TeleSéries
Bones – The Ghost Killer e Big in the Philippines
23/01/2014, 11:00. Maria Clara Lima
Reviews
Bones
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Bones voltou! E eu também. E como é bom estar de volta. Não só porque tem sido ótimo comentar sobre a nona (e deliciosa) temporada da série, mas por ter uma confissão a fazer. E esperei muito por isso. Mas cá estou mais uma vez, com a missão de falar sobre dois episódios tão diferentes, desta que nomeio a série mais bipolar que já vi na vida. E é por aí que começo esta confissão.
Até o episódio da semana passada, Big in the Philippines, eu não tinha muita certeza se queria uma certa renovação. Apesar de não estar pronta para o cancelamento, às vezes tenho um sentimento altruísta de que seria melhor Bones acabar enquanto está em alta. (Sim, ainda acredito nisso). Depois de um período de hiato justo e renovador, esperava que The Ghost Killer fosse o sopro de vida que a história precisa para se manter neste patamar até seu desfecho, mas foi de longe um dos piores episódios que vi. Um episódio apressado e antipático, sem graça mesmo, mal escrito, interpretado, fiquei com tanta descrença, que me recusei assistir mais uma vez, só para ter certeza de que aquilo ali estava selando o final da série. Mas aí a próxima semana chegou, e eu me apaixonei tudo outra vez.
Eu tenho uma confissão a fazer. Bones é uma série louca, e eu amo esta loucura. E quero que ela dure para sempre.
A Letra
Uma música marcante deve ter um ritmo gostoso, uma boa letra e uma excelente interpretação. Sem esses elementos, não funciona, não pega. Um episódio marcante também é assim, e o roteiro, é um dos principais pontos.
Os dois episódios foram completamente diferente em enredo e qualidade. Por isso, é difícil buscar um consenso crítico para as duas história. Se eu dei quatro estrelas como média entre The Ghost Killer e Big in the Philippines é porque o último teve a nota máxima, já o décimo segundo foi apenas mediano.
A apresentação da tal Assassina Fantasma foi um tédio. Não só por ter lembrado o tédio do Pellant, e o tédio que foi até a série se livrar dele, mas por ter sido um episódio tedioso e desconexo. Não digo que foi um episódio ruim, apenas não gostei da maneira como ele foi conduzido. Não tinha cadência, um ritmo certo.
Culpo a Nkechi Okoro Carroll por isso. Infelizmente, todos os episódios que ela escreve são de uma qualidade duvidosa. Mesmo The Diamond in the Rough, que apesar da cena final revigorante, teve uma história fraca e forçada. Como o desespero da Brennan e a obsessão que não vemos em nenhum episódio desde a morte do último vilão.
Mas também culpo o Pellant. Ou a lembrança dele. Aliás, um personagem que deixou mais dúvidas do que respostas e morreu para entrar num eterno esquecimento (para os sortudos que conseguirão esquecê-lo). Só de vê-lo na cena de abertura me deu sono. Ainda não sei se me interesso pela tal vilã ainda. E do jeito que a coisa anda, ela só irá aparecer lá pelos derradeiros episódios, então até lá, ainda tem muito chão para criar diversos furos na continuidade da série.
Esse sentimento ruim passou longe da “letra” de Big in the Philippines. As rimas eram ricas, intercaladas e perfeitas. A semântica também. Tudo neste episódio conspirou para que ele, junto com o episódio do casamente, se tornasse um dos mais belos da temporada. Keith Foglesong acertou em cheio, conseguiu fluência no caso, participação com o peso certo de cada personagem e ainda nos deu frases que farão parte do “livrinho de falas que todo Bonehead deve conhecer”.
O assassinato do cantor country jovem e promissor é a amostra real que a vida é frágil e pode acabar a qualquer segundo. Colin foi morto quando se preparava para viver, e morreu porque amava demais. É irônico isso. Geralmente as canções countries são tragédias deliciosas em tom menores ou diminutos. Mas Colin Haynes queria retomar a vida em um grande Sol Maior. Essa história ao lado da câncer do Wendell Bray mostra como cada segundo da vida é precioso. E isso foi sentido por Booth e Brennan.
