TeleSéries
Breaking Bad – Felina
01/10/2013, 22:06. Mayra Gonçalves
Reviews
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Dizem que tudo que é bom termina logo e por isso, no último domingo, foi ao ar o episódio final de Breking Bad. No tom perfeito de intensidade e drama que a série foi mestre em proporcionar ao longo de quase 6 anos, 5 temporadas, 62 episódios e pelo menos 50 B*tch, FeLiNa encerrou com louvor um dos melhores seriados dos últimos tempos. O epílogo da série trouxe elementos dos seus primeiros anos. A sensação durante todo o episódio era de estar diante do Walter White que conhecemos lá trás na primeira temporada. O homem ainda dividido em dois mundos, não completamente imerso nas sombras como havia sendo representado em episódios anteriores.
É preciso falar primeiro da visita de Walter aos seus ex-parceiros Elliott e Gretchen Schwartz. Uma cena verdadeiramente chocante, de final inesperado e brilhante. Walter chega à casa dos Schwartz sem ser percebido, aos poucos andando pelas sombras, e admirando a casa, talvez imaginando como seria sua vida se ele não tivesse cortado seus elos com a Grey Matter. Walter estava calmo, e esse seu comportamento aterrorizou não somente a Elliott e Gretchen, mas ao público. Porque sabemos o que ele se tornou, o que ele agora representa. E quando Elliott tenta se defender com uma faca, Walter logo rebate que ele precisaria de algo maior, e todos sabemos disso quando lembramos da cena de Walter e Skyler em Ozymandias. Porém, o plano é simples: entregar ao casal o dinheiro restante, para ser transferido para Flynn, como sinal de caridade, dado às vítimas inocentes de um “pai monstruoso”.
Para garantir seu acordo, Walt toma precaução extra para assustar seus ex-parceiros de negócios, colocando os dois sob uma mira laser enquanto a música mais assustadora do episódio toca. Depois de acometer medo duradouro e permanente, é revelado que a artimanha foi honrada por Badger e Skinny Pete. É um regresso brilhante ao Walter dos primeiros anos da série, usando a persona non grata de Heisenberg e inteligência para intimidar as pessoas. Bagder e Skinny Pete, além de ajudarem Walter com seu plano genial de coação, também foram fundamentais para a trama do episódio. Graças a eles, Walter toma a consciência de que Lydia ainda está no “mercado comercializando o SEU produto”.
Eu não consigo pensar em um episódio de Breaking Bad que fosse tão tenso, ao mesmo passo em que foi previsível. Previsível, porque os acontecimentos e teorias inevitavelmente ficaram rondando a mente dos telespectadores durante semanas. E é claro que Gilligan em sua genialidade se usaria disso. Nenhuma outra cena representa melhor esse sentimento do que a cena em que Walter se intromete no encontro de Todd e Lydia no café. O close no pacote de Stevia – o único da mesa. E mesmo que não ficasse claro naquele momento, era óbvio para todos que aquilo era ricina. Lydia tem seu destino selado graças à sua rotina. Como Walt diz: “10:00h, todas as manhãs, terça-feira, você e eu nos encontramos aqui”. Ela apenas começa a conhecer o seu destino nos momentos finais, incapaz de fazer qualquer coisa sobre ele, ficando apenas um corpo para sua filha encontrar.
E como Walter conseguiu a façanha da ricina vai permanecer dentre os maiores mistérios da humanidade. Tudo nesse episódio se encaixou perfeitamente em favor de Walter – até o carro com portas abertas e chaves que literalmente caíram em sua mão. É uma conclusão teatral para um seriado nos parâmetros das melhores tragédias gregas e peças shakesperianas.
A câmera se move lentamente revelando, atrás de uma coluna, Walter, enquanto Skyler desliga o telefone (e Marie fazia sua única aparição). A conversa entre o casal é, talvez, a mais significativa do seriado, sendo a primeira vez que Walt foi totalmente, e completamente, honesto sobre seus motivos e seus sentimentos a respeito de suas ações desde o seu diagnóstico de câncer. Além de retirar o peso de Skyler, Walter livra, até certo ponto, a si mesmo. Durante 5 temporadas, Walter mentiu para si mesmo dizendo que tudo o que ele fez foi por família, porque ele não estava preparado para encarar a realidade que todas as atrocidades que ele realizou tinham apenas motivos egoístas. Walter ainda faz mais uma coisa boa enquanto revelava a profundidade de seu fracasso: o bilhete de loteria revelando a localização da cova rasa de Hank e Gomez.
Depois de tirar mais uma tática totalmente imprevisível de sua cartola, Walt conseguiu com precisão, usando uma engenhoca e uma M60, tirar a vida de Jack e de cada um de seus homens, com exceção de Todd, e ainda salvar Jesse. O salvamento não veio através de um último ato de humanidade de Walter White – esta já se foi. O salvamento veio por uma questão de justiça. Uma vez que Walter foi capaz de reconhecer que tudo o que ele fez foi egoísta, ele pode também reconhecer todo o mal que causou a Jesse, e ainda que todas as mortes, as de Gustavo, Mike, Llydia e inclusive a de Hank, foram causados por ele e para ele. Não havia razão em culpar Jesse pela morte de Hank, não havia justiça.
Uma das coisas mais geniais em Breaking Bad é seu senso de moral sempre relativizado, argumentando convincentemente que a morte de Todd, pelas mãos de Jesse, era justa. E por mais que eu não quisesse que Jesse matasse outra pessoa, um sentimento desconfortante de alegria me invadiu quando o último suspiro de Todd veio através das mesmas correntes em que ele manteve o Cão Raivoso cativo.
E então, Walt e Jesse estão juntos novamente, no meio do caos, morte e destruição, orquestrados mais uma vez por Walt. No decorrer do show, Jesse foi aluno de Walt, seu guia, seu filho, seu parceiro, seu inimigo, e sua queda. E os horrores que Walt infligiu em Jesse nunca serão totalmente silenciados em sua mente. Walter reconhece seu destino, ele vai morrer em breve, e permite que Jesse escolha o seu fim. Jesse, cheio de ser manipulado, opta por não deixar Walt ter o caminho mais fácil, e abandona o homem que nunca deu a mínima para ele.
“Acho que ganhei o que merecia…/ Este amor especial que eu tenho por você / Meu pequeno azul.” Assim como a música que embalou Walter em seu ato final, retrata muito bem o que a Series Finale quis passar ao público. Walter aceitando e reconhecendo seu destino – assim como no tão subestimado Fly. E como o próprio Mr. White já disse: a química é o estudo da transformação. Nesse caso, a transformação de Walter White até o momento em que ele encontrou seu destino fatídico ao lado daquilo que ele acreditava que o fazia especial.
Acabou, e a despedida foi mais que apropriada.
– Menção honrosa: Jack foi tarde e foi de um jeito clássico. A cena foi simplesmente impressionante.
– Breaking Bad teve 62 episódios. O 62º elemento da tabela periódica é o Samário, utilizado em tratamentos contra o câncer.
Breaking Bad – Granite State
27/09/2013, 11:09. Mayra Gonçalves
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O último episódio a ser transmitido, apesar de bem feito e executado, como era de se esperar de qualquer Breaking Bad, não chegou a ter a movimentação e o impacto do Ozymandias ou To’hajiilee, que tiveram escopo épico e grandes desenvolvimentos. Granite State (apelido dado ao Estado de New Hampshire) teve seus momentos, mas era um episódio principalmente usado para alinhar as peças e preparar para o caos que, sem dúvida, virá no próximo domingo.
