TeleSéries
Bad Judge – Meteor Shower
14/10/2014, 11:00. Ana Botelho
Reviews
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Série: Bad Judge
Episódio: Meteor Shower
Número do episódio: 1×02
Exibição nos EUA: 09/10/2014
Nota do episódio: 8.7
Não tem nada mais gratificante na vida de um seriador – após seu shipper ficar junto, claro – do que aquela série que você jurou ser péssima se mostrar maravilhosa. No caso de Bad Judge, nessa semana eu ainda não aplicaria o termo “maravilhosa”, mas que houve uma melhora significativa, ah, isso não posso negar. Estou levemente apaixonada por Rebecca Wright e seu jeito louco de levar a vida e sua carreira.
Como eu tinha dito na semana passada, Rebecca quer ser sozinha no mundo e tem pavor a qualquer relacionamento que venha um dia existir entra ela e um ser animado – até porque a sua van não conta. Mas aí, no início do episódio, nos deparamos com uma Rebecca não totalmente chateada, mas frustrada por Gary já ter outro compromisso e deixá-la na mão, o que com certeza explica os brownies de maconha haha. A questão é: onde acaba a linha da vontade/carência dela por alguém e começa a do medo de se arriscar numa relação que geraria, no mínimo, uma rotina e dependência? Isso ainda não ficou claro, mas tenho certeza que ficará.
O que mexeu comigo nesse episódio, e que talvez tenha conseguido atrair a minha atenção, foi as situações nas quais Rebecca se envolveu. Cara, o gênio e a personalidade dela são incríveis. Está pra nascer uma juíza mais louca que vá roubar o machado do corpo de bombeiro e estourar o pneu de um chato no trânsito, além do que ela apronta na corte. Hoje, finalmente, consegui pegar a manha do humor da série que com certeza irá se basear no jeito ácido, irônico, leve – e muitas vezes ousado – de Rebecca conduzir as coisas que a cercam.
“Aliás, qual de vocês inventou o ‘Juíza Pneuzinho’?”
O bom de um segundo episódio bem feito é que ele traz pra você novas características da personagem que não foram introduzidas no piloto e que, normalmente (e deveria ser recorrente nas séries, mas não é), vem sendo largadas ao longo dos episódios. É como se fosse uma aula na qual a gente sempre aprende um conteúdo novo, e pegando, assim, Bad Judge nesse critério de escola, hoje podemos aprender mais uma particularidade da nossa juíza: apesar de ser totalmente confiante de si, a ponto de aloprar na corte como se não houvesse amanhã, Rebecca é totalmente manipulada pelo o que as pessoas pensam do seu corpo. Quem diria.
E esse apego ao que os jornalistas pensam só não foi mais engraçado que ela tentando conversar com o bombeiro bom de corpo e ruim de cérebro. Aliás, minto. Ela chorando pela van que ficou destruída foi o ponto alto desse episódio, por favor.
Rebecca tinha com a van o mais longo relacionamento de sua vida e dividir um pouco dessa história com Tedward foi bacana e acrescentou à série um quê de amizade, de confiança, de uma relação que eu quero de verdade que cresça mais e mais. Vai ser bom ver os roteiristas explorarem essa amizade dos dois e como Rebecca faz para sustentá-la. Não sei não, mas acho que um possível shipper sairia daí. Ou estou presumindo demais, vai saber.
No fim das contas, Meteor Shower foi uma surpresa bacana e uma ponte de salvação para quem tinha perdido as esperanças após ver o piloto. Espero que o nível continue alto, o humor ácido de Rebecca seja cada vez mais explorado e que as relações dela com Gary e Tedward mais profundas e divertidas. Curti a ideia de tirar Robby do “centro”, como um possível -único- mediador de uma mudança na vida dela, e mostrar que outras situações e pessoas podem levar Rebecca a melhorar a maneira que ela costuma levar a vida.
Castle – Montreal
11/10/2014, 19:10. Ana Botelho
Reviews
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Série: Castle
Episódio: Montreal
Número do episódio: 7×02
Exibição nos EUA: 6/10/2014
Nota do Episódio: 9.7
Que surpresa gostosa esse episódio! Já virou lei em Castle o segundo episódio – pelo menos para mim – vir com mais surpresas e até melhor que a premiere da temporada. Porém, quem disse que eu estava esperando tanta informação e reviravoltas em Montreal? Obviamente, nós não tivemos nenhuma resposta concreta, mas o caminho de Kate e Rick, pelo menos no próximo mês, já foi traçado.
Como já era de se esperar, Castle quer respostas e as quer rapidamente. O que quer que seja que tenha acontecido com ele tornou a sua vida uma loucura e mexeu, principalmente, na sua relação com Beckett. Além disso, há ainda uma pressão por parte da imprensa que custa em acreditar na história da amnésia apresentada pelo escritor. Paralelamente às buscas de Castle, o dono da empresa de brinquedos Williger, Wallace Williger, foi encontrado morto, no mar, envolvido em um saco plástico. Confesso que amei esse ritmo com dois casos paralelos e não me incomodaria se isso fosse repetido durante a temporada.
Logo no início nós vemos Castle sendo Castle: agindo sem pensar nas consequências. Ele oferece 250 mil para quem ajudá-lo a solucionar, com pistas, o caso do seu desaparecimento. Claro, como eu disse antes, Castle está cego por respostas e não o julgo, mas Gates, sim. Eu tive um ataque de riso quando ele põe em ação o plano – que consistia em dar um beijo em Gates – para acalmar a raiva da capitã. Se acalmou a raiva, eu não sei, mas que deixou a mulher sem o que falar, ah, isso sim.
E entre mulheres solteiras querendo chamar atenção e pessoas malucas dizendo que Castle havia sido preso por uma espaçonave, entrou na história um casal que, em sua lua-de-mel, em Montreal, contou com a aparição de Castle no fundo de uma das fotos tiradas na viagem. E, se o caso não estivesse complicado o suficiente, ficaria ainda mais: Castle foi fotografado conversando com o homem que havia se passado de Henry Jenkins. Se toda essa história do sumiço de Castle fosse um mar, eu poderia tranquilamente dizer que, naquele momento, uma tsunami de ideias passou pela minha cabeça. E pela sua também, aposto.
“Queria poder explicar. Mas saiba que eu te amo. Sempre te amei. Sempre.
Chegando em Montreal, Castle juntamente com Alexis foi ao Banco Central com a chave que estava em seu bolso no dia que foi encontrado. Lá, no cofre de número 38, encontrou três envelopes destinados a Martha, Alexis e Beckett, nos quais continham cartões de memória com filmagens de Castle. Nessa hora meu coração doeu. E Beckett, se tinha alguma dúvida ainda se confiar em Castle era o certo, definitivamente baixou a guarda, permitiu cair o muro, e deixou-se levar por aquelas palavras simples, sem rodeios, mas que significam muito para a história dos dois. O sempre nunca se fez tão necessário como dessa vez.
E enquanto Beckett, Espo, Ryan e Lanie descobriam que Williger estava trabalhando disfarçado como zelador do galpão da sua própria empresa para investigar um possível tráfico de drogas, Castle agia sem pensar pela segunda vez e, ao descobrir o endereço do lugar onde foi filmado o seu vídeo, partiu para Montreal sem avisar ninguém.
Quando eu achei que estava começando a entender o caso, vem uma bomba e deixa ele ainda mais confuso. De toda a loucura que foi o encontro entre Castle e o falso Henry Jenkins, de uma coisa é certa: Castle realmente não se lembra, porém, não lembra porque ele PEDIU para não lembrar. Sério, eu soltei um ‘wtf?’ inevitável. E, obviamente e felizmente, eu assisto uma série cujos roteiro e histórias são impecáveis e muito bem elaborados, e não poderia esperar nada menos que mais uma informação louca no meio desse mistério. Algo aconteceu com Castle, quando ele tinha 11 anos, e que o fez virar escritor, mas ninguém sabe, nem Beckett. Misturado a esse passado pouco explorado do escritor, ainda temos o que Castle fez lá em Montreal que, para ele ter pedido para não se lembrar, podemos presumir que não seja pouca coisa.
Mas a cerejinha do bolo ficou para cena final. Essas cenas caseiras nas quais Castle e Beckett desfrutam de uma intimidade sem tamanho, por mais que já sejam do nosso conhecimento desde a quinta temporada, ainda mexem comigo – aliás, acho que vão mexer sempre. É natural que Castle queira casar-se logo, numa medida até de tentar voltar à vida normal, sair daquele caos, mas também é natural da Beckett que nós conhecemos colocar a cabeça de Rick no lugar, fincar os pés no chão e optar o que, sem dúvida, o melhor para eles. A entrega que os dois têm um pelo outro é incrível, e a confiança num futuro -certo- juntos é o que fez Beckett propor um prazo de um mês para que as coisas se ajeitassem e é o que fez Castle aceitá-lo. Eles sabem que são um do outro, no matter what, para sempre. Por isso, o que 30 dias são? Nada.
Episódios como Montreal, que juntam os dois extremos de Castle (o brincalhão e o noivo mais amoroso do mundo) e ainda trazem antigas significações, simplesmente me tiram do plumo. Acho que para duas pessoas que pretendem unir suas vidas, estar junto nessa investigação será muito saudável. Além disso, nós tivemos uma série inteira praticamente baseada no passado de Beckett o caso de Johanna e agora teremos a oportunidade de colocar Castle em foco e extrair tudo que tem de bom do personagem, do ator e da sua atuação sempre impecável. Tô ansiosa DEMAIS para o restante dos episódios e eu definitivamente acho (e vou repetir isso sempre) que será um desperdício acabar, na sétima temporada, uma série que tem pano na manga pra mais 5. Até semana que vem, gente 🙂
Ps1: Desculpem a demora, people. A semana foi corrida e minha cabeça não estava em condições de escrever algo decente para vocês. Na semana que vem, como forma de gratificação, escreverei a review em tempo recorde. Aguardem!
