TeleSéries
Beijos polêmicos: as relações homoafetivas nas séries de TV
02/02/2014, 19:08. Paulo Serpa Antunes
Especiais, Opinião
Ally McBeal, Buffy The Vampire Slayer, Dawson's Creek, Ellen, Friends, LA Law, Picket Fences, Roseanne, Will & Grace
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Não se falou em outra coisa na noite desta sexta-feira: o beijo entre os personagens Félix (Mateus Solano) e Niko (Thiago Fragoso) nos momentos finais do último capítulo da novela Amor à Vida. Como pode um beijo, um ato comum de amor e afeto, dominar tanto as redes sociais, a mídia e a sociedade? Porque, para o telespectador brasileiro, a demonstração de afeto entre pessoas do mesmo sexo na televisão, até então, era basicamente um tabu.
O beijo entre Félix e Niko foi o primeiro exibido em uma novela pela rede Globo – a maior emissora do país – e o mais significativo até então da teledramaturgia brasileira. Não foi o primeiro. A rede Manchete exibiu um beijo em contraluz entre dois personagens do sexo masculino na pouco lembrada minissérie Mãe de Santo, de 1993 (veja aqui). Já em 2011, foi a vez do SBT mostrar duas duas mulheres se beijando, na novela Amor e Revolução (veja aqui). O que se sabe é, que até decidir exibir este beijo na novela, a rede Globo esperou e estudou muito – há quem diga que a transmissão de um beijo entre duas mulheres no reality show Big Brother Brasil 14 (veja aqui) tenha sido um teste.
É curioso que um povo que costuma se enxergar como liberal esteja tão pouco acostumado a abrir espaço para relações homoafetivas na TV. Já os fãs de séries norte-americanas se acostumaram a ver personagens gays, sexualmente ativos, em seus programas favoritos.
Se seguir relembramos alguns momentos marcantes desta luta da comunidade gay nos EUA por maior espaço na teledramaturgia. O levantamento considera apenas atrações exibidas nos canais de TV aberta – deixando de lado programas de TV paga como Queer as Folk, The L Word, True Blood e outros, alvos de menor pressão, justamente por serem de acesso restrito a assinantes.
A homossexualidade começou a se fazer presente com maior força na TV americana nos anos 80 – inicialmente em telefilmes, posteriormente em séries de TV. Marcou época o telefilme exibido em 1985 pela NBC An Early Frost (aqui no Brasil exibido com o título AIDS: Aconteceu Comigo). No filme, Aidan Quinn – o capitão Gregson de Elementary – é um homossexual diagnosticado com Aids. O filme ganhou um prestigiado Peabody Award e Emmys de Melhor Roteiro, Fotografia, Mixagem e Edição.
Já o primeiro beijo entre duas mulheres na ficção norte-americana iria ao ar em 7 de fevereiro de 1991, em um episódio do drama de tribunal L.A. Law. A exibição da cena em que a homossexual C.J. Lamb (Amanda Donohoe) beija a colega heterossexual Abby Perkins (Michele Greek), no momento em que Abby ganha uma promoção, obviamente gerou problemas para a rede NBC. O canal se tornou alvo de reclamações de telespectadores e chegou a perder pelo menos cinco anunciantes.
O episódio da série foi escrito por David E. Kelley, que se tornaria um dos mais liberais e polêmicos produtores de séries da TV. O próprio Kelley voltaria à carga dois anos depois, em abril de 1993, com a série Picket Fences. Em Sugar & Spice, vemos duas jovens amigas de 16 anos se beijando e discutindo sua sexualidade. Por pressão dos anunciantes, a CBS exigiu que a cena entre Kimberly Brock (Holly Marie Combs) e Lisa Fenn (Alexondra Lee) fosse refilmada, com menos luz. Ainda assim, a retransmissora da CBS de Salt Lake City se recusaria a exibir o episódio.