No final de Ozymandias, Walter vai embora como uma estratégia de comprar algum tempo para descobrir uma maneira de cumprir seu objetivo inicial de fornecer financeiramente para sua família após sua morte por câncer. Mesmo em face da perda de seus entes “queridos”, seu dinheiro, e todo o seu controle, Walt ainda age como se uma reviravolta fosse possível, em uma ilusão de ainda ter algum controle sobre a situação. Ainda continua a repetir feito um papagaio a palavra “família”, como se pudesse haver algum retorno depois das consequências destrutivas que se desenrolaram ao longo dessa última temporada.
Walter culpa Jack e o resto dos nazistas, ele quer vingança, a princípio para Hank, mas após meia dúzia de palavras proferidas pelo protagonista, percebe-se que sua razão principal é recuperar todos os outros barris de dinheiro que totalizam o preço de seus erros ao longo dos últimos dois anos, o trabalho de sua vida. Então o objetivo de Granite State é despir todas essas ilusões, falsas metas, até o âmago de Walter White e o que ele realmente quer: reconhecimento e significado para uma existência onde ele não é capaz de enxergar algum sentido.
Mesmo que tenha ficado evidente no último episódio, recebemos a confirmação de que o telefonema cheio de rancor e sentimentos reprimidos de Walter foi uma tentativa de inocentar Skyler sobre seu real envolvimento. E, em uma referência ao episódio “Live Free Or Die”, Walt e Saul estão frente a frente novamente, e Walter tenta o mesmo tipo de intimidação enquanto aguardam no porão. Porém, com o câncer de pulmão progredindo, ele não é capaz de continuar suas ameaças, e então Saul, reagindo à representação literal da perda de controle total de Walter, acaba por afirmar o óbvio: “Acabou”.
Skyler está com problemas com o DEA, e incapaz de fornecer a cabeça de Walter numa bandeja de prata. A casa de Marie é invadida e toda a evidência que Hank tinha juntado, inclusive fita confissão de Jesse, é levada por Jack e seu grupo. Essa é a situação que Walt deixa para trás: terror imprevisível, nenhuma pessoa que ele alegou se preocupar está a salvo da destruição que ele mesmo construiu a partir de sua arrogância. E mesmo que tenha fugido, o “rei” está preso, sem possibilidade de contato com o mundo exterior. Mas em meio de suas posses há apenas um objeto familiar: um chapéu. Agora há apenas Heisenberg.
Todd é um dos personagens mais assustadores da atualidade, talvez pela sociopatia evidente combinada com um rosto as vezes angelical ainda de menino, porém plenamente capaz de torturar e escravizar uma pessoa. A miséria que Jesse se vê em meio é imensurável, sua lamentável tentativa de fuga só poderia levar a mais tormento. Para demonstrar ainda mais a sua crueldade, Todd puniu Jesse exatamente da maneira que ameaçou na semana passada. Friamente atraindo Andrea fora de sua casa, demonstrando uma falsa preocupação, e com uma desculpa irreverente, coloca uma bala na parte de trás de sua cabeça. Isso é mais um golpe desmoralizante para Jesse, e sua última fagulha de um final feliz, sua última possibilidade de escapar de uma tragédia avassaladora acabou de se esvair. Porém, como a maioria dos personagens em Breaking Bad, Jesse já foi consumido demais pelas sombras para sair completamente ileso, mas começo a questionar (atrasadíssima) a necessidade de todo esse drama devastador e repetitivo sobre o personagem.
Walt tem duas opções: morrer sozinho em uma cabana em meio à neve em New Hampshire, totalmente esquecido e perdido para o mundo, ou em uma batalha travada com M60 e uma capsula de ricina. Sabemos qual foi sua escolha, mas foi interessante ver essa bifurcação que Walter White estava encarando. O peso das informações sobre o estado que sua família está, e o fato de seu próprio filho o ter renegado quase o fizeram escolher um caminho que o guiaria para uma forma de redenção. No entanto Granite State retorna ao Technologies Gray Matter, a origem de amargura e raiva acumulada de Walter. E mais uma vez cego por orgulho, Walter toma a decisão de seguir pelo caminho mais tortuoso. Nesse momento, família e dinheiro não são mais seus motivos apenas uma soberbia descontrolada e uma necessidade de deixar sua marca antes de seu destino fatídico. Heisenberg quer marcar sua existência por grandes feitos, terríveis, mas grandes.
Breaking Bad não vai me fazer torcer por Walt. Faço minhas as palavras de Walter Jr. quando ele gritou com seu pai por telefone (Essa foi a minha catarse). Mas eu vou defender a decisão do show ao fazer Walter deixar o copo de uísque para traz voltar Albuquerque. Sua essência é amarga, não havia sentido nenhum em traçar um caminho de redenção para o personagem. Apenas uma coisa lhe resta agora que todos os laços com a sua família foram cortados e que o dinheiro parece ser uma apenas uma pilha de peso morto: conseguir o reconhecimento através de uma forma sádica de sair por cima.
Breaking Bad – Ozymandias
22/09/2013, 16:24. Mayra Gonçalves
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Palavras não fazem justiça a uma das horas mais emocionalmente destrutivas, dramáticas e ainda satisfatórias que eu já tive a oportunidade de assistir. Não houve apenas uma cena de destaque, ou alguns picos de tensão insuportável. Este foi um episódio onde tudo e todos os envolvidos no seriado se uniram pra criar uma obra que George Martin nenhum conseguiria colocar defeito. Bryan Cranston e Anna Gunn criaram juntos uma das melhores cenas (provavelmente a melhor) como Walter e Skyler White. Betsy Brandt e RJ Mitte não ficaram atrás, bem como, Dean Norris em uma sequência quase que perfeita na atuação.
O episódio começa outra vez com uma narrativa não linear, agora tão familiar em Breaking Bad. Um salto, e somos remetidos a um prólogo longe da saraivada de tiros e a angústia do final de To’Hajiilee. Assim como em Box Cutter, o primeiro episódio da quarta temporada, que usa a mesma técnica a fim de mostrar ao público o primeiro dominó caído, e as razões que, nesse caso, geraram a morte de Gale. A abertura de Ozymandias enfatiza o mesmo sentimento, em uma cena onde Walter e Jesse trabalham juntos pela primeira vez. Onde ainda havia inocência em ambos os lados, onde a primeira mentira de Walter foi encenada em um lugar chamado To’ Hajiilee, o grande palco do seriado.
E nesse mesmo local, Gomie e Hank encontram seu destino fatídico. O episódio anterior não terminou bem para esses personagens, as chances não eram boas. Mesmo assim, mesmo que esse destino fosse insinuado, ver a maneira tragicamente simples como os personagens foram “despachados” chocou. A primeira vez que vemos Gomez, ele já estava morto, e Hank tem uma bala na perna, olhando para a arma como sua última linha de defesa, impotente e se arrastando pelo chão – em uma sutil referência ao episódio One Minute.
