TeleSéries
The Crazy Ones – March Madness
02/04/2014, 09:00. Gabi Guimarães
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Sláinte… Happy Paddy’s Day!
Dia de São Patrício, santo padroeiro da boa e velha Irlanda. Todos os anos, no dia 17 de março, o mundo comemora o seu dia em grande estilo: a data é sempre regada a doses generosas de diversão e muita, mas muita bebida. A ocasião era comemorativa, mas o episódio foi – na melhor das hipóteses – morno, e as notícias para nós, fãs da série, não são nada boas.
Com uma queda bastante significativa na audiência desde a sua estreia em 2014, The Crazy Ones já representava a comédia de menor audiência da CBS. Como se não bastasse isso, o canal renovou de uma tacada só nada menos que 18 de suas atrações no mês passado. The Crazy Ones não era uma delas. Enquanto isso, Mom – série de Chuck Lorre (Two and a Half Men e The Big Bang Theory) –, também estreante e sua concorrente direta na batalha pela renovação, garantiu sua segunda temporada. Sendo assim, o cancelamento da nossa querida série é quase certo. Mais do que isso: é iminente. Grande parte dos sites de análise de audiência já dão o seu cancelamento como garantido. Uma tristeza, especialmente em se tratando de um show tão inteligente e ainda com tamanho potencial não explorado. Resta-nos apenas, portanto, rezar por um milagre (quem sabe um novo canal?).
O episódio em si, March Madness, parece ter sido um pouco “contaminado” pelo sentimento geral de desânimo em relação ao futuro da série. Não chegou a ser um episódio de todo ruim, é verdade, mas deixou bastante a desejar.
Mais uma vez, a campanha publicitária da vez foi relegada a segundo plano, sendo preterida pela visita inesperada das 548652148651489 irmãs de Andrew. Ok, ok… São “apenas” 6. Conheçam as irmãs Keneally, apresentadas “por ordem de influência”: Katherine, Elaine, Eilleen, Ellen, Helen e Molly. E elas estão empolgadíssimas para celebrar o Dia de São Patrício em Chicago com seu irmão publicitário. (E, para azar de Sydney, todas elas também sabem que ela “é boa demais para sair com o Andrew”.)
“Por que eu teria um problema com um feriado que transforma a cidade toda em uma festa de bêbados?” – Simon
“Molly, traga a cerveja. Não queremos que ninguém a tome!” – uma das irmãs Keneally (como saber quem é quem?)
Isso não seria um problema se a data não fosse um completo tabu na Lewis, Roberts & Roberts. Nada de shamrocks, leprechauns ou cerveja verde ao som de Danny Boy para o pessoal da agência. O assunto é estritamente proibido, pois Simon – o poderoso chefão – é um ex-alcóolatra (alguém lembra desta revelação lá nos primórdios da temporada?), e tem péssimas lembranças sobre o fatídico dia. Mas, apesar de todos os esforços de Andrew, as mulheres da família Keneally não perdem uma única oportunidade de esfregar o feriado e todos os seus preparativos para o desfile na cara dele. E não é só isso: elas pretendem transformar a agência em um pedacinho da Irlanda, um leprechaun de cada vez.
Na primeira noite de festas, a ressaca é geral, exceto para a família Keneally, tipicamente irlandesa – o que parece ser sinônimo de “alta tolerância ao álcool”. E enquanto Syd tem uma ressaca típica dos Roberts, pobre Zach!
“Como deixaram ele beber tanto? Vocês são umas cachaceiras. Ele é apenas um publicitário com um fígado humano.” – Andrew
“Não quero ir para a escola, mãe!” – Zach
Não bastasse o porre homérico, as irmãs de Andrew “estragaram” Zach e seu rostinho bonito. Com um olho estourado (que diabos era aquilo?), todas as suas tentativas de ser charmoso tiveram o efeito contrário, e a agência acabou perdendo uma campanha.
Mas a gota d’água foi o roubo do robô de Simon pelas irmãs pegajosas e pinguças. A missão agora era extinguir o dia 17 de março do calendário da agência e fingir que ele nunca aconteceu e nunca mais acontecerá. Nesta operação de extermínio, dão um sumiço na boia em forma de trevo que Andrew estava preparando para uma campanha de caridade em uma escola de arte para crianças carentes. Com um padrinho como Kareem Abdul-Jabbar – em uma participação minúscula, porém especialíssima – e a intenção de chamar o grupo de “Crianças Carentes do Simon”, como o Mr. Roberts poderia ignorar São Patrício e uma campanha tão nobre? E lá vai ele para a “caverna da boia”, operada pelos leprechauns, que “não são sindicalizados”.
Como a indústria dos leprechaun não existe (!), sobra para a nossa amada equipe a tarefa hercúlea de montar uma nova boia em forma de shamrock… Em 10 horas. Missão impossível: sim ou com certeza?
Enquanto isso, a campanha para o “Krispy Kreme” corre sérios riscos quando o cliente não consegue encontrar a garota propaganda perfeita para o slogan: “Eles são bons quando estão quentes”. Nas palavras de Zach, quão difícil pode ser encontrar uma garota magra e linda que goste genuinamente de rosquinhas?
O cliente quer uma garota que seja “normal” e que tenha o “pacote completo”. E a encontra em Sydney. E depois em Lauren, criando um incidente quase diplomático. Syd tenta levar a coisa toda na esportiva, afinal, “a decisão final é do cliente”, mas fica claro que seu ego ficou gravemente ferido. Mesmo assim, ela decide ajudar Lauren, dando-lhe preciosas dicas sobre como se portar diante das câmeras. E recompensando-lhe com doces quando utilizava a “entonação certa”. Ou coisa parecida.
Lauren é obviamente demitida quando tem uma baita “sugar rush” – não sei que outra expressão poderia descrever melhor tamanho fiasco – no meio da gravação do comercial. Condicionada por Syd como um cachorrinho em processo de adestramento, Lauren só conseguia dizer suas falas com o incentivo de um doce. Ou dois. Ou vinte e cinco. Mas… Quem estava contando?
No fim das contas, o problema de Simon com o dia de São Patrício nada tinha a ver com a bebedeira e seu vício – afinal, como bem apontado por Andrew, há tantos outros “feriados bêbados” por aí! –, mas sim com um sentimento de perda. Dezessete de março costumava ser um dia de camaradagem e desapego para ele. Muito embora sua vida ainda seja repleta de ambos, Mr. Roberts sente falta de um tempo que não volta mais, em que a cidade de Chicago inteirinha dividia esse sentimento com ele. Foi um momento bonitinho e bastante poético, mas que não foi o suficiente para salvar March Madness.
Quem heroicamente salvou o dia, no fim das contas, foram as irmãs de Andrew, que apareceram para controlar o estrago – moral e material – que causaram, ajudando a remendar a tal boia para as crianças carentes – e o ego ferido de Simon. A boa ação foi bem-sucedida, deixando Simon orgulhoso, mas a sensação que ficou foi a de que algo faltou para fazer o episódio funcionar.
“Uma vez eu dei um beijo de língua em Wolf Blitzer.” – Simon
Whaaat?
The Crazy Ones retorna de seu hiatus nesta quinta-feira, 3 de abril, com os 4 últimos episódios desta que provavelmente será a sua primeira e única temporada. Conforme anunciado pela CBS, a season (series?) finale irá ao ar no dia 17 de abril nos EUA, com um episódio duplo, o que só confirma a previsão de que o pior está mesmo por vir. Eu espero do fundo do meu coração que estes episódios restantes façam valer a pena. Salvem The Crazy Ones! Rezemos!
Até a semana que vem!
Nashville – We’ve Got Things To Do e Your Wild Life Is Gonna Get You Down
31/03/2014, 22:30. Gabi Guimarães
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Metendo os pés pelas mãos. Bem-vinda de volta, Juliette!
Muito aconteceu nos dois últimos episódios de Nashville. A ida de Juliette para a Highway 65 finalmente se concretiza, mas essa enorme transição em sua carreira não poderia ser tão simples e descomplicada…
Juliette está ansiosa para colocar a “mão na massa”, mostrar serviço, gravar um novo álbum o quanto antes, e contar ao mundo que ela agora é oficialmente uma artista da Highway 65. Mais do que isso: Juju quer mostrar ao mundo que está de volta, firme e talvez mais forte e centrada do que nunca – afinal, “don’t put dirt on my grave just yet”. Sua associação com Rayna certamente será benéfica e pode trazer parte de sua base de fãs debandada de volta.
Ninguém pode culpá-la por isso; sua ansiedade é compreensível. Mas… Juliette continua sendo Juliette, e como diria aquele velho ditado, velhos hábitos nunca morrem. Paciência e cautela nunca foram seu ponto forte, e não seria diferente agora. Então, ao invés de acatar a estratégia proposta por Rayna e manter-se por mais algum tempo longe dos holofotes para ter tempo suficiente para gravar um novo álbum digno de seu talento – além de permitir à Rayna anunciá-la no momento certo como o novo reforço da Highway 65 –, Juju fica enfurecida pela atenção que Scarlett vem recebendo na festa que antecede o show de Rayna no Grand Ole Opry e, claro, mete os pés pelas mãos.
“Eu deveria saber que o meu contrato com a Highway 65 incluiria uma ordem de silêncio.” – Juliette
Impulsiva, sobe no palco e anuncia por conta própria a sua contratação, arruinando todo o planejamento da gravadora. O tiro sai pela culatra, claro – afinal, o mundo country ainda não a perdoou –, e não resta nada a uma furiosa Rayna a não ser controlar o prejuízo. Convida Juliette para um dueto em sua grande noite no Grand Ole Opry, mas fica claro que ainda é cedo para o retorno triunfal de Juju.
Esse lado de Juliette me irrita profundamente, confesso. Muito embora a personagem tenha evoluído absurdamente desde o início da série, atitudes como essa me fazem perder um pouquinho a paciência (e a fé). Por outro lado, acredito também que uma recaída de vez em quando é parte inevitável desta longa jornada de Juliette rumo à sua humanização. Mudanças tão significativas não ocorrem da noite para o dia, e eu continuo acreditando na versão “aprimorada” da personagem que nos acostumamos a ver nesta 2ª temporada.
Seu relacionamento com Avery também sofreu nestes dois últimos episódios, e, ao que parece, a “culpa” é de Scarlett. Depois do fiasco com Liam, a moça ainda não se sente à vontade ou mesmo preparada para trabalhar com um estranho. A ideia de trazer Avery para a produção de seu álbum foi genial, afinal, eu sempre acreditei que o relacionamento entre os dois era muito melhor como uma parceria musical, nada mais. Além disso, foi bacana ver Scarlett dar uma oportunidade tão bacana ao seu ex-namorado, reconhecendo o seu enorme talento como produtor. Mas… e Juliette, como fica?
Enciumada e insatisfeita, claro. Afinal, Avery fez um escarcéu e ficou extremamente ofendido quando ela lhe ofereceu posição semelhante em seu contrato com a Edgehill. Se ele não aceita ficar à sombra de Juliette, parafraseando suas próprias palavras, por que diabos agora ele não vê problema nenhum em fazer o mesmo por Scarlett? Coerência manda lembranças, Avery. Juju está coberta de razão. No lugar dela, quem não sentiria o mesmo?
Ele perde o retorno triunfal da namorada, em nova turnê que busca reconquistar seu público cativo, e não pode comparecer à festa pós-show, pois está compondo com Scarlett. A mesma Scarlett, inclusive, que agora é responsável pelos shows de abertura desta turnê. Juliette, claro, se vinga da única maneira que sabe: descontando toda a sua frustração em Scarlett, que, por sua vez, está cada vez mais dependente de suas misteriosas pílulas. Um ciclo vicioso sem fim…
Em uma cena bastante emocionante, Scarlett confessa à Juju aquilo que todos nós já estamos cansados de saber: que ela não queria fazer parte dessa turnê e que gosta apenas de fazer música, mas não de todo o resto que inevitavelmente vem com uma carreira musical. Ela não se encaixa naquela vida, e não faz mais o menor esforço para disfarçar seu descontentamento. Constata que todos os seus amigos seguiram seus próprios caminhos sem ela, e que está muito infeliz com o rumo que sua vida está tomando.
Gostei muito da cena entre as duas, justamente porque ambas não poderiam ser mais opostas em matéria de atitude e personalidade. Juju, portanto, não estaria disposta a ouvir passivamente todas as reclamações de Scarlett sem, em troca, lhe jogar toda a verdade na cara. Enfim, alguém nesta série se dignou a dizer à Scarlett o que ela precisava ter ouvido já há muito tempo: é exatamente esta dor, esta angústia e esta agonia que a tornam uma artista tão especial. Se ela perseverar, será uma grande cantora. Então, nas palavras de Juju, Scarlett está sem sorte: não será demitida de sua turnê. Foi um recado dado em alto e bom som: “seja forte, engula o choro, e pelo amor de Deus, ao menos uma vez faça um esforço para perceber o tamanho da oportunidade que está tendo.”
“Juliette Barnes me pediu para vir até aqui e fazer bastante barulho para vocês. Mas eu sou o tipo de artista que prefere sussurrar.” – Scarlett
Mas depois de tantas e tantas semanas apenas reclamando de Scarlett, hoje eu tenho que dar o braço a torcer um pouquinho, e elogiar a sua atitude desafiadora. Sendo o pivô da briga entre Juliette e Avery, Scarlett sequer dá ouvidos à Juju e inicia seu show tocando justamente a música nova que ela a havia proibido de tocar. E é disso que eu estou falando: por onde anda esta Scarlett no resto do tempo? Em todas as outras áreas de sua vida? Com isso, Scarlett prova que é, sim, uma mulher forte, capaz de lutar suas próprias batalhas e por seus sonhos, e eu me recuso a acreditar que este seja apenas um efeito colateral das tais pílulas. Por que não podemos ver mais desta Scarlett? A julgar pelo final do último episódio, sabemos que o arco de seu vício – de fato, o único legado de Liam – está longe de acabar. Muito pelo contrário: acredito que ele chegará ao seu ápice apenas no final desta temporada, e isso me deixa com muita preguiça da personagem.
Avery e Juju, por outro lado, também tem uma franca conversa sobre seu relacionamento em outra cena muito tocante. Na hora da verdade, Juliette confessa seu maior medo: o de, mais uma vez, ser magoada pelo amor. Perdidamente apaixonada por Avery, ela sabe que seu coração está nas mãos dele, e isso a deixa aterrorizada.
“Eu confio em você. O que me deixa com ainda mais medo. Você tem o meu coração. Você é capaz de me destruir.” – Juliette
Com a promessa de Avery de que ele jamais faria isso, a paz volta a reinar para Juvery. Mas ver Juliette capaz de ponderar de forma tão madura sobre seus fantasmas me faz ter uma esperança ainda maior – no casal, e também na personagem.
Enquanto isso, Rayna, que há muito estava apagada na trama da série, enfim, volta a fazer jus ao seu status de protagonista. Com um foco maior nos arcos “musicais” da trama, Rayna volta a brilhar. Mas isso não significa que sua vida está livre de dramas, às vezes bastante desnecessários (sim, Luke, estou olhando para você).
Maddie chegou de vez à adolescência e, para provar que não é mais apenas aquela menininha talentosa que conhecemos no início da série, ela resolveu se rebelar. Quer seguir a carreira da mãe, mas – vejam só – isso vai contra todas as vontades do pai. Incrível como Teddy consegue ser insuportável e sofrível até quando tem lá um certo fundo de razão. Fiquei bastante surpresa com sua atitude de pedir a ajuda de Deacon nessa questão, mas de nada adiantou. Ele não está errado em querer que Maddie se dedique mais aos seus estudos. Até porque, tudo indica que seu desempenho escolar está sendo prejudicado por sua obsessão pela música. Há que se encontrar um equilíbrio entre as duas atividades, e é aí que Teddy falha miseravelmente.
Sua intransigência ainda vai lhe trazer uma enorme dor de cabeça. Rayna fica ali, no meio da guerra entre pai e filha – e Deacon! –, mas tenta mais uma vez ser uma boa mãe ao ficar ao lado de Teddy desta vez. Inclusive, tenta preservar a filha da imprensa e da curiosidade do público, deixando-a – junto com Daphne – sempre à margem dos holofotes. E isso sempre funcionou muito bem para a família Conrad. Até agora. Maddie cresceu e, como poucos na sua idade, sabe muito bem o que quer da vida. Controlar a sua exposição será um desafio e uma tarefa muito mais árdua a partir de agora, pelo simples fato de que ela quer se expor. Prova disso é o vídeo que a menina posta no youtube usando o sobrenome de Deacon. Confusão certa num futuro próximo, claro.