Ps2: Shippo Esplanie sim, fiquei feliz em vê-los juntos sim, e amei o “hola, preciosa” sim <3
Ps3: Fico me perguntando como os produtores de Castle conseguem, de forma tão natural, mesclar o drama e o humor. Palmas.
Ps4: A única coisa que me preocupa desse segredo que Castle tem (sobre o que aconteceu com ele aos 11 anos) é que ele esconder isso pode deixar Beckett magoada. Espero que seja apenas uma teoria falha minha.
Primeiras Impressões – Bad Judge
06/10/2014, 21:00. Ana Botelho
Preview
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Estreou nessa última quinta, 2, na emissora do pavão – leia-se NBC -, Bad Judge, série protagonizada por Kate Walsh, que também faz parte da produção da comédia. Para quem acompanhou Walsh em Private Practice e Grey’s Anatomy, no papel da doutora Addison, a mudança de personagem é tão marcante que eu, como vi ambas as séries, demorei uns 5 minutos para me acostumar, e a nova comédia tem apenas 22. No entanto, ao mesmo tempo que existe um abismo de diferença entre Addison e Rebecca Wright, ter a oportunidade de ver Walsh em ação mais uma vez me deixou com as expectativas lá em cima. Então, aqui vai um aviso: se você também ficou super esperançoso, é hora de suspirar e aceitar que TALVEZ a série não seja tudo o que a gente pensou que iria ser.
Essa é a primeira imagem que recebemos – e que define muito bem, por sinal – de Rebecca Wright, uma juíza que sabe se divertir como ninguém, desconhece prazos, fala o que vem a sua cabeça, mesmo em horas inoportunas, mas que não há como negar sua competência. Achei Walsh bem confortável nesse novo plot, a personagem foi muito bem construída, e se o piloto não foi de todo engraçado (o que eu acho que era a intenção), pelo menos no que diz respeito a introduzir a história e a protagonista ele cumpriu o seu papel direitinho. Seria mega bacana se não fosse aí a fonte do problema.
Como o piloto desenhou de maneira impecável a vida, rotina e características de Wright, nós percebemos exatamente no que se moldará o restante da temporada e qual o plot principal de Bad Judge. Ok, você deve estar se perguntando onde está o problema nisso, né? Está, infelizmente, na minha dúvida se a série irá se sustentar com o roteiro planejado, e conhecedora de estreantes da NBC (RIP Go On), séries novas com plots rasos não vingam, nem com oração e reza.
Dona de uma vida super agitada, repleta de bebedeiras e festas, Rebecca Wright já mostrou ser desencanada e feliz com a condição de não ser dependente de alguém, ou não ter alguém que dependa dela. Dá pra perceber isso quando Gary (Ryan Hansen, Veronica Mars), psiquiatra que participa dos casos da corte e que mantém um relacionamento (dá pra chamar assim?) casual com Wright, se espanta ao perceber que ela poderia estar grávida e não era dele. Rebecca, por mais que o piloto não tenha me permitido tirar essa conclusão, parece ter medo de relacionamentos, e gosta da sua vida do jeito que está: saindo de casa sozinha e voltando da mesma forma.
No meio dessa vida agitada e despreocupada de Rebecca, encontra-se Robby Shoemaker, um menino de 8 anos cujos pais foram presos pela própria juíza. E como ter uma vida louca não impede que Rebecca tenha um coração piedoso, ela se sente no direito de dar atenção a Robby enquanto os pais dele estão na cadeia. Conforme vimos no piloto, o menino usa e abusa dessa condição protetora de Wright, e ela está (e provavelmente sempre estará) lá para ele, mesmo que isso signifique ir à escola defendê-lo de um desenho no qual há a caricatura maldosa de seu professor.
Parece que Robby, aos poucos, irá mudar a rotina de Rebecca e a fará, possivelmente, descobrir que relacionamentos e dependência sentimental (no melhor sentido possível) não são tão ruins assim. No entanto, se a esse não forem adicionados outros plots, creio eu que a série terá o prazo de validade vencido rapidamente. Além desse receio, achei o tom de comédia um pouco fraco, mas talvez melhore nos próximos episódios. De qualquer maneira estarei aqui, semanalmente, comentando nas reviews as novas aventuras de Rebecca Wright e o seu dom de se enfiar em encrencas. Até lá 😉
Bad Judge vai ao ar todas as quintas-feiras, na NBC, às 21h do horário americano. Aqui no Brasil a série não tem previsão de estreia.
Castle – Driven
02/10/2014, 22:29. Ana Botelho
Reviews
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Série: Castle
Episódio: Driven
Número do Episódio: 7×01
Exibição nos EUA: 29/09/2014
Nota: 4.6
É um lindo dia de sol, com algumas nuvens soltas pelo ar: Hamptons está em festa. Havia chegado, então, o dia que você estava esperando e ansiando há muito tempo. Tudo deveria caminhar perfeitamente, afinal, a história de vocês dois já havia tropeçado em pedras suficientes ao longo dos anos. Você ri, se olha no espelho, está linda. O telefone toca. Surpreendentemente uma voz desconhecida ecoa pelo telefone e lhe dá a pior notícia que você poderia escutar: o homem da sua vida acabou de ter o carro despencado em um barranco. E o que deveria ser o dia mais feliz vivido por você, se tornou, em questão de segundos, uma corrida contra o tempo, o impulso, a dor e, sobretudo, contra o medo.
Quando o telefone tocou, no final de Better or Worse, e a imagem de Beckett observando o carro de Castle queimar surgiu na tela, eu fiquei extremamente desapontada com o desfecho que uma temporada ótima daquela havia recebido. No entanto, eu já deveria ter aprendido, com anos e anos de experiência com Castle, que nessa série nada é em vão e até o ruim, o fraco, pode ser justificável no futuro. Foi o que aconteceu nessa season premiere e eu vou dizer uma coisa pra vocês: Driven lacrou a vida e mostrou o porquê dessa série ser a queridinha do meu coração.
Permito-me dizer que, com certeza, esse foi um dos episódios mais dolorosos e sofridos para Beckett. A procura, a dúvida e o medo a deixavam à beira de um colapso nervoso e por várias vezes eu a vi surtar, querendo despejar no mundo – e em quem mais estivesse pela frente – a injustiça que havia pairado sobre a sua vida. Aliás, vida essa que nunca foi fácil, nem simples, mas que com força e determinação, teve os problemas enfrentados e batidos. Contudo, como lidar com o sumiço do seu noivo/amante/amigo no dia em que os dois iriam selar no papel o que já estava escrito desde sempre?
Simplesmente não lidando. Cada vez que Beckett recebia uma informação sobre Castle, e depois voltavam para o mesmo ponto, era mais um resquício de lucidez que ia embora. A dor que a rasgava por dentro já podia ser percebida na maneira em que conduzia as investigações e em como ultrapassava limites até mesmo desconhecidos por ela. E eu via a nossa detetive sempre envolvida em um círculo vicioso: desespero, alívio, preocupação. Foi assim quando ela descobriu que Castle não estava dentro do carro que havia pegado fogo, mas logo em seguida pensou que ele seria esmagado junto com a SUV. Nada mais fazia sentido, e se as coisas já não estavam boas, ficariam bem piores depois: por que Castle pagaria Cardano para esmagar a SUV, como apareceu no vídeo?
“Ou há um lado secreto dele que ninguém conhece. Nem mesmo você”
Sério, eu queria dar um soco naquele cara do FBI quando ele disse isso. Beckett já estava com uma dificuldade enorme em lidar com toda aquela situação e, quanto mais parecia que Castle estava escondendo algo dela, mais caótica ficava a cabeça da detetive. E quando digo caótica, é no pior sentido possível: ela chegou ao ponto de perguntar para Martha se Castle estava com dúvidas em relação ao casamento. Meu coração sofria com cada suspiro pesaroso que ela soltava, com cada cara de dor ao ter que lidar com questões difíceis de ser respondidas. E quando Esposito surgiu atrás dela com um café – ação que por anos e anos Castle executou de maneira brilhante e sedutora -, por um segundo Beckett achou que tudo tinha voltado ao normal, até que a realidade, sem pedir licença, entrou arrasando qualquer ponta de felicidade.
Após dois meses de buscas, para felicidade geral da nação de Beckett, Castle é encontrado em um quase cosplay do filme Náufrago (Wilsoooon): desacordado dentro de um barquinho no meio do oceano. E engana-se quem pensa que os problemas do casal estariam resolvidos, já que ao mesmo tempo que Castle não lembrava (ou não queria lembrar) de nada, Beckett tinha, bem frescas na memória, todas as pistas que indiciavam Rick como o próprio mandante do seu sumiço. Mas é aí que entra aquela velha história da confiança que é preciso ter num relacionamento, aquele tiro no escuro que, mesmo você sabendo que pode não pegar em lugar algum, é preciso ser disparado. Beckett não estava, há dois meses atrás, vestida de noiva e o esperando em Hamptons à toa. Ela sabia quem ele era, o conhecia como mais ninguém, a convivência de anos tinha feito seu trabalho bem direitinho. E contra todas as provas – vídeo, cabana, dinheiro sacado -, Beckett decidiu enxergar o que não era visível aos olhos.
O abraço dos dois foi quase que uma redenção: as perguntas ainda estavam sem resposta, mas o coração de Beckett pode suspirar aliviado como se ela finalmente voltasse para casa após uma longa – e torturante – viagem. E, nesse ponto, é que vemos o caminho que a sétima temporada vai trilhar ao longo dos episódios. Baseado em uma confiança mútua, a qual é sustentada pela capacidade de amar o outro apesar de qualquer muro construído, Castle e Beckett vão, dia após dia, fazer o que fizeram com o caso de Johanna: ir o mais fundo possível, contra qualquer coisa que vier, para descobrir quem realmente foi a mente por trás daquilo tudo. O casamento, talvez, seja adiado mais um pouquinho, e eu juro que não reclamo. Que história de amor real não teve seus capítulos – muitas vezes estendidos – de conflito e sofrimento?