O impressionante nessa cena foi ver Walter lutando pela vida de Hank, como se estivesse lutando por si mesmo, pelo último suspiro de uma humanidade que há tanto tempo está em um estado terminal. O genial e manipulativo Walter White não é capaz de convencer os nazistas a pouparem a vida de seu cunhado. Em lágrimas e desespero, Walter pede ajuda a Hank, o que gerou um dos melhores momentos do seriado. Em um último ato repleto de dignidade, orgulho e coragem, Hank finalmente fala a Walter: “Você é o cara mais inteligente que já conheci, e estúpido demais para entender que ele já decidiu (me matar) dez minutos atrás”. Assim, o personagem com o maior apelo heroico do seriado tem sua vida ceifada por um tiro na cabeça, e agora jaz em uma cova rasa, indiretamente, cavada por Walter.
Todas as tramas que foram aos poucos desenvolvidas na segunda parte da quinta temporada avançaram em ritmo inacreditável. Em 20 minutos de episódio Walter perde todo o controle, permanece fraco, ele não é mais o ”imperador” Heisenberg. Como o soneto de Shelley, que deu nome ao episódio, diz “nada mais resta: em redor a decadência, daquele destroço colossal, sem limite e vazio. As areias solitárias e planas espalham-se para longe”.
Não há dúvida que Jesse está no inferno. Preste a morrer, Todd intervém como uma questão de segurança “empresarial”, mas mais como um meio de tortura. E Walter se entregando a seu ódio rancoroso, torcendo a faca da culpa, confessa a verdade sobre a morte de Jane. Em um episódio cheio de monólogos, brigas, morte e destruição, eis o discurso concebido para infligir o máximo de dor: “Eu assisti Jane morrer. Eu estava lá. E a vi morrer e sufocar até a morte. Eu poderia ter salvado. Mas eu não fiz.” É apenas selvagem e emocional, com a única função de antecipar a morte de Jesse, que agora voltou a ser um homem abatido e vazio, já sem forças de lutar. O cão raivoso agora está na coleira, mantido em um poço, arrastado para fora apenas para ser forçado a cozinhar metanfetamina, com uma foto de Andrea e Brock posta como lembrete e uma ameaça.
Walter ainda está sob a impressão equivocada de que ele tem um mínimo de controle sobre a situação. Mas depois de outro ataque verbal de seu filho, Skyler chega a seu limite. Skyler finalmente decide ser aquela que protege a família do homem que a “protege”, ela vê que os motivos de Walter são os mais egoístas e novamente volta a se impor. O foco da câmera nas facas vem como um presságio da violência que está por vir. Walt e Skyler brigam, até que Júnior intervém parar defender sua mãe e chama a polícia (Vai, Flynn!); Holly gritando no fundo; Walt insistindo que eles ainda eram uma família. E em um ato final, egoísta e pretendendo castigar Skyler, Walter foge com a bebê Holly. E como uma mãe desesperada correndo pelas ruas, coberta de sangue, gritando por sua filha, Anna Gunn nunca foi tão empática em seu desempenho com atriz.
“Ozymandias”, o soneto escrito por Percy Bysshe Shelley, descreve temas como a arrogância, a transitoriedade do poder, a permanência da arte e a relação entre o artista e sua obra. Não acredito que melhor figura de linguagem pudesse ser utilizada para escrever de maneira tão sublime a condição de nosso protagonista. Heisenberg, “aquele que bate”, nunca se viu tão impotente, e tudo que sua “arte”, sua obra deixou foi um legado de dor. Walt acaba na mesma interseção que Jesse, em frente a mesma estrutura que lembra um cemitério, à espera de que a minivan vermelho para levá-lo para uma outra vida.
O episódio, em suma, foi sobre perda e luto. Foi sobre como os atos ecoaram desde o primeiro momento em que Walter e Jesse dirigiram pela primeira vez até To’Hajiilee. Tudo o que Walter tocou uma vez se inflamou até apodrecer. Sua família foi irremediavelmente destruída pela própria ação que tinha o intuito de garantir o seu futuro. Jesse está preso em um tipo de morte em vida. E Walter White finalmente sucumbiu à arrogância de sua outra metade, Heisenberg.
Os oito episódios finais estão amarrando a trama aos poucos sem deixar pontas soltas. Logo teremos as respostas para as perguntas levantadas no primeiro episódio desse arco final (Pra que ricina? E quem terá o destino decidido por uma M60?). As teorias são muitas, mas depois de um episódio do calibre de Ozymandias, minha única expectativa aos episódios finais de Breaking Bad, que terão 70 minutos, é sobreviver. Alguém aí quer assistir Rains of Castemare pra animar o dia?
– “Mama!” Holly White.
Breaking Bad – To’hajiilee
15/09/2013, 15:07. Mayra Gonçalves
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Não houve erros – menos que você conte as centenas ou talvez milhares de cartuchos de munição que não conseguiram atingir ninguém. O episódio pode ser facilmente separado em duas partes, a primeira mais calma, porém sem deixar de ser tensa e a segunda completamente alucinante. Aquela foi, em uma palavra, genial. Vince Gilligan utiliza de pura inteligência para desenvolver a trama, enquanto na segunda, não menos genial, se utiliza de velhas artimanhas de seriados, deixando o público saber que a história não acabaria ali, e surpreendendo completamente terminando o episódio da maneira mais agonizante que poderia ter imaginado (essa semana parece ter durado duas, mas domingo está chegando).
A maioria das séries policiais retrata aquela velha metodologia de pular de pista em pista, uma testemunha a outra, até que se tem o suficiente para se prender o suspeito, os episódios acabam sendo mais uma caça ao tesouro. E tão acostumados ao esquema, mesmo que a série não seja policial, era de se esperar que isso acontecesse em Breaking Bad. Mas Hank Schrader usou a inteligência para criar um grande plano ao lado de Jesse.
Uma imagem, e num instante o mundo de Walter gira, com sua ganância, e sua recusa de ainda não ver Jesse como uma ameaça viável, então começa a ação. Enquanto Walt atravessa as ruas de Albuquerque, acelerando através de sinais vermelhas, gritando ao telefone, ele não pensa por um segundo que tudo poderia ser o maior plano de Jesse, descobrindo uma maneira de explorar sua fraqueza forçando – o para fora de seu buraco e levá-los direito de seu esconderijo no deserto.
Durante a segunda metade da quinta temporada pode se ver quase que uma briga interna entre Walter White e Heisenberg. Depois de passar alguns episódios com Walter sendo apenas o proprietário do lava rápido e traficante aposentado (zzz…), Heisenberg voltou com força total. Mesmo quando, ele ainda estava defendendo seu ex-parceiro – deixando claro que Jesse não era um rato – crente que seu antigo pupilo nunca o trairia, não havia dúvidas que aquele diante de nossos olhos era o nosso “querido” psicopata manipulador. O homem que não tem medo de envolver inocentes em sua trama, que tem “coragem” de envenenar uma criança e ainda ter um sorriso plástico em seu rosto ao falar com a mesma mais tarde.
No final do Gliding Over All, Walt se aposentou, pensando que ele teria colhido todos os benefícios de seu império. Muito diferente das primeiras temporadas, quando Walt mostra sua inexperiência ao lidar com um submundo que ele não conhece e nem entende. Ele escolhe um lugar de encontro com Tuco em um ferro-velho, porque ele assume, a partir de clichês culturais, que é o tipo de lugar que as pessoas se encontram para o tráfico de drogas. Ele incita Jesse em expandir seus negócios em um território mais vasto, porque isso é o que as empresas de sucesso fazem.