O vídeo que o filho de Luke gravou e colocou nas redes sociais pode até ter sido deletado logo em seguida, mas o estrago já estava feito. Que consequências esta (não tão) indesejada exposição de Maddie trará? Por mais que queira seguir uma carreira na música e tenha talento de sobra para isso, ela ainda é uma menina ingênua e com certeza não ponderou sobre as consequências de seu pequeno ato de rebeldia. Como “Maddie Claybourne”, a história não vai demorar a sair do controle, e o mundo logo saberá a identidade de seu verdadeiro pai. Fácil prever que muita gente vai acabar magoada nessa história, inclusive – e talvez principalmente – a própria Maddie.
“Decon é o meu passado. Você é o meu presente, e espero que também o meu futuro.” – Rayna
O que eu não entendi até agora foi o motivo do “chilique” de Luke. Ciúmes, talvez? Ele descobriu que Deacon é o pai de Maddie, ok. Foi pego de surpresa e completamente desprevenido. Mas sério mesmo que ele vai ficar brabo por – finalmente – ter entendido o “por que de Deacon estar sempre presente”? Rayna e Deacon tem uma história, um passado – que, inclusive, é de conhecimento público. Ele, portanto, sempre soube disso, e, até agora, gostava muito de Deacon, inclusive oferecendo-lhe uma oportunidade em sua turnê. Por que esse retrocesso agora? Por que tratar Deacon com frieza – e pior: esperando que Deacon entenda o motivo para tanto? Ah, Luke…
O fato de Will Chase, intérprete de Luke, ter sido promovido ao elenco regular da série (juntamente com Oliver Hudson e seu Jeff Fordham) me preocupa bastante. Isso porque, ainda que ele seja o atual interesse amoroso da nossa protagonista, até agora, vejo o personagem como um dos mais avulsos da série, sem muito propósito e sem dizer muito a que veio (a não ser colocar um obstáculo entre Rayna e Deacon). Na minha opinião, como acontece com tantos outros personagens nesta temporada, ele se destaca apenas quando está em cima dos palcos.
Falando em Deacon, sua vida continua uma grande montanha-russa, cheia de altos e baixos. Sua carreira solo vai bem, ele ganhou uma posição de destaque na turnê de Luke, e ouviu Maddie chamá-lo de pai pela primeira vez (confesso que suspirei nessa cena). Mas, como nem tudo são flores, o outro lado da moeda veio como uma porrada na boca do estômago quando ele descobriu a infidelidade de Megan.
Teddy bem que merecia aquele soco não dado. Mas Deacon provou mais uma vez ser uma pessoa melhor do que isso. Magoado, quer ver Megan pelas costas.
“Por que você ainda está aqui? Estou cansado de ser salvo.” – Deacon
Megan fica preocupada com o descontrole emocional de Deacon ao vê-lo completamente transtornado, mas… Sério mesmo? Megan, querida, você deveria ter se preocupado com Deacon há pelo menos uns dois episódios, quando decidiu que transar com Teddy seria uma boa ideia. #ficadica De que adianta essa preocupação toda agora? Para mim, o nome disso é culpa, e apenas isso. Deacon já passou por coisa muito pior na vida, e não vai deixar que essa história o leve novamente para o fundo do poço. O que vocês acham? Veremos.
E eis que Will Lexington se casa com Layla. Zzzzzzz… Dizer que este arco já deu virou eufemismo, pleonasmo vicioso, insira-aqui-a-figura-de-linguagem-de-sua-preferência. Nada neste casal funciona. Mesmo as tentativas de humanizar Layla, com todo aquele drama de meus-pais-não-aceitam-este-casamento, saíram pela culatra. O público de Nashville merece mais do que isso. Não gostamos e não aceitamos a personagem justamente pelo retrato que nos foi apresentado desde o começo de sua participação na série. E quem pode nos culpar? Ela não tem nenhum carisma, talento, e NINGUÉM torce por ela.
Minha paciência também se esgotou com Will há tempos. Fui ingênua o suficiente para acreditar que sua tentativa de suicídio o salvaria, que seria suficiente para fazê-lo enxergar que suas atitudes e pensamentos estavam muito errados. Achei que aquele seria o início de uma linda jornada de auto-aceitação. Eu não poderia estar mais errada. Tenho pena do Gunnar. Quantas vezes ele já tentou mostrar a seu amigo que as coisas não são bem por aí?
A homossexualidade de Will se esfrega nos olhos de quem quiser ver, inclusive nos de Jeff Fordham, que há tempos questiona a sexualidade de sua nova estrela. Gunnar escolheu ser leal à seu amigo, mas… Quantos outros Brents existem na vida de Will? Ele acha mesmo que essa sua história vai acabar bem? Até quando?
A única coisa bacana foi ter Brent de volta como empresário de Layla, completamente fracassada depois de ser demitida pela Edgehill. A estupidez de Will em breve vai voltar para morder a sua própria bunda, e ele só tem a si mesmo para culpar.
Para terminar, o que dizer de Gunnar, Zoey, Avery e sua (quase) banda? Sinceramente, não consigo pensar em nada para dizer além de: não entendi nada. Gunnar, teoricamente aquele que tem a carreira mais estável entre os três, era também o mais comprometido em fazer aquela banda linda dar certo. Com a inexplicável recusa de Avery em fazer parte daquilo, nosso compositor favorito sequer conseguiu o apoio de Zoey… Também inexplicável. Então você faz um bom teste para backing vocal de uma banda e, antes mesmo de saber o resultado, se desfaz de todas as outras oportunidades de trabalho? Como assim, Zoey? Tá aí, um arco que começou bem, mas parou de fazer qualquer sentido para mim, pelo menos por enquanto…
Com a negativa de seu teste, Zoey volta à estaca zero. Mas… O que isso significará para a banda? Eu sinceramente espero que esta história não morra, porque é o único arco decente de que Zoey participou até hoje. Aqueles três são infinitamente melhores como colegas de banda do que como “amantes”. Será que Avery vai dar o braço a torcer? Espero que sim.
A promo do episódio desta semana mostra que o final de temporada promete para todos. O que podemos esperar deste novo escândalo? Preparados para esta reta final?
A boa notícia é que Nashville passa a respirar um pouquinho mais aliviada quando o assunto é renovação. Os números da série, em si, não mudaram em quase nada (no último episódio, registrou 5.19 milhões de telespectadores e 1.3 na demo), mas, diante da queda significativa nos números de tantas outras séries da ABC, os sites de análise de audiência, de maneira geral, passaram a considerá-la como “provável renovação”. Ai, ABC… Pra que demorar tanto em anunciar os cancelamentos e renovações? Resta-nos continuar esperando…
Até semana que vem!
The Crazy Ones – Zach Mitzvah e Heavy Meddling
18/03/2014, 10:00. Gabi Guimarães
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Noah loves Chicago… Mazel Tov!
The Crazy Ones retornou de um breve hiatus apresentando dois episódios que, se não foram sensacionais como os seus antecessores, cumpriram seu papel com competência. Ao som de Hava Nagila e I Don’t Want to Wait, Zach Mitzvah e Heavy Meddling foram episódios bons, e apenas isso.
No primeiro, vimos os nossos publicitários favoritos batalhando pela campanha da maior cadeia de motéis dos EUA… Mas claro que, em se tratando do pessoal da Lewis, Roberts & Roberts, a coisa não seria tão simples assim, e, no final das contas, o destino da campanha passou a depender dos talentos de Zach – e seu Dr. Z! – para organizar um bar mitzvah para o filho pré-adolescente da cliente em apuros.
“Pai, vamos mesmo usar o Zach para conseguir um cliente? E o mérito?” – Sydney
Mas Simon ainda é adepto da estratégia de cortejar os clientes até ganhar a campanha e fazê-los assinar seus contratos antes que se arrependam – “como no Banco Imobiliário”. Para isso, os “talentos judaicos” de Zach serão fundamentais. Afinal de contas, organizando a festa, a agência será responsável pelo melhor momento da vida do menino Noah, e a cliente não terá outra alternativa senão contratá-la para a campanha de sua rede de motéis. Plano infalível… Certo?
“Vamos festejar como se fosse 5078!” – Simon
Ver a agência – com sua bela vista panorâmica de Chicago – se transformar num grande salão de festas foi bastante divertido e inusitado e – quem diria? – Zach se saiu muitíssimo bem em seu papel de “animador de festas”.
Aliás, um dos grandes méritos deste episódio foi justamente ter nos mostrado um pouquinho do passado de Zach, como ele e Simon se conheceram e se tornaram praticamente pai e filho. No mínimo hilária a descoberta de que tudo começou em um bar mitzvah, e que Zach, a princípio, achou que Simon estava dando em cima dele. Aparentemente, Zach é tão talentoso como um “showman de bar mitzvahs” – isso é uma profissão? – que despertou a atenção e o interesse de Simon a ponto dele lhe oferecer um emprego na agência. Uau. Eu nunca teria imaginado isso, e vocês?
O problema com a festa foi que os seus organizadores não entenderam qual era o tema. Sim, Noah loves Chicago… o musical! E agora? Tudo estará perdido? Todo o esforço e trabalho de Zach terão sido em vão?
“Se algo der errado, apenas grite ‘Hora’! Não conheço um judeu que resista a uma dança festiva.” – Zach
“É como a ‘Dança da Galinha’ para os gentios.” – Simon
Ri demais da quantidade estapafúrdia de vezes que Simon precisou gritar “HORA!” e dançar Hava Nagila para tentar disfarçar alguma situação esdrúxula, provocada por um transtornado Zach. Um dos pontos altos do episódio, sem dúvidas.
Mas… Por que Zach estava tão transtornado?
Zoe Gold. Aí descobrimos que a cantora da festa é ninguém menos do que a (provavelmente única) garota a dar um fora em Zach e partir o seu coração. A coisa foi tão séria que – vejam só – Zach ficou sem lavar os cabelos por três dias inteirinhos (a não ser pelo shampoo a seco, claro)! Receita certa para confusão.
“Diga-me: onde fica esta terra dos sonhos onde existem urubus e ursos polares? Nárnia?” – Owen
Outro ponto positivo foi a introdução de Owen, novo interesse amoroso de Syd. Charmoso, despojado e cheio de segundas intenções, o rapaz não demorou a cair nas graças da filha de Simon… Ou algo assim. Adorei o fato de, logo de cara, ele ter incentivado Syd a sair de sua zona de conforto, a ser mais aventureira – afinal, “o seu problema é não experimentar!” – e nós sabemos que ele tem razão. Para nossa sorte, o garçom bonitão é duro na queda e não pretende desistir de Syd assim tão facilmente. #TeamOwen
A sequência dos dois discutindo foi fofa e engraçadinha, mas… Será mesmo que Syd demitiu Owen porque ficou com vergonha de sair com um “mero garçom”? Eu não acredito nisso. Syd teve problemas apenas em aceitar a natureza, digamos, “desafiadora” de seu pretendente – e, aliás, completamente oposta à sua. Pra que sair da zona de conforto, afinal?
“E Amy Irving estava apaixonado por ela, mas ela estava apaixonada por Mandy Patinkin, que um dia deixou a sinagoga e foi lutar contra o terrorismo com Claire Danes.” – Simon
No fim das contas, Zach deu a volta por cima, e como não poderia deixar de ser, tudo terminou em All That Jazz…
PS: “É estranho eu ficar chapada em uma festa para crianças?” – Lauren
Sim, Lauren. É BEM estranho!
PS2: “EU ESTOU SUSSURRANDOOO??” – Lauren
Não, Lauren. Você está gritando!
PS3: “Onde está a cantora de quem te falei?” – Zach
“A que te dispensou e você deu uma de Taylor Swift”? – Lauren
Melhor. Diálogo. EVER. Ah, Lauren… Sempre você!
“Don’t judge me!”
E assim chegamos a Heavy Meddling… E se Zach Mitzvah foi obviamente centrado em Zach, seus talentos obscuros e confusões amorosas, desta vez o episódio foi todo de Sydney.
Interessante observar que, pela segunda semana consecutiva, The Crazy Ones apresentou um roteiro que deixou a agência e suas campanhas publicitárias em segundo plano, e, também pela segunda semana seguida, deixou um pouco a desejar. Heavy Meddling foi apenas mediano, e definitivamente mais fraco que seu antecessor.
No fim de Zach Mitzvah, descobrimos que a demissão de Owen por Syd o transformou em um sem-teto, já que o garçom desajeitado basicamente morava no trabalho. Com isso, vimos a evolução mais absurdamente rápida de um relacionamento em uma série, com o episódio começando já com Owen e Syd morando juntos. E, apesar de proporcionar alguns momentos engraçadinhos, na minha opinião, a coisa toda não funcionou.
Todos nós já estávamos carecas de saber desde o início que este relacionamento estava fadado ao fracasso, então todas as tentativas de Syd de tentar manter o seu “melhor comportamento” na frente do namorado, estando sempre arrumada, evitando comidas gordurosas e usando o banheiro da mercearia na frente de casa soaram um pouco forçadas e fora de lugar. E o pior: Owen ainda sequer tinha começado a procurar por um novo emprego.
“Acabou, Lauren. Meus netos já eram. Adeus, Benjamin Simon! Ciao, Simone Simon! Até mais, Lou Diamond Simon!” – Simon
Conhecendo o histórico bastante exigente de sua filha – que aparentemente já terminou com um cara porque ele disse “molho legal” – Simon decide intervir, e dá um emprego a Owen na agência – o que obriga Syd a se comportar como uma lady 24 horas por dia, poor thing!
Problema resolvido? Claro que não. Como “a honestidade é a chave para um relacionamento perfeito”, Owen logo confessa que, além de ter pânico de trovões – “é eletricidade no céu!” –, ele também é…
“Aracnofóbico, claustrofóbico e pedofóbico.” – Owen
Calma… Medo de bebês? Sério?
“Estou vivendo com um louco! E isso não é um problema…” – Sydney
Talvez Syd estivesse apenas tentando convencer a si mesma, mas Simon e sua incontrolável vontade de ser avô não deixariam isso por menos… Pra que deixar que Syd cuide de sua própria vida se ele pode interferir, não é mesmo?
“Se eu tivesse um grupo de bebês fofos em fantasias fofas para jogar Owen no meio…” – Simon
E, obviamente, ele tinha.
Que terapia melhor para o novo amor bizarro de Syd do que fotografar um bebê vestido de aranha? Ok, talvez aqui eu tenha dado uma bela gargalhada, confesso.
O tiro sai pela culatra, claro, e o relacionamento de Syd vai para o brejo de vez. Owen, é preciso dizer, não vai deixar saudades.
“George é apenas um parceiro muito generoso. Não significou nada!” – Andrew
“Acho que devemos trabalhar com outras pessoas.” – Zach
Por outro lado, o arco de Zach e Andrew veio para salvar o episódio da monotonia e funcionou muito bem. Todo o drama do “eu-trabalhei-com-outra-pessoa-enquanto-você-estava-de-férias” e as consequentes DRs que se seguiram entre Andrew e Zach foram hilárias. A inevitável conclusão de Zach de que “devemos trabalhar com outras pessoas” foi pontual e nos proporcionou momentos fantásticos, como essa fala de Lauren (eu te amo, Lauren!):
“Lembra aquela vez que você e o Andrew tentavam se beijar e você acertou uma no olho dele, e ele teve catarata com o trauma e teve que operar?” – Lauren
Pois o auge de Heavy Meddling nada teve a ver com o arco principal que inspirou seu título. A cena da reconciliação entre os dois foi no melhor estilo Dawson e Joey (ou seria Pacey?), com direito à cena em câmera lenta ao som de Paula Cole e sua I Don’t Want To Wait como trilha sonora. Épico, apenas.
“Não entre naquele avião… Digo, naquela conta!” – Zach
Quem era Joey e quem era Dawson nessa bizarra relação? Ou seria Pacey? Façam suas apostas!
Fazendo um balanço geral, fica fácil perceber que The Crazy Ones apresenta o seu melhor quando foca seus episódios na agência e em suas loucas campanhas publicitárias. A força da série está aí, no brilhante trabalho de seu afiado elenco, especialmente quando seus personagens têm a oportunidade de trabalhar em equipe, elaborando planos mirabolantes.