Achei uma das melhores estreias de Castle de todos os tempos. Envolvente, dinâmica e um belo teste para corações fracos, ela fez muito bem a ponte da resolução do caso de Johanna para o novo plot da sétima temporada. Como sempre, o roteiro segue sem buracos e a história mais verídica impossível. Eu sei que fica chato sempre dizer aqui o quanto Stana Katic arrasa no que faz, mas é meio que impossível. Metade do crédito do episódio vem dela que soube expressar tão bem as emoções, fazendo com que os 42 minutos se tornassem os 42 minutos mais sofríveis da minha vida. Que essa não seja a última temporada de Castle e que seja doce a experiência de ter, por mais um ano, a companhia de Kate, Rick, Espo, Ryan, Lanie, Martha, Alexis e Gates nas noites de segunda-feira. Até semana que vem =)
Ps1: essa mania da Stana de tirar o cabelo pra lavar tá demais. Sou super apegada ao cabelão e estou sofrendo 🙁
Ps2: achei bacana a forma que exploraram a reação dos meninos frente às pistas que sugeriam ser Castle o mandante do próprio “sequestro”. Espo, como sempre, o mais emotivo e Ryan sempre tentando enxergar o melhor.
Ps3: foi muito simbólico Beckett usar o quadro que antes servia para organizar as pistas do caso de Johanna como um auxílio ao desespero de não conseguir encontrar Castle. Fiquei um pouco abalada, talvez muito <3
Castle – For Better Or Worse
14/05/2014, 19:14. Ana Botelho
Reviews
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Sabe, essa nota que eu preciso sempre atribuir aos episódios é uma faca de dois gumes: ela pode representar exatamente o que eu penso sobre o episódio, assim como pode ser totalmente injusta. No caso de For Better Or Worse, a nossa tão esperada season finale dessa temporada que eu considero a melhor, a nota será totalmente injusta. Infelizmente, não posso atribuir cinco, mas também não acho que eu tenho o direito de dar menos que quatro. E o maldito 4.3, que supostamente deveria ser uma média, ainda me soa injusto. O problema, no final das contas, é que eu sei o que essa season finale NÃO foi: não foi maravilhosa, não foi ruim, não foi condizente com o nível da temporada. Agora, dizer o que ela realmente foi é o que eu tentarei nas linhas a seguir.
Quando Watershed foi ao ar, eu sabia que o ano seguinte seria mágico e totalmente diferente. A sexta temporada chegou para a gente, já na sua estreia, com um peso gigante: iríamos descobrir ali, nos balanços, a resposta de Beckett. Com o “sim” que Kate deu ao Castle, iniciou o que eu chamo de a temporada da coragem. Coragem para assumir um compromisso maior, para vencer as amarras do passado – principalmente para Beckett e a história de sua mãe -, para deixar o medo de lado e lutar pelo o que quer até o fim. Com episódios românticos, assustadores, tristes, perfeitos, a sexta temporada se tornou a minha favorita e talvez uma das mais redondinhas que Castle já teve. Ela trouxe Bracken, Vulcan e 3xk de volta, ao mesmo tempo que trouxe a escolha da música perfeita para o casal, a data do casamento, o local, o vestido… é como se a dosagem entre o drama e o conto de fadas nunca tivesse sido tão boa. E por isso, só por isso, pela sexta temporada ter acertado 99,9% dos pontos que quis alcançar, que eu acho que For Better Or Worse não fez jus ao ano que nós tivemos. Contudo, eis aqui uma das artimanhas que Castle tem: mesmo o episódio não sendo tão bom, ele é bom e sempre, sempre mesmo, terá cenas que valerão todos os 42 minutos.
Desde o início do episódio a gente percebeu que as coisas não caminhariam do jeito que foram planejadas em toda a temporada. Surpresas viriam, mas quem imaginou que seria assim, tão depressa? Quando Castle e Beckett vão ao cartório, o escritor entrega a papelada do divórcio que já teve e a balconista fica olhando para a cara da Beckett como se estivesse esperando algo. Assim como eu, Beckett não estava entendendo nada, mas a moça logo tratou de explicar: Beckett já foi casada e, pelo o que parecia, continuava sendo. Aí nessa hora eu soltei um “what the hell?” bem básico e agradeci não ter lido spoilers porque a surpresa foi maravilhosa. A verdade é que a nossa detetive mais badass e certinha tem, assim como todo mundo, um passado negro e ele diz respeito a um casamento em Vegas, há quinze anos atrás. Parece que tudo o que acontece em Vegas, não fica em Vegas, não é, Kitty Kat?
Mas claro que tinha um jeito de reverter essa história e subir ao altar para se casar com Castle em três dias. Ela só precisava achar Rogan – o querido maridinho -, explicar o que aconteceu e fazê-lo assinar os papéis do divórcio – porém, seria fácil se O’Leray Rogan não fosse um vigarista, bandido, metido em várias encrencas e, pior, chantagista. Para que ele assinasse, ela teria que fazer algo por ele e, obviamente, não seria um serviço limpo. Aliás, se Beckett estava preocupada com o que dizer em seus votos, acho que a prova de amor, ao se deixar ser chantageada, que ela fez por Castle e pela cerimônia que eles teriam em poucos dias com certeza ficaria bem bonita em palavras ditas na frente de todo mundo.
Enquanto Beckett tentava lidar com seu marido Rogan, em um plot chatíssimo e longo demais pro meu gosto – tirando pela Stana que atua bem demais -, Castle tentava lidar com os problemas que surgiam e indicavam que o casamento ia por água abaixo. Uma ligação o avisa que o espaço alugado para a cerimônia estava inválido e ele, Alexis e Martha surtam. Nessa hora, eu sussurrava um nome, nome esse que eu disse em uma de minhas teorias que seria o local do casamento. Não demorou muito e Hamptons surgiu na conversa, me fazendo surtar um pouco (muito) no meu sofá. Era como se tudo estivesse dando errado para que, no final, tudo desse certo, do jeito que realmente deveria ser.
Em todo conto de fadas tem um príncipe; no deles, ele se chama Castle
Histórias de contos de fadas, literatura, poesia, todas têm a mesma função: fazer com que a gente saia da realidade e vá para um mundo onde a gente pode ser o que quiser, quando quiser, com quem quiser. Porém, todo ato de fingir traz um pouco de realidade, e em Castle não é diferente. Castle e Beckett é o casal mais comum que já vi em série de TV – muitas vezes parece que são reais, como se fossem um daqueles muitos casais com quem esbarramos na rua andando de mãos dadas. E, assim como qualquer casal, têm seus problemas, suas brigas, seus obstáculos. E quando tudo estava dando errado, quando Rogan estava desaparecido e os dias corriam, quando o vestido dado por Matilda havia sido totalmente estragado, Beckett desabou. Desabou de uma maneira que cortou meu coração, porque não estamos acostumados com uma Beckett vulnerável, frágil, e a cena em que ela diz ao Castle, com os olhos marejados de lágrimas, que o casamento era pra ser perfeito e estava sendo arruinado, seja lá o que eu tenha achado dessa season finale, valeu todo o episódio.
E eu percebi que todos esses anos amando Beckett e estando com ela fizeram do Castle não um homem melhor, mas um homem totalmente diferente. O Castle de hoje não tem absolutamente nada do Castle de antes, tirando suas piadas estúpidas/engraçadas/únicas. Como um verdadeiro príncipe, ele mantém a calma e explica para Beckett que se eles querem um final feliz, terão que lutar por isso, e lutar significa vencer obstáculos e não deixar que eles te vençam. E eles que já passaram por TANTA coisa, por tantos momentos difíceis, tiros, gelo, bombas, sequestros, não se deixariam abalar.
“É um sinal de que a nossa história de amor é maravilhosa. O que é uma grande história de amor sem obstáculos a superar?”
Exatamente por isso, e com a ajuda do departamento e do Castle que já estava com ela nessa jornada em busca de Rogan, que os dois conseguem achá-lo. Embora tenham passado por momentos de tensão, quando um bandido, cujas fotos comprometedoras estavam em posse de Rogan, apontava uma arma para Beckett, Castle pensou rápido e armou para que as duas gangues que estavam atrás de Rogan ficassem uma contra a outra, livrando, assim, a pele dos três. Rogan FINALMENTE assinou aquela bosta de papel e Beckett estava oficialmente solteira. E aí eu pensei, pela primeira vez no episódio, que teríamos casamento. Yay, Castle, vá pegar sua noiva!
We’ll meet again, don’t know where, don’t know when, but I know we’ll meet again some sunny day…
Tudo caminhava da maneira que eu queria, pelo menos em questão ao casamento: aquele vestido espalhafatoso que Matilda tinha dado estava fora de questão e Beckett usou o de Johanna <3 Na cena em que Beckett está se vestindo, Martha fez questão de somar mais um ponto para o episódio simplesmente sendo Martha. A sogra mais querida do mundo deu a ela um par de brincos simbólico em sua família, o que resultou em um abraço fofo e super sincero entre as duas. No entanto, a falta de Jim em todo o episódio – e nem sombra dele no espaço da cerimônia – me alertava que algo estava errado. Além disso, as questões com Bracken e Vulcan estavam resolvidas, mas com 3xk não. Algo ia acontecer, e aconteceu.
Castle, ao se despedir de Beckett no telefone dizendo que estava a caminho, percebeu que estava sendo seguido por um carro estranho, e logo a cena foi cortada. O sumiço de Castle começou a assustar a todos, até que Beckett recebeu uma ligação. Quando ela chega ao local indicado, dá de cara com o carro que Castle estava dirigindo despencado em um barranco, totalmente em chamas. Talvez o que eu vá dizer agora não agrade muito, mas preciso ser sincera com vocês. Eu não comprei esse final. Fiquei arrasada com a cara da Beckett, em como eles estavam felizes porque finalmente iam selar a união, em como Castle estava lindo e sorridente ao dizer que a amava e em como tudo isso tinha sido interrompido. Mas o carro pegando fogo? Não.