Todd, Jack, Kenny, e o resto do White Power Biker Gang são o maior e mais destrutivo exemplo de quanto Walter afundou ao chegar aos limites do mundo do tráfico de drogas. E como ele estoicamente sai do esconderijo, caminha para Hank, resistindo os sorrisos brilhantes de conquista nos rostos de seus inimigos. Sua única resposta é chamar Jesse um covarde, para insultar insensivelmente Jesse, sua (ex) marionete, quando este finalmente conseguiu tirar das mãos – de um homem que só se preocupava com ele até o momento que o convinha – a cruzeta que o manipulava.
Vemos Heisenberg derrotado, com algemas frias em volta de seus pulsos. Mesmo que seus inimigos pareçam triunfantes, ainda havia tanto tempo para algo mais acontecer. Uma vez que Hank ligou para Marie, um sentimento ruim invadiu feito uma onda, como se o ato fosse um convite para a maré de azar tomar conta da situação. Mesmo antes, quando Walter tentou cancelar o ataque – que havia ordenado segundos antes – que permaneceu sem resposta. Mas, para seu próprio horror, os carros chegam de qualquer forma, para tomar medidas contra as suas ordens, porque Walt não é todo-poderoso, ele é apenas o químico para os nazistas capazes de realizar uma chacina em questão de minutos.
Vince Gilligan inúmeras vezes já declarou que Breaking Bad só é o que é devida a excelente equipe de co-autores do seriado, sempre elogiando-os com louvor. Na maioria das vezes, fica atribuída a sua imagem uma humildade genuína, visto que sua genialidade é conhecida desde a época em que era co-produtor em Arquivo X. Mas To’Hajiilee é mais uma declaração definitiva que Gilligan não é apenas um cara humilde: Breaking Bad tem alguns dos mais talentosos escritores e diretores no meio. Este foi o último e mais um episódio brilhantemente dirigido por Michelle MacLaren, assim como o último roteiro de George Mastras, ambos merecem uma enorme quantidade de crédito para a elaboração de mais um episódio magnífico. To’Hajiilee com certeza entra para o Hall da Fama, não só do seriado, mas de toda história da televisão.
Homeland – Tin Man Down
09/09/2013, 11:08. Mayra Gonçalves
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A Showtime surpreendeu vazando o episódio de estréia da terceira temporada de Homeland praticamente um mês antes da data prevista para o mesmo ir ao ar. Uma pena que o episódio não estivesse finalizado, já que ficou bem óbvio que faltavam efeitos especiais, como a cratera ocasionada pela explosão da finale passada. Apesar disso, não deve haver diferença de conteúdo entre o episódio vazado e o que irá ao ar em 29 de setembro.
Tin Man Down – diferentemente da genial premiere passada, Smile – teve ritmo lento e explicativo. A história que a nova temporada vai seguir foi apresentada e suas bases foram edificadas. Em síntese, foi um início concreto para mais uma temporada promissora.
O último episódio da temporada passada nos deixou com um ataque à CIA, no qual mais de 200 pessoas foram mortas. Mais, a cúpula da agência foi eliminada em um ataque que pegou todos de surpresa – e com todos quero dizer personagens e telespectadores. E o ataque não previsto pela CIA estabelecendo a dúvida que é o ponto de partida dessa temporada (que se passa 56 dias depois de tais acontecimentos): sendo incapaz de proteger a si mesma, seria a agência capaz de proteger o governo e seus cidadãos? Diante tal incógnita, a CIA está prestes a perder sua autonomia, já que o governo decidiu intervir para garantir a segurança nacional.
E quando coisas ruins acontecem, é da natureza humana – talvez como válvula de escape – garantir que a culpa sempre recaia sobre os ombros de alguém. Nesse sentido, quem merece maior destaque é Saul, o novo todo poderoso da agência (e, quem sabe, o mais beneficiado com os ataques). Para salvar a imagem da CIA, Saul foi obrigado a jogar Carrie aos leões. A primeira vista, uma decisão bem antagônica, já que Saul passou duas temporadas lutando contra os seus colegas para preservar a imagem da pupila. Mas, apesar de ter eu tomado as dores de Carrie, não é difícil compreender o ponto de vista de Saul e chegar à conclusão que essa era sua única opção de manter a CIA operante, já que pelas perguntas do conselho é possível enxergar que o governo já sabia de grande parte do envolvimento de Carrie na história.
Como o nome dela ainda não foi citado, talvez tudo se reverta e a imagem de Carrie saia imaculada – ou tão “imaculada” quanto já estava. E essa história ainda deve render bons momentos, já que Saul era uma das pessoas em que Carrie mais confiava, e apesar dos motivos dele, ela foi traída, o que possivelmente criará uma nova dinâmica, que vai ser muito interessante de acompanhar.
Outro resultado que essa traição pode trazer à tona é uma possível parceria entre Carrie e Quinn. O moço proveu nos últimos episódios da temporada passada que é um homem de princípios, ao se negar a matar Brody. Novamente, ele colocou os princípios à frente das ordens, ao evitar matar a criança – que lamentavelmente morreu na sequência, por engano. Se Quinn acreditar em Carrie e na sua história, poderá ser um bom aliado para a loira, que agora está por conta própria.
O protagonista masculino de Homeland não deu as caras no episódio. Mas se Brody não apareceu, sua família esteve bem presente no episódio e trouxe algumas questões interessantes. A repercussão dos atos do ruivo foi mostrada no ambiente familiar – a pressão da imprensa, e os conflitos dentro da própria família, especialmente -. E o foco mais uma vez permaneceu em Dana, que não agradou temporada passada. Seria legal ver essa storyline se desenvolver relacionada – mesmo que pouco – à principal, e não permanecer completamente paralela. Senão, ela corre o risco de, mais uma vez (como o namorico de Dana com o filho do vice-presidente), ser somente uma artimanha “tapa buraco” pra completar a hora de episódio.
De qualquer forma, vai ser interessante acompanhar Jessica na difícil tarefa de controlar a família – e sua mãe – , se recolocar no mercado de trabalho e supervisionar Dana – que realmente QUIS se matar. Tudo isso sem o auxílio amigo de Mike, que não apareceu no piloto.
Lembro que ao assistir a primeira temporada, me enlouquecia o fato de ser impossível de saber, conceitualmente, quem era bom/mau e quem era louco ou não. O seriado foi estruturado para tanto, brincando com o público ao não dar certezas. Portanto, como a sua protagonista feminina, pode-se dizer que Homeland é bipolar. As mudanças de humor do seriado são repentinas, deixando sempre os telespectadores em dúvida quanto as ações de seus personagens e quem são os donos de suas lealdades.
Howard Gordon e Alex Gansa continuam a manejar com desembaraço uma série tão complicada como Homeland. Como já dito, o episódio surpreendeu, mesmo sendo calmo. Porém, pode-se ter a certeza que a “calmaria” não durará. Pode-se, inclusive, fazer uma analogia desse ritmo com aquela melhora súbita comum em pacientes antes da morte (aprendi com Grey’s Anatomy). O momento ainda é de águas paradas, mas sabemos que em Homeland, depois da calmaria sempre vem a tempestade. Ela não deve tardar a chegar.
– Menção honrosa para Claire Danes, que nunca decepciona e consegue interpretar com a maior destreza cada pico de humor vivenciado por sua personagem. “F*ck you, f*ck all of you.”
