher [sopa] de tomilho seco
1/2 colher [sopa] de alho desidratado picado
150 ml de creme de leite fresco
1 ovo
100 g de farinha de trigo
100 ml de óleo para fritura [soja, canola, girassol, da sua preferência]
sal e pimenta do reino moída
Modo de preparo:
Corte os filés de peixe em palitos de cerca de 1,5 a 2 cm de largura e profundidade por 7 a 10 cm de altura. Reserve.
Em uma tigela, misture bem a farinha de rosca com o queijo ralado, a salsinha, as raspas de limão, a páprica, o tomilho, o alho, cerca de 1 e 1/2 colher [chá] de sal e meia colher [chá] de pimenta do reino. Reserve.
Em uma segunda tigela, misture bem o ovo com o creme de leite. Se não achar creme de leite fresco, adicione uma colher [sopa] de suco de limão ao leite e aguarde uns cinco minutos, ou use leite puro mesmo. Bata com um garfo ou fouet e reserve.
Em uma terceira tigela, despeje a farinha de trigo.
Hora de empanar! Um a um, passe os palitos de peixe pela farinha de trigo, depois mergulhe no leite com ovo, escorrendo o excesso, e finalmente passe pela farinha de rosca temperada. Você percebeu que a única fonte de tempero é a farinha de rosca, né? Então seja generoso[a] nesta fase.
Aqueça o óleo em uma frigideira grande no fogo médio e disponha os fish fingers no óleo quente. Vá virando os palitos de peixe até que fritem por igual e fiquem com uma bela cor moreno-dourada. Retire e escorra o excesso de óleo em papel-toalha.
Se você substituir o peixe por peito de frango terá os chicken fingers citados no episódio “Contemporary American Poultry“, de Community.
Notas pessoais: Essa receita tem um grau de dificulade fácil e serve duas pessoas. Se você preferir pode assar no forno comum ou no microondas em vez de fritar, para tornar o prato mais saudável. Pessoas normais podem achar mais palatável consumir com limão, molho de mostarda, de pimenta ou shoyu, como aperitivo ou lanchinho, mas já que esta coluna é dedicada a Doctor Who o acompanhamento será creme de baunilha.
A receita – Creme de baunilha [custard]
Ingredientes:
3 gemas de ovos
1 colher [sopa] de amido de milho [maisena]
10 g de açúcar
2 colheres [chá] de essência de baunilha
275 ml de leite fervente
Modo de preparo:
Em uma tigela, misture bem as gemas, a maisena, o açúcar e a baunilha com um garfo ou fouet. Acrescente meia xícara do leite e misture rapidamente, para evitar que o calor do leite cozinhe a mistura de gemas. Repita a operação com mais um pouco de leite quente.
Junte essa mistura ao restante do leite e leve de volta ao fogo médio, mexendo sempre, durante dois a três minutos até as gemas e a maisena cozinharem e o creme engrossar. A consistência deve ser tal que o creme cubra a superfície da colher sem escorrer. Fica parecido com sorvete de creme, derretido.
Notas pessoais: Esta receita também é fácil de fazer e é uma boa pedida para crianças, assim como os fish fingers. Serve como acompanhamento de bolo ou de salada de frutas, ou de fruta sem ser salada. Se engrossar demais serve de recheio para tortas, bombas, sonhos ou pastel doce.
Eu sei que os puristas devem estar se roendo com a heresia dessa receita simplificada, mas é muito difícil achar double cream e favas de baunilha fresca deste lado do Oceano Atlântico. Sorreh!
The Doctor:
“É claro que não está assustada, você não tem medo de nada! Uma cabine cai do céu, homem sai da cabine, homem come peixe com creme e olhe só você, sentada aí. Quer saber? A rachadura no seu quarto deve ser aterrorizante.”
Agora mergulhe o fish finger no creme de baunilha e GERONIMO!
Gastronomia – Vamos roubar um cookie do Hotch em Criminal Minds?
17/09/2011, 13:33. Lu Naomi
Gastronomia
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Este post atende ao pedido da leitora Bru2406.
Emily Dickinson escreveu: “Um não precisa ser um quarto para ser assombrado; não precisa ser uma casa. O cérebro tem corredores que superam o lugar material.”
O episódio Haunted [o segundo da quinta temporada, exibido nos EUA em 30/09/2009] da série Criminal Minds inicia-se com dois membros da BAU injuriados: o Doutor Spencer Reid foi baleado na perna no episódio anterior, que foi a saída que os roteiristas encontraram para explicar as muletas que o ator Matthew Gray Gubler teve de usar após ferir o joelho enquanto dançava com Joseph Gordon-Levitt nas filmagens de [500] Dias Com Ela, e o Supervisor Aaron Hotchner.
