TeleSéries
The Good Wife – Dear God, Oppo Research e Shiny Objects
28/10/2014, 16:09. Gabi Guimarães
Reviews
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Série: The Good Wife
Episódios: Dear God / Oppo Research / Shiny Objects
Número dos Episódios: 6×03 / 6×04 / 6×05
Exibição nos EUA: 05, 12 e 19/10/2014
Nota dos Episódios: 9.5
Bom, preciso começar esta review (tripla!) pedindo desculpas pelo sumiço e pela demora. O trabalho e as responsabilidades dessa tal de ~vida adulta~ me atrapalharam bastante nessas últimas semanas, e eu não só não escrevi as reviews como também sequer consegui assistir os episódios até este fim de semana. Sorry, gente. Sem mais delongas, vamos aos episódios perdidos?
Dear God, Oppo Research e Shiny Objects foram três excelentes episódios, que já começaram a nos mostrar a que esta sexta temporada veio.
“Se eu concorrer… qual é o plano?” – Alicia
Não tinha dúvidas de que, mais cedo ou mais tarde, Alicia sucumbiria à pressão e decidiria concorrer à Promotoria. Só não fazia ideia de que Castro seria capaz de golpes tão baixos e sujos. Insinuar que o caso contra Cary estava intimamente relacionado com sua campanha, ter a audácia de usar a morte de Will para provocá-la (!), e ameaçá-la ao dizer que “nenhum santo sobrevive à pesquisa de oposição” foram estratégias mais eficazes do que qualquer outra a que Eli poderia ter recorrido para convencê-la.
Azar de Castro.
A determinação de Alicia ao mergulhar de cabeça em uma carreira política é no mínimo surpreendente. Justo ela, que sempre odiou a política e conhece melhor do que ninguém os mecanismos que a movem. É também, por outro lado, uma brisa de ar fresco, já que mostra a ousadia do roteiro de Robert e Michelle King, e mais uma vez tira a série da sua zona de conforto, revirando a ordem natural das coisas. Minha única ressalva fica por conta da Florrick, Agos & Lockhart. Sinto que a nova carreira da “boa esposa” poderá ofuscar – e muito! – o arco do novo escritório, interrompendo-o de maneira um tanto brusca e precoce. A campanha de Alicia certamente a afastará de sua nova firma, e a sensação que tenho é a de que mal tivemos tempo para nos acostumar com esta nova realidade. Não sei se gosto dessa ideia.
Shiny Objects, o episódio da semana passada, meio que confirmou as minhas suspeitas. Diante da ameaça do vírus que tomou conta dos computadores da Florrick, Agos & Lockhart, vimos Diane sambar lindamente na cara de David Lee (eu vibrei, confesso. E vocês?). E quando achávamos que ele tinha a faca e o queijo na mão para se vingar da Mrs. Lockhart da maneira mais mesquinha possível, quem poderia suspeitar daquela reviravolta? Ao perceber que o aluguel dos escritórios da LG ainda estava no nome dela, logo matei a charada – não foi tão difícil, já que o roteiro não fez questão nenhuma de esconder a insatisfação de Diane com as instalações de seu novo escritório, com suas goteiras, infestação de baratas e má localização: ao que parece, Alicia, Cary e companhia estão de mudança para… A Lockhart & Gardner. Sério mesmo?
Alicia pareceu gostar da ideia, mas isso me incomoda bastante, e tenho certeza de que incomodará a Cary também. Ele saiu da LG para se livrar dos velhos hábitos, comportamentos e condutas que consistiam na própria essência do escritório. Rejeitou a chegada de Diane, justamente pelo que ela representa: os valores da LG. Algo de que ele e Alicia tentaram fugir quando abandonaram o barco. Se era para voltar à estaca zero tão rápido, qual foi o objetivo então? O único ponto positivo seria o retorno – não tão triunfal – de David Lee (e Louis Canning, assim esperamos).
“Parece uma obra de Kafka.” – Diane
Enquanto isso, o caso de Cary toma contornos kafkianos, como bem apontou Diane. E isso não poderia ser diferente quando figuras como Castro e Lemond Bishop estão no centro deste conflito. Ambos foram bem-sucedidos em transformar o martírio de Cary em plataforma de campanha: Castro, em seu próprio benefício; Bishop, por sua vez, em benefício de Alicia.
Eu sabia que Bishop não aceitaria ser descartado por Alicia assim tão facilmente. Mas a revelação de que aquele fundo anônimo para financiar a sua campanha foi, na verdade, ideia dele, me provocou arrepios na espinha. Assim, a incursão de Alicia no mundo da política começa de verdade… e da pior – e mais perigosa – maneira possível. Aceitando seu dinheiro, Alicia se tornará refém do traficante mais poderoso de Chicago, e ele certamente cobrará seus favores quando lhe for mais oportuno. A linha tênue entre certo e errado, legal e ilegal, ético e imoral que sempre envolveu a relação dos dois começa a desaparecer, ou, na melhor das hipóteses, a se tornar mais flexível. E agora, Alicia?
“Este, infelizmente, é o início de uma longa sequência de atos de mau gosto.” – Johnny Elfman
A frase do novo coordenador de campanha de Alicia – depois de um início um tanto tenso e incerto no cargo – foi quase profética, e caiu como uma luva para descrever tanto a situação de Bishop, quanto a de Peter. Uma das cenas mais sensacionais da série até hoje, na minha opinião, foi o confronto entre Peter e Alicia em Shiny Objects – as cenas de confrontos entre eles costumam mesmo ser nada menos do que impecáveis (ou alguém aí já esqueceu daquela discussão logo após a morte de Will?). Muitos fãs da série já não aguentam mais ver Alicia jogando a carta da traição na cara de Peter. Confesso: não faço parte deste grupo. Afinal, perdoar não é esquecer, e Alicia suportou estoicamente a tremenda humilhação pública a que Peter a submeteu. Mr. Florrick – no alto de toda a sua arrogância – precisava de (mais) um choque de realidade: sem o apoio de Alicia, meu querido, você jamais teria chegado ao governo “do grande estado de Illinois”. Desça do seu pedestal. Nada me irritou mais do que vê-lo falando em “favores”. Neste contexto, como culpar Alicia por trazer o passado à tona? E tudo isso por causa do apoio de Polmar? Sério mesmo?
Golpe duro para ele se dar conta de que Alicia tinha toda a razão. Suck it up, Peter! Gostei de vê-lo colocar o rabinho entre as pernas ao endossar a campanha dela à Promotoria – e apenas depois de Finn. Foi emocionante ver as manchetes dos jornais locais falando sobre o “novo casal mais poderoso do estado desde os Obama”, sobrepondo as fotos do anúncio da candidatura de Alicia, em 2014 – hoje a mulher forte e independente que aprendemos a amar e admirar –, àquelas do já distante episódio piloto, em 2009, no auge do escândalo sexual de Peter – com uma Alicia humilhada, frágil e vulnerável ao fundo, apoiando seu marido. A evolução de Alicia é palpável, e me deixou cheia de orgulho.
Kalinda, por sua vez, continua em uma desenfreada queda livre. O anúncio de que a sexta temporada será a última da atriz Archie Punjabi em The Good Wife foi mais um soco na boca do estômago dos fãs da série, que mal se recuperaram do choque da saída repentina de Josh Charles e a consequente morte de seu Will Gardner. Mas… Verdade seja dita: Kalinda não é mais nem a sombra da personagem que foi um dia. De certa forma, acredito que nos despedimos dela já há algum tempo, o que é triste. Resta saber em que termos a personagem se despedirá da série.
O declínio da personagem, acredito eu, começou no momento em que descobrimos, junto com Alicia, que ela foi para a cama com Peter, destruindo a amizade das duas – que era, sem dúvida, um dos elementos mais bacanas da série (aliás, juro que não me lembrava que Eli não sabia disso!). A morte de Will, seu chefe, amigo e confidente, apenas sacramentou o enfadonho destino da personagem. Além disso, a insistência do roteiro em chamar a atenção para o fato de que Kalinda, aparentemente, só sabe usar sua libido e o sexo como um meio para conseguir o que quer e precisa – afinal, “os fins justificam os meios”, certo? –, já se tornou irritante e extremamente cansativo.
Cary, Sophia, Lana… Até quando? A incapacidade de envolver-se emocionalmente com quem quer que seja já não comove mais (se é que um dia realmente comoveu), e me irrita ver Cary se deixar passar por otário mais uma vez. O casal não tem carisma nenhum, deixou de funcionar há tempos, e a ausência de um compasso moral na figura de Kalinda é a grande responsável por isso. Como torcer pelo casal depois do que Kalinda fez com Cary no final da última temporada? Não consigo entender… ou engolir.
De qualquer forma, espero duas coisas: 1- que Kalinda tenha um final digno e condizente com a personagem fundamental que foi um dia; e 2- que Robin, enfim, ganhe o espaço que tanto merece na trama. (repararam que, bastou Kalinda chegar na Florrick, Agos & Lockhart, que sequer vimos a personagem de Jess Weixler?)
Grace e Zach também deram as caras, e tiveram ótimos momentos nos últimos episódios – especialmente Grace. A filha caçula de Alicia e Peter ganhou destaque no terceiro episódio, Dear God, ao ajudar a mãe, ateísta – ou agnóstica, como preferiria Eli – a entender melhor sua fé católica e, assim, ganhar a causa da vez, decidida numa espécie de “tribunal” religioso presidido por ninguém menos que Robert Sean Leonard (saudade, House!).
“É como a poesia; ainda pode ser verdadeira sem ser precisa.” – Grace
É uma bela definição. Mas para Grace, o contexto é o mais importante. Editar, recortar e colar trechos aleatórios da Bíblia para que eles sirvam a interesses individuais, portanto, é uma atitude reprovável aos olhos da menina. Para Alicia, ao contrário, manipular o tratado religioso, ainda que isso represente uma incoerência, é fundamental para o bom – e eficiente – exercício da advocacia.
Grace voltou no episódio seguinte, Oppo Research – meu favorito entre os três –, para “atrapalhar” a desconfortável reunião de sua mãe com Eli e Johnny. E eu ri toda santa vez que as vozes do coral gospel da menina providencialmente interromperam o ceticismo dos três ao som de I will trust the Lord. Genial. No fim das contas, ironicamente, Grace foi a salvação da família Florrick, enquanto um armário repleto de esqueletos surgiu como um furacão na vida de Alicia, como era de se esperar. O aborto de Nisa, namorada de Zach, Veronica esbofeteando o filho alheio em público sem qualquer pudor (!), e Owen – o irmão de Alicia que eu tanto amo –, tendo um caso tórrido com um palestino casado que, nas horas vagas, atua em filmes pornô (!!). Se Alicia não jogou a toalha ali, sinal de que Castro terá uma boa briga pela frente – e as referências à Matrix não me passaram despercebidas! Ela, sabiamente, escolheu a pílula vermelha. Como não amar o sarcasmo de Alicia – pontual, sofisticado, e sempre, sempre acompanhado por uma boa taça de vinho tinto?
“Não gosto que meus filhos vejam com quem eu durmo. Como poderiam sair a tempo para seus abortos?” – Alicia
E como não poderia deixar de ser, termino esta review falando sobre ela, a única e insubstituível, Elsbeth Tascioni. Ah, como eu senti a sua falta! Sonho com o dia em que a personagem será fixa na série, e com o dia que o seu tão falado spinoff finalmente sairá do papel. Episódios com a participação de Carrie Preston são garantia de qualidade e humor em suas formas mais refinadas.
Desta vez, não foi diferente. Ver Elsbeth enfrentar Alicia no tribunal só não foi mais genial do que aquela sequência de recursos visuais aleatórios utilizados pelo roteiro para ilustrar e explicar o processo de seu raciocínio lógico. E foi fascinante, não? Ms. Tascioni é a personagem mais irresistível dessa série, sem sombra de dúvidas. The Good Wife jamais seria a mesma sem a sua excentricidade e brilhantismo. Por favor, Elsbeth: volte logo! Nós precisamos muito de você.
PS: Castro não pode se vangloriar por ter sido o único responsável por convencer Alicia a concorrer à Promotoria. Gloria Steinem, brilhante feminista e ativista política, também desempenhou papel importante nesta decisão, dando sequência às participações especialíssimas com que a série nos brindou nesta temporada (e olha que ainda estamos apenas no quinto episódio!).
PS2: Alicia Florrick for State’s Attorney!
PS3: A partir de agora, uma promessa: reviews em dia, sempre!
The Good Wife – Trust Issues
08/10/2014, 16:18. Gabi Guimarães
Reviews
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Série: The Good Wife
Episódio: Trust Issues
Número do Episódio: 6×02
Exibição nos EUA: 28/09/2014
Nota do Episódio: 9
O fim de uma era.
Olhos fixos no relógio. Contagem regressiva. Cinco horas. Diane levanta e sai de seu escritório pela última vez, levando consigo grande parte dos profissionais competentes (e insatisfeitos) que por tanto tempo ajudaram seu escritório a ser o que é – ou era, para uma nova jornada, um novo sonho. Um recomeço. E assim, a Lockhart & Gardner deixa de existir, pelo menos da forma como a conhecemos.
Nasce a Florrick, Agos & Lockhart.
A cena, já no finalzinho do episódio, fez meu coração bater mais forte, confesso. Foi difícil ver Diane dizer adeus ao escritório que construiu com Will. O ciclo se fecha, e sinto que esta foi a despedida definitiva do personagem de Josh Charles; nada mais restou. Novos tempos, novos desafios, vida nova.