Breaking Bad – Rabid Dog
03/09/2013, 23:01. Mayra Gonçalves
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Uma Guerra Fria acontece entre Walter e Hank. Como coadjuvantes, Marie, Skyler, Saul e Jesse. E entre cenas dramáticas em garagens, surtos completos com um bebê a chorar na potência total de seus pequenos pulmões, e o jantar mais embaraçoso da história, Breaking Bad vinha mantendo uma qualidade quase perfeita nas storylines de seus episódios. Até Rabid Dog. A expectativa era por um episódio em ritmo mais calmo – já que ainda são mais quatro até o final – porém a artimanha não foi muito bem utilizada. Assim, acabamos vendo um episódio maçante e, por vezes, até mesmo incoerente.
Rabid Dog começa com Walter encontrando sua casa vazia e ensopada de gasolina. Logo ele assume que Jesse tenha mudado de ideia, e acredita que pode consertar as coisas com seu pupilo (marionete). Ele quer justificar seu ato com Brock com uma lógica maquiavélica – ou de Grindelvald se você preferir. Walter mostrou, ao longo da série, que ele vai recorrer à violência quando perceber um cenário em sua mente – justificado ou fabricado -, no qual a única opção é eliminar seu oponente. As mortes de Krazy 8, Gus e até mesmo de Gale podem ser colocadas na seção das “justificáveis”. Porém, Mike é, talvez, o exemplo perfeito de como Walter é capaz fabricar justificativas psicóticas para matar alguém.
Apesar de todo o trauma causado em Jesse, os roteiristas ainda querem fazer o público engolir que Walter realmente se importa com o parceiro. Essa história de Jesse ser o último fio de humanidade de Walter somente passa a impressão que querem criar um ponto fraco para um homem extremamente frio e meticuloso. Ora, deve ser difícil ser um traficante de drogas, assassino, psicopata e ainda ter uma bússola moral como defeito.
Talvez tenha sido uma tentativa (falha) de fazer a simpatia crescer em relação a Walter. Enquanto o fizeram visitar seu velho eu nesse episódio, outros personagens foram jogados na área amoral dessa guerra toda. Primeiramente, seguindo a mesma lógica maquiavélica, Hank praticamente se gaba sobre a possibilidade de que ele estaria mandando Jesse para uma armadilha que poderia causar sua morte. Pior ainda, admitindo que a morte de Jesse na verdade seria benéfica para sua causa.
Em seguida, vemos a amoralidade de Skyler. Como dito na review de Buried, talvez Síndrome Estocolmo consiga explicar as suas razões para repentinamente apoiar o marido. Porém, em Rabid Dog, Skyler – ao sugerir que a morte de Jesse é única solução para o problema – pode ser facilmente comparada a Lady Macbeth. Será que ela terá o mesmo fim shakespeariano?
Metástase (do grego metastatis – mudanças de lugar, transferência), em uma explicação simplória, é quando o câncer se espalha. Ou seja, as células cancerosas podem se espalhar a partir do câncer primário e entrar na corrente sanguínea e sistema linfático. Assim, o câncer se espalha a outras partes do corpo. Vince Gilligan já apontou que Breaking Bad é a história de como Walter White foi de Mr. Chips para Scarface. Mas Breaking Bad não conta apenas essa história. Ela também conta a história dos atos de Walter, que como um câncer em metástase, atingiram todos à sua volta. E nessa altura da história, não se sabe se qualquer medida será capaz de salvar os órgãos comprometidos. O organismo está a beira de um colapso total.
Breaking Bad – Confessions
30/08/2013, 21:02. Mayra Gonçalves
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Os dois últimos anos (pelo menos) de Breaking Bad fazem pensar sobre as ações de Walter White. E assim como no episódio Fly, da terceira temporada, (no qual Walter tenta descobrir o momento certo em que deveria ter morrido), somos levados a tentar imaginar um momento no qual ele tenha se tornado o monstro que hoje é. Talvez, o primeiro dominó tenha caído quando vendeu sua parte da empresa Grey Matter – claramente lamenta isso semanalmente quando verifica o preço das ações.
Durante alguns momentos se tem a certeza que Walter está manipulando as pessoas ao seu redor, e em outros há pelo menos a incerteza se suas palavras são verdadeiras ou não. Por exemplo, a terceira temporada passa a impressão que a preocupação paternal de Walter com Jesse é verdadeira. Porém, Confessions talvez tenha tirado qualquer dúvida quanto ainda restar um fio de humanidade em Walter White, ou se Heisenberg reina soberano sobre o homem.
Em um monólogo diabólico, tecendo uma teia através de eventos passados – desde o primeiro passeio juntamente com Hank, sua tentativa de assassinato, Hector Salamanca e a bomba na casa de repouso -, Walter chantageia Hank e Marie ligando-os, circunstancialmente, aos seus crimes. Concomitante à chantagem há a ameaça (além de liberar o DVD) contra suas vidas, ao passo que Walter confessa, indiretamente, todos seus crimes e lhes mostra tudo o que é capaz de fazer.
Ainda, assim como Hank em Blood Money e Skyler em Buried, Jesse foi o personagem de maior destaque nesse episódio. Como o público, Jesse sempre soube que algo estava acontecendo, mas a incerteza ainda era presente em sua mente. Até o momento que semente da dúvida se inflamou e implodiu na psique de Jesse, finalmente (finalmente!), que passa a ver através do véu criado pelas manipulações de Walter.
E em um episódio de grandes monólogos, a dor é o sentimento que guia o monólogo de um Jesse em pânico no deserto, que afasta de si a atuação pseudo paternal de Walter. Depois de quebrar a imagem pomposa que tinha de Heisenberg, Jesse não mais é controlado por ele, e agora encara um dilema: ir embora – e com isso tornar as coisas mais fáceis para Walter -, ou morrer, como Mike.
Prestes a sumir para sempre, uma epifania atinge Jesse como um golpe traiçoeiro pelas costas (voadora). A mágoa e a raiva dentro de Jesse – que confirmou sua crença de que Walt estava por trás do envenenamento de Brock -, o levam a loucura. O vemos quando ele está prestes a queimar o símbolo familiar de Walter, que, ignorante sobre as ações de Jesse, já está amedrontado e prestar a recorrer à violência. Temo, porque sabemos que Walter está vivo no flashforward, mas ainda não vimos nada sobre Jesse.
Confessions teve todos os elementos que tornaram Breaking Bad uma das melhores e mais influentes séries da atualidade. Possivelmente tenha feito isso melhor que qualquer um dos episódios anteriores. Usou humor em um timing correto – na cena do restaurante -, chocou com a genialidade de Walter e o DVD, e emocionou com a storyline de Jesse – e a tremenda atuação de Aaron Paul.
Com cinco episódios para o final, a expectativa está alta, mas não há dúvidas que os produtores vão conseguir realizar o sonho de todos (possivelmente) os showrunners: manter a qualidade e deixar os fãs alucinados do começo ao fim.
Breaking Bad – Buried
23/08/2013, 16:23. Mayra Gonçalves
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Buried foi um ótimo episódio do começo ao fim, não foi completamente calmo (primeiro banho de sangue da temporada), mas também não foi tão explosivo. Na quantia certa de tensão, foi um daqueles episódios necessários para definir o caminho que o final de seriado vai tomar. É hora de encontrar os aliados definir as estratégias de guerra.
