TeleSéries
As primeiras impressões de ‘FDP’
30/08/2012, 17:46. Paulo Serpa Antunes
Preview
FDP
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Pra ficar na analogia esportiva: FDP é uma bola no poste. Destas de cobrança de falta, que explodem no travessão (péééin) e você sente o travesão vibrar. A emoção é boa, a sensação é boa. Mas não é um gol.
FDP, ou (fdp) se formos seguir a grafia da HBO, é a nova série brasileira do canal internacional, que estreou no último domingo no Brasil, com recursos da Ancine, orçamento milionário, anos de produção e alguns problemas contratuais de bastidores. Em resumo: o tema é futebol, o ponto de vista é o do árbitro, o gênero dramédia e o resultado é uma bola no poste.
Veja bem, uma bola no poste, na história de uma partida de futebol é um acontecimento. Entra no VT dos melhores momentos, você não esquece do lance, fica na memória. É uma coisa boa. E o que quero dizer com isto é que a produção, da Prodigo Films, é impressionante.
Futebol não é algo fácil de se filmar. Aliás, quando a série começou eu me lembrei de The Newsroom, da HBO-mãe. Jornalismo é uma das profissões mais emocionantes do mundo, mas não vem rendendo uma série emocionante. Não sei se um dia rendeu. Futebol também. Filmes de futebol são um gênero complicado do cinema. Que dirá na TV, sempre mais pobre de recursos e com tempo de produção apertados. Neste sentido FDP se sai bem – ainda que em algumas cenas no gramado se perceba que a movimentação dos atletas é meio que coreografada. Mas só quem sabe algo de produção pode dizer o que é o desafio de fazer externas com meia dúzia de câmeras em múltiplas posições. No que diz respeito a técnica, FDP dá um show.
“Por um bom tempo eu não vou querer saber de mulher. Meu negócio agora é Playstation”.
A frase acima é a minha favorita do episódio piloto de FDP. Ela é usada na cena que mostra que Juarez, nosso protagonista juiz de futebol, está separado da esposa, vivendo num flat, e que seu melhor amigo é um bandeirinha mulherengo. A questão é que se esta é a melhor oneliner do episódio, quer dizer que esta não é uma série lá muito engraçada. Veja bem, dramédia sem graça tem aos montes na TV americana e inglesa, né? Então não deveria ser um problema. A história que FDP quer contar é universal, tem abrangência internacional, vai ter boa distribuição em outros mercados – se bobear entra na disputa pelo Emmy Internacional. Mas a questão é que eu tinha uma alta expectativa em relação ao texto de José Roberto Torero e Marcus Aurelius Pimenta. E os dois entregaram uma história que até flui. Mas não tem graça. A grande ideia cômica de FDP é brincar com o clichê do esporte. Então tem um apresentador de TV que é meio Milton Neves ou Avallone, faz merchan de tudo. E tem um comentarista de rádio que só diz o óbvio. Talvez, pra quem não gosta de futebol, isto seja muito engraçado. Pra mim soou preguiçoso, bobo.
FDP em resumo tecnicamente joga um bola redondinha, mas na hora da conclusão… Péééin. Quase foi desta vez HBO, mas bateu na trave.
* * *
FDP vai ao ar aos domingos, às 20h30, na HBO. O primeiro episódo está disponível na internet, em www.hbomax.tv/fdp/brasil
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Para mim, os acertos do piloto foram a hilariante fantasia do protagonista logo no começo e as cenas de futebol. E só.
De resto, só piadas sem graça, diálogos ruins (principalmente os chavões daquele comentarista canastrão, tipo “o futebol não é uma caixinha de surpresas, é uma caixa de Pandora”) e um drama novelesco e previsível envolvendo a luta do protagonista para conseguir a guarda conjunta do filho. A parte do advogado dando em cima da ex-mulher dele chegou a ser constrangedora.
Eu acho que a série deveria investir mais do humor em vez de querer fazer a gente se envolver nos dramas pessoais do protagonista porque “juiz também é gente”. Já é difícil ter simpatia por um árbitro, imagine um que passou uma doença venérea para a ex-mulher.