Hotch sofreu um ataque depois do último episódio da quarta temporada e está retornando ao trabalho após curta licença médica, para preocupação dos demais membros da equipe. Emily Prentiss foi buscá-lo em casa, embora ele possa dirigir – e eu sempre a achei a personagem mais maternal do grupo, mesmo sendo Jennifer “JJ” Jareau a mãe de facto – e Derek Morgan pergunta a David Rossi se não é cedo demais para Hotch reassumir suas funções.
David Rossi:
“Ele está voltando porque ele tem de voltar. E ele precisa saber que nós o apoiamos.”
Derek Morgan:
“Ele sabe disso.”
David Rossi:
“Então não deixaremos que ele esqueça.”
Penelope Garcia aguarda o retorno de Hotch com uma lata de biscoitos de boas-vindas, que Reid tenta comer.
Penelope Garcia:
“Não, não, não! Cai fora. Estes são para o Hotch.”
Spencer Reid:
“Tomei um tiro na perna e não ganho nenhum cookie! Você sabe que ele vai detestar a atenção.”
Pobre Reid! Não preciso ser especialista em análise de comportamento pra perceber que nosso querido doutor está enciumado. A gente esquece que ele é um gênio precoce que teve a infância roubada com a mãe que sofre de esquizofrenia. Pelo menos ele ganha um pirulito da analista técnica.
Penelope Garcia:
“São cookies, não bolo.”
Errr, mais ou menos, Garcia. A palavra cookie deriva do equivalente em dinamarquês para “bolo pequeno” [koekje] e o biscoito nasceu da necessidade de transportar alimentos em viagem. A receita de hoje é uma variação do chocolate chip cookie [“biscoito com pedaços de chocolate”]: é biscoito de chocolate com pedaços de chocolate. Aposto que nem o Hotch é capaz de recusar!
Minha irmã descobriu uma receita no site Tudo Gostoso há um ano e logo virou um sucesso de audiência. Um dia pedi pra minha mãe comprar os ingredientes que faltavam [uma barra extra de manteiga e o chocolate]; ela chegou e disse que não lembrava se era chocolate ao leite ou meio amargo e trouxe uma barra de cada. Só que a receita pede duas barras, então acabamos usando essas mesmo – e adivinha só? Ficaram ainda mais deliciosos!
Ficam aí duas lições: seja bem específica quando pedir pra outra pessoa comprar alguma coisa, mas não se preocupe se algo der errado: pode acontece um grande acerto.
A receita – Cookies de chocolate com chocolate
Ingredientes:
4 xícaras [chá] de farinha de trigo
1 colher [chá] de fermento em pó
1 colher [chá] de sal
1 e 1/2 xícara [chá] de manteiga sem sal derretida [275 g ou 1 1/3 barra]
2 xícaras [chá] de açúcar mascavo
1 xícara [chá] de açúcar refinado
2 colheres [sopa] de essência de baunilha
2 ovos inteiros
2 gemas
180 g de chocolate ao leite picado em quadradinhos
180 g de chocolate meio amargo em quadradinhos
1/2 xícara [chá] de aveia em flocos grossos
Modo de preparo:
Misture os cubinhos de chocolate e separe 2 ou 3 colheres [sopa], que colocará na massa depois. Separe também 1 colher [sopa] da aveia, para enfeitar os cookies.
Misture bem os açúcares, os ovos inteiros, as duas gemas e a baunilha numa tigela grande. Derreta a manteiga em fogo baixo e acrescente na mistura de açúcar e ovos, misturando até ficar homogêneo.
Numa tigela seca, misture a farinha, o sal e o fermento. Peneire essa mistura sobre a massa de açúcar, ovos e manteiga, mexendo bem. Incorpore a aveia e o chocolate picado a essa massa [menos o que você reservou para enfeitar].
Cubra a tigela com filme plástico e deixe na geladeira por um mínimo de 3 horas e no máximo 24 horas [mais que isso a massa estraga].
Preaqueça o forno a 190°C, quinze minutos antes de colocar os cookies para assar. Unte e enfarinhe dois tabuleiros grandes.
Retire porções da massa com uma colher e faça bolas de 4 cm de diâmetro. Coloque as bolas no tabuleiro com uma certa distância entre elas [5 cm] e dê uma leve pressionada com um garfo no alto de cada bola, deixando-as meio achatadas como um disco.
Decore os cookies com os quadradinhos de chocolate e a aveia. Leve ao forno e deixe assando por 12 a 13 minutos. Vai parecer que não estão assados, mas eles continuam o cozimento enquanto esfriam. Você descobrirá o ponto perfeito quando estiverem crocantes por fora e macios por dentro.