E como toda guerra é composta de no mínimo dois lados, vale sempre se lembrar dos marechais em questão, Hank e Walter, que permaneceram parados se encarando quase que em uma briga de quem pisca primeiro, ambos esperando por um pequeno deslize, uma vantagem. E essa vantagem é Skyler, em uma cena clássica do estilo melhor tipo Western, na qual ficamos quase que esperando que alguém sacasse a arma.
E em uma das cenas mais brilhantes de Breaking Bad, Hank – desesperado para conseguir provar que Walter é o monstro que é – busca inocentemente à Skyler, e assim como grande parte do público, ele a subestim,a acreditando que ela é apenas mais uma vítima. Se alguém nesse episódio seguiu o conselho de Walter em Blood Money foi Skyler, ela é inteligente, e apesar de aparentemente estar abalada, calmamente ela descobre até onde vai o conhecimento de Hank, e se existem provas concretas contra ela ou Walter. Percebendo que não, ela escolhe proteger a Walter e a si mesma.
Talvez a Síndrome de Estocolmo consiga explicar os motivos pelos quais Skyler agora permanece ao lado de Walter. Ela, apesar de suas últimas ações, ainda é uma vítima, todos que assistiram ao seriado viram que raiva, jogos de poder e até mesmo agressões sexuais já ocorreram entre o casal. Ainda, se antes Skyler servia como um lembrete de moral dentro do seriado, agora ela está tão manchada quanto Walter (tudo bem, nem tanto). Afinal de contas, além de aceitar as atividades do marido, e ainda teve a ideia de lavagem. Então, neste exato momento, as provas físicas estariam apenas em Skyler. Anna Gunn teve a chance de mostrar nesse episódio uma mulher confusa, iludida, insegura e extremamente ciente dos perigos à sua volta, exatamente como Skyler está agora. E sua cena com Hank foi perfeita para mostrar isso.
Lydia talvez tenha sido a personagem mais consistente da temporada e é impossível não traçar alguns paralelos entre ela e Walter no começo da série. Uma imagem de desespero e ainda a frieza para apagar quem estiver no caminho e ainda uma obsessão pela qualidade do produto. Parece familiar, não é?
Mesmo que todos saibam para onde essa história está indo – flashforwards quase pós-apocalípticos – ainda se tem a questão de como se chega lá e o que acontece depois, portanto é importante esclarecer a história para o público e Breaking Bad fez isso muito bem. Nesse episódio foi possível observar os arcos principais se desenvolvendo paralelamente: Lydia tomando o poder, Hank na sua busca e as decisões de Skyler. Essas porções de transição dos arcos da história são interessantes, mantêm o público sempre atento e não deixam ficar maçante. Os escritores, produtores e a direção fizeram um trabalho brilhante ao manter muito interessante um episódio de pausa entre episódios de tirar o fôlego de qualquer um. Definitivamente, todo mundo está pronto para mais.
OBS:
– Betsy Brandt foi fantástica nesse episódio.
– Enquanto Jesse – mesmo que sem sair do lugar – olha para o céu, Walter está literalmente de cara no chão.
– Lydia, ao tomar o poder, estava vestida de azul, que também é a cor da metanfetamina. Que por coincidência (é mesmo?) também é a cor de Skyler.
– +34° 59? 20.00?, -106° 36? 52”, se alguém já olhou no Google Maps (eu), deu pra ver que as coordenadas são da Albuquerque Studios, onde grande parte de Breaking Bad foi gravada.
Breaking Bad – Blood Money
14/08/2013, 22:52. Mayra Gonçalves
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HEISENBERG era o que estava escrito em amarelo na parede da sala do que um dia foi a casa de Walter White, que hoje (futuro) é apenas ruínas, assim como seu antigo morador que tem uma visão de si mesmo desfocada, destruída e parcialmente consumida pelas sombras. A narrativa não linear complementou um pouco o flashforward do primeiro episódio da quinta temporada mostrando parte do futuro trágico de um homem destruído.
Em seguida, a história retorna exatamente do ponto onde parou, com Hank descobrindo inusitadamente quem era na verdade Heisenberg, e a maneira como reagiu não foi nada menos que perfeita. Nada de impulsos, nenhuma declaração dramática, e sim momentos de absoluto desespero que quase geraram um ataque cardíaco devido ao peso da realidade. Mesmo assim, ele conseguiu angariar forças e certa frieza para analisar novamente todas as pistas do caso Heisenberg, dando ao público um pequeno flashback de toda a história da série através das evidências.
O confronto entre Walter e Hank, um dos momentos mais esperados (e que não deixou a desejar) finalmente aconteceu, e o que se deve destacar aqui é o cinismo tremendo de Walter. Vejam bem, a princípio a cena final do episódio 5×08 gerou nervosismo e euforia, devido à necessidade de se conhecer qual seria seu desfecho. Mas também ficou a sensação de estar fora do caráter do personagem, que sempre tão meticuloso não deixaria uma prova incontestável a mercê. Porém, principalmente nos últimos episódios pode se observar um personagem que acredita ser superior a todos, inatingível em um trono imaginário que o próprio criou, e é sempre nesse momento que por ironia e excesso de segurança, guardas são baixadas e erros são cometidos.
Walter está preso em suas próprias teias de manipulação a ponto de garantir que Mike está vivo para Jesse, e se tentar fazer de vítima usando da artimanha do câncer com Hank que, apesar das tentativas de Walter, alegou já não ter mais ideia de quem ele realmente é. Logo, Heisenberg “aconselha”, melhor, ameaça diretamente: “se você não sabe quem eu sou, haja com cautela”, remetendo a memorável one liner da quarta temporada “Eu não estou em perigo, Skyler, eu sou o perigo”. Todo o reconhecimento do mundo para Dean Norris e Bryan Cranston na atuação dessa cena- que foi uma obra de arte. E para Cranston ainda, um segundo parabéns pela direção impecável do episódio.
Ainda, em contrapartida a Walter está Jesse. A oposição dos personagens foi muito bem tratada na cena com Walter e Jesse postos lado a lado em cores e sentimentos opostos. Enquanto Walter tem uma leveza na expressão, Jesse parece carregar o peso do mundo nas costas. É muito interessante, aliás, comparar o trajeto dos protagonistas ao longo dos anos até o momento atual, Jesse sendo viciado em drogas e marginalizado acabou por ter uma inteligência moral muito maior que a de Walter, que de um simples e pacato professor e pai de família se descobriu um sociopata. Numa sacada genial de Vince Gilligan que, brincando muito bem com os conceitos de moral, obriga o público a esquecer dos velhos conceitos de bem e mal.
É impossível deixar de fora as cores quando se fala em Breaking Bad, e apesar de outras cores e seus simbolismos, o bege foi a cor da vez, remetendo ao episódio cinco da primeira temporada, na festa de aniversário onde a Skyler diz, em uma tradução grosseira, “Eu acho que nós não recebemos o venha de bege” (I guess we didn’t get the beige memo). A cor bege, neutra, representa calma e passividade. Ao contrario do episódio da primeira temporada, no qual Walter e Skyler usavam cores contrastantes e eram os únicos que não usavam bege na festa, mostrando a falta de sintonia do casal, na época, no episódio 5×09 o casal se mostra feliz, sucedido na vida e nos negócios, mesmo que seja somente nas aparências.
