A filosofia de Greek

Data/Hora 20/03/2011, 10:39. Autor
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Recentemente conversando com amigos falei que todas as séries que aprendi a amar estão terminando, e com isso sinto um ciclo se encerrando. Everwood, Veronica Mars, Battlestar Galactica, Lost, Friday Night Lights e agora Greek.

O curioso de Greek é que ela é completamente diferente das outras citadas acimas, é diferente da maioria das séries sobre jovens que estão no ar atualmente e é uma série que não possui nenhum reconhecimento da crítica especializada (até onde eu saiba).

O primeiro grande mérito de Greek foi nunca se levar tão a sério, e isso por si só deveria ser um lema que todos nós deveríamos segui-lo. A série em quatro anos nunca apelou para o drama para forçar o choro, nunca forçou a barra com reviravoltas pra apenas atiçar os fãs, e retratou bem o que é ser jovem (em qualquer época).

Em um mundo que o politicamente correto toma conta, ser genuinamente jovem é poder se divertir com seus amigos, conquistar as garotas que desejamos (e vice-versa), cometer erros e torcer pra aprendermos com eles o quanto antes e gradativamente construirmos o nosso futuro. Ou como Cappie disse na series finales:

A primeira coisa que a senhora me perguntou no início do semestre foi “porque estamos aqui?” Pensei sobre isso, muito. Todos nós temos um proposito, e nosso proposito é descobrir o nosso proposito…

O segundo mérito da série são seus personagens muito bem construídos e nem um pouco estereotipados. Numa visão simplista e de certo modo preconceituosa diríamos que temos dois “Nerds”, um “gay”, um “burro”, um “vagabundo”, duas “Patricinhas”, um “Bad Boy” e uma “bitch”.

Talvez na vida real, ao invés de pararmos pra conhecermos as pessoas, acabamos julgando-as pelo que tem, como se vestem, ou o que fazem da vida, mas a série foi mais longe e quem a assistiu nesses quatro anos sabe que nenhum adjetivo citado acima se relaciona a algum personagem da série.

É o terceiro grande mérito que é o bom desenvolvimento dos personagens. Esta ultima temporada ficou marcada pelo momento de mudança dos seus principais personagens. Tivemos Rusty assumindo cada vez mais a liderança da Kappa Tau, Dale se enturmando e entrando na Omega Chi, Cappie enfim entendendo que a faculdade é apenas mais um passo de sua vida, como tantos outros, Calvin percebendo que quer ajudar os outros, Casey indo atras de seus sonhos querendo ser advogada que luta pelas causas que acredita, Evan percebendo que somente deixar de falar com os pais não é o suficiente pra se tornar diferente deles e ao mesmo tempo que entende mais o lado deles, passa a valorizar mais seus amigos, e Ashleigh trabalhando com o que gosta e namorando Rusty.

E este final de série de Greek não deixa de ser uma referência ao que comentei no início do texto, a “hora da mudança”. A sensação que tive foi que poderíamos ter mais temporadas pra saber o que aconteceria com Rebecca e Evan, se Rusty conseguiria salvar os Kappa Taus, entre outras coisas, mas isso é vida que segue, e a melhor hora de mudar e encerrar um ciclo é quando você percebe este momento e age. Talvez seja este o grande motivo que me fez gostar muito de Greek, me identifiquei como um desses jovens que está a procura de seu proposito ao mesmo tempo que quer se divertir e ser feliz. Foram quatro temporadas primorosas, de diversão, reflexão e crescimento, uma verdadeira ode à juventude.

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  1. Lourdes Mota - 20/03/2011

    Greek vai deixar saudades. Acompanhei todas as temporadas e sempre achei a série despretensiosa, querendo entreter mas sem grandes complicações e acho que era isso que eu mais gostava. O último episódio foi triste, mas muito bacana e deixou uma vontade de que não tivesse terminado, que continuasse a série contando o day after de tudo isso… mas vai ficar para a nossa imaginação.
    Gostei bastante do texto, Paulo!

  2. Carina - 28/03/2011

    O que eu mais gostava de Greek era as inúmeras referências POP. Deixou saudades…

  3. Marcelo - 31/03/2011

    eu achei a ultima temporada muito fraca.
    parece que foi feita as pressas.
    poucos episodios e corridos.
    um fim triste para uma boa serie

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