Anatomia de um megahit


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Elenco de Grey´s Anatomy no Brasil

Se Meredith Grey virasse uma cirurgiã famosa da noite para o dia, seu solilóquio em voice over não fugiria de algo do tipo “a vida às vezes nos pega de surpresa” ou “no fim das contas… fama é uma coisa engraçada”.

Simplismo de lado, a sensação deve ser parecida entre todo o elenco de Grey’s Anatomy, e ainda mais intensa entre os atores secundários. De coadjuvantes numa série substituta da entressafra da TV norte-americana, T.R. Knight (O’Malley), Chandra Wilson (Dra. Bailey), Justin Chambers (Alex) e Kate Walsh (Addison) de repente se vêem numa coletiva de imprensa num hotel de luxo em São Paulo, promovendo a atração no “Tour das Estrelas” do Canal Sony.

Acompanhando a rotina de cirurgiões em período de experiência num hospital de Seattle, o programa já é o 3º mais assistido dos EUA. O talento dos atores e a esperteza dos roteiros são marcas registradas de Grey’s Anatomy. Mas é provável que o espaço destinado aos coadjuvantes é que esteja no topo da lista de acertos que levaram à ascensão meteórica do drama médico.

Ops, nada de drama médico. “É uma série de relacionamentos ambientada num hospital”, define Kate, intérprete da rival da Dra. Grey no triângulo amoroso com o cirurgião Derek “McDreamy” Shepherd.

A ruiva Kate é ainda mais sexy ao vivo – só que puxando para o lado femme fatale, como ela própria explica ao comentar sobre sua personagem, que a princípio faria apenas uma série de participações especiais.

“Realmente eu cheguei em cima do salto, meio ‘bruxa má do oeste’, mas só para cinco episódios, que era para criar um conflito na relação entre os dois. Quando decidiram me trazer de volta, acho que sentiram medo de as pessoas quererem me apedrejar na rua e tornaram a Addison mais humana”, diverte-se.

Por sorte, Kate e os outros ainda estão aprendendo a lidar com o fato de co-estrelarem um arrasa-quarteirões. A sisudez e os sorrisos amarelos esperados em eventos do tipo dão lugar a uma atmosfera mais descontraída assim que T.R. entra na sala de imprensa fazendo piadinha, com uma camiseta do Guaraná Antarctica e o cabelo pintado de azul.

“Não tem nada a ver com a série”, diz o alter-ego de George O’Malley, perguntado sobre o novo visual. “Eu só precisava escapar um pouco do personagem”.

Nada mal para um ator que até pouco mais de um ano atrás era pouco conhecido fora do teatro, e hoje está por trás de uma das figuras mais carismáticas da TV.

“É divertido interpretar o George porque é um personagem que tem espaço para crescer, não é como no teatro, onde meu papel é idêntico durante todas as apresentações. A série é como se fosse uma nova peça a cada semana”, comenta.

Quando o TeleSéries consegue chamar T.R. num canto para uma papo mais tranqüilo, ele comenta sobre o sucesso inesperado, além de contar como foi filmar uma temporada inteira no escuro.

“Nós filmamos por meio ano sem que a série fosse exibida, então não tínhamos idéia do que ia acontecer. Muitos de nós pensamos que não ia dar em nada porque a data de estréia ficava sendo adiada nos EUA. Eu pensei algo como ‘OK, foi divertido, mas acaba por aqui’. E esse sentimento de certa forma ficou com a gente, pelo menos ficou comigo, hoje ainda é difícil entender que a série é tão popular”, explica o ator.

Chandra Wilson, a “carrasca” cirurgiã-sênior Miranda Bailey, acredita que boa parte do sucesso é atribuída à forma como os roteiristas abordam questões polêmicas, como eutanásia e aborto seletivo.

“Nós não queremos lidar apenas com cortes e arranhões, nós lidamos com assuntos complicados, mas que acontecem na vida real, em hospitais reais”, diz.

Justin é o único que encarna o tipo mais entediado ao responder aos jornalistas. Antes de ir para o terraço fazer pose de pin-up enquanto fuma um cigarro, o ex-modelo comenta com o TeleSéries sobre o que podemos esperar do relacionamento do arrogante Alex Karev com a personagem de Katherine Heigl.

“Alex e Izzy vão ficar num vai-e-vem intenso, isso é tudo o que eu posso dizer. Ele ainda tem que lidar com questões internas, aprender mais sobre ele mesmo”, afirma.

COMO UM FOGUETE

A Sony certamente sabe o que tem nas mãos, alardeando Grey’s como líder de audiência no horário em que é exibida (no target classe AB e idade entre 18 e 34 anos, segundo o canal). Nos EUA, a série atingiu uma marca histórica em fevereiro, com o episódio veiculado logo após a final do campeonato de futebol americano, quando foi assistida por 38 milhões de pessoas.