Cunhado traído e humilhado, o “parceiro” manipulável, ou a mulher subjugada, o desfecho do arco final que irá guiar ao futuro (cenas flashforward) está nas mãos deles. Até agora, depois do gancho banheiro do episódio oito e do primeiro dos episódios finais, Hank parece ser o escolhido. Seu apelo como um antagonista para Walt ficou claro nos momentos finais de Blood Money. Jesse, mesmo tendo psicológico fraco e sempre correndo freneticamente na roda de hamster de sua consciência, é o personagem que mais foi prejudicado pelas ações de Walter. E ainda Skyler White (yo!) já apontou que alguém tem que proteger a família do homem que a protege. Independente desses personagens e de suas motivações, as cenas flashforward da abertura formaram inúmeras questões, como exemplo: para que ricina quando se está munido de metralhadoras?
Em Live Free or Die um homem solitário que sofre com a perda de sua família e em Blood Money um homem imponente apesar de sua aparência. Se separar Walter White e Heisenberg fosse possível essa seria a melhor representação das personalidades individualmente, ainda, apesar do primeiro flashforward, a sensação que se tem é que Walter White já se foi há muito tempo, ficando apenas Heisenberg e seu orgulho quase que terrorista. Deixando uma única certeza ao público: não haverá redenção para o personagem, já que nem o mesmo a busca.
Person of Interest – Relevance
07/03/2013, 14:18. Mayra Gonçalves
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O episódio começa diferente em tudo, é interessante ver que os produtores confiam que os telespectadores podem sim acompanhar a storyline que está sendo construída ponto a ponto.
Relevance a princípio foi bem confuso, eu sabia da participação de Sarah Shahi e alguns poucos aspectos sobre a personagem, mas jamais imaginaria que ela ganharia um episódio só seu, deixando os personagens principais com meia dúzia de cenas. Acho muito interessante em Person of Interest a mutação que a série sofre, o seriado já encontrou a receita do sucesso que reflete nos índices de audiência sempre altos, mas os produtores não se contentam e sempre adicionam algum ingrediente para incrementar o sabor. O medo de ousar não existe, o que é existe é a confiança no intelecto de seu público.
O episódio mostra como funcionam as coisas quando os números são relevantes, como o Governo age com a Máquina, então conhecemos Cole e Shaw, os equivalentes a Finch e Reese do outro lado da moeda. A princípio achei que o episódio seria todo sobre eles, acredito que metade do episódio se passou até que descobríssemos que Cole e Shaw, além de trabalharem pra Máquina, também tiveram seus números apontados para Finch e Reese.
Traídos pelo governo, na verdade pelo Pennsylvania Two, Procurador Especial dos Estados Unidos, Shaw e Cole foram emboscados e Cole acabou morto. Shaw, por outro lado, com o sacrifício do companheiro, conseguiu se salvar e recusou a ajuda de John com alguns tiros, o que depois gerou a cena engraçadinha do episódio, em que Reese pede que Shaw não atire nele novamente.
E pra complicar só mais um pouco a história, Root apareceu novamente com todo seu plot de libertação da máquina. Fico me perguntando o que vai acontecer quando ela atingir seu objetivo, porque a Máquina já tem um certo nível de liberdade, eu, pelo menos vejo a Máquina como um ser de inteligência artificial, mas ela ainda tem limitações programadas por Finch, como por exemplo, o fato dela não apontar nunca seu número. Root aparentemente não quer poder, mas as vezes eu sinto que esse plano de libertação dela só geraria uma ditadura no melhor estilo Big Brother (1984).
Obs: Shaw aparenta ser uma personagem interessante, só que sinto que algo faltou. Acredito que essa feição de pessoa sem emoções não combine muito com Sarah Shahi, ou estava tão acostumada com Kate (Fairly Legal), que foi estranho vê-la como alguém que beira a psicopatia, como a personagem mesmo admitiu durante o episódio.
Obs 2: Carter e Fusco só apareceram pra ninguém falar que eles não deram as caras. E Leon é o faz tudo dessa equipe. Gosto do personagem, pode voltar por mais episódios.
Obs3: Daniel Aquino tinha um quadrinho amarelo e foi morto por Shaw. Não sei se vocês perceberam que os quadrinhos amarelos são para as pessoas que sabem da existência da máquina, brancos para os que não sabem da existência da Máquina, e os vermelhos para as ameaças.
Obs4: Desde que a Stanton fez aquele upload quadros azuis com números aparecem nas câmeras. Será que foi um vírus que infectou até a Máquina?
Obs5: É possível, se vocês quiserem, ligar para o número (917 – 285 – 736) que o Finch passou para a Shaw no episódio. O resultado é esse:
Person of Interest – One Percent e Booked Solid
18/02/2013, 10:33. Mayra Gonçalves
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Depois de uma série de episódios que traz a tona nossos TOCs, é de praxe que Person of Interest dê aquela estacionada no drama, e mostre episódios mais tranqüilos, mas não menos interessantes.
One Percent foi um episódio bom, filler, divertido, e ainda pudemos ver alguma coisa sobre o passado de Finch.
O caso da semana trouxe a história de Logan Pierce, fundador de uma empresa de social network, Friendczar. Sim, o episódio foi no melhor estilo de The Social Network e se você já viu o filme o final acaba sendo meio previsível (Não assisti ao filme, acabei prevendo do mesmo jeito). Enfim, esse acabou não sendo o ponto interessante da storyline, mas Longan foi um presente para o episódio. O rapaz bilionário é aquele tipo de pessoa que se perdeu durante o caminho que percorreu para conseguir seu patrimônio, e é claramente uma pessoa sozinha, mesmo sempre estando cercado de seus amigos e inimigos; e sem amor próprio. Era evidente que ele não se importava com sua própria segurança, a falta era tamanha que Reese foi capaz de abandoná-lo.
O que mais eu gostei sobre Logan foi sua curiosidade. Ele, como a maioria das pessoas de interesse, não aceita que um homem de terno apareça de repente e sua vida dizendo “ok, eu vou te salvar”. Pierce ficou intrigado com a situação e se arriscou indo atrás de Reese e Finch só para saber da motivação deles. Isso provavelmente quer dizer que essa não será a única vez que veremos esse personagem, ele é inteligente e tem recursos, deve retornar em outras circunstâncias, espero ansiosa.
A adição de Carter e Fusco foi um grande componente para o seriado, traz uma boa dinâmica, mas a participação deles nesse episódio foi pouca. No entanto, parece que foi o ponto inicial de um problema futuro. Carter, sempre dentro da lei, ou sempre tentando pelo menos, está encarregada de descobrir quem é o assassino, que no caso é Fusco. Lionel, que diferente de Carter, não tem a moralidade como um atributo forte, tenta até conversar com Joss, sem muito sucesso já que esta garante que vai prosseguir com a investigação não importando qual seja o resultado. Fiquei um pouco chocada com a resposta de Carter já que ela já teve o pescoço salvo por Fusco por pelo menos duas vezes, e ela não foi ao menos capaz de ouvi-lo. Person of Interest tem fraco por esses embates de moral e outras virtudes, como, nesse caso, a lealdade.
Sem querer, um dia desses, acabei revendo o sexto episódio da primeira temporada, onde há uma cena de Finch conversando com Reese sobre como eram as coisas antes de seus caminhos se cruzarem, de como Finch sofria com a culpa de não poder fazer algo sobre os casos julgados irrelevantes. E os flashbacks de One Percent mostraram que a princípio as coisas não eram bem como descritas por Finch, na verdade a pessoa que era assombrada por esses números era Nathan, sócio e amigo de Finch, que tentou salvar uma das pessoas, e mesmo que o episódio não tenha mostrado, pode-se supor que foi dessa maneira que Nathan morreu e deu origem à motivação de Finch.
