As primeiras impressões de ‘Political Animals’


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A vida da ex-primeira-dama e atual Secretária de Estado dos EUA Hillary Clinton é no mínimo curiosa. Quem não se interessa por tudo que ela passou quando os escândalos envolvendo seu marido Bill Clinton, presidente dos EUA na época, chegaram a mídia? Quem não gostaria de saber o que passava pela cabeça dela naquele momento e quais seus motivos para tomar as decisões que tomou? E quem não gosta de uma boa história sobre os bastidores da política? Se você concorda com estes apontamentos, não irá se decepcionar com Political Animals, minissérie norte-america do canal USA com seis episódios que estreou no último domingo por lá.

Political Animals conta a história de Elaine Barrish (Sigourney Weaver), uma ex-primeira-dama e ex-governadora do Illinois – o estado onde Hillary nasceu, coincidência? – que perdeu nas primárias e acabou no cargo de Secretária de Estado dos EUA. Agora, além de lidar com as situações complicadas do seu trabalho, ela ainda precisa lutar para manter a sua família junta e nos eixos.

A série começa com Elaine discursando sobre sua derrota nas primárias. É neste momento que conhecemos sua família, que é apresentada por um locutor durante a entrada individual e que serve também para apresentar cada um para o público, uma forma um pouco explicativa demais para o meu gosto, mas que até que funciona no contexto. Conhecemos então o marido Bud Hammond (Ciarán Hinds), ex-presidente e mulherengo; o filho Douglas Hammond (James Wolk), descrito como o filho perfeito que trabalha com a mãe e tem pretensões políticas; o outro filho Thomas (T J) Hammond (Sebastian Stan), abertamente gay e problemático; e por último a mãe de Elaine, Margaret Barrish (Ellen Burstyn), espirituosa e que fala o que pensa sem medo.

É neste início do episódio piloto que mais nos lembramos dos Clintons. Descobrimos que Elaine também foi traída durante o casamento, que as traições também foram descobertas enquanto seu marido era presidente, e que, assim como Hillary, ela também ficou ao lado dele naquele momento. Mas as maiores similaridades terminam por aqui, já que, assim que perde a corrida pela presidência, Elaine consegue a força necessária para pedir o divórcio.

Dois anos se passam desde a campanha e agora Elaine é a Secretária de Estado e está prestes a casar seu filho Douglas. Neste momento também conhecemos uma figura que será importante para o desenvolvimento da série, a jornalista Susan Berg (Carla Gugino), que acompanha a carreira e a vida de Elaine desde o começo e foi uma das principais jornalistas a expor o caso da traição de seu marido. O embate entre as duas fica claro logo na primeira cena em que dividem. Susan está ali para passar uma semana com Elaine, acompanhando seu dia a dia para fazer uma matéria. A dinâmica entre as duas atrizes é boa e segura o momento, Gugino se sai bem no embate com Weaver e consegue se destacar. Neste momento também já percebemos que há algo além da relação profissional, que Susan possui algum sentimento mais forte em relação a Elaine que a faz agir de forma mais agressiva. Como a série não tem muito tempo para esconder as motivações dos personagens, logo descobrimos que Susan é uma feminista radical e que sua decepção com Elaine surge quando ela resolveu ficar ao lado do marido.

E como desgraça pouca é bobagem, Elaine ainda precisa lidar com uma crise diplomática enquanto resolve os últimos detalhes do noivado de Douglas e lida com os problemas constantes de TJ, que desta vez são ainda mais sérios. Além disso, não é porque ela está divorciada que seu ex-marido também não estará presente e trazendo ainda mais complicações para a sua vida.

Political Animals não é uma das melhores minisséries já feitas, mas tem qualidade acima da média e é diversão pura. O elenco também faz um bom trabalho, com exceção de Ciarán Hinds, que não me convence como o garanhão sedutor. Sua trama também não é a mais original da televisão, afinal se apoia em diversos clichês de famílias problemáticas já vistos na televisão, mas traz para o espectador discussões que entretêm e seu criador Greg Berlanti sabe bem como tratar este tipo de família, afinal foi produtor de Brothers & Sisters, cuja dinâmica é parecida. Além disso, este universo dos bastidores da política chama a atenção. Agora, só uma coisa me deixa com um pouco com o pé atrás, será que vão conseguir abordar e encerrar de forma satisfatória as tantas histórias que tiveram início neste piloto com apenas seis episódios?

p.s. Adrian Pasdar, de Heroes, faz o presidente dos EUA e Dylan Baker, de The Good Wife, o vice.

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  1. Paullo Kidmann - 21/07/2012

    Ah miniserie, que chato pensei que fosse série mesmo…mais vou conferir sim adoro a 
    Sigourney Weaver! 

  2. biancavani - 21/07/2012

    É, leva jeito de ser boa. Também adoro a Sigourney – classuda, refinada.

  3. ReMonteiro - 21/07/2012

    Pelo título, jamais imaginaria este roteiro. Surpreendida agradavelmente.

