TeleSéries
As primeiras impressões de ‘A Vida de Rafinha Bastos’
17/06/2012, 20:01. Paulo Serpa Antunes
Opinião, Preview
A Vida de Rafinha Bastos, Saturday Night Live Brasil
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Se teve gente torcendo o nariz pro Saturday Night Live Brasil (e como teve!), este pessoal vai ter que dar o braço a torcer para o piloto de A Vida de Rafinha Bastos, que teve pré-estreia no último sábado, 16 de julho, pelo canal FX. Quem não achou no mínimo bem feito, sinto muito, ou não entendeu a proposta ou realmente não vai com a cara do comediante gaúcho.
Assim como o SNL importa uma fórmula consagrada, A Vida de Rafinha Bastos se apropria de um formato já clássico da TV americana – colocar um comediante vivendo uma versão fictícia de si mesmo. A primeira imagem da série brasileira, Rafinha fazendo seu stand up com o microfone na mão, já remonta a Seinfeld, a sitcom mais popular da TV mundial. Mas a influência, na verdade, é outra: a nova onda de séries gravada com uma câmera dos canais de TV paga americana, que iniciou em 2000 (lá se vão 12 anos) com Curb Your Enthusiasm, de Larry David, e passa por Fat Actress, The Sarah Silverman Program, Louie e Episodes, entre outras. Rafinha aqui é Rafinha, mas um Rafinha de ficção, e o charme aqui é que o formato é inédito no Brasil – pro telespectador leigo não há nenhum objeto direto de comparação, diferente do Saturday Night Live que apanha pra encontrar seu espaço diante de um público acostumado a programas de esquetes tão distintos como o Comédia MTV e o Zorra Total e as inevitáveis comparações com o seu antecedor no canal, o Pânico na TV.
Incrivelmente bem produzido pela Mixer (o que por um lado não deveria ser surpresa, já que o formato se popularizou nos EUA justamente por ser barato; mas motivo de preocupação porque o padrão Fox brasileiro de qualidade era até o momento 9mm: São Paulo, que tem seu lado tosco), o piloto de A Vida de Rafinha Bastos mostra o comediante acuado – pressionado pela justiça, pela esposa (Camila Raffanti, ex-Mothern, linda), pela imprensa (Marília Gabriela, no papel de si mesma) e pelo próprio público (quando percebe que sua plateia está dominada por racistas) -, obrigado a rever os rumos da carreira. Bem escrito e bem editado, o episódio flui bem e só não é ótimo porque falta alguma direção de atores, que faria os diálogos fluírem com a naturalidade que se espera neste tipo de série.
O que é um erro, no entanto, se converte em um plus: Rodrigo Minotauro, ídolo do MMA, acaba roubando a cena no papel do principal conselheiro de Rafinha. Não se iluda, Minotauro é um ator ruim (ou melhor, nem é um ator) mas ganha diálogos dignos de um mestre zen que soam tão absurdos pra um praticante de um esporte tão violento, que, deste paradoxo, gera momentos cômicos autênticos. Bola dentro da produção e do time de roteiristas, formada por Alexandre Soares Silva, Camila Raffanti, Fabio Danesi, Ricardo Tiezzi e pelo próprio Rafinha Bastos.
A maior crítica que se pode fazer ao episódio é que, no fundo, mesmo com todo a temática do politicamente incorreto, o piloto de A Vida de Rafinha Bastos tem uma agenda: é no fundo um grande trabalho de relações públicas, de gestão de crises, refazendo o prestígio do ex-apresentador do CQC. O Rafinha televisivo é no fundo um sujeito boa praça, que paga o preço por seu senso de humor. Quem está acostumado a ver este tipo de comédia na TV americana está acostumado a ver os comediantes se exporem mais – o Larry David é o maior egoísta de Hollywood, a Sarah Silverman é praticamente retardada, a Kirstie Allen obesa-mórbida…
Apesar de ficar nesta zona de conforto, A Vida de Rafinha Bastos manda bem no piloto e aponta boas perspectivas pra série, que estreia no segundo semestre, ainda sem data definida pela FX. O desafio, pelo que se vê na largada, nem é melhorar, mas manter o nível num ritmo de produção contínuo. É ver para crer.
* * *
Atualização em Agosto de 2013: A Vida de Rafinha Bastos estreou no dia 20/7/2013 no canal FX. São oito episódios inéditos, exibidos ao sábados, às 23h.
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Eu fiquei surpreso com o quanto gostei do piloto. Fora umas partes previsíveis como a da troca de DVDs, o roteiro é excelente, com ótimas piadas, um romance convincente e uns momentos geniais de desconforto.