Nos anos seguintes, beijos entre mulheres se tornariam comuns na TV. Especialmente em outra série de David E. Kelley – a dramédia Ally McBeal. Ally (Calista Flockhart), apesar de heterossexual, não raras vezes apareceria em cena beijando outras colegas do escritório, em cenas sexy e provocativas.
Os produtores de TV, naquele momento, pareciam mais interessados em surpreender (ou chocar) com estes beijos, do que mostrar as mulheres assumindo sua sexualidade, o que só aconteceria mais adiante. Em 1997, o fracassado drama Relativity, da rede ABC, foi o primeiro a exibir um beijo entre duas lésbicas assumidas: Rhonda (Lisa Edelstein, que depois se tornaria estrela de House) e Suzanne Kristin Dattilo (do The Chris Isaak Show).
Já o primeiro beijo entre dois homens na TV americana, aconteceria somente na virada do século. Em 24 de maio de 2000, coube ao drama teen Dawson’s Creek, do canal The WB, mostrar dois jovens se beijando. No episódio True Love, Jack (Kerr Smith) vai até a faculdade se declarar para Ethan (Adam Kaufman). O final é infeliz, já que Jack, sem perceber, beija Ethan na frente de seu namorado. O beijo que não termina com final feliz frustrou uma boa parcela do público, em especial aos ativistas da Gay and Lesbian Alliance Against Defamation (GLAAD). O beijo, no entanto, servia como mais uma etapa no desenvolvimento de um dos personagens gays mais ricos da TV americana e contribuiu para os executivos da The WB a diminuirem suas resistências internas. O próprio Jack teria direito a um longo beijo correspondido um ano depois – em uma cena com Tobey (David Monahan) , no episódio Promicide, de maio de 2001.
Não foi apenas Dawson’s Creek a defender a causa gay na TV americana na temporada 2000-2001. Séries como ER e Felicity também abordaram o assunto. E outra série da The WB, Buffy a Caça-Vampiros, levou a relação de amor entre duas mulheres para outro nível. A evolução do relacionamento entre Willow (Alyson Hannigan) e Tara (Amber Benson) aconteceu de forma gradual e natural – de forma que quando as duas personagens finalmente se beijaram, no episódio The Body, de 27 de fevereiro de 2001, a maioria dos fãs da série celebrou. O criador da série, Joss Whedon, se cercou de cuidados para realizar a cena e preferiu exibi-la com naturalidade no meio do episódio, evitando fazer do beijo o acontecimento central da história.
Papel importante na conquista por mais espaço dos gays na televisão também tiveram as sitcoms, as tradicionais comédias da TV americana. Em 1994, a série Roseanne mostra um beijo entre a protagonista Roseanne (Roseanne Barr) e Sharon (Mariel Hemingway) em um bar gay. Pra quebrar o gelo, Roseanne limpa a boca depois da cena, arrancando risos da plateia. O objetivo do episódio era Roseanne questionar o quão liberal ela é. Já nos bastidores, o episódio foi cercado de pressão por entidades conservadoras, que exigiam que o episódio não fosse ao ar, e da GLAAD, que demandava sua exibição. A ABC decidiu não só exibir o episódio, como explorou o beijo na promoção do episódio, mas colocou uma mensagem recomendando discrição aos pais logo no início do programa.
Friends também tem sua parcela de contribuição para a causa – nem tanto com os beijos que seus protagonistas eventualmente davam -, mas por exibir o primeiro casamento gay da TV. Foi janeiro de 1996, entre as coadjuvantes Carol (Jane Sibbett) e Susan (Jessica Hecht), no episódio The One With the Lesbian Wedding. As duas se casaram, mas não se beijaram.
No ano seguinte, em abril de 1997, foi a vez de Ellen DeGeneres protagonizar um momento histórico na TV americana. No episódio especial The Puppy Episode, da quarta temporada de sua série, Ellen, sua personagem sai do armário no terminal de um aeroporto lotado. Ellen passa a ser, portanto, a primeira protagonista de uma série declaradamente gay. O episódio também foi alvo de pressão – a J. C. Penney e a Chrysler retiraram seus anúncios publicitários do programa – e também foi ao ar com um aviso da rede ABC. Mas foi fenômeno de público – com uma audiência gigantesca de 42 milhões de telespectadores, a maior da história da série – e crítica. Para celebrar o acontecimento, a GLAAD organizou festas em diversas cidades americanas, chamadas “Come Out With Ellen”. O episódio entraria na listas dos melhores da história do TV Guide e ganharia na sequência o Emmy de Melhor Roteiro em Comédia.
