TeleSéries
J.J. Abrams recebe homenagem no Emmy Internacional
27/11/2013, 21:43. Carla Heitgen
Notícias
Warning: Undefined variable $post_id in /home1/telese04/public_html/wp-content/themes/thestudio/archive.php on line 23
J. J. Abrams recebeu um prêmio honorário entregue na edição de número 41 do Emmy Internacional ocorrida na última segunda-feira (25). Conhecido como produtor e diretor do gênero de ficção, Abrams é bastante experiente na TV. Você sabia, por exemplo, que ele produziu a série Felicity? Também têm sua assinatura Alias, Lost e Fringe. Atualmente, está no ar com Person of Interest, Revolution e a estreante Almost Human.
A mais nova aposta de J.J. Abrams conta a história de um governo que tudo sabe, graças ao seu serviço de inteligência onipresente. Segundo Bruce L. Paisner, CEO da entidade responsável pelo Emmy Internacional, Abrams “é muito bom em prever o que irá para as manchetes” referindo-se ao fato de Almost Human ter começado a ser produzida bem antes do escândalo envolvendo espionagem nos Estados Unidos.
A inegável contribuição do produtor e diretor para a televisão lhe rendeuu um troféu, entregue por Zachary Quinto, o “novo” Spock, que também foi o Sylar da extinta série Heroes.
Com informações de The Huffinton Post
Fãs de Glee poderão escolher as canções do episódio 100
27/11/2013, 19:51. Carla Heitgen
Notícias
Warning: Undefined variable $post_id in /home1/telese04/public_html/wp-content/themes/thestudio/archive.php on line 23
Atenção Gleeks! Foi aberta a votação para as músicas que voltarão a ser cantadas pelo coral no centésimo episódio da série.
A Fox criou um site onde o fã poderá escolher dentre vários sucessos já interpretados pelo grupo. Entre as músicas estão o dueto de Rachel e Kurt em Defying Gravity, do musical Wicked, Santana soltando a voz em Valerie, do The Zutons, e Artie cantando Safety Dance, do Men Without Hats.
A primeira grande adaptação, Don’t Stop Believin’, da banda Journey, também está na lista.
Mas há opções de sobra, mesmo para os mais esquecidinhos. Cada música vem com um trecho para ser ouvido. As mais votadas ganharão um remix e serão apresentadas no episódio que irá ao ar em 18 de março de 2014.
Quer fazer parte desta história? Vote aqui.
Com informações de Entertainment Weekly
Cresce a expectativa para possível retorno de personagem morto em ‘Uma Família da Pesada’
27/11/2013, 19:34. Carla Heitgen
Notícias
Warning: Undefined variable $post_id in /home1/telese04/public_html/wp-content/themes/thestudio/archive.php on line 23
Cuidado! Spoilers fortes à frente! Se ainda não assistiu ao episódio que deu origem a todo o burburinho, não prossiga.
NOTÍCIAS | Personagem importante morre em ‘Uma Família da Pesada’. Mas quem?
Há 15 anos fãs acompanham a família Griffin, incluindo o cão-escritor-alcóolatra Brian, na animação Uma Família da Pesada. No episódio que foi ao ar no último domingo (24), entretanto, o melhor amigo de Stewie morre, e nem as tentativas de ressuscitação do caçula conseguem salvá-lo. Após o choque, admiradores do intelectual canino iniciaram uma petição, que conta, até o momento, com 75 mil adesões para que Seth MacFarlaine, criador e produtor da série traga o personagem de volta.
Para alguns, a morte de Brian não passa de uma estratégia de publicidade. Para grande parte do público, a ficha ainda não caiu e comenta-se sobre uma reviravolta mirabolante para o regresso triunfal do bichinho de estimação. O site #SAVEBRIAN, também criado para exigir (isso mesmo) a ressurreição, já alcançou a marca de 1 milhão de acessos e promete continuar a luta pelo retorno, mas se contentariam com um spin-off (uma nova série com o personagem Brian como protagonista).
Enquanto isso na Fox…
Continuam os rumores de que Brian Griffin voltará para seu lar disfuncional. O episódio que irá ao ar no dia 15 de dezembro, Christmas Guy, tem como foco um plano de Stewie para ganhar “a única coisa que ele realmente quer de Natal”. Consegue ouvir os latidos vindo do além? Ou talvez ver Brian chegando com um Martini cantando uma música do Frank Sinatra?
Pelo jeito o bebê dos Grffins não foi o único a chorar com a despedida de Brian.
E você? Acha que é apenas um golpe publicitário e Brian será ressuscitado?
Sessão de Terapia – Dora 7
24/11/2013, 15:00. Carla Heitgen
Reviews
Warning: Undefined variable $post_id in /home1/telese04/public_html/wp-content/themes/thestudio/archive.php on line 23
Fins apontando para recomeços, medo de perder o controle e morrer sozinho, a incapacidade de ouvir a própria voz, o desespero de ser invisível para as pessoas que mais ama e a tentativa de retomar o passado a partir de quando tudo começou a desmoronar. Problemas individuais, questões universais.
O início da semana trouxe o esperado resultado do Conselho de Psicologia, sobre a cassação da licença de Theo, em processo aberto pelo pai de Breno, Antônio. Quem lhe entrega o envelope é Malu, sua filha. O processo foi arquivado. De acordo com a entidade, Theo agiu corretamente no caso do ex-policial, que cometeu suicídio. O terapeuta, contudo, não fica feliz. Para ele, a decisão não apaga o que aconteceu. Antônio vai até a casa do psicólogo e diz que o deixará em paz e elogia Malu (Mayara Constantino). Pai e filha se abraçam. Parece que a absolvição que Theo buscava era do pai de seu paciente, e ele a obteve.
No dia seguinte, o psicólogo recebe um presente da vizinha Lia. A pintora lhe entrega um embrulho cuidadosamente preparado, um retrato de Theo, que ficou curioso para saber o motivo de ela ter estampado seu rosto em um quadro. A artista responde que gostou dele e a inspirou. Lia pede que seu novo amigo não abra o presente na frente dela. Ele não parece com pressa, pois tem medo de saber como as pessoas o veem.
Theo continua se culpar por não visitar o pai antes. Embora tenha ido vê-lo, chegou a poucos minutos depois de ter falecido, ou de acordo com ele, a cinco passos de mostrar ao pai que finalmente reuniu forças para perdoá-lo. O avô de Malu, que tanto desejava sua visita, não pôde aliviar-se com a absolvição do filho. Malu pergunta se sentirá remorso pelo resto de sua vida e completa que o pai precisa parar de cuidar do outros e reservar um tempo só para ele, maior do que o intervalo entre uma sessão e outra e maior até do que férias. Theo começa a ligar para seus pacientes avisando de sua ausência. Há três dias se pega olhando com curiosidade e medo para o quadro pintado por Lia, ainda fechado, e solenemente colocado em um canto da sala.
Ao chegar ao consultório de Dora (Selma Egrei) a terapeuta lhe diz que pensou muito nele durante a semana. Por um bom tempo Theo revela seu ressentimento por Dora não ter ido ao enterro do pai, uma destas ocasiões em que “se faz uma lista de quem veio e quem não apareceu”. Ele reconhece a beleza do telefonema e o telegrama enviado “elegante e antiquado igual ao seu tapete”. Sua presença fez falta, porém ela não saberia o que dizer devido à proximidade que tinha com a família; nem como reagir, já que é psicóloga de Theo e, portanto, uma referência para ele. Tanta lógica irrita o paciente que diz: “Em um momento deste basta um abraço”. Verdade, Theo.
Como psicólogo ele se envolve muito com seus pacientes. Dora nota que o lado bom disso é que conhece a dor deles e isso o torna um excelente profissional. Ela afirma que só voltou a atender porque viu que Theo, mesmo com tantos motivos para parar, prosseguiu atendendo. Pelo menos a fase sombria o aproximou da filha. Dora não consegue convencê-lo de que não seria apropriado interromper o processo terapêutico. É que Theo quer parar de falar da vida para viver a sua. Dora cede e eles se abraçam.
