Review: Heroes – Eris Quod Sum

Data/Hora 14/01/2009, 09:30. Autor
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Heroes - Eris Quod Sum
Série: Heroes
Episódio: Eris Quod Sum
Temporada:
Número do episódio: 41 (3×07)
Data de exibição nos EUA: 27/10/2008
Data de exibição no Brasil: 9/1/2009
Emissora no Brasil: Universal

Eu li todos os comentários que os leitores deixaram por aqui nas últimas resenhas de Heroes. Na verdade, acho importante que vocês tenham esse lado crítico. Ninguém é obrigado a concordar com o que eu escrevo e por isso vale suscitar aqui a importância de vocês discordarem e, o mais legal, muitos apresentaram argumentos ao invés de apenas me xingar. Quero deixar claro que não tenho nada contra a série. Não quero fazer fama criticando um programa que tanta gente assiste e este era um medo que eu quando resolvi assinar a coluna do programa, fazendo as resenhas. Mesmo assim, não retiro as minhas críticas (até porque elas já foram publicadas) e vejo que a série tem potencial, mas se continuar neste caminho turtuoso com tantos personagens, não sei se sobreviverá por muito tempo.

E acredito que este é um erro muito grande de roteirização. Acompanhem o meu raciocínio. Eles possuem uma série nas mãos cuja história é sobre heróis que descobrem ter poderes. A importância disso é que eles sempre podem reinventar o programa, não havendo um limite para a história terminar. Pelo menos, não exatamente. Claro, tudo tem um fim, mas Heroes pode muito bem sobreviver por muitas temporadas. E eu ainda não comecei a falar do episódio, porque antes gostaria de fazer uma pequena introdução sobre o que eu penso em relação à série. No entanto, agora vamos ao que interessa.

Todos os caminhos levam esses heróis à Pinehearst, uma empresa de fachada biotecnológica comandada por Arthur Petreli, pai dos irmãos Petrelli. Se tínhamos uma concepção no final da segunda temporada que os vilões ficariam em torno de Sylar, a teoria vai “por água abaixo” quando olhamos para a organização que está sendo formada por Arthur. Primeiro, ele roubou todos os poderes de Peter para se tornar uma pessoa ainda mais forte. Segundo, o número de vilões cresceu absurdamente e por isso Sylar tem uma forte concorrência. Mas nem acredito que este seja o principal, porque ele também terá mais poderes para absorver. No fim, tudo acaba favorecendo-o.

Além disso, Arthur Petrelli tem utilizado a tática de chamar todos os heróis até à Pinehearst com a promessa de tornar a vida destes melhores mas, na verdade, isso faz parte apenas da sua obsessão por mais poderes, por se tornar um ser ainda mais poderoso do que ele já é. Dessa forma, dominar o Mundo é apenas um dos seus planos antes de se recuperar, depois de ter ficado tanto tempo dormindo, forjando a própria morte para poder colocar o seu plano em prática.

Eu diria que Heroes sempre dá um jeito de nos fazer desistir da série, porque ela se complica no meio de tantos personagens e tantas histórias. Este é, sem dúvida alguma, o seu maior problema. No entanto, quando apresenta episódios mais sensatos, a série consegue se sair muito bem. Aqui, por exemplo, ela apenas tratou da luta que poderá acontecer entre a Pinehearst e a Primatech (mais conhecida como Companhia).

De um lado, Arthur Petrelli. Do outro, Angela Petrelli. E me parece que transcende uma luta entre o bem e o mal, mas sim uma guerra por conquistas, por poderes e espaço. É impossível que as duas organizações possam viver em harmonia uma vez que cada um tem o seu objetivo. É como se eles estivessem jogando War e, em algum momento, um terá que destruir o outro. Porque apenas um poderá dominar o mundo ou destruí-lo. O futuro visto por Peter em capítulos anteriores, ainda é muito incerto, assim como a monstruosidade de Mohinder. No entanto, o caminho espiritual que será feito por Hiro, ao invés de uma confusão temporal, poderá trazer respostas para a série.

Heroes - Eris Quod SumE o episódio foi muito eficiente na sua proposta de narrativa, exceto algumas cenas realmente descartáveis. Uma delas foi quando Ellie e Claire estão indo em direção à Pinehearst e precisam viajar em um vôo comercial. Será que a gente já não sabia que Ellie iria provocar, com toda aquela sua descarga elétrica, problemas no avião? A sensação que ficou é que Heroes duvida da inteligência do seu espectador. E eu nem tenho argumentos que justificam isso, uma vez que a série faz tantas viagens no tempo – que precisam de uma atenção e um compreendimento mais abrangente – e depois nos coloca de uma cena tão desnecessária. Sobre o que elas estavam conversando mesmo no avião? Não importa, porque esta não foi a intenção. O pior de tudo foi a Claire fazendo a Ellie controlar os seus poderes.