Se não couber tudo de uma vez no forno, mantenha a massa crua coberta na geladeira enquanto a primeira fornada não fica pronta.
Notas pessoais: Sucesso de audiência absoluto em casa e adjacências, esta receita rende 38 cookies [mas esse número varia, dependendo da mão de quem faz]. Os cookies duram bastante tempo se acondicionados em recipiente adequado [aproveite aquela lata de panetone de natais passados!] e são uma boa dica de presente – nesse caso, faça-os um pouquinho menores para ficar mais bonitinho, embale-os em papel celofane fechado com uma fita de cetim em uma caixa de papel cartão ou em alguma lata bonita.
O grau de dificuldade é médio, mas acredite, vale a pena. Aaah, e quase me esqueço: não use gotas de chocolate, são muito duras e não vão se amalgamar na massa. Use só se for pra enfeitar. E prepare-se para o ataque sensorial quando o cheiro delicioso começar a se espalhar pela cozinha…
Hmmm, acho que vou ali ajudar o Reid a roubar biscoito do Hotch.
Tá bem, tá bem! Não precisa me olhar com essa cara, Hotch. Vou fazer meus próprios cookies. Jeez…
“Não existe testemunha tão terrível, nem acusador tão terrível, quanto a consciência que habita o coração de cada homem.” [Políbio]
Gastronomia – The Mac and The Cheese de Bones
11/09/2011, 01:20. Lu Naomi
Gastronomia
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No episódio The Glowing Bones in “The Old Stone House” da série Bones [segunda temporada, episódio 20, exibido nos EUA originalmente em 9 de maio de 2007], Bones e Booth vão resgatar ossos fluorescentes em uma caverna [daí o “the old stone house” ou “velha casa de pedra” do título]. A equipe veste trajes de proteção contra radiação e os dois precisam tomar comprimidos de iodato para proteger a tireóide: comprimidos similares foram distribuídos para a população japonesa na região da usina nuclear que sofreu avarias após o maremoto seguido de tsunami em março de 2011. Mas a luminescência não tinha nada a ver com radiação e sim devido à uma bactéria presente em frutos-do-mar, explicável pelo fato da vítima ser uma famosa chef de cozinha e fã de comida japonesa.
Mistérios a parte, o episódio ficou conhecido mesmo por causa de uma certa receita especial, que além de dar água na boca, deixou muitos fãs suspirando.
Dr. Temperance ‘Bones’ Brennan:
“Carly’s Table, na Calvert. Ser chef explica os cortes na mão esquerda e as queimaduras.”
Seeley Booth:
“É aquele lugar famoso pelo macarrão com queijo?”
Angela Montenegro:
“É, é impossível conseguir entrar lá.”
Seeley Booth:
“Totalmente impossível.”
Angela Montenegro:
“Você também?”
Seeley Booth:
“Bom, macarrão com queijo é o melhor trabalho de Deus.”
Dr. Temperance ‘Bones’ Brennan:
“Ela coloca alho-poró e, e um pouco de panceta. Estava delicioso.”
Seeley Booth:
“Como você entrou?!”
Dr. Temperance ‘Bones’ Brennan:
“Sou uma escritora best-seller, Booth, entro em qualquer lugar. Fui com Sully.”
Seeley Booth:
“Ele pediu…?”
Dr. Temperance ‘Bones’ Brennan:
“Disse que era “o melhor que ele já comeu”.
O macarrão com queijo ou mac and cheese, em inglês, é um prato de origem italiana. As primeiras receitas podem ser rastreadas até o século 14. Também conhecido como torta de macarrão, ganhou popularidade nos EUA graças ao presidente Thomas Jefferson [favor não confundir com o Tommy de Harry’s Law!], que o servia nos jantares da Casa Branca. Jefferson chegou a contratar um cozinheiro só pra fazer macarrão na Casa Branca e depois comprou uma máquina pra fazer macarrão na Itália que usou em sua casa na Filadélfia. [Fonte: The Jefferson Monticello]
Ah, e mac vem de macaroni. Jefferson preferia macarrão feito com sêmola ou que pelo menos os grãos de trigo não fossem moídos tão fino: hoje em dia temos os grano duro de boa qualidade nos supermercados, não precisamos chegar ao ponto de fazer o macarrão do zero em casa.
Se precisar, na página do Monticello tem a receita pessoal do antigo presidente, mas se você está a fim da receita da Brennan, pode achar peculiar e engraçado o fato da Antropologista trabalhar no “Jeffersonian”, instituto que leva o nome do guloso presidente. Então, juntem os ingredientes e levem tudo para o ‘lab’!
Seeley Booth:
“Bones, Bones, Bones! Macarrão com queijo!”
[Pega um pouco com a mão do prato que a garçonete retirou da mesa.]