Na review passada, comentei que a ironia da situação de Diane não havia passado despercebida para Alicia. Mas creio que há uma diferença pontual entre ambas: a saída de Alicia não foi apenas uma deslealdade profissional, mas também – e principalmente – pessoal. Alicia traiu a confiança e a amizade de Will quando foi justamente ele o único a estender-lhe a mão quando ela mais precisou. Todavia, tudo tem seu lado positivo: ver que Alicia não é exatamente perfeita e está longe de ser uma “santa” foi tão reconfortante quanto fundamental para o andamento da trama. Diane, por outro lado, foi traída, e, desprotegida após a morte de Will, se viu obrigada a abandonar seu próprio escritório com o golpe sujo de David Lee e Canning. Alicia, portanto, foi desleal, traiçoeira; Diane não.
Vê-la justificar a sua ida para a Florrick & Agos de forma tão convicta e apaixonada foi emocionante. Se eu fosse Dean (seja bem-vindo Taye Diggs!), não hesitaria em acompanhá-la nem por um minuto.
“Uma firma com uma missão, com uma verdadeira oportunidade para as minorias, com mulheres e diferentes etnias no poder. Você só está vendo os obstáculos. Veja uma oportunidade de construir o nosso futuro exatamente como queremos que ele seja.” – Diane
Mas este não foi o único drama do episódio. Cary continuava na cadeia e a campanha de Alicia para a promotoria continuava a pleno vapor, mesmo à sua revelia (Eli, estou olhando para você!). Estes dois grandes arcos da temporada, inclusive, se entremeiam de maneira bastante dinâmica e orgânica, mostrando o que TGW ainda sabe fazer de melhor, mesmo depois de seus seis anos no ar: aquele joguinho jurídico, composto por jogadores de moral flexível e muitas vezes duvidosa, onde ganha quem sabe melhor manipular a lei.
Lemond Bishop é um ótimo exemplo disso. A Florrick & Agos – e antes disso, a LG – sempre flertou com o perigo e caminhou sobre uma linha tênue ao representar apenas os seus “negócios legais”. Poderoso, o rei dos traficantes de Chicago está acima da lei e não hesita em fazer justiça com as próprias mãos. Pior para Trey. E para Cary, que, além do dinheiro da fiança, perde uma testemunha fundamental de sua defesa quando Bishop se vê na iminência de depor em juízo.
Enquanto Alicia joga duro com Peter ao tentar convencê-lo a assinar a segunda hipoteca de seu apartamento para pagar a fiança de Cary, Eli atira para todos os lados quando o assunto é a candidatura da “boa esposa” à Promotoria. Pouco importa que o casal há muito seja uma farsa, afinal, o mundo da política é sustentado pelas aparências, nada mais. Quem se importa com a realidade?
“Eu nunca votaria em alguém que gosta de política. Temos políticos demais. Precisamos de líderes que entendam o que significa ser um servidor público.” – Valerie Jarrett.
Ligações da Casa Branca (em uma participação especialíssima de Valerie Jarrett, conselheira do Presidente Obama), pesquisas eleitorais difamatórias, e um gigante do ramo imobiliário oferecendo o dinheiro da fiança de Cary por simplesmente “não gostar do atual Promotor” fizeram parte desta equação – este último sem qualquer interferência de Eli –, e acho que podemos dizer que, lá no fundo, Alicia já se sente um pouco balançada pela possibilidade de concorrer ao cargo. Será? Robin pode inadvertidamente ter matado a charada, enquanto Eli ficou genuinamente surpreso pela tal tentativa de suborno, já que isso aparentemente sugere que a candidatura de Alicia está sendo levada a sério também pelos “maus elementos”.
Ainda bem que a Chumhum – eterna pivô da maior disputa entre a LG e a Florrick & Agos – veio para salvar o dia, e o tempo de Cary na prisão chegou ao fim. No fim das contas, Trust Issues foi um episódio tão cheio de acontecimentos que o caso da semana foi quase completamente ofuscado, exceto pelo fato de Alicia ter reencontrado Lorraine Joy, advogada que a esnobou quando ela procurava um emprego lá nos primórdios da série; “nada pessoal”.
“Eu devia ter te contratado. Você é destruidora.” – Lorraine Joy
“Erro seu.” – Alicia
O reencontro entre Alicia e Cary foi emocionado e terno, mas acredito que a calmaria não será duradoura. Até agora, o roteiro não cansou de dar ênfase à insatisfação de Cary à possibilidade de Diane se juntar à Florrick & Agos. Talvez ele tema por seu próprio crescimento profissional, já que a advogada, única sobrevivente da LG (o que não é pouco!), é experiente e competente no que faz, e poderia facilmente deixá-lo em segundo plano. Ou talvez o receio de Cary seja de voltar aos mesmos hábitos e aos velhos erros que pareceram sustentar a Lockhart & Gardner por tanto tempo. Se este for o caso, é uma tremenda ingenuidade. Afinal, assim como a política, o exercício da advocacia muitas vezes consiste também em um jogo de aparências, manipulações e de morais flexíveis. Como esperar um resultado diferente? Contar com Diane é sensatez, bom senso.
A única dúvida que restou foi: e Kalinda? Presumo que ela tenha acompanhado Diane em sua mudança, até porque Mrs. Lockhart foi clara quando disse que a ida de Kalinda não estava aberta a negociações. Não sei se isso me agrada tanto, para ser honesta. A investigadora da LG já vem me irritando há algum tempo, enquanto Robin vem conquistando meu coração. Na minha opinião, inclusive, Robin não merece viver eternamente à sombra de Kalinda, e a chegada dela à Florrick & Agos me deixa um pouco receosa quanto à sua participação daqui para frente.
Trust Issues foi um episódio dinâmico, cheio de eventos importantes para o desenvolvimento da temporada, mas também um pouquinho tumultuado, confuso. Isso não é necessariamente um demérito do episódio; ainda é cedo para dizer a que a temporada veio. Mas…
O que será da LG agora, sem Lockhart e sem Gardner? David Lee e Louis Canning serão concorrentes de peso para Alicia, Cary e Diane? A decadência de uma necessariamente representará o renascimento da outra?
Bem-vindos à Florrick, Agos & Lockhart!
PS: Com cada vez mais frequência – e guardadas as devidas proporções, claro –, Eli me lembra Frank Underwood (House Of Cards, anyone?). A cena em que ele tira satisfações de Valerie Jarrett sobre o cargo que ela lhe prometeu na Casa Branca me fez rir alto. Precious.
PS2: Christine Baranski RAINHA! O episódio foi dela.
Parenthood – Happy Birthday, Zeek
08/10/2014, 14:00. Gabi Guimarães
Reviews
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Série: Parenthood
Episódio: Happy Birthday, Zeek
Número do Episódio: 6×02
Exibição nos EUA: 02/10/2014
Nota do Episódio: 10
Feliz Aniversário, Zeek!
Que delícia de episódio! Happy Birthday, Zeek, o segundo desta Farewell Season, nos presenteou com aquilo que Parenthood tem de melhor. Tivemos um pouquinho de tudo: lágrimas, risos, conflitos familiares e até uma festa de aniversário fabulosa.
Como já esperávamos, o arco central do episódio girou mais uma vez em torno da saúde de Zeek e da cirurgia cardíaca de que ele tanto precisa se quiser continuar ao lado de sua família. Cabeça-dura, teimoso e orgulhoso, a sua resistência inicial à ideia não foi exatamente uma surpresa.
Genial, entretanto, foi a maneira como o roteiro tratou de amolecer o coração do vovô mais sensacional da televisão – e, com ele, os nossos. A comemoração de seu 72º aniversário, desta vez com toda a família presente (exceto Haddie), foi a ocasião perfeita para mostrar ao patriarca dos Braverman que “sim, nós te amamos e precisamos de você em nossas vidas”. E quer jeito melhor de se dar conta disso do que receber de presente uma gravação com os seus netinhos cantando uma canção em sua homenagem? (fica aqui um singelo agradecimento à Crosby e aos poderes milagrosos do auto tune.)
Crosby bem que tentou – ou não –, mas foi Adam que mais uma vez me arrancou lágrimas ao fazer aquele apelo emocionado ao pai.
“Se você não fizer a cirurgia, você pode morrer, pai. O que eu faria então?” – Adam
“Se eu morrer, espalhe as minhas cinzas no campo do Marine Park, e jogue uma partida de baseball em cima de mim. Porque eu vou morrer nos meus termos.” – Zeek
Zeek quer lidar com a situação de sua própria maneira, e isso é compreensível. Mas compreensível também é a preocupação e o amor de Camille, Adam, Sarah, Julia e Crosby. No fim das contas, foi Amber e seu bisneto ainda nem nascido que o fizeram tomar a decisão mais difícil de sua vida. Vimos Zeek mudar de ideia quase que de forma palpável, ao vislumbrar a possibilidade de não estar ali para ver seu bisneto nascer. Para ver Max, Nora, Sydney, Victor, Jabbar e Aida crescerem. É, ainda vale lutar pela sua vida, vovô.
E em um episódio recheado de cenas emocionantes, a minha preferida sem dúvidas foi aquela entre Amber e Zeek. Ela se sentia desprotegida e desesperada desde o momento em que soube de sua gravidez. A reação de Sarah, a princípio, não foi das melhores (mas quem pode culpá-la?). Ele, por outro lado, precisava de um belo incentivo para continuar vivendo. O encontro dos dois naquela varanda foi, talvez, a salvação de ambos. Como foi linda a emoção e a alegria de Zeek ao receber a notícia! Meio que sem saber, ele acabou dando à Amber o conforto e o amor de que ela tanto precisava naquele momento.
Sarah não demorou a se redimir. Passado o susto e o discurso frustrado, lá estava ela, pronta para apoiar sua filha.
“Eu percebi que esqueci de te contar sobre todas as coisas boas. Tudo vai ficar bem.” – Sarah
E o que dizer de Julia e Joel? Por mais que meu coração tenha se partido (mais uma vez) em um milhão de pedacinhos, foi um alento ver Julia finalmente reagir.
“Você nos destruiu! Destruiu a todos nós!” – Julia
Sim, Joel. Você destruiu a linda família que tinha ao adotar um comportamento que, a mim, pareceu bastante desproporcional, e por que não até mesmo aleatório. Sim, Julia também teve sua parcela de culpa quando se deixou envolver por Ed, mas não merecia ser tratada assim. Na temporada passada, vimos um Joel ressentido e magoado preferir a saída mais fácil e covarde ao se recusar a sequer conversar com Julia, que implorava por seu perdão. Saiu de casa, deixando dolorosamente claro que seu casamento havia acabado.
Não, Joel. Como Julia bem apontou, agora, só porque você se sente (um pouco) melhor e (muito) arrependido, você não tem o direito de fingir que nada aconteceu, que você não a destruiu. Por mais de um ano, Julia foi paciente, esperançosa. Mas o tempo (felizmente) passou, e a vida seguiu em frente.
“Eu estou quase bem.” – Julia
Sydney, por outro lado, está longe disso. A menina, que sempre foi mimada, e talvez tenha sido a parte mais afetada pela separação dos pais, agora resolve odiá-los e… fazer do bullying o seu esporte favorito. Fiquemos atentos às cenas dos próximos capítulos…
Happy Birthday, Zeek foi um daqueles episódios que só mesmo Parenthood poderia nos proporcionar. Maravilhoso e emocionante – o que, aliás, é uma marca registrada da série –, foi um verdadeiro presente para os seus fãs que, como eu, estão em completa negação sobre a despedida iminente.
Faltam 11 episódios para a series finale.
PS: Desta vez, achei que o plot “gluten free” da Chambers Academy ficou um pouquinho deslocado em meio a tantas fortes emoções. Espero, entretanto, que ele não seja esquecido nos próximos episódios e que nós tenhamos a chance de ver Adam literalmente colocando a “mão na massa”, se envolvendo de forma mais ativa com a escola e seus alunos.
Parenthood – Vegas
04/10/2014, 12:04. Gabi Guimarães
Reviews
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Série: Parenthood
Episódio: Vegas
Número do Episódio: 6×01
Exibição nos EUA: 25/09/2014
Nota do Episódio: 4.5
É (quase) chegada a hora da despedida. E como vai ser difícil ficar sem os Braverman!
Carisma. Acho que este é o adjetivo que melhor define esta família que conquistou os nossos corações. Prova disso é que Parenthood nunca foi exatamente um sucesso estrondoso de audiência, e sua renovação, temporada após temporada, se deu muito mais pelo amor e lealdade de seus poucos mas apaixonados fãs do que por seus números propriamente ditos. Desta vez não foi diferente: sofremos (muito!) com a indecisão da NBC, que depois de uma negociação que parecia interminável, decidiu dar à série uma última temporada, com 13 preciosos episódios que darão um ponto final à história desta família tão querida.
Diante da incerteza de uma sexta temporada, a season finale passada nos deixou com um gostinho melancólico de series finale. A casa de Zeek e Camille foi finalmente vendida, Julia e Joel deram sinais de que uma reconciliação seria possível, Sarah e Hank se reencontraram, Kristina e Adam estavam cada vez mais perto de realizar o sonho de construir uma escola para Max, e Amber… ah, Amber! A primogênita de Sarah terminou a última temporada com um teste de gravidez nas mãos.
Jason Katims, criador da série, disse em entrevista recente que esta será, sem dúvida, a sua temporada mais emocionante (Deus nos ajude!), e que ela deve girar em torno de um grande arco principal. Alguém duvida que muitas lágrimas rolarão até a series finale? Pois peguem seus lencinhos: a 6ª temporada de Parenthood começou!
Ao que tudo indica, esse tal arco grandioso será sobre a saúde deteriorada de Zeek, e o meu coração já ficou bem apertadinho ao imaginar onde essa história poderá nos levar daqui a exatos 12 episódios. O que seria dos Braverman sem um de seus principais alicerces? A possibilidade da morte de Zeek é assustadora, mas quase palpável, mesmo que ainda estejamos na season premiere.