Já Booked Solid foi o episódio padrão pra quem gosta de muita ação, foram poucos os momentos do episódio que a calmaria dominava, ainda assim, um episódio tranqüilo de se assistir comparando-se com o último arco de Reese e Donnelly.
Mira Dobrica, uma camareira em um hotel, refugiada da Guerra de Kosovo. Mira testemunhou um crime de guerra onde sua família foi executada. Para protegê-la, Finch e Reese começaram a trabalhar no hotel, com direito a uniforme e piadinha sobre o terno de Reese, e essa foi a graça do episódio, já que achei que a trama desse episódio poderia ter sido desenvolvida um pouco mais. O assunto era interessante, mas não foi tão bem aproveitado como de costume, e, certo que é ficção, mas aquela cena do assassino e Mira na delegacia foi muito, mas muito surreal. Não gostei, achei forçado.
O que me agradou foi a maior presença de Fusco e Carter nesse episódio. Fusco que foi essencial para Reese no hotel e a habilidade que Lionel mostrou contra os dois assassinos foi surpreendente, o detetive aprende rápido. Já Carter foi colocada novamente na trama de entrar para o FBI, reforço que se ela entrasse para a organização seria uma grande adição pra o plot, mas novamente não foi dessa vez, e culpa foi de seu affair. Carter descobriu da pior maneira que o bom moço, não é tão bom assim. E eu acreditando que era Fusco quem iria abrir os olhos dela.
Esse episódio foi marcado pelo retorno de alguns personagens. Primeiramente vamos falar de Hersh, lembram dele? O capanga do Pennsylvania Two, um dos oito membros de uma organização do Governo Americano que tem conhecimento sobre a Máquina (No Good Deed), Hersh não me agrada em nada, a contribuição dele pro episódio foi a luta eletrizante contra Reese, mas mesmo com uns vinte minutos de vida ele não torceu nem o nariz, que falta de expressão.
Quem voltou também foi Zoe, minha querida, que mais uma vez foi muito mal aproveitada, mas nesse episódio foi exagero, imagino se não foi de propósito, como ela mesma diz, ela está sempre a trabalho e não ficou claro porque ela estava no hotel. Mas não deixei de me maravilhar, ou surtar mesmo, com sua participação. Parece que ela e John dessa vez foram mesmo, o episódio não mostrou nada, mas ficou a insinuação, e o que surpreendeu foi que a iniciativa veio de John, todo faceiro, muito diferente do John do começo da série que estava sempre sério. Na minha versão da história a suíte da cobertura foi bem aproveitada. Peço desculpas, sou shipper a tietagem é maior que eu.
E para fechar muito bem um episódio que estava mais ou menos pelo caso da semana quem voltou foi Root que está trabalhando para Pennylvania Two, e está caindo nas graças do “coitado”. Root está praticamente com acesso a Maquina. Será que ela vai conseguir atingir seu objetivo de libertar a Maquina?
PS.: Finch tem dinheiro o suficiente pra deixar Reese jogar 10 milhões de dólares pela janela, me adota?
PS.2: Atenção fãs da finada Fairly Legal, no episódio da semana que vem a personagem de Sarah Shahi nos será apresentada
Person of Interest – Dead Reckoning
07/02/2013, 10:19. Mayra Gonçalves
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O episódio começou diretamente do final do passado, e teve o número de Donnelly sendo apontado pela máquina. Só que, como vimo, nada acabou bem. Kara, a ex-parceira de Reese, jogou nada menos que um caminhão em cima do carro, em seguida matou Donnelly e sequestrou Reese. Enfim a storyline de Donnelly foi finalizada, de maneira rápida e precisa, mesmo assim sinto que algo tenha faltado, mas como Person of Interest está longe de seu fim, acredito que o jeito que acabou foi o melhor, pelo menos por enquanto. Interessante foi ver que o FBI acredita mesmo que o Homem de Terno está morto, e que Donnelly estava desacreditado pelo FBI por conta de sua obsessão. Mas, como disse, a storyline ficou meio incompleta, digo, havia várias maneiras de detectar que Carter estava no acidente, muito mais que o brinco que Fusco recuperou, este que praticamente virou o anjo da guarda de Carter, mas ela continua ilesa e despercebida, mesmo estando envolvida até o pescoço.
Esse episódio serviu para responder muitas perguntas em relação à Kara e tudo foi muito minucioso, tivemos até flashbacks de episódios antigos pra lembrar os acontecimentos entre John e Kara, para não ter ninguém perdido na história. Stanton acabou sendo salva por aqueles que ela já fora contra. Também conhecemos suas razões, ela aparentemente trabalhava para o grupo chinês unicamente em troca do nome do mandante da missão que destruiu sua vida, pessoa esta que é ninguém mais ninguém menos que Harold Finch, não sei vocês, mas não fui pega de surpresa pela revelação, já esperava isso desde o Foe (1×08), bem, eu pelo menos imaginava que o laptop estava relacionado à Machine, mas ainda acho difícil acreditar que Finch mandaria matar Reese e Stanton. Estou curiosa sobre qual será a reação de Reese quando esta informação chegar aos seus ouvidos, não é nem questão de “se” e sim de quando, acredito que logo os escritores usarão esse plot como um teste de confiança pro relacionamento entre Reese e John. Sabemos que Reese foi incapaz de matar Kara, mesmo que suas ordens fossem outras, talvez esse tenha sido o motivo pelo qual John fora recrutado por Harold, sua lealdade.
E cada vez mais Person of Interest é Team Machine against The World, conhecemos, também, nesse episódio uma organização chinesa, em que o líder não é chinês, que era para quem Kara estava trabalhando, havia especulado em reviews anteriores sobre os empregadores de Kara, se eles seriam alguém que nós já conhecíamos ou outro “vilão”, que não sabemos as motivações, sabemos que está tudo relacionado à Machine, mas por que? O realmente era aquele upload feito? Seria um meio de tomar o controle da Machine? Se for isso, pra uma máquina secreta, tem muita gente sabendo dela já.
Lembro que uma vez cheguei a comprar Person of Interest com Minority Report, e sinto que a cada episódio que passa, a série segue mais esse caminho, os casos da semana raramente são fillers, ou seja, estão sempre contribuindo para o desenvolvimento do plot da temporada. Não sei se vocês chegaram a reparar, mas não houve a menção de um novo número, além do de Donnelly, que já havia aparecido no final do episódio anterior. Dead Reckoning foi inteiramente focado em Reese e as conspirações de PoI, e não deixou quase nada a desejar. Person of Interest está em constante desenvolvimento, e sempre ficando melhor.
Menção honrosa à Mark Snow que fez o que eu definitivamente não esperava, a cena de Reese e Finch no telhado foi tão envolvente que quase me esqueço que Snow estava no episódio e vestido de maneira bombástica (ba tum tss). Mark fez Kara provar do próprio veneno, parece que a megera foi mesmo dessa vez.
Ps1: Bear e Reese esbanjando fofura.
Ps2: Fusco tem potencial maior que só que o toque de humor na série, mas ele reclamando de subir 21 andares foi engraçado.
Ps3: Tudo bem que foi pra manter a storyline linear, mas estamos em 2013, PoI.
Ps4: A preocupação de Carter com Reese impressiona, mas ainda sou shipper de John e Zoe.
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