Seeley Booth:
“Uau! É maravilhoso.”
Mas também não precisa chegar a ponto de usar o mac and cheese de caixinha, que tem de várias marcas por lá. Primeiro porque todo produto pronto tem níveis muito altos de sódio [e eu sou hipertensa, já viu], gorduras, conservantes etc. Além disso, o ato de cozinhar não se resume aos princípios físico-químicos do processo, né, Doutora Brennan? Também envolve cuidado e amor.
A receita – Macarrão com queijo
Ingredientes:
1 xícara [chá] de macarrão curto – caramujo/caracol, espiral/serpentina, parafuso, tortiglioni…
1/2 xícara [chá] de cebola picadinha
1 colher [sopa] de manteiga
1 colher [sopa] de farinha de trigo
1 e 1/4 xícara [chá] de leite
1/4 colher [chá] de noz-moscada moída na hora
170 g de queijo Cheddar ou Gruyére ou Stilton ou similar
3 bulbos de alho-poró em fatias fininhas
200 g de panceta ou bacon
Modo de fazer:
Ferva 1,5 litro de água numa panela e coloque o macarrão, pelo tempo de acordo com as instruções da embalagem ou até que você perceba que está cozido, porém ainda bem firme. Não deixe passar do ponto pois ele ainda vai ao fogo mais duas vezes. Escorra e reserve. Não adicione sal na água porque o molho se encarregará disso, e muito menos óleo – senão o molho não vai aderir ao macarrão.
Derreta a manteiga e refogue no fogo médio a panceta, a cebola e o alho-poró até que a panceta esteja crocante e a cebola e o alho-poró transparentes. Tempere com a noz-moscada e misture a farinha. Adicione o leite, misture bem e deixe engorossando, mexendo de vez em quando.
Acrescente o queijo e misture até ele derreter. Adicione o macarrão cozido ao molho e mexa devagar para não quebrar a massa mas ao mesmo tempo envolvê-la completamente no molho de queijo.
Despeje a mistura num refratário pequeno [um litro] e leve ao forno a 180° C por 25 a 30 minutos. Espere 10 minutos antes de servir, não queremos ninguém com o bico queimado!
Seeley Booth:
“Você deveria me deixar ajudar.”
Dr. Temperance ‘Bones’ Brennan:
“Não. Você pode limpar tudo depois.”
Seley Booth:
“Uau! Macarrão com queijo! Bones, isto parece maravilhoso!”
Dr. Temperance ‘Bones’ Brennan:
“É? Sério?”
Seeley Booth:
“Sim, quero dizer, você não precisava se dar todo esse trabalho por mim.”
Dr. Temperance ‘Bones’ Brennan:
“O que? Não foi nada.”
Seeley BBooth:
“Hm… Isto é inacreditável.”
Dr. Temperance ‘Bones’ Brennan:
“Ela me disse para seguir meus instintos, então usei um pouco de noz-moscada fresca.”
Notas pessoais: Esta é uma receita com grau de dificuldade de fácil para médio que rende duas porções. É um prato que agrada às crianças e elas podem ajudar a fazer, é uma dica pra quem tem pequenos que dão trabalho pra comer…
Achei interessante descobrir que a atriz Emily Deschanel comeu uma versão diferente nas filmagens porque ela é vegana, ou seja, não come nada derivado de animais, incluindo o queijo!
Essa receita foi aprovada pelos fãs de Bones!
Gastronomia – Bebendo um Sidecar preparado por Castle
04/09/2011, 14:28. Lu Naomi
Gastronomia
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Tem duas coisas na série Castle que eu gosto muito: a cozinha gourmet que é o ponto focal do apartamento duplex do escritor de romances policiais Richard Castle e as referências que vira e mexe aparecem nos roteiros, ambas presentes no episódio Last Call [o décimo da terceira temporada, exibido nos EUA em 6/12/2010].
Steven Heisler:
“Imagino se estão familiarizados com o nome Jimmy Walker?”
Richard Castle:
“Claro, todo mundo conhece Jimmy Walker.”
Steven Heisler:
“Não o ator que interpretou J. J. em Good Times*.”
Richard Castle:
“Não, o antigo prefeito de Nova Iorque. Iniciou o mandato em 1926, tinha o apelido de Beau James, foi famoso por ser um político corrupto e reconhecido mulherengo, e também era abertamente contra a Lei Seca.”
*Esse é o Jimmie Walker, o Vovô Gene de Everybody Hates Chris.