No ano seguinte, na fall season de 1998, a sitcom Will & Grace estrearia na NBC. Ter protagonistas gays em séries de TV, sexualmente ativos, já não era mais incomum.
O que se nota é que enquanto no Brasil as relações homoafetivas ocuparam um espaço marginal nas produções de ficção para TV, nos Estados Unidos esta história foi sendo construída ao longo das décadas, refletindo de forma mais orgânica as mudanças na sociedade. Foi por conta de séries como as citadas acima – e dezenas de outras com personagens gays como NYPD Blue, My So Called Life, Spin City, Ugly Betty, House, Grey’s Anatomy, The Good Wife, Smash e Nashville, entre outras – que hoje séries podem abordar temas que vão muito além da exibição pública de afeto. É o caso, por exemplo da adoção de crianças por casais gays, como ocorreu nas comédias The New Normal, ou casamento gay e transexualidade, temas corriqueiros na série adolescente Glee.
A TV brasileira deu um passo importante na última sexta-feira, mas o caminho à frente para uma sociedade que aceite a diversidade é longo. Que venham os próximos personagens gays, os próximos beijos e que as nossas novelas possam ser mais como as séries de TV americanas neste aspecto.
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Esqueceu de citar Brothers & Sisters, o personagem Kevin é assumidamente gay e mostra suas relaçoes afetivas abertamente, bem como a luta pela aceitação pela familia – que não é um problema, pois todos levam, como deveria ser em todos os lugares, numa boa!
Apoiado, Igual para todos, a vida de cada um, cada um cuida da sua.
Parabéns!
O que não da para entender é que se fizermos uma serie ou novela em que se descrimine uma relação deste tipo todo mundo ( gay) caem em cima matando. E ao contrario nós temos que aceitar e não podemos descriminar. Isso é coisa de sem vergonha mesmo. Homem com homem ou mulher com mulher é pouca vergonha.
Inúmeras cenas de casalzinho hétero se pegando no motel, adultério, nada causa tanta comoção quanto o beijo dos personagens. Coisas que não entendo.
Tem recentemente também, Revenge, com o personagem de Nolan, bissexual assumido.
Apoiado
Ainda tem séries como The L word, The Real L word, Lip Service…..
É isso ai!
imoralidade ,e um vergonha para sociedade ,infelizmente o que será das crianças vem o que se monstra na tevê ,e infelizmente na internet.globo e outras deve ser excluída do povo. Para o povo esta se tornando comum ,por causa deste lixo.
Impressionante a sua falta de cabeça e mente aberta, pelo que vejo, você deveria ser o primeiro a não ter preconceito pela sua cor, calvo. As crianças tem que aprender que isto é comum e só quem passa por isso sabe como é normal. Acorda pra vida, a vida andou, se não está feliz neste mundo parta para outro, se mata, só não vai para o Céu, porque Deus é misericórdia e não preconceituoso como você, babaca!
Engraçado, você coloca a responsabilidade da criação e educação dos seus filhos na televisão, sendo que isso é SUA responsabilidade. Preocupe-se em fazer seus filhos se tornarem pessoas dignas, de bem, por que aí sim o mundo será melhor. Imoralidade é a hipocrisia, vergonha para a sociedade é o egoísmo exacerbante.
Engraçado, quando eu era criança não tinha nada disto e hoje eu sou homossexual assumida e muito bem resolvida com minha vida. Acorda, mesmo os homossexuais são gerados de famílias héteros.