  4. Fernando dos Santos - 21/07/2012

    A critica americana reclamou do tom novelesco, quase soap opera usado para abordar a trama.
    Já era de se esperar mesmo um clima de novelão numa série do Berlanti.
    Eu preferia que tivessem focado a trama no drama politico, igual a West Wing.
    Teve inclusive um critico americano que falou que pegaram uma historia que poderia render um novo West Wing e fizeram um Dallas.

  5. Beto Carlomagno - 21/07/2012

     Realmente Fernando, ela está mais para novelão, só que eu, como fã de Dallas, não vejo nenhum problema, como eu disse, é entretenimento puro. Agora, para quem não gosta do formato e esperava um novo West Wing, a série vai decepcionar.

  6. Fernando dos Santos - 22/07/2012

     é que eu acho meio frustrante juntar um super elenco como esse pra fazer apenas uma trama novelesca.

  7. biancavani - 21/07/2012

    Yeah! A gente não pode assistir Spilberg querendo que seja Bergman…

  8. Fernando dos Santos - 22/07/2012

     ou assistir Berlanti esperando que seja Sorkin

  9. biancavani - 22/07/2012

    Fernando, quer saber? Em muitos aspectos, esta série é mais realista que West Wing. Por exemplo, Elaine dizendo (com outras palavras, é claro) que não acredita no sistema, que não gosta de ficar abraçando crianças remelentas que os pais jogam nos braços dos políticos. O presidente e o pessoalzinho de um modo geral de West Wing são mais idealizados, e em PA os personagens  se parecem mais com os que a gente conhece.
    Dallas (que eu também gosto um pouco) é estilo novelão: as vinganças, os irmão puxando o tapete, um romance desfeito por causa de um e-mail enviado por terceiros, etc. PA é de outro gênero. Mas não é legal ficar fazendo comparação. Gostei de West Wing, estou gostando de PA. Cada um em seu estilo.

  10. Fernando dos Santos - 22/07/2012

     Na verdade é a critica americana que vem dizendo que PA é novelesca, quase uma soap opera e até comparando com Dallas.

  11. Alex Sandro Alves - 22/07/2012

    O que se espera de um filme ou série/seriado? Que ele tenha qualidades interpretativas e de roteiro e que seja sua trama seja bem conduzida e desenvolvida pelo diretor. E foi isso que encontrei neste episódio “Piloto” de ‘Political Animals’. De fato Ciarán Hinds não pode ser considerado um “garanhão sedutor”, mas sua posição política o faz com certeza. Exigir originalidade hoje em dia é algo muito complicado, o importante mesmo é saber trabalhar com os clichês, tornando seu relato interessante e envolvente, e como você mesmo disse Greg Berlanti sabe fazer isso. Achei muito bom este primeiro episódio e adorei todas as vezes que a sensacional Ellen Burstyn entrou em cena. E pela competência deste primeiro episódio, eu acredito sim, que a série sera finalizada de forma satisfatória. Bom, assim espero.

  12. biancavani - 22/07/2012

    Uau, acabei de assistir. Gostei muito. Muito mesmo. O tema foi tratado com a complexidade que ele exige, mas na forma requerida por um programa que, no limite, é de entretenimento. )(Porque, tratamento sério mesmo, só na universidade – o que não é isso que as pessoas procuram quando assistem às séries, certo?)

    Gostei especialmente da atitude em público da família da Elaine – afinal em públicos eles estão representando um cargo, e não a vida privada. Isso – lavar roupa suja – é em particular. Os atores fizeram isso maravilhosamente. Todos aqueles dramas- bulimia, vícios, relações familiares – bem escondidinho atrás do sorriso educado.
     
    As farpas trocadas com a jornalista (tanto da Elaine como de sua mãe) foram ótimas.

    Curiosidade: o Ciarán Hinds foi o Julio Cesar em Rome. Considerando que ele é britânico, fiquei impressionada: como é que ele consegue fazer aquele accent tão marcadamente americando!

    Enfim: não podia ser melhor. Exceto a questão do feminismo, que ficou bem explícita no final, Elaine falando da vida dos elefantes, matriarcado, etc. Mas as outras qualidades superam essa bobeira.

  13. MicaRM - 22/07/2012

    Eu sou apaixonada pelo Ciarán Hinds (adorava o seu ‘Cesar sexy’, como eu costumava chamá-lo). Geralmente eu não gosto de homens mais velhos (a casa dos 40 já é tiozão na minha opinião), mas algo no Ciarán Hinds eu acho incrivelmente atraente.

    Gostei muito da mini-serie. O roteiro não é lá essas coisas, mas as atuações são muito boas e eu sou maluca pela Sigourney Weaver desde novinha.

  14. ‘Political Animals’ pode ganhar uma segunda temporada - 23/07/2012

    […] Aqui você confere as nossas primeiras impressões sobre Political Animals. […]

  15. Sheila - 09/08/2012

    gostei bastante da serie mas realmente o Hinds faz um ex presidente repulsivo

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