Para Justin, o evento foi o que “lançou a série como um foguete”. Sobre o episódio, dividido em duas partes, e que vai ao ar em junho por aqui, os atores não revelam muito. Nesse ponto, T.R. simula chicotadas em Justin e nele próprio, sinalizando que algum contrato com a Sony os impede de comentar episódios que ainda não passaram no canal.

“São duas horas repletas de ação, feitas para segurar a audiência do jogo, e que realmente nos colocaram numa ótima posição”, diz Chandra. “Mas nós não fomos além daquilo que já estava planejado em termos de história, as tramas já estavam indo naquela direção. As maiores mudanças foram para os atores, no âmbito pessoal, como essas coletivas, por exemplo”.

Os personagens ainda têm vários anos de residência pela frente, mas, para os atores de Grey’s Anatomy, o período de experiência definitivamente chegou ao fim.

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  1. João da Silva - 04/05/2006

    É uma pena que não chamaram a Katherine Heigl.

  2. Paulo Antunes - 04/05/2006

    Brilhante. Brilhante. Absolutamente brilhante.

    O André Sirangelo, repórter do programa Antena Ligada, da Gazeta AM, emprestou seu tempo (que não deve ter sido pouco) para escrever esta reportagem sobre a coletiva de imprensa do elenco de Grey´s Anatomy – e com direito a exclusivas! – preenchendo a minha impossibilidade de estar no evento.

    André, obrigado não só pela colaboração, mas por ter elevado a qualidade do TeleSéries a um novo nível com esta tua reportagem. (Dúvido que os caras da Sci-Fi News, Globo.com ou sei lá de onde façam melhor).

  3. Rô - 05/05/2006

    Não entendo pq alguns implicam com esta série. Tem ótimos personagens (George e Baile são maravilhosos e muito bem interpretados), atores que na média fazem um elenco satisfatório (não tem grandes diferenças) e tem uma trilha sonora maravilhosa. Não tem nada de diferente, inovador, etc, mas é bem feita. Por que para ser bom tem que necessariamente apresentar algo novo? TV é entretenimento, sendo bem feito já cumpre muito bem seu papel.

  4. Paulo Antunes - 05/05/2006

    Rô,

    De fato não concordo muito com os elogios do André a qualidade do elenco. Acho que o elenco é apenas mediano, típico de série de mid-season (que geralmente não tem a disposição grande atores). A Sandra Oh voa e estes quatro que vieram ao país são bons. Mas pra mim a Ellen Pompeo e o Patrick Dempsey são fracos, não conseguem desenvolver seus papéis. O papel da Meredith Grey é um papel de primeira, para catapultar qualquer boa atriz ao Emmy. Talvez seja o melhor papel feminino da TV desde Ally McBeal, mas a Ellen Pompeo não consegue se destacar nele.

    Mas a série é boa, demorou um pouco para encontrar seu ritmo, mas a partir de agora está cada vez melhor.

    Agora é questão de vencer as resistências das viúvas do Carter, do Greene e do Ross, rerere.

  5. Lourdes - 05/05/2006

    Desde a primeiro vez que eu assisti GA não consegui perder mais nenhum episódio e tenho q assumir uma coisa: Eu gosto da atuação da Ellen Pompeo!! Ela como papel principal tem o papel mais chato de todos. Ser a médica sofredora, seja do lado pessoal ou familiar, não dá para empolgar muito e os coadjuvantes acabam roubando muita cena. Gosto muito do elenco, do entrosamento que passam e não entendo qdo alguém fala que não curte.

  6. Fernanda Mattos - 05/05/2006

    É q tem uma galerinha “pseudo-qualquer-coisa” que acha lindo gostar de séries como ER , House e West Wing. Tudo é belo para eles (nessas séries), e quem discorda é taxado de inculto ou revoltado.
    Também acho a Ellen Pompeo interessante… Mas atuações repetitivas e afetadas, como as de Hugh Laurie, são as verdadeiramente celebradas. Aff!

  7. Victor - 05/05/2006

    Sempre adorei Grey’s e esse texto ficou realmente excelente!Quando soube que o teleseries não ia participar da coletiva fiquei super triste, mas quando entro no site hoje vejo uma reportagem desse nível!!!
    Como voce mesmo disse editor, nenhum outro site fez melhor!