O que era para ter sido uma viagem divertida e relaxante, rapidamente se transformou num pesadelo. O destino era Las Vegas, mas a comemoração do aniversário de Zeek é interrompida quando ele sofre um mal súbito em pleno cassino. Com direito a muitas reclamações e resmungos por parte do patriarca ranzinza, vimos toda a família se unir, de uma maneira ou de outra, para cuidar dele. Sarah, Adam e Crosby acabam cedendo à sua teimosia (e quem resistiria?), e aquela cena do “jogo em família” em Vegas já começou a soar como uma despedida. Será?
Mas se para alguns a vida pode estar chegando ao fim, para outros é apenas o começo. E vem um novo Braverman por aí! O mistério não durou muito: logo no primeiro segundo da season premiere, vimos o bebê de Amber. Pois é, Sarah será vovó.
Confesso que, apesar de Amber ser a minha Braverman favorita (como não amá-la, gente?), a equação “Amber + Ryan” já vinha me cansando há algum tempo, e acredito que o casal durou muito mais do que deveria. Quem aí não teve vontade de socar a cara de Ryan quando ele partiu o coração de Amber para voltar ao Afeganistão?
Aliás, para falar a verdade, acho que só senti empatia por Ryan e sua atitude de menino-traumatizado-pelos-horrores-da-guerra em seus primeiros cinco minutos de tela. Por isso mesmo, revirei os olhos quando o personagem voltou para a série no final da última temporada, e não sei bem o que esperar desta gravidez. Não acredito que Amber optará pelo aborto, e sua reação ao ouvir a batida do coração de seu filho não me deixa mentir. Fato é que eu definitivamente não gostaria de vê-los juntos novamente. Se Ryan não consegue nem cuidar de si mesmo, como diabos criará um filho com ela?
Além disso, como Sarah vai reagir diante desta notícia bombástica?
E se Amber é a minha Braverman favorita, não posso negar que Adam e Kristina não ficam muito atrás. Adam é uma daquelas pessoas que qualquer um gostaria de ter por perto: bom pai, marido, irmão e amigo, é ele o grande responsável pela união da família. Se as nossas suspeitas se confirmarem e os dias de Zeek realmente estiverem contados, ele pode descansar em paz: seu primogênito é um ser humano fantástico. Junto com Kristina, Haddie, Max e Norah, foi provavelmente responsável também por grande parte das lágrimas que choramos até hoje nessas cinco temporadas.
Aliás, a maneira como Parenthood sempre abordou a Síndrome de Asperger no personagem de Max é de uma delicadeza e bom senso incríveis, e nunca falha em me emocionar. Pontual e impecável, a performance de Max Burkholder, mesmo em meio a um elenco de peso, sempre foi, pelo menos para mim, um dos pontos altos de toda a série.
Max não gosta de metáforas. Isso não é nenhuma novidade. E apesar de todo o esforço e dedicação de Adam e Kristina, observar a tinta da parede secar não diminuiu a sua relutância em frequentar a tão sonhada Chambers Academy (saudade, Gwen!). A conversa de pai para filho que finalmente o convenceu do contrário ilustra perfeitamente por que eu tenho tanto respeito por Adam. E o que dizer de Kristina? Quantos pais você conhece por aí que construíram uma escola do zero para garantir que seu filho tenha a chance de desenvolver todo o seu potencial, não importa o quão especial ele seja? Isso é amor incondicional. A felicidade estampada no rosto de Kristina ao receber Max na porta da escola em seu primeiro dia de aula não tem preço, e acho que este é um dos arcos mais promissores da temporada.
E o que dizer de Joel e Julia? Em quase nada eles lembram aquele que um dia foi o “casal perfeito”, e isso é muito triste. Ao contrário do que sugeriu a season finale, vimos que Julia cansou de pedir perdão ao (ex)marido e seguiu com sua vida – e como! Foi um soco na boca do estômago vê-la totalmente entregue e envolvida em uma nova relação logo nos primeiros minutos do episódio. Mas, por mais que eu entenda e até mesmo apoie a atitude dela, como é difícil vê-los separados! Torço pelo casal, mas Joel foi duro demais com Julia num passado não tão distante, e agora pode ser tarde demais. Espero que este não seja o caso, e foi muito bom ver Joel ali, pronto para abraçá-la quando as notícias sobre o colapso de Zeek chegaram (e para ajudar nos retoques finais da construção da escola de Kristina. Uma vez Braverman, sempre Braverman!).
Em tempos de temporada reduzida, gostei bastante do que vi nesta season premiere. O que será que nos aguarda nesta Farewell Season? Eu estou ansiosa para descobrir, e fico feliz de dizer que, a partir de agora, serei a responsável pelas reviews semanais da série (a desta semana atrasou um pouquinho, mas a próxima sairá em dia, prometo!). E vocês? O que acharam?
PS: Um personagem que não funcionou nem mesmo por cinco minutos e que me irrita profundamente sempre que aparece? Hank. O arco do fotógrafo nesta temporada parece ser uma receita feita sob medida para o tédio. Quem se importa com Ruby, suas más decisões, péssima atitude e sua mãe desesperada? Elas jamais deveriam ter voltado de Minnesota. Hank tinha mais chances de dar certo como o “amigo” compreensivo de Max. Sarah merece coisa muito melhor. Saudade, Mr. Cyr!
PS2: Volte logo, Haddie. Sentimos falta da sua amizade com a Amber! <3
The Good Wife – The Line
30/09/2014, 13:02. Gabi Guimarães
Reviews
Warning: Undefined variable $post_id in /home1/telese04/public_html/wp-content/themes/thestudio/archive.php on line 23
Série: The Good Wife
Episódio: The Line
Número do Episódio: 6×01
Exibição nos EUA: 21/09/2014
Dizer que a quinta temporada de The Good Wife foi espetacular se tornou um lugar-comum e uma bela redundância durante toda a última Fall Season. Em seus 22 episódios, a série soube se reinventar como poucas, saindo de sua tão criticada zona de conforto enquanto transformava os seus rumos de forma drástica e definitiva. Foram tantos plot twists que, a certa altura, nada mais era capaz de nos surpreender (será?). Robert e Michelle King, criadores da série, foram pegos de surpresa ao final da quarta temporada com o pedido de demissão do ator Josh Charles – intérprete de Will Gardner, e portanto, um dos pilares da série – e sabiam que tinham apenas 15 episódios para preparar o palco para a sua saída e dar um final digno à um personagem ao mesmo tempo tão essencial para a série quanto querido pelo seu público cativo. Mas o fizeram com tamanha maestria, que é justo dizer que a série apenas ganhou com o duro golpe da saída de Josh. Mais do que uma decisão corajosa e ousada, a controversa morte de Will se mostrou uma decisão acertada (e como é dolorido perceber isso!). Depois de ver Alicia trocar a Lockhart & Gardner – e, com ela, a confiança, amizade e lealdade de Will – pela incerteza representada pela Florrick & Agos, no brilhante Hitting the Fan (5×05), foi difícil testemunhar o ressentimento de Will em The Decision Tree (5×10), e a busca de Alicia por respostas após a sua morte. A ideia de que Will possa ter morrido magoado e decepcionado com ela era muito mais do que Alicia poderia suportar. The Last Call (5×16) foi a hora mais cruel, triste, e ao mesmo tempo bela de toda a série. E esse “ano estranho” terminou com Eli – sempre ele! – questionando Alicia: “o que você acha da ideia de concorrer à Promotoria?”.
E agora, Alicia?
Fim da digressão.
Como não poderia deixar de ser, trago comigo enormes expectativas em relação ao sexto ano da série. E a season premiere não decepcionou.
Duvido que o desdém de Alicia pela proposta insólita de Eli dure por muito mais tempo, até porque é uma ideia genial. A constatação é óbvia: Peter não é ninguém sem Alicia. Desde o escândalo em que esteve envolvido no já longínquo episódio piloto, ficou claro que o todo-poderoso governador de Illinois e suas ambições políticas não iriam a lugar algum sem o apoio incondicional de sua “boa esposa”. Eli sabe bem disso, e vê-lo manipulando Peter com suas “pesquisas de intenção de voto” não só foi impagável, como também me lembrou um pouquinho de Frank Underwood (sdd, House of Cards). Alicia tem um bom desempenho tanto com eleitores liberais quanto com os conservadores, numa combinação tão única quanto poderosa em qualquer cenário político, o que acaba por transformá-la em um instrumento de manobra no governo Florrick. Mas… Será que “Santa Alicia” toparia o desafio e mergulharia de cabeça numa carreira política? E o que isso significaria para a Florrick & Agos?
E nesta equação, entra Diane. A season finale da quinta temporada nos trouxe Mrs. Lockhart, enfraquecida dentro de seu próprio escritório após a morte de Will e encurralada por David Lee e Louis Canning, oferecendo seus serviços – e sua clientela de 38 milhões de dólares – à Florrick & Agos. Não pensem que a ironia desta situação passou despercebida aos olhos de Alicia, que, em uma cena impecável, chega a mencionar a “familiaridade” que tem com a situação agora vivida por Diane. Como não amar, minha gente? É, o mundo dá voltas… E agora é a vez de Diane virar a mesa e sair da LG sem olhar para trás. O que foi uma traição imperdoável por parte de Alicia, agora parece ser a única saída para ela. Hipocrisia? Talvez. Mas o instinto de sobrevivência de ambas fala mais alto. O luto pela morte de Will, aliás, teve esse efeito (in)desejado: reaproximar Alicia e Diane, que se viram obrigadas a deixar de lado as diferenças e a rivalidade entre seus escritórios para lidar com a bagunça inesperada e inoportuna deixada por ele em suas vidas.
Mas, ao que parece, nada disso importa muito por enquanto. Cary foi preso por envolvimento com tráfico de heroína (!) e, enfim, sofre as consequências de ter um cliente como Lemond Bishop e uma sócia que, por acaso, também é a primeira-dama do Estado. Por ora, todas as atenções e esforços estão voltadas para ele (e David Lee sabe disso, claro, contra-atacando Diane ao destruir a reputação já fragilizada do rapaz).
Castro e Polmar já deixaram claro: assim como a “ajuda” de Bishop, não irão facilitar a vida dele. Agos corre um grande risco, e isso só ficou realmente claro para mim quando ele precisou cortar a própria mão para provar sua lealdade. Como diabos Cary vai sair dessa quando a única linha de investigação que poderia provar a sua inocência é justamente aquela que eles não podem seguir (sob pena de irritar Bishop)?
Os inesgotáveis poderes investigativos de Kalinda, aliados à sua falta de escrúpulos e de um compasso moral, serão suficientes para salvar Cary desta manobra política? Aliás, chantagear e ameaçar a pessoa que minutos antes a protegeu parece um pouquinho demais, até para ela. É incrível como Kalinda consegue me encantar, irritar e assustar, tudo-ao-mesmo-tempo-e-agora. Mas se Kalinda quer, Kalinda consegue… O resto é só dano colateral, certo Cary? Será que desta vez ela terá uma carta na manga para salvá-lo de si mesmo?
The Good Wife será capaz de nos presentear com mais uma temporada impecável? Ainda é cedo para dizer. As expectativas são grandes, e a season premiere foi promissora. Os King disseram, em entrevista recente, que esperam encerrar a série em uma eventual sétima temporada. Até lá, muito ainda vai rolar. Fato é que, com ou sem Will Gardner, TGW provou que sabe se reinventar e sair da sua zona de conforto como poucas antes dela conseguiram. Eu estou ansiosa por embarcar nesta jornada, e fico feliz de anunciar que, a partir de agora, serei responsável pelas reviews semanais da série por aqui. Vem, gente!
PS: Menção honrosa para a Marissa, filha de Eli. Alguém PELAMORDEDEUS contrata ela como personagem regular? PRE-CI-SO. Melhor personagem DA VIDA (junto com Elsbeth Tascione, claro)! Despachada, me fez gargalhar com TODOS os diálogos dela no episódio, em especial na cena memorável da estagiária sem calcinha. Marissa pra Presidente, por favor! Nem é pedir muito, vai?
PS2: Com um pai como o do Cary, quem precisa de inimigos? U$8 mil? Sério?
PS3: Julianna Margulies RAINHA ganhando o Emmy (que, aliás, Josh também deveria ter ganhado). Mais que merecido! Aliás, não existe justificativa plausível para a ausência de TGW entre as melhores séries dramáticas do ano…
PS4: Saudade, Josh Charles. #RIPWill
Nashville – On The Other Hand
02/06/2014, 21:22. Gabi Guimarães
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Novos rumos à vista.
On The Other Hand, season finale que veio coroar uma sólida e bela temporada para Nashville – muito superior à primeira, há que se dizer –, trouxe a promessa de novos rumos, novos arcos e novos dramas para a terceira temporada. Mais do que isso, trouxe algo pelo qual podemos esperar ansiosamente: uma reaproximação entre Rayna e Juliette. Considerando que (quase) todos os arcos desenvolvidos já haviam sido resolvidos (ou quase isso), não sabia muito bem o que esperar para o encerramento desta temporada. Fui positivamente surpreendida e termino a temporada feliz e satisfeita com a série.
A jornada teve alguns escorregões aqui e ali, é verdade, mas acho que o mais importante a frisar aqui foram justamente os esforços do roteiro em se livrar daquilo que obviamente não estava dando certo. Lamar, Peggy, e tudo o mais que envolvia o arco político da série foram, aos poucos, sendo eliminados para dar mais espaço ao que realmente interessa: os bastidores da música country, Rayna, Juliette e todo o drama que essa combinação não falha em nos proporcionar. Talvez este tenha sido justamente o maior mérito desta segunda temporada: trazer Nashville de volta à sua essência.
Com isso, vejo personagens como Teddy e Tandy cada vez mais avulsos e aleatórios na trama, sem função alguma. De que adianta ser o prefeito de Nashville se o arco político da série morreu junto com Lamar – e Maddie parece preferir Deacon cada vez mais?