Para Theo, viver a própria vida começa com o gesto simbólico de desembrulhar o quadro de Lia e se ver pelos olhos dela: um lindíssimo retrato de um homem alegre, o que acreditamos que ele realmente foi quando despiu sua persona de terapeuta e conversou com sua vizinha. É assim que as pessoas te veem, Theo. Feliz e de bem consigo mesmo.
Em uma mensagem postada na página de Sessão de Terapia no Facebook, o diretor Selton Mello compartilhou a liberdade para explorar formatos, narrativas, histórias e temas que, de tão arriscados, só poderiam ser produzidos em um canal a cabo. Nos Estados Unidos além da HBO, a AMC e agora a Netflix, apostam em novidades que nem sempre têm apelo comercial. E por isso merecem todo o respeito de artistas e do público. Para usar as palavras de quem conhece muito bem os canais chamados abertos, com a palavra, o diretor: “A TV fechada é aberta e a TV aberta é fechada”. A terceira temporada já foi confirmada, com filmagens previstas entre janeiro e março de 2014. E há a possibilidade de ser inédita, isto é, com personagens e histórias diferentes de outras versões.
Terapia, ficção, arte. Cada um procura uma forma de tentar saber quem é, não que haja uma versão definitiva para qualquer ser humano. A verdade é que as experiências boas e ruins moldam nosso caráter e comportamento. Mas há algo que permanece essencialmente inalterado. Alguns chamam de consciência, outros de alma, essa versão em estado bruto de nós mesmos. Uma das coisas que Dora ama em sua profissão é saber que fez parte da mudança de alguém. Alguns fantasmas não podem ser exorcizados, mas aprender a conviver com eles ou colocá-los em seu devido lugar é possível. Boa sorte, Theo. E parabéns ao seu intérprete, Zécarlos Machado.
Comente o que achou da série. Qual foi seu personagem favorito?
Opa, nosso tempo acabou. Até a próxima!
Sessão de Terapia – Daniel 7
23/11/2013, 15:04. Carla Heitgen
Reviews
Warning: Undefined variable $post_id in /home1/telese04/public_html/wp-content/themes/thestudio/archive.php on line 23
Este fim de semana é a última chance para ver, pela TV, a série Sessão de Terapia. Neste sábado (23), e também no domingo (24), às 21:30 e 18:45, respectivamente, o canal GNT exibirá a maratona com a conclusão das cinco histórias que acompanhamos durante sete semanas, mas que pareceram mais, devido à nosso envolvimento com as histórias ali narradas sob o ponto de vista de quem as vivencia. Se você ainda não sabe se as questões de Daniel (Derick Lecouflé) foram resolvidas, e quer ver com seus próprios olhinhos, passe aqui depois para deixar sua opinião. Se você não acompanha a série mas não dispensa uma reflexão, temos material de sobra para explorar. Vem com a gente!
Daniel é um anjo. Um anjo no meio de uma guerra. E se resumíssemos seu estado emocional de quinta-feira (21) em uma palavra,escolheríamos “raiva” para defini-lo.
O menino de dez anos que há sete semanas compartilha com Theo as dificuldades de viver a separação nada amistosa dos pais está em uma fase comum àqueles que experimentam uma perda. No caso de Dani, a vida como ele conhecia acabou. A fase de transição entre a negação e a aceitação é difícil demais para qualquer um suportar, imagine para uma criança. O importante é que, mesmo irritado e impaciente, o que alguns distraídos atribuiriam a um comportamento típico da idade, ele nunca deixa de responder às perguntas de seu terapeuta.
A sessão começa com Theo lhe interrogando se tem ido à escola. Após responder com outro questionamento (Tem opção?) ele diz que o colega que implicava com ele o deixou em paz após uma reação inesperada sua. Ao tentar pegar sua mochila Eric recebe um soco, e chora, se sentindo envergonhado. Ele agora sabe como é estar do outro lado da humilhação. O psicólogo, então, tenta fazer com que seu paciente veja o que há de bom em sua vida, e o que ouve é: “Meus pais não gostam de mim”.
Dani acha que ele é o motivo das brigas entre João (André Frateschi) e Ana (Mariana Lima). Sua mãe, em busca de uma mudança e uma chance de reencontrar um sentido para sua vida, aceita uma promoção que a levará a mudar-se para outro estado, atitude que seu filho considera egoísmo. Ele não foi perguntado se gostaria de ir e parou de falar com Ana.
Neste momento Daniel – e nós, espectadores – ouvy uma perspectiva para lá de intrigante de Theo. A raiva é boa. O personagem de Zécarlos Machado diz que prefere vê-lo com raiva do que com culpa. Isso significa que a raiva faz um movimento para fora, é direcionada, enquanto a culpa faz o caminho oposto e, internalizada, se volta contra quem a sente. O psicólogo propõe que o garoto expresse sua raiva para os pais, para que eles saibam como se sente. Realmente, dizer é muito mais eficaz do que enviar sinais na esperança de que sejam interpretados. Incrédulo que de adiantará alguma coisa, ele cede, depois que Theo usa o convincente argumento de que “se não resolver, pelo menos você tentou”.
Ana e João se unem ao filho. A princípio, Daniel prefere apenas ouvir o que os pais têm a dizer. Quando a mãe pergunta se está tudo bem, entretanto, o menino não espera para chegar ao ponto. Não quer ir para outro estado e ninguém deseja saber o que ele quer. A briga, tão frequente a cada vez que o ex-casal se encontra, recomeça. Como que por reflexo, Dani sai da sala, para retornar pouco depois com uma cadeira, onde se posiciona para o que está por vir. Ana hesita, argumenta que os adultos precisam conversar e ouve a madura e segura resposta do filho, de que está preparado. “É só fingir que não estou aqui”, conclui. A triste verdade é que eles fazem exatamente isso quando brigam na sua frente.
Ana parece bastante decidida em partir levando o filho e deixar a “farra” do fim de semana para João. Daniel insiste em ficar com o pai e prosseguir sem mais uma mudança brusca em sua vida, mas ela resiste. O pai diz que o trabalho novo em uma nova cidade talvez a impeça de ter tempo de se dedicar ao filho como gostaria. Theo intervém querendo saber se por trás da decisão de Ana há outro motivo que justifique o desejo de ir para longe. E após sentir-se atacada, reflete sobre o quão difícil é ver o ex-marido com outra pessoa e o filho contra ela. Para Ana, Dani escolheu o pai ao “conquistar seu amor” durante o processo de separação. A equação que se forma é ciúme-mais-oferta profissional irrecusável-igual a-oportunidade.
Vencida pelo bom senso, Ana concorda em ver o filho aos fins de semana e deixá-lo sob os cuidados do pai. Com a ajuda de seu terapeuta entende que o que está fazendo não é abandono e sim uma decisão de fazer o que é melhor para o filho. Finalmente a cena que nunca imaginávamos ser possível se apresenta. E com uma fala sensacional de Dani, que representa muito bem seu bom humor nato: “Se nada disso der certo, eu posso ir morar com o Theo”. Como não amar este pequeno?
Na terça-feira (19), ao homenagear Cláudio Cavalcanti por sua dedicação e entrega ao personagem como se fosse um menino, intencionalmente, ou não, Selton Mello fez referência, também ao pequeno grande ator Derick Lecouflé. Veja que lindo o agradecimento do diretor na página da série no Facebook. Não é à toa que “anjo” é uma palavra recorrente quando se fala de Derick ou de Dani. Aliás, ele, ao lado de Otávio, foram meus personagens favoritos. Talvez porque quase todo mundo já foi uma criança que, em algum momento, se sentiu invisível para alguém.
Como bem disse o diretor, Mariana Lima e André Frateschi também representaram lindamente seus personagens Ana e João. Na primeira temporada como um casal tentando salvar o relacionamento destruído e nesta levando o filho para resolver as questões que eles mesmos não sabiam como lidar. Foi comovente (e muitas vezes irritante, o que demonstra o quão entrosados os atores estavam) vê-los brigando, colocando as mágoas acima da razão como qualquer ser humano machucado costuma fazer.