  8. André Sirangelo - 05/05/2006

    Putz, valeu pelos elogios pessoal, mas não vamos exagerar tb né hahaha. Paulo, obrigado vc por publicar e pode contar comigo quando precisar (ou quando quiser – o café da manhã que eles serviram tava ótimo :D)
    Eu concordo que a Ellen Pompeo e o Dempsey não são nada demais (como a Grey me irrita…). Mas tendo a Sandra Oh, a Chandra Wilson, o James Pickens Jr e o T.R. Knight… já deu quatro, então já dá pra falar que o talento é regra e não exceção 😀
    abraços

  9. Marcos Almeida - 05/05/2006

    Eu era um super fã de ER, vi desde o começo, mas desde a 8ª temporada o seriado entrou num nivel ladeira abaixo que culminou com um péssima 11ª temporada. Depois disso, deixei de ver o seriado. E pra minha surpresa, dou as caras com Grey’s Anatomy. A série não tem nada a ver com ER…é uma série sobre relacionamentos que por acaso se passa num hospital, mas justamente por esse motivo supriu a minha necessidade de um seriado médico. Adoro CSI e Crossing Jordan, mas eles são mais investigativos e House é um saco (concordo com a Fernanda em gênero, número e grau), então tirando a comédia Scrubs (que gosto), só sobrou Grey’s…e eu venho adorando a série. É entretenimento de primeira, com personagens cativantes e histórias envolventes. Ahh, e eu também gosto da atuação da Ellen Pompeo. Não é um brastemp, mas dá muito bem conta do recado…hehehe.

  10. Rô - 05/05/2006

    Paulo,
    O que eu quiz dizer sobre elenco satisfatório é que a média de todos atores/personagens fica satisfatória. Temos uma Ellen Pompeo fazendo a protagonista que é muito fraca. Mas temos uma Sandra Oh maravilhosa, e que levanta a média do elenco, qualquer uma naquela papel ia ficar caricata (como eu acho que o H.Laurie/House é). E o resto do elenco com o T.R. Knight (O’Malley), Chandra Wilson (Bailey) compensam os outros. É este meu ponto sobre elenco.
    Ah! gostei muito dos viúvas do Greene e do Carter.
    Em tempo, amo The West Wing e gosto muito de Grey´s Anatomy.

  11. Thiago - 05/05/2006

    Antes de mais nada, que cabelo é esse?!?
    Eu parei com essa série. Fui assisti-la empolgado justo na idéia de que seria um “drama-médico”, até pq eu tava me decepcionando com a 11ªtemp de ER (sobrou pros “pseudos-qualquer-coisa”… espero q não seja eu pq sei tacar o pau sim nas séries q gosto)
    Mas a coisa desandou pra mim logo no piloto quando a Grey (ainda não sei o 1ªnome) teve uma noitada de acidente com o superior dela. Aí virou akela novelinha. O “amor” de ninguém nessa série me convence… e se é uma série de relacionamentos, isso é uma falha. E eu não kero ver uma série sobre “relacionamentos”. Eu simplesmente não sou o público alvo dessa série, e assim como tem os q não gostam de ER, pode ter os q não gostam desse, né?
    Dos episódios q vi (onde Gerge abre um tórax no elevador… vi até demais) foi o O’Malle mesmo de qm mais gostei. De resto, não me impactou.

  12. Bárbara - 05/05/2006

    A únice pena ´que eles só võ pra São Paulo, deviam fazer turnê pelo Brasil!

  13. André Sirangelo - 05/05/2006

    Uma coisa curiosa que eles falaram e ficou de fora da matéria foi que eles tinham terminado de gravar a 2a temporada no domingo, e na quarta já estavam aqui em São Paulo! Fora que os produtores da série tiveram que agendar um estúdio de gravação aqui em SP para eles fazerem locuções (aquelas falas adicionais, só em áudio, que acabam rolando na pós-produção) de última hora para o episódio que vai ao ar neste domingo!

  14. Juliano Cavalcante - 05/05/2006

    A Sandra Oh é maravilhosa. O Dempsey eu acho bacana (mais o personagem do que o ator, na verdade), e a Pompeo é fraca.

    E quem acha o Hugh Laurie caricato não assiste House. Nessa segunda temporada tem muitas/cenas episódios em que ele não está no “Asshole mode” e que são espetaculares (tipo ele conversando com a memininha em “Autopsy”.

  15. Juliano Cavalcante - 05/05/2006

    *menininha

  16. Lucas R. - 05/05/2006

    Putz… a falta de carisma do T.R. Knight é absurda. O personagem é aquele cara bonzinho que só se fode e todos deveriam torcer por ele, só que graças a falta de carisma do cara todo mundo odeio o George. Isso que é bizarro.

  17. Paula Mangia Garcia Terra - 06/05/2006

    Eu fui uma das ganhadoras da promoção Sky Experience / Grey’s Anatomy e tive a oportunidade de conhecê-los aqui no Rio (dia 04/05/06) e foi maravilhoso. Todos deram um show de simpatia, classe e o T.R. Knight e eu nos demos super bem. Para quem tiver orkut, as fotos estão no meu álbum.

    Bjs

  18. Carlos Alberto - 29/03/2009

    Galera voltem para Escola ou procurem um Psiquiatra, pois questionar séries como Dr. House é para quem realmente tem muitos problemas, no mínimo foram violadas quando crianças e tem trauma de crescer!!!

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