Falando desta season finale mais especificamente, a minha única reclamação… adivinhem? Vai para ele, o inigualável Will Lexington.
A minha decepção ao perceber que o arco sofrível do personagem e sua imensa dificuldade de auto-aceitação irá se estender para a terceira temporada me deixou em pânico. Sério? Isso era mesmo necessário? Will passou os 22 episódios desta temporada num eterno ciclo vicioso de autorrejeição e autodesprezo que basicamente levou o nada a lugar nenhum. Até mesmo quando esboçou uma evolução, na já distante primeira metade da temporada, quando desistiu da covarde ideia de tirar sua própria vida, Will não demorou a nos decepcionar novamente. Pois bem, a merda será toda jogada no ventilador assim que a season premiere chegar, lá por meados de setembro. Eu avisei, você avisou, nós avisamos… Hell, até o Jeff Fordham avisou! A moral da história é a seguinte: TODOS nós sabemos o que vem por aí, e eu não acredito que exista uma única pessoa neste fandom que esteja genuinamente ansioso para acompanhar o desenrolar deste arco que não acrescentou absolutamente nada à série e inacreditavelmente ainda se estenderá pela próxima. Foi triste perceber quanto tempo desta finale foi desperdiçado com este arco tão pobre. Uma temporada inteira já era mais do que suficiente. #ficadica Layla, aparentemente, era a única que não havia percebido, e sua reação diante da confissão emocionada de Will disse tudo. Conhecendo a índole da moça, sabemos que Will não terá qualquer solidariedade ou apoio, muito pelo contrário. Humilhada, espero que a porrada tenha sido forte o suficiente para expulsá-la definitivamente da série. Outra personagem sem propósito, que sequer chegou a mostrar a que veio. Mas ah… Não esqueçamos: Ms. Grant não pode ir embora antes que Juju descubra que foi ela quem vazou para a imprensa o seu affair com Charlie Wentworth! Seria tão, mas tão legal, não? Pois é, quem nasceu para ser Layla jamais será Juliette Barnes…
Mas as minhas breves reclamações ficam por aqui. O restante do episódio me agradou muito, e até mesmo o plot do lançamento do álbum de Will serviu para impulsionar a história. Adorei ver Rayna tomar as rédeas da situação como a líder em que se transformou desde a fundação da Highway 65 e jogar o jogo sujo de Jeff Fordham, devolvendo-lhe as “gentilezas” na mesma moeda – e com a bênção de Deacon. Afinal, os fins justificam os meios? Creio que, nesta situação, a resposta é um sonoro “sim”. Talvez por isso mesmo o negócio com Sam Boone tenha sido tão pontual, deixando as picuinhas do passado para trás, e mostrando ao executivo da Edgehill Records que Rayna, definitivamente, não está para brincadeira. Mas o ponto alto do episódio – pedidos de casamento à parte, mas já chegaremos lá – foi todo o arco envolvendo Rayna e Juliette (tinha foto melhor para abrir esta review?). They’re back, baby!
Desesperada com a inevitável e iminente descoberta de sua traição por Avery, Juju perde a razão, o juízo e a noção e, sucumbindo diante das ameaças cretinas de Jeff, aparece no evento de Deacon para a Sober House completamente bêbada. Que papelão ridículo. Ainda bem que Mr. Claybourne estava lá para salvar o dia – e o seu evento! – e impedir que Juju invadisse o palco quando Avery cantava uma canção em sua homenagem. (Aliás, quando foi que a banda de Avery, Gunnar e Zoey se reuniu novamente? Adorei este retorno, claro. Mas fiquei um pouco confusa: eles não tinham decidido que a banda não era uma prioridade e tal? Talvez tenha sido apenas uma participação especial em um evento ainda mais especial. De qualquer forma, adorei – como sempre! Mais reuniões dessa banda linda na terceira temporada, por favor!).
Em poucos minutos, vimos uma Juliette completamente surtada tentando a todo custo sair de seu contrato com a Highway 65, insultando Rayna, e sendo a Juliette de sempre… Mas, por outro lado, também vimos que Rayna já a conhece melhor do que isso – afinal, Juju não é tão indecifrável assim –, e sabia que deveria haver algum motivo escuso por trás desse comportamento errático. Gostei de vê-la sendo sincera com Rayna para variar um pouco, e gostei mais ainda de ver a nossa rainha defendendo e protegendo Juju com unhas e dentes – com direito até a “segurada de cabelo” enquanto ela, transtornada, vomitava sem parar. A minha cena favorita desta finale, com toda a certeza, foi aquele confronto entre Rayna, Juliette e Jeff. Que cena, gente… QUE. CENA!
“Oi Jeff! Obrigada pelo pior minuto e meio da minha vida.” – Juliette
“Hey, Jeff! A saída é por aqui.” – Juliette
“Aproveite o show!” – Rayna
… tudo isso culminando com um high-five histórico entre as duas. Para lavar a alma! Melhor impossível.
Mentira. Melhor que isso só vendo as duas unidas no palco depois de tanto tempo e talvez mais unidas do que nunca. Decisão muito acertada do roteiro, ao meu ver, colocando ambas – a rainha e sua antagonista – do mesmo lado, para sacudir um tiquinho a ordem natural das coisas e nos deixar com aquele gostinho de “quero mais” para a próxima temporada. Mal posso esperar!
Mas o que deu o tom dessa finale foi mesmo os dramas românticos de ambas. O pedido de casamento de Luke – e Deacon –, e o derradeiro embate entre Juliette e Avery.
Foi difícil assistir. Foi difícil ouvir Avery dizer todas aquelas duras verdades (?) para ela. Será que Juliette realmente não sabe o que é o amor, como ele a acusou? Eu me recuso a acreditar nisso, apesar dos pesares. A Juliette da primeira temporada, talvez. Mas, mesmo com seus desprezíveis escorregões em momentos cruciais, será que ainda podemos dizer que Juliette não sabe amar e ser amada? É claro que ela não se transformou numa pessoa perfeita da noite para o dia, mas venho batendo na mesma tecla desde o início da temporada: sua evolução é inegável. Tão inegável que ela foi a primeira a reconhecer esse ciclo vicioso de autodestruição que já é tão inerente ao seu caráter que é difícil separá-lo de quem ela é.
“Acho que quando eu sinto que alguém vai me machucar, apenas garanto que eu me machuque primeiro. Ou pior. Incendiar a casa enquanto ainda estou dentro. E o Jeff apenas me viu pelo que eu realmente sou. Uma favelada coberta de brilhantes. Eu não mereço você. E, no final do dia, garantirei que eu tenha o que eu mereço. Nada e ninguém. Eu sei que preciso de ajuda. Mas, por favor… Por favor, não me obrigue a ficar sozinha de novo.” – Juliette
Uma das cenas mais comoventes de Nashville até hoje, capaz de emocionar até o mais duro e gelado dos corações. Juju sabe que precisa de ajuda. E isso só demonstra o quanto ela cresceu e amadureceu até aqui. Somente uma pessoa madura e consciente é capaz de enxergar a própria situação com tanta clareza, e eu acho que, no fim do dia, é isso o que transforma Juliette em uma personagem tão querida para tantos e tantos fãs da série. De longe, ela (junto com Deacon) é a personagem mais humana. Cheia de defeitos e graves falhas de caráter, com certeza, mas em constante mudança e evolução. Mas a pergunta que não quer calar é: Avery será capaz de perdoá-la? A mágoa pela traição foi muito grande, mas lembremos que ele fez o mesmo com Scarlett nos primórdios da série. O que será de Juvery? O que vocês acham?
E o que dizer de Rayna e seu triângulo amoroso?
Fiquei um pouco surpresa com o pedido de casamento de Luke, confesso. Até porque não faz nem cinco minutos que ele estava colocando o amor que Rayna sente por ele em cheque. Oi? Já falei que não sou muito fã do personagem, e também fiquei surpresa por Rayna ter aceitado se casar com ele sem pensar duas vezes (estar diante de milhares de fãs entusiasmados talvez tenha tido algum peso, não?). Alguém aí acha que Rayna genuinamente ama o Mr. Wheeler? Se é verdade que uma imagem vale mais do que mil palavras, as carinhas de Deacon e Maddie não precisam de legenda, não é mesmo?
A menina, aliás, parece estar preterindo Teddy por Deacon já há algum tempo, deixando seu pai adotivo ainda mais deslocado na trama. Observem, por exemplo, que o descontentamento dela pelo casamento da mãe é porque ela deseja ver Rayna e Deacon juntos, e não uma reconciliação dela com Teddy. E isso já diz muito, não? Além de espalhar rancor e ressentimento por toda a temporada, pra que mais serviu Teddy? Qual poderá ser a função do personagem daqui pra frente? Fica aí mais uma pergunta que não quer calar. Mas outro fato que também não dá pra calar é na armadilha da chatice em que Maddie está caindo. Toda essa coisa de “artista incompreendida” já se tornou bastante cansativa, e a personagem corre o risco de se tornar caricata caso continue repetindo como um disco quebrado o quanto a vida é injusta. Rayna, Deacon e Teddy – em um dos poucos, senão o único ponto em que concordam – tem toda a razão de querer poupá-la do brutal mundo da música por enquanto. A sua educação importa, Maddie. Um pouquinho mais de paciência e compreensão, por favor! (Mas não deixe de cantar, porque você é uma linda, ok? Grata.)
O inesperado pedido de casamento de Luke, entretanto, fez o imenso amor de Deacon por Rayna acordar de seu estado adormecido. Nós sempre soubemos que ele estava lá, em algum lugar, escondido, aguardando o momento apropriado para sair – e sempre estará –, mas talvez a urgência da situação tenha apressado um pouco as coisas.
“Essa nossa coisa… Eu sei o que eu fiz. Parti seu coração de mil jeitos diferentes, e eu sinto muito por isso. Mas algo mudou. Eu. Eu sei como te amar agora. Aquele homem que você sempre quis que eu fosse? Eu sou esse homem. E eu posso ser um marido agora, e eu posso ser pai. E eu posso te dar tudo o que sempre quisemos ter. E talvez seja tarde demais, e eu deva seguir em frente, mas eu não posso. Tentei muito, mas o que sempre acontece é que eu melhoro em mentir para mim mesmo. Eu não quero mais fazer isso. Você e eu, Ray. É assim que deveria ser. Você sabe disso. Maddie, Daphne, você… e eu.” – Deacon
Fica até difícil dizer alguma coisa depois desse lindo discurso do Deacon, não? Eu acredito nele, mas… Rayna também acreditará? Ela aceitará o pedido de Deacon, jogando Luke para escanteio? Nunca acreditei no amor dela por Luke, vocês já estão cansados de ouvir, e o que a história dela e Deacon representa certamente é muito maior, mas depois de tudo, de todo o sofrimento que sempre a acompanhou… será o suficiente para convencer Rayna? Eu quero acreditar que sim, mas não sei o que esperar… E vocês?
Para terminar, o que dizer sobre Gunnar e Scarlett? Ele teve uma temporada apagada, sem muita expressão; com ela foi justamente o contrário: a promessa de uma carreira de sucesso, o trabalho incansável, a solidão, as lágrimas, a derrocada… tudo para voltar ao começo. Mas estaria este recomeço longe de Nashville? Adoro ver esses dois juntos, musical e amorosamente, e a cena final ao som daquele lindo dueto nos deixou com uma promessa de reaproximação. Gunnar deixou claro que não quer que ela vá embora… Scarlett ficou muito emocionada com a linda canção em sua homenagem… Existe algo mal resolvido entre eles, nós sabemos, mas… O que isso significará para eles? Espero que Scarlett fique em Nashville, mas… E Zoey? Mal posso esperar, mal posso esperar!
Um anel no dedo, outro na palma da mão… E agora, Rayna?
Deixo aqui o meu muito obrigada pela companhia ao longo desta temporada… e até setembro!
The Crazy Ones – The Monster e The Lighthouse
15/05/2014, 10:11. Gabi Guimarães
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É chegada a hora de dizer adeus.
A notícia é triste, mas já esperada: no último fim de semana a CBS anunciou o cancelamento da nossa amada The Crazy Ones. E a hora derradeira do pessoal da Lewis, Roberts & Roberts não deixou a desejar. Muito pelo contrário: deixou um gostinho agridoce, de quero mais.
Os dois últimos episódios da série – The Monster e The Lighthouse – foram exibidos no dia 17 de abril. Antes, portanto, de sabermos qual seria o seu destino. Embora não tenham sido exatamente uma series finale, ambos cumpriram seu papel com louvor, ao surpreendentemente não focarem na comédia, por assim dizer.
Enquanto The Monster girou em torno de um trabalho pro bono de Simon para salvar uma biblioteca em perigo através de uma campanha de queima de livros (oi?), The Lighthouse nos presenteou com uma verdadeira dramédia familiar, trazendo à agência ninguém menos do que Paige, a famigerada mãe de Sydney.
O que ambos os episódios tiveram em comum? O arco da possível venda da Lewis, Roberts & Roberts para a Hamasaki – uma gigante corporação – e, com isso, o embate entre Simon – contra a venda e a “morte” de sua liberdade criativa, e Gordon – a favor da venda e principalmente dos US$ 47 milhões que ela representaria.
“Eles tem uma ótima ética corporativa.” – Gordon
“Isso é como dizer ‘republicano pró-escolha’ ou ‘circuncisão parcial’. Eles não existem!” – Simon
Tudo começa quando, em The Monster, Gordon se desespera com a perda de um grande cliente – a UPS, e suplica a toda a equipe da agência que consigam substituí-la com um cliente à altura, como a indústria do tabaco ou a farmacêutica, ou… a Coreia do Norte (!).
“Lauren, querida, ligue para Kim Jong-Un!” – Gordon
“Não ligue, Lauren. Vai acordar o Dennis Rodman!” – Simon
Simon, como de costume, completamente alheio às questões mais burocráticas e financeiras de seu trabalho, não só não dá a mínima importância para o desespero de Gordon, como pretende salvar a Biblioteca Pública de Naperville em uma grande campanha pro bono.