Sexta-feira (22) o terapeuta trocou de lado e teve sua última sessão com Dora. Te espero amanhã para mais um sessão de terapia, assim, em minúsculo mesmo, porque além de entreter, o sofá de Theo abriga um pouquinho da gente também.
Sessão de Terapia – Paula 7
22/11/2013, 09:57. Carla Heitgen
Reviews
Warning: Undefined variable $post_id in /home1/telese04/public_html/wp-content/themes/thestudio/archive.php on line 23
Chegamos ao meio da semana e à última sessão da advogada Paula. Depois das intensas despedidas de Carol e Otávio, o encontro de quarta-feira (20) teve um tom mais leve, que combinou com a mudança da personagem.
Quando passam uma vida inteira dizendo a uma pessoa o que ela deve ser, quanto tempo leva para aprender ouvir a própria voz?
Paula é uma personagem difícil em termos de empatia. Suas respostas quase sempre atravessadas erguem um muro entre ela e as pessoas com quem se relaciona e despertam extremos em quem assiste: ora você se compadece pelo seu conflito, ora tem raiva de sua insistência em discordar de praticamente tudo o que seu terapeuta propõe. Profissional bem-sucedida, seguiu os passos do pai, advogado, e aprendeu com ele a ser forte, a não dar vez ao seu lado feminino e a acostumar-se com as coisas amargas, simbolizadas pelo café, bebida que não aprecia, mas se obriga a incluir em sua rotina. O abandono sofrido contribuiu para que deixasse a Paula, mulher, de lado. Isto é, até se dar conta de que em breve não poderá mais ser mãe, uma questão com a qual nunca pensou que lidaria.
Em sua última sessão, a advogada chega bem diferente do habitual. Cabelo com novo corte e solto, vestido e salto, em um estilo distinto dos terninhos monocromáticos que usava. Durante visita do irmão e da sobrinha, ouve da criança que não está “com roupa”, que na sua visão infantil é vestido, ou saia, e roupas que caracterizam o gênero feminino. Theo a elogia e, realmente, Paula está muito bonita, embora não se sinta assim. “Esquisita” é palavra que usa para se definir. Com o fim do casamento e a briga com o pai, se vê diante de um vazio. Questiona sua escolha profissional pelo Direito, a relação com o pai que a privou de ter contato com a mãe doente, enfim, muitas dúvidas e aparentemente nenhuma resposta.
Paula decide passar duas semanas na França, onde mora uma amiga. O pai a condenou por querer sair de férias, a chamou de “mimada” e sentenciou que se quisesse ser sua sucessora não poderia se dar ao luxo de descansar. Era tudo o que precisava ouvir, pois ao pai não interessava o que – e se – ela queria. Com a descoberta sobre a morte da mãe, nada mais a prende e acredita que é assim que deseja viver. Por conhecer apenas a existência induzida, dedicada a obedecer o controle paterno rígido, Paula sequer sabe se tem alguma voz para ouvir. Theo dá um empurrãozinho e pergunta se ela pensou sobre a hipótese de adoção, sugerindo que a maternidade pode ser seu novo projeto. Paula resiste, coloca a viagem que fará e as incertezas de sua vida como empecilho até que o terapeuta pronuncia palavras com mais poderes mágicos que a varinha do Harry Potter:
Você vai ser um excelente mãe.
As lágrimas de Paula descem de encontro ao seu sorriso.O semblante austero começa a suavizar e uma serenidade inimaginável há algumas semanas transborda pelos seus olhos. O que Theo fez foi muito simples e engenhoso. Sua fala apenas retransmitiu a voz antes abafada de Paula. Ela está feliz. Não tem respostas ainda, mas um monte de possibilidades. O psicólogo a indica para um grupo de apoio de mulheres que querem ter filhos sozinhas, por adoção ou inseminação artificial. O papel com as informações fica em cima da mesinha de centro por um tempo, antes de Paula pegá-lo com certa hesitação.
Você acha mesmo que vou ser uma boa mãe? Eu vou ser uma boa mãe.
A escolha pela liberdade de tomar suas próprias decisões estava tomada. Ainda bem que Theo usou a experiência que teve com o pai para aconselhá-la a perdoar e passar para o filho, ou filha, aquilo que a figura paterna lhe passou de bom.
Theo e Paula se despedem. O terapeuta volta para o consultório e segue em direção à ampulheta que chamou atenção de outra paciente sua, Carol. A sensação ao fim do episódio é libertadora. Quando Theo vira a ampulheta, a parte de cima volta a se encher de areia e o que era fim se torna recomeço.
Adriana Lessa merece muito mais do que um parágrafo, mas torço para que a vida lhe retorne em dobro o que nos ofereceu com seu trabalho. Quem para muitos era uma atriz e apresentadora conhecida, hoje subiu alguns degraus de sua carreira. Se jogou nos braços de um texto incrível e à impecável direção de atores de Selton Mello. O mais incrível foi o que Adriana fez sem texto. Só com os olhos, a postura defensiva ou retraída do corpo. Muitas vezes disse mais no silêncio. Olha, difícil escrever uma resenha de Sessão de Terapia sem abusar dos adjetivos, viu?
Obrigada Paula, e Adriana Lessa, por mostrarem que arriscar pode valer a pena. Ah, e para aliviar um pouco a carga dramática das despedidas, um presente da equipe de Sessão de Terapia, os erros de gravação da segunda temporada.
Quinta-feira (21) foi a vez do Daniel. Lágrimas, peguem suas senhas, porque vem muita emoção por aí ainda.
Vocês gostaram do desfecho da história da Paula?
Já com aperto no coração… até amanhã.
New Girl – Longest Night Ever
21/11/2013, 22:28. Carla Heitgen
Reviews
Warning: Undefined variable $post_id in /home1/telese04/public_html/wp-content/themes/thestudio/archive.php on line 23
Se alguém começasse a assistir à série New Girl pelo episódio Longest Night Ever talvez pudesse supor que se trata de um grupo de psicopatas que dividem o mesmo teto. Vamos começar o show de esquisitices.
Winston sairá pela primeira vez em muito tempo sem Ferguson, seu gato, para interagir com gente. Nick aceita tomar conta do felino depois de ouvir que seu amigo toma banho junto com o animalzinho de estimação (desaparecido há alguns episódios), mesmo tendo feito planos de fazer um programinha a dois com Jess. O jantar romântico assistindo a Homeland terá de ficar para outro dia.
Outro que atrapalha a noite do casal é Schmidt, o qual lida super bem (só que muito mal) com uma bomba. Preparados? Coach chama Cece para sair. Ele já havia dado a entender que gostou da moça de um jeito bem desastrado assim que voltou para o loft, mas ele querer se recuperar do fora que levou da namorada com a ex de seu amigo? Isso não agrega pontos para você, treinador, ainda que tenha usado o “código dos caras” e perguntado ao personagem de Max Greenfield se poderia fazer o convite.
Além de se entupir de torta de pêssego, o nervosismo de Schmidt o leva a encorajar Coach quando este demonstra insegurança em sair com uma mulher como Cece. Ele também acaba participando dos trocadilhos de -extremo – mau gosto sobre como espera terminar a noite. Conforme já aprendemos com a segunda temporada, Schmidt gosta de sabotar as tentativas de Cece de seguir em frente. Foi assim no quase casamento e tudo indica que no encontro com Coach não será diferente. O pior é a solução sugerida por Nick: confiná-lo em uma jaula de cachorro (eu falei sobre o teor psicopata do episódio antes, não?). Detalhe: a ideia é do próprio Schmidt, que não desiste nunca.
Quando Coach busca Cece em casa, a incapacidade dele de falar com as mulheres é tão clara quanto seu esforço em parecer que não está se esforçando. Mesmo assim, Cece e Coach saem e vão assistir a um jogo, no qual ele compra sete pretzels, pipocas e tudo o que achar que pode impressionar uma garota.
E Coach está tão tenso que por pouco não estraga sua oportunidade de conquistar Cece. Ao ameaçar abandoná-lo por não sair do telefone, Coach diz que estava trocando mensagens com a mãe, que o ajuda a vencer a pressão do momento. Apesar de tudo, o encontro termina bem, para a tristeza de Schmidt. Mas antes disso o rapaz até tenta impedir o sucesso da noite romântica:
Você tem algo que diga “Desculpe por ter te traído. Por favor não durma com meu amigo”?