Definitivamente, isso é coisa do 3xk. É como se eu sentisse o cheiro de vingança no ar, sabe? Vou aguardar o hiatus curiosa para saber o que realmente aconteceu, se o pai dele o salvou ou se alguém o mantém em confinamento. A questão do cliffhanger usado me irritou porque havia mil outras formas de nos fazer surtar, roer as unhas, algo que se aproximasse mais do possível, mas não chegar e mostrar pra mim um carro pegando fogo QUE EU SEI que Castle não está lá. De todas as seasons finales, eu acho que essa talvez tenha sido uma das mais fracas em questão de plot. Mas como eu disse lá em cima, mesmo quando o episódio não é bom, ele é bom. E eu agradeço por isso.
Tô sofrida com o fim dessa temporada, e acho que assim que eu tiver um tempo livre, irei revê-la. O que eu tiro desse final é uma Beckett disposta a tudo para ter um final feliz com quem ama, um Castle mostrando que é um verdadeiro príncipe e, principalmente, a conclusão de que Marlowe tem, nas mãos, uma das histórias de amor mais completa e linda que já vi. Essa sexta temporada só reafirmou o que eu, você e todo mundo já sabia: nós temos o melhor shipper da história! Entre lágrimas e risos, me despeço de vocês. Queria agradecer do fundo do meu coração pela companhia e paciência com essas reviews gigantes. Castle foi renovada (amém!) para um sétimo ano e eu estarei aqui, em setembro, para surtar com vocês. Aguentem firme e… in Marlowe we trust!
PS: Eu pedia Esplanie, mas acho que dormi em algum episódio. Eles estão juntos e eu não sei? Como assim? De qualquer forma, eles dando as mãos me destruiu <3
PS2: Como a pessoa que ligou para Beckett sabia que ela era ela e como sabia que aquele era o Castle? E mais, como conseguiu o telefone dela se o carro estava em chamas? Armação ou falha, eis a questão.
PS3: Nunca irei superar o “Kitty Kat”, hahahaha
PS4: Castle falando “I thought you were one and done kind of girl” me matou. E eu ainda me surpreendo como nada nessa série é esquecido!
PS5: JÁ É SETEMBRO, GENTE???
Castle – Veritas
06/05/2014, 19:39. Ana Botelho
Reviews
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Especial, simbólico, emocionante. Surpreendente, mágico, assustador. Completo, romântico, elétrico. A verdade é que eu poderia usar todos os adjetivos do mundo para qualificar o episódio dessa segunda e nenhum deles conseguiria expressar, fielmente, as sensações passadas por ele. Fiquei meia hora aqui pensando em como começar essa review e a única conclusão que cheguei foi a de que não há palavra desse nosso português, não há texto, tampouco review, que sejam suficientes para exprimir o que foi Veritas. Eu tenho mais 900 palavras pela frente e, com certeza, falharei nessa missão.
Vincit Omnia Veritas
Ir além das nossas expectativas: quando Castle NÃO fez isso? É claro que eu esperava bastante desse episódio, mas não esperava tudo o que vi. A sensação que eu tive assim que os 42 minutos terminaram foi a de que eu estava assistindo a uma season finale, ou até uma series finale. Se a série terminasse ali, naquele abraço de Castle e Beckett, ela faria todo o sentido, a história terminaria completíssima e o arco mais importante da série seria resolvido. Veritas foi simbólico do início ao fim, com todos os seus segundos carregados de uma emoção inexplicável, proveniente de uma das histórias de luta e força mais bonitas que já vi na televisão. O caráter de Beckett, e tudo o que ela é hoje, foi construído pela vontade de fazer justiça e colocar atrás das grades o assassino de sua mãe. Como eu disse, a série poderia terminar ali, mas não terminou. O ciclo da caçada pela justiça de Beckett se fechou e, talvez, somente agora outros ciclos conseguirão ser abertos na vida da detetive.
Quando o episódio se inicia, com uma série de flashbacks, a gente já sabia do que ele se tratava e que iríamos avançar ainda mais no caso de Johanna. Beckett estava atrás de Jason Marks, a última pessoa ainda viva que poderia ajudá-la a conectar Vulcan Simmons ao senador Bracken. Infelizmente, Marks aparece morto, o que me fez suspirar, afinal, Beckett estava agora sem rumo, sem pistas. E, pra piorar, sua dívida com o senador havia sido quitada em In the Belly of the Beast, onde ele “a salva” das garras de um capanga de Vulcan. Agora, Bracken estava livre para matar Beckett, assim como fez com Johanna.
Porém, a repulsa, o nojo e a raiva de ver o assassino de sua mãe solto e se candidatando à presidência dos EUA era maior que a falta de pistas e com certeza bem maior que o beco sem saída no qual se encontrava. Quando Espo e Ryan avisam que não havia formas de provar e conectar Vulcan à morte de Marks, Beckett opta por fazer o que sabe de melhor: não ficar esperando em casa até a resposta cair do céu. É claro que a maioria dos detetives das séries de TV tentam repassar a ideia de força, da ausência do medo, mas com Beckett a questão é diferente. O medo está ali, a fraqueza também, mas ela deixa tudo isso de lado quando se trata de justiça, mais ainda quando se trata da morte de sua mãe – e isso sim é a maior amostra de coragem.
Então, exatamente por ser corajosa – assim como Johanna era, e Beckett sabe disso -, ela vai até a garagem onde o carro que Vulcan dirigia na noite da morte de Marks estava. O que ela não esperava, nem eu, era que ele aparecesse lá. Eu tremi na base. Aquele homem me assusta, desde a primeira vez que ele apareceu, e o último encontro deles não havia sido nada amigável. Não sei porque ela ainda perguntou para quem ele trabalhava, se sabia que ele nunca diria nada. Mas ela não desiste, e diz que só sairá de lá com respostas. E até onde iria Beckett para conseguir as respostas que queria? Torturar e matar alguém? As perguntas me invadiam conforme o corpo torturado, morto, baleado de Vulcan era exibido na tela.
Sombras do passado
Não, eu não acho que Beckett cruzaria a linha que há entre justiça e tortura para conseguir o que quer. Mas a história ficou muito confusa, principalmente quando Lanie, ao telefone, avisa que o resultado da balística apontava que a arma do crime era a arma de Beckett. Nada restava a ela senão fugir, ou Bracken ficaria livre para sempre. Nesse momento, enquanto Beckett sumia misteriosamente do departamento, Castle ficava sabendo, através de Espo e Ryan, da primeira sombra do passado que retornava: Smith estava vivo.
E as cenas seguintes foram demais pro meu coração de fã. Castle escolhe os balanços para encontrar Beckett. Sim, aqueles mesmos balanços que podem, por si só, contar a trajetória dos dois. Foi nos balanços que Beckett disse a Castle que havia uma parede e que ela, um dia, cairia. Foi nos balanços que ela, em Always, sob uma chuva torrencial, tentava afastar a frustração de não concluir o caso da sua mãe, ao mesmo tempo que criava coragem para bater na porta de Castle e dizer que tudo o que ela queria era ele. Foi ali, também, que Castle a pediu em casamento, e teve um sim como resposta. E agora, era ali nos balanços que Castle e Beckett tentavam descobrir como chegar em Smith.
Achá-lo não foi difícil, porque parece que Smith sempre sabe quando estão o procurando. Quando se encontram com ele, a gente descobre algo revelador: há uma fita que incrimina Bracken por várias fraudes e também pela morte de Johanna, que ele diz ser gravada por um ex-associado, mas que a gente vê depois que foi gravada por Montgomery. O jogo tinha virado. Beckett ao mesmo tempo que corria atrás dessa fita, fugia de Bracken. Mas ele a acharia.
O encontro dos dois foi algo épico. Bracken a acha no hotel e, covarde como é, a deixa sozinha com seus capangas para que eles façam o trabalho sujo. Nessa cena, a atuação da Stana foi o ‘que’ a mais, o fator principal. Ela fingiu estar dopada tão bem, mas tão bem, que eu só percebi que ela não estava quando surrou a cara de um dos bandidos. Fiquei tão tensa na hora que ela levou uma jarrada (?) na cabeça, que nem percebi o erro de continuação que as cenas seguintes tiveram. Mas isso não importa.
Castle a salva, como sempre, e eu me perguntei o que seria dela se o prefeito não tivesse obrigado a Montgomery a aceitá-lo no departamento. Aliás, se Beckett teve forças para seguir com o caso de sua mãe, que todos saibam, então, que Castle é o grande responsável por isso, estando ali sempre pra ela, como esteve quando a levou de volta para seu apartamento para investigar as coisas pessoais de Johanna que a detetive guardava. E na caixa com os pertences, eles descobrem que Johanna tinha “subliminado” uma mensagem, que dizia que ela sabia onde estava a fita. E quem imaginava que a resposta para tudo estava tão perto assim? Beckett ligou os fatos a tempo e achou, na família de elefantinhos que sua mãe tinha, a fita que, finalmente, incriminava Bracken e libertava Johanna para que ela ficasse em paz para sempre.
O final foi simplesmente maravilhoso. Ver Beckett destruindo Bracken em rede nacional e o prendendo era o que eu esperava desde a primeira temporada. A descida das escadarias representou, para mim, a descida de alguém que subiu ao poder pisando nos outros. O orgulho não estava somente em mim, mas também nos olhos brilhantes de Castle, que a observava sabendo a importância que teve para que esse dia chegasse. Já perdi as contas de quantos abraços esses dois já deram, mas com certeza nenhum deles foi igual a esse último – nem nunca será. E eu ficava me perguntando como aquele tanto de história acumulada nesses 5 anos conseguia ser comprimida naquele pequeno espaço entre o abraço dos dois; amor, ódio, tristezas, cicatrizes, tudo era enlaçado pelos seus braços de uma maneira carinhosa e especial. Foi como se o mundo em volta tivesse parado para assistir ao encontro de duas pessoas que nasceram para ficar juntas e que agora, mais do que nunca, sabem disso.
Veritas foi muito mais que um episódio de conclusão de um caso. Pelo contrário: ele fechou um ciclo de dor e de luta que durou anos e anos e que nós, fielmente, acompanhamos cada passo, cada obstáculo, cada tapa que Beckett levou para conseguir fazer justiça ao nome de sua mãe. É claro que Beckett, mesmo envolvida nessa história, foi mudando, e mudando, e mudando sempre ao longo do tempo. Mas a sensação que fica é que só agora ela está realmente livre para seguir sua vida, talvez não em total paz, mas sem aquele sentimento de não conseguir cumprir o que tinha prometido quando sua mãe morreu.