“Fechem aquele museu de livros estúpido! Quem se importa?” – Gordon
Bom, Simon se importa. Gordon retalia e se recusa a liberar qualquer verba para a realização da campanha. Ah Gordon, você deveria saber que isso não daria certo…
“Você é um vilão. Só falta a maçã envenenada e um espelho mágico!” – Simon
“Você ainda nem começou a ver a Rainha Má que eu posso ser.” – Gordon
E neste conto de fadas às avessas, o pobre Gordon levou a pior, claro. Numa campanha completamente maluca – rabiscada com caneta permanente em um monitor de 5 mil dólares (ouch!), Simon involuntariamente transformou seu sócio desengonçado em um verdadeiro monstro. Já que bibliotecas, aparentemente, são lugares com “internet ruim”, “garotas feias”, “cheiro de livro velho”, e onde os “sem-teto vão para se masturbar”, o jeito foi inventar uma campanha às avessas, que incentivasse o fechamento da biblioteca e ainda o comemorasse com uma grande queima de livros. Whaaat?
Explicando melhor (ou quase isso!): o povo de Naperville está revoltado com o aumento de seus impostos, portanto não se importam com a biblioteca. Sendo assim, o que mais despertaria a sua atenção para a causa do que uma queima de livros? Ah, Simon…
O que faltava para a campanha era um rosto que “as pessoas pudessem odiar”. E é aí que entra Gordon, com seus fotogênicos “traços mediterrâneos suados”…
“Se eu sou o vilão, é porque você precisa que eu seja um vilão. Serve à sua necessidade patológica de ser um herói… Sou só a Bruxa do Mar para a sua Pequena Sereia… Fale com o tentáculo!” – Gordon
Gordon garante que a campanha pro bono de Simon nada tem a ver com a biblioteca, mas como a necessidade que ele sente de ser amado. Mas… Quem se importa? É tarde demais. Gordon já é o grande “queimador de livros” de Naperville, Illinois, e sente na pele a retaliação de sua população – “Meu café tinha um dedo médio desenhado na espuma!”.
Com a promessa de ser transformado no grande herói no grande plot twist planejado por Simon, Gordon não vê outra saída a não ser concordar com toda aquela insanidade. Incêndios e tentativas de linchamento a parte, (quase) tudo sai como o planejado, e, mais uma vez, a Lewis, Roberts & Roberts salva o dia ao revelar que tudo não passava de uma campanha publicitária genial.
“Isso me lembra de alguma coisa!” – Sydney
“Crepúsculo?” – Lauren
“Jogos Vorazes?” – Zach
“Sério?” – Andrew
E tudo termina com “numerosas e excruciantes” feridas de tridentes (!!), e Gordon se transformando em um “vilão da nação, porém um herói da biblioteca.” Ufa!
“Você é a Fera da minha Bela. O Garfunkel do meu Simon.” – Simon
Mas essa declaração de amor (?) não foi suficiente para salvar a LR&R de sua iminente venda, e em The Lighthouse a queda de braços entre Simon e Gordon continuou, levando a decisão final sobre o assunto para a Diretoria da agência.
“Por que Simon tem tanto medo da Diretoria?” – Lauren
“Porque é composta por pessoas que só se preocupam com dinheiro.” – Andrew
“E a minha mãe.” – Sydney
E então somos apresentados à Paige, a mãe ausente e louquinha da nossa Syd:
“Não façam movimentos bruscos. Finjam-se de mortos até ela sair com metade de tudo o que vocês tem.” – Simon
“Minha terapeuta se refere a ela como um farol. Quando a luz brilha em você, é ótimo. E quando está longe, você foi apenas deixado no escuro para bater nas rochas das neuroses da sua infância.” – Sydney
Como nada é simples na LR&R, o voto de minerva da Diretoria fica a cargo de Paige. Mas a verdade é que nada disso foi assim tão importante para o desfecho deste episódio – e da série. The Lighthouse se esforçou em nos mostrar a dinâmica familiar entre Simon, Sydney e Paige, suas aventuras, desencontros, brigas e reconciliações, tornando esta series finale uma verdadeira dramédia familiar.
Volúvel ao extremo, Paige promete seu voto tanto para Gordon, quanto para Simon, aproveitando neste meio termo o que de melhor ambos tinham a lhe oferecer: uma noite de sexo, como nos velhos tempos (“lembra quando você queria que eu votasse em Clinton?”), ou uma maratona com os piores filmes já estrelados por grandes divas do cinema e da música (Mariah Carey, Cher e Christina Aguilera, estou olhando para vocês!).
Ao vermos que até hoje Sydney sofre com as promessas vazias de sua mãe, entendemos melhor porque ela venera tanto seu pai excêntrico e atrapalhado, que, by the way, NÃO a esqueceu sozinha num shopping quando ela tinha 5 anos.
Pelo menos Paige prestou para dar um bom – e inédito! – conselho à filha: nós só nos arrependemos por aquilo que não fizemos. Ao colocar este conselho em “uma linguagem que ela seria capaz de entender” – e depois de ler o seu diário no Dropbox (“12345678”, anyone?), Simon deu o seu aval para aquela que talvez tenha sido a atitude mais ousada da vida de Syd.
“Pobre menina. Acho que crescer com pais que saltam de carros em movimento enquanto brigam te ensinou a usar cinto de segurança. Apesar de nossas culpas, queria que agora você tivesse um pouco da nossa imprudência.” – Simon
Mas… E agora? Bom, agora a resposta de Andrew ficará a cargo das nossas imaginações férteis. Obrigada por isso, CBS! Quanta crueldade! O que nos diz o fato de Syd querer acompanhar a mãe pelo Marrocos mesmo depois de ela ter decidido ficar em Chicago? Teria Andrew dado um fora na nossa publicitária favorita? Prefiro acreditar que não. (Até porque, tivemos uma certa insinuação da parte dele de que as coisas não iam assim tão bem com Allie, não é mesmo?)
No fim das contas, Paige fez a coisa certa ao votar a favor de Simon: a Lewis, Roberts & Roberts está a salvo, e a liberdade criativa de Simon, intacta e pronta para atacar novamente!
Em nossas memórias, ficarão os ótimos momentos proporcionados pela equipe mais louca do mundo publicitário. Inclusive os ótimos plots secundários envolvendo o “bromance” de Zandrew. Ver um Zach tão ciumento com “Aandrew” (Andrew + Allie = Aandrew, sério? hahaha) só não foi mais impagável do que o seu quase romance com o vizinho de Syd, e a inversão de papéis com Megan, a amiga-gata-e-ex-ginasta de Allie, que usou e abusou do nosso bonitão justamente quando ele tentava, em conversas imaginárias com Andrew (ou seria Scrooge?), ser um “homem melhor”.
É… Eu já estou com saudades.
Foi um prazer acompanhar as aventuras de The Crazy Ones, e dividir minhas reviews com vocês.
Até logo, Simon!
Nashville – All Or Nothing With Me
13/05/2014, 21:42. Gabi Guimarães
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Já podemos comemorar, Nashies! Depois de muita espera, muita especulação e muitas incertezas (cortesia da ABC), já que a audiência da série patinou por grande parte desta temporada, na última sexta-feira (9) recebemos a aguardada notícia da renovação da nossa amada Nashville para uma terceira temporada completa, com 22 episódios. Let’s celebrate!
Passada a euforia, entretanto, é preciso dizer que o episódio dessa semana foi apenas morno. O que não é exatamente um problema, se considerarmos a grande carga emocional de seus antecessores, com o surto psicótico de Scarlett e suas consequências tomando grande parte da trama. All Or Nothing With Me foi como uma breve calmaria antes da tempestade que promete ser esta season finale.
Quer dizer, calmaria para todos, EXCETO para Juliette, que começa o episódio com uma enorme ressaca moral pela atitude autodestrutiva, egoísta e – por que não? – babaca que tomou no episódio da semana passada. Nem toda a água do mundo seria capaz de lavar a sua alma e a sua vergonha neste momento, e ela sabe disso. E esse é o seu maior defeito: Juju não sabe encarar seus problemas de frente. Como disse na review passada, não achei nada justa a maneira como ela foi tratada por todos na ocasião do surto de Scarlett, e isso inclui o próprio Avery e suas atitudes incoerentes. Juliette foi ignorada, descartada, e reagiu da única maneira que sabe: fazendo besteira. A autodestruição parece ser sua amiga de infância, mas desta vez a besteira em questão tomou proporções épicas. Jeff Fordham? Não me conformo.
Mas não se enganem: não estou defendendo a atitude de Juju. Só me incomoda essa involução da personagem a esta altura do campeonato justamente porque ela parece estar em um eterno ciclo vicioso, repetindo os mesmo erros again and again and again… Até quando, Juju? Aliás, não sei o que me incomoda mais: o fato de ela ter escolhido Jeff Fordham – entre todas as pessoas do mundo! – para ser seu “cúmplice” nesta estupidez, ou se foi a traição a Avery. Poxa, depois de tudo o que eles passaram juntos, depois de toda a cumplicidade, amizade e lealdade de Avery, depois de tudo o que ele representou para ela e para a sua evolução, fica muito, muito difícil engolir ou perdoar este “deslize”.
O fato de Avery pedir perdão pela maneira como a vem tratando já logo no início do episódio não tornou as coisas mais fáceis para ela; a culpa está devorando-a. Avery, todo arrependido e apaixonado, sabe que algo está errado, que a namorada está distante, mesmo apesar das garantias de Juliette de que tudo está bem, e foi bastante doloroso assistir as cenas dos dois juntos e ver a dor de Juliette estampada em seu rosto. É, Juju… Quando você vai aprender que devemos arcar com as consequências dos nossos atos, custe o que custar?
E as coisas apenas se complicarão mais para ela, já que está cercada por Zoey – sua nova backing vocal, Gunnar – seu novo compositor, e o próprio Jeff Fordham, que está disposto a insistir no erro e quer a todo custo trazê-la de volta para a Edgehill Records. Que essa história não vai acabar bem, já temos certeza, mas… Como Avery irá descobrir a traição de Juliette? Achei bastante louvável (apesar de delicada) a decisão de Gunnar de contar a verdade ao amigo (podemos chamá-los assim? Quem diria!), mas com a carreira de Zoey em jogo, a cautela falou mais alto… Será que Avery se sentirá traído também por Gunnar e Zoey? O que vocês acham?
Por outro lado, um arco que vem me incomodando bastante é o que envolve toda a vida profissional de Juju. Gente, sério mesmo que as rádios de Nashville AINDA não querem nem saber de ouvir o nome dela, quanto mais tocar suas músicas (nem com a inestimável ajuda de Charlie Wentworth)? Este arco, abordado semana após semana, já se tornou cansativo, para ser generosa. Está mais do que na hora de os tablóides e a conservadora indústria fonográfica de Nashville encontrarem outro bode expiatório, até porque, o que diabos mais Juliette pode fazer para se reinventar? Quantas maneiras possíveis de redenção existem para ela? Don’t Put Dirt On My Grave Just Yet, como Rayna bem apontou, é mais do que uma grande canção, é uma afirmação. Get over it, people!
E Luke, feridas no Afeganistão à parte (??), contribui para que o boicote à Juliette continue, impedindo-a, a princípio – e para surpresa de Rayna –, de participar de seu show tributo ao exército americano. Ainda bem que este foi apenas um pretexto para conhecermos um pouquinho mais do passado de Juju. E, mais uma vez, sua história nos deixou de coração partido. Ficamos sabendo que o seu pai era um “Falcão Negro”, piloto do exército americano, que morreu em treinamento quando ela tinha apenas 4 aninhos. Poxa, a vida realmente não deu muitas tréguas para a pequena Juliette, hein? Pelo menos essa história foi suficiente para amolecer o coração endurecido de Luke, que não só a reconvidou para seu show, como também fez um dueto com ela. A música escolhida? Don’t Put Dirt…, claro!
Luke, aliás, também vem me incomodando muito com suas atitudes (talvez até por eu nunca tê-lo considerado um personagem necessário ou mesmo carismático). Acusar Rayna de organizar aquele show apenas para promover a Highway 65 foi um pouco longe demais, não? Ele claramente duvida do amor que ela sente por ele. E nisso, para falar a verdade, acho que está coberto de razão. Apesar dos pesares, não vejo a nossa rainha do country realmente apaixonada por ele.
No mais, todo aquele arco envolvendo um acidente no Afeganistão (!!) foi meio bizarro e deslocado. Aliás, em uma opinião bastante pessoal, sempre acho estas homenagens efusivas ao exército americano um tanto quanto pedantes, e nem mesmo a participação especialíssima de Michelle Obama conseguiu me convencer do contrário. Pelo menos foi um belo show – olá, Kellie Pickler! –, e serviu como pano de fundo para aqueles que considerei os melhores momentos do episódio.
O primeiro deles foi justamente o acerto de contas entre Deacon e Rayna. A aproximação entre ele e Maddie trouxe à tona várias perguntas e inseguranças, como era de se esperar. Deacon não consegue sequer se lembrar onde estava na noite em que sua filha nasceu, e foi justamente neste momento que teve clareza suficiente para entender a decisão que Rayna tomou todos aqueles anos atrás. Ela fez o que precisava ser feito para proteger sua filha, e agora Deacon consegue aceitar e acolher esta decisão. Afinal de contas, naquele momento conturbado, ela fez a única coisa certa.