Enquanto isso, Winston volta mais cedo da saída com os amigos quando descobre, por exemplo, que dizer a uma mulher que os pés dela são grandes não funciona como cantada. Com Winston é assim: ou não aparece, ou revela seu lado sem noção.
Já que a jaula para cachorros não está disponível e Nick sai para resgatar o gato fujão de Winston, Jess tenta distrair Schmidt para que não faça uma besteira. Ela canta, dança, sapateia, mostra seu álbum de colégio, até que Schmidt começa a se lembrar de Cece por causa do sofá, que é marrom e macio (!) como a ex. É a deixa que a professora precisava para levá-lo a um bar e tentar arrumar alguém para ele. Infelizmente ela escolhe uma pessoa que aparentemente é de outra época, já que está usando um celular que fecha. Resumo: ninguém é bom o suficiente a não ser a própria Cece.
O cúmulo da persistência de Schmidt o leva a fazer um pedido inusitado. Se Jess não atropelá-lo (o que a amiga acaba fazendo) ele a despistará se esgueirando pelos becos, parques e qualquer lugar onde possa “trollar” a escuridão (como não amar o Schmidt?). Ele se conforma, ao final, e deixa a ex-namorada partir para outra. Forma-se assim, o casal CeCoach (não sou boa nisso, perdão). Pelo menos o Winston se acertou com uma motorista de ônibus que só fala frases de duplo sentido e, claro, só o Winston entende.
Foi um episódio engraçado, mas ainda preocupa o rumo que os roteiristas parecem dar aos personagens. Jake Johnson se garante com seu Nick mesmo quando não tem uma trama própria. Talvez tenhamos que nos adaptar com esta personalidade quase cruzando a fronteira do insano de Winston, mas ele tem potencial para ser explorado de uma forma menos bizarro-sociopata. Schmidt – e Max Greenfield – já salvou muitos episódios da ausência de graça. E Jess, bem, quem é esta garota?
Alguém que sabe sair de um ato falho como ninguém. Olha a resposta que deu ao namorado quando ele se desculpou por não poderem sair:
Sessão de Terapia – Otávio 7
20/11/2013, 21:51. Carla Heitgen
Reviews
Warning: Undefined variable $post_id in /home1/telese04/public_html/wp-content/themes/thestudio/archive.php on line 23
Prezados leitores, permitam-me um momento confessional. Em minha primeira review sobre a série Sessão de Terapia, escrevi sobre como é inevitável nos identificarmos em pelo menos um aspecto com os personagens que se sentam no sofá de Theo. No meu caso, o paciente em questão foi Otávio. Primeiro, porque esta que vos escreve sofre de síndrome do pânico e entende bem os sintomas e aflições experimentadas por ele. E, principalmente, devido aos questionamentos sobre a proximidade da morte, a fala de Otávio se confunde o tempo todo com a de seu intérprete. A vida se misturou com arte intensamente e tudo soa como a própria despedida de Cláudio Cavalcanti deste mundo. Se você não viu, e gostaria de entender o impacto deste episódio, aproveite as maratonas que o GNT fará no fim de semana. E se precisar de um abraço depois, volte aqui. O TeleSéries te aguarda.
Existe treino que nos prepare para as despedidas?
Em sua sétima sessão, de tão bem-disposto, Otávio chega antes do horário. Ao que parece, aceitar que precisa tomar remédio ainda é um tabu. A terapia, por outro lado, conquistou sua confiança e deixou de ser uma demonstração de fraqueza. Acredita que mergulhando de cabeça em suas questões mais íntimas poderá viver melhor. Sem trabalhar, e com a filha longe do ninho, Otávio não tem com o que se ocupar.
E por falar em Tatiana (Aline Leite), sua filha, após a revelação libertadora da última sessão, sente que um novo ataque começa. Desta vez, porém, não é desespero o que suporta. Se dá conta de que tudo com o que lidou foi um treino para sua nova vida.
Não tenho mais forças para me despedir.
No meio da sessão, Otávio tem a impressão de ser olhado pelo terapeuta de uma maneira familiar à sua infância. Quando ia falar com o pai, notava sua reprovação e sentia como se estivesse interrompendo algo muito importante. Ao espiar o que fazia todos os dias, notou que contemplava a foto de seu filho, Nelson, morto em um acidente de carro. A mudança, idealizada para deixar as tristes lembranças para trás não impedem Otávio de retornar para seu antigo lar e ficar no portão, esperando pelo improvável retorno do irmão. Para Theo, era o próprio Otávio aguardando reencontrar-se com quem era antes da devastadora perda sofrida pela família.
Otávio sente-se profundamente rejeitado por todos. Sua mágoa o leva a concluir que nada deve esperar dos outros, pois este é o caminho mais rápido para a decepção. A vida é solidão, conclui. Mesmo assim, quer aumentar as suas sessões para quatro vezes por semana, porém a intenção de Theo é lidar com o próprio luto e, consequentemente, recusar mais trabalho do que já tem.
Otávio, então, decide que precisa se dedicar a novos projetos. Ou descobrir o prazer das pequenas coisas, como a companhia da esposa.
Acho que vou ter que aprender a resolver tudo isso, antes que meu tempo realmente acabe.
Difícil distinguir, a esta altura, se as palavras são de Otávio ou de Cláudio.
A despedida do ator Cláudio Cavalcanti não poderia ter sido mais perfeita. Seu último trabalho deixa para novas gerações aquilo que as mais antigas já sabiam. Em homenagem ao ator, um vídeo mostra sua emoção em estar no melhor trabalho e com a melhor equipe de seus 73 anos de idade e 55 de carreira. Selton Mello, o diretor, extremamente comovido e agradecido, fala sobre a entrega e sua vitalidade em dedicar-se ao personagem “como um menino”. Quer rever a homenagem exibida após os créditos? O vídeo está disponível aqui.
[Pausa para choro descontrolado.]
O final do episódio, que foi alterado por Selton antes da notícia sobre a morte do ator Cláudio Cavalcanti, mostra Theo olhando para o sofá vazio, e chorando a ausência de seu próprio pai, personificado por Otávio. Do lado que cá, nos lembramos a falta que fará o ator que ali sentou. Se a vida imitou a arte, ou o contrário, não importa. Foi uma linda despedida, ou não foi?
Hoje é dia da Paula. Será que a advogada baixou a guarda e se rendeu à sua própria voz?
Nos despedimos com um longo e merecido aplauso.
Sessão de Terapia – Carol 7
19/11/2013, 22:56. Carla Heitgen
Reviews
Warning: Undefined variable $post_id in /home1/telese04/public_html/wp-content/themes/thestudio/archive.php on line 23
Esta é a sétima e última semana da segunda temporada de Sessão de Terapia. São tantos segredos, revelações, emoções e possibilidades que o TeleSéries dedicará um dia para cada personagem. Ontem, segunda (18), foi a vez da despedida de Carol (Bianca Comparato). Você assistiu? Se não, tem mais duas chances, sábado (23) às 21:30 h e domingo (24), às 18:45 h. Caso já tenha visto, venha se emocionar, de novo, com a gente.
Carol, última sessão, 16 h
Chega uma hora em que a máscara se torna pesada demais para usar – o gorro vermelho de Carol
No mesmo banheiro em que observou um punhado de cabelos em sua mão na semana passada, Carol arruma seu agora inseparável gorro vermelho. Ele incomoda, coça, pesa. É como se a peça encobrisse, e muito mal, a debilidade que a moça tanto deseja esconder. “Você não tem que me aturar”, ela diz para Theo. Mais uma vez, em meio a tantos problemas, o que a incomoda é se está sendo um fardo para aqueles que estão à sua volta, comportamento que a afasta das pessoas. O gorro continua a perturbar e comichar. Carol vai ao banheiro de novo, pois sente-se envergonhada de mostrar os resultados da quimioterapia. Não apenas pelo cabelo, mas porque sem maquiagem e sem preparação, quem está ali é a Carol, tal como ela é, que passou anos de sua vida tentando fingir quem não era.