A notícia triste é que a série é uma das comédias de menor audiência da CBS, que na semana passada renovou nada menos que 18 séries de uma tacada só. The Crazy Ones não era uma delas, e já figura entre os sites de análise de audiência como “perigo de cancelamento”. Se esta previsão se concretizar, será muito triste ver uma comédia com tanto potencial ser ceifada tão precocemente. Infelizmente, só nos resta esperar.
Até a semana que vem!
PS: “Abraham Lincoln era gay?”
Nashville – They Don’t Make’Em Like Daddy Anymore e Guilty Street
12/03/2014, 14:00. Gabi Guimarães
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Uma vida repleta de mentiras. Uma jornada pela estrada da culpa. A hora da verdade.
Foi assim que Nashville retornou de seu breve hiatus.
Com a morte de Lamar, Nashville fecha um importante ciclo em sua trajetória e, respondendo às críticas sobre o excesso de dramas supérfluos em seu roteiro, nos manda um recado em alto e bom som: o foco, a partir de agora, será na indústria da música country. No more drama. Ou quase isso.
E, se em um primeiro momento a morte do patriarca da família Wyatt não foi capaz de comover ninguém – com exceção de suas fofíssimas netas Maddie e Daphne –, logo pudemos perceber que para Tandy e Rayna, o buraco era bem mais embaixo. Irônico perceber, entretanto, que esta foi a segunda morte na trama da atual temporada que foi absolutamente incapaz de provocar uma única lágrima. Assim como Peggy, Lamar não era um personagem querido – longe disso! – ou mesmo útil dentro da série. Cada vez mais avulso, a melhor saída para ele foi mesmo a morte. Como já discutido exaustivamente em reviews anteriores, vejo isso como um sintoma da “novelização” que a série sofreu especialmente nesta segunda temporada. O excesso de dramas supérfluos, que deram à personagens e arcos secundários maior tempo de tela, não funcionou, e a audiência debandou quase que imediatamente, deixando Nashville em sérios apuros quando o assunto é uma possível renovação.
Sendo assim, vejo de forma positiva todos estes plot twists que temos visto nos últimos episódios. Sinal de que a criadora da série Callie Khouri está atenta ao que o público cativo de seu show tem a dizer e, mais do que isso, está disposta a corrigir os erros cometidos até aqui numa tentativa de trazer Nashville de volta à sua trama original. Que assim seja!
Bom, sobre Tandy e suas lágrimas de crocodilo, eu realmente não tenho muito a dizer… Covarde como sempre foi, fica dividida entre a dor pela perda do pai e o desespero pelo rompimento com a irmã. Mais um drama que não comove para uma personagem que não funciona. Agora, com a morte do pai e o seu possível desligamento da Highway 65, prevejo uma Tandy cada vez mais avulsa e inútil na série. Se tomasse um chá de sumiço ou seguisse os rumos de Peggy e Lamar, não faria nenhuma falta.
Rayna bem que tentou manter aquela fachada durona, forte, fingindo que não estava nem aí para a morte do pai e que, no fim das contas, ele teve o que mereceu. Mas essa postura não durou muito, não é? Mesmo com todas as mentiras e todos os erros, Lamar ainda era seu pai. E assim como Deacon já havia alertado, vimos Rayna desmoronar naquela que, sem sombra de dúvida, foi a cena mais comovente do episódio. Difícil saber, afinal, se Rayna chorava pela morte do pai ou pela grande teia de mentiras em que a sua vida familiar se transformou.
Capítulo encerrado, no episódio seguinte mal lembramos de Lamar e da bagunça que ele deixou para trás. Exceto por Teddy. Confrontado pela verdade sobre sua falecida esposa Peggy e suas incontáveis mentiras sobre sua gravidez – o que eu achei muito “wtf?” a essa altura do campeonato, mas enfim… –, ele passa a alimentar um enorme sentimento de culpa pela morte do ex-sogro. Ele sabe muito bem que sua omissão de socorro foi decisiva e contribuiu para o falecimento de Lamar. E onde ele foi buscar consolo? No colo de Megan, óbvio. É… A culpa realmente é um sentimento poderoso.
Desenvolvimento bastante previsível, considerando a proximidade cada vez maior dos dois nos últimos episódios. Assim, ao roubar sua mulher, Teddy dá o troco à Deacon. Enfim, vingança. Mas… Quer saber? Plot chato, preguiçoso e desnecessário. Aliás, que baita retrocesso Teddy descobrir apenas AGORA todas as mentiras de Peggy! Seriously? No mais, eu digo e repito: não acredito nesse amor que ele costuma declarar aos quatro ventos. Desolado, tem a coragem de dizer para Megan que ele teria casado com Peggy mesmo após o seu aborto. Oi? Alguém aí lembra de Teddy escorraçando a sua então amante quando ela lhe conta que está grávida? Alguém mais lembra de que ele disse a ela que não criaria aquele filho e que ela estava sozinha nessa? Ou sou eu que estou ficando louca? Nada neste arco faz muito sentido para mim. E até por isso mesmo, tenho uma certa má vontade com Teddy, admito. E agora, tenho também raiva de Megan. What the hell? Deacon não merecia isso.
Juliette, por outro lado, continua sendo o ponto alto da série nesta temporada. Depois de ver sua carreira destruída, eis que surge uma luz no fim do túnel. Seu ato de rebeldia ao cantar Don’t Put Dirt On My Grave Just Yet em sua indução ao Grand Ole Opry pode, afinal, significar a sua redenção. Ver um poderoso executivo como Howie V tão investido em reconstruir a sua carreira falida certamente foi revigorante para Juju, mas… A que preço?
No fim das contas, ambos os episódios trouxeram uma única pergunta para a cantora: até onde ela estaria disposta a ir para refazer sua carreira? Estaria ela disposta a comprometer sua identidade musical e sua liberdade criativa em nome da fama? Em um estalar de dedos, Howie V poderia transformá-la em uma estrela da música pop… Músicas orquestradas, os estúdios mais modernos, capa da Rolling Stone, uma mudança de endereço para Los Angeles… Mas… O que tudo isso significaria para ela?
Se tem uma coisa que Juliette sempre foi é autêntica. Como Rayna mesmo disse, ela nunca fingiu ser alguém que não é, nunca deu desculpas esfarrapadas para justificar aquilo que lhe é verdadeiro. Sob pena de representar um tremendo retrocesso na linda evolução da personagem que testemunhamos desde o início da temporada, agora mais do que nunca não poderia ser diferente. Defeitos à parte, Juju sabe muito bem quem é e o que quer da vida e de sua carreira. Como diria a saudosa Brooke Davis (One Tree Hill, anyone?): “I am who I am. No excuses.”
E talvez por isso mesmo tenha sido tão emocionante acompanhar a “despedida” de Glenn. Ele enxergou em Howie V a grande oportunidade que sua pupila esperava para se reerguer, e seu apreço por Juliette é tanto que ele estava disposto a sair de seu caminho para não se transformar em um fardo em sua carreira. Mas lindo mesmo foi vê-la correndo atrás de seu mentor, daquele que a descobriu e lhe deu a sua primeira oportunidade quando ela não passava de uma garotinha judiada pela vida, mas com um grande potencial. Ela sabe que, em meio à crueldade desse meio artístico, ele é o único que acredita nela por quem ela é. Ele a respeita, a admira, e foi lindo vê-la reconhecer isso. Não, Glenn. Você não vai a lugar nenhum.
Veterana da indústria fonográfica, nem mesmo as propostas de todas as grandes gravadoras e as promessas de mundos e fundos a deslumbraram. Juliette não quer saber de Hollywood, nem de ser uma super star do mundo pop: ela quer Nashville e a sua música country, nada mais. E quem diria que Fordham e a Edgehill a quereriam de volta com tanta rapidez? O mundo realmente dá voltas…
Mas, chegada a hora da verdade, Juju busca mesmo é a ajuda de Rayna e sua Highway 65 – agora em sérios apuros por pura incompetência de Tandy. Quem mesmo achava que envolvê-la nos negócios da gravadora era uma boa ideia? No fim, todos os caminhos levam Juliette à Highway 65, e, apesar de previsível, eu fiquei muito satisfeita ao ver que Rayna deixou as portas abertas para recebê-la como sua nova artista. Ambas saem ganhando: Rayna adquire um importante reforço para seu selo, enquanto Juliette reconstrói sua carreira sem precisar sair de Nashville e, mais do que isso, sem precisar sacrificar sua liberdade artística. Rayna, apesar do passado, também a respeita como artista.
Por outro lado, tenho que dizer que Avery me irritou profundamente, especialmente neste último episódio. Com uma atitude bastante machista e imatura, percebi nele um enorme retrocesso. O Avery que vimos em Guilty Street nos fez lembrar muito mais daquele sujeito arrogante e insuportável que conhecemos na primeira temporada do que o cara bacana que buscava sua redenção na atual temporada. Chateado porque Juliette sempre banca os jantares e saídas deles? Really? Avery, querido, em que século você vive? O comportamento dele em relação à Gunnar, Zoey e sua recém-formada banda também foi de uma babaquice incrível. O que ele espera da vida? Ao contrário de sua namorada, ele parece não fazer a menor ideia. Não quer participar da banda apenas por que foi Gunnar quem tomou as decisões? Não quis se beneficiar do contrato de Juju com a Edgehill porque não admite ser um coadjuvante na história de ninguém? Zzzzzz… Que preguiça. Espero que o Avery desta temporada volte logo, porque este não me agrada em nada. Em sua defesa, pelo menos posso dizer que Juliette de volta à Edgehill seria um desastre completo, uma vitória para Fordham e sua falta de caráter. Quem sabe agora Juju possa também servir como um porto seguro para Avery, para chacoalhar um pouco a ordem natural das coisas? Ela tomou a decisão certa ao recusar a proposta da Edgehill, mas apenas porque queria manter o respeito de Avery. Será que ele conseguiria fazer o mesmo por ela?
Dito isso, serei eternamente grata à Deacon por ter colocado Avery, Gunnar e Zoey na mesma banda. Agora sim, sinto que veremos estes três personagens serem bem aproveitados. Chega de triângulos e quadrados amorosos insossos e sonolentos. Nashville, assim, prova que está mesmo dando passos largos de volta ao seu rumo original. Agora, só falta Gunnar deixar de ser idiota e começar a tratar Zoey com um pouquinho mais de consideração e respeito! #ficadica
Aqui, preciso também fazer um pequeno parênteses para elogiar os números musicais apresentados nesses dois últimos episódios. Mais um bom sinal de que a boa e velha Nashville está de volta e não está para brincadeira! A qualidade de todas as apresentações foi impecável, e a versão orquestrada de Don’t Put Dirt On My Grave Just Yet me encantou, assim como todas as músicas apresentadas por Deacon, Avery, Gunnar e Zoey, naquela que provavelmente foi a melhor banda improvisada de todos os tempos. (Charles Esten, que voz linda você tem!) Eis que Nashville, enfim, volta a ser uma série musical. Ou melhor: uma série sobre música com uma trilha sonora irrepreensível.
E Scarlett? Continua mais perdida do que nunca. Mais avulsa do que nunca. Mais aleatória do que deveria. A cena em que Deacon e sua banda improvisada tocam no Bluebird enquanto Scarlett os observa pela janela do lado de fora é bastante simbólica da situação da personagem, que parece não pertencer mais a lugar nenhum dentro da trama da série. Seus amigos seguiram suas vidas sem ela – e parecem não sentir a mínima falta, é verdade –, e ela ainda não conseguiu se adaptar às agruras de ser uma jovem promessa da música country. Mas… Até quando? O arco da personagem parece não ter evoluído em (quase) nada desde o início da temporada, e a verdade é que esse seu mimimi já se tornou extremamente cansativo. O affair nonsense que teve com Liam foi bastante sintomático nesse sentido, mostrando que Scarlett realmente não faz a menor ideia do que quer ou a que veio. Gostei de ver Rayna tomando as rédeas da situação e demitindo o produtor. Quanto tempo mais ela precisará para gravar e lançar seu álbum de estreia? Ainda existe esperança para a personagem?
Para terminar, a audiência da série continua patinando bastante e não tem registrado números muito superiores aos 5 milhões de telespectadores e cerca de 1.3 ou 1.4 na demo. Mas estes números não são nenhuma novidade. As chances de renovação aumentaram um pouco, mas ainda sofreremos pelo menos até maio para descobrir, enfim, qual será o destino de Nashville.
O episódio desta semana promete! Ou alguém realmente achou que tudo seriam flores nessa nova reunião entre Rayna e Juliette?
Até a semana que vem!
PS: Alguém aí realmente se importou com o arco de Will e Layla? Não? Nem eu. Minha reação foi tão animada quanto a deles…
Aliás, fazer Layla de coitadinha – a que se guardava para o casamento até conhecer Will – a essa altura do campeonato não dá, né? Please, don’t.
PS2: Luke WHO? Mais um personagem completamente solto na série…
PS3: Lindo ver a carreira solo de Deacon deslanchar e vê-lo tentando fazer a coisa certa. Compareceu às reuniões do AA, dispensou a velha amiga cheia de segundas intenções, cuidou de sua mão machucada, afastou-se das bebidas e das festas típicas da vida de um astro da música… Apenas para ser traído por Megan, que achou bacana ter um caso com Teddy, of all people… Raiva é pouco pra você, querida. Why, God, WHY?
The Crazy Ones – Dead and Improved
25/02/2014, 12:00. Gabi Guimarães
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“We’ll put the ‘fun’ in ‘funeral’!”
A morte súbita de um amigo. Uma filha enlutada, que deseja que o pai seja lembrado com carinho. Um funeral forçado para criar um legado. Uma missão impossível para Simon. Mais um episódio impecável. Assim podemos resumir Dead and Improved.
Como no episódio anterior, The Crazy Ones mais uma vez abordou com originalidade um tema talvez um tanto controverso no mundo da publicidade. E o fez com humor e leveza, brincando um pouquinho com a profissão de publicitário, ensinando-nos mais uma vez a não levarmos tudo tão a sério. Se antes tivemos um embate entre ciência e criatividade, agora paramos para nos perguntar: afinal, a mentira faz mesmo parte do jogo? Vale tudo para vender uma ideia ou um produto? Pois Dead and Improved foi perfeito ao nos chamar para esta reflexão.
“Na publicidade, os comerciais começam com uma mentira e isso é o que cria a propaganda. Uma boa campanha começa com a verdade, e depois cria a mentira.” – Simon
O episódio gira em torno da morte de Conrad, um célebre escritor de jingles – “snap, crackle & pop!” – e amigo pessoal de Simon… Ou coisa parecida. Logo de cara, ficamos sabendo que o morto não era exatamente uma pessoa amada ou mesmo bem-quista por todos que tiveram o privilégio – ou infortúnio? – de cruzar o seu caminho. Que o digam suas ex-mulheres e seus cachorros!
A única que parece se importar minimamente com a sua partida é sua filha Melora, em uma participação especial de Missi Pyle (A Fantástica Fábrica de Chocolates, O Artista). Arrasada (será mesmo?), a herdeira, sua cara de vítima e seu queixinho tremendo (ou “espasmo labial”, como prefere Zach), vão até a Lewis, Roberts & Roberts pedir encarecidamente que Simon faça o seu discurso fúnebre. Afinal, até mesmo a vida de um homem tão odiado como Conrad merece ser celebrada. Certo?
“Eu realmente acho que havia um homem feliz no fundo, no fundo, bem no fundo, doido para sair. Mas ele nunca saiu.” – Melora
O problema é que Melora não quer nada triste, muito pelo contrário. Ela quer pompa, circunstância, quer um espetáculo onde seu pai seja lembrado como alguém que foi amado. Entretanto, nem Andrew e toda a sua fofura e vulnerabilidade seriam capazes de operar tamanho milagre.
“Quando você terminar, quero ele irreconhecível!” – Melora
“Darei ao desgraçado o melhor funeral que ele não merece! As pessoas vão pensar: ‘por que ele não morreu antes?’” – Simon
A cena em que Sydney e Simon tentam “tirar leite de pedra” ao buscar pelas qualidades do homem que precisam homenagear é fantástica e ilustra com uma precisão dolorosa a realidade do mundo da publicidade. Aí, Conrad se transforma em um personagem “ativo na comunidade filantrópica”, cujas paixões – e, por “paixões”, por favor entendam “ódios mortais” – se resumem a flores, filhotes, canto dos pássaros, sorrisos e… bolo.