“Eu disse que nunca iria perdoá-la por não ter me contado [sobre a Maddie] há 14 anos, e não vou perdoar. Porque isso significaria que você fez algo errado. E você não fez. Só estava protegendo a nossa garotinha. Finalmente entendi isso. Tudo o que eu fiz foi transformar isso num inferno, então me desculpe. Eu sou grato.” – Deacon
Rayna também ficou grata por, enfim, receber a compreensão do pai de sua filha. E isso me traz àquele que foi, de longe, o meu momento favorito do episódio: o acerto de contas entre Deacon e Teddy. E foi uma brisa de ar fresco vê-los, enfim, agindo como os adultos que são. Foi lindo ver Teddy deixar aquela postura defensiva e tantas vezes babaca de lado para pensar no bem-estar de Maddie. Deixou a menina ir dormir na casa de seu pai biológico, e teve toda a paciência do mundo para acalmar o coração angustiado de Daphne quando ela precisou. Acho que esta foi a primeira vez que tivemos a oportunidade de ver um lado mais humano de Teddy. Claro que o reconhecimento de Deacon de que ele criou uma menina maravilhosa ajudou a acalentar seu coração magoado, mas vê-lo baixar a guarda e compartilhar com Deacon a noite do nascimento de Maddie foi muito emocionante. Por um Teddy mais humano, por favor!
“Você criou uma garota e tanto, Teddy. E estava lá para tudo isso. Eu só queria saber o que perdi.” – Deacon
“… Maddie nasceu um pouco antes do sol nascer. Ela já saiu chorando. Cara, ela tinha um belo par de pulmões. Ainda tem (…) Naquele momento… Era um amor que eu nunca tinha conhecido.” – Teddy
O final do episódio foi um enorme presente para os fãs da série: Rayna, Maddie, Daphne e Deacon, juntos no palco, como uma grande família feliz, cantando A Life That’s Good. Lindo, lindo, lindo (mesmo com a carinha contrariada de Teddy na primeira fila). Quem sabe um dia essa família ainda não tenha uma chance de ser feliz (inclusive com Teddy)? Eu quero muito acreditar nesse final perfeito para eles.
Enquanto as coisas caminham bem para uns, nem tudo são flores para Scarlett. Como voltar para sua vida “normal” depois do que houve? Scarlett está lutando para devolver à sua vida algum senso de normalidade, mas ainda está incerta sobre o que fazer. De volta ao Bluebird, se deu conta de que aquele não é mais o seu lugar. Depois de todas as experiências sob os holofotes, Scarlett mudou, claro. Nem poderia ser diferente. E ela não demorou a perceber que sua antiga vida também não mais lhe convém. Se é verdade que ela não nasceu para ser artista, o mesmo pode ser dito agora sobre sua vida antiga. A verdade é que ela parece não pertencer mais à lugar algum. Desconstruída – e destruída –, o que Scarlett precisa agora é de uma transformação radical, e ela sabe disso. Será que a veremos mesmo ir embora de Nashville para que tenha a chance de um recomeço? De qualquer forma, foi ótimo vê-la mais tranquila, serena, e feliz pela conquista de Zoey. Um alívio, na verdade.
Para terminar, Will, Layla e seu reality show. Os avisos em tom de ameaça de Jeff Fordham ressoam incessantemente como um alarme na mente de Will, e logo vem a constatação do óbvio: com aquela quantidade insana de câmeras pela casa seguindo todos os seus passos, ele não será capaz de esconder quem é de verdade. A irritação, o mau-humor, a impaciência, o seu desamor à Layla, o personal trainer que lhe deu o número de telefone… Tudo caminha para uma revelação… bombástica? Não… Tudo neste arco é óbvio, monótono e não tem nada a acrescentar à série. Os roteiristas bem que podiam nos fazer um favor e mandar Will e Layla para longe de Nashville no lugar de Scarlett, não?
Amanhã teremos a season finale desta segunda temporada, e o episódio promete fortes emoções:
Até a semana que vem! E comemoremos: a terceira temporada vem aí!
Nashville – Your Good Girl’s Gonna Go Bad
08/05/2014, 10:38. Gabi Guimarães
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“Eu não pertenço a este lugar.” – Scarlett
Deacon culpa Rayna. Beverly culpa Deacon, Rayna, a própria Scarlett e também o universo. Scarlett culpa Juliette. O mundo culpa Juliette. E, neste jogo onde não há vencedores, vimos o desenrolar de mais um episódio irrepreensível de Nashville na reta final desta segunda temporada.
Já imaginávamos que este antepenúltimo episódio se concentraria no surto psicótico de Scarlett e suas consequências possivelmente desastrosas. E talvez por isso mesmo eu estivesse um pouco receosa. Ao longo da temporada, não poupei críticas à personagem e sua drástica mudança de comportamento. De uma personagem querida pelo público, Scarlett foi se tornando, semana a semana, a personagem mais aleatória da série. Irreconhecível. Com o fim da temporada logo ali, entretanto, era chegada a temida hora da resolução deste arco.
E eu não me decepcionei. Ao nos apresentar Beverly, Nashville nos explicou quase que didaticamente porque Scarlett é como é, e porque ela nunca poderia ser uma grande estrela da música country. Foi uma grande mistura de sentimentos: dor, tristeza, vergonha e frustração, que, por fim, levaram Scarlett à constatação do óbvio. Foi muito bacana ver a evolução e o amadurecimento da personagem nestes 42 minutos, ainda que de forma tão radical e dolorosa.
No fim das contas, foi com a ajuda de Zoey que Scarlett teve a epifania de que tanto precisava: ao dizer para a amiga que não sabia como diabos tinha chegado no fundo do poço, foi buscar as respostas dentro de si mesma. Que lindo ver Scarlett assumir a responsabilidade por seus próprios erros, por suas próprias más decisões, e, assim, retomar as rédeas da sua vida. A jornada foi bastante difícil – e às vezes chata de acompanhar, é verdade –, mas valeu a pena por proporcionar não só a ela como a tantos outros personagens um momento para reflexão. Welcome back, Scarlett. Nós sentimos a sua falta!
“Tem que se decidir, Beverly. Ou sou o idiota que nunca te apoia, ou sou o cavaleiro no cavalo branco, sempre se precipitando e salvando a todos (…) Você é uma maníaca narcisista cheia de raiva. A culpa é sua.” – Deacon
Com a sanidade mental de Scarlett em jogo, foi inevitável ver a vida e o passado da família Claybourne vir à tona. Deacon e Beverly decidem lavar toda a roupa suja, e, em meio à uma montanha de acusações e ressentimentos, ficamos sabendo que a decisão de não seguir uma carreira musical foi de Beverly, que sequer estava grávida de Scarlett quando a oportunidade surgiu. Jovem e apaixonada, preferiu ficar para trás para casar e constituir uma família. Foi abandonada pelo marido pouco depois com uma filha pequena para criar, e… o resto a gente já sabe. No fim das contas, Beverly é apenas covarde. Frustrada e amarga, preferiu passar a vida toda culpando o mundo e todos à sua volta por suas decepções do que tomar a responsabilidade daquela decisão para si. Muito mais fácil apontar o dedo para Deacon e dizer que ele não a amava porque preferiu sair dali do que colocar a mão na consciência e encarar de frente que a sua infelicidade só tem uma única culpada: ela mesma.
Deacon, infelizmente, não agiu muito diferente da irmã quando resolveu que culpar Rayna pela derrocada de Scarlett seria uma boa ideia. Lembremos que há alguns episódios, quando toda a coisa começava a desandar para ela, Deacon alertou Rayna sobre isso: Scarlett definitivamente não nasceu para uma vida sob os holofotes. Ele tinha razão, mas culpá-la pelo que houve, como se ela tivesse deliberadamente tentado prejudicar Scarlett, é ingenuidade demais. Rayna nunca quis nada além do melhor para sua pupila, e prova disso foi tê-la liberado de seu contrato, colocando a Highway 65 – e toda a sua vida, diga-se de passagem – em grande perigo. Agora, é tudo ou nada. Se seu novo álbum falhar, a Highway 65 também falhará. Se isto não demonstra grande respeito e consideração por Scarlett e pelo próprio Deacon, não sei o que mais o faria. Ainda bem que ele se redimiu e pediu perdão pelas duras e injustas palavras.
“Acho que passou muito tempo se preocupando com o que me faria feliz. Agora é hora de pensar no que fará você feliz (…) Você quer isso?” – Rayna
“Não, eu não quero. Eu não sei o que quero, mas sei que não é isso.” – Scarlett
E falando em Rayna, foi ótimo vê-la um pouco afastada de seus próprios dramas familiares e amorosos (Maddie e Luke, estou olhando para vocês!) para dar lugar ao profissional. Foi ótimo vê-la cantando novamente – uma raridade nesta temporada! –, focando no lançamento de seu novo disco, na sua nova gravadora e, mais do que isso, sendo uma parte fundamental do tratamento e recuperação de Scarlett. Não seria exagero da minha parte dizer que a menina a vê como uma figura materna, e que não foi capaz de suportar a ideia de tê-la decepcionado. Ver Rayna consolá-la e assegurar que seu futuro será brilhante – “você só precisa seguir um caminho diferente” – foi reconfortante. Scarlett está apavorada – quem em seu lugar não estaria? –, mas finalmente livre para descobrir o que quer da vida.
“Eu sou a maior babaca do mundo.” – Juliette
E o que dizer de Juliette? Bom, para começar, já aviso que estou provavelmente quase tão furiosa quanto ela pela maneira como foi tratada por todos ao longo do episódio. Scarlett, Deacon, Rayna, Avery… Ninguém se salvou! Juju foi injustamente descartada como um sapato velho por cada um deles em diferentes momentos do episódio.
Ok, todos sabemos que Juju não é exatamente flor que se cheire. A primeira temporada está aí para não nos deixar esquecer. Mas… Será que todos ali ignoram por completo a linda evolução e o amadurecimento da personagem? Essa frieza e indiferença eram realmente necessárias? Scarlett, ainda que sob o choque de seu surto psicótico, o que é perfeitamente compreensível, foi a mais injusta de todas. Não acho que Juliette foi cruel com ela em nenhum momento deste seu processo de autodestruição. Muito pelo contrário: justamente por conhecer melhor do que ninguém as dores e agruras de crescer com uma mãe doente e ausente, Juju tentou mostrar para Scarlett que… o show deve continuar, apesar de tudo. E ela tem razão. Se podemos ter uma certeza nessa vida é a de que o mundo não para para que possamos consertar nossos corações partidos. Essa foi a lição que Juliette tentou ensinar para Scarlett. Se ela tinha algum desejo ou intenção de se tornar uma cantora de sucesso, este sacrifício também era necessário. Nada de errado com as intenções de Juju, portanto. Nem vou entrar no mérito de culpá-la por sua internação, porque foi nonsense demais até mesmo para Scarlett.
E aí, no meio de toda esta confusão, está Avery. Sempre ele. Sim, ele precisava estar ali para Scarlett. Não o julgo por isso. Mas há tempos ele vem negligenciando Juliette perigosamente. Desde a sua reação blasé em relação às investidas de Charlie (que sumiu novamente, amém!), até as suas atitudes estupidamente incoerentes sobre o que é ou não permitido na sua vida profissional. Ficar à sombra de Scarlett, tudo bem, mas quando Juju lhe ofereceu aquele contrato irrecusável com a Edgehill Records, ele surtou. Tudo muito confuso, muito nebuloso. Menos os sentimentos que ele e Scarlett sentem um pelo outro. A cena entre os dois no hospital foi linda, de dois amigos que realmente se importam um com o outro. Para que Scarlett visse “uma cara conhecida” ao acordar.
Ele foi o primeiro amor da vida dela. Essas coisas não se apagam repentinamente. Não acho que haja algum sentimento romântico ali. Não mais. E acho que seria um erro insistir nisso. Mas fato é que Juliette ouviu tudo o que foi dito ali naquele quarto de hospital e, somando isso a todo o resto, prevejo problemas no paraíso.
Juju tem sua parcela de razão ao estar tão revoltada com tudo. Mas… Jeff Fordham? Sério? Confesso que ri alto com este novo “casal”. Impulsiva e cheia de raiva, a cada minuto do episódio tornou-se claro que a velha Juliette emergiria a qualquer momento. E desta vez, quem pode culpá-la? Sangue de barata nós sabemos que ela não tem. E assim, nos 46 minutos do segundo tempo, a nossa anti-heroína roubou a cena do episódio que até então era de Scarlett. É… Velhos hábitos não mudam nunca. E aqui, mais do que nunca, percebemos que Your Good Girl’s Gonna Go Bad – título do episódio – tem um sentido ambíguo: ele se refere à Scarlett? Juliette? Ambas? Façam suas apostas. Mas o escorregão de Juju, como não poderia deixar de ser, teve plateia cativa: Gunnar viu tudo. O que isso representa para o futuro de Avery e Juliette? Mais problemas no paraíso. E lá vamos nós odiar Juliette e seu alterego mimado e imaturo de novo… Por um breve momento, os papéis haviam se invertido entre Juju e Scarlett. Durou pouco, e agora as coisas voltam à sua ordem natural. E eu não sei se gosto muito dessa ideia.
Falando em Gunnar – e em sua personalidade volúvel –, vejo-o bastante apagado nesta temporada. Meio incerto, meio sem função, sendo um namorado às vezes machista, às vezes adorável, ganhando rios de dinheiro com os royalties de sua canção de sucesso. Em sua defesa, o fora inacreditável que deu em Jeff Fordham e sua proposta “irrecusável” foi sensacional. Ele, que a princípio pareceu tão indiferente e insensível ao que aconteceu com Scarlett, foi quem melhor a defendeu. Enfim, Gunnar reconheceu que, sem ela, ele não seria o compositor e cantor que é hoje. Não vejo a hora de vê-los compondo juntos novamente. No more drama, please. (e como foi bom ver Zoey e Scarlett acabarem com aquela briga sem sentido. Chega!)