INFELIZMENTE VIVEMOS EM UM MUNDO COM INVERSÃO DE VALORES… O QUE É CERTO PARECE QUE NÃO É MAIS ACEITO E O ERRADO CADA DIA GANHA MAIS FORÇA, POPULARIDADE E VAI SE TORNADO … CERTO… LOGO TUDO ISSO ACABARÁ
espero que acabe rápido com pessoas que pensam como você e que o mundo nasça pessoas melhores, porque um lixo como você não merece viver….. está certíssimo, logo isso acaba!!!!
o assunto gay, antes era proibido, depois ficou tolerado, agora a tv insentiva, quero morrer antes de ser obrigatorio
É um favor que você faz? preconceito?
Você não tem nada para sofrer de preconceito?
Negro? nordestino? baixo? alto? calvo? Albino? Anão? Gordo? magro demais? TUDO SEU É PERFEITO?
Então se enxerga primeiro antes de falar dos outros. Bobão!
O pior é que os gay querem pendurar uma melancia no pescoço. Não querem somente se relacionar, querem ir para o alto dos prédios, capas de revista e programas de auditórios. Vão para o meio do inferno também!
Sugiro que aprenda português para não escrever bobagem: o correto é INCENTIVA COM “C” E NÃO COM “S” como redigiu. Depois conversamos.
Só tem comentários aqui de bi sexual, não serve como referência essa podridão, esse nojo
o que que a senhora quer aqui entao ?????
kkkkkk. Boa pergunta!
o beijo mais NOJENTO da estória da televisão , foi visto recentemente. O BEIJO dado entre Dilma e Fidel Castro com NOSSO DINHEIRO isso sim é vergonhoso, o resto são formas de amor
UMA POUCA VERGONHA O QUE IREI DIZER A MEU FILHO DE 6 ANOS VENDO ISSO DIREI A ELE QUE É UMA NOVA RAÇA DE SER HUMANO NÃO SOU CONTRA MAS É MUITO APELAÇAO A REDE GLOBO JOGA UMA PRO SANTO E OUTRA PRO DIABO
É por isso que novela tem classificação etária, eu tenho certeza que a classificação da novela não era livre, então você não deve se preocupar em dar explicação nenhuma para o seu filho, pois afinal ele não deveria estar assistindo não é? Tem uma coisa sensacional hoje em dia chamada “controle remoto”, eu uso muito, quando não gosto de assistir algo, eu mudo, simples assim. Por exemplo, nunca assisti a referida novela, mas não fico reclamando, pego o controle e assisto o que me agrada, pronto!
Bravo, Lu. Uma resposta simples, clara e objetiva.
essa novela não e para crianças de 6 anos,
você tem que por limites no horário de tv dos seus filhos
Wagner, apoiadíssimo! Faço minhas todas as suas palavras!
que nojo!!! essa merda gay é pior que nossos politicos corrruptos.
Amor e Revolução do SBT também rendeu um beijaço.
Religiosos fanáticos, voltem para suas igrejas e não saiam de lá se vocês não querem conviver com pessoas tão anormais assim, porque os gays não vão voltar para os guetos pra onde foram empurrados por tantos anos.
Alguns eu sugiro que se refugiem em alguma escola, porque assim também aprendem um pouquinho da nossa língua pátria antes de sair fazendo comentários gramaticamente incorretos e ideologicamente insustentáveis.
Esqueci de direcionar o post também para os ignorantes em geral =)
Inúmeras cenas de casalzinho hétero se pegando no motel, adultério, nada
causa tanta comoção quanto o beijo dos personagens da novela. Coisas que não
entendo.
[…] busca. Tratamos do direito de ser respeitado, independetemente da opção sexual, falando sobre beijos “polêmicos” e sobre “saída do armário”. Falamos sobre a luta das pessoas com deficiência por […]
Sobre a homossexualidade
Não há nada de errado com a
homossexualidade. A homossexualidade é perfeitamente respeitável. A forma como
ela vem sendo retratada, por várias tradições religiosas, como pecaminosa e
prejudicial, origina-se da ignorância. Não há nada de errado em se sentir
atraído por pessoas do mesmo sexo. Na verdade, a preferência pelo mesmo sexo ou
pelo sexo oposto não é tão fixa e rigidamente dividida, como muitas pessoas
pensam. Uma pessoa pode ser heterossexual e ser atraída por pessoas do seu
próprio sexo. Existe uma escala móvel entre heterossexualidade e
homossexualidade, e não uma fronteira fixa. A sexualidade está na alma, e não
no corpo. Não é o corpo que direciona a sexualidade da pessoa.
