Alcatraz – Webb Porter

Data/Hora 24/03/2012, 10:30. Autor
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Alcatraz não vinha bem, mas chegou a ensaiar uma empolgada quando vários mistérios foram sendo desvendados ao longo da temporada. Já agora, consigo lembrar de apenas um ou dois episódios com enredos um pouco mais instigantes. No entanto, eu ainda acreditava que a série pegaria um embalo nos últimos episódios e poderia trazer saídas inesperadas para a história. Mas, como diria a abertura do seriado, “não foi isso que aconteceu”. Se aproximando do final da 1ª temporada e com Webb Porter sendo menos emocionante que qualquer outro episódio conseguiu ser até agora, acredito que existam poucas chances para se pensar que Alcatraz possa mudar alguma coisa em nossas vidas. A história ou lenda do presídio realmente é fascinante, mas o seriado não está tendo alma suficiente para se aproveitar disso.

Nosso prisioneiro da vez é um tanto sem graça. Webb Porter, preso #AZ-2012, tem um Q.I. de 162, número considerado acima de um gênio. Seu trauma é que aos seis anos sua mãe tentou afogá-lo na banheira. Porter acabou assassinando a mãe e mais quatro mulheres na mesma noite. Quando estava preso em Alcatraz, foi tratado pela Dra. Sengupta a pedido do diretor Warden Edwin James. Ele ficava permanentemente na enfermaria, única sala que o acalmava. Ao se juntar aos outros presos, Porter não parava de gemer e não deixava os outros prisioneiros dormirem. Além disso, não conversava com ninguém. Dra. Sengupta conseguiu comunicação com ele e propôs uma terapia musical para reintegrá-lo à “população geral”. Segundo ela, Porter sofria de tinido, um zumbido permanente em seu ouvido, causado provavelmente pela tentativa de afogamento quando criança. Assim, Porter só se acalma se o zumbido for mascarado por outro som. Na enfermaria o barulho da geladeira do Dr. Beauregard era responsável por deixar o prisioneiro mais calmo.

Um violino foi o instrumento escolhido por Porter para usar em seu tratamento. Dra. Sengupta acreditava que depois de aprender a memorizar a música, o zumbido não iria mais atrapalhá-lo. Devido ao Q.I. elevado, Porter não teve dificuldades de aprender a tocar o instrumento sozinho e assim conseguiu voltar ao convívio dos presos e inclusive levar música ao interior de Alcatraz, agradando seus colegas de presídio.

Neste episódio ainda temos uma tentativa de mostrar um lado mais pessoal em Rebecca Madsen. Ela vai jogar sinuca e beber cerveja com a médica legista e affair de Soto, Nikki (affair que, apesar de inicialmente ter sido uma boa ideia, até agora não deu emoção nenhuma à série). No entanto, o encontro dura pouco pois a legista é chamada para atender um caso de afogamento. Sim! É exatamente a primeira vítima de Porter, viva a coincidência.

Um exame no sangue do assassino encontrado em uma unha da vítima revelou a presença de prata coloidal e Emerson Hauser no mesmo momento ligou os pontos, mais um 63’s estava de volta. Rebecca e Dr. Diego Soto, como de costume, ainda não sabiam nada sobre a história da prata coloidal no sangue dos presos. Hauser evidentemente examina a compatibilidade com o sangue de Lucy e bingo! Temos o salvador da pátria que pode tirar Lucy do coma. Aliás, sobre o primeiro crime, uma coisa que gostei do episódio e vale a pena ressaltar foi a edição de imagem e som no assassinato da estudante de música, ficou bom e muito interessante.

Assim, quando reaparece em 2012, Porter volta a matar mulheres, mas primeiro amarra elas em seus próprios apartamentos e as mantêm assim enquanto corta seus cabelos e os usa como corda para o arco do violino (no lugar da crina de cavalo, usualmente utilizada no instrumento). Quando ele não gosta do resultado obtido com o cabelo da mulher ele a mata. Em 2012, Porter é responsável pelo assassinato de duas mulheres, uma loira e outra morena, e somente a terceira, uma ruiva, é encontrada por Rebecca e Hauser antes que Porter pudesse testar o violino.

Este último episódio teve pouco desenvolvimento da história quando Porter volta em 2012. Logo depois que começa a matar ele é pego (e muito facilmente) por Hauser e Rebecca. Assim é preso e levado de volta para Alcatraz. Nada de novo no tronco principal do enredo. De diferente no episódio temos o fato de que Porter tem o tipo sanguíneo compatível com o de Lucy e seu sangue também possui a tal prata coloidal. Assim, Dr. Beauregard e Hauser esperam que Porter possa ajudar a salvar a vida da doutora. Aliás, imagino que não teve nada mais desesperador para Hauser quando Porter tentou se matar para não ser capturado. E quando o preso fica sabendo que seu sangue deve ajudar a doutora, Porter colabora de boa vontade, já que ficou devendo um favor à Dra. Sengupta quando ela o ajudou a superar o problema do zumbido no ouvido.

Hauser aparece neste episódio ainda mais misterioso e segue envolvido em cenas sem pé, sem cabeça e sem explicação. Dessa vez ele vai receber massagem e tomar uns remedinhos coloridos em um lugar estranho e bem escondido, onde, pelo visto, tem ido frequentemente. Além disso, vemos mais cenas dele junto com Lucy (ou Dra. Sengupta) nos anos 60. Desta vez dá para observar melhor como o relacionamento dos dois se desenvolveu e já era algo sério naquela época.

Outro destaque do episódio é que, até que enfim, Soto e Rebecca descobrem e questionam Hauser do porquê diabos ele tirou Lucy do hospital. A dupla dinâmica ainda desvenda o mistério de que Lucy na verdade também é uma dos 63’s. Mas isso demorou tanto para acontecer que eu até tinha me esquecido que os dois não sabiam de nada até então.

Agora temos mais dois episódios até o final da temporada, Garrett Stillman e Tommy Madsen. Ambos vão ao ar na segunda-feira que vem, dia 26 de março. Pelo menos a Season Finale só pelo nome já tem a obrigação de nos causar algum impacto. Se existe um personagem que pode aparecer agora e fazer a diferença é Tommy Madsen. Ainda temos os mistérios por trás do diretor James e de Lucy, que no final do último episódio aparece abrindo os olhos depois de receber o sangue de Porter.

Alcatraz tem boas ferramentas para encerrar a série, mas duvido que teremos saudade de personagens tão pouco cativantes quanto Rebecca, Hauser e Dr. Soto. Este último se salva por ser uma figura mais peculiar e pelo fato de que realmente Jorge Garcia faz um bom trabalho. Agora, quem salvará Alcatraz? As chances das celas se fecharem para sempre ao final da temporada são grandes.

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