TeleSéries
As primeiras impressões do ‘Saturday Night Live’ Brasil
28/05/2012, 16:00. Paulo Serpa Antunes
Especiais, Opinião
Saturday Night Live, Saturday Night Live Brasil
Warning: Undefined variable $post_id in /home1/telese04/public_html/wp-content/themes/thestudio/single.php on line 28
Muitos achando bacana e muitos odiando. Da hora. Assim q é bom.
A frase, postada por Rafinha Bastos no Twitter na noite deste domingo, resume bem o que se falou e o que pode se concluir do primeiro episódio da versão brasileira do Saturday Night Live, que acaba de estrear na Rede TV!
Cercada de expectativas e incertezas, o programa não poderia vir mesmo sem causar polêmica – do lado do tuiteiros, na expectativa de ver a volta de Rafinha Bastos à TV, depois de ser afastado da Band por conta de uma piada ruim; do meu lado, pelo temor com o que fariam com o nome de uma das marcas mais relevantes da TV mundial, o programa que revelou John Belushi, Eddie Murphy, Chris Rock, Mike Myers, Will Ferrell e só mais uns 20 ou 30 outros comediantes de peso.
A estreia, de fato, foi desigual, e um pouco nervosa. Antes do programa, em coletiva de imprensa, Rafinha Bastos já adiantou que 60% dos quadros seriam gravados e apenas 40% seriam ao vivo – na contramão do original americano, feito quase todo diante da plateia. A decisão, verdade seja dita, foi acertada: o material gravado funcionou melhor e os quadros ao vivo, ainda que tenham o charme de exibir os erros dos comediantes (e eles erraram bastante!), acabaram saindo um pouco arrastados demais. Exceção, claro, para dois momentos clássicos do SNL: o monólogo e o Weekend Update, o falso telejornal exibido dentro do programa. O SNL da Rede TV! acabou saindo muito parecido com o americano – acho que não seria problema se tivessem feito as coias pouquinho diferentes no cenário (por que não imitar a estação Julio Prestes? Ou um noticiário com mais cara de Jornal Nacional?). Ficaram na zona de conforto. E ficou bom.
A abertura, com uma sátira ao depoimento confessional de Xuxa no domingo anterior ao Fantástico, sugere a linha que o programa irá adotar – mais focado em celebridades do que em política. (Na minha cabeça, imaginei um quadro de abertura que imitava o depoimento de Carlinhos Cachoeira na CPMI, com a Carol Zoccoli de Katia Abreu e o Fernando Muylaert de Fernando Collor. Bom, quem sabeu um dia?).
Dali em diante, o programa alternou bons e maus momentos. Mas alguns muitos bons, como os três quadros das fotos que ilustram este texto – o videoclipe dos motoboys (sátira clássica que remete a Rafinha pré-fama, dos tempos em que mantinha a Página do Rafinha); o depoimento do Dengue; e o quadro das sacolinhas de supermercado. Veja bem, o Saturday Night Live americano também tem piadas fracas, quadros fracos e, aliás, tem até mesmo temporadas muito fracas (quase foi cancelado nos anos 80, quando tinha “só” a Julia Louis-Dreyfus, o Anthony Michael Hall e o Robert Downey Jr. no elenco!).
Mas se tudo der errado tem o número musical pra salvar a noite, né? Já vi muita gente que não gostava do Saturday Night Live americano correr na segunda-feira atrás dos vídeos dos convidados musicais. Só que, Marina Lima, instituição da Música Popular Brasileira, acabou soando como um ET dentro do programa, entrando em cena com a desconhecida Lex (uma canção sem refrão, que de familiar só tinha a citação de Canto de Ossanha no final) e depois, já no final, com a música de abertura de telenovela Pra Começar. Ficou a sensação de que, pro Saturday Night Live pegar no Brasil, mais do que afinar o humor, é preciso que a produção consiga trazer ao palco celebridades e cantores e bandas que estejam nas paradas.