Carol quer dar um tempo da terapia. Sua questão, na verdade, é muito familiar para quem faz (ou já fez) análise. Há um medo terrível de mexer no que está no escuro da alma e no caso dela este temor é a morte, assunto que não está pronta para explorar. Ainda mais depois de uma moça, com praticamente a sua idade, e que fazia tratamento na mesma sala que ela, ter falecido. Carol sofre para permanecer com seu gorro. Theo a encoraja a tirar o acessório na sua frente. Ele diz se tratar de uma fase e a lembra de uma das primeiras perguntas que Carol fez, se o procuravam para falar de coisas pesadas. O personagem de Zécarlos Machado diz que pode aguentar, que ela não precisa se inquietar com ele também.
“Não sei se consigo”, hesita a tão forte e tão frágil menina. Ela, então, coloca as duas mãos por debaixo da cobertura que envolve sua cabeça, talvez procurando um jeito de revelar-se aos poucos, tirando o gorro e permanecendo com as mãos unidas, agora, cobrindo o rosto. Ali está Carol. Sem máscaras, sem disfarces. De cabeça baixa, não tem coragem de olhar para Theo. Se o fizesse, veria o esforço que este faz para segurar a emoção, clara como a água prestes a transbordar dos seus olhos. Eles se encaram por um tempo, e sorriem com a cumplicidade e alívio de um segredo revelado. Theo a prova que agora ela pode se mostrar como está. Que ao se livrar do gorro que escondia o cabelo raspado e falhado lhe permite se aceitar e, com isso, aceitar os outros, e seus defeitos tipicamente humanos.
Carol admite que a terapia a ajudou a encarar a quimioterapia, a mãe e a própria vida. O que ela precisa, pelo menos por enquanto, é de um tempo para si. Ela coloca o gorro novamente antes de sair, e se despede de Theo com um agradecimento cheio de esperança. A estudante de Arquitetura havia deixado um desenho na mesa do consultório, um recurso que usa para lidar com seus problemas. Theo contempla a folha de papel com uma menina no centro de uma ponte (que também parece uma estrada) sozinha, porém livre. Não é possível ver o que há do outro lado, porém ao sair, depois de um telefonema carinhoso para mãe e com um lindo sorriso no rosto, percebemos que é a mesma ponte que ela atravessava para ir ao consultório de Theo. Um caminho longo que ela, e a atriz Bianca Comparato, sua intérprete, têm a vida inteira para percorrer. Um passo por vez, e sempre adiante.
Hoje é dia da despedida de Otávio, que terá homenagem ao ator Cláudio Cavalcanti após os créditos.
E você, já se recuperou da última sessão de Carol? O que achou? Até amanhã!
Sessão de Terapia – Semana 6
17/11/2013, 10:12. Carla Heitgen
Reviews
Warning: Undefined variable $post_id in /home1/telese04/public_html/wp-content/themes/thestudio/archive.php on line 23
Atenção: Este texto contém revelações sobre o enredo. Se ainda não assistiu a maratona, passe aqui mais tarde e divida suas impressões conosco!
Sessão de Terapia está em sua reta final e algumas conclusões começaram a se delinear para os personagens da série. A autodescoberta, porém, é apenas o início. O terapeuta é o guia e a cura da alma está em o que se vai fazer com aquilo que se aprendeu de si mesmo. Acompanhe com o TeleSéries os episódios desta semana cheia de revelações e como os pacientes de Theo (e ele próprio) começam a reescrever suas histórias.
Carol, segunda-feira, 16 h
Antes de começar a sessão, Carol (Bianca Comparato) olha para um punhado de cabelo que ficou em sua mão, resultado do tratamento contra o câncer que iniciou encorajada por Theo. Quase podemos experimentar o que ela sente: não é só o cabelo que está perdendo, é o controle sobre a própria vida. Ela está irritada com Theo, pois contar para sua mãe que estava gravemente doente foi a maior traição que o psicólogo poderia ter cometido. Segundo ele, a decisão foi a mais difícil de sua carreira, porém não se arrepende, já que a jovem não precisa passar por todo aquele sofrimento sozinha. A reação da mãe foi de desespero e impotência. Ela sequer sabia que Carol fazia terapia. Passou a acompanhá-la dia e noite, a fazer-lhe perguntas e a falar o tempo todo. Seu pai, por outro lado, mais quieto, e “sem invadir seu espaço”, mostrava se importar, comprando uma coberta para a filha quando ela sentiu frio e trazendo seu chocolate preferido, e, surpresa de Carol, ele sabia qual era a marca de que ela mais gostava. Mesmo com todo o cuidado de hoje, não acredita que a mãe poderá se redimir pelo abandono de antes. E o que diziam sobre estar perto da morte? Carol não se identifica com nada. Ainda se preocupa com coisas bobas como a aprovação dos pais, e não deixou de “polarizar” as pessoas como boas ou más. “A sessão acabou, né?”. Theo a pede para esperar e volta com a maquete que a estudante de Arquitetura havia destruído. Ele juntou os fragmentos como pôde. “Você consertou!” Vimos no sorriso e no agradecimento de Carol que, quem sabe, seus pedaços ainda podem ser unidos. Uma maquete remendada para uma Carol reconstruída. Sem dúvida um dos mais emocionantes episódios da temporada.
Otávio, terça-feira, 9 h
Na semana passada, Theo ofereceu o consultório para que Tati (Aline Leite) contasse seu segredo para o pai, Otávio (Cláudio Cavalcanti). Ela tem medo de sua reação quando lhe revelar que Érica, a mulher que conheceu em Goiás é, na verdade, sua namorada. A sensação de estar fazendo algo errado sempre a acompanhou, especialmente depois do episódio em que o empresário flagrou o filho fumando. “Não faça nada que tenha de fazer escondido”, disse, na ocasião. A frase, cravada na mente da menina, determinou suas ações. Ter uma namorada era uma destas coisas que ela ocultava do pai, controlador a tal ponto que escolhe até a poltrona onde a filha deve sentar durante a consulta. Como dizer ao empresário que aquela garotinha que ele idealizou não era a Tati? Após a insistência do pai para que conversassem em casa (o que indica que já sabia o que a filha lhe diria), Tati ameaça ir embora, mas é impedida por Theo. Após contar ao pai sobre Érica, deixa a chave do carro com Otávio e depois de um afago em seu rosto, ela sai, garantindo que ele ficará bem. Ele diz que a ama, mas busca a confirmação de Theo sobre ser aquela apenas uma fase; se teria algo que poderia ter feito para evitá-la; se a decepção com a figura paterna foi tão grande que ela buscou amor em uma pessoa do mesmo gênero para não sofrer. Perguntas sem respostas definitivas, mas que levaram a um passo adiante. Ao entregar a chave do automóvel para o pai voltar sozinho, Tati dá um voto de confiança a ele que, desde que foi demitido, não podia sequer ser deixado sozinho. Ela o liberta dos cuidados extremos e da vigilância, esperando, segundo Theo, que ele faça o mesmo por ela, a deixando ir, mesmo preocupado com o a dificuldade que enfrentará por ser diferente. E tudo indica que sim, Otávio entendeu que sua garotinha cresceu.