Para criar maior empatia, o jeito é apelar para ninguém menos que Fred Melamed, a voz que – aparentemente – transforma tudo o que diz em uma verdade absoluta. Quase como um Morgan Freeman. Pela barganha de dez mil dólares, o locutor topa participar desse show de absurdos. Mas nem mesmo apelando ao General Patton Simon consegue encontrar inspiração para dar forma à este pesadelo.
E é Sydney quem salva o dia, em uma das cenas mais honestas e ternas da série até hoje. Ao confessar à filha que suas campanhas são nada menos que uma representação de si mesmo, de sua personalidade e de sua loucura, Simon se dá conta de que ele mesmo é um grande “artifício da percepção”. Basta colocar uma enorme foto sua na parede da agência para que as pessoas acabem acreditando em sua grandeza e em qualquer baboseira que queira vender. Mas… O que elas realmente estão comprando? Qual será o seu legado, afinal? Ele será conhecido apenas por saber distorcer a verdade como ninguém?
“Papai, com você é sempre primavera. Você tem um jeito de fazer com que todos vejam as coisas assim também. Você é incrível. E nem precisa vender isso.” – Sydney
O funeral, claro, foi um sucesso de proporções épicas que só mesmo Simon Roberts poderia oferecer. Um coral gospel que faria jus à Whoopi Goldberg em “Mudança de Hábito” se encarregou da trilha sonora, e – vejam só! – até Victor Hugo e seu Os Miseráveis deram o ar da graça.
“Quanto do que falei sobre Conrad é verdade? Nenhum de nós realmente o conhecia. Exceto a filha dele. Melora, você queria que eu vendesse o seu pai como amado. Bem, querida, ele era amado, por você.” – Simon
E quem disse que a comédia tem como missão única e exclusiva fazer rir? The Crazy Ones, desta vez, emocionou. E muito. No fim das contas, o riso não exclui as lágrimas. Uma emoção não tem o poder de anular a outra. Não foi só Syd que salvou o dia. Simon também o fez, e devolveu a gentileza fazendo um lindo discurso em homenagem à filha. Sim, aquele discurso fúnebre cumpriu seu papel com maestria – finalmente colocando “Conrad” e “uau” na mesma frase –, mas não há como negar que ele foi feito para Sydney. E, em última instância, The Crazy Ones é sobre a relação entre pai e filha. Simon e Sydney.
“Quer o verdadeiro retrato de um homem? Veja-o através dos olhos de sua filha. Esse é o seu legado.” – Simon
No fim das contas, é isso que importa: ser verdadeiramente amado pela pessoa que melhor te conhece. It is as good as it gets.
A participação de Kurt Fuller e seu insano Mitchell não me passou despercebida, vale dizer. Muito pelo contrário: o arco de seu papel higiênico que dominaria o mundo, derrubando um lenço Kleenex de cada vez, foi pontual e serviu como perfeito alívio cômico para equilibrar o tom emocional que permeou todo o episódio. Sem ele, a epifania de Simon não teria acontecido, e o arco principal teria perdido muito do seu brilho. E a grande lição de sua breve passagem pela LR&R foi: “curta a cagada!”. Apenas.
Até a semana que vem!
Nashville – Too Far Gone
15/02/2014, 13:28. Gabi Guimarães
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“Você matou a minha mãe? Você tentou assassinar o pai das minhas filhas?” – Rayna
Drama. Assim podemos definir Too Far Gone.
Se Rayna andou um tanto apagada nas últimas semanas de Nashville, este episódio veio para acabar com qualquer resquício de calmaria em sua vida, ao mesmo tempo em que prepara o território para a última metade desta temporada, que pode (ou não) ser a última da série.
Enfim, Tandy abriu o jogo com sua irmã e contou à Rayna que foi ela quem denunciou o pai às autoridades. E mais: confessa que fez isso porque foi ele quem assassinou a mãe delas há muitos e muitos anos. Covarde e sem caráter como sempre foi, óbvio que ela sequer chega a mencionar o fato de que estaria em sérios apuros caso não colaborasse com a Promotoria (aliás, muita ingenuidade de Rayna achar que a irmã – braço direito do pai por singelos 15 anos – não estaria a par de toda a sujeira escondida debaixo dos tapetes das Indústrias Wyatt). Além disso, claro que a confissão não se deu de forma espontânea: um Teddy cada vez mais transtornado e obcecado por descobrir a verdade sobre o assassinato de Peggy tratou de contar à Rayna tudo o que sabia. Acuada, Tandy se viu obrigada a falar a verdade.
O encontro entre ela e o pai foi no mínimo desconcertante. Desta vez, aquela que sempre pareceu ser “a filha favorita” de Lamar sequer conseguiu olhar em seus olhos e encará-lo de frente. Não era óbvio que algo estava errado ali? Aquela festa de “boas-vindas” só não foi mais melancólica e bizarra porque Maddie e Daphne estavam lá, fazendo o que sabem de melhor: cantando – pela primeira vez junto com a mãe! – e conferindo enorme doçura à cena.
Mas de nada adiantou. Na hora do acerto de contas, percebemos que, apesar do difícil relacionamento, é Rayna a filha que Lamar respeita. Aliás, aí percebemos uma gigantesca diferença entre as irmãs: enquanto Tandy é covarde e fraca, Rayna é o seu completo oposto. Direta e dona de uma sinceridade quase brutal, não hesita nem por um segundo ao tirar satisfações do pai.
Enquanto perguntava a Lamar se ele havia matado sua mãe – em uma atuação magistral de Connie Britton, há que se dizer – vimos toda a raiva, frustração e decepção tomarem conta de Rayna. Enfim, a verdade. Ou coisa assim. Não sei se consigo acreditar nessa versão “ela já estava morta, então eu fugi” da história. Ainda mais porque, logo em seguida, Lamar é incapaz de negar que está envolvido no atentado contra Teddy – pai de suas netas, vale lembrar –, provando mais uma vez que está disposto a fazer qualquer coisa para defender seu poder e seus interesses, custe a quem custar. Rayna não tolera tamanha falta de caráter e rompe com seu pai e irmã. Um tempo longe de tanta hipocrisia certamente lhe fará bem. Melhor assim.
A cena final, entre Lamar e seu ex-genro, foi… Inusitada. Sem qualquer cerimônia, Teddy joga na cara do sogro que Tandy é a responsável por sua quase ruína, e o que se segue me fez revirar os olhos por um momento. Pensei: “outro ataque cardíaco? Really?”, mas assim que percebi que Teddy não tinha qualquer intenção de pedir socorro, entendi o recado. O viúvo enlutado quer vingança, e, ao que parece, não pretende desperdiçar a oportunidade que lhe foi oferecida. Apenas Teddy e Lamar, e a chance de fazer justiça com as próprias mãos. A impressão que fica é de que o velho desta vez vai provar do próprio veneno – afinal, Teddy aprendeu tudo o que sabe com ele –, e não sobreviverá para contar a história. Será?
“(…) Eu não poderia te derrubar, mesmo se eu quisesse. Apenas alguém que estava com você e trabalhou para você por 15 anos e que sabia onde os corpos foram enterrados poderia fazer isso. Seu próprio sangue.” – Teddy
Enquanto Rayna vivia todo este drama, vimos uma Juliette em situação oposta, completamente acuada e resignada com a desastrosa situação de sua carreira. Cansada de remar contra a maré e de ser vítima constante de sua própria fama e personalidade difícil, Juju decide… que não quer decidir absolutamente nada por enquanto. E se afasta. De tudo e de todos. Exceto de Avery. Ela busca refúgio em sua casa, redecora o seu apartamento, cozinha, passa o dia comendo pipoca e assistindo aos filmes de Fellini – chamando-os carinhosamente de “filmes italianos estranhos de ficção científica” –, recusando-se a atender os insistentes telefonemas de Emily ou a encarar sua nova realidade de frente.
Neste processo de humanização que a personagem vem sofrendo ao longo da temporada, acho importante, e muito válido, que ela passe por esta fase, mas Avery, que tem sido o seu grande porto-seguro e sua única constante neste processo, precisa puxar as suas orelhas e trazê-la de volta para o mundo real:
“Não é porque você fecha os olhos que você se torna invisível.” – Avery
Simples, não? E uma grande verdade. Juju não é burra, entendeu bem o recado e pretende utilizar o enorme talento de seu novo namorado como produtor para reconstruir sua carreira, um pequeno passo de cada vez. Don’t Put Dirt On My Grave Just Yet já começou a despertar o interesse de outras gravadoras e é uma excelente maneira de recomeçar. Daqui para frente, parece que não veremos mais esta Juliette apática e sentindo pena de si mesma. Mãos à obra!
“Acontece que eu odeio ser invisível mais do que odeio estar errada.” – Juliette
A parte decepcionante do episódio ficou, mais uma vez, por conta de Will Lexington. Depois de sua tentativa de suicídio, o cantor parece não ter mudado e isso é muito frustrante. Apesar de ter aberto uma enorme gama de possibilidades para o personagem, o roteiro escolheu a saída mais preguiçosa e… absolutamente nada mudou. Rapidamente, Will voltou a ser o menino medroso e cheio de nojo de si mesmo, repetindo os mesmos erros over and over again, demonstrando que não foi capaz de tirar nenhuma lição da experiência traumatizante que viveu. E do que é feita a vida senão de nossos tropeços e suas lições? O que Will espera conseguir com suas atitudes? No fim das contas, sobrou para Brent.
“Eu sei o que quero, e não deixarei que ninguém fique no meu caminho” – Will.
Sem saber como lidar com seus sentimentos por ele (sem mencionar a noite que passaram juntos!), Will age como um babaca homofóbico e vai correndo se queixar para Jeff (of all people!). Tem a pachorra de insinuar que Brent está agindo de maneira “imprópria” e coloca em xeque também a competência profissional do rapaz. Jeff, depois de perder as duas maiores artistas da Edgehill, está apostando alto em Will – inclusive adiantando o lançamento de seu álbum de estreia para 1º de maio, numa estratégia desesperada para concorrer com o novo álbum de Rayna –, e não está em posição de contrariar sua maior estrela. Resultado? Brent é demitido, e Mr. Fordham cuidará da carreira de Will pessoalmente daqui para frente (um bom castigo por si só).
Mas desta vez temos Gunnar para chamar a atenção de Will e trazê-lo de volta para a dura realidade. Será que ele realmente acha que Brent é o problema? Que basta tirá-lo da sua vida – custe o que custar – para que ele seja “curado” de sua homossexualidade? Que tipo de pensamento é esse, meu Deus? Como muito bem lembrado por Gunnar, Will tentou beijá-lo não muito tempo atrás. E ainda foi categórico ao afirmar que todos ao redor percebem que existe algo entre eles. Será que ele não percebe? Às vezes tenho a impressão que Will vive na década de 50. Esqueceram de avisar para ele que estamos no século XXI. A compaixão que eu senti por ele naquele último episódio de 2013 – e que já parece tão distante – sumiu por completo. Para ele, vale tudo nesta incessante busca pela auto aceitação, mesmo que para isso ele tenha que passar por cima de si mesmo – e de quem mais ousar atravessar seu caminho. Azar de Brent, que não fez absolutamente nada de errado. Patético e decepcionante, nada mais.
Enquanto isso, se por um lado Gunnar está desempenhando o papel de bom amigo para Will, com Zoey ele não passa de um namorado medíocre. Aliás, a linda moça tem se mostrado uma das personagens mais avulsas da série. Neste episódio especificamente, o roteiro até tentou dar um propósito à personagem que fosse além de namorada-do-Gunnar-e-ex-melhor-amiga-da-Scarlett, mas o tiro saiu pela culatra. Não consigo sentir empatia por ela, e a vejo bastante deslocada na trama. Se nem mesmo Gunnar se importa com os anseios e aspirações de Zoey, quem mais se importaria? Menção honrosa para o machismo e a babaquice colossais do nosso compositor favorito, quando diz à namorada que ela deveria se contentar em ser sua namorada e assistir seus shows da tão cobiçada primeira fila. Seriously, Gunnar? Quando lembramos que outro dia ele a comparou com Scarlett, não fica difícil concluir que este romance não tem um futuro muito promissor. O que será de Zoey, então? Pensando por este lado, uma carreira como backing vocal até que não é uma má ideia. Ainda mais porque a atriz Chaley Rose, intérprete de Zoey, tem uma bela voz e poderia dar mais certo quem sabe dando mais ênfase a uma possível carreira musical do que a seus relacionamentos fracassados.
E o que dizer de Scarlett, então? Com ela, é sempre assim: one step forward, two steps back. Sem Liam, a personagem novamente se perdeu e ficou à deriva. Numa tentativa desesperada de acompanhar o ritmo alucinante de sua nova carreira, Scarlett se agarrou com todas as forças à válvula de escape errada e está rapidamente se tornando uma viciada em remédios controlados. Até quando a veremos nesta espiral destrutiva? Aquela incômoda sensação de que desconstruíram – e destruíram! – a personagem ainda me acompanha. Scarlett não consegue lidar com o que a carreira exige dela, e continua variando entre o amor e o ódio pela profissão. Até onde ela será capaz de se sacrificar? Que preço estará disposta a pagar por isso? Pelo menos vimos que aqueles que realmente a conhecem e se importam com ela já perceberam que tem algo estranho, fora do lugar. Deacon, Zoey, Avery, e até mesmo Juliette… Todos ficaram surpresos com suas atitudes tão atípicas. E Liam, que papel terá nisso? Ele será a salvação ou a perdição de Scarlett?
Seu tio Deacon, por sua vez, teve um episódio bastante movimentado. Eu tinha certeza absoluta que o fato de Megan estar ajudando Teddy na investigação do assassinato de Peggy traria ainda mais conflitos para os dois, afinal, não basta brigar “apenas” pelo amor de Rayna e Maddie.
“Por isso você está comigo. Sou esse bêbado esquentado que você seduziu para satisfazer seu complexo salvador. (…) Estou falando de você se trancar em salas com pessoas que tem problemas para se sentir melhor consigo mesma.”
Confesso que fiquei um tanto assustada com a reação de Deacon. Ok, a cena que ele interrompeu entre Teddy e sua namorada dava margem a muitas interpretações, mas precisava tanto? Assim como vimos acontecer no episódio em que ele foi pressionado por sua nova gravadora, é nessas horas que percebemos o quanto ele se sente inseguro e indigno da felicidade e do amor. Sempre procurando razões para desconfiar de Megan e de seu amor por ele, sempre à espreita de um motivo para arruinar tudo. E vocês? Também veem as intenções de Megan com desconfiança? Acham que ela só está com ele por pena, por um desejo de “consertá-lo”, ou – para usar as palavras de Deacon – porque ela é “viciada em tragédias”? Eu acho que não. De uma vez por todas, Deacon precisa aprender a ser feliz. (e eu sinceramente espero que Megan não abandone o caso por causa deste mal-entendido.)
O casal fez as pazes na gravação de seu álbum de estreia como artista solo no Bluebird. Tudo terminou bem. Mas… Por quanto tempo? Apesar de achar que Megan faz um bem enorme a ele, sinto que este romance também está fadado ao fracasso. Ouvir a voz de Charles Esten, por outro lado, é sempre um privilégio. Linda voz, belíssima canção. Um brinde à carreira solo de Deacon, por favor!
Nashville entra em novo hiatus e retorna com um episódio inédito e cheio de emoções no dia 26 de fevereiro. Qual será o destino de Lamar?
A má notícia é que a audiência da série continua oscilando, e nesta semana novamente registrou números muito baixos, com pouco mais de 5 milhões de telespectadores e 1.3 na demo. Essa inconstância nos índices é angustiante, e nós ainda sofreremos por mais alguns meses até que seja anunciado o destino da série. Cancelamento à vista ou renovação? Torçamos!
Até a volta!
The Crazy Ones – Simon Roberts Was Here
11/02/2014, 09:00. Gabi Guimarães
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Ciência x Criatividade.
Qual delas é mais importante no mundo da publicidade? Adicione um gato inglês chamado “Mr. Princess” nesta equação, e aí está a receita para mais um episódio impecável de The Crazy Ones – daqueles que a gente adora e faz questão de assistir de novo.