Ainda assim, eu gostei bastante do episódio. E digo isso com sinceridade. Tenho criticado bastante o programa nestes últimos episódios, mas eu acho que Heroes tem tudo para voltar a ser o que era antes. A enrolação faz parte da temporada, assim como os erros que ela comete. O percurso é longo até alcançar o final. No entanto, este é um capítulo muito superior aos anteriores. Apesar de ter ainda muito o que melhorar, principalmente por tudo o que foi falado sobre esta temporada, Heroes pode começar a trilhar um melhor caminho a partir deste episódio.

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  1. Luciano Cavalcante - 14/01/2009

    Vinícius, esse final de semana, me emprestaram todos os episódios da priemeira temporada dessa série, que eu estava curioso devido a toda falação. Assisti do primeiro ao último episódio e, tenho que dizer, que não entendi porque ela virou cult. As tramas, em minha opinião, são extremamente forçadas e, os personagens são – minha opinião novamente – rasos como um pires. Na televisão já vi coisas muito melhores, mesmo em ficção científica.

  2. Lara - 14/01/2009

    Luciano, eu também assisti todos os episódios em um final de semana, e concordo com tudo que você falou, e acrescento ainda que quando assistia eu ficava me perguntando o que tinha demais na lider de torcida, pra que a historia fosse tão centrada nela, tudo era pra salvar aquela menina, foi por isso que nem segui pra segunda temporada. Mas eu continuo lendo os reviews, até porque a série causa grande burburinho ainda.

    Ótimo review!!!

  3. Paulo Antunes - 14/01/2009

    Vinícius,
    Eu também gostei do episódio, porque percebi nele uma genuina tentativa de dar um reset em algumas tramas e personagens.
    E mesmo que fosse muito ruim, já valeria a pena o episódio por tirarem de circulação a insuportável Maya.
    No mais, o problema da série agora é aquele que o Bryan Fuller já descreveu: a série é uma corrida atrás do tesouro, por personagens sem profundidade psicológica.
    Repare que mesmo com esta sacada da série de colocar os BONS nos papéis de MAUS e vice-versa, o seriado segue sendo maniqueísta – porque continuam existindo BONS e MAUS, a diferença é que eles se misturam.

    Luciano Cavalcante,
    Eu discordo de você. Os primeiros meses de Heroes foram bons – talvez não bons que justificassem uma indicação ao Golden Globe, mas foram bons. Algumas cenas são antológicas. O desenvolvimento de alguns personagens como o Hiro e a Claire era muito consistente. O episódio prequel Six Months Ago é uma pérola. Era outra série.

  4. Fernando dos Santos - 14/01/2009

    Com base na premissa de Heroes, eu também acho que a série tem potencial para ficar muitos anos no ar.Talvez até mesmo uns 10 e sem sofrer grande desgaste.
    Como já foi dito antes o enredo é sobre um grupo infinito de pessoas que descobre ter superpoderes, alguns pendem para o bem e outros para o mal.A cada nova temporada começa um novo desafio que é resolvido no fim da “season”.Sem dúvida é uma situação diferente de séries como Prison Break e Lost, que já nascem com prazo de validade curto.Mas como o review aponta corretamente a má condução do roteiro acaba estragando tudo, perdendo-se entre inumeros personagens e tramas.
    Isto ocorre por causa da incompetência confessa do Tim Kring, na condução de uma série de trama contínua(serializada).Deveriam tirá-lo de Heroes e colocá-lo no comando de alguma série policial de tramas fechadas, pois isto ele sabe fazer bem.

  5. Juninho - 14/01/2009

    Primeiro parabéns Vinicios pelo review,vc fez o que a gente sempre espera,algo sensato,você sobe colocar os erros e os acertos da série,sem ser rude,novamente parabéns.

    “Luciano” a série nunca foi cult,ela é um Sci Fi,é uma série sobre pessoas com poderes,ela apenas se tornou mania,e ainda é muito popular,geralmente série assim não é cult,e se você assistiu a primeira temporada esperando isso,por isso se decepcionou;a primeira temporada é amada por todos,e é a razão do sucesso da série.