Na minha mente, Castle ainda tem história pra mais mil temporadas. 3xk voltou nessa sexta temporada e depois desapareceu, o que me leva a crer que nos esbarraremos com ele num futuro não muito distante. Já vi as promos do episódio da semana que vem e já vou avisando: peguem lenços, bombas de oxigênio e tudo que ajudem vocês a conseguir sobreviver, porque não será fácil. A sétima ainda não foi confirmada, mas não vejo como não ser. É um show estilo procedural, mas que ultrapassa a qualidade de um procedural comum. Eu sei disso, você sabe disso, os escritores e atores sabem disso e a ABC também. Então aproveitem a season finale e voltem aqui para surtar comigo hahaha até lá 😉
PS1: O que aconteceu da metade pra baixo do cabelo do Esposito? Tirou pra lavar?
PS2: Eles poderiam ter trabalhado melhor a continuação da cena em que Beckett é agredida na cabeça. Sangrou, passou mal e depois nem doendo tava mais? Estranho.
PS3: Os ângulos das câmeras estavam melhores que nunca. A cena no parque foi filmada de vários lugares e eu agradeço muito por isso.
PS4: Eu disse que esse episódio foi o melhor de todos, e acho que foi mesmo. Meu top 1 agora fica entre Knockdown (3×13) e Veritas.
PS5: Só eu senti que aquela cafungada no cangote do Castle foi meio que… real? hahaha as Stanathans piram!
PS6: Pra finalizar, Castle está certíssimo: Johanna sentiria orgulho da filha que tem.
Primeiras Impressões – Faking It
01/05/2014, 18:32. Ana Botelho
Notícias
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Estreou no dia 22 de abril, pela MTV, a mais nova série de comédia romântica que envolve duas garotas e o mundo do ensino médio. Criada e produzida por Carter Covington (que já participou nas produções de séries como Hart of Dixie, 10 Things I Hate About You e Greek), Faking It é aquele tipo de série que você, com um episódio só, não consegue prever se terá futuro ou não. Vou tentar explicar pra vocês.
Aos olhos de quem ainda está na adolescência ou de quem nunca a esqueceu, a série pode ser um bom passatempo. Mas para quem nunca compreendeu o “vomitar de nervoso” só porque o carinha mais famoso da escola está falando com você, sinto informar que a série não é uma boa opção. Em linhas gerais, Faking It pode ser muito boa, até porque as atrizes são boas, mas também pode se tornar um grande fiasco caso a história não seja aprofundada, tomando outros caminhos.
Amy Raudenfeld (Rita Volk) e Karma Ashcroft (Katie Stevens) são duas amigas que estudam na Hester High e vivem naquele mundo típico dos adolescentes. Karma não suporta a ideia de que não é conhecida por todos na escola e vive arrastando Amy – que faz tudo o que ela quer por ser sua melhor amiga – para ajudá-la em seus planos bolados na tentativa de se tornar popular. Até se fingir de cega ela tentou e, enquanto eu via isso, eu pensava “por que raios eu tô assistindo essa série mesmo?”. Mas nem tudo estava perdido.
É claro que nesse episódio ainda veríamos dois personagens clichês de toda boa história que tenta retratar o mundo dos adolescentes: a garota nova e suas súditas e o cara lindo-apaixonante-galinha do colégio. No papel daquela que se acha a última bolacha do pacote, entra Lauren (Bailey Buntain), uma menina nova na cidade e que, pra infelicidade de Amy, é a filha de seu novo padrasto. Lauren é chata, metida, tem uma voz insuportável e me lembra a líder das Meninas Malvadas. Já o cara lindo-apaixonante-galinha é Liam (Gregg Sulkin), que roubou o coração de Karma na mesma hora em que apareceu pela primeira vez.
É quando Amy e Karma conseguem ir em uma das festas mais esperadas do colégio, que o tema central da série surge. Shane (Michael Willett), o garoto mais popular da escola e gay assumido, cisma que Amy e Karma são lésbicas. Nessa festa, ele anuncia para todos que as duas têm medo de se revelar porque temem o preconceito e diz que elas deviam entrar na disputa de rei rainha e rainha do baile. Aí estava o que Karma sempre quis: agora elas eram populares.
Amy reluta, afinal, ela não é igual Karma e não liga para ser popular. No entanto, a amiga insiste e ela acaba aceitando, e as duas passam, assim, a fingir que são o que nunca foram. Aparentemente, a história parece superficial – e realmente é. Não há como manter temporadas e mais temporadas apenas com o plot de duas amigas sustentando uma mentira. É nesse ponto que entra o “algo a mais” que talvez seja o responsável pela possibilidade de Faking It ganhar mais uma temporada.
Quando Amy viu Karma beijando Liam, ela fica irritada. E eu não entendi o porquê, mas algo já vinha em mente. Ela, então, diz para Karma que não quer mais fingir, e as duas passam por um período de separação difícil. Conversando com Liam, Karma percebe que não vale a pena sustentar uma mentira se o preço a pagar é perder a amizade de Amy, então as duas conversam e, frente às palavras bonitas de Karma, Amy diz que se fingirá de lésbica para ajudar a amiga.
O “algo a mais” surge e comprova que minhas suspeitas estavam certas. Quando Lauren, em seu discurso de candidatura à rainha do baile, diz que as duas estão fingindo e que ouviu isso no vestiário, Karma resolve contar a verdade, mas é interrompida por Amy. Aí, ao som de Girls Just Wanna Have Fun, Amy decide ajudar a amiga a sair da saia justa em que estava e, para provar que elas não eram mentirosas, puxa Karma e a beija. Foi fofo, confesso. E foi revelador também: enquanto para Karma o beijo não passou de uma boa ideia da amiga, para Amy era o despertar de um sentimento totalmente novo.
No final das contas, Faking It surpreendeu minhas expectativas. Se o criador e produtor explorar somente o plot da mentira e de como elas se viram para sustentá-la, creio que a série terminará nos seus 8 episódios encomendados pela MTV. Mas se a história explorar a maneira como Amy vai lidar com esse novo sentimento por Karma e como ela consegue segurar esses dois segredos, aí acho que pode dar certo. Confesso que fiquei curiosa para ver o desenrolar da história e até quando Amy vai conseguir se fingir de lésbica quando, talvez, ela esteja realmente se tornando uma. A ideia é boa, agora é esperar para ver se vão por em prática.
Castle – Law & Boarder
30/04/2014, 22:04. Ana Botelho
Reviews
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Ah, como é bom uma calmaria antes da tempestade, vocês não acham? E, além de uma semana calminha, a gente ganhou muito mais do que esperávamos. A sexta temporada está chegando ao fim, e o queridinho do Marlowe está fechando-a com chave de ouro: tivemos bromance, tivemos friendship de Lanie e Beckett e tivemos (fooooooogos *bom, bom*) strip poker. Ai, ai.
Queria pedir desculpas já por um erro que irei cometer: não vou me ater ao caso, porque as histórias secundárias foram incrivelmente boas. Aliás, o tema central que rondou o episódio ficou na questão do quanto uma competição, um jogo, pode ser mais importante, para algumas pessoas, que certos valores morais, afetuosos. No caso de Logan Moore, a nossa vítima, o mundo do skate e os seus praticantes super habilidosos – e também cegos pela vitória – foram os responsáveis pela morte dele e de seu amigo, Jay. No caso de Castle, o mundo do Scrabble, o qual Beckett parece dominar mais que o nosso escritor, fez dele motivo de piada e fez surgir, também, um doce gosto de revanche.
Quando Castle perde pela primeira vez, Beckett não se contenta em zoar com a cara dele a sós, ela precisa divulgar isso para a família. E olha como a palavra família fica mega bonitinha aqui e como ela consegue traduzir o espírito que rondava aquela cena entre o casal, Martha e Alexis. Na verdade, achei essa cena um contraponto muito bacana com as dúvidas e medos que estavam na cabeça de Beckett quando ela achava que não conseguiria fazer parte da família já formada por Castle, ou quando ela achava que Alexis nunca a “aceitaria”. Certa vez eu disse que Castle possuía uma das mais perfeitas cronologias que eu já vi em séries, e que tratava do relacionamento deles como algo real, algo que anda degrau após degrau. E depois de 5 anos, a cronologia continua perfeita. Nós vimos o amadurecimento deles, a coragem de passar para mais um nível na relação e, agora, acompanhamos Beckett ganhar, a cada episódio, uma posição especial na família do Castle.
Outra coisa que deixou essa sexta temporada redondinha, além da fidelidade e respeito ao tempo do casal, foi o quanto a série nos permitiu participar do planejamento do casamento. Nós vimos TUDO. Nada foi escondido, nada surgiu do além. Data, local, vestido, música. Acho que fiquei mais por dentro desse planejamento do que fiquei quando minha tia resolveu se casar. E vocês têm ideia do quão admirável é isso? De todas as dúvidas que eu tinha/tenho relacionadas a um possível imprevisto que surja no dia do casamento, ou antes, que atrapalhe a união dos dois, uma certeza ficou: não importa quando, nessa temporada ou depois, quando ele realmente acontecer, será perfeito. E a perfeição já começa nos olhinhos brilhantes de Beckett ao “surtar” com Lanie sobre a escolha do vestido da madrinha da noiva. Tão fofa, tão menininha, tão completa, tão diferente daquela Beckett amedrontada de tempos atrás.
Mas é claro que essa cena fofa entre as duas amigas, e a cena caseira-linda-familiar do início não foram capazes de apagar a derrota de Castle para Beckett no Scrabble. E enquanto ele pedia revanche, e perdia ainda mais sua dignidade e sua postura de “eu sou o vencedor, beijo no ombro”, uma guerra acontecia, e acontecia fora dos tabuleiros. Afinal, quem aí não queria ser o padrinho de uma pessoa tão ilustre como o escritor de best-sellers Richard Castle?