“Fofo” foi o primeiro adjetivo que me veio à cabeça quando pensei em descrever Simon Roberts Was Here. A campanha publicitária da vez era para a “Gatos da Realeza”, uma ração para os bichanos. Mr. Princess, claro, foi passar uns dias na Lewis, Roberts & Roberts para servir como fonte de inspiração “felina” à nossa amada equipe.
Todo o problema começa quando Simon descobre que Judy Mills – a cliente – escolheu a LR&R para a campanha de sua empresa apenas por sua “ênfase em números concretos e dados”. Por que investir no processo criativo de uma campanha quando números e estatísticas podem fazer todo o trabalho?
“Quem diabos é você?” – Simon
E é aí que conhecemos Colin, o novo “analista quantitativo sênior” – ou “Quant”, como prefere ser chamado – da agência. A ideia de contratá-lo foi do sempre burocrático Gordon, claro (saudade, Mr. Lewis!), e Simon, defensor ferrenho da criatividade, foi voto vencido.
“Uso os dados profundos combinados com algoritmos únicos para monitorar consumidores e aumentar a quota de mercado.” – Colin
Sem opção, Simon é obrigado a tolerar seu novo funcionário contra a sua vontade. O problema fica ainda mais sério quando Colin refuta a campanha idealizada por ele, Zach e Andrew porque “os dados dizem o contrário”. Afinal, não há garantias de que “o humor venda comida de gato”.
“Não há, porque propaganda é arte, não ciência.” – Simon
“Era arte. Mas estatísticos como eu estão transformando-a em ciência.” – Colin
Simon, por sua vez, fica irritado com essa nova maneira “racional” de lidar com a publicidade, e acha todas as sugestões do analista “óbvias” e “irritantes”. “Já há poluição visual o suficiente no mundo”, ele filosofa. Nostálgico, lembra de um outdoor que fez para o “Planetário Adler” que nunca teria existido se tivesse ouvido a tal pesquisa de mercado. Para ele, é isso que faz seu trabalho valer a pena. Não quer apenas vender o produto, mas, através de sua criatividade, quer inspirar. Quer ter orgulho de suas campanhas para poder dizer: “Simon Roberts esteve aqui”, fazendo uma perfeita alusão ao título do episódio.
Confesso que achei esta abordagem tão diferente do que já havia sido apresentado pela série até aqui nada menos que genial, capaz de nos mostrar um lado ainda um pouco desconhecido – e muitas vezes desvalorizado – de todo trabalho criativo (não apenas o publicitário).
Foi uma surpresa extremamente agradável e positiva, e o que se seguiu permitiu que a série exibisse a sua melhor forma. Simon, cabeça-dura que é, jamais entregaria os pontos e fez questão de provar que nem só de números e dados concretos vive o mundo corporativo. Um pouquinho de criatividade não faz mal a ninguém, e a série soube retratar uma questão “polêmica”, por assim dizer, com leveza e humor.
A tristeza e a inquietação de Simon ao perder a aposta que decidiria por qual caminho a campanha seguiria foram, talvez, aquele “empurrãozinho” de que ele tanto precisava para passar a aceitar esta nova realidade do mundo publicitário. Afinal de contas, Colin também provou que seus dados e estatísticas não são assim tão inúteis. Sinal dos tempos modernos, Simon. Keep up!
Ver a lâmpada de sua caricatura na entrada da agência ser substituída por um gráfico cheio de números não poderia ter enviado a mensagem de forma mais clara: Simon entendeu o recado, e este é um sinal de novos tempos na LR&R. (Ok, talvez promover a copiadora à “Chefe do Departamento de Comunicação” tenha sido um pouco radical e demonstrou que ele estava em negação, mas pelo menos Simon ainda não havia recorrido à sua “gaita de foles triste”.)
Isso aconteceu apenas quando Colin apresentou sua desastrosa campanha para a ração de gato, desenvolvida de acordo com seus preciosos números. O outdoor que Andrew e Zach fizeram para homenagear Simon foi um lindo gesto (ah, a fofura desses dois!), e, apesar de ter causado a sua prisão, representou também a salvação do gênio da publicidade… e da campanha.
Por que não combinar ciência e criatividade? Com a ajuda de Anastasia, seu colega de cela (!) – com quem aparentemente divide “o oficial de condicional e o amor por saltos altos” (!!) –, Simon provou para sua cliente que quando juntamos duas coisas que não combinam – como “peitos e bojos” ou “ciência e criatividade” (!!!) –, é possível criar algo único e especial. Obviamente, tudo terminou numa inusitada e divertidíssima dança de can-can.
Bem-vinda de volta!
“Não gosto muito de gatos.” – Sydney
Tem certeza disso, Syd? A herdeira da LR&R foi a grande responsável pela enorme dose de fofurice do episódio. Ao som de One Is The Loneliest Number, mais uma vez vimos o roteiro focar em sua vida amorosa. Ou melhor, na quase inexistência dela. Da assinatura da revista “Noivas Mais Velhas”, e do relacionamento com o gatinho (e seus irresistíveis 50 tons de cinza) – da negação até a aceitação de seu amor pelo bichano – ao potencial relacionamento com seu novo vizinho (veterinário, of all things!)… Tudo girou em torno do status amoroso da nossa publicitária favorita.
Se no episódio anterior tivemos uma baita DR entre Syd e Andrew, que deixou bem claro o porquê dela não querer se envolver romanticamente com seu colega e amigo, desta vez o roteiro destacou o medo que Syd tem de terminar sozinha, de nunca encontrar sua “alma gêmea”. E foi Simon que, mais uma vez, veio ao socorro de sua filha e salvou o dia.
Ter um gato, no fim das contas, não é o primeiro passo para morrer “sozinha e mal-amada”. Como bem observado por Simon, algumas coisas na vida simplesmente não são quantificáveis: o futuro é uma delas. Se ela seguir seu coração, quem sabe Syd não contrarie as probabilidades e encontre um amor (mesmo tendo um gatinho de estimação)?
“Vá buscar a sua bola de pelos!” – Simon
PS: Ri alto com a obsessão de Andrew pelos “petiscos felinos”!
PS2: Poxa, Simon! Andrew é o número 14???
PS3: Lauren e seus pertinentes diálogos com Mr. Princess… Como não amá-la?
Nashville – It’s All Wrong But It’s Alright
06/02/2014, 10:00. Gabi Guimarães
Reviews
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A caminho da Highway 65?
Mais um episódio impecável de Nashville, e, mais uma vez, o episódio foi só dela: Juliette Barnes.
Na review da semana passada, comentei que após algumas polêmicas a respeito da “novelização” excessiva da série, Nashville parecia estar voltando às origens, dando maior ênfase aos bastidores da indústria da música country e ao seu trio de personagens principais – Juliette, Rayna e Deacon –, fórmula bem-sucedida na primeira temporada. E It’s All Wrong But It’s Alright parece confirmar as minhas suspeitas.
O episódio veio como um furacão, mas também como um bálsamo para o coração de Juliette – e para os nossos! Depois das duras e injustas palavras de Jeff Fordham no episódio anterior, eis que Juliette deu a volta por cima. Well, kind of.
Afinal, até onde Juju estaria disposta a ir em nome da fama? Será que ela realmente faria qualquer coisa para salvar sua carreira em queda livre, qualquer que fosse o preço? Mas… Não se deve pedir perdão por aquilo que não se fez, certo?
Aquela menina resignada que vimos nos primeiros minutos do episódio em nada lembra a Juliette que conhecemos e aprendemos a amar. Por isso mesmo, fiquei extremamente orgulhosa da personagem pela difícil escolha que fez. Contrariando as ordens de Fordham, Juliette não cedeu e não pediu desculpas por todo aquele “incidente” ridículo de que “Deus não existe”. Como Rayna disse, foi uma decisão estúpida, mas muito corajosa.
Ao se tornar membro do Grand Ole Opry, maior honraria da indústria da música country, Juliette fez o que seu coração pediu. Cantando Don’t Put Dirt On My Grave Just Yet, música que compôs em parceria com Avery especialmente para a ocasião, Juju deu o seu recado à Edgehill e a seus detratores em alto e bom som: “Eu estou aqui para ficar”.
Dizem que uma imagem vale mais do que mil palavras. Se este é o caso, poderíamos resumir este episódio da seguinte maneira:
De um lado, Glenn com um sorriso estampado no rosto, tamanho o orgulho que sente pela coragem de sua pupila. De outro, Jeff Fordham…
O resultado? Juliette está fora da Edgehill Records. E parece não estar nem aí. Muito pelo contrário: Juju parece aliviada com a sua decisão. A cena do confronto com Jeff foi nada menos que sensacional e lavou a sua alma – e as nossas também.
“Só para constar, burrice é perder as duas artistas mais lucrativas em menos de seis meses no cargo, sem contar apostar todas as suas fichas numa cantora de karaokê que ficou em segundo lugar numa competição de talentos. Eu posso ter colocado fogo na casa, mas eu me certifiquei que você estava dentro quando acendi o fósforo. A gente se vê na fila do desemprego” – Juliette Barnes
É, Jeff… A verdade dói. Fato é que Juliette tocou exatamente na ferida: pelo pouco que vimos, o executivo, além de mau-caráter, é um profissional incompetente. Aplaudi Juliette de pé por sua coragem. Inquieta por natureza, desafiadora e – por que não? – vingativa, ela jamais conseguiria conviver em paz consigo mesma se cedesse às ameaças de Jeff. Vítima de uma das famigeradas consequências da fama, ao menos dessa vez a culpa não era dela. E aqui, mais uma vez, fomos testemunhas da tremenda evolução da personagem; a mudança é visível: não tenho dúvidas de que a Juliette do início da série – mimada, imatura e geniosa – estaria disposta a tudo para manter sua fama e sua carreira no topo, custasse o que custasse. Hoje, com a ajuda e a amizade de Avery, ela aprendeu da maneira mais difícil que este não é o caminho, que ela não precisa sacrificar sua dignidade e aquilo em que ela acredita em nome de coisa nenhuma. Inclusive, já vínhamos notando sinais desta maturidade recém-adquirida ao longo de toda esta segunda temporada quando a vimos lidar com o vazamento de seu affair com Charlie à imprensa, por exemplo. Ela parece estar em constante transformação, e para muito melhor.
Mas, e agora? O que acontecerá com Juliette e sua carreira? O caminho natural parece levá-la em direção à Highway 65, o que, na minha opinião, seria nada menos que genial. Caso se concretize, a contratação de Juju pelo selo de Rayna potencialmente trará Nashville de volta aos seus trilhos, além de abrir uma infinidade de possibilidades à série ao explorar uma nova fase do relacionamento entre a rainha da música country e a jovem cantora cuja carreira está em queda livre. Mais um plot twist genial dos roteiristas, e eu mal posso esperar para conferir o que este novo arco representará para a série. Mais alguém está empolgado com a possibilidade desta nova – e inusitada – parceria?
Mas isto não foi tudo o que aconteceu com Juliette neste episódio, não é mesmo? A cantora, fazendo jus a esta nova – e mais honesta – fase de sua vida, resolveu baixar a guarda mais uma vez e abrir seu coração a Avery, que desta vez correspondeu lindamente a todos os seus sentimentos. Finalmente, Juvery.
Juliette rapidamente se tornou a minha personagem favorita em Nashville. E não poderia ser diferente: como não amar e morrer de orgulho de sua evolução até aqui? Ela não se transformou em uma pessoa perfeita, é claro, e acho que ainda veremos alguns resquícios daquela velha Juliette aqui e ali, mas está sendo uma delícia acompanhar a sua redenção. Agora que seu coração pertence a Avery, estou ansiosa para ver como ela irá lidar com este novo amor, que assim como vimos acontecer com Deacon, também representa uma novidade em sua vida. Mas o fato é que o melhor ainda está por vir. #TeamJuvery
Por outro lado, confesso que estou achando Rayna bastante apagada nesta temporada, o que parece um pouco contraditório, já que a personagem tomou as rédeas de sua própria carreira ao fundar a Highway 65 em nome de sua liberdade artística. Isto deveria representar um passo grande em sua carreira, além de trazer arcos mais interessantes para ela, certo? De qualquer forma, algo parece estar fora do lugar: ela parece deslocada e um tanto perdida em sua nova função “administrativa”, e o romance com Luke não funcionou, pelo menos para mim. Gostaria de ver a personagem nos palcos novamente – apenas para divulgar seu dueto com Luke não vale! –, e concentrada em sua própria carreira. Aliás, se pensarmos com frieza, até mesmo todo o drama envolvendo a gravação de seu novo álbum já se arrasta por mais da metade da temporada e se tornou bastante cansativo. Pelo menos, vimos que o álbum está finalmente pronto, inclui o single que ela compôs com Deacon, e já tem data de lançamento: 1º de maio.
Embora toda a ação – e burocracia – que vimos neste episódio retrate fielmente a realidade dos bastidores da indústria da música, o arco com Sam Boone e a briga pelo espaço nas prateleiras de sua loja também se mostrou bastante chato. Serviu apenas para Rayna perceber o quão difícil será administrar a sua própria carreira, e que ela definitivamente não está disposta a passar por cima de seus princípios – e de Juliette! – para conseguir promover seu novo trabalho.
Ah, ela também assumiu publicamente seu namoro com Luke, mas… Who cares, really? Acho que apenas Daphne, que demonstrou estar bastante apegada ao novo padrasto…
Mas se as coisas não andam muito bem para Rayna, Scarlett enfim parece ter saído daquele horrendo ciclo vicioso de autopiedade, mesmo que tenha sido forçada a tanto.
E Liam foi o responsável pela mudança na atitude da aspirante à cantora. No fim das contas, um pouquinho de tough love era tudo de que Scarlett precisava. Tudo bem que os meios utilizados por ele foram um pouquinho escusos (roubar o diário dela, seriously? Voltamos à quinta série?), mas acho que, ao menos neste caso, os fins justificaram os meios. E ainda tivemos a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a vida de Scarlett e sua complicada relação com a mãe, o que acabou se transformando em Black Roses, uma linda canção para o seu álbum de estreia. Aaah Scarlett, por favor continue assim! Agora sim eu consigo ver uma saída para a personagem, que andava completamente perdida e incoerente, mas vejo com desconfiança este arco que parece se iniciar agora: viciada em remédios controlados para conseguir acompanhar o ritmo de sua nova carreira? I don’t know…
Seu tio Deacon também começa a trabalhar no primeiro álbum solo de sua carreira, mas, ao contrário da sobrinha, é mais experiente e sabe exatamente o que quer, mesmo que isso signifique contrariar as vontades de sua nova gravadora. Com isso, ao invés de um cd de duetos, Deacon opta por gravar um álbum ao vivo no Bluebird. Impressão minha ou ele hesitou sobre sua nova carreira por um momento naquela conversa com Avery?
Will, Layla e Gunnar foram responsáveis por aquele que certamente foi o arco mais chato e fraco do episódio. Will insiste em seu namoro condenado ao fracasso com Layla, e, para falar a verdade… Quem se importa com ela e aquele seu drama ridículo? Layla, minha querida, todos nós já sabíamos que você não tem nada de útil a dizer. #ficadica Drama desnecessário.
Para terminar, a bomba que está prestes a explodir… Teddy está cada vez mais próximo da verdade sobre a morte de Peggy, e tem certeza daquilo que venho falando desde o início: Lamar acha que é ele o responsável pela sua derrocada e a testemunha principal da promotoria. Tandy, como sempre fraca e sem caráter, se acovarda diante do início do julgamento do pai e foge, complicando as coisas para todos, mas mais ainda para si mesma. Ela prefere ir à cadeia do que enfrentar a ira e a retaliação de seu pai sem escrúpulos. Numa manobra jurídica daquelas que nos fazem questionar o conceito de justiça, descobrimos que todas as provas obtidas por Tandy contra Lamar são inadmissíveis. Ele é um homem livre. A promo do episódio desta quarta-feira promete trazer fortes emoções.
Nashville, mais uma vez, teve um discreto aumento em sua audiência, registrando 5,28 milhões de telespectadores e 1.5 na demo, subindo um importante ponto em relação ao episódio da semana passada. Em tempos de incerteza e indecisão, alguns sites e blogs especializados veem o futuro da série com certo otimismo e começam a apontá-la como uma “possível renovação”. Ótima notícia!