A presença de Rafinha Bastos como apresentador acabou me deixando dividido. Seu monólogo foi o melhor momento do programa e serviu para colocar os pingos nos “is” – entre eles explicar este erro monumental de exibir um programa com sábado no nome num domingo. Mas sua onipresença nos quadros acabou confundindo e gerando uma dose extra de pressão ao programa (dá pra imaginar os repórteres assistindo nas redações, esperando o momento que ele derrapasse), o que atrapalha a análise do que ali era do programa e o que ali era o tempero do apresentador. Com isto, o primeiro SNL não dá uma dimensão de equipe e do potencial dos demais atores (surpresa pra mim, muitos rostos conhecidos). Pode ser que melhore. Mas também pode ser que na próxima semana seja pior! A se descobrir no próximo domingo, se tivermos um apresentador que não seja membro do elenco.
De qualquer maneira, esqueça os tuiteiros mal-humorados de plantão. Sem graça foram as décadas da ditadura de A Praça é Nossa, Zorra Toral e Casseta & Planeta. A TV brasileira finalmente está com um bom espaço para desenvolver novos talento e novos formatos em comédia – seja aqui, seja na Band, na MTV ou no Multishow. O SNL brasileiro é mais um destes espaços. Falta muito para ser o mais importante mas, com certeza, passa muito longe do descartável.
Nuvem de Séries
24 30 Rock 90210 American Horror Story American Idol Arrested Development Arrow Battlestar Galactica Bones Breaking Bad Brothers and Sisters Castle Chicago Fire Chuck Community Criminal Minds CSI CSI:Miami CSI:NY Damages Desperate Housewives Dexter Doctor Who Downton Abbey Elementary ER Friday Night Lights Friends Fringe Game Of Thrones Ghost Whisperer Gilmore Girls Glee Gossip Girl Grey's Anatomy Grimm Hart of Dixie Heroes Homeland House How I Met Your Mother Law & Order Law & Order: Special Victims Unit Lost Mad Men Marvel's Agents of S.H.I.E.L.D. Medium Modern Family NCIS New Girl Once Upon a Time One Tree Hill Parenthood Parks and Recreation Pretty Little Liars Prison Break Private Practice Psych Pushing Daisies Revenge Samantha Who? Saturday Night Live Scandal Scrubs Smallville Smash Supernatural Terminator: The Sarah Connor Chronicles The Big Bang Theory The Following The Good Wife The Mentalist The New Adventures of Old Christine The O.C. The Office The Simpsons The Sopranos The Vampire Diaries The Walking Dead The X Files True Blood Two and a Half Men Ugly Betty Veronica Mars White CollarCategorias
- 15 Razões (24)
- Audiência (70)
- Biblioteca de Séries (1)
- Borracharia (21)
- Colírio (5)
- Conexão (14)
- Entreatos (16)
- Estilo (31)
- Ficção (séries virtuais) (29)
- Gastronomia (67)
- Ligado no Streaming (30)
- Memória (26)
- Opinião (558)
- Séries & Eu (6)
- Sintonia (11)
- Sobre o TeleSéries (72)
- Spoilers (578)
- TeleRatings (314)
- TV Brasil (2,638)
- Comic Con (84)
- Novos Pilotos e Séries (1,403)
- Participações Especiais (991)
- Programação EUA (571)
- Upfronts (44)
Eu adoro o Rafinha, assisti o programa de ontem e geeeeeeeente! Foi um fiasco. fiquei até constrangida. Ruim paca. E eu acho o Rafinha Bastos tão talentoso… Que pena! Será que melhora? Covardia botar o programa para concorrer com o Pânico.
Acho que ainda precisa melhorar(e muito) o timming dos comediantes e a direção me pareceu um tanto frouxa.Apesar disso, o programa teve seus momentos divertidos.Gostei do Weekend Update.
Levando em conta que foi o programa de estreia e usando um formato nunca testado na tevê brasileira, o resultado até que não foi tão ruim quanto eu pensava que seria.