Antes de tudo, preciso dizer que eu ADORO Ryan e Espo. A amizade deles e a relação que eles possuem de lealdade, de agilidade, dentro e fora do departamento, sempre foram mais que simples histórias secundárias. E quando Castle chegou à NYPD, o bromance duplo, que virou triplo, ficou ainda melhor. Por isso, quando Espo ouviu na cena do crime que Lanie seria a madrinha, ele e Ryan se viram no direito de concorrer ao título de padrinho do Castle. E foi muito engraçado vê-los disputando o carinho e a atenção do escritor, com canetas especiais, receitas secretas, cafés quentinhos e ATÉ carinho na perninha. Quem diria, ein?
Porém, todas as bizarrices e agrados não foram suficientes, porque Castle já tinha um padrinho. Quando ele disse aos dois que seria Alexis, eu fiquei “hã? como assim?”, porque era algo que eu realmente não esperava. Mas depois comecei a achar muito fofo da parte dele e vamos dizer que fiquei 1% a mais apaixonada pela figura paterna que ele representa. Em época de tamanha crueldade nesse mundo que a gente chama de real envolvendo pais e filhos, a ficção está aí pra mostrar como uma verdadeira relação paterna deve ser e Castle está fazendo – e sempre fez – isso muito bem.
Aliás, sabe o que Castle faz muito bem também? hahaha, adivinhem.
A julgar pelo tamanho do cabelo da Beckett e pela aparência mais “madura” do Castle, eu diria com certeza que estávamos assistindo a primeira temporada. Que nada se perde e tudo é encaixado depois, a gente já sabe. Mas quem esperava um strip poker depois de tanto tempo? Eu até reclamei uma vez que Castle nunca mais tinha jogado com os outros escritores, mas esse jogo com Beckett foi infinitamente melhor. Achando que ia ter uma terceira chance para finalmente conseguir ganhar de Beckett, Castle é surpreendido quando a detetive chega cheia das malícias (adoro), com um baralho na mão e sugere aquele pôquer ingênuo, sabe. Infelizmente, o final do jogo fica no nosso imaginário. E eu mando um grande beijo pras (os) portadoras (es) de uma imaginação fértil igual a minha.
Com mais um caso resolvido e com a descoberta de que Logan foi morto porque estava querendo trazer à tona o culpado pela morte de seu amigo Jay, Castle se despede dos episódios que não necessitam de um desfibrilador ao lado. Law & Boarder finalizou a calmaria, e a tempestade se aproxima. Veritas está chegando, assim como a season finale, e eu mal posso esperar pela segunda-feira. Tentarei fazer as próximas reviews o mais rápido possível para que a gente possa surtar junto, quase que em tempo real. Até semana que vem!
PS1: “Eu sou radical. Radicalmente lindo” – CASTLE, Richard.
PS2: O penteado da Beckett estava muito perfeito, além do normal.
PS3: Lanie, capriche na despedida de solteira da Beckett. Grata.
Castle – That ’70 Show
23/04/2014, 10:00. Ana Botelho
Reviews
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You can dance, you can jive, having the time of your life
See that girl, watch that scene, digging the dancing queen
Parem pra refletir e me digam: tinha outra maneira de eu iniciar essa review se não fosse cantando um refrão de umas das músicas mais badaladas dos anos 70? Nessa semana, Castle juntou duas das coisas que eu mais gosto nessa vida. O episódio excêntrico calhou de vestir a roupa de um ano lindo, charmoso, dançante. Se eu não pude viver a época da Disco, essa série maravilhosa que eu chamo de minha trouxe para a tela do meu computador um pedacinho dela. Pra você que não assiste Castle, ainda há tempo. Anda, corre, faz uma maratona e vem se deliciar comigo. Pra você que é fã assíduo, resta-me dizer: IT’S THE SEVENTIES, SWEETIES!
Em um apanhado de cenas engraçadas e constrangedoras, em That ’70 Show a primeira delas não demorou para aparecer e estava apenas esperando Castle e Beckett saírem do quarto onde estavam fazendo sei lá o quê (sim, esse mesmo sei lá o quê que não vemos há bastante tempo). Martha, achando que tinha conseguido captar a essência dos dois para transformar o casamento em algo perfeito, mostrou aos pombinhos um altar cercado de flores rosas, que nem eu que me considero “mulherzinha” teria coragem de aceitar. É claro que eu entendo o lado da Martha, afinal, quem a culpa de estar tão empolgada com o casamento? Mas se tratando de seu gosto meio “duvidoso”, é difícil para Castle e Beckett deixarem em sua mão uma tarefa acreditando que ela não irá transformá-la em um completo carnaval. A solução para mantê-la ocupada logo surgiria, mas isso é papo pra daqui a pouco.
Quando a vítima da semana foi encontrada, por um momento achei que estava assistindo a um caso em Bones. Mas o estado em que a vítima se encontrava tinha uma explicação: o corpo estava lá há mais de três décadas! Vinci Bianchi, um famoso gângster em seu tempo, desapareceu em 1978 misteriosamente e calhou da NYPD achá-lo, sim, achá-lo, porque reconhecê-lo logo de cara (ou de ossos) logicamente só poderia vir da mente brilhante de Mr. Castle. E eu não preciso dizer que o nosso escritor quase deu pulinhos de alegria com esse caso e com o rumo que ele tomou, né? Principalmente quando a investigação os levou até Harold Leone, uma espécie de conselheiro para Vinci.
E é na casa de Harold que a história começou a caminhar por uma estrada interessante: o amigo de Vinci não conseguiu superar a sua morte e vive, desde então, como se ainda estivesse em 1978. Então ele, a decoração da sua casa, a sua assistente, tudo parecia respirar os ares da época da discoteca. Castle e Beckett precisavam dele e do que tinha para contar, então por que não fingir que eles também estavam vivendo os anos 70? Harold simpatizou com Castle e, claro, que ele aproveitou da situação para aumentar o seu ego e fazer o que gosta: fingir que é realmente um policial. Até um “pelos poderes concedidos a mim” rolou. E eu estava amando ver o seu ego inchando enquanto Beckett bufava. hahaha, por favor.
Porém, a mentirinha contada pelo casal para Harold começou a tomar dimensões maiores, até que o departamento inteiro teria que entrar na dança. E é como dizem… quando o gato sai, os ratos fazem a festa. E, nesse caso, a gata da vez foi a nossa Sir.
Mesmo sem Gates “em casa”, Beckett relutou quando Castle disse que a única chance que eles tinham para tirarem algo de Harold era transformar o departamento em um dos anos 70, para que ele não desconfiasse. Claro que, sem saída, Kate teve que atender – mais uma vez – às loucuras e ideias insanas de Castle, que estava pensando além do apenas “vamos tirar a informação dele”. Nessa hora, o túnel de rosas assombrava a cabeça dele e, para que Martha não ficasse totalmente triste e sentisse que Castle confia em seus gostos e decisões, ele destinou a ela o papel de transformar o local e as pessoas em algo condizente com a época. Tirando alguns exageros, o que eu poderia dizer? Ah, sim, AMEI.
Amei principalmente porque o episódio ali se transformou num poço de gargalhadas. Se eu já tinha morrido com Lanie vestida de vermelho ao lado de um corpo e “flertando” com Harold, ver Espo e Ryan interpretando dois policiais famosos dos anos 70, Snookie Watts e Ray Price, numa mistura de Starsky e Hutch com sei lá mais o quê me fez ir às nuvens. Aliás, acho que o bigode e o cabelo grande caíram bem no Ryan. Ou não.
Porém, assim como a tecnologia consome nossos dias, ela também resolveu atrapalhar a conversa entre Harold e os dois machões, digo, Ryan e Espo. A menos que em 1978 o iPhone já fosse tão comum, Harold não teria problema em desconfiar, mas o telefone o fez retroceder com seu depoimento. É claro que os detetives, junto com Beckett e Castle, dariam um jeito de resolver esse impasse, mesmo com a volta surpresa de Gates e a bronca que eles tomaram. “Captain Castle”? É, isso não ajudou muito. Mas quando Harold, em uma Disco com Ryan e Espo, tenta matar Frank Russo, a história começa a sair debaixo do tapete. A gente descobre, então, que Harold e Vinci se amavam, mas que para disfarçar e fazer a união de duas famílias, Vinci iria pedir em casamento uma mulher. No entanto, Vinci desiste, talvez por não querer perder Harold, talvez por não querer passar a vida em uma mentira, e não a pede em casamento, acabando, dessa forma, sendo morto por vingança.
Com o caso finalizado, restava a Harold encarar a nova vida e, pela primeira vez, consciente de qual século estava, mas sem nunca tirar Vinci da memória – e do coração. E para comemorar, e quem sabe honrar o nome de Vinci, todos, incluindo Gates, foram dançar o ritmo que embalou a vida dos jovens, homens e mulheres, que saborearam os anos 70. Beckett, linda, charmosa, maravilhosa, com um vestido e penteado de matar, não só seduziu Castle ao dizer que ela tinha muitos talentos, mas também me fez repetir a cena e babar nela váaaarias vezes. Não preciso dizer que fugir um pouco das preocupações do casamento me agradou, assim como o hiato nem doeu tanto depois de ver uma produção como essa. Em tempos que uma season finale é esperada, com uma possível volta de um dos três vilões da série, é bom sentar, rir e acompanhar o desenrolar de uma história sem que as unhas sejam todas roídas e o coração batendo a 120 por minuto.
Já não era surpresa que That ’70 Show agradaria, até porque Castle tem uma produção muito boa, que sabe onde catucar quando quer um episódio fora do normal. Eu nem acredito que estamos a três episódios de nos despedir de mais um ano e acho que nenhum hiato do mundo vai conseguir me preparar para isso. Agora vai ser assim: vamos direto, sem pausas, para um final que promete abalar o nosso mundinho. Espero vocês aqui, na semana que vem. Até lá!