Até a semana que vem!
Nashville – Just For What I Am
31/01/2014, 09:52. Gabi Guimarães
Reviews
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Depois da tempestade, a bonança. Após apresentar dois episódios tensos e cheios de emoção nas últimas semanas, Just For What I Am vem apaziguar os nossos pobres coraçõezinhos. Mas nem tanto.
Muito se tem falado sobre os rumos de Nashville, e mais que isso, sobre um excesso de drama, uma “novelização” excessiva da série. Um show que, a princípio, deveria retratar os bastidores da indústria da música country em seu berço, foi, aos poucos, cedendo lugar aos dramas pessoais de personagens periféricos, aos lugares-comuns, ao mesmo tempo em que se afastava dos conflitos entre Rayna e Juliette – foco de toda a primeira temporada. O resultado? Uma sensível queda na audiência e a ameaça constante de um cancelamento iminente.
Confesso que não sei muito bem o que pensar sobre esta polêmica, mas o fato é que Nashville parece estar voltando às origens. Pouco a pouco, estamos vendo o roteiro da série retornar aos trilhos e voltar seu foco novamente à música country e ao seu trio de protagonistas: Rayna, Juliette e Deacon. E isso muito me agrada.
Para quem estava sentindo falta de Jeff Fordham, eis que o crápula – em toda a glória de seu espírito suíno – retornou à Nashville dando um belo chacoalhão em Juliette. A cantora parece ser incapaz de se livrar de seus próprios demônios e controvérsias – sejam eles verdadeiros ou não. O público da cantora parece ter deixado de lado por um momento toda a história dela ter sido pivô da separação de Charlivia, mas agora a crucifica por um “crime” ainda mais grave: ser uma “Godless bitch”. Os esforços de Layla – cheia de segundas intenções, é verdade – não ajudaram em nada a causa da nossa antagonista, e agora ela vê sua carreira correndo sério risco. Seus shows foram cancelados, um a um, e ela é obrigada a enfrentar a ira do executivo, repreendido pela má repercussão de sua artista.
“Você acha que é talentosa? Hein? Você acha que merece esta casa? Porque eu acho que você está só de visita, que é uma sem valor escondida sob lantejoulas. Você devia agradecer por sua boa sorte, e não negar que Deus existe. (…) Você é uma mentira. Uma mentira sem educação, com o mínimo de talento, e você sabe disso.” – Jeff Fordham
Eis que Juliette leva mais uma porrada da vida ao ouvir as duras – e injustas! – palavras de Jeff. Há quem concorde com ele, eu aposto, mas ao longo desta temporada e meia, eu aprendi a respeitá-la e a entendê-la melhor. Juliette não é apenas uma garota mimada que deu sorte na vida e ficou famosa. Quem acompanhou a sua trajetória até aqui, foi testemunha da tremenda evolução da personagem. E vou além: ainda que cheia de defeitos e falhas de caráter graves, impossível não ter um mínimo de empatia por ela. Impossível, também, concordar com Jeff. Mas ainda bem que temos Avery – sempre ele – para salvar o dia!
Para mim, mais uma vez ele foi o responsável pelo ápice do episódio. Já venho batendo nesta mesma tecla há algumas reviews, mas é incrível como ele consegue ser o contraponto perfeito para a difícil e muitas vezes destrutiva personalidade de Juliette. A cena em que ele prova para ela que Jeff não tem a mínima ideia do que está falando é simplesmente linda. Tocante. Assim como tem sido todos os momentos envolvendo os dois, nessa eterna dança, nesse eterno flerte. Anseio pelo momento que eles serão um casal: na companhia de Avery, estejam certos de o melhor de Juliette ainda está por vir. E aliás, mesmo com o sucesso de seu show anônimo, Jules ainda está receosa pelo que o futuro lhe reserva. Será que ela realmente sempre terá a música e o sucesso na sua vida? Talento, no fim das contas, não é tudo neste meio.
Enquanto isso, no outro lado do que um dia foi aquele incômodo “quadrado” amoroso, temos Gunnar e Zoey… Em crise. Não tenho palavras para dizer o quanto me incomodou o momentâneo – porém inesquecível – “lapso” de Gunnar ao comparar Scarlett e Zoey. Provando que não entende absolutamente nada sobre as mulheres, será que ele realmente achou que sua namorada encararia uma crítica tão “sutil” numa boa? C’mon!
Mas é no âmbito profissional que sua vida vai de vento em popa. Reconhecido pelo seu belo trabalho como compositor, sua carreira deslancha com uma velocidade assustadora. Passa a colaborar com artistas renomados como Jay DeMarcus (Rascal Flatts), e é o protagonista de uma festa patrocinada pela Edgehill para celebrar o sucesso de seu primeiro hit para Luke Wheeler. Apesar de alguns deslizes, fico satisfeita ao ver o sucesso do personagem e o julgo merecedor de todos os louros que estão por vir.
Entretanto, sinto que, apesar de ter tido seu próprio arco, mais uma vez ele foi ofuscado pelos intermináveis chiliques de Scarlett. Apesar de tê-lo prejudicado quando a oportunidade de compor para Kelly Clarkson apareceu, a moça parece não estar satisfeita. Aquela que era a minha personagem favorita na primeira temporada conseguiu se transformar em alguém que eu simplesmente não reconheço. Entendo um pouco a reação dela diante da descoberta de Gunnar e Zoey, afinal, nunca é fácil ver um ex (por quem ela claramente ainda tem sentimentos!) declarando amor eterno à sua melhor amiga. Ok, é compreensível. Mas o injustificável é ela não conseguir seguir em frente, não conseguir evoluir, seguir com a sua vida. A amizade com Zoey já não existe mais, e ela faz questão de arruinar sua relação com Gunnar sempre que tem uma chance de fazê-lo. Ela parece estar completamente imobilizada por sua própria vida, e isso inclui também a sua carreira. E aqui, a verdade é que consigo entender melhor suas atitudes e reações. Sua personalidade, seus valores e seu caráter parecem incompatíveis com uma carreira na música. Sua solidão, sua exaustão e toda a sua tristeza são compreensíveis. Mais do que isso: são legítimos. Scarlett está lutando para se estabelecer na música country, mas ninguém disse que o caminho até lá seria fácil.
“Não tenho controle sobre a minha vida. Nem queria vir à esta festa. Você pode ter relacionamentos estranhos e dependentes com seus ex-namorados, mas eu não. (…) Se você disser a ele para pular, ele sempre perguntará de qual altura. Não aguento mais isso.” – Scarlett
Mas, se por um lado, ela pareceu bastante confortável no palco com a Zac Brown Band, por outro, nem toda a empatia do mundo poderia servir como justificativa para algumas de suas ações. A personagem ainda patina em sua própria confusão e parece meter os pés pelas mãos com mais frequência do que deveria. Aquela agressão gratuita à Rayna – embora em meio a algumas verdades – foi no mínimo constrangedora. A sorte de Scarlett é que Rayna entende como ninguém as dificuldades de se fazer uma carreira na música, e está disposta a ser mais do que sua empresária e passar toda a sua experiência à sua pupila. Mas… Até quando? Se Scarlett não mudar sua postura em um futuro próximo, todos começarão a desistir dela, inclusive eu.
O motivo da birra de Scarlett com Rayna, como não poderia deixar de ser, atende pelo nome de Deacon. Em busca pelo single perfeito, a cantora sente que seu novo álbum precisa de um pouquinho daquela “Deacon magic”. Gostei muito da reaproximação dos dois, pois sou uma shipper confessa do casal, e há muito sentia falta desta interação bacana entre eles. Maddie, claro, contribuiu muito para um bom relacionamento entre os dois, mas é quando eles estão juntos também na música – compondo ou dividindo o palco – que o casal funciona melhor.
Apesar de tudo isso, sabemos que Scarlett tinha um pouco de razão ao esbravejar com Rayna, afinal, sempre que ela chamar, Deacon estará lá. Mesmo que, para isso, ele tenha que abrir mão de si mesmo. E acho que foi exatamente por isso que eu fiquei tão feliz quando ele decidiu se colocar em primeiro lugar – talvez pela primeira vez na vida – aceitando o tão sonhado contrato com a gravadora e dando o pontapé inicial à sua carreira solo. Também fiquei feliz por Rayna entender a sua decisão: ela também sabe, no fundo, que Scarlett tinha razão. Apesar de torcer pelo casal, sinto que essa separação é necessária; necessária para que Deacon possa descobrir quem ele é sem a sombra de Rayna. E olha, serei obrigada a dar o braço a torcer: Megan está fazendo um bem enorme à ele.
Não posso dizer o mesmo sobre Ruke (ou Layna?). Depois de dar a impressão de que o romance havia esfriado sem motivo aparente, eis que Mr. Wheeler retorna à Nashville já assumindo seu romance com Rayna (após uma breve hesitação da cantora). Confesso que fiquei surpresa e não sei bem o que achar sobre isso, mas ainda não o vejo como um romance duradouro.
E eis que, no final do episódio, fomos gentilmente lembrados pelos roteiristas que Megan não é apenas a namorada de Deacon em Nashville. Em um plot twist genial, descobrimos – junto com Teddy – que a competente Megan é a nova advogada da família de Donald Stoffel, o assassino de Peggy. Whaaat?
E mais do que isso: foi ela que revelou a um Teddy visivelmente transtornado que o atirador trabalhava para a Hollander Enterprises – uma subsidiária “não oficial” das Indústrias Wyatt – permitindo, enfim, que o prefeito ligasse Lamar de uma vez por todas ao crime. Além disso, está claro que o atirador não se matou, como acredita a polícia de Nashville.
Que Lamar estaria envolvido na morte de Peggy eu não tinha dúvida nenhuma, mas foi uma bela sacada do roteiro colocar Megan como peça fundamental no desenvolvimento do caso. Isso significará ainda mais conflitos entre Teddy e Deacon? I can’t wait!
A audiência de Nashville continua patinando, e a série se manteve na casa dos 5 milhões de telespectadores nesta semana, marcando 1.4 na demo. Números um pouco melhores que os da semana passada, mas ainda preocupantes. Continuemos na torcida!
Até a semana que vem!
Nashville – I’ll Keep Climbing
23/01/2014, 21:21. Gabi Guimarães
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Adeus, Peggy.
E é assim, sem muitas delongas, que Nashville faz sua estreia em 2014, em um episódio quase perfeito. Sem qualquer rodeio ou mistério, já no primeiro minuto de I’ll Keep Climbing ficamos sabendo – com grande alívio, há que se dizer – que a personagem que deixa a série, afinal, é a insossa esposa de Teddy.
Devo dizer que não engoli nem por um segundo toda aquela história de que o atirador, na verdade, tinha Teddy como alvo, pois culpa o prefeito pelo seu desemprego crônico. E mais do que isso: que ele teria sido encontrado morto pela polícia de Nashville em um aparente suicídio. Teddy – que pode até ser um completo babaca, mas não é ingênuo – também desconfiou desta versão tão simplista e sem sentido dos fatos, e está certo de que existe algo muito maior por trás desta tragédia. Sua certeza de que algo está errado é tanta que ele decide manter distância até mesmo de Maddie e Daphne, por uma questão de segurança. Continuo apostando em Lamar, afinal, o ex-poderoso chefão de Nashville ainda pensa que foi seu genro quem o denunciou para a polícia e, portanto, responsabiliza-o pela sua derrocada.
Desnecessário dizer que Peggy já foi tarde e não vai fazer nenhuma falta à série. E, apesar de seus tremendos esforços, voz embargada e choro desesperado, Teddy não conseguiu me comover por uma simples razão: eu nunca acreditei no amor que ele dizia sentir pela esposa. Todo aquele arco da falsa gravidez e do aborto simplesmente não funcionou, não mostrou a que veio, e ficou completamente solto, aleatório, quando considerado dentro do contexto da série. Fico satisfeita ao ver que os roteiristas perceberam esta falha e optaram por matar uma personagem que era inútil, no fim das contas. Peggy, talvez, terá maior utilidade para Nashville em sua morte do que quando estava viva e planejando seu próximo golpe. Tudo depende de como este novo arco que se inicia será desenvolvido daqui pra frente.
Mas nada disso importa diante do enorme alívio que eu senti ao ver que Will está vivo. Apesar de todo o asco que sente de si mesmo, o cantor não teve a coragem – ou a enorme covardia – de tirar a própria vida. Ao invés disso, ele foge para as montanhas, literalmente. Na minha opinião, o destaque do episódio foram as cenas do cowboy com seu amigo Gunnar. Enfim, um pedido de ajuda. Enfim, alguém pode dizer para ele que tudo vai ficar bem, que as coisas vão melhorar. It’s ok to be gay.
“Estamos no século XXI. Não tem problema ser o que você quiser. Você é muito bom para desistir. Especialmente da sua vida.” – Gunnar
A jornada para a autoaceitação de Will será longa e cheia de obstáculos, mas eu fico feliz que os roteiristas tenham escolhido este caminho para o personagem, pois ele abriu um leque enorme de possibilidades para a sua história. Emocionalmente instável e ainda muito abalado, Will insiste em continuar se reprimindo; prefere fingir ser o que não é a encarar a realidade e o julgamento das pessoas – especialmente quando a fama faz parte desta equação. Mas o primeiro passo foi dado, e pela primeira vez posso dizer que estou ansiosa para ver onde este arco o levará. Diferente de antes, pelo menos agora ele sabe que tem um verdadeiro amigo em Gunnar. (Confesso que fiquei um pouco surpresa, já que depois da investida de Will no amigo ainda na primeira temporada, não imaginava que Gunnar estaria tão disposto a estender a mão a ele de maneira tão aberta e honesta. Good for him.)
Falando em Gunnar, isso me traz ao plot que menos me agradou em todo o episódio. Não, a culpa não foi dele (muito pelo contrário), mas… Quem aguenta Scarlett? Já comentei isso na review passada, mas, diante de suas atitudes, é impossível não tocar na mesma tecla novamente: a personagem se transformou em uma pessoa egoísta, fraca, amarga, e que adora se fazer de vítima.
Diante daquela que foi provavelmente a oportunidade de sua vida até agora, Scarlett preferiu deixar seu profissionalismo de lado para dar lugar ao seu eterno mimimi (porque isso não tem outro nome). Coitadinha, sempre vítima das circunstâncias, preferiu olhar Kelly Clarkson (em sua minúscula participação) nos olhos e ter a cara de pau de dizer que ela e Gunnar não tinham mais condições de trabalhar juntos a encarar uns dias reclusa com seu ex para compor algumas músicas inéditas para a queridinha da América. Como assim? A cena foi patética e me deixou com ainda mais raiva da personagem. Scarlett está se transformando na personagem mais contraditória e incoerente da série com uma velocidade assombrosa. Não gosto nem um pouco do que estou vendo, e temo pelo futuro da personagem, que rapidamente está se tornando um peso e nada mais em Nashville.
Outra coisa que eu não entendo em Scarlett é a sua atitude de “mulher traída” em relação à Gunnar e Zoey. Enquanto o novo casal claramente seguiu em frente, apesar da amizade arruinada, Scarlett se recusa a fazer o mesmo, não perdoa e nem esquece o que houve. Até quando, meu Deus? Isso só deixa claro que a cantora ainda sente algo pelo ex, o que não faz sentido nenhum se considerarmos que foi ela quem terminou com Gunnar, não é mesmo? Ainda na review passada, comentei o quanto insistir em um remember entre Scarlett e Avery era um tremendo erro, na minha humilde opinião, e os roteiristas parecem ter ouvido as minhas preces. Scarlett apenas disse o óbvio: ela e Avery estava juntos apenas porque era confortável. E, assim, jogou o rapaz praticamente nos braços de Juliette.
A relação entre os dois está bastante estranha, cheia de dedos e de momentos embaraçosos desde que Juliette abriu seu coração para Avery apenas para se deparar com uma Scarlett seminua em seu apartamento e ter seu coração partido mais uma vez. O término dos dois nos dá um fiozinho de esperança de ver este novo casal florescer diante de nossos olhos. Ele traz à tona o que Juliette tem de melhor, e será no mínimo interessante ver como os dois funcionarão, enfim, como um casal.
Mas este não é o único drama na vida de Juliette. Imersa numa tremenda ressaca moral, a cantora ainda sofre as consequências de seu affair com Charlie e sua recém-conquistada fama de “destruidora de lares”.