O caso da semana desperta lembranças nostálgicas no personagem-título durante a investigação da detetive Beckett, e Castle decide comprar um bar do tipo literário como o The Old Haunt, onde escreveu seu primeiro livro e que era frequentado por outros escritores famosos como Ernest Hemingway. Entre a investigação e a escolha de um nome para o novo bar [e lidar com a amiga gótica de Alexis], Castle tira um tempinho para limpar a mente preparando um coquetel para Martha.
Richard Castle:
“É chamado Sidecar, uma das melhores bebidas com origem na Lei Seca. Uma época em que conseguir uma bebida significava portas secretas, gangsters e contrabando.”
Sidecar é aquele carrinho que se acopla à lateral da motocicleta igual ao utilizado por Robin na série Batman dos anos 1960, estrelado por Adam West e Burt Ward. Era também muito usado durante a Primeira Guerra Mundial e foi daí que veio o nome da bebida: de acordo com algumas fontes, o drinque foi criado no Harry’s Bar de Paris [França] por um capitão do Exército dos EUA que ia ao bar montado num sidecar.
A receita – Sidecar
Ingredientes:
60 mL de conhaque
30 mL de licor de laranja [Cointreau ou Grand Marnier]
10 mL de suco de limão [de preferência o siciliano]
gelo picado
1 tira de casca de limão
Modo de fazer:
Coloque o conhaque e o licor numa coqueteleira. Adicione gelo e agite bem por pelo menos 20 segundos. Coe a bebida, adicione o suco de limão e sirva numa taça de martíni enfeitada com a casca de limão.
Por ser um drinque refrescante, é mais indicado para os dias quentes. O Sidecar é um aperitivo, ajuda a abrir o apetite, então pode-se consumir antes das refeições.
Titia Batata adverte: Se beber seja o Robin e volte para casa sentado no carrinho, deixe o guidão ou o volante para alguém que não bebeu.
Gastronomia – Provando o cupcake da Izzie em Grey’s Anatomy
28/08/2011, 14:02. Lu Naomi
Gastronomia, Notícias
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Izzy Stevens:
“Oito horas, meio quilo de chocolate, trinta e dois cupcakes e o sabor ainda não está certo.”
George O’Malley:
“Não, eles ficaram gostosos. Martha Stewart* ficaria orgulhosa.”
Izzy Stevens:
“Sim, e veja onde ela foi parar. Está faltando alguma coisa, um ingrediente… Por que não consigo lembrar?”
George O’Malley:
“Olhe, é só ligar pra ela. Ligue para a sua mãe e pergunte.”
Izzy Stevens:
“Não quero ligar pra minha mãe.”
A Izzie conhece o truque das mães: nunca conte qual é o ingrediente secreto. Você pede de joelhos, promete lavar o banheiro por um ano e elas dizem “mas não tem segredo nenhum! É facinho de fazer!”. Ou, pior ainda, argumentam que nem tem receita, que fazem tudo “a olho”. Daí você adota uma tática de guerrilha e espiona a pessoa enquanto ela prepara a receita “a olho” e – A-HÁ! A senhora não tinha falado nada de adicionar uma colher disso ou daquilo!
São ardilosas, essas mães. Pior que elas, só as sogras.
Os cupcakes da Izzie não são apenas bolinhos, são parte de uma jornada de crescimento. Sim! Depois do sucesso de sua receita, a médica loirinha sentiu-se mais capaz do que o próprio Super-Homem.
O cupcake é um bolo assado em forminhas, ideais para transporte e para o consumo individual. O nome cupcake ou o simples “bolo de xícara” tem duas origens: a receita dos bolinhos costumava levar uma xícara de cada ingrediente e eram assados em formas no formato de xícara. Parece o muffin ianque [porque o muffin inglês é diferente e espero voltar ao tema no futuro], só que é mais fofo e doce – mais para bolo mesmo, enquanto o muffin está mais para pão e não leva cobertura.
Mr. Duff:
“Estou com vontade de comer um cupcake. De chocolate.”
Izzie Stevens
“O que disse?”
Mr. Duff:
“Melequento, com um rabisco branco na cobertura… Você me faria o favor?”
Izzie Stevens:
“O que foi, ainda tenho chocolate no rosto? Ou no cabelo?”
O cupcake [ou, como alguns traduzem genericamente, “bolinho”] é ideal para um lanchinho no fim da tarde. Uma pessoa que conheço chega a afirmar que ajuda no regime, porque se ela faz o bolo na fôrma inteira ela não para de comer enquanto não vê o fundo, mas se fizer na fôrma de cupcake ela come um [ou dois…] e consegue deixar os outros bonitinhos em paz.
O legal do cupcake é que você não precisa de uma receita especial pra ele: se você já faz o seu bolo comum, à prova de erros, que faz sucesso na família, na vizinhança ou na firma, é bem capaz que ele dê certo nas forminhas também. Porém, a receita de hoje é uma receita especial porque foi disponibilizada pela própria rede de TV ABC após a exibição do episódio Save Me de Grey’s Anatomy [o oitavo da primeira temporada].