Paula, terça-feira, 11 h
Paula (Adriana Lessa) por pouco não nos deixa com raiva. Suas consultas sempre são intensas. A maternidade ainda parece sensibilizá-la, mas ela tem que ocorrer de acordo com seus termos. Adoção, nem pensar, é uma ideia “ridícula”. Paula não conseguiria amar uma criança que não fosse a sua. Theo pede que reconsidere sua sugestão já que ser mãe se tornou uma questão vital para a advogada. Aliás, depois da falsa gravidez, lembrou-se do aborto que fez há anos e chegou a procurar o antigo namorado. Percebeu que nunca havia gostado de ninguém de verdade, pois não gosta de si mesma e esta incapacidade de sentir amor-próprio foi herdada da mãe, que não a amava. Procurar por ela, então, tornou-se uma busca por si mesma. Pressionou o pai e descobriu que ele a manteve por anos em uma clínica. Segundo ele, queria poupar a filha de sofrimento. Não era assim que Paula entendia. Mais uma vez mentiram para ela, e assim como chamava a mãe de Sílvia, agora se refere ao pai como Carlos, uma vez que não consegue perdoá-lo por negá-la a oportunidade de responder às perguntas que a assombram por tanto tempo. Theo, que certamente se identifica com a história, pede que ela pense no que diria para a mãe, ainda que estivesse muito doente para compreender completamente o que ouvia da filha. Paula queria saber se não sentiu sua falta, como ela ficou tanto tempo sem vê-la, se pensou em voltar e, acima de tudo, desejava chamá-la de “mãe”. Pela primeira vez, Paula baixa a guarda e se despede de Theo com um agradecimento sincero. Ele se vê em Paula quando ela diz que nunca vai esquecer a chance que não teve de dizer o que gostaria e eram tantas as coisas que tinha para compartilhar. Mas o Theo, o filho, ainda tem sua oportunidade. Será que se dará conta disso a tempo de se despedir de seu pai?
Daniel, quinta-feira, 14h
O paciente de Theo é Daniel, mas a raiz de seus problemas emocionais são seus pais, Ana (Mariana Lima) e João (André Frateschi), que discutem suas mágoas e opiniões como se o filho não estivesse sequer presente. Esta semana, Dani chega mais cedo ao consultório, e sozinho. Aproveitou um descuido do porteiro e fugiu da escola para onde diz nunca mais querer voltar. Não é só em casa que o menino tem problemas. Um dos colegas de classe o escolheu para ser o alvo das brincadeiras mais cruéis. Quem lembra bem de sua infância sabe que esta fase não é feita só de bondade e inocência. Eric, o colega, passou um bilhete usando adjetivos ofensivos, o que gerou brincadeiras e risos na turma. Dani mostra o papel para Theo que descobre a razão de Eric o perseguir tão ferozmente: uma garota, Luana que, aparentemente, gosta de Daniel, o que provoca o ciúme do outro menino. Ao serem comunicados de que Dani está com o terapeuta, os pais chegam à sessão, já discutindo. A regra é discordarem sobre tudo o que diz respeito ao filho, se devem tirá-lo da escola e com quem deve morar, por exemplo. Infelizmente, a trégua entre João e o filho durou apenas uma semana. “Uma criança como ele sofre em qualquer lugar”, afirma, sobre a possível mudança de escola. A situação é tão crítica que ele não hesitou em pegar carona com estranhos para chegar à casa de Theo, mas teve medo de voltar para casa após sua fuga. Ana, na busca por um recomeço, quer se mudar para outro estado e levar Dani e pede que ele escolha com quem quer ficar, mesmo Theo explicando que optar por uma das partes pressupõe trair a outra, pelo menos para o menino. Tanta briga desgasta não só o personagem de Derrick Lecouflé. A lição que fica é para nós também: nunca subestimar o poder de uma criança em assimilar e tomar para si a mágoa alheia.
Dora, sexta-feira, 11 h
Sexta-feira, 17 h, Dora
A sessão de Theo pode ser resumida em uma palavra: catarse, isto é, se livrar de tudo aquilo que faz mal, por meio de uma experiência vivida. Vamos, primeiro, recapitular a semana do terapeuta. O Conselho de Psicologia já se reuniu e na segunda-feira divulgará o resultado sobre a permanência (ou não) de sua licença profissional. Depois de tanto fantasiar uma história de amor com Míriam (Renata Zhaneta) eles finalmente têm um encontro romântico. Quando a mulher fala em apresentar os filhos e contar para o marido sobre os dois, no devido tempo, ele resiste e aconselha seu antigo amor a não tomar uma decisão precipitada, isto é, depois de passar toda a temporada buscando reviver um relacionamento juvenil, Theo se dá conta que a história dele com Míriam como casal acabou. Ela vai embora de coração partido e ele se sente aliviado por perceber que não pode reviver seu passado. Paralelamente, seu contato com Lia (Luana Tanaka), a vizinha que o acompanhou quando Carol teve seu segundo desmaio, aumenta. Eles se esbarram na frente do prédio em que moram e conversam animadamente sobre arte (ela é pintora), pessoas e telas em branco e até sobre Carol. Ao que parece, a breve conversa o tirou de sua posição de psicólogo, por um lado, e inspirou Lia em uma nova obra, por outro. Ao chegar ao consultório para a sessão com Dora (Selma Egrei), ele está descontraído, tanto na roupa, quanto na postura. Nunca vimos Theo tão contente. Na verdade, a casualidade do psicólogo soa como um modo de já ir se acostumando à vida sem a profissão que exerce (resultado da incerteza sobre o processo judicial que enfrenta). Segundo Theo, se ele se aposentar, não lhe sobrará nada. O que ele tem de bom como profissional não o serviu para ser um marido ou pai exemplar. Até as soluções para as próprias questões ele busca em seus pacientes, como Otávio. Depois de muita insistência (e até chantagem) da filha, Theo decide visitar o pai. O compromisso que fez com Malu (Mayara Constantino) lhe trouxe a força que precisava para fazer o que não consegira sozinho. Dora fica feliz e diz que seus pensamentos estarão com ele.
Theo vai ao hospital. Após uma longa pausa, atravessa um corredor que parece não ter mais fim. É como se estivesse percorrendo seu próprio caminho até aquele exato momento em que poderia dizer tudo o que sentia para o pai, e perdoá-lo. No caminho, um filme de sua infância, antes da perda da mãe, passa em sua cabeça, o registro da felicidade e inocência de viver somente o presente das crianças. Ao chegar no leito em que o pai está, Malu solta um grito e se lança em seus braços. Theo não chega a tempo de conversar com seu pai. Ele faleceu. Theo se rende ao choro (e nós também).
Aguardamos ansiosos a últimas sessões da segunda temporada, torcendo pela cura de Carol; pela aceitação de Otávio em relação à filha, e a ele mesmo, como ser humano e como pai. Torcemos pela Paula, para que faça as pazes consigo e que passe, ela mesma, a tomar as decisões que julgar melhores para sua vida; que Dani supere a mágoa que os pais despejam nele e que Ana e João respeitem os sentimentos do filho; e que Theo se perdoe e continue a ser o excepcional profissional que é.
Renovem o estoque dos lencinhos e até a semana que vem!
New Girl – Menus
16/11/2013, 19:41. Carla Heitgen
Reviews
Warning: Undefined variable $post_id in /home1/telese04/public_html/wp-content/themes/thestudio/archive.php on line 23
New Girl ainda não se decidiu se decola ou não nesta terceira temporada. Os episódios têm alternado entre o humor que conquistou seus admiradores (Keaton e Coach foram bem divertidos), mas pelo menos um aspecto compromete a série: os personagens. Os roteiristas parecem ter perdido a mão na construção de tramas e no desenvolvimento de cada um e, aparentemente, apenas Schmidt mantém sua essência (os fãs agradecem).
No episódio da semana, por debaixo da porta do apartamento desliza uma enorme quantidade de panfletos de um restaurante vizinho – os menus do título – e Nick deve dar muito lucro pois não dispensa a refeição nem no café da manhã.
O péssimo estilo de vida de Nick chama a atenção de Coach, o mais novo morador do loft. Ao ver o amigo se entupindo de bolinhos, insiste em convencê-lo a treinar. Nick, então, alega que Jess gosta dele como está, e ele sempre foi o cara do bolinho, ao contrário de Coach, cuja personalidade é mais proativa, a do homem de atitude. O argumento que o treinador usa é bastante persuasivo: como Nick está iniciando um relacionamento mais sério, ele corre o risco de entrar para a categoria “boyfriend 15″ (ou namorado com cinco quilos a mais na balança) e se continuar como está pode até chegar a “boyfriend 20″ (o parceiro que ganha quase 10 quilos depois de começar a namorar). Cá entre nós, quem nunca?