PS1: A cara de desejo do Espo ao ver Lanie vestida de vermelho no departamento e também os olhares trocados na discoteca foram as únicas manifestações Esplanie que conseguimos desde Under Fire. Assim não dá, gente.
PS2: A Gates dançando foi muito engraçado. A vibe dela tava ótima!
PS3: Na cena em que nossa detetive provoca Castle enquanto dança, só há uma coisa a dizer: Beckett, your Stana is showing!
PS4: O que foi a Beckett tentando atuar o que estava no script? hahaha aquele soco na mesa foi tudo.
PS4: A música citada é Dancing Queen, do ABBA.
Primeiras Impressões – Friends With Better Lives
06/04/2014, 16:52. Ana Botelho
Notícias
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É claro que com o término de How I Met Your Mother, a CBS iria querer fechar a lacuna com uma nova sitcom – ou algo parecido. Por isso, na última segunda-feira (31), estreou a mais nova comédia da emissora, que desde a notícia da sua produção já foi tachada como um “tapa buraco”. Friends With Better Lives, que foi ao ar logo após a series finale de HIMYM, é uma criação de Dana Klein, que já trabalhou em produções como The Real World e America’s Next Top Model. A série também conta com o produtor executivo Aaron Kaplan, que também assume essa função em The Neighbors e Back in the Game.
Confesso que fui assistir ao piloto com aquela mágoa de quem acabou de perder uma de suas séries favoritas e eu logo comecei a procurar semelhanças entre o novo projeto e a já finalizada HIMYM. Felizmente, minha busca não foi bem sucedida. Tirando talvez a música de abertura, a comédia traz como foco a história de 6 amigos singulares (5, na verdade, e um novo “agregado” à turma), que sempre acham que a vida do outro é melhor que a sua. Logo no piloto fomos introduzidos às vidas de cada um, assim como a sua rotina, seus problemas e suas características.
É na casa do casal que possui um filho, Andi (Majandra Delfino) e Bobby (Kevin Connolly) – que parecem ter perdido seus dias de felicidade e dão a entender que assistir Homeland é a sua única diversão –, que nós vimos os 5 amigos pela primeira vez. Começando com Will (James Van Der Beek), um ginecologista que ainda não conseguiu superar o fato de que sua mulher quer o divórcio, por mais que ela tenha o traído com o psicólogo de casais. Por isso Will está hospedado na casa do casal e, como disse Andi ao tirar leite para o filho na frente do amigo, ela já está até confortável em fazer isso com a presença dele porque ele “já está tempo demais lá”.
A próxima personagem a ser introduzida é Jules (Brooklyn Decker), uma top model em ascensão que chega para dar uma notícia: ela tinha acabado de conhecer uma pessoa e já estava SUPER apaixonada. E foi aí que apareceu o primeiro problema da série. Ela e o mais novo amor, Lowell (Rick Donald), um cara que força o seu lado espiritual e soou meio hipócrita – e que foi introduzido depois, em um restaurante, e vai se tornar o mais novo agregado da turma –, formam, para mim, o plot mais fraco da história. Além de fraco, também achei o casal “pobre” demais, embora a cena em que ele a pede em casamento tenha sido fofa.
Quando já estão reunidos na sala Andi, Bobby, Will e Jules, entra em cena Kate (Zoe Lister-Jones), uma empresária de sucesso, mas que é uma solteirona de carteirinha e mostrou que já não sabe mais lidar com isso. Kate, como disse Will, é superficial e se importa com características bobas das pessoas e faz disso um problema enorme, não conseguindo, dessa forma, encontrar alguém. É claro que essa teoria foi comprovada quando Kate marcou um encontro e o cara era muito menor que ela. Além das piadas de Will com “short” e “small” (curto e pequeno, em inglês), ele também chama o homem para a festa surpresa de aniversário de casamento feita por Bobby para Andi e diz à Kate que se ela não é mesmo superficial, ela ficaria com o cara nessa festa. É claro que ela assumiu o defeito, ainda mais quando, na mente dela, a mão do homem em seu colo parecia a mão de uma criança.
Para mim, Kate é a personagem mais forte e mais engraçada da história. Além de singular e ter uma voz muito poderosa – e um tanto sarcástica –, ela e Will possuem uma química e acho que tem pano para manga caso os roteiristas decidam juntar o divorciado bobo com a solteirona perfeccionista. No início, eu tinha achado Andi e Bobby um casal meio forçado, mas a ideia foi sumindo ao longo dos 22 minutos. Uma pena foi que Jules e Lowell não desceram pela garganta. Talvez isso mude, talvez não.
Então, seguindo a linha de que Will inveja o casamento de Andi e Bobby, que, por sua vez, queriam ter o fogo dos recém-noivos Jules e Lowell e estes que fizeram Kate chorar por perceber que é a única solteira da turma, Friends With Better Lives mostrou ser uma comédia com muitas histórias ainda pra desenvolver, e tantos outros caminhos a seguir. Com alguns personagens cativantes, a nova comédia é uma boa aposta para quem quer rir de problemas banais e acompanhar o desenrolar da vida de cada um dos personagens. Eu já estou ansiosa pelo próximo episódio e acho que independente de você ser órfão de HIMYM ou não, vale a pena acrescentar essa nova comédia na sua lista. Ela vai ao ar todas as segundas, mas o próximo episódio será transmitido somente no dia 14 de abril.
Então, o que você está esperando para baixar e apertar o play? Corre lá para ver e depois me conte o que achou!
Ator de ‘The Good Wife’ fala sobre a sua saída da série
29/03/2014, 12:34. Ana Botelho
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Essa notícia contém spoilers.
Quando foi anunciado, pela CBS, em uma das promos do episódio da semana passada (Dramatics, Your Honor), que o momento mais chocante de The Good Wife seria mostrado, ninguém imaginava o quão chocante esse momento realmente seria. Mas, vítima de um tiro disparado pelo seu cliente Jeffrey Grant (Hunter Parrish), Will não aguenta o ferimento e morre na maca de um hospital. Embora chocante – e talvez motivo de revolta -, a morte de Will tem um motivo: Josh Charles pediu para deixar a série.
Interpretando o advogado Will Gardner, Josh Charles está no drama desde o seu início, em 2009, e completava a “frente masculina” da série. O que muitos não sabiam, porém, é que o contrato assinado pelo ator para atuar nessa quinta temporada não dizia respeito a toda a temporada, mas somente aos seus primeiros quinze episódios. Em uma entrevista ao TV Line, Josh contou que a decisão de sair da série era uma ideia antiga, surgida no ano passado, e que ele agora quer dar novos rumos à sua carreira.
“Criativamente, eu estava pronto para passar ao próximo capítulo. Depois de uma longa conversa com Julianna e com os criadores da série, Robert e Michelle King, eu gostei da ideia de voltar e fazer uma quantidade finita de episódios. Tudo soava bom para mim e para o show”, disse o ator que, sabendo ser a quinta temporada a sua última no drama, fez dela algo ainda mais especial. Já sobre o fim que seu personagem teve, Josh disse que foi muito favorável ao caminho que os roteiristas quiseram tomar. “Eu achei que a escolha parecia muito potente, forte e chocante”, finaliza.
Perguntado se Julianna Margulies, que interpreta a advogada Alicia Florrick, havia ficado desapontada com a sua saída, Josh não hesitou em deixar claro que não houve ressentimentos vindos de Julianna, apenas a tristeza por perder um grande companheiro de trabalho. “Julianna e eu somos bons amigos. Ela é a razão para eu estar fazendo esse show”, disse o ator e completa “ela foi a primeira que eu chamei quando eu estava considerando sair. Eu falei com ela sobre como estava me sentindo e ela, como uma amiga, entendeu meu ponto de vista e respeitou a minha decisão. Ela estava triste, mas foi muito compreensiva”.
Nesse ano, com o papel de Will, Josh foi indicado ao Globo de Ouro e ganhou o People’s Choice Awards como ator de drama favorito. É claro que em decorrência da nomeação e do prêmio, Charles seria perguntado se em algum momento ele parou para refletir a sua saída de um show que dava a ele tanta visibilidade. Conforme explicou o ator, ele estava muito excitado com o rumo que a temporada tinha seguido e como isso mexeu com o seu personagem, mas que ele sabia que estava pronto para novas experiências, para explorar. E ele realmente já começou a por a mão na massa! Josh contou que está fazendo um pequeno filme com a comediante e escritora Sarah Silverman.
O último contato entre Alicia e Will
Como foi visto durante toda a temporada, a decisão de Alicia em sair da Lockhart/Gardner e criar sua própria firma com Cary (Matt Czuchry), mexeu com todos – principalmente com Will. E, desde então, eles começaram uma caçada que misturava ressentimentos não só profissionais, mas também de uma longa história pessoal. Mas, depois de muitas discussões, no episódio passado Will e Alicia tiveram um momento de paz, em que a parede construída entre eles parecia estar diminuindo.
“O gelo definitivamente descongelou um pouco entre eles, e você percebe que talvez eles pudessem andar em uma nova direção, um abrandamento dessa raiva que vem circulando a relação. E você sente amolecer um pouco o sentimento de traição”, disse o ator sobre a cena em que Will agradece Alicia por avisá-lo sobre seu cliente estar agindo pelas suas costas.
A carta para os fãs, a decisão de matar Will e o futuro para Alicia
Em uma carta escrita para os fãs, Robert e Michelle King agradeceram o amor e o carinho dos telespectadores e também falaram sobre o ocorrido no último episódio de The Good Wife. A decisão de matar o Will e não apenas mandá-lo para outra cidade, ou casá-lo com alguém, surgiu porque, segundo os escritores, “qualquer outra coisa seria muito fácil, já que a paixão entre Will e Alicia fez da distância um obstáculo fraco”. Além da ideia da morte do personagem ser o fechamento certo para a relação de Will e Alicia, vinculada à teoria do bad timing (mau momento), ela também deixou todo um caminho, uma história, a serem trabalhados com Alicia.
“A morte de Will impulsiona Alicia em sua mais nova reencarnação. Ela também criou um novo ‘quê’ dramático no show. Nós estamos sempre procurando essas mudanças no jogo. (…) a morte de Will, em várias maneiras, coloca violentamente todos na série em novas direções”, escreveram os co-criadores na carta.
