As Primeiras Impressões de ‘Animal Practice’


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Não foi à toa que o gato tentou se matar logo no começo do episódio.

Estejam avisados. Passem longe de Animal Practice e não deixe o seu bicinho de estimação assistir a nova aposta da NBC para a Fall Season deste ano. Das quatro novas comédias que aparecerão no canal nos próximos meses, Animal Practice era, de longe, aquela série 8 ou 80: ou seria muito boa ou seria MUITO ruim.

Claro que a última caiu como uma luva em Animal Practice. Não há nenhuma cena em que o humor tenha agradado. O plot, para quem não conhece, é o seguinte: Dr. Coleman (Justin Kirk) é um eficiente veterinário em uma clínica de Nova York, que prefere a companhia de animais ao invés de pessoas (menos, claro, quando usa seus conhecimentos do reino animal para seduzir as mulheres) e tem que lidar com sua ex-namorada, que não aparece em sua vida há dois anos, mas DO NADA, herdou todo o hospital, já que sua vó morreu.

A série funciona, em certo nível, como uma paródia de séries médicas sérias, adicionando animais nessa bagaça (afinal, quem não ama um macaco quase humano?) e o maior elenco coadjuvante sem talento que já vi em uma série de comédia.

Os criadores provavelmente pensaram que se inserissem o maior número possível de animais em uma comédia, todo o resto será perdoado. Pensaram errado. Até a parte dos animais peca bastante, mas nada se compara à cena da jiboia e claro, as tiradas super sem graça da enfermeira que gosta de fingir que é policial para roubar cerveja de moleques.

Há um vômito de piadas banais e sem sentido, em um núcleo muito mal construído, com personagens secundários muito pobres. A série beira o humor pastelão, que já é um péssimo tipo de humor, mas de alguma forma, Animal Practice consegue ir além, cagando na forma menos original de ser engraçado.

O protagonista parece ser o Jeff Winger, de Community. A diferença é que Jeff sempre foi aceitável desde o primeiro dia e ainda conseguiu arrumar um jeito de se integrar à raça humana, coisa que George (Kirk) provavelmente nunca vai conseguir, ATÉ se reconciliar com a nova dona do lugar, coisa que obviamente nunca passou pela cabeça de ninguém ao ver o primeiro episódio. Clichês são bons para séries no geral, quando trabalhadas de forma genuína. Infelizmente, não é o caso aqui.

A protagonista feminina, Dorothy (JoAnna Garcia Swisher) deveria ser a mais engraçada. A atriz é conhecida por seus papéis cômicos  e os roteiristas simplesmente não deram espaço para ela brilhar. Mesmo assim, continua sendo um dos (poucos) pontos altos do Piloto. Mesmo sendo totalmente estranho uma pessoa que perdeu a sua vó recentemente ficar correndo por um hospital e usar roupas coloridas e estar com um sorriso no rosto a todo momento, Dorothy é bem simpática, ou seja, o contrário de George.

Porém, quando a macaquinha, Crystal (que já apareceu em Se Beber Não Case II, Noite no Museu e claro, a Annie’s Boobs, de Community) aparece em cena, ela rouba totalmente o show. Se não fosse o simples detalhe de que o resto da série é bem fraca, daria até para apreciar a performance da macaca, que é bem gostosinha de se ver.

Infelizmente, no final fica aquele sentimento de que poderia ter gastado esses últimos vinte dois minutos com outra série bem mais interessante e que não zombasse da inteligência de seu público. Será que há salvação em Animal Practice? Considerando que séries de comédia são as mais difíceis de julgar pelos primeiros episódios, talvez tenha. Porém, o material apresentado nesse Piloto não foi grande coisa e o pior é que fomos avisados.

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  1. biancavani - 15/08/2012

    Eu gostei desta série. Acho que tem potencial ainda a desenvolver. Vou assisti-la.
    Achei bem interessante os paralelos que foram várias vezes feitos entre o comportamento animal e o humano. Foi engraçada uma cena de emergência médica, remetendo àquelas sangrentas de séries médicas (de humanos). Também ri muito da abordagem do amigo (que não é macho Alfa) do protagonista (o doctor House do universo veterinário)) com aquelas gostosas no parque. Bem emblemática da personalidade do protagonista é a frase da sua ex-namorada: “algum dia você vai aceitar que é humano”.
    Enfim, mais uma para a já enorme relação de séries às quais faço questão de assistir.

  2. Marco C. Pontes - 17/08/2012

    Séries de comédia sempre são difíceis de lidar logo no piloto, mas não exagerei quando disse que não havia nada de interessante ali. O ambiente com certeza precisa ser mudado, pra dizer o mínimo. Vai que melhore, mas é um long shot, sinceramente. 

  3. biancavani - 18/08/2012

    Bem, na verdade ela não é mesmo a comédia sublime do século, porém achei ok. 
    Mas olha só, tem uma ótima, que acho que a respeito dela nossas opiniões convergirão: Outsourced. Você a assistiu? Tem todo aquele lance de diferenças de culturas – americana e indiana – que dão muitas histórias engraçadas, e de quebra a gente ainda aprende algunas cosas más…

  4. Giselle Prudente - 15/08/2012

    Vou dar uma conferida nesta série depois comento !

  5. Marco C. Pontes - 17/08/2012

    Comente mesmo!

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