Izzie Stevens:
“Mr. Duff, você ainda está entre nós.”
Mr. Duff [no pós-cirúrgico]:
“Para a sua receita… uma colher de extrato de coco.”
Izzie tem uma razão muito séria para não desejar ligar para a mãe e perguntar algo tão simples quanto uma receita de cupcake, mas a resposta acaba vindo de um paciente [Mr. Duff] – não apenas a resposta sobre o ingrediente esquecido, e sim sobre seu afastamento.
Antes de passar a receita da ABC recomendo ler o post da Stella Cavalcanti no site Oba Gastronomia a respeito dos utensílios e preparações necessárias para assar cupcakes. A chef do Doçuras da Stella é uma profissional estabelecida no Rio de Janeiro que compartilha sua experiência conosco.
A receita – Cupcakes da Izzie
Ingredientes:
2 xícaras [chá] de creme de leite
100 g de chocolate amargo quebrado em mais ou menos 8~10 pedaços
500 g de chocolate meio-amargo em pedaços de 0,5cm de lado
10 ovos grandes
1 xícara [chá] de açúcar cristal
2 colheres [sopa] de extrato de coco
4 xícaras [chá] de gotas de chocolate meio-amargo
1 colher [sopa] de bicarbonato de sódio
1 e 1/2 xícaras [chá] de farinha de trigo
Modo de fazer:
Prequeça o forno a 160° C.
Aqueça quatro centímetros de água na parte de baixo de uma panela de banho-maria no fogo médio. Na parte de cima coloque o creme de leite, o chocolate amargo e o chocolate meio-amargo picado [não as gotas]. Cubra com filme plástico e deixe aquecendo durante oito minutos. Retire do fogo e misture gentilmente até ficar homogêneo.
Na tigela da batedeira coloque os ovos, açúcar e extrato de coco e bata na velocidade média por quatro minutos. Acrescente a mistura de chocolates derretida e bata por mais vinte segundos, ainda na velocidade média. Acrescente o bicarbonato de sódio, as gotas de chocolate e a farinha e bata por 10 segundos na velocidade baixa e mais 10 segundos na velocidade média. Verifique se os ingredientes estão bem misturados e volte a bater se necessário.
Forre cada nicho da fôrma para cupcakes com uma forminha de papel número zero e despeje a massa do cupcake, deixando um espaço no alto para que ele cresça.[cerca de 1,5cm]. Leve ao forno e deixe assando por 25 minutos, espete um palito de dente de madeira para checar se está pronto: se o palito sair limpo é porque está assado.
Retire os bolinhos com a ajuda de uma colher ou faca e coloque-os para esfriar sobre uma grade aramada para que o ar circule por todos os lados.
Cobertura de ganache – chocolate preto
250 g de chocolate ao leite picado bem pequenininho
150 mL de creme de leite de caixinha
1 colher [sopa] de manteiga sem sal
Aqueça o creme de leite com a manteiga sem deixar ferver [as bolhas aparecem na beirada mas não no centro] e despeje-o sobre o chocolate. Misture delicadamente para que o calor envolva e derreta o chocolate e deixe quieto por 5 minutos. Volte a misturar. Quando estiver derretido e cremoso cubra com filme plástico e deixe descansando por meia hora antes de cobrir os bolinhos.
Curiosidade que aprendi nesta semana: ganache em francês quer dizer “imbecil”. O nome vem do xingamento com que um chefe francês “presentou” seu ajudante quando o pobre rapaz derrubou creme de leite fervente no chocolate, por acidente. A história culinária está cheia desses erros que dão certo!
Ganache de chocolate branco para os “rabiscos”
125 g de chocolate branco
40 mL de creme de leite de caixinha
Prepare da mesma forma que a ganache de chocolate escuro, sem a manteiga, e depois leve ao freezer ou ao congelador da geladeira por 15 minutos [não se distraia! a ganache é exigente na pontualidade]. Bata vigorosamente com uma espátula até ficar firme e coloque a ganache na manga ou saco de confeitar para desenhar na cobertura do cupcake.
Notas pessoais: Pelo que vi em comentários Internet afora, a Izzie era uma ótima confeiteira e cozinheira, o que explica o alto grau de dificuldade desta receita. Não a recomendo para iniciantes nem pras formiguinhas, as pessoas que têm “sweet tooth”, por causa da quantidade de chocolate amargo e meio-amargo utilizado. Talvez funcione melhor se substituir metade do chocolate meio-amargo pelo chocolate ao leite [faço isso nos cookies e ficam deliciosos], mas não posso garantir.