O episódio desta semana trouxe muitas situações do tipo “tem outra coisa por trás disto”. Nick, ao comer compulsivamente, assume seu lado comodista em vez de arriscar a fazer algo que pode não dar certo. Coach se empenha tanto em ajudar o preguiçoso companheiro de apartamento porque desde que terminou seu relacionamento se sente receoso por não ser mais o mesmo treinador de antes.
Jess, por sua vez, voltou a ser a professora maluquinha, idealista e dedicada que amamos. O fato de alguns de seus alunos nunca terem conhecido o mar, mesmo morando em uma cidade litorânea, deu-lhe a ideia de promover o “Dia da Conservação do Oceano”. A sigla do evento é OCD (transtorno obsessivo compulsivo, mas o déficit de atenção de Jess deixou passar essa). Vejam a camiseta que a Senhorita Day preparou para o passeio especial que deseja fazer com a sua turma. Eu quero uma!
O diretor da escola, porém, acaba com seu entusiasmo, alegando falta de verba. Jess até tenta convencê-lo. Em uma tarefa, pediu que seus alunos desenhassem como achavam que era o mar e um de seus pupilos desenhou uma…rosquinha com asas?
Não foi o suficiente. Jess fica desapontada por não conseguir proporcionar um dia inesquecível para seus alunos. Ao chegar em casa, desconta sua frustração nos menus do restaurante chinês, que continuam chegando. Com a batalha do passeio da escola perdida, esta é, segundo ela, a chance de fazer a diferença e promete acabar com o “eco-desastre” que é a impressão de tantos cardápios. Jess segue rumo ao restaurante para salvar o mundo. Um menu por vez.
Chegando ao estabelecimento, Jess começa seu discurso ecológico. Ela acredita ter convencido os responsáveis pelo restaurante de parar com os panfletos e ainda nos presenteia com sua a hilária saída, a qual prova que não sabe -MESMO- lidar com um rapaz dizendo o quanto ela é bonita:
Não, isso é loucura. Não é verdade. Que idiota. É simplesmente idiota. Você é idiota. Você é legal. Você está animado para o feriado? Eu estou. Enfim…
Mandou bem, hein, Jess?
De volta ao loft, Coach e Nick seguem sua rotina de atividade física rendendo esperadas cenas da inabilidade do “cara do bolinho” em se exercitar, chegando, inclusive, a pedir comida chinesa para degustar no meio do treino.
A hostilidade entre Winston e Coach está chata. A impressão que se tem é de que rola uma invejinha recíproca e o treinador sempre dá uma alfinetada no ex-jogador de basquete. Winston, que já tem um lado psicopata meio aflorado, faz de tudo para competir com o personagem de Damon Wayans Jr. Até mesmo se exercitar completamente machucado para mostrar que ele é o Winston e não desiste nunca.
E o Schmidt, gente? Curtindo seu espaço, ligando para o Nick com desculpas para conversar com ele.
Com a mudança, Schmidt aparece menos, porém é o único que arranca risadas em todas as cenas em que aparece. Como quando pede para Nick colocá-lo no viva-voz e Winston grita que Nick faz exercícios de calça jeans. (Nick’s on jeans vira Nixon Jeans.) O rapaz fica tentando adivinhar que porcaria é esta de Nixon Jeans. Ele dançando sozinho na cozinha enquanto ouve a música que vem do apartamento de Nick é impagável. E Coach Nick brincando sobre o tamanho das calças de Schmidt, tão pequenas que fazem ele parecer um fantoche. Ah, e esta pérola, quando vê Winston saindo do apartamento de cadeira de rodas (que ele “achou em uma vala), o querido d-bag desabafa:
O quê? Winston em uma cadeira de rodas? O que falta agora? O Roberto Benigni vir correndo pelo corredor e fazendo todo mundo rir?
Boa, Schmidt, mas você é mais imprevisível que o diretor italiano.
Bom, para resumir o final da história: Nick com seu discurso motivador encoraja Jess e Coach a reagirem diante das frustrações pelas quais passaram e não desistam como ele próprio costuma fazer. Coach admite que Winston é forte e não desiste das coisas facilmente, Nick começa a se sentir disposto para se exercitar e Jess, com a van do restaurante chinês, leva as crianças à praia. Afinal, “se um cachorro quente pode ser um chapéu, tudo é possível”.
O final lembrou um outro, também na praia, quando Nick acreditou que estava com um tumor. Foi legal vê-los se divertindo como em outros tempos, entretanto, mais uma vez, vale lembrar que os roteiristas optaram por manter Coach até o fim da temporada, porém com isso Winston, que desde o início da temporada estava muito deslocado na série, agora parece se esforçar demais para garantir seu espaço. Ele é um personagem muito querido entre os fãs e muitos reconhecem que está sendo mal aproveitado. A Jess andava meio apagadinha, mas a sua história da semana a trouxe de volta. E Cece, apareceu, por cinco minutos no máximo, para trazer a comida de Nick.
Estamos de olho na turma. Esperançosos, mas ainda desconfiados sobre o futuro do grupo de amigos.
Sessão de Terapia – Semana 5
12/11/2013, 13:28. Carla Heitgen
Reviews
Warning: Undefined variable $post_id in /home1/telese04/public_html/wp-content/themes/thestudio/archive.php on line 23
“Personagens só com qualidades são mal escritos, não são humanos”
A frase de Dora para Theo refere-se a como uma lembrança pode ser traidora ao omitir detalhes de uma pessoa que se conhece, mas também ilustra como as imperfeições dos personagens enriquecem uma história. Vamos conhecer as questões dos humanos que passaram pelo consultório do mais imperfeito de todos, o terapeuta que não segue os próprios conselhos.
Segunda-feira, 16 h
Carol esperou por aquele instante a semana inteira. Estava ansiosa para chegar o dia de ir à consulta com Theo. Enquanto ele não chegava, tinha conversas imaginárias com o terapeuta, a partir das lembranças de encontros anteriores. Carol tem algo para contar. Na sala de quimioterapia, sente-se em um universo paralelo, habitado por pessoas que se entreolham em cumplicidade. Tudo parece suportável, até que chega em casa, e a angústia da solidão a lembra de sua fragilidade e do medo de perder o controle. Carol está acostumada a não “alugar”, a ser forte e a cuidar do irmão. Gosta de saber o que os outros acham dela e quer saber se Theo a acha agressiva. Ele sabe que esta é apenas a forma que a menina encontrou de se defender contra as circunstâncias. Não encontra em seu oncologista palavras que a confortem por mais de dois minutos e não quer ser um fardo para os pais e para melhor amiga, Gabi. Carol tenta mudar de assunto, pergunta sobre a vida pessoal de Theo, e sua família, e ele mente dizendo que não tem problema algum com seus pais. A personagem de Bianca Comparato, então, pede ao psicólogo que vá com ela ao hospital novamente. Theo propõe que reconsidere suas possibilidades e a diz que não está sozinha como pensa. Carol se sente rejeitada e desabituada a ouvir – e dizer –“nãos”, afirma estar em uma conversa humilhante. Ao levantar-se bruscamente para sair, desmaia. De novo. Theo sai com ela nos braços. Destaque para o excesso de closes: olhos, mãos e garganta seca de uma paciente que reluta para admitir a própria humanidade.
Terça-feira, 09 h
No horário de Otávio (Claudio Cavalcanti) quem Theo encontra ao abrir a porta é Tati (Aline Leite), a filha que o empresário tentou resgatar de um retiro espiritual. A primeira coisa que notamos é seu cabelo, cortado assimetricamente conforme relatado, com preocupação, pelo pai em sessão anterior. É um dos símbolos de seu rompimento com o passado opressor. Tati esconde a tatuagem, sua orientação sexual e a namorada Érica, que a convenceu a perdoar Otávio e a levou ao seu encontro em São Paulo. Ao chegar, percebe que o pai também tem seus segredos, os quais culminaram em severas crises de pânico e depressão. Relata que Dr. Isaque, psiquiatra, recomendou que não deixassem Otávio sozinho.O pai controlador, por sua vez, mesmo doente, liga para saber se a filha chegou bem ao consultório. Tati sente raiva de tamanha obsessão por domínio, a descreve como “patética”, ao mesmo tempo em que tem medo de sua reação quando, finalmente a descobrir, em sua essência, tal como é. Theo diz que, em mandarim, as palavras “colapso” e “oportunidade” são representadas pelo mesmo ideograma e reforça o quão tênue é a fronteira entre proteção e prisão. A mulher que fugiu do vínculo do pai agora teme matá-lo de desgosto. Theo oferece seu espaço para que conte ao pai em um ambiente controlado, tudo que a sufoca. Este foi um episódio bastante interessante, pois matou a curiosidade que quem já ouvia falar da jovem há quatro semanas. Aparentemente, todos têm segredos e absolutamente todos são difíceis de guardar. A precária saúde de Otávio que o diga.