Jeff Fordham, por sua vez, está cada vez mais enrascado na Edgehill Records por sua incompetência e sequência de decisões incrivelmente burras – isso para não mencionar a completa falta de caráter e escrúpulos… Ah, e o sexo com Juliette! Não sei onde pretendem levar o personagem, mas com a promoção de Oliver Hudson ao elenco regular da série, a única certeza que podemos ter é que Jeff ainda nos trará muita dor de cabeça. Will Lexington que o diga.
Jurei para mim mesma que não ia mais repetir o quanto esse personagem é chato e cansativo, mas não dá. Parece que, a cada semana, Will se supera e arranja um jeito inédito de ser um completo babaca. Junto com Layla, sem dúvida é responsável pelos minutos mais monótonos e chatos de cada episódio em que aparece. E a casa vai cair em breve para ele. Nem mesmo Jeff e sua “negação plausível” foram capazes de dissuadir Will daquela ideia estapafúrdia de reality show. Somando-se com o desespero de Layla em continuar “relevante”, é sério que ele acha tudo isso uma boa ideia? Depois não diga que Jeff – e todos nós – não o avisamos!
Alguém sentiu falta de Teddy? Nem eu.
Faltam só mais 2 episódios para a season finale, e o episódio desta quarta-feira traz ninguém menos do que Michelle Obama para a nossa amada Nashville.
Até a semana que vem!
Nashville – Crazy
30/04/2014, 10:29. Gabi Guimarães
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Um episódio cheio de acertos de contas. E de revelações.
Antes de entrar em um hiato prolongado no início de abril, Nashville nos presenteou com um episódio quase perfeito, onde finalmente tivemos a oportunidade de conhecer e entender melhor alguns dos personagens que tanto amamos. Crazy desenvolveu arcos bastante importantes e abriu novos caminhos que certamente darão o tom deste final de temporada – afinal, restam apenas três episódios para a season finale.
“O seu talento é o meu talento! Eu abri mão dos meus sonhos por você. E agora você está vivendo a vida que eu deveria ter. Eu deveria estar nos palcos! Você acha que a sua infância foi uma tragédia? Sua vida foi um piquenique comparada com a minha.” – Beverly
Eis que conhecemos Beverly O’Connor, a famigerada mãe de Scarlett – e irmã de Deacon. Uma mulher amarga, invejosa, que culpa a filha por tudo o que deu errado em sua vida. Uma artista frustrada em virtude de uma gravidez indesejada. Uma mulher cuja relação com a filha é apenas um hábito, desses contra o que a gente luta, mas não consegue se livrar. Uma relação baseada em “pisar em ovos”, em mentiras, mágoas e ressentimentos, de ambos os lados. Enfim, tivemos a oportunidade de conhecer e entender Scarlett um pouquinho melhor. Enfim, pudemos entender e sentir a letra da belíssima Black Roses (obrigada, Liam!).
“Essa é para você, mamãe.” – Scarlett
“… and I’m done trying to be the one
Picking up the broken pieces
and I’m done trying to be the one
who says I love you dear
but I’m leaving…”
Uma cena que, ao mesmo tempo em que foi linda e poderosa, foi também muito, muito triste, e representou uma verdadeira catarse emocional para Scarlett – além de um tremendo tapa na cara de Beverly. Afinal, a verdade dói. A constatação de que Scarlett “não está mais sob o seu feitiço”, como bem diz a letra da música, foi uma grande humilhação para ela. Merecida, diga-se de passagem.
O problema é que este reencontro com sua mãe parece ter jogado Scarlett de vez nos braços de seu vício… e de sua derrocada. Embora eu tenha perdido a paciência com a personagem inúmeras vezes e por mais da metade desta temporada, torço por ela. As dificuldades que ela enfrenta agora apenas a tornam humana. Mas devo dizer que achei um pouco forçada essa transição da “menina doce, ingênua e batalhadora” da primeira temporada para a “menina prodígio viciada em remédios e cheia de problemas familiares” desta segunda. Algo não soou bem para mim nesta jornada, e acho que isto ocorreu justamente pela personagem ter mudado tão drasticamente de uma temporada para a outra. A carreira musical de Scarlett a tirou de sua zona de conforto e foi um fator importante para desencadear toda esta insatisfação e infelicidade, claro, mas afinal, a mãe de Scarlett sempre foi uma bitch inescrupulosa, então por que isso nunca foi um problema antes? Beverly quase nunca foi mencionada até agora, e Scarlett parecia ter um bom relacionamento com ela. Pelo menos agora, sinto que a história tem potencial, e estou ansiosa por ver onde tudo isso a levará.
O escândalo envolvendo a paternidade de Maddie era uma tragédia anunciada. Deacon, ainda muito abalado com o fim de seu relacionamento com Megan, leva outro soco na boca do estômago ao ver seu nome envolvido na bagunça que Maddie criou. A decisão de enfrentar a situação de frente e ir à público esclarecer a história foi a melhor possível diante das circunstâncias, mas isso não seria tarefa fácil, já que Teddy, Rayna e Deacon teriam que representar uma “família feliz” diante das câmeras.
“É porque eu sou um alcóolatra. Na verdade, esta é uma palavra muito gentil. Naquela época eu era simplesmente um bêbado. Rayna tentou, mais vezes do que eu gostaria de admitir, me levar para a reabilitação, mas eu não estava pronto para ser pai (…) Meu relacionamento com Maddie é a melhor parte da minha vida.” – Deacon
Todos nós sabemos do passado difícil de Deacon, que vez por outra volta a assombrá-lo. A série nunca escondeu ou fez rodeios em relação ao seu vício, e o próprio Deacon fala abertamente sobre os fantasmas de seu passado. Quem não lembra daquele flashback no início da temporada? Fato é que ele é alcoólatra e nem sempre foi fácil amá-lo ou conviver com ele. E Rayna sabe bem disso, já que sofreu por muito tempo ao ver o amor da sua vida num eterno ciclo vicioso de autodestruição. Mas agora se questiona se a decisão de esconder dele a sua gravidez foi mesmo a mais correta. O desabafo com Tandy foi honesto e válido: afinal, o que há de tão especial na vida que Maddie tem hoje? Teddy e ela estão separados e, como a própria Rayna apontou, ele se transformou em uma pessoa que ela sequer consegue reconhecer. A verdade é que a vida de Maddie e tudo o que ela conhecia foi virado de cabeça para baixo mais de uma vez. Foi mesmo a melhor decisão?
E então chegamos àquela que foi provavelmente a minha cena favorita da série até hoje. A hora da verdade, enfim. A hora em que Rayna e Deacon sentam para conversar honestamente sobre Maddie, sobre a decisão de não deixá-lo criar sua própria filha, sobre o passado, sobre tudo aquilo que sempre incomodou a ambos, mas que eles nunca tiveram a coragem – ou a vontade, talvez – de falar a respeito.
“Você deveria ter me contado, Ray (…) Por que você não me deu mais tempo para ser pai dela?” – Deacon
É fácil entender e se identificar com Deacon e a dor de não ter sido parte da vida da própria filha. Mas Rayna também tem a sua dose de razão, e teve de tomar a decisão mais difícil de sua vida. Ela queria casar com Deacon e ter aquela filha linda com ele, em um lar amoroso e harmonioso que ele, naquele momento, não podia lhe dar. Então, ela fez o que tinha de ser feito. Com o coração partido, mas fez.
“Quando é a hora certa de bagunçar a vida da sua filha?” – Rayna
Rayna também tem um forte argumento aqui. Existe um momento certo para virar a vida da sua filha do avesso? E, por mais que me doa admitir, ela também tem razão ao apontar que a primeira atitude de Deacon quando descobriu ser o pai biológico de Maddie foi encher a cara.
“Você se embebedou e eu quase morri. Eu menti para você. Eu menti. E aposto que você se ressente muito por causa disso, mas te garanto, eu te culpo mais por nos colocar nessa situação primeiro.” – Rayna
Quem aqui teria a coragem de tirar a sua razão? Meu coração ficou despedaçado ao ver a tristeza e a dor estampadas no rosto de Deacon, mas ele também sabe: Rayna tem razão. Este é um peso que ele terá que carregar para o resto da vida. Mas o faz com imensa humildade e dignidade (na maioria das vezes), e acho que por isso mesmo Deacon é e sempre será meu personagem favorito. Um anti-herói, cheio de falhas, defeitos e fantasmas do passado, mas que tenta, a todo custo, fazer a coisa certa. O lado bom aqui é que só depende dele ser um bom pai para Maddie a partir de agora. Torço muito pela sua felicidade, e assistir a evolução – e involução, às vezes – do personagem é um dos grandes motivos que me fazem assistir e amar esta série. #TeamDeacon
E, se na review anterior eu tinha comentado que não entendi o “chilique” de Luke em relação à Deacon e o fato de ele ser o pai de Maddie, este episódio veio para explicar, logo de cara, que falar no nosso guitarrista favorito é, para Luke, cutucar uma ferida antiga. Uma ferida que existe desde 1992, mais precisamente, quando Luke já arrastava um caminhão por Rayna, mas ela só tinha olhos para Deacon, e sofria com seu comportamento errático. Ok, eu entendi. Mas, no fim das contas, eu ainda acho o comportamento de Luke bastante imaturo e ridículo. Por que diabos Luke ficou tão irritado ao ver Deacon admitindo seus erros em público? Ao ver que a entrevista correu bem e toda a história de Maddie foi esclarecida? Continuo achando essas atitudes muito estranhas… E desnecessárias. Morro de preguiça. Aposto que ainda existe algum outro motivo mais sério para toda esta implicância, não é possível!
Enquanto isso, Juliette tenta salvar sua carreira ainda em chamas. Após meter os pés pelas mãos ao anunciar precocemente sua ida para a Highway 65, Juju fica surpresa ao perceber que as rádios de Nashville ainda não querem saber dela. A sugestão de Glenn, a princípio, fez todo o sentido para mim, afinal, Charlie Wentworth é o herdeiro de um verdadeiro império midiático e poderia facilmente ajudar Juju a cair nas graças das rádios novamente. Mas minha alegria durou pouco. Onde diabos foi parar aquele cara bacana e que, apesar dos pesares, tentava fazer a coisa certa? O término do relacionamento dos dois havia sido tão perfeito, então para que trazê-lo de volta? Para estragar tudo? Charlie parecia outra pessoa. Um playboyzinho metido a conquistador, que foi logo interpretando o contato de Juliette com segundas intenções. Também não gostei muito da reação blasé de Avery quando Juliette lhe contou sobre as investidas de Charlie (e acho que ela concorda comigo), mas pelo menos ele foi homem o suficiente para confrontá-lo. E Avery o conhece muito bem: tudo em Charlie se resume a dinheiro e poder. Mas, por tudo o que viveu com Juju, ele já deveria estar careca de saber que ela não está à venda. Agiu como o babaca que sempre foi, mas a gente meio que fingia acreditar que não era. Não sei onde diabos este arco desgovernado pretende ir, mas não estou pagando para ver. O tempo de Charlie na série já terminou, e ele definitivamente não deveria ter sido ressuscitado.
Gunnar, por outro lado, enfim se transforma em um namorado decente. Ou quase. Com ele, parece que é sempre assim: um passo para frente, dois para trás. Achei fofo ele ter comprado tempo de estúdio com o monte de dinheiro que recebeu por seus royalties para Zoey, enfim, poder gravar sua demo e dar o pontapé inicial em sua carreira como cantora. Talento para isso, ela tem de sobra.
“A oportunidade não baterá à sua porta, Zoey. Você tem que fazer acontecer. Você tem que se perguntar: ‘o quanto eu quero isso?’.” – Jackie
Mas bastou a oportunidade de ir para Los Angeles bater à sua porta para Gunnar estragar tudo. Sério mesmo? Ainda bem que ela tem a cabeça no lugar e não cedeu à tentação de ser sustentada pelos royalties de seu namorado “novo rico”. Bom para ela! No mais, este não tem sido um plot dos mais interessantes, não é mesmo? Sonolento e desinteressante desde sempre.
A boa notícia é que Nashville retorna de seu hiato nesta quarta-feira, e, apesar da audiência inconstante, sua renovação agora é tida como quase certa. Inclusive, estamos vendo um investimento maior na série, que na semana passada ganhou um especial de uma hora na ABC chamado Nashville On The Record, que nos presenteou com os atores interpretando, ao vivo, os maiores sucessos da série. Apesar de não ser uma notícia oficial, acho que agora sim podemos respirar um pouquinho mais aliviados: Nashville, muito provavelmente, terá uma terceira temporada. Yay!
Até a semana que vem!
PS: Nashville nos entrega um episódio impecável e… Sem nem sinal de Will Lexington e Layla. Coincidência?
PS2: Por outro lado, um episódio que tem Maddie e Daphne cantando Ho Hey não tem como dar errado! É muito amor.
The Crazy Ones – Love Sucks
26/04/2014, 10:00. Gabi Guimarães
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“O que aprendemos? Que o amor não dura. Ele morre. Sem exceções.” – Lewis
“O romance acabou e o amor é uma bobagem (…) Você matou o amor!” – Simon
É… as coisas não andam muito animadoras para o pessoal da Lewis, Roberts & Roberts quando o assunto são os relacionamentos amorosos. Mas… que episódio!
Love Sucks não só nos presenteou com duas participações que, ainda que pequenas, foram especialíssimas, mas também nos trouxe de volta o sensacional Brad Garrett e seu Gordon Lewis.
E não há como negar: o episódio foi todinho dele. O sócio grandalhão e burocrata da agência mais insana da televisão roubou a cena, e eu até arrisco dizer que ofuscou as participações de Pam Dawber e David Copperfield ao mostrar um lado mais sentimental e humano do personagem.
Mais uma vez, a campanha publicitária do momento – o “Smart-specs”, um genérico do Google glass – não teve tanta importância no episódio e serviu apenas como pano de fundo para a tentativa meio atrapalhada de Simon de curar o coração partido de Gordon, que levou um sumário pé na bunda de seu amado Timothy. Como assim, Timothy?