Outra dificuldade é o extrato de coco, que eu não conheço equivalente no Brasil. Pela imagem deu para ler que ele não leva apenas coco, então é difícil saber se substituir pelo óleo ou pelo leite da fruta fariam o mesmo efeito. Por fim, essa receita dá menos do que os 36 cupcakes prometidos porque a forminha usada aqui é maior que a usada lá: a da Izzie parece ter o tamanho das nossas forminhas para pão de mel.
Lá no início eu comentei que cupcakes são fofos, certo? Só que estes são mais úmidos e densos, mais pesados. E sujam um bocado de utensílios… Ah, e você percebeu que, somando tudo, vai mais de um quilo de chocolate nessa brincadeira, né? ;o)
Este post participa da promoção#seublognoraiox
Grey’s Anatomy é exibido pela Sony toda segunda às 22h.
Gastronomia – O mistério do pão de macaco em Psych
21/08/2011, 17:12. Lu Naomi
Gastronomia, Notícias
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Este é um post-companion à review de Simone Miletic para o episódio Dual Spires de Psych, publicado aqui.
Gastronomia – Na Cozinha com The West Wing, o chili do presidente!
14/08/2011, 08:59. Lu Naomi
Gastronomia, Notícias
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Gastronomia – Bebendo um Fuzzy Navel, comendo uma Chicken Pot Pie com Rizzoli & Isles
07/08/2011, 01:24. Lu Naomi
Gastronomia
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Este é um post-companion à review de Mariela Assmann para o episódio Sailor Man de Rizzoli & Isles publicada aqui.
Gastronomia – Borrego ao curry e massa putanesca de NCIS
31/07/2011, 08:24. Lu Naomi
Gastronomia
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O agente do NCIS Leroy Jethro Gibbs é um ex-marinheiro – ou, como ele diz, “uma vez marinheiro, sempre marinheiro”, não importa o que faça depois. Ex-franco atirador, meio ‘cowboy’, um tipo durão que fica à vontade com um bife suculento e uma cerveja na mão, no máximo um hambúrguer e uísque puro servido no vidro de geleia em que guarda pregos no porão. Gibbs foi casado quatro vezes e compartilha uma ex-esposa com o agente do FBI Tobias Fornell. Às vezes, quando as jurisdições se cruzam ou a necessidade dita, Gibbs e Fornell trabalham juntos, como foi o caso no episódio Short Fuse [o terceiro da oitava temporada, exibido nos EUA em 5 de outubro de 2010].
Jethro Gibbs:
“O que é isso?”
Tobias Fornell:
“É arroz.”
Jethro Gibbs:
“Pensei que ia trazer cheeseburgers!”
Tobias Fornell:
“É cordeiro ao curry do Punjab Express.”
Jethro Gibbs:
“Nós dois concordamos que detestamos esse lugar.”
Tobias Fornell:
“Concordamos, mas recebi cupons de desconto pelo correio.”
Jethro Gibbs:
“Bem, você pediu picante ou suave?”
Tobias Fornell:
“Atômico.”
O Punjab é uma região da Índia; o curry, carê ou caril é uma mistura de condimentos muito utilizada em países asiáticos como Tailândia e Índia. Então, usando minhas incríveis habilidades de dedução baseadas nos fatos investigados, eu me arrisco a supor que Gibbs e Fornell provaram um pouco da cozinha indiana nesse episódio de NCIS. E nem precisei usar o espectógrafo da Abby.
A Índia é um país que não consome carne bovina, por isso a presença do cordeiro nesse prato é canônica. Cordeiro é filhote de ovelha e em algumas regiões do Brasil é conhecido como borrego, com sabor mais forte e levemente adocicado e consistência macia. O cordeiro ao curry ou lamb curry é um prato que mistura as cozinhas indiana e inglesa [o Império Britânico colonizou a Índia, lembra da Companhia das Índias Orientais? Eles queriam as tais especiarias, os condimentos].
A receita: Cordeiro ao curry
Ingredientes para 6 pessoas ou 4 famintos
1 kg de lombo de cordeiro em cubos
1/2 de xícara [chá] de óleo
4 cebolas roxas grandes fatiadas finamente
4 a 5 cm de gengibre fresco sem casca e picadinho
2 pimentas dedo-de-moça sem sementes, picadas
4 a 6 dentes de alho esmagados e picados
2 colheres [chá] bem cheias de curry em pó
1 copo de iogurte natural
2 latas de tomates pelados picados [ou de 6 a 8 oito tomates grandes maduros sem pele nem sementes]
sal
Modo de fazer
Numa panela wok ou frigideira grande aqueça o óleo e coloque as cebolas para dourar bem, mexendo sempre – pode passar um pouco, se quiser, isso dá um gostinho diferente. Junte o gengibre, as pimentas, o alho, misture bem, adicione o curry, misture, misture, agora a carne e os tomates, misture mais um pouco. Que bom exercício para queimar calorias antes de comer, não? Prove e acerte o sal e deixe cozinhando até que a carne esteja macia – de 10 a 15 minutos, depende do fogão. Junte o iogurte, misture de novo e pronto. Um arroz branco basta para acompanhar, mas não chame o Gibbs.