O ser humano é
bissexual por natureza. Há muitas teorias espiritualistas que afirmam isso,
inclusive alguns estudiosos da psicologia também afirmam que o ser humano
possui os dois sexos dentro de si, ou seja, que ele é andrógino. Porém, o grau
de masculinidade e de feminilidade no ser humano varia. Um homem, por exemplo,
pode ter dentro de si (em sua alma) uma porcentagem feminina bem maior do que a
masculina. Nesse caso, a tendência de ele vir a se interessar por homens tem
uma probabilidade bem maior. Mesmo um homem que tenha uma porcentagem feminina
pequena dentro de si pode vir a ser homossexual. Basta que surjam
oportunidades, experiências, educação, etc. É por isso que se veem homens
másculos, mas homossexuais, ou seja, porque dentro de todo ser humano existem
as duas sexualidades, e cada uma delas pode se sobressair por algum motivo.
Até mesmo no reino animal existe
homossexualidade. Pesquisadores
afirmam que o comportamento homossexual é bastante comum na natureza, e não é
restrito a mamíferos; aves e insetos também o apresentam. E quem
nunca viu um cão transando com outro cão? Alguém chamaria dois animais do mesmo
sexo transando de imorais? Será que eles têm consciência da moral e dos bons
costumes? Não. Faz parte da natureza. E quem criou essa natureza foi Deus. Ou
alguém acha que os animais são conscientes dos seus atos?
Deus
não criou apenas seres heterossexuais, criou também homossexuais, bissexuais,
assexuados, hermafroditas, etc. Tudo é natural, e nada está errado.
As pessoas precisam ser respeitadas pelo
que são, e não pelo que fazem da sua vida sexual. Há homossexuais que são
pessoas maravilhosas, verdadeiros seres humanos, pessoas valiosas, que ajudam
muitas pessoas com seu trabalho e solidariedade. Há heterossexuais que são
assassinos, ladrões, estupradores, traficantes… e que se autodenominam
“homens”, “heteros”. O que é mais importante? Está aí uma prova de
que preferência sexual não tem nada a ver com moral.
É uma bobagem e perda de tempo combater
a homossexualidade, porque é uma realidade da natureza que sempre existiu e que
sempre existirá. Quem não tem um homossexual na família? Quem não tem, logo
terá. E essa pessoa merece o desprezo, a rejeição, a crítica, a condenação?
Os grandes
mestres da humanidade, sabiamente, não se pronunciaram sobre a homossexualidade.
Eles sabiam que Deus não está preocupado se a pessoa é homo, hetero ou bi.
Assim como Ele não está preocupado se a pessoa é feia ou bonita, rica ou pobre,
casada ou solteira, tem curso superior ou não, etc. O que interessa para Deus é
o aprimoramento moral. É tornar-se bondoso, tolerante, paciente, calmo, alegre,
solidário, honesto, justo, etc.
Do ponto de vista espiritual, o que
importa nos relacionamentos sexuais é como um se conecta com o outro de alma
para alma. Sempre que existe uma conexão profunda, marcada por uma parceria
verdadeira e respeito mútuo, o fato de o relacionamento ser entre homem-mulher,
homem-homem ou mulher-mulher realmente não importa.
Autores
diversos
Todos
têm direito a ser felizes, independentemente de suas crenças ou opiniões.
As pessoas confundem ‘incomum’ com
‘anormal’. Tudo é normal, embora nem tudo seja comum.
Ser contra a união homossexual é
andar na contramão da evolução humana e social. Essa história é velha na
sociedade humana.