Acho que um dos grandes problemas que o programa vai enfrentar é que numa emissora trash como a RedeTV vai ser dificil arrumar convidados especiais de peso toda semana como acontece no original americano que costuma ter entre seus “guest stars” a nata do show business dos EUA mesmo com a NBC em decadencia.
Não vi, e nem pretendo. Então, nem devia vir comentar aqui, hehehhehe. Mas queria registrar que ouvi muita gente comentando sobre aqui em SP, na rua mesmo. E 99% das opiniões foram no sentido de que o programa beirou o ridículo. Segundo às “más” línguas, foi lixo.
Eu reforço a minha opinião em defesa do programa.
As pessoas que estão criticando ou não entendem o formato ou entendem, mas nunca pararam pra prestar atenção que o SNL americano também tem sua fragilidade.
…e na TV Brasileira, Saturday means Sunday ! Só assistirei quando mudar o dia ou o nome do programa. Pago muito caro pelas minhas aulas de inlês….
Inlês? Mas o programa e em inglês.
Paulo, concordo contigo. Obviamente que não dá pra pegar um programa que tem 40 anos de história e relevância e fazer uma adaptação boa logo no primeiro episódio, ainda mais em um país como o Brasil que nunca tinha tentado nada similar.
Odeio o Rafinha e não ri de absolutamente nenhuma piada aqui, mas achei a adaptação de todo o formato surpreendentemente bem feita e acho que se continuarem tocando o barco assim, corrigindo alguns erros (principalmente os quadros ao vivo, que eram arrastadíssimos) o programa pode crescer e virar um palco decente para bons atores de comédia. Até porque se esse der certo quem sabe não seja um incentivo para outros canais elevarem um pouco mais o jogo, né?
Victor, rara a tua opinião de não curtir o Rafinha e ver valor no programa. Muito legal.
Também não gosto muito do Rafinha, e achei alguns quadros bons e outros ruins. Mas como o Paulo falou: o SNL americano tem episódios péssimos ou temporadas inteiras. Eu mesmo sou desses que as vezes quero ver só o convidado musical. Eu acho que falta um timing melhor, mas eu acho que o formato pode revelar vários talentos. E sinceramente, eu achei melhor que o humor do Pânico, que perdeu para SBT (com Silvio Santos no ar) e para REcord e FAntástico com seu sensacionalismo. Mais eu acho que a audiencia não deve passar dos 3 pontos, dado ao tipo de humor. Agora péssimo mesmo foi aquele “SExo a 3” com Dr. Rey. BEm mais lixo que o SNL.
E o bizarro é que a imprensa comparau a audiência dos dois programas. Com quem sugerisse que um é melhor que o outro por ter mais audiência – poxa, só tem mulher pelada, como não ia dar audiência! Quero ver é viabilizar isto comercialmente.
eu gostei muito do programa, e que nos não estamos acostumado com esse tipo de humor mas eu adorei….
está muito dificil escolher qual é o pior programa.Mas como o rafinha é pior humorista que já existiu o programa dele leva o prêmio.
[…] Atualmente Rafinha Bastos também apresenta o programa humorístico Saturday Night Live, da Rede TV. A versão do tradicional programa americano estreou em 27 de abril. Confira nossas primeiras impressões. […]
As piadas são novas mas, recorrem muito à própria TV. Tomara que não dependam de um paralelo com outros canais como é o TOP Five do CQC. O humor tá amolado, principalmente as auto-críticas, como no texto de Marília Gabriela do dia 1 de Julho. O humorista que imita Datena, William Bonner e outros é muito bom. Tomara que não abusem de estereótipos já que a “identidade semiótica” entre os roteiristas e o público é muito baixa porque depende da própria TV como intermediário. A produção é rica em idéias mas, exige um trabalho muito grande de representação pra passar por um funil tão fino que é a quantidade de personagens que podem prender a atenção de um público tão acostumado às mesmas referências que a TV/Mídia imprime.