“Deus não existe.” – Juliette
Todos nós sabemos que não foi bem isso o que Juliette disse. Layla também sabe, e foi desconcertante vê-la posando de boa moça na frente das câmeras e salvando o dia (ou tentanto). O problema agora é que Juliette ficou “devendo uma” à novata. Nas mãos de sua arqui-inimiga, quem duvida que isso ainda vai lhe render uma boa dor de cabeça? Péssima ideia, Jules. Não faço ideia do que vem a seguir, mas sei que vai ser doloroso assistir. Fico apenas ansiosa para ver a derrocada de Layla, e espero em um futuro não muito distante vê-la caindo nas mesmíssimas armadilhas da fama que hoje condenam Juliette.
E Rayna? Como dona de sua própria gravadora, ela não se mostrou tão talentosa ou mesmo segura de suas decisões. Liam retornou para sacodir um pouquinho as coisas e mandar às favas a tal “pesquisa de mercado” feita por Fordham que não sai da cabeça da cantora. O que está em jogo para ela não é apenas o sucesso de seu novo álbum. Rayna arriscou tudo em nome de sua liberdade artística, e agora está receosa sobre seus próximos passos profissionais. No fim das contas – e a contragosto de Liam – teremos um novo single para o álbum: Rayna decidiu ouvir a voz da razão. Mas… Isso será suficiente para garantir o sucesso de sua nova empreitada?
Por outro lado, Luke Wheeler e sua participação mínima – pelo telefone! – me fazem ter a certeza absoluta de que este romance realmente esfriou, como suspeitei na última review. E Liam não fez a menor questão de esconder seu desgosto pelo relacionamento dos dois. Seria esta uma oportunidade para uma reaproximação entre eles? Ou talvez – e apenas talvez – entre Rayna e Deacon?
Nosso guitarrista favorito também não ficou longe do drama. Pressionado pela gravadora que pretende lançar sua carreira solo, Deacon não reage bem. Briga com Megan, surta, vai à loja de bebidas, tudo porque não consegue compor boas canções de um lugar que não seja a dor, a decepção e a frustração. Ser feliz definitivamente é uma novidade para ele, e, a princípio, ele não consegue lidar com isso. Deacon precisa, de uma vez por todas, aprender a fazer sua vida funcionar também nos momentos bons, de amor e realização. E quem mais poderia ajudá-lo nessa nova fase além da doce Maddie? O fim de “I’ll Keep Climbing” nos presenteia com mais um número musical entre pai e filha, que é sempre lindo e funciona tão bem. Não sei o que o futuro reserva à você, Deacon, mas vai ser um prazer acompanhar a sua jornada.
A má notícia para os fãs de Nashville é que a série estreou em 2014 com uma sensível queda, registrando a pior audiência de sua história, com apenas 5,10 milhões de telespectadores e marcando 1.3 na demo. Isto, infelizmente, torna a sua situação cada vez mais complicada quando o assunto é renovação. Resta-nos apenas torcer!
Até a semana que vem!
The Crazy Ones – The Face of a Winner e Outbreak
22/01/2014, 11:00. Gabi Guimarães
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Monica Geller, é você? É impressão minha ou a personagem de Friends deu as caras em The Face of a Winner?
E 2014 já começou cheio de emoções na Lewis, Roberts & Roberts! O primeiro episódio do ano, exibido já no dia 2 de janeiro (review atrasadíssima, mil desculpas!), pode ser resumido em 3 palavrinhas: zona de conforto. Ou melhor: como sair dela.
Em The Face of a Winner, título mais do que apropriado, vemos Simon abalar as estruturas da agência – e a sanidade mental de sua equipe – em nome da criatividade e da inovação. Nada de campanhas publicitárias óbvias e cheias de clichê. Não. Este gênio excêntrico da publicidade quer muito mais. Os clientes da vez são um game de guerra chamado “Medalha da Glória” e um spa chamado “Zen-phoria”. Para inverter a ordem natural das coisas e complicar a vida de todos, Zach e Andrew ficam responsáveis pela campanha do tal spa zen, enquanto Sydney e Lauren (com sua preciosa formação na Escola de Cosmetologia, class of February – um ótimo mês –, quem diria?) trabalharão juntas na campanha do game. E agora, por onde começar?
“Rapazes nas loções, meninas nas armas. Go!” – Simon
A campanha do spa, na verdade, serviu apenas como pano de fundo para a ação principal do episódio, mas foi bastante divertido ver Zach e Andrew se desdobrando em cremes, hidratantes, loções e similares para criar a campanha mais zen de suas carreiras. E nesta, os dois acabaram se dando muito mal: Andrew acabou auto-esfoliando seu próprio rosto ao misturar dois produtos de tratamento para a pele e, pela primeira vez na vida, experimentou a agradável sensação de ter “a cara coberta por cobras em chamas”; enquanto Zach, desavisado, usou o “aumentador de lábios” da marca apenas para descobrir que é alérgico a ele.
Mas foi Sarah Michelle Gellar quem roubou o episódio ao mostrar uma nova e até então desconhecida faceta de sua adorável Sydney. Quer dizer, já tínhamos visto aqui e ali sinais de uma Sydney controladora, metódica e organizada ao extremo. Mas o que vimos neste episódio foi um espírito competitivo (pra dizer o mínimo!) e uma vontade inesgotável de vencer que deixaria qualquer campeão olímpico com inveja (as atletas do torneio de tênis da divisão “50 anos ou mais” que o digam, não é mesmo?). Impossível assistir às cenas de Syd e não lembrar de Courteney Cox e sua eterna Monica Geller (saudade, Friends!).
(Aliás, um pequeno parênteses aqui para dar os parabéns para a Sarah, que no último dia 8 conquistou o People’s Choice Awards de “Melhor Atriz em Nova Série de TV”. The Crazy Ones não levou o prêmio de “Melhor Nova Série de Comédia” para casa, que ficou com Super Fun Night.)
Ao sugerir que Syd saísse de sua zona de conforto e se apaixonasse pelo produto que deveria vender, tenho certeza que Simon não imaginou que criaria um monstro! Nossa publicitária favorita começou a jogar assim, meio sem jeito, como quem não quer nada, mas bastou assassinar sua primeira vítima – poor Andrew! – e sentir o “gosto de seu sangue” (oi?) – como bem colocado por Lauren – para que Syd levasse sua obsessão a um nível sem precedentes. Esqueça o pessoal de The Big Bang Theory: quem manda aqui é Sydney Roberts!
“Oh Serbia, you’re about to go booyakashaaaa!” – Sydney
As cenas que mostraram a evolução da obsessão de Syd pelo game foram hilárias e, sem dúvida nenhuma, o ponto alto do episódio. Gargalhei com a “invasão de Kosovo”, que arruinou a apresentação repleta de “calmaria” e “serenidade” dos meninos para a Zen-phoria e obrigou Simon a interromper a reunião para “conduzir um ajuste de aura”. Namastê, bitches!
A sequência entre ela e Lauren não ficou atrás. Engraçadíssima, rendeu ótimos momentos, com direito à múltiplos assassinatos – “dez pontos, dez pontos, dez pontos, dez pontos…” –, corações arrancados, beijos na boca (!) e dancinhas da vitória. É, acho que eu não quero que a Syd volte ao normal… Essa sua versão meio Monica-Geller-meets-Sheldon-Cooper é beeeem mais legal, vocês não concordam?
E, em certa altura do episódio, realmente parece que perdemos aquela Sydney doce e meiga para todo o sempre. São necessárias três “intervenções” de Simon e da equipe para fazê-la enxergar o monstro em que se tornou. Syd admite que quer ganhar a conta do game apenas para continuar sendo a melhor aos olhos do pai – depois do Zach, que fique bem claro! E eis que, depois de assassinar todos os colegas no jogo, arruinar a campanha do spa e se meter em muita confusão, Syd finalmente tem uma ideia brilhante para a campanha.
“Medalha da Glória: um jogo tão realista que você não pode evitar sair dele marcado para sempre.”
Uma catch phrase simples, que foi capaz de sintetizar toda a brutalidade do jogo. Well done, Syd! E…
“Bem-vindo de volta, filho!” – Simon
“Você sabe que eu sou menina, certo?” – Sydney
“Um homem pode sonhar.” – Simon
The Crazy Ones chega à metade de sua primeira temporada e parece ter encontrado sua zona de conforto (o que é irônico, se considerarmos o tema do episódio). Sempre somos presenteados com episódios que se dividem em dois arcos distintos, geralmente com duas campanhas publicitárias em jogo. O elenco, que de maneira geral esbanja talento, está cada vez mais entrosado e os roteiristas sabem bem como aproveitar este entrosamento e ao mesmo tempo conter os exageros de Robin Williams. Alguns episódios foram melhores e mais redondinhos do que outros, mas acho seguro dizer que o saldo, até aqui, é positivo. A audiência da série é sólida, e isso, sem dúvidas, é um ponto importante quando o assunto é renovação. E vocês? O que estão achando até aqui?
PS: Quer dizer então que Andrew teve uma infância terrível porque sua mãe era viciada em… Chocolate? Todo aquele drama de “nós não tínhamos Páscoa” me fez rir alto.
PS2: “Essa campanha arruinará as mulheres para mim. A maquiagem, a loção, o perfume. Uma vez que você abre a cortina, vê coisas que não quer. Não quero saber como a salsicha é feita.” – Zach. Nada mau, Zach… Até que você é bem esperto!
E em Outbreak, chegou a hora de Lauren brilhar! Será?
Mais um episódio de The Crazy Ones, e desta vez tivemos um cenário um pouquinho diferente daquele que estamos acostumados a ver: ao invés de queimar neurônios em busca da campanha perfeita, o pessoal da Lewis, Roberts & Roberts tem a árdua missão de lidar com um desastre de relações públicas que atinge um de seus maiores clientes.
Um erro na fabricação da voz de uma boneca chamada Randi Jenkins leva a empresa a emitir um recall do brinquedo. O problema? A popular boneca falante, que deveria entoar frases bonitinhas e incentivadoras, passou a repetir como um papagaio frases “simpáticas” como: “Mate a mamãe!”, “Você é feia e ninguém te ama”, entre outras barbaridades do gênero (Ok, acho que “erro de fabricação” foi uma gentileza da minha parte. Sabotagem soa muito melhor!). Diante disso, a tarefa de Simon e sua equipe não é nada simples: montar uma estratégia para conter os prejuízos e reverter a imagem – e os “pensamentos” – da boneca “homicida” e de sua fabricante.
O episódio já começa com uma reunião de emergência na sede da fábrica… com a ilustre presença da própria Randi Jenkins! Não, eu não me refiro à uma pessoa real que serviu como inspiração para a criação da boneca. Estou falando da própria boneca. Sim, ela esteve presente na reunião que tinha como objetivo reabilitar sua imagem, e, olha… foi bastante divertido – para não dizer bizarro – ver uma reunião de negócios ser realizada em uma mesa feita para crianças, onde a boneca era a protagonista (e até mesmo foi servida na hora do coffee break!).
É quando somos apresentados à Garrett, o CEO da fabricante de brinquedos, e tudo passa a fazer sentido (ou não). O excêntrico executivo mostra ter uma ligação ligeiramente doentia com sua boneca. E, por “ligeiramente”, quero dizer “completamente”.
Simon sugere uma “turnê nacional de pedido de desculpas”, com Randi Jenkins como a grande Mestre de Cerimônias. A empreitada envolveria shoppings, rádios e outros meios de comunicação, que teriam a intenção de reapresentar a adorada boneca ao seu jovem público e ao país. Adam Levine que se cuide, pois uma nova “queridinha da América” vem aí! Ainda bem que Randi adora shoppings, certo Garrett? Wait… Whaaat??
Tudo parecia correr bem, até que a agência é tomada por um surto de gripe. A começar pelo sempre belo Zach, um a um os publicitários da LR&R caem doentes e são isolados em uma sala de reuniões por uma Sydney desesperada e avessa à germes. Mas não sem motivo: logo descobrimos que a sua paranoia é porque ela não quer adoecer e arruinar seu encontro com um tal médico – pediatra! – bonitão. (Também descobrimos que a moça tem sonhos recorrentes com os integrantes do One Direction, mas isso não vem ao caso. Além do mais, “aqueles meninos já são maiores de idade agora”, não são?)
“Tive três paradas cardíacas, querida. Para mim, a gripe é como um pum em um furacão.” – Simon
Com sua equipe comprometida e bastante desfalcada, Simon fica sem muitas alternativas e delega o primeiro evento da “turnê de desculpas” à Lauren, dando uma oportunidade para a nossa assistente favorita mostrar o seu trabalho e a sua competência no comando de uma grande campanha.
Lauren até começa bem, sugerindo que eles comecem a tal turnê convidando a menininha do vídeo do youtube, que espalhou a notícia da “boneca homicida”, para participar da nova ação publicitária. Afinal, que jeito melhor de se desculpar com a América do que fazê-lo com aquele rostinho angelical? Mas claro que, em se tratando de Lauren, as coisas não seriam assim tão simples, não é?
A coisa desanda de vez quando Lauren mistura as “bonecas normais” com as “bonecas homicidas” e, sem saber, leva-as ao evento. Quando percebe o engano, tarde demais: a boneca má já foi dada de presente à garotinha do vídeo, e o evento está arruinado. A cena de Simon decapitando a boneca numa tentativa patética de calá-la foi, provavelmente, um dos pontos altos do episódio. Não, eu não sou muito fã de Robin Williams e sua atuação na maioria das vezes caricata, mas não se pode negar: ele é ótimo em cenas de comédia física, e entregou o que a cena pedia sem maiores problemas.
Lauren, horrorizada, está certa de que será demitida após o fiasco, mas em uma cena absurdamente fofa, Simon a reconforta e diz que precisará dela para a nova “turnê de desculpas para a turnê de desculpas”. Não, a LR&R não foi perdeu o cliente. Tudo porque Garrett acredita em tudo o que sua boneca fala. E…
“A Lewis, Roberts & Roberts é a principal agência desta cidade. Se eles forem embora, eu também vou.” – Randi Jenkins
Mas nada disso realmente importou no episódio. Por que?
Porque, enfim… Syndrew (ou seria Andney?)! E o andamento dessa linda história de amor não poderia ter sido melhor…
Andrew não fica muito feliz com a notícia do encontro de Sydney com o tal médico – que, aparentemente, também é triatleta, tem 1,90m, gosta de assistir ao canal jurídico, e, nas horas vagas, também é sommelier (que NÃO é um verbo! #ficadica, cortesia de Andrew).
Transtornado, ele vai pedir conselhos a Zach, e aí, assim como quem não quer nada, descobrimos que: 1. Sydney e Andrew costumam sair juntos de vez em quando, como melhores amigos; 2. como Zach observou: “o problema é que vocês nunca se olham ao mesmo tempo.”.
Se tinha ficado alguma dúvida em relação ao potencial de Sydney e Andrew como casal, essa dúvida foi exterminada ao longo deste episódio. Com um empurrãozinho de Zach, Andrew decide sabotar o encontro de Syd. Foi o cúmulo da fofurice vê-lo photobombing todas as selfies que Syd tirava para enviar ao pretendente, e lendo em voz alta estatísticas nos jornais sobre médicos que assassinam seus cônjuges. Mas o golpe de misericórdia para os fãs do “ex-futuro casal” foi aquela linda DR na sala de reuniões.
“Uma palavra sua me calará para sempre sobre isso.” – Jane Austen, digo, Andrew.
Syd, encurralada, confessa que morre de medo de se envolver com ele porque, se o relacionamento não der certo, arruinará a relação profissional dos dois e, mais do que isso, ela perderá o seu melhor amigo. E esse é um risco que ela não quer correr. Awww… Tem como ser mais fofa?
No fim das contas, apesar de seus esforços, Syd ficou doente e o médico bonitão – e cagão! – cancelou o encontro por que, vocês sabem, ele tem que “pensar nas crianças”. Loser!
Mas os shippers de Syndrew comemoraram…
“Acho que o destino já tinha isso planejado.” – Andrew
“Outbreak” funcionou bem, não tanto por causa da “campanha da vez”, mas principalmente pelo desenvolvimento significativo do casal mais aguardado da série. Foi um sopro de ar fresco. Por outro lado, o ponto fraco, na minha opinião, foram as cenas envolvendo os funcionários doentes trancafiados numa sala de reuniões, em quarentena. Não foi engraçado e não funcionou, mesmo com Andrew e toda a sua doçura tentando salvar o dia de Syd ao resgatar seu celular da “sala da morte”. Um tanto caricato e exagerado, não?