Porém, concordo que faltou naturalidade em algumas atuações, mas no caso de Minotauro isso só deixou a performance mais engraçada. Achei uma pena Rafinha não ter continuado a morar com ele no fim do episódio, mas espero que ele continue aparecendo na série.
Pois eu fiquei com a impressão – e o site da FX também sugere isto – que o Minotauro é parte do elenco. Vamos esperar.
A questão da falta de naturalidade – pensando melhor – é sinal de que foi tudo bem roteirizado. Já Curb Your Enthusiasm, dizem, nem tem roteiro, só uma sinopse que os atores seguem. De repente, se os comediantes improvisassem durante a gravação poderia ser que eles tirassem este gesso da atuações. É a minha teoria.
Chato, sem graça e sem criatividade.
igualzinho a você.
axei muito boa a serie, e discordo da sua opnião sobre a atuação do minotauro, achei muito boa até…
Superou minhas expectativas, a trama é boa, tem ótimas sacadas e o humor inteligente característico do Rafinha. Gostei da parte dele perguntando contrariado pro comediante aposentado e no fundo do poço: “Como vc deu a volta por cima?”
hahhahah
O Brasil precisa de inteligência na TV, e o Rafinha pode nos proporcionar isso. Já temos humor burro demais!
Eu gostei.
Eu achei uma grande porcaria, enredo fraco e arrastado
Gostei muito, muito engraçado.
Julgar um programa por um único episódio é o caminho mais curto para queimar a língua em uma semana ou duas, claro, mas até aqui, eu me diverti bastante.
Depois de ter achado o SNL tupiniquim um porre, estava sem expectativas com relação a esse programa, mas a curiosidade me venceu e depois de ver, contiuei rindo.
Por um lado, sentia saudades do estilo de humor do Rafinha (parei de ver o CQC pq sem ele acabava indo dormir antes da metade) e vê-lo refletido em muitas vozes foi uma farra – aquela fala do amigo dele sobre os problemas de um travesti ao usar o banheiro masculino, seguido por um cafuné ao sugerir que o banheiro seria “só nosso” foi demais, kkkkkk.
Uma fraqueza comum a quase todas as séries brasileiras é a trilha sonora. Desnecessária onde está, ausente onde faz falta e a música errada onde está na hora certa. Mas como já disse, isso é um clássico das séries nacionais, então tudo bem.
Também acho que a série faz as vezes de relações públicas, mas com toda a sinceridade, não culpo os roteiristas. Está mais do que provado que se não fosse assim, acabaria levando pedrada do público brasileiro, que, como já dizia José de Alencar, no século XIX:
“aplaude de roteiristas estrangeiros aquilo que o horroriza quando feito por um brasileiro”.
(e, ao que parece, pouca coisa mudou nesse quesito em 120 anos õÕ)
Quando não acho graça de alguma coisa, acredite, eu desligo a televisão e sobrevivo muito bem a isso, mas dessa vez, espero que a série siga em frente e só faça melhorar.
É raro um tipo de humorístico no Brasil em que se use o tipo de piadas que as pessoas realmente contam nas ruas. Nesse meio de “frases de efeito”, talvez seja algo mais para ficar ao lado de “Adorável Psicose” e “Morando Sozinho” entre meus favoritos do ano. ^^
Eu assisti. gostei e vou continuar vendo. É uma comédia que fala dele mesmo. Não ofende ninguém e sem vários artistas brigando para aparecer. Pra mim o Rafinha e o elenco dele já basta. Curti o programa. O que ele faz hoje a mídia tenta fazer não dar certo por querer mostrar paras os telespectadores que a midia faz justiça. Mas nós somos espertos. Hoje em dia ninguém mais é ludibriado com o que a mídia fala. Eu sei tirar minhas próprias conclusões. Se o cara errou, dane-se. Político tira da merenda da criança e não acontece nada.
boa crítica
Assisti para alimentar a minha indignação com as piadas dele que considero abusivas, mas a serie me surpreendeu…..eu gostei…..
Assisti metade até agora, minha net caiu e não conseguiterminar!
O seriado está muito bom, como um admirador dos americanos Louie e Curb Your Enthusiasm, posso dizer que o Rafinha não ficou devendo nada aos gringos!!!
Espero que ele consiga manter o nível ao longo do seriado, e como os colegas norte-americanos, consiga melhorar ao longo do tempo!
sem graaaaça demais. de doer de ruim.
[…] pré-estreia da série ocorreu em 16 de julho de 2013, e nós comentamos aqui o que achamos […]