O retorno
Não, a morte de Will não foi um sonho, nem ele irá ressuscitar, fazendo a alegria dos fãs. Mas a morte de Will não impede que Josh esteja mais uma vez – e pela última vez gravando – numa cena do drama. No próximo episódio, intitulado The Last Call, Will retornará à tela em uma série de flashbacks de Alicia – inclusive com uma cena extremamente emocional e inédita! Josh contou que, quando avisou sobre sua saída, também disse que se precisassem dele para mais um ou dois episódios, ele com certeza os faria. E, então, os co-criadores disseram a ele que estavam produzindo o décimo sexto episódio e que precisariam do Will.
“E essa foi realmente a minha última vez gravando uma cena [sobre o 5×16]. A presença do Will é profundamente sentida no episódio e o roteiro é igualmente profundo. O choque foi no episódio passado, mas no seguinte é realmente aonde você vai ver como todos estão lidando com a notícia”, disse Josh e completou “há um momento no final do episódio em que Alicia está tentando lidar com suas memórias sobre o dia do incidente, e vamos apenas dizer que houve um telefonema, que foi a minha última participação real no show e isso foi um momento muito emocionante para mim”, finaliza.
Com Will Gardner, Josh liderou um dos plots mais poderosos e contraditórios de The Good Wife. Sua relação com Alicia, desde sempre marcada pela – como dizem os roteiristas – tragédia do bad timing, influenciou algumas decisões profissionais e foi, com certeza, a responsável por fazer Alicia voltar a trabalhar depois de 12 anos. Seu caráter um tanto quanto questionável já o levou a julgamento e o deixou longe da firma por meses. No trabalho, a relação de amizade entre ele e Diane (Christine Baranski) era regida pelo respeito, admiração, mas também por alguns conflitos indesejáveis. Seu grande poder argumentativo nos tribunais alimentava as melhores disputas dentro da corte e também serviu para abrilhantar todos os embates que teve com Peter Florrick (Chris Noth), marido de Alicia. A morte de Will leva o drama a um novo degrau – aquele em que podemos ver como a boa esposa, Alicia, lida com mais essa reviravolta em sua vida. Chamada a série de “a história da Educação de Alicia Florrick”, os criadores parecem ter colocado The Good Wife no nível em que sempre quiseram.
Na galeria abaixo, você pode conferir alguns dos momentos de Josh Charles na série.
Você pode conferir, também, a promo de The Last Call e já ter uma ideia do que aguarda os fãs nesse domingo (30).
Com informações do TV Line e do painel da CBS. A carta você pode ler na íntegra aqui.
Castle – The Greater Good
27/03/2014, 22:37. Ana Botelho
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Isso, isso! Quase posso me ouvir gritando e vibrando quando soube qual seria a história principal desse episódio e a quem ela envolveria. Fico feliz por meu desejo ter sido atendido – desejo esse que tenho há MUITO tempo. Claro que eu peço um monte de coisa, como, por exemplo, mais de Lanie, mais de Esplanie, mais de Martha e sua incrível história. Mas nessa semana, The Greater Good explorou um pouquinho mais de uma personagem que entrou em Castle de paraquedas, sentou-se em uma cadeira que já tinha um grande histórico e, aos poucos, foi ganhando os nossos corações: é claro que eu estou falando da Gates, nossa Sir.
O caso, no entanto, foi secundário. Desde a semana passada, em The Way of the Ninja, os casos tomaram um caminho mais calmo, sem muitas reviravoltas, mas também não é pra tanto, né? Quem aguenta uma sequência de episódios de tirar o fôlego? Ninguém! Só que em Castle há vários e vários plots que, quando o caso não faz brilhar os nossos olhos, eles fazem todo o trabalho pesado. E foi exatamente o que aconteceu nessa semana. O caso, em si, foi bem fraquinho, mas o episódio, com todos os seus pontos, não. Tá vendo a beleza que é essa nossa série?
A vítima da vez é Peter Cordero, um homem jovem que trabalhava em uma investidora da famosa rua que muitos chamam de coração financeiro de NY: Wall Street. E mesmo tendo mostrado uma reunião da investidora, na qual pudemos ver como funciona um discurso de motivação – na base do dinheiro, claro -, e mesmo tendo escutado Castle fazer referência ao belíssimo filme estrelado por DiCaprio (The Wolf of Wall Street), o que realmente saltou aos olhos nesse caso não foi a vítima, as condições em que ela se encontrava, tampouco o aprofundamento em um tema polêmico. O que chamou a atenção e fez do episódio algo para eu comemorar tem nome e sobrenome: Elizabeth Weston.
É claro que a gente nunca tinha escutado esse nome na série – também não poderia ser diferente. Quando a irmã de Gates, Elizabeth, surge no episódio, fica claro que há alguma pendência, alguma desavença. E, a partir disso, eu me motivei a assistir ao episódio não pra saber quem matou Peter, mas sim para saber o que houve com as duas irmãs. Quando Gates entrou na história, ela se viu inserida em um campo não muito favorável a ela: Montgomery, o ex-capitão, havia deixado órfãos de sua presença os seus grandes amigos da NYPD. Então, quando Victoria assumiu o posto de Montgomery, ela tinha que lidar com o trabalho e, sobretudo, com os corações partidos dos integrantes do departamento. Por isso, desde que Gates entrou na NYPD, seu trabalho e sua história foram desenvolvidos na base do “eu vou ganhar a confiança de vocês, assim como a amizade”. Mas não sabíamos da onde ela tinha vindo, quem era realmente essa mulher, o que ela carregava como passado, como experiência de mundo. E então, quando o trabalho de conquistar a confiança e a amizade foi realizado com sucesso, foi hora de Elizabeth aparecer e mostrar que a nossa Sir, tão forte e brava, também é uma mulher que carrega uma história – e cicatrizes.
Elizabeth também mostrou que a maior virtude de uma pessoa pode, em alguns momentos, ser o fator principal para criar desavenças, separações. No caso de Gates, ser honesta e fazer seu trabalho limpamente foi o que a separou da irmã. “The Greater Good”, na verdade, foi o que Elizabeth pediu a irmã para considerar e ela, sabendo que o bem maior é o trabalho limpo e honesto, recusou. Claro que ela estava certa, mas Elizabeth não entendeu. Por isso, uma história que estava pendente desde 1998 só foi ter seu fim agora, com as duas amigas-irmãs fazendo algo que desejavam, em segredo, há muito tempo.
Porém, é claro que a história de Gates e Elizabeth não foi o único plot do episódio. A season finale se aproxima, e tanto já se falou de casamento, tantas coisas já foram postas em escolha, que esse episódio não poderia fugir à regra. De todas as ideias malucas de Castle, propor um casamento em uma montanha-russa não é tão ruim assim, né? Mas a questão não era exatamente o lugar, até porque isso já foi discutido (embora não tenha sido finalizado T.T). A questão mesmo foi: a lista de casamento. E depois de passarem o episódio inteiro pensando em quem convidar, jogando as estimativas para mais de 400 pessoas e fazendo Beckett torcer o nariz para toda aquela confusão, eis que surgiu uma das cenas mais fofas de Castle, que terminou com um dos beijos mais fofos também.
Muitas vezes eu me perguntei se Castle era a pessoa certa pra ela, se ele não tinha corrido com o pedido de casamento e se ele estava levando tudo isso a sério. Mas percebi que sempre que eu pensava assim, que o Castle realmente não era a pessoa certa, uma característica louvável dele – e por muitas vezes oculta – aparecia: a sensibilidade. Mas essa sensibilidade demorou pra surgir, e como demorou. Somente quando toda a questão não se tratava mais dos livros, quando o trabalho de campo havia passado da obrigação para uma tarefa prazerosa, Castle se viu em uma transformação importante: ele largou aquele sem noção de A Deadly Game, que deixou Kate desamparada ao avisar que iria para Hamptons com a ex-mulher, e se transformou naquele homem maravilhoso, sempre presente, de Countdown, que estava ali para nunca mais deixá-la.
E essa mudança, além de mostrar um crescimento pessoal e como o amor pode mudar toda uma história, foi, também, a responsável por fazer Castle escrever, em menos de um minuto, que ela era a única pessoa que realmente importava no casamento. Se essa história tinha iniciado com um “I just want you”, ela começa, agora, naquela sala, a se eternizar com um simples “you”, que ultrapassa a linha de ser apenas um pronome escrito em um papel. Coube a ela, há tempos atrás, ir de encontro a ele e não deixá-lo fugir. Cabe a ele, agora, segurá-la para sempre. E parafraseando Castro Alves, a alma dele, aqui, além, mais longe, sempre será dela.
Sobre o beijo, eu nem preciso comentar, né? Me permito dizer que foi um dos mais carinhosos, amorosos e profundos que a gente já viu. A câmera ajudou, os atores ajudaram, a química favoreceu e o amor, bem, esse aí é o componente principal da fórmula que Castle usa há mais de 5 anos.
The Greater Good foi realmente um episódio gostoso de assistir. Saber mais da Gates foi maravilhoso e ver as consequências que o amor de Beckett fez em Castle também. Para um hiato de quase um mês, a única coisa que eu tenho a pedir é: força para aguentar todo esse tempo sem um novo episódio. Vou, então, me preparando psicologicamente para o fim dessa sexta temporada que marcou Castle de uma forma indescritível – e isso porque ainda nem chegou ao seu final (esperem pela season finale!). Deixo aqui meu beijo e abraço para vocês e eu os vejo ao fim dessa horrorosa pausa, que acabará no dia 21 de abril. Até lá!
PS1: Preciso saber o que Tia Thereza postou no facebook sobre Castle, sério mesmo.
PS2: Amo quando a Martha se mete nas questões do casamento. Martha não, melhor assim: “alguém que nasceu para ser brutal e impiedosa”.
PS3: Maddie entrou pra lista do casamento. Sim, Maddie, aquele encontro de Castle em Food to Die For haha
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