Regule a quantidade de curry conforme a marca que você encontrar no supermercado ou na lojinha de produtos japoneses/indianos perto da sua casa, porque não há um padrão. Existem tabletes japoneses que são vendidos em embalagens de cores diferentes de acordo com o “ardume”, um bom vendedor saberá explicar a diferença. No caso do curry em pó o risco de encontrar uma marca atômica é bem menor. Atômico mesmo, do jeito que mostraram no episódio, só se acrescentar as sementes das pimentas tipo chili.
O chef inglês Jamie Oliver executa a receita numa ordem diferente e até criou uma musiquinha pra ela, espia lá no YouTube.
Jethro Gibbs:
“Italiana?”
Tobias Fornell:
“Si! Pasta alla puttanesca. Receita da minha avó.”
[Gibbis prova o molho com o dedo e Fornell bate na mão dele.]
Tobias Fornell:
“Espere eu terminar.”
Jethro Gibbs:
“Qual é a ocasião?”
Tobias Fornell:
“Estou tentando granjear um favor [curry favor, no original].”
Não sei se fui só eu, mas ri muito quando o Fornell disse que a receita que ele estava preparando era da própria avó porque a tradução literal de pasta alla puttanesca é “macarrão à moda da prostituta”. Pra nós que falamos um idioma derivado do latim [assim como o italiano o é também] é quase óbvio, mas angloparlantes não devem perceber a graça.
Diz uma lenda popular que a origem do nome se deve ao fato de que este é um prato feito com ingredientes fáceis de encontrar em todas as casas [de boa e de má reputação] e é rápido de fazer, por isso era a refeição preparada pelas prostitutas entre seus afazeres. Claro, essa é apenas uma das versões da história, existem outras bem menos picantes. De certo é a origem italiana e a época [meados do século 20, perto de 1950].
A receita: Massa Puttanesca
Ingredientes para 4 pessoas
500 g de macarrão tipo penne
1/2 xícara de azeite honesto [vale chamar o azeite de extra-virgem no molho puttanesca?]
6 filés de anchova em conserva, picados
2 dentes grandes de alho, amassados e picados
2 latas de tomates pelados [ou de 6 a 8 tomates grandes maduros sem pele nem sementes], picados em pedaços grandes
1 colher [chá] de orégano
2 colheres [sopa] de alcaparras escorridas
10 azeitonas pretas em fatias
sal
Modo de fazer
Separe 1 colher de sopa de azeite e reserve. Coloque o resto do azeite e as anchovas numa panela e cozinhe em fogo baixo mexendo sempre, até o peixe desmanchar. Adicione o alho e refogue por alguns segundos [10 a 15]. Junte os tomates e aumente o fogo para médio, acertando o sal a seu gosto [atenção: as anchovas, alcaparras e azeitonas já são salgadas]. Quando o molho começar a ferver abaixe o fogo e deixe apurando de 20 a 40 minutos até que o tomate se separe do óleo. Dá tempo de fazer uma função.
Essa parte da receita pode ser feita com antecedência e reservada na geladeira.
Ferva 3 litros de água com 2 colheres de sopa de sal grosso e coloque o macarrão para cozinhar. Aqueça o molho, junte o orégano, as alcaparras, as fatias de azeitona e a colher extra de azeite e misture o macarrão cozido. Os tomates ficam pedaçudos mesmo.
Ah, sim: penne vem do latim penna ou pena em português. A parte do corpo que combina com a receita é pene, com um N só.
O episódio
A dinâmica Gibbs/Fornell me lembra da dupla Jack Lemmon e Walter Matthau, de certa forma. Oh, céus, acabei de cometer uma citação cinematográfica alla DiNozzo, não foi? Mas é a impressão que me dá. É diferente da relação mestre/aprendiz que Gibbs tem com McGee e DiNozzo, da relação aprendiz/mestre que tem com Frank, ou da relação ambígua que tem com o diretor Vance. É uma relação entre iguais, e o fato de terem se casado com a mesma mulher reforça essa impressão. No primeiro episódio em que Fornell apareceu disseram que não se conheciam antes, mas no decorrer da série criaram um histórico diferente. Os diálogos reproduzidos neste post demonstram bem isso.
No mais, um episódio OK.
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