Assim é um bom episódio. Aqueles que afetam não só os personagens como a gente.
A Música
O roteiro confuso de The Ghost Killer criou uma melodia destonante e aguda. Desde quanto as pessoas ignoram os palpites da Bones? Desde quando ela tem ataques de subjetividade e obsessão? Não consigo elencar as coisas que me incomodaram neste episódio, então decidi que irei gastar meu português com a melodia vinda das Filipinas.
Neste episódio, é possível perceber uma relação equilibrada entre os personagens, o trabalho e a vida pessoal deles. E isso me deu orgulho da série. Não se pode ignorar detalhes como a Sereia feita pela Angie no gesso do Wendell, e nem do elogio de Hodgins para a esposa. Não vou dizer que fui fã de do casal Wengie, mas é sempre engraçado e divertido ver referências ao romance e como tudo terminou bem e de maneira adulta entre eles.
Outro detalhe bem bacana são as assinaturas do colegas de turma do Jeffersonian, como um símbolo dos Flyers (time de hockey do Booth), um simples “apenas respire” da Cam ou o bem humorado “Rei do Gesso”, escrito pelo Jack. Ah, claro, as mensagens de apoio de B&B mostram o quanto o squint loirinho e puro de coração é importante para todos. Sinceramente, meu squint preferido depois do Vincent.
A sintonia entre elenco, personagens e história também é algo para se reconhecer com louvor. Michael Grant Terry, Emily Deschanel, David Boreanaz e todo o resto estiveram brilhantes nessa quase uma hora de história. Com interpretações certas, a métrica moderada só tornou o episódio ainda mais gostoso. Sweets e Cam estiveram lá quando foi preciso, e a engenhosa engrenagem funcionou muito bem. Destaque para a dobradinha Angie e Sweets, com os dotes musicais herdades do pai pela a artista e com o conhecimento das intenções por trás da semântica desenvolvida pelo psicologo, os dois foram protagonistas de uma cena criativa e importante. Concluir que Colin estava apaixonado e esperançoso observando o tom, o ritmo e as letras do músico é algo realmente de se admirar. Fico imaginando o pessoal do Song Meaning diria sobre “Can’t Break What is Broken” ou “Young To See” do Charlie Worsham.
A trilha sonora serviu de forma mágica (assim como a música deve ser) e coerente (assim como o roteiro deve ser) para a história do episódio – que devo pontuar, coroou o Boreanaz como diretor. Um episódio delicado e na medida certa.
Foi interessante perceber como esse episódio mexeu com todos eles, e como especialmente afetou Booth e Brennan, que dividem talvez o melhor momento do casal. Mas a vida é assim, há tempo de sorrir, mas também de chorar. O que importa é que eles sempre estarão juntos. E para sempre.
A Dança
“Eu decidi lutar,” ele disse ainda com receio. O tom de voz do Wendell me fez querer gritar. Ele decidiu dançar a valsa louca da vida. Ao som de Love Don’t Die Easy, encerramos a décima terceira semana de Bones com uma grande lição: às vezes é preciso dançar a música que está tocando.
Amor, casamento, filhos, amizade, gratidão, são muitas as situações e sentimentos que iremos enfrentar na vida. A dor e a perda são apenas pequenos exemplos do que vem pela frente. Apesar do medo, e da angústia causada pelo desconhecido, quando se tem alguém, tudo fica mais fácil.
O amadurecimento dos personagens, assim como a série, só me faz querer mais. É preciso aprender a dançar a música que está tocando. Aceitar os altos e baixos, não ligar tanto para o tratamento medíocre que a Fox americana dá parar a série, e nem se assustar com um provável cancelamento. E foi aí que cheguei a conclusão que não importa qual a situação que eu me encontre, este amor é para sempre, mesmo que o sempre um dia acabe.