Quarta-feira, 11 h
Ah, a Paula. Como Carol, se faz de forte enquanto desmorona por dentro. Antes de começar, o terapeuta prefere esclarecer o que lhe tem preocupado e diz respeito também à sua paciente: quem o está defendendo no processo que Antônio, pai de Breno, abriu contra ele é Luiz, marido de Paula. A mulher fica indignada e imagina uma série de conspirações envolvendo os dois, uma delas que riem suas pelas costas e que conversam sobre tudo que ela conta na sessão. Chega a perguntar se Luiz está com “cara de solteiro” e acusa Theo de ser antiético e que a sua conduta é responsável pelo processo por parte de Antônio, um golpe baixo que o terapeuta desconversa pelo bem do profissionalismo. Mesmo resistente, Paula começa a se abrir novamente e revela sua desconfiança de estar grávida. Acha irônica a sincronia do destino em realizar seu desejo quando está em pleno processo de divórcio. Theo sugere que, na verdade, ela está com medo não da maternidade, e de ser ruim desempenhando este papel, mas sim de não estar esperando um filho, o último recurso que teria para salvar o casamento sem precisar dar o braço a torcer na relação. Embora rejeite a hipótese, Paula admite o receio de fazer o teste de gravidez sozinha. Ela tem um na bolsa e pergunta se pode fazê-lo ali, durante a sessão. Ao retornar, enquanto longos minutos se arrastam, relata que gostaria de ter pego o caso de Theo e defendê-lo, se colocando melhor qualificada do que o marido. O teste revela o desfecho da dúvida, com Paula reproduzindo com dor em um sussurro: “Deu negativo”. Ela chora, e mais uma vez Adriana Lessa dá um show. Sem ao menos ouvir as palavras de conforto de Theo sai pela porta como que em fuga, mais uma vez.
Quinta-feira, 14 h
A consulta de Daniel (Derick Lecouffle) foi, de longe, a melhor da semana, por três motivos, um deles nada imparcial: (é um de meus personagens favoritos). Finalmente João (André Frateschi) percebeu como é estar na pele do filho. Quem não chorou com a reconciliação dos dois, que atire o primeiro lencinho. Ana, a mãe, ainda está viajando, pois decidiu adiar seu retorno. Com isso, o convívio de pai e filho foi forçosamente prolongado. Para Dani, os dias que tem passado com o pai são“show”. João estranha o entusiasmo. Após a partida da mãe, o adolescente voltou a comer em excesso e a contrariar as ordens do pai. Posteriormente, revela para Theo que foi um período desgastante e difícil, que culminou com o nojo que sentiu do garoto que estava sem tomar banho há algum tempo. João confessa que entendeu a solidão do filho ao pegar uma mala e encontrá-la cheia de salgadinhos, chocolates e doces diversos. Imaginou-o triste, solitário em seu quarto, comendo escondido, como maneira de lidar com a dor que os pais acabam compartilhando com ele. João chama Daniel, pede desculpas e pergunta se eles estão bem. Com a confirmação serena do pequeno, ambos se cumprimentam de um jeito peculiar e saem felizes. Theo, por outro lado, se identifica com João quando ele diz não amar seu pai e se recusa a repetir os mesmos erros cometidos por ele. Para João, responsabilidade e culpa se confundem e o terapeuta o faz ver que o único a não abandoná-lo foi justamente, Dani e aquela era a forma de testar o amor do pai, após a última sessão, quando teve medo de ter sido “esquecido” no consultório de Theo. Mesmo depois de tantas revelações o lado pai do terapeuta faz o exato oposto ao seu discurso de paz e perdão e trata Malu (Mayara Constantino), sua filha, com frieza e esta ameaça abandoná-lo como Theo tem feito com pai, cada vez mais enfermo.
Sexta-feira, 17 h
O último dia útil da semana é, também, a chance que Theo tem de resolver suas próprias questões. Entretanto, ele não parece aproveitá-las muito bem, protegendo suas verdades com muito sarcasmo e raiva em suas sessões com Dora. O terapeuta tenta comunicar-se com Míriam várias vezes, e ela parece evitar suas ligações. Dora estranha a pontualidade de Theo mas ele confessa que chegou mais cedo para confirmar a teoria de que sua amiga de infância está fugindo dele, com medo de “acabar com seu casamento falido”. Dora o questiona se ele quer estar no papel de amante, para saber como é. Theo nega, e responde que gostaria apenas de uma oportunidade de viver uma história bonita com Míriam. O terapeuta está mais receptivo aos comentários de Dora, e é bom vê-lo concordando com a orientação recebida. Theo reclama de pressão e comenta sobre a ameaça da filha em deixá-lo. Para ele, Malu vê um monstro que não quer visitar o próprio pai, enquanto utiliza o autoengano para manter sua decisão. “Ele sempre fica bem”, reafirma, como um mantra. Theo se ressente de que até em um leito de hospital seu pai se faz presente com o mal que causa. Ainda o vê como um grande vilão. Sua memória só registra defeitos e talvez Theo tema ver a fragilidade de seu pai. Ele está preso m um ciclo em que sente remorso por antecipação, pois sabe que se não for visitá-lo, pode carregar uma culpa eterna. Ao mesmo tempo, não consegue ir vê-lo, e Dora diz que precisa tentar quantas vezes for preciso. Theo até procura vencer seu bloqueio e para em frente à clínica onde seu pai está, porém ainda é muito para ele atravessar o portão. Theo vai embora e nós ficamos torcendo para que ele continue insistindo.
Nuvem de Séries
24 30 Rock 90210 American Horror Story American Idol Arrested Development Arrow Battlestar Galactica Bones Breaking Bad Brothers and Sisters Castle Chicago Fire Chuck Community Criminal Minds CSI CSI:Miami CSI:NY Damages Desperate Housewives Dexter Doctor Who Downton Abbey Elementary ER Friday Night Lights Friends Fringe Game Of Thrones Ghost Whisperer Gilmore Girls Glee Gossip Girl Grey's Anatomy Grimm Hart of Dixie Heroes Homeland House How I Met Your Mother Law & Order Law & Order: Special Victims Unit Lost Mad Men Marvel's Agents of S.H.I.E.L.D. Medium Modern Family NCIS New Girl Once Upon a Time One Tree Hill Parenthood Parks and Recreation Pretty Little Liars Prison Break Private Practice Psych Pushing Daisies Revenge Samantha Who? Saturday Night Live Scandal Scrubs Smallville Smash Supernatural Terminator: The Sarah Connor Chronicles The Big Bang Theory The Following The Good Wife The Mentalist The New Adventures of Old Christine The O.C. The Office The Simpsons The Sopranos The Vampire Diaries The Walking Dead The X Files True Blood Two and a Half Men Ugly Betty Veronica Mars White CollarCategorias
- 15 Razões (24)
- Audiência (70)
- Biblioteca de Séries (1)
- Borracharia (21)
- Colírio (5)
- Conexão (14)
- Entreatos (16)
- Estilo (31)
- Ficção (séries virtuais) (29)
- Gastronomia (67)
- Ligado no Streaming (30)
- Memória (26)
- Opinião (558)
- Séries & Eu (6)
- Sintonia (11)
- Sobre o TeleSéries (72)
- Spoilers (578)
- TeleRatings (314)
- TV Brasil (2,638)
- Comic Con (84)
- Novos Pilotos e Séries (1,403)
- Participações Especiais (991)
- Programação EUA (571)
- Upfronts (44)