A série está em hiatus, mas retorna na semana que vem, dia 30 de janeiro. Até lá!
PS: Alguém aí já tinha ouvido falar em “tossir como um vampiro”?
PS2: A MELHOR fala do episódio foi dela, claro, the one and only, Lauren:
“Duas recaídas em 8 meses, e ele está pronto para sair com uma putona… que é a minha chefe!”
Nashville – Tomorrow Never Comes
19/12/2013, 16:07. Gabi Guimarães
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Will Lexington.
Quem acompanha as minhas reviews, sabe que eu nunca fui uma grande fã do personagem. De fato, o plot do cantor nunca me agradou e, de uma maneira ou de outra, sempre me deixou um pouco incomodada. O fato de Will ser incapaz de se aceitar como é, ao mesmo tempo em que não me despertou nenhuma empatia (principalmente pela forma como a história nos foi apresentada), me deixou inquieta. Fiquei pensando: como pode ser possível que, em pleno século XXI, uma pessoa tenha tanta vergonha, tanto asco de si mesma apenas por se descobrir… Homossexual? Inúmeras variáveis devem ser consideradas nesta equação, e eu nem vou entrar no mérito da questão, mas o fato é que a homofobia ainda existe, e é duramente esfregada na cara daqueles que tem a coragem de ser quem são.
Em Tomorrow Never Comes, posso afirmar que, pela primeira vez, fui capaz de sentir uma enorme compaixão por Will. O que vi nos olhos dele durante todo o episódio foi medo. Um medo paralisante. Ali, ele não passou de um menininho aterrorizado com o que ele sabia que estava por acontecer. Um menino confuso. Um menino que, por tantos e tantos motivos, achou que seria melhor acabar com a própria vida do que viver sabendo-se homossexual. O que sabemos ao certo até aqui é que haverá uma morte na série; resta apenas saber quem morreu: Will ou Peggy? Confesso que não esperava que o plot do personagem tomasse este rumo, mas sentirei muito se, no retorno da série em 15 de janeiro, descobrirmos que Will se despediu de Nashville de forma tão melancólica. Ninguém teve a oportunidade de dizer para ele: “Calma! Everything is gonna be alright! A vida dá voltas, as pessoas mudam, e as coisas eventualmente se tornam melhores. Não desista.” Eu realmente espero que a sua tentativa de suicídio não tenha passado disso: uma tentativa frustrada. Até porque, se este for o caso, a série abre um leque enorme de possibilidades para ele, para trabalhar o assunto, dar um final – ou um “meio” – feliz para ele, e até mesmo – por que não? – para mandar um importante recado para quem estiver disposto a ouvi-lo: it’s ok to be gay.
Bom, depois desta (não tão) breve introdução, fica até meio redundante dizer que o último episódio de Nashville em 2013 foi nada menos que sensacional. Impecável em todos os sentidos e mais do que merecedor da nota máxima. Em 42 minutos, os roteiristas foram capazes de nos presentear com aquele que foi, sem dúvida, o melhor episódio da temporada. Inclusive, pareceram ouvir as minhas preces e deram rumos promissores até mesmo para aqueles arcos de que eu vinha reclamando há algumas semanas. Nenhuma ponta ficou solta, por assim dizer, e isso me deixa muito animada para o retorno da série em 2014. Aliás, a ABC – emissora da série nos EUA – decidiu não mais dividir esta 2ª temporada em duas partes (como acontece em Pretty Little Liars, por exemplo), e o hiatus, que inicialmente duraria até o final de fevereiro, irá apenas até 15 de janeiro. Isso porque o canal quer aproveitar o bom momento que a série atravessa, com um discreto aumento em sua audiência, o que é um ótimo sinal e pode ser decisivo na batalha por uma renovação.
Outra excelente notícia para Nashville foi a merecidíssima indicação de Hayden Panettiere ao Globo de Ouro como melhor atriz coadjuvante em série dramática. A categoria é difícil e está repleta de nomes de peso (um beijo pra você, Monica Potter!), mas, independente do resultado, é um baita reconhecimento ao talento da jovem atriz e sua complexa Juliette Barnes.
Falando nela (e voltando ao episódio), serei obrigada a mais uma vez dizer o quanto estou amando cada momento, cada plot da personagem nesta temporada. Juliette vive mais um momento conturbado tanto pessoal quanto profissionalmente, que explode com toda a força quando a imprensa sensacionalista aparece no festival de música da cidade – da qual é garota-propaganda e atração principal – para tirar satisfações sobre seu affair com Charlie.
O que vimos no início foi a Juliette de sempre: imatura, mimada e “chiliquenta”, por falta de uma palavra melhor. Enfim, Juliette being Juliette. Dando pitis homéricos nos bastidores e descontando toda a sua raiva e frustração em Glenn (sempre ele, coitado!). Tudo o que quer é um bode expiatório: o nome de alguém – QUALQUER um! – para colocar a culpa, dar à imprensa e fazer com que a deixem em paz. Até Avery chegar e mudar tudo. É incrível como ele tem o dom de trazer à tona o que Juliette tem de melhor, e em como ele está ali, ao seu lado, sempre que ela precisa de um ombro amigo.
Raros são os momentos em que vimos Juliette perder a sua majestade na série até hoje. Ela parece sempre muito segura de si, inabalável. Talvez por isso mesmo foi bastante interessante ver o quanto ela ficou abalada com a reação de seus próprios fãs ao boato que a apontava como a pivô da separação de “Charlivia”.
“Vocês estão prontos para ter uma ótima noite?” – Juliette
“Foi isso o que você disse para Charlie?” – Fã
Hostilizada por aqueles que deveriam apoiá-la apesar de tudo, Juliette se vê desamparada e esquece a letra da música. Ver Avery correr em seu socorro e ajudá-la naquela hora difícil foi muito bonito, e um dos pontos altos do episódio. Ele foi capaz de passar toda a serenidade de que ela precisava para terminar o show e cumprir o seu papel. Foi como se, naquele momento, ele dissesse para ela: “Hey, está tudo bem! Eu estou aqui, e nós vamos passar por isso juntos!”. E, assim, ela cantou para ele. Só para ele.
A cena no camarim, após o show, também foi um presente. Avery, mais uma vez, se mostra um excelente amigo, capaz de entender Juliette como ninguém e ser alguém em quem ela pode confiar.
“Você pode ter que ir até lá e enfrentar a imprensa, mas isso não significa que você tenha que jogar o jogo deles.” – Avery
A Juliette que vemos falando com a imprensa é completamente diferente daquela que estamos acostumados a ver, e isto é uma consequência direta da presença de Avery em sua vida. Tranquila, madura, limitou-se apenas a dizer:
“Cansei de entregar manchetes. Minha vida pessoal é exatamente isso: “pessoal” e “minha”.
A cena só não foi melhor do que o lindo “closure” que sua conturbada história com Charlie ganhou. Aquele “muito obrigado” não surpreendeu apenas Juliette. Mas Charlie tinha toda a razão: se não fosse por ela, ele não teria tido a coragem de mudar a própria vida, e continuaria infeliz. Juliette abriu seus olhos para novas e infinitas possibilidades, fazendo-o ver e encarar o mundo de uma maneira diferente.
“Me desculpe por não ser capaz de fazer o mesmo por você.” – Charlie
Ponto final. Simples, porém perfeito.
Mas, como nem tudo são flores, nossa antagonista levou um duro golpe ao abrir seu coração e se declarar para Avery. Poxa, como foi difícil assistir aquilo! Finalmente, vimos uma Juliette vulnerável baixar a guarda e expressar os seus sentimentos da maneira mais direta e honesta possível, demonstrando a tremenda evolução da personagem. Até ser interrompida por uma Scarlett seminua, claro. Acho uma pena que os roteiristas continuem insistindo no relacionamento nonsense entre esses dois. Tenho a nítida impressão de que o tempo de Scarlett e Avery como casal se esgotou lá nos primórdios da primeira temporada, e é um tremendo erro insistir neste “remember”. Espero que eles tenham a oportunidade de explorar Juliette e Avery como casal também, porque isto certamente significaria um crescimento ainda maior para ela. Como ela vai reagir diante do que aconteceu?
Enquanto isso, tivemos um desenvolvimento para o insuportável “quadrado amoroso” – antes tarde do que nunca! E começamos com Scarlett de volta à Nashville, tentando lidar com a descoberta sobre Zoey e Gunnar. Ela demonstra uma frieza incrível e ignora a amiga por completo. E aqui, eu preciso dizer: transformaram Scarlett em uma personagem absolutamente insuportável. Esqueçam aquela menina doce, ingênua e batalhadora que conhecemos na primeira temporada. Hoje, a personagem foi reduzida a um mimimi sem fim que pouco acrescenta à série.
“Meu ex está dormindo com a minha melhor amiga, e eu não devo levar isso para o lado pessoal?” – Scarlett
Não, Zoey e Gunnar não deveriam ter escondido dela o seu relacionamento, ainda mais se eles realmente gostam um do outro e pretendem levar a história adiante, como dizem (eu não acredito nesse casal, não adianta!). A maioria das pessoas, acredito eu, também se sentiria traída em seu lugar, e, pensando assim, eu até consigo entender a reação de Scarlett. Mas se ali existe mesmo uma amizade de mais de 20 anos, eu me recuso a acreditar que ela possa ser tão ingênua, bradando aos quatro ventos que “eles agiram pelas minhas costas” e que Avery é o “único que não mente” para ela, mergulhando de cabeça numa nova relação com ele. Por outro lado, como bem observado por Avery, quem terminou com Gunnar foi ela, e ele apenas aceitou a realidade e seguiu em frente. Coerência manda beijos, Scarlett!
Sinto como se ela e Gunnar nunca tivessem tido um “closure” decente, uma conversa definitiva para colocar os “pingos nos is” após aquele pedido de casamento frustrado, e talvez essa seja a razão para essa reação um tanto exagerada por parte dela. Acho, sim, que ali ainda existe um sentimento, uma coisa mal resolvida, e que ainda vai dar muito pano pra manga, especialmente quando eles forem obrigados a continuar convivendo na turnê de Luke.
Zoey, claro, cansa de se humilhar pelo perdão da amiga e resolve investir no relacionamento com Gunnar, apesar de tudo. Senti como se estivesse assistindo um episódio de Gossip Girl com toda aquela conversa de “se ela fosse realmente minha amiga, perceberia o quanto estou feliz com você”, digna de Blair Waldorf e Serena van der Woodsen em seus tempos áureos, e isso, meus queridos, não é um bom sinal! Que preguiça…
“Onde se ganha o pão, não se come a carne.” – Deacon
Não tenho palavras para descrever o quanto eu ri com esse conselho de Deacon! Foi engraçadíssimo e, claro, completamente ignorado por Gunnar. De qualquer forma, não me canso de dizer: como é bom ver o nosso guitarrista favorito com um sorriso como este no rosto!
“Bem-vindo ao clube dos rejeitados.” – Deacon
Quando ele descobre que Teddy boicotou sua participação no festival, decide firmar uma parceria – perfeita! – com Gunnar (que também estava decepcionado com sua posição no festival – no pior palco e às 11h da manhã – cortesia de Jeff Fordham), e fazer o seu próprio festival. Quão sensacional foi ver a reação de Teddy à notícia? “Você não tem os alvarás necessários”? Really? Ao ver Teddy – e sua babaquice – com toda a polícia de Nashville tentando, sem sucesso, acabar com o show de Deacon dentro de uma propriedade privada, não pude evitar em pensar se o prefeito – tão “hospitaleiro” – não tem nada mais importante para fazer. Mas enfim… Maddie está cada vez mais próxima de Deacon, não há nada que Teddy possa fazer a respeito, e isso é fantástico.
Gunnar ajudará a divulgar o show. Em troca, Deacon chamará seus contatos nas gravadoras para assistirem e conhecerem o trabalho e a música de Gunnar. Em poucas horas, foi capaz de fazer por ele o que Jeff não fez no que pareceram meses. Deacon definitivamente cansou de viver à sombra da carreira alheia; agora, quer ser o frontman de sua carreira e o protagonista de sua própria história, e é fantástico poder ver isso acontecer aos poucos.
Apesar de todos os esforços de Teddy e sua insossa Peggy, Maddie e Rayna marcam presença no show, assim como os executivos das gravadoras que Deacon convidou. Entretanto, o tiro meio que sai pela culatra, já que eles não estão interessados em Gunnar: Deacon brilhou de tal maneira que os executivos só querer saber de construir a sua carreira solo. Quem precisa de Teddy e seu festival estúpido?
Rayna também não ficou imune ao clima de drama que permeou todo o episódio, e ela parece estar em rota de colisão permanente com o inescrupuloso Jeff Fordham. Mesmo com o prometido dueto com Luke, o empresário pretende lançar o álbum de Rayna para alavancar os seus preciosos “lucros trimestrais”, e não desiste da ideia de explorar o fato de que ela quase morreu em um acidente de carro. Rayna, claro, não vai ceder facilmente, e jamais permitiria que ele sabotasse seu trabalho, ainda mais quando ele admite que “ninguém se importa com álbuns”.
“Resumindo: preciso lançar um cd de Rayna James ou de um cheque de 20 milhões.” – Jeff
Na opinião de Rayna, o problema de Jeff (além da óbvia falta de escrúpulos) é achar que a música se resume a números. Aquela pesquisa de mercado mostra que as músicas que ele descartou serão rejeitadas pelo público de Rayna, e ele ainda defende que não há um único single entre elas. O prognóstico é desanimador e prevê que o álbum não venderá bem.
Quem mais aí acha que Rayna comprometer todo o seu dinheiro e seus bens, além de envolver a irmã de caráter duvidoso nos negócios, é uma PÉSSIMA ideia? Temo pelo futuro dela e da Highway 65, pois, além de tudo, ela demonstrou não entender absolutamente nada de como gerir um negócio. Tandy pode até ter experiência na área administrativa, mas eu jamais confiaria nela. Será que Rayna não aprende?
“A primeira regra dos negócios é nunca arriscar tudo o que se tem.” – Tandy
Vale a pena arriscar? Não senti firmeza na decisão de Rayna, especialmente quando ela não consegue tirar a tal pesquisa da cabeça. A estratégia de Jeff estava mesmo errada? Prevejo problemas para ela nesta nova empreitada, mas o fato é que ela comprou a Highway 65, seu álbum e sua liberdde pelo “preço total”.
Além disso, impressão minha ou o relacionamento dela com Luke deu uma bela esfriada? No início do episódio, ele concorda em ser o seu “pequeno segredo”, mas ao mesmo tempo demonstra estar contrariado com a briga de Rayna com Jeff e sua posterior saída da Edgehill. “I’ll see you when I see you”? Really?
Também vi uma Rayna aborrecida ao ver Peggy agir como a mãe de Maddie e Daphne na abertura do festival de música: o retrato de uma família feliz. E, vamos combinar: se uma morte na série é inevitável, que seja a da insuportável Peggy. Não sei quem poderia estar por trás de um atentado como esse além de Lamar – que ainda acha que foi o genro quem o denunciou –, mas considerando que Teddy é um político no poder, tudo é possível! Só não acredito nem por um minuto no “amor” que ele descobriu sentir por ela, assim, de repente.
Para terminar, estou torcendo para que Layla seja desmascarada logo como a cobra que é e como a delatora de Juliette. Jeff deixou muito claro que, neste caso, seu contrato com a Edgehill correrá grande risco – não por amor à Juliette, apenas pensando no número de cds que ela é capaz de vender, claro – e eu mal posso esperar por este momento. Ao contrário de Juliette, por enquanto não vimos uma faceta de Layla capaz de nos fazer sentir um mínimo de empatia pela personagem. Ela é má, ponto final. Ainda bem que, no fim do dia, “haverá outra vice-ganhadora do ‘American Hitmaker’”. E que ela seja um pouquinho mais humana do que Layla, por favor! É pedir muito?
E vocês? O que acharam do episódio? Quem vocês acham que vai morrer? Will Lexington ou Peggy Kent?
Nashville encerrou o ano com chave de ouro, e promete muitas emoções para 2014:
Até lá! Um Feliz Natal e excelente 2014 para todos vocês!
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