E gente… que dó! Quem nunca passou por isso que atire a primeira pedra! As acusações de Timothy de que Gordon não sabe ser minimamente espontâneo são verdadeiras, e Simon sabe disso. Mas especialista em relacionamentos como é (só que não!), ele jamais estaria disposto a desistir de seu amigo e sócio sem fazer de tudo – TU-DO! – para ajudá-lo (mesmo que o placar seja Casamentos 6 x 0 Simon, mas… quem está contando?).
“Espontaneidade é a minha especialidade.” – Simon
Com isso em mente, Simon tenta ensinar essa tal virtude impossível de ser ensinada ao amigo para que ele reconquiste o seu amor. Achei de uma fofurice absurda a cena em que Simon leva Gordon àquela sessão de brain-storming com Andrew e Zach para a nova campanha do óculos. Toda aquela noção de “anti-ideia” e de “celebração da imprecisão” foi sensacional e me fez rir muito.
“Olhe só você. Parece o Miles Davis da conversa fiada. Está arrasando!” – Simon
Simon só não contava com a astúcia de Gordon naquela reuniãozinha despretensiosa pra lá de forçada com seus vizinhos. Dizer que ele se sente desconfortável socializando com estranhos não é um exagero – “eu deveria estar assistindo NCIS agora!” –, e nada melhor do que os tais “smart-specs” para ajudá-lo com os tópicos incômodos da conversa. Quem não riu com os seus conhecimentos ~afiados~ sobre o sistema de transporte público da Costa Rica ou sobre Dearborn, Michigan? Recarregar página. Hahaha
Mas o fato é que a separação e o pessimismo crescente de Gordon em relação ao amor afetaram Simon. Justo agora que ele estava saindo com uma tal escritora chamada Lily Schecter (Dawber), que aparentemente escreveu “Noventa Danças, Noventa Nações”, um livro com singelas 800 páginas sobre “uma mulher que se recupera de seu próprio divórcio viajando e dançando pelo mundo” (Se, assim como eu, você revirou os olhos, saiba que um indignado Andrew defenderia este clássico da literatura moderna argumentando que “a dança é uma metáfora para a sua catarse emocional”! Não é óbvio?)
O relacionamento parecia ir muito bem, até que…
“Sairemos mais algumas vezes. Diremos ‘eu te amo’ enquanto nos casamos, mas um dia esquecerei de tirar o lixo, e então você tentará me matar com uma faca de cozinha. Podemos encurtar para: ‘a conta, por favor?’, e poupar anos de infelicidade?” – Simon
… contagiado pela amargura de Gordon, Simon mete os pés pelas mãos, e nem mesmo David Copperfield consegue remediar a situação!
Mas a cereja do bolo, com toda a certeza, foi a cena mais espetacular da série até hoje: Gordon, num “bearaoke” – “é como o karaokê, mas com homens gays, grandes e peludos” (mas, por favor, não o confundam com o “Manilowke”, que ~obviamente~ é um “karaokê com músicas do Barry Manilow”!) – provando para Timothy e para si mesmo que pode SIM ser espontâneo e indo à luta para reconquistar o amor do seu homem.
“I came in like a wrecking ball
I never hit so hard in love
All I wanted was to break your walls
All you ever did was break me
Yeah, you wreck me…”
Desacreditei de tudo nessa minha vida quando vi aquele marmanjo grandalhão cantando Wrecking Ball em nome do amor de Timothy. Gente, que coisa mais sensacional! Hahaha Eu chorei de rir, literalmente. Genial!
E, se no fim das contas, tudo terminou aparentemente bem para Gordon, com Simon a história foi bem diferente…
“Eu tive um relacionamento com o Woody Harrelson e a mulher dele por uns 4 meses. Mas nunca conheci alguém maluco como você. Você é como… um alienígena! Ligue-me quando estiver curado.” – Lily
Oops!
O outro arco do episódio foi totalmente ofuscado pelo primeiro, mas nem por isso deixou de cumprir seu papel com competência. Até porque, com o arco principal envolvendo apenas Gordon e Simon, haveria de ter um plot engraçadinho aguardando Syd, Lauren, Andrew e Zach, certo?
“Não seja gentil. Não ajude ninguém.” – Andrew
E, MEL DELS, que mulher chata e grudenta essa Jean! Andrew, coitadinho, desrespeitou a “continuidade do espaço-tempo” ao devolver as chaves da “moça do RH” apenas para aprender da maneira mais difícil que ser gentil e altruísta nem sempre é uma coisa bacana. Ainda bem que todo mundo nessa vida tem uma alma gêmea, não é? Neste caso, Sydney e sua “torção severamente leve, QUASE moderada” no tornozelo – cortesia de Gordon – provaram ser a resposta para toda a carência de Jean. Foi como juntar a fome com a vontade de comer! E gente, podem me chamar de idiota, mas eu ri com o chaveiro-assinatura de “mini-jeans” da Jean. Eu sei, eu sei…
PS: Por que a minúscula participação de Pam Dawber foi, assim, TÃO especial? A maioria de nós certamente ainda nem era nascida, mas em 1978, a atriz estrelou a série Mork & Mindy com ninguém menos do que Robin Williams. A série marcou a estreia de Williams na televisão, e a reunião com Pam em The Crazy Ones, 36 anos depois, foi sua ideia!
PS2: Conheçam a “Dra. Katherine Salazar Lewis Ruffington”, a cachorra de Timothy e Gordon. Say whaaat? HAHAHA COMO não fomos apresentados a essa preciosidade antes?
PS3: Review super atrasada, eu sei… Tive um probleminha de saúde que me atrapalhou muito nas últimas semanas, mas prometo trazer a review da season finale o quanto antes para vocês! E, apesar dos pesares, espero do fundo do coração que não tenha sido uma series finale…
PS4: Deixo vocês com o “Gay Best Friend Breakup Blues” – “disponível para casamentos e bar mitzvahs!”:
The Crazy Ones – Danny Chase Hates Brad Paisley
12/04/2014, 10:20. Gabi Guimarães
Reviews
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“Ketchup? Que diabos é isso?” – Simon
Enfim, The Crazy Ones voltou a apresentar um episódio afiado, centrado na louca campanha publicitária da vez: um molho barbecue chamado “Língua Picante de Satã”. Que chance isso tinha de dar certo?
Simon, um grande fã do tal “molho satânico”, fazia absoluta questão de conquistar a sua campanha, custasse o que custasse. E realmente custou: a sua saúde, depois daquela competição insana de “quem consegue tomar mais molho?” – e a sua já escassa sanidade mental. Mas nada que algumas viagenzinhas ao banheiro e outra ao hospital não pudessem resolver.
“Ou é um ataque cardíaco ou meu estômago derreteu por causa do molho. Dedos cruzados para que seja o número dois!” – Simon
As donas da empresa do disputado molho herdaram a receita de sua tia moribunda, que, ao morrer, aparentemente, “deixou apenas uma coleção de rãs em poses sexuais e uma caixa de sapatos cheia de receitas”. As duas, um tanto ingênuas e sonhadoras, têm apenas uma exigência: querem um jingle daqueles “grudentos”, que você ouve uma vez e não consegue mais tirar da cabeça. Simon, então, lembra logo de Danny Chase – também conhecido como Josh Groban –, que volta à série para uma participação especialíssima.
O problema todo começou quando Simon precisou ser levado às pressas para o hospital para cuidar de seu estômago em chamas, e deixou o seu protegido Zach responsável por fechar a campanha com as duas senhoras. Zach, sentindo o peso da enorme responsabilidade, conseguiu fechar a campanha “prometendo demais”. E, por “prometendo demais”, entendam: ele garantiu às clientes que ninguém menos do que Brad Paisley iria cantar o jingle composto por Danny Chase. Confusão pronta.
Simon fica furioso quando Zach conta a ele o que prometeu. Afinal, será que Zach não aprendeu nada com o seu mestre?
“É como Deus falando para Jesus: ‘Você deveria ter transformado a água em um vinho melhor!’” – Zach
“E nessa analogia você é Jesus?” – Andrew
Ri demais com esse diálogo. Ver Zach desconcertado com a decepção de Simon foi no mínimo inédito. Mas… Mãos à obra! O único jeito agora seria cumprir o prometido, também conhecido por Simon como “o jeito mais odiado de todos”. Para limpar a bagunça feita por Zach, lá se foram eles atrás de Danny Chase e Brad Paisley. E confesso que isso me lembrou muito lááá do piloto, quando fomos apresentados a Simon e Zach, correndo atrás de Kelly Clarkson – ou seria “Kelly Classic”? – para o jingle do McDonalds. Foi só comigo ou vocês também lembraram do episódio?
“E aí, vadias? Alguém chamou o mestre de jingles? Porque DC está na área!” – Danny
Agora uma verdadeira estrela do mundo da publicidade – ou “o melhor compositor de jingles do ramo” –, Josh Groban e seu Danny Chase (ou seria DC?) estão de volta à Lewis, Roberts & Roberts, e… Foi sensacional! Que saudade, Danny…
“45m de distância, jingle boy! Válido até 2015!” – Sydney
Gargalhei com esse encontro entre Danny e Syd! Depois do último encontro pra lá de bizarro entre os dois lá nos primórdios da temporada, acho que a nossa querida Syd tomou a decisão certa ao conseguir uma restraining order contra Danny e sua obsessão.
(Sim, agora estou com o refrão “Syyydney, you’re one of a kind / Syyydney, you’re so fine” na cabeça… Alguém? Obrigada, Danny! #sqn)
Outra cena memorável e certamente um dos destaques do episódio foi o “processo de convencimento” de Danny, que, num ataque de estrelismo, disse que “não escreve sobre condimentos” e demitiu sua própria mãe do posto de empresária.
“Há cinquenta anos, havia uma senhora estranha, com uma vida sexual levemente complicada. Ela achou que seu lombo estava seco e duro e queria um jeito de umedecê-lo. Ela foi à dispensa e encontrou um melaço, pimenta e sete ingredientes secretos.” – Simon
Como Danny poderia resistir a uma campanha tão obviamente irresistível? Ele aceita fazer o jingle, mas a paz não reina nem por cinco segundos na LR&R. O problema da vez? Danny odeia Brad Paisley. Metendo os pés pelas mãos novamente, Zach “promete demais” e garante um pedido de desculpas por parte de Brad. No que Zach estava pensando, meu Deus?
O encontro com o Mr. Paisley não poderia ter ido melhor, não fosse um detalhe: ele não faz ideia de quem seja Danny Chase.
“O que você faria se alguém te pedisse para se desculpar com um estranho por algo que você não lembra ter feito?” – Zach
Como Brad Paisley “não pede desculpas para ninguém” (como ele pode recusar esta proposta irrecusável de Zach, really?), como proceder então? Utilizando-se dos poderes falsificadores de Lauren, é claro. Algo como:
“Desculpe-me por ter feito aquela coisa que eu fiz no passado. Sinto-me péssimo por tê-la feito. Vamos seguir em frente e nunca mais falar sobre essa coisa que eu fiz.”
Genial, não? Mesmo depois desta mensagem tão comovente e dos argumentos de Zach de que é preciso ser um “grande homem para pedir perdão em um papel de carta com cheiro de lavanda”, e do velho ditado sulista sobre o “gambá que foi menosprezado e não assobia quando é corrigido” (??), a coisa toda foi por água abaixo.
A revelação do porque Danny Chase odeia Brad Paisley, numa alusão ao título do episódio, foi hilária. Brad deu uma de Simon Cowell para cima de Danny num reality show chamado “The Next American Country Star” – “You are Unamerican!” – que ia ao ar às duas da manhã, depois dos infomerciais. Sério mesmo, Danny? #euri
Danny e Brad discutindo sobre o que é um falseto me fez rir alto, assim como a imitação perfeita que Josh fez de Brad cantando seu single. Momento alto do episódio, sem sombra de dúvidas. Impagável.
A campanha foi pelos ares, obviamente. Ninguém gravou single nenhum, e a coisa parecia ter ido para o brejo. Mas, a esta altura, quem aí não esperava uma sacada genial de Simon e Zach? A relação meio pai e filho entre os dois é, na minha opinião, um dos pontos fortes da série e que sempre, sempre, sempre funciona. É garantia de um bom episódio recheado de momentos hilários. Dessa vez não foi diferente.
“Pare de se perguntar ‘o que Simon faria?’ (…) Comece a se perguntar ‘o que Zach Cropper faria?’, e você será ainda melhor do que eu.” – Simon
Dito e feito. Com os retalhos da briga homérica entre suas estrelas, Zach salvou a campanha da “língua de satã”, em uma campanha que deixou Simon orgulhoso de seu garoto prodígio.
“Damn!” – Brad Paisley para “Língua de Satã”
O outro arco do episódio foi bonitinho, e focou basicamente na paixão platônica entre Syd e Andrew. A nova assistente da Syd, Allie, não resistiu aos charmes do fofo diretor de arte da agência, e o resto da história vocês já conhecem… Sou #TeamSyndrew desde o começo, e o fato de ele ter dito para Syd que conversar com a menina é “como conversar com você” disse tudo (a carinha enciumada dela também!). Só espero que tenhamos mais uma temporada (ou duas, ou três…) para ver este tão aguardado romance sair do eles-vão-eles-não-vão… Torçamos!
(E uma menção honrosa para Lauren – sempre ela! –, a assistente mais sensacional de todos os tempos! A-DO-REI ela se achando chefe e mandando e desmandando em Allie e seu mingau…)
Apenas três episódios até a season finale, e nem notícia sobre o futuro de The Crazy Ones… Episódios como este, entretanto, me dão uma pontinha de esperança. Em Danny Chase Hates Brad Paisley, tudo funcionou muito bem, como não acontecia já há algumas semanas. Por mais episódios com Josh Groban, por favor! Salvem The Crazy Ones!
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