    Sobre o episodio,esse foi demais,e eu gosto muito da Elle,e toda vez que ela aparece me empolgo mais em assistir á serie,ainda mais formando dupla com a claire,pena que foi rapido,mas valeu a pena;eu também acredito em Heroes,mas não sei se garante muitas temporadas,acho que mais duas,mas a série mostrou otimos desempenhos,nos episodios finais de Villains,acredito em Fugitives,acho que ele vem pra todos os fãns matarem saudades da primeira temporada da série,só que vai ser dificil os antigos telespectadores derem uma nova chance para á série.
    Eu continuo assistindo e não pretendo parar!

  6. D'uoh - 14/01/2009

    Eu falei que depois do 3.05 as coisas melhoravam, claro que não ficou uma primor mas ficou melhor que antes.

    Realmente de ouvesse uma renovação de personagens e série poderia durar muito, tipo se é sobre personagtens lidando com poderes, então quando acabsse o volume fim de estória pra eles, então poderiam aparecer novos, isso é claro matendo uma linha de estória que conectasse tudo e até matendo alguns personagens…Sò que a aduiência acabou se apagando aos personagens e agora fica isso de ter que inventar coisas estranhas pra personagens.

    Mas o importasnte de tudo é que Bryan Fuller voltou pra HEROES, e não que a série vá se recuperar totalmente com o volume 4, mas já é um começo, e talvez numa quarta temporada (que já li por aí, que o Tim Kring disse que já tá garantida, é verdade?) ela volte as boas!

  7. João da Silva - 14/01/2009

    Sem dúvida a Elle Bishop é a mais interessante personagem de sexo feminino da série.

  8. Mica - 14/01/2009

    Atualmente a Elle é a personagem que eu mais gosto em Heroes.

  9. Luan - 15/01/2009

    Realmente de ouvesse uma renovação de personagens e série poderia durar muito, tipo se é sobre personagtens lidando com poderes, então quando acabsse o volume fim de estória pra eles, então poderiam aparecer novos, isso é claro matendo uma linha de estória que conectasse tudo e até matendo alguns personagens[2x]

    Mas aí a série iria virar um verdadeiro POWER RANGERS!!!!
    já pensou heroes chegando a uma 17 temporada?

    nem sempre mais temporadas significam ótimas histórias….

    (desculpe a minha ignorancia , mas o que é necessario pra uma serie ser chamada de “cult” ?)

    vlw[:D]

  10. Monteiro - 15/01/2009

    Acho que Heroes realmente perdeu o rumo, a primeira temporada foi ótima, a segunda boa e a terceira que deveria ter um final melhor, ficou devendo, acho que infelizmente e ao contrário de Supernatural que a cada episódio tem uma novidade, Heroes está com os dias contados, espero que eles melhorem, mas sei lá.

  11. Leonardo - 16/01/2009

    Galera acabo de ver ontem o final da temporada aki na Australia .. e pra ser sincero… acredito q eles estao se perdendo na historia… a serie e bem bolada… mas nunca tem o desfecho sensato… aguardem….

  12. D'uoh - 16/01/2009

    Putz, pra mim o final foi o melhor de todos os que a série já teve e alem de ser o melhor episódio do volume 3!

  13. Amanda - 16/01/2009

    Heroes começou instigante, eram pessoas comuns descobrindo que tinham poderes, mas continuavam vivendo suas vidas (trabalhando, indo a escola, etc), alguns perceberam que precisavam salvar o mundo, isso gerou uma ação interessante e progressiva. Conquistou muitos fãs, os heróis conseguiram seu objetivo, o mundo não se acabou, mas coisas ficaram soltas e ficou a curiosidade do que vinha pela frente.

    Em minha opinião o pior erro de Heroes é a repetição do mesmo tema, com acréscimo de personagens e complicações que geram controvérsias e incongruências. Toda temporada eles estão lá tentando salvar o mundo, só que agora tem uma fórmula secreta que destrói tudo (segunda temporada) e outra fórmula que dá poderes (terceira temporada). Se achei a segunda temporada morna, achei a terceira totalmente confusa. Eles começaram a lançar mão de manhas que revoltam como a explicação da “fome” de Sylar. Vai ver que no futuro eles vão explicar que a burrice de Peter é intrínseca ao seu poder também, pois sem eles, ele fica bem mais espertinho. Sinceramente, estou a espera da saga fugitves para ver se abandono de vez na terceira temporada, ou se eles me convencem de que ainda vale a pena.

  14. 3 de 6 - 18/01/2009

    Era legal ver, ao menos alguns, personagens serem desenvolvidos durante a saga para salvar o mundo. Dava pra escolher os preferidos, e recalmas do chatos.

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