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Simplesmente maravilhosa! Lendo a review, me emocionei novamente com o episódio (que já vi 3 vezes). De fato, precisamos dançar a música que está tocando. Amei, amei, amei!
Obrigada, Maiara! Também vi o episódio 3 vezes, e chorei em todas!
Volte sempre!
Concordo plenamente. O episódio de semana passada me fez desejar que a série realmente acabasse agora, antes que os roteiristas começassem a “estragar” a série como no episódio passado, que deixou lacunas, e nos mostrou uma Brennan que os fãs não reconhecem. Mas Big in the Philippines me fez desejar que a série nunca acabe (um sentimento egoísta rs), pois foi lindo e encantador assim como Bones é para mim. Ver Emily e David juntos, ainda nos causa suspiros….eles são perfeitos juntos, atuação espetacular. Wendell é meu preferido também…tomara que dê tudo certo para ele. 🙂
Obrigada pelo comentário, Danielle. =) Também torço muito pelo o Wendell, mas sinceramente, não sei o que se passa na cabeça do Hart e do Nathan.
Simplismente maravilhoso o que você escreveu, principalmente sobre o episódio “Big in the Philippines” , confesso que até me emocionei nessa última parte “A Dança” . Você escreve muito bem. parabéns!! E uma coisa é certa, assim como você disse: “Não importa qual a situação que eu me encontre, este amor é para sempre, mesmo que o sempre um dia acabe.” Para Sempre mesmo, porque essa série é unica e merece a nossa lembrança. Mais eu espero que ainda possa vê-lá passando muito tempo, pois, realmente não estou pronta para um adeus.
Obrigada, Thais!
Bones sempre nos ensinando algo que realmente importa… aiai as músicas de Bones são tão lindas, tão ricas 🙂 Review maravilhosa, Mary. Me fez sorrir no final, um sorriso de satisfação, de alegria… VLW! Eu estava com saudades =D
Também estava com saudades de você, Manuzinha. <3
Ok queria saber o q pensa da volta do pellant? é verdade?
Ele não irá voltar. Foi apenas aquela participação no sonho da Brennan. E caso volte, será dessa maneira. Mesmo assim, eu acho chato!
O que Bones tem de melhor é conseguir nos surpreender sempre. Para falar verdade já começo a ficar cansada do/da Ghost Killer e só agora se começou a falar dele/dela. Não pelo Ghost em si, mas por estarem sempre a falar do seu falecido antecessor, que como o nome “falecido” indica ele está morto. Nesta eu estou com o Booth: não o mantenha vivo. Ele deveria falar isso para o sr. Hanson.
Quanto ao último episódio, eu simplesmente amei. Foi um episódio “clean”, onde todos estiveram perfeitos no tempo e espaço. A banda sonora não poderia ser melhor, e mais uma vez o Booth resumiu a sua relação B&B de forma perfeita: ” às vezes é preciso dançar a música que está tocando”. E eles têm conseguido dançar de forma perfeita todo o tipo de música que a vida lhes tem dado.
Lembrei do final de The Diamond in the Rough, quando a Brennan pergunta sobre o final da dança e ele diz que não precisa terminar, nunca. <3
Olá Clara, eu queria saber uma coisa que me deixa curiosa, ja li varias vezes vc comentar irritada sobre “o tratamento que a fox americana dá pra Bones” o que a emissora faz com a série que te irrita tanto?
A Fox não promove a série. Ou seja, durante a programação americana, quase não há comerciais, ou coisas do tipo. Além de que a mudança de horários da a impressão de falta de respeito com o telespectador. Sabe, um tratamento “SBT” da vida.
Maria,sai ano e entra ano e você continua escrevendo muito bem. Parabéns pelo texto! Concordo com tudo que você escreveu. The Ghost Killer só comprovou que o Pelant me irritou tanto que eu não quero mais um psicopata em Bones. Já o Big in the Philippines mostrou que mesmo depois de noves anos, a série consegue nos emocionar. Pra mim o grande mistério da série é saber se o Wendell vai conseguir vencer a doença